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Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Índice
I. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 13
III. METODOLOGIA............................................................................................................... 27
5.1.Conclusões .......................................................................................................................... 48
5.2.Recomendações. ................................................................................................................. 48
APÊNDICES ............................................................................................................................ 53
v
Índice de Tabelas
Índice de Figuras
Figura 3.2: Energia solar de ondas curtas médias que chegam ao solo em Nampula------------30
Lista de abreviaturas
𝐴 Ampére
𝐴ℎ Ampére a hora
𝐸𝐷𝑀 Electricidade de Moçambique
ℎ Hora
𝐻2 Hectare ao quadrado
𝐾𝑚 Quilómetro
𝐾𝑊ℎ Quilowatts a hora
𝑚3 Metros cúbicos
𝑚𝑚 Milímetro
𝑁𝑂𝐶𝑇 Normal Operation Cell Temperature (Temperatura normal de operação da
célula)
º𝐶 Graus celsius
𝑃𝐸𝑅𝐶 Passivated emitter and rear contact (Emissor Passivo e Contacto Traseiro)
𝑠. 𝑑 Sem data
𝑆𝑇𝐶 Standard Test Conditions (Condições padronizadas de teste do módulo)
𝑉 Volts
𝑊 Watt
𝑊ℎ Watts a hora
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Agradecimentos
Em primeiro lugar agradeço a Allah (Deus), Todo Poderoso, pelo dom da Vida, Sabedoria e da
Paciência em que me concedeu a cada segundo da minha caminhada, bem como pela força que
tem me dado para superar e ultrapassar as dificuldades obtidas.
Um especial e grandioso agradecimento ao meu supervisor: Prof. Dr. Caísse Amisse, pela
confiança, paciência e apoio que me facultou para que o trabalho se tornasse uma realidade.
Aos meus familiares em especial meus pais Eugénio Agostinho e Fátima Johira, pelo amor e
companhia incansável desde o primeiro dia da minha vida até ao momento. Pela confiança que
depositaram em mim, e o encorajamento que fez e me faz lutar cada dia que passa para alcançar
os meus objectivos.
Agradeço imensamente a minha esposa Jacinta pelo amor, apoio e compreensão que tem dado
durante estes anos de batalha.
Aos meus colegas da turma e companheiros da Faculdade, pela companhia e ajuda fraterna que
me deram durante todo o curso, em especial: O Bárcio, Jacinta, Nura, Macabeu, Alex, Malique,
Fanucha, Artur e Toné.
Aos funcionários do Departamento de registo académico, pelo apoio moral que facultaram
durante o curso.
E a todos aqueles que directa ou indirectamente ajudara-me de alguma forma a alcançar essa
vitória!
Muito obrigado!
ix
Declaração
Declaro que esta Monografia é resultado da minha investigação sob orientações do meu
supervisor. O seu conteúdo é original, todas as consultadas feitas estão devidamente citadas no
texto e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho nunca foi apresentado em nenhuma instituição do ensino com
vista a obtenção de qualquer grau académico.
_____________________________________
Dedicatória
Dedico este trabalho aos meus pais, Eugénio Agostinho e Fátima Johira e aos meus filhos,
Eugénio Assane Eugénio, Assane Eugénio Agostinho Júnior e Javane Fátima Assane Eugénio.
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Resumo
Os sistemas fotovoltaicos são uma fonte limpa, eficientes e alternativa de geração de energia elétrica para fins de
iluminação e agricultura, particularmente para atender as comunidades isoladas. O presente estudo aborda a
viabilidade de implantação de um sistema fotovoltaico para irrigação de campos de cultivo destinadas à agricultura
familiar. O estudo faz o dimensionamento de um sistema fotovoltaico a ser usada para irrigação de campo agrícola
de 5 hectares na comunidade de Matibane, distrito de Nampula. O sistema dimensionado é do tipo off grid e
compreende 10 módulos fotovoltaicos, 10 baterias (2 em série e 5 em paralelo) e um controlador de 24 Volts e 80
Amperes. A partir dos dados de irradiação da área de estudo, e das componentes eléctricas dimensionadas, foi
estimada a geração de energia eléctrica de até 1484 Watts hora. O sistema apresenta uma eficiência energética que
varia de 68% a 90% conforme o sistema de irrigação adoptado e um tempo de retorno de investimento financeiro
de 17 anos e 6 meses dependendo do rendimento da cultura a ser irrigada e produzida no campo. O estudo é um
contributo para um desenvolvimento através de aproveitamento sustentável da energia solar na agricultura, e do
potencial solar e hidro-agrícola disponível a nível do País em geral e da comunidade de Matibane no distrito de
Nampula em particular.
