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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO DO NORTE DE MINAS GERAIS
CAMPUS JANUÁRIA

HISTÓRICO INSTITUCIONAL/ ORIGEM E IDENTIDADE

A história do Instituto Federal de Educação do Norte de Minas Gerais do


Campus Januária remonta a outubro de 1960, no final do governo Juscelino Kubitschek,
quando na efervescência dos festejos do centenário do pequeno município de Januária,
um convênio celebrado entre os Governos federal e estadual faria de um terreno de 104
ha, localizado a 6 km da sede, na fazenda São Geraldo, Bom Jardim, palco da Escola
Agrotécnica de Januária.

Implantada em 18 de dezembro daquele mesmo ano, a Instituição teve como


principal artífice, o ilustre deputado januarense, Coronel Manoel José de Almeida,
humanista que legou parte de sua vida à causa da educação, uma vez que também foi o
idealizador e criador da Fundação Caio Martin (FUCAM), tendo contado com o apoio
irrestrito da sua esposa, Márcia Almeida de Souza, autora do livro Semeando e
Colhendo, cuja obra apresenta a saga do esposo, a favor da educação, como se observa
no trecho, abaixo:

O menor carente, ou abandonado pelos pais, desassistido, encaminha-se


comumente para os desajustamentos de conduta, futuros delinqüentes, mas ao
receber abrigo numa escola, preferencialmente rural, tornar-se-á lavrador, ou
profissional de outra qualquer atividade honesta em que se especialize no
educandário e então, passará a ser cidadão útil à sociedade. “Assim,
combatia-se o crime, na origem, muitos anos antes de o mal acontecer, e sem
repressão alguma” (ALMEIDA, 2005, p.5).

Nesse sentido, nota-se que o idealismo que moveu o Coronel Manoel José de
Almeida em torno da educação, remonta a fundação da Rede Federal de Educação
Profissional e Tecnológica pelo então presidente da república Nilo Peçanha, quando
com a assinatura do Decreto nº 7.566, de 23 de setembro de 1909, criou dezenove
escolas, nas capitais do país, intituladas escolas de aprendizes e artífices. Essas
instituições tinham por finalidade, a formação de contramestres e operários, uma vez
que tais escolas eram voltadas para os filhos dos desfavorecidos do sistema e desvalidos
da sorte, tendo caráter originariamente, assistencialista, que como afirma Manfredi
(2003, p.83). “A finalidade educacional das escolas de aprendizes era a formação de
operários e de contramestres, por meio do ensino prático e de conhecimentos técnicos
transmitidos aos menores em oficinas de trabalhos manuais ou mecânicos (...)”.

Retomando a sua origem, verifica-se que o atual IFNMG - Campus Januária


nasceu do nobre propósito do seu criador em acolher os filhos do pequeno produtor
rural, pessoas carentes e excluídas dos espaços estudantes, principalmente aqueles
provenientes da comunidade rural do município de Januária e de toda região do vale do
São Francisco, uma vez que logo de início, foi implantado o sistema de internato na
instituição, sendo uma opção também para que os estudantes egressos da Fundação Caio
Martins pudessem dar continuidade aos estudos numa escola de vocação agrícola, tendo
em vista que os cursos ofertados privilegiavam a área agrícola. Diante do exposto,
destacamos um trecho do livro Semeando e Colhendo, escrito por Márcia Almeida, para
que o leitor possa se debruçar sobre a gênese dessa história.

A mensagem presidencial que os januarenses queriam e que Manoel de


Almeida encaminhara ao nosso presidente Juscelino Kubitschek era a criação
da Escola Agrotécnica de Januária. Já se avizinhava o dia da festa do
centenário e a mensagem estava desaparecida naquele emaranhado de
expedientes burocráticos do Palácio do Catete.

