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Nesse sentido, nota-se que o idealismo que moveu o Coronel Manoel José de
Almeida em torno da educação, remonta a fundação da Rede Federal de Educação
Profissional e Tecnológica pelo então presidente da república Nilo Peçanha, quando
com a assinatura do Decreto nº 7.566, de 23 de setembro de 1909, criou dezenove
escolas, nas capitais do país, intituladas escolas de aprendizes e artífices. Essas
instituições tinham por finalidade, a formação de contramestres e operários, uma vez
que tais escolas eram voltadas para os filhos dos desfavorecidos do sistema e desvalidos
da sorte, tendo caráter originariamente, assistencialista, que como afirma Manfredi
(2003, p.83). “A finalidade educacional das escolas de aprendizes era a formação de
operários e de contramestres, por meio do ensino prático e de conhecimentos técnicos
transmitidos aos menores em oficinas de trabalhos manuais ou mecânicos (...)”.
Manoel, com aquela imensa facilidade para elaborar leis, projetos e pareceres
preparou logo a mensagem presidencial, incluindo até a exposição de
motivos para o encaminhamento daquela decisão de competência
presidencial.
DA INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO
Uma vez implantada, a recém e inaugurada Escola teria tão logo que se adequar
à nova lei de diretrizes da educação e montar uma estrutura física mínima e adequada
que permitisse o início do seu funcionamento. Era ínfima a infraestrutura física e de
pessoal da instituição, contrastando com os grandes desafios que viriam, pois contava
apenas com pouco mais de 05 prédios, para que se instalassem a direção-geral, salas de
aulas, refeitório e dormitórios.
No ano letivo de 1974, a Instituição fez uma mudança radical no seu Currículo,
em decorrência da implantação da Lei 5.692/71, abandonando progressivamente o
calendário agrícola regional, passando, a partir daí, a ministrar sem prejuízo para os
alunos que cursavam a habilitação até então oferecida, o curso Técnico Agrícola –
habilitação em Agropecuária. “Segundo relatos, naquela época, mediante as
dificuldades de se conseguir material de escritório para a Instituição, a chegada de uma
caminhonete com resma de papel ofício, vindo de Brasília-DF, foi motivo de euforia e
festa na Escola”. Em 03 de Julho de 1975, aconteceu à colação de grau da última turma
de Técnicos Agrícolas – habilitação em Agricultura.
Pelo Decreto nº 83.935, de 09 de setembro de 1979 o então Colégio Agrícola de
Januária se transforma em Escola Agrotécnica Federal de Januária (EAF Januária).
Em 2001, mais duas habilitações de nível técnico foram oferecidas: uma na área
de gestão – Técnico em Administração e outra na área de meio ambiente – Técnico em
Meio Ambiente. Nesse contexto, foi realizada a separação de matrículas do curso
Técnico em Agropecuária, carro chefe dos cursos técnicos ministrados pela instituição,
que até então, era constituído de disciplinas de Ensino Médio e de disciplinas de
Educação Profissional. A partir daí, a EAFJ passa a oferecer os cursos de Ensino Médio
e de Técnico em Agropecuária, separadamente, obedecendo aos princípios pedagógicos
e filosóficos dos referencias curriculares.
Nesse contexto, para possibilitar uma atuação mais efetiva na região do norte de
Minas Gerais, caracterizada por baixos índices de escolaridade e alto índice de pobreza,
na perspectiva de promover educação de qualidade para um maior número de pessoas,
até então excluídas desse processo, em dezembro de 2008, pela lei 11.892, de 29 de
dezembro de 2008, surge o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Norte de Minas Gerais. Tal criação se deu a partir da fusão das escolas de origem
agrícolas, nascidas na década de 60, integrando o até então Centro Federal de Educação
Tecnológica – Cefet Januária, com a antiga Escola Agrotécnica Federal de Salinas -
EAF SALINAS, agregando-se a estes órgãos, instituições já consolidados, cinco Campi
recém formados, sendo os Campi de Almenara, Arinos, Araçuaí, Montes Claros e
Pirapora, além da Reitoria localizada em Montes Claros. A partir daí, o então Cefet
Januária passou a denominar-se Instituto Federal do Norte de Minas Gerais Campus
Januária.
Pela portaria nº 13, de fevereiro 2009, o professor João Carneiro Filho foi
nomeado Diretor-Geral Pro-Tempore do Campus Januária, permanecendo nesta
condição até junho de 2009, quando foi nomeado pela portaria nº 150, de 29/05/2010,
publicada no DOU de 30/05/2010, para assumir o cargo de Diretor-Geral eleito.
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Januária. Projeto do Curso Técnico em
Agropecuária Integrado ao Ensino Médio. Disponível em <http://www.ifnmg.edu.br/cursos-
jan/tecnicos/informacoes-gerais> acessado em 28 de out.2012.
MANFREDI, Silvia Maria. Educação Profissional no Brasil. São Paulo: Cortez, 2003.
SILVA, Caetana Juracy Rezende (org.) Institutos Federais: Lei 11.892, 29/12/2008,
Comentários e Reflexões. Brasília: IFRN, 2009.