Abstract
Photovoltaic systems are a clean, efficient and alternative source of electricity generation for lighting and
agriculture purposes, particularly to serve isolated communities. This study addresses the feasibility of
implementing a photovoltaic system for irrigation of crop fields intended for family farming. The study makes the
design of a photovoltaic system to be used for irrigation of an agricultural field of 5 hectares in the community of
Matibane, district of Nampula. The dimensioned system is of the off-grid type and comprises 10 photovoltaic
modules, 10 batteries (2 in series and 5 in parallel) and a controller of 24 Volts and 80 Ampere. From the irradiation
data from the study area, and from the dimensioned electrical components, the generation of electrical energy of
up to 1484 Watts hour was estimated. The system has an energy efficiency that varies from 68% to 90% depending
on the irrigation system adopted and a payback period of 17 years depending on the yield of the crop to be irrigated
and produced in the field. The study is a contribution to development through the sustainable use of solar energy
in agriculture, and of the solar and hydro-agricultural potential available at the country level in general and at the
Matibane community in the Nampula district in particular.
I. INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
Os sistemas fotovoltaicos estão se tornando cada vez mais comuns dada a sua possibilidade
de implantação em pequena escala. Locais onde a conexão à rede não é possível, o uso de
sistemas fotovoltaicos com baterias de reserva é uma alternativa que pode ser usado para
irrigação de campos de cultivo bem como fornecer electricidade durante a noite quando a luz
solar não está disponível.
Nos países em desenvolvimento, mais de 80% da produção agrícola é gerada por pequenos
agricultores (UNEP, 2013). Nos últimos anos, Moçambique registou uma melhoria significativa
da produção agrícola. Essa melhoria tem sido atribuída fundamentalmente à expansão das áreas
de cultivo, bem como as medidas adoptadas pelo governo visando o aumento da produção e
produtividade (MASA, 2015).
Uma vez que o local tem potencial, solar e hídrico-agrícola para produção, o uso de um
sistema que requer uma fonte de energia robusta e segura para permitir o bombeamento de água
para os campos de cultivo, a energia solar foi considerada para o presente estudo, a fonte mais
adequada e fiável para este fim.
Neste contexto, surge a seguinte questão para estudo: Que especificações técnicas deve
atender um sistema fotovoltaico para irrigação de campos de cultivo familiar na comunidade
de Matibane?
1.3. Justificativa
A agricultura familiar em Moçambique enfrenta uma série de desafios, tanto que, ainda há
muitas famílias passando por privações. A Localidade de Matibane, no distrito de Nampula é
um exemplo dessa realidade escolhida no presente trabalho como caso de estudo. A agricultura
praticada nesta região está voltada para o autoconsumo, caracterizado pela forte dependência
da natureza e fraco uso de tecnologias. O presente estudo, é um esforço para contornar esta
realidade na procura de soluções para aumentar a mecanização agrícola visando incrementar a
produção e produtividade cujo fim último é alcançar o progresso e bem-estar. A modernização
da agricultura baseada na tecnologia de irrigação por sistema fotovoltaico pode gerar resultados
desejados se ela considerar situações e realidades locais.
Outrossim, o estudo revela-se importante por enquadrar-se dentro das abordagens modernas
de uso de energias renováveis, contribuindo para um desenvolvimento através de um
aproveitamento sustentável da energia solar e do potencial solar e hidro-agrícola disponível no
País em geral e das comunidades rurais de Matibane do distrito de Nampula em particular.
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1.4.Objectivos
O estudo tem como objetivo principal dimensionar um sistema fotovoltaico para irrigação
de campos de cultivo familiar à comunidade de Matibane – Nampula. Como objectivos
secundários foram delineados os seguintes:
1.5.Hipóteses
A hipótese a ser verificada neste estudo pode ser formulada da seguinte maneira:
Dado que: a localidade de Matibane possui potencial solar e hídrico-agrícola capaz de ser
explorado usando um sistema de irrigação que requer uma fonte de energia robusta e segura
para permitir o bombeamento de água.
Então, é possível dimensionar um sistema baseado na energia solar capaz de bombear água para
irrigação dos campos de produção agrícola.
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2.1.Energia Solar
A energia solar é aquela proveniente da radiação solar e pode ser aproveitada basicamente
por dois tipos de processos que seriam o fototérmico e fotovoltaico.
A palavra energia por se só pode sere entendida como sendo a capacidade de produzir
trabalho. Esta palavra surge sempre associada à capacidade de poder fazer qualquer coisa
acontecer, manifestando-se de diversas formas: Calor, movimento ou luz.
A energia solar é indispensável para a existência de vida na Terra, sendo o ponto de partida
para a realização de processos químicos e biológicos. Por outro lado, a energia proveniente do
Sol é das mais “amiga do ambiente”, podendo ser utilizada de diversas maneiras. (Portal
Energia, 2004)
“O Sol é a estrela mais próxima de nós e, portanto, a que foi melhor estudada. Muito do que
sabemos sobre as estrelas se deve ao estudo do Sol, que também funciona como um laboratório
de altíssimas energias para experimentos impossíveis de serem realizados na terra (Silva, 2006).