Manoel não era pessoa de esperar, e não existiria protocolo ou marcação de


audiências que o segurassem, naquela altura dos acontecimentos, para a
tramitação rápida do processo de criação da Escola Agrotécnica. Assim foi,
decididamente, direto ao Palácio, entrou no Gabinete do Presidente, e, ao vê-
lo, foi logo dizendo:

- Presidente, se vossa excelência quer, realmente, criar a Escola Agrotécnica


de Januária para presentear a cidade na festa de seu centenário, é preciso
tomar outras providências. Por enquanto, as medidas encaminhadas não
atingiram o seu objetivo.

O presidente estranhou a advertência daquele barranqueiro assertivo e, muito


sério, diz:

Deputado, você é capaz de reconstituir agora, aqui em minha sala, todo o


expediente?

Sim, Presidente, desde que vossa excelência o determine.

Pois sente-se ali – (e apontou uma cadeira ao Manoel, no fundo do salão); -


quando terminar venha falar-me, novamente.

Manoel, com aquela imensa facilidade para elaborar leis, projetos e pareceres
preparou logo a mensagem presidencial, incluindo até a exposição de
motivos para o encaminhamento daquela decisão de competência
presidencial.

Foi à sala ao lado e, tranquilamente, colocou o documento nas mãos do


presidente Juscelino.

-Amanhã, às seis horas da tarde, este documento estará na Câmara dos


Deputados afiançou-lhe, com certa solenidade, o Presidente. Manoel
confiara no Presidente, mas seguiu pari passu a tramitação do processo;

E, finalmente, a publicação do ato. E esta é bem a verdade- (ALMEIDA,


2005, p. 399 e 400, Grifos da autora).

DA INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO

Em outubro de 1960, um convênio celebrado entre os governos federal e


estadual, faria de um terreno de 104 ha, onde há 12 anos funcionava um Posto Agro-
Pecuário (sic) do próprio Ministério da Agricultura, palco da Escola Agrotécnica de
Januária, cujo ato foi oficializado em 18 de dezembro daquele mesmo ano.

Uma vez implantada, a recém e inaugurada Escola teria tão logo que se adequar
à nova lei de diretrizes da educação e montar uma estrutura física mínima e adequada
que permitisse o início do seu funcionamento. Era ínfima a infraestrutura física e de
pessoal da instituição, contrastando com os grandes desafios que viriam, pois contava
apenas com pouco mais de 05 prédios, para que se instalassem a direção-geral, salas de
aulas, refeitório e dormitórios.

Naquela época, o ensino era, inicialmente, caracterizado pela informalidade,


tendo em vista que os alunos não recebiam históricos nem certificados até o ano de
1964, quando, efetivamente, a instituição começou a ministrar o Curso Ginasial
Agrícola, com a matrícula da primeira turma em regime de internato. Neste mesmo ano,
pelo Decreto Presidencial nº 53.558, de 13/02/1964, a Escola Agrotécnica de Januária
passou a denominar-se Colégio Agrícola.

DADOS HISTÓRICOS (ALTERAÇÕES CURRICULARES E DE


NOMECLATURA)

Ainda na sua origem, conforme relatos, a Escola Agrotécnica de Januária se


desponta como referência de ensino na região, devido ao empenho da direção e
servidores docentes e técnico-administrativos, somando às experiências adquiridas por
meio de parcerias com outras escolas Agrícolas da região, como Machado, Bambuí e
Muzambinho, além de universidades como Lavras e Viçosa, cujas instituições
colaboraram para que em pouco mais de cinco décadas se erguesse na região norte
mineira um Núcleo Educacional de referência regional em educação profissional e
tecnológica.

Desse modo, pelo decreto nº 60.731, datado de 19/05/67, o Colégio Agrícola de


Januária, até então subordinado ao Ministério da Agricultura, foi transferido para o
Ministério da Educação e Cultura. Vale à pena lembrar que em 16 de novembro de
1967, formou-se a primeira turma de Ginasianos Agrícolas, habilitados como Mestres
Agrícolas. Naquele mesmo mês e ano, ocorreram às inscrições e matrículas para a
primeira série do Curso Técnico Agrícola, ramo Agricultura, a nível de 2º Grau.

