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Curso de Teologia a Distância

Aconselhamento Pastoral

Módulo 2
Pr. Rogério Tolentino
Aula 04 – Homossexualidade, Abuso e
Violência
HOMOSSEXUALIDADE.
 Um dos assuntos mais complexos e delicados não
só na atualidade, mas durante toda a história
humana, tem haver com a homossexualidade.
 De onde vem a tendência homossexual? Como e
quando ela surge? O que a bíblia diz sobre isso?
 Bom algumas respostas não nos são muito claras,
por isso dividiremos esta aula em três pontos.
 A bíblia e a homossexualidade.
 A possível fonte da homossexualidade.
 A conduta do conselheiro ante a pessoa
homossexual.
1. A homossexualidade e a bíblia.
 A bíblia faz menção ao homossexualismo em, pelo menos, 7
passagens: Gn. 19:1-11; Lv.18:22; Lv.20:13; Jz.19:22-25; Rm.1:25-27; I Co.6:9; I Tm.1:9-
10.

 Em todas elas, o homossexualismo é tratado como um erro,


um equivoco, um pecado.
 Todavia, em I Co. 6:9, a homossexualidade é igualada a
outros pecados, o que nos chama a atenção para o fato de
que a homossexualidade não é mais condenável que outros
pecados.

 Isso nos leva a concluir que o mesmo cuidado e misericórdia


com que tratamos as falhas, erros e desvios de todas as
pessoas devem ser dispensados ao homossexual que nos
procura.
 Entretanto, claro está que, para a bíblia o homossexualismo
é um erro.
2. Quais as fontes/os nascedouros/as causas da
homossexualidade.
 É muito difícil determinar as causas ou a causa da
homossexualidade.
 Contudo é preciso saber que:
a. Homossexualidade não tem um fundo genético ou
biológico.
b. Homossexualidade não é fruto de um caráter
promiscuo/falta de caráter/safadeza
(é verdade que há homossexuais promíscuos, sem
caráter, safados, como há, também, heterossexuais
promíscuos, sem caráter, safados).
c. Homossexualidade não é doença.
 Por isso é absurdo falar em cura gay...
 Homossexualidade não é anormalidade, mas,
anti-naturalidade: Não é natural.
 Por mais que insistam, ninguém nasce
homossexual.
d. Contudo a pergunta persiste, quais as causas
da homossexualidade? Boa parte dos
estudiosos, inclusive, Collins, acredita que este
é um comportamento aprendido.
 Em algum momento do desenvolvimento da pessoa (seja na
fase infantil, adolescentes, juvenil) ela adquire esta tendência.

 Em nosso livro texto, Aconselhamento Cristão, no capítulo


referente ao tema Homossexualidade, o aluno pode ler e
verificar com mais detalhes as possíveis causas da aquisição
deste comportamento. Entretanto, é imprescindível que, não
apenas o capitulo do livro texto do Collins seja lido, mas, todo
material que possa enriquecer o conteúdo do conselheiro
acerca desta questão de ser estudado com seriedade.
3. A conduta do conselheiro ante a pessoa
homossexual.
 Bom, antes de mais nada é preciso diferenciar o sujeito
com inclinações homossexuais, do individuo
homossexual ativo...
 A partir desta diferenciação o conselheiro precisa
atuar:
a. Sem discriminação.
 Uma coisa é ter um conceito sobre o assunto, outra é
discriminar e desprezar o homossexual...
b. Com respeito.
 Quando um homossexual nos procura, ele com certeza
pensou N vezes, calculou todos os riscos e acreditou
que poderíamos ajudá-lo, por isso é de suma
importância; respeito.
c. Consciência da dificuldade do problema.
 Falsas ilusões, Jargões religiosos, ordens para a
oração e jejum, não ajudam muito.

d. Conscientizar o aconselhado que ele está diante


de um desafio extremamente complicado.
 Muitas vezes é preciso esclarecer ao aconselhado
que, Deus pode mudar sua disposição sexual.. mas,
muitas outras vezes o caminho é um certo tipo de
celibato...
 A pessoa, por amor a Jesus, decide, não ter vida
sexual ativa.
 Portanto, é preciso que neste tipo de
aconselhamento, haja muita sinceridade e poucas
ilusões.
VIOLÊNCIA E ABUSO.
 Abuso e Violência.
 Há varias maneiras de se abusar ou violentar alguém.

1. A Violência pode ser


 Violência física
 Violência psicológica
 Violência sexual: abuso sexual, exploração sexual comercial, estupro.

2. Abuso.
 Sobre o abuso podemos dizer que: constitui-se em toda situação em que
uma criança ou adolescente ou até mesmo um adulto é usado para
gratificação sexual de pessoas mais velhas ou mais “poderosas”. O uso do
poder, pela assimetria entre abusador e abusado, é o que mais caracteriza
esta situação. Inclui diversas situações como: fazer carícias não consentidas,
olhar perturbador e insistente, dar cantadas obscenas, expor material
pornográfico, utilizar práticas sexuais entre adultos e crianças.
 A violência é uma agressão executada pelo
violentador que não mede esforços para arrancar do
outro o que não lhe é de direito.
 No estupro, por exemplo, a mulher é constrangida à
conjunção carnal, mediante violência ou grave
ameaça. (Artigo 213 do Código Penal Brasileiro).

 Já o abuso diferencia-se um pouco da


violência/estupro, pois, geralmente, o abusador
alicia a vitima e se aproveita de uma posição de
superioridade da mesma.
 “Pesquisa realizada no Hospital das Clinicas da USP
mostrou que o principal combate ao abuso deve ser
na própria casa da criança visto que o pai é o
agressor mais comum (38%dos casos), seguido pelo
padrasto (29%), do tio (25%), e de algum primo
(6%), totalizando 88% das ocorrências dentro do
ciclo de convivência da criança. Os vizinhos são 9%
e os desconhecidos são 3%. As crianças analisadas
têm abaixo de 10 anos.
 Como o conselheiro deve lidar com estas
questões?

1. Com cautela.
 Não pedir ao abusado que repita toda hora como ocorreu o
fato, pois a repetição da história é, para o abusado, a
repetição do próprio fato.
 Lembre-se; a pessoa foi roubada em sua dignidade...
2. Denuncia.
 Se o abusador é conhecido a denúncia precisa ser feita. (o
abuso só termina quando o segredo é revelado – o segredo é a
maior arma do abusador...).

3. Encaminhamento a um profissional
especializado no assunto.
 Toda pessoa abusa ou violentada, sofrerá danos psicológicos,
portanto, um profissional especializado na área é de suma
importância para a recuperação do abusado/violentado.

4. Oração, compaixão, amor e acompanhamento.

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