Em 17 de novembro de 1967, ocorreram as inscrições e matrículas à 1ª série do


Curso Técnico Agrícola - Ramo Agricultura, a nível de 2º grau, tendo suas aulas
iniciadas em agosto de 1968. A colação de grau dessa primeira turma aconteceu em
05/07/1971, como Técnico Agrícola. No dia 06 de maio de 1972, cola grau a última
turma de ginasianos agrícolas, passando a escola a funcionar somente com o curso
Técnico Agrícola. No mesmo ano, o Colégio Agrícola de Januária passa a ser
subordinado a Coordenação Nacional de Ensino Agropecuário – COOAGRI, originando
a implantação do sistema Escola- Fazenda apoiado no tripé (Laboratório de Prática de
Produção - L.P.P.); (Programa Agrícola Orientado - P.A.O) e Cooperativa-Escola,
estando os métodos de ensino-aprendizagem focados na educação-produção, onde os
alunos “aprendiam a fazer e faziam para aprender”, valendo ressaltar que houve grande
impulso no ensino agrícola após a implantação desse sistema.

No ano letivo de 1974, a Instituição fez uma mudança radical no seu Currículo,
em decorrência da implantação da Lei 5.692/71, abandonando progressivamente o
calendário agrícola regional, passando, a partir daí, a ministrar sem prejuízo para os
alunos que cursavam a habilitação até então oferecida, o curso Técnico Agrícola –
habilitação em Agropecuária. “Segundo relatos, naquela época, mediante as
dificuldades de se conseguir material de escritório para a Instituição, a chegada de uma
caminhonete com resma de papel ofício, vindo de Brasília-DF, foi motivo de euforia e
festa na Escola”. Em 03 de Julho de 1975, aconteceu à colação de grau da última turma
de Técnicos Agrícolas – habilitação em Agricultura.
Pelo Decreto nº 83.935, de 09 de setembro de 1979 o então Colégio Agrícola de
Januária se transforma em Escola Agrotécnica Federal de Januária (EAF Januária).

No ano de 1988, dá-se inicio ao asfaltamento dos 6 km da via de acesso à


Instituição e a construção do Ginásio Poliesportivo.

Pela Lei nº 8.731, no dia 16 de novembro de 1993, a Escola conseguiu


autonomia didático-pedagógica e administrativa, através de sua autarquização; ponto
muito positivo para o desenvolvimento administrativo, político e pedagógico da
Instituição, favorecendo, significativamente, sua gestão. Em outubro de 1994, foi
realizado um grande concurso público para o preenchimento de cargos na área
administrativa e docente da escola, a partir do qual, foi reunido pessoal com
qualificação por área de atuação, suprindo dessa maneira, uma acentuada demanda de
recursos humanos na esfera administrativa e pedagógica.

Sequencialmente, no ano letivo de 1996, além da tradicional habilitação em


agropecuária, a Instituição passou a ofertar o curso técnico subsequente em
Processamento de Dados (pós-segundo grau), o qual posteriormente passou a
denominar-se Técnico em Informática; já em 1998, foi implantado o curso Técnico em
Agroindústria e no ano letivo de 2000, o Técnico em Enfermagem.

Em 2001, mais duas habilitações de nível técnico foram oferecidas: uma na área
de gestão – Técnico em Administração e outra na área de meio ambiente – Técnico em
Meio Ambiente. Nesse contexto, foi realizada a separação de matrículas do curso
Técnico em Agropecuária, carro chefe dos cursos técnicos ministrados pela instituição,
que até então, era constituído de disciplinas de Ensino Médio e de disciplinas de
Educação Profissional. A partir daí, a EAFJ passa a oferecer os cursos de Ensino Médio
e de Técnico em Agropecuária, separadamente, obedecendo aos princípios pedagógicos
e filosóficos dos referencias curriculares.

DO PROCESSO DE CEFETIZAÇÃO DAS ESCOLAS AGROTÉCNICAS


FEDERAIS

Num contexto de mudanças no cenário político, econômico e pedagógico, a


partir dos anos 90, as instituições federais de educação profissional, de todo o país,
reconhecem a necessidade de se alinharem às políticas e ações que compõem a Rede
Federal de Educação Profissional e Tecnológica com as demandas sociais, locais e
regionais, surgindo no seu interior vários debates para a reestruturação do ensino
profissional frente à construção de uma institucionalidade que fosse capaz de dar conta
dos processos em curso de reestruturação produtiva, da internacionalização da economia
brasileira e da pressão pela ampliação dos direitos sociais, potencializando a
consolidação dessa Rede, como se percebe no texto a seguir.

A educação profissional e tecnológica não pode estar desvinculada do projeto


social mais amplo. Deve, pois, estar articulada às políticas de
desenvolvimento econômico locais, regionais e nacionais; às políticas de
geração de emprego, trabalho e renda, juntamente com aquelas que tratam da
formação e da inserção econômica e social da juventude (BRASIL, 2004, p
238.)

Assim em 1994, efetiva-se o Sistema Nacional de Educação Tecnológica, com a


promulgação da Lei Federal nº 8.984, cuja medida anuncia a transformação das Escolas
Técnicas Federais em Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefet), abrindo
caminho para que as Escolas Agrotécnicas Federais também fossem integradas a esse
processo. Dado este passo, a implantação dos novos Cefets ocorreria, efetivamente, a
partir do ano 1999, sendo que os reflexos dessa transformação só atingiriam a região
norte-mineira em novembro de 2002, com a transformação da Escola Agrotécnica
Federal de Januária, em Centro Federal de Educação Tecnológica de Januária, o então
Cefet Januária, pelo Decreto Presidencial s/n, de 13 de novembro de 2002.

Na esteira dos fatos, através da resolução do Conselho Diretor nº01 de


06/04/2000, foi aprovado o curso presencial, profissionalizante de nível médio, na
modalidade subseqüente, o Técnico em Enfermagem, com a objetividade de formar
Técnicos em Enfermagem comprometidos com a excelência da assistência à saúde,
através de método de ensino-aprendizagem que propicie o desenvolvimento das
competências profissionais nas dimensões técnicas, ética, política e social, para a
melhoria da qualidade vida da população.

Ainda em 2002, pela Portaria nº 3.634 de 19/12/2002, foi autorizado o


funcionamento do primeiro curso superior na Instituição: o curso de Tecnologia em
Irrigação e Drenagem, sendo realizado o vestibular no mês de dezembro 2003, com
início das aulas em fevereiro de 2004. No mesmo ano, com base no Decreto, nº 5.154 de
23 de julho de 2004, a Instituição manteve a educação profissional técnica de nível
médio concomitante de forma articulada ao ensino médio com duração de 03 (três)
anos.
Em 2005, pela Resolução do Conselho Diretor do Cefet Januária n° 004/2005 de
20 de Setembro de 2005, foi autorizado o funcionamento dos Cursos Superiores de
Tecnologia em Sistemas de Informação e em Administração, cujo vestibular foi
realizado em dezembro de 2005, com início das aulas em 2006. Posteriormente, estes
cursos foram denominados da seguinte forma: Sistemas de Informação (Análise e
Desenvolvimento de Sistemas); Administração (Gestão Comercial).

Em 2006, foram autorizados os cursos de Bacharelado em Administração de


Empresas, pela Resolução do Conselho Diretor n° 011/2006 de 28/12/2006;
Licenciatura em Matemática, pela Resolução do Conselho Diretor do Cefet Januária, nº
010/2006 de 04/10/06, bem como a iniciação dos cursos do Programa de Educação de
Jovens e Adultos, PROEJA Indígena, com formação em Agropecuária e PROEJA com
formação em Informática, cujo ato legal foi autorizado pela Resolução do Conselho
Diretor do Cefet Januária, nº 007/2006 de 04/10/2006.

No ano de 2007, foi criado o curso de Bacharelado em Agronomia, autorizado


pela Resolução CD nº 001/2007 de 11/10/2007, além da integração do Ensino Médio ao
Técnico em Informática e Agropecuária, conforme prevê o decreto nº 5154 de
23/07/2004.

Atualmente, a Instituição conta ainda com os cursos superiores em: Licenciatura


em Matemática, implantado em 2007, autorizado pela Resolução CD Nº 10 de
04/10/2006; Licenciatura em Física, implantado em 2008 autorizado pela Resolução CD
Nº 04 de 04/06/2008; Bacharelado em Engenharia Agrícola e Ambiental, criado em
2010, pela Portaria nº 150 de 29 de setembro de 2009, com funcionamento integral;
Licenciatura em Biologia, autorizado pela Portaria nº 09, 2010, implantado em 2010.

Pela resolução nº15/2013, de 30 de agosto de 2013, foi autorizada a implantação


do curso técnico integrado ao médio em meio ambiente sendo implantado no ano de
2014, o curso Técnico em Meio ambiente forma profissional responsável por levantar
dados e informações que subsidiam estudos socioambientais.

Em 2015 foi implantado o curso técnico em edificações, curso profissionalizante


em nível médio, do tipo concomitante; subseqüente, com o objetivo de preparar
profissionais de nível médio capacitados para projetar e acompanhar obras, de acordo
com os procedimentos legais, qualificando para supervisionar a execução de sistemas
construtivos, participar do controle tecnológico de métodos e materiais, propondo
alternativas para planejamento da obra e orçamentos necessários, cumprindo a
legislação específica de saúde e segurança do trabalho visando à melhor solução para
ocupação do solo, tendo por premissa o respeito e a preservação ambiental.

Autorizado pela resolução CS nº 38/2016, de 26 de outubro de 2016, o Curso de


Engenharia Civil, na modalidade de Bacharelado, teve início em abril de 2017, tendo
como, eixo tecnológico: Infra-estrutura. Com carga horária total: 4016 horas e 40
minutos, turno Integral. Sendo ofertadas 40 vagas, com Periodicidade de oferta Anual.

No ano de 2018 foi implantado o curso superior presencial Bacharelado em


sistemas de informação, curso integral e presencial, onde são ofertadas 30 vagas por
turma, tendo o 1º semestre como período de ingresso, vindo a substituir o curso de
Tecnologia em Analise e Desenvolvimento de Sistemas.

A instituição também oferta os cursos Técnicos em Informática do tipo


concomitante; subsequente, que visam preparar profissionais para o mundo do trabalho
globalizado e competitivo, em fase de crescimento e mudanças aceleradas. E o curso
técnico em Manutenção e Suporte em Informática do tipo concomitante; subseqüente.

• DA EXPANSÃO DA REDE FEDERAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL


E TECNOLÓGICA

Mediante aos fatos, verifica-se que o processo de expansão da rede federal de


educação profissional “colocou em evidência a necessidade de se discutir a forma de
organização dessas instituições, bem como de explicitar o seu papel no
desenvolvimento social do país” (SILVA, 2009, p.8). Logo, vários debates resultaram
na criação de um novo modelo de educação profissional e tecnológica, culminando na
promulgação da lei 11.892, de 29 de dezembro de 2008 que criou 38 Institutos Federais
de Educação, Ciência e Tecnologia em todo o país. Cabe ressaltar que os novos
Institutos Federais foram erguidos, a partir da estrutura física e pedagógica já garantida
nas instalações dos antigos Cefets, escolas técnicas e agrotécnicas federais e escolas
vinculadas às universidades.

Nesse contexto, para possibilitar uma atuação mais efetiva na região do norte de
Minas Gerais, caracterizada por baixos índices de escolaridade e alto índice de pobreza,
na perspectiva de promover educação de qualidade para um maior número de pessoas,
até então excluídas desse processo, em dezembro de 2008, pela lei 11.892, de 29 de
dezembro de 2008, surge o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Norte de Minas Gerais. Tal criação se deu a partir da fusão das escolas de origem
agrícolas, nascidas na década de 60, integrando o até então Centro Federal de Educação
Tecnológica – Cefet Januária, com a antiga Escola Agrotécnica Federal de Salinas -
EAF SALINAS, agregando-se a estes órgãos, instituições já consolidados, cinco Campi
recém formados, sendo os Campi de Almenara, Arinos, Araçuaí, Montes Claros e
Pirapora, além da Reitoria localizada em Montes Claros. A partir daí, o então Cefet
Januária passou a denominar-se Instituto Federal do Norte de Minas Gerais Campus
Januária.

DOS DIRETORES GERAIS

Em 1960, a Escola Agrotécnica de Januária foi fundada sob a direção do


professor Firmino Soares Siqueira, indicado pela Superintendência de Ensino
Agrícola e Veterinário SEAVE/MA, órgão ligado ao Ministério da Agricultura.

Em 05 de maio de 1966, o Professor de Língua Portuguesa Plínio Tostes


Alvarenga foi nomeado diretor desta casa de ensino pela Portaria n° 69, da
Superintendência de Ensino Agrícola e Veterinário - SEAVE/MA, onde assumiu as
funções no dia 27 do mesmo mês.

No ano de 1968, o Professor Victor Jacques de Moraes, que ocupava o


cargo de Diretor Substituto desde 1964, assumiu as funções de Diretor até janeiro de
1969, passando a responder pelo expediente da direção da Escola.

Narciso Gonçalves, funcionário público de carreira do quadro da Escola, no


período de janeiro a maio, respondeu pelo expediente da direção, sendo que no dia 28
de maio desse mesmo ano, pela Portaria n° 98, do Departamento de Ensino Agrícola -
DEA/MEC passou a ser Diretor Substituto. Pela Portaria nº 10 do DEA/MEC, de 17 de
fevereiro de 1970, foi nomeado para exercer as funções de Diretor, ficando nestas
funções até 13 de abril de 1973, quando foi afastado do mesmo.
De 3 de abril até o dia 24 de setembro de 1973, o funcionário público de
carreira do Quadro do Ministério da Educação e Cultura, Guiomar de Melo, assumiu o
cargo de Diretor. Ainda no mesmo ano, o Engenheiro Agrônomo Conrado Teixeira
Barroso, foi nomeado Diretor da Escola, tomando posse em 24 de setembro,
permanecendo no cargo até o dia 27 de novembro de 1976, data do seu falecimento.

Com o falecimento do professor Conrado, assume a direção da escola como


substituto do Diretor, o Professor de Ensino de Primeiro e Segundo Graus, Silvio
Brasileiro de Azevêdo, ficando nesta função até o dia 24 de março de 1977. Pela
Portaria nº 158, de 25 de março de 1977, do então Ministro da Educação e Cultura, o
professor Silvio foi designado Diretor da Escola, permanecendo nesse cargo até 21 de
novembro de 1988. A aposentadoria do professor Silvio Azevêdo resultou na
transferência do cargo para o então Diretor Substituto, prof. Antônio Carlos de Macedo
Carneiro, assumindo interinamente a direção da Escola, no período compreendido entre
os dias 21 de novembro a 1º de dezembro de 1988.

Posteriormente, o Engenheiro Agrônomo e professor de Ensino de 1º e 2º Graus,


Elpídio Bentes de Castro Neto, pela Portaria nº 576, de 24 de novembro de 1988, do
Ministro de Estado da Educação e do Desporto, integrante de uma lista sêxtupla
formada por meio de votação secreta da comunidade escolar, foi nomeado Diretor da
Escola, tomando posse no dia 1º de dezembro deste mesmo ano, sendo que seu mandato
terminou no dia 18 de novembro de 1992.

Liderando três mandatos, o professor de Ensino 1º e 2º Graus, Naylor Perira


Alves Filho, Licenciado em Ciências Físicas e Biológicas, foi designado Diretor-Geral
da Escola para o primeiro mandato pela Portaria Ministerial nº 1558, de 20 de outubro
de 1992, tomando posse em 18 de novembro do mesmo ano, cujo primeiro mandato,
encerrou-se em 1º de agosto de 1996. Pela Portaria Ministerial nº 739, de 15 de julho de
1996, o professor Naylor assume sucessivamente o seu 2º mandato, com duração de 4
anos, o qual foi eleito pelo Conselho Consultivo da Escola, na lista tríplice. Em virtude
do processo de autarquização da Escola ocorrido em 1993, saindo da esfera
administrativa direta para indireta, juridicamente, o professor Naylor pode se candidatar
a um terceiro mandato consecutivo, fato que veio a ocorrer em dois de junho, onde o
Conselho Diretor da escola compôs a lista tríplice. Pela portaria nº 981, do Ministro da
Educação, datado de 13 de julho de 2000, o citado professor, foi designado para o seu
terceiro mandato, permanecendo mais uma vez a frente da instituição até o dia 20 de
julho de 2004.

Em junho de 2004, foi realizada a primeira eleição direta para a escolha do


Diretor-Geral do Cefet Januária, sendo o professor Paulo César Pinheiro de Azevedo
eleito. Pela portaria Ministerial nº 2.020, datada de 08 de julho de 2004, o professor
Paulo César Pinheiro de Azevedo foi nomeado Diretor-Geral do Centro Federal de
Educação Tecnológica de Januária, tendo tomado posse no dia 20 de julho deste mesmo
ano, permanecendo no cargo, em primeiro mandato, até o dia 20 de julho de 2008,
sendo reeleito para um segundo mandato, em eleição realizada em junho deste mesmo
ano.

Pela portaria nº 13, de fevereiro 2009, o professor João Carneiro Filho foi
nomeado Diretor-Geral Pro-Tempore do Campus Januária, permanecendo nesta
condição até junho de 2009, quando foi nomeado pela portaria nº 150, de 29/05/2010,
publicada no DOU de 30/05/2010, para assumir o cargo de Diretor-Geral eleito.

Em 13 de setembro de 2012, pela portaria nº381, publicada no DOU de


14/09/2012, o professor Cláudio Ferreira Montalvão foi nomeado para exercer o cargo
de Diretor- Geral, por um mandato de 4 anos, decorrente de eleição direta realizada em
junho do corrente ano. A solenidade de posse do professor Cláudio Roberto Ferrira
Mont' Alvão para Diretor-Geral do IFNMG Campus Januária foi realizada no dia 14 de
setembro de 2012, no prédio da Reitora do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais,
em Montes Claros. É oportuno ressaltar que juntamente com o Professor Cláudio
Montalvão, Foram empossados também, os diretores-gerais dos Campi: Salinas,
professora Maria Araci Magalhães, (diretora eleita); Almenara, Adriana Regina Corrent;
Arinos, Elias Rodrigues de Oliveira Filho e Montes Claros, Nelson Licínio Campos de
Oliveira. Atualmente, professor Cláudio Roberto Ferreira Mont'Alvão encontra-se no
seu segundo mandato, eleito no mês de junho de 2016
REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Márcia de Souza. Semeando e Colhendo. Belo Horizonte: Armazém de ideias,


2005.

BRASIL, Ministério da Educação. Políticas Públicas para a Educação Profissional e


Tecnológica. Brasília, 2004.

BRASIL, Ministério da Educação. Um Novo Modelo em Educação Profissional e


Tecnológica-Concepção e Diretrizes (PDE), Brasília. DF: MEC, SETEC, 2010.

Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Januária. Histórico Institucional.


Disponível em <http://www.ifnmg.edu.br/januaria/historico> acessado em 28 de out.2012.

Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Januária. Projeto do Curso Técnico em
Agropecuária Integrado ao Ensino Médio. Disponível em <http://www.ifnmg.edu.br/cursos-
jan/tecnicos/informacoes-gerais> acessado em 28 de out.2012.

MANFREDI, Silvia Maria. Educação Profissional no Brasil. São Paulo: Cortez, 2003.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e


Emprego. Disponível em <http://pronatec.mec.gov.br/institucional/objetivos-e-iniciativas >
acessado em 11 de set. 2013.

SILVA, Caetana Juracy Rezende (org.) Institutos Federais: Lei 11.892, 29/12/2008,
Comentários e Reflexões. Brasília: IFRN, 2009.

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