O Sol fornece energia na forma de radiação, que é a base de toda a vida na Terra. No centro do
Sol, a fusão transforma núcleos de hidrogénio em núcleos de hélio. Durante este processo, parte
da massa é transformada em energia. O Sol é assim um enorme reator de fusão.
Portanto a escala de tempo da terra e com os níveis de consumo energético mundial, o Sol pode
ser adoptado como uma fonte inesgotável energia.
O Sol irradia por ano o equivalente a 10.000 vezes a energia consumida pela população do
mundo, neste mesmo período, e produz continuamente 390 sextiliões (3,9𝑥10323 ) de
quilowatts de potência. (Portal Energia, 2004).
A radiação solar a uma escala global varia essencialmente em função da atmosfera, geometria
e do movimento do planeta relativamente ao sol, sendo que numa escala local, a variação da
radiação solar encontra-se maioritariamente associada à morfologia do terreno, ou seja,
variações de elevação, declive, exposição e sombreamento.
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Moçambique apresenta uma radiação global em plano horizontal elevada quando comparada
com bons locais na Europa e Ásia, sendo bastante próxima de alguns dos melhores locais do
mundo, como a África do Sul e a Califórnia (Menezes & Saíde, 2011)
2.3.Energia Fotovoltaica
O efeito fotovoltaico foi observado pela primeira vez em 1839 por Edmund Bequerel e
consiste em uma diferença de potencial entre dois semicondutores de propriedades elétricas
diferentes (Buhler, 2013).
2.4.Sistemas Fotovoltaicos
Sistemas fotovoltaicos não utilizam combustíveis, não possuem partes móveis, e por serem
dispositivos de estado sólido, requerem menor manutenção. Durante o seu funcionamento não
produzem ruído acústico ou eletromagnético, e tampouco emitem gases tóxicos ou outro ipo de
poluição ambiental. (Souza, s.d)
A confiabilidade dos sistemas fotovoltaicos é tão alta, que são utilizados em locais inóspitos
como: espaço, desertos, selvas, regiões remotas, etc.
São os geradores que funcionam em conjunto com a rede elétrica da distribuidora. Dessa forma,
quando a geração do painel é mais baixa, o restante da energia necessária é puxado da rede
elétrica. Quando a geração do painel for maior do que a energia consumida no momento, o
excedente é enviado para a rede elétrica e transformado em créditos energéticos. Ao final de
cada mês, os créditos gerados são automaticamente utilizados para abater a energia consumida
da rede, gerando a economia na conta de luz. (Souza, s.d)
Em propriedades rurais localizadas em região com acesso à rede elétrica, esse é o tipo de
instalação mais recomenda.
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➢ Com armazenamento
Nesses sistemas, um banco de baterias é dimensionado para que a energia das placas possa ser
armazenada. Assim, em dias nublados ou durante a noite, essa carga de energia solar pode ser
usada para alimentar o sistema de irrigação.
➢ Sem Armazenamento
Visto que não possui baterias, o sistema sem armazenamento só irá funcionar enquanto houver
luz do sol. Portanto, esse tipo de instalação não é recomendado se existe uma necessidade
constante de irrigação.
➢ Sistemas Híbridos
São os sistemas que utilizam as placas solares em conjunto com outro sistema de geração
elétrica. Este pode ser um aerogerador, sistema por biomassa ou até mesmo o tradicional
gerador a diesel.
qualquer localidade que tenha radiação solar suficiente. Ele não utiliza combustíveis, não possui
partes móveis, e por serem dispositivos de estado sólido, requerem menor manutenção. Durante
o seu funcionamento não produzem ruído acústico ou eletromagnético, e também não emitem
gases tóxicos ou outro tipo de poluição ambiental (Portal Energia, 2004).
➢ Estrutura de suporte
São as estruturas metálicas sobre as quais são fixadas as placas solares. Eles têm como função
posicionar os painéis de maneira estável. Além disso, ela deve assegurar a ventilação adequada,
permitindo dissipar o calor que normalmente é produzido devido à acção dos raios solares e ao
processo de perdas na conversão de energia. No caso das instalações dos painéis sobre o
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telhado, é utilizado o sistema de trilhos. Já para instalações das placas sobre o solo são utilizadas
as estruturas tipo usina solar. Além de dar o suporte e fixação necessários, as estruturas
garantem a correta inclinação das placas em relação ao sol, maximizando a sua geração eléctrica
(Pinho & Galdino, 2014).
Os Cabos variam de qualidades, e tipo, desde os que servem para instalação interna assim como
como instalação externas.
➢ Banco de Baterias
As baterias são necessárias para armazenar a energia nos sistemas isolados. O banco (número)
de baterias deve ser muito bem calculado para que a energia solar armazenada seja capaz de
suprir o sistema de irrigação em momentos de pouca ou nenhuma luz do sol. As baterias podem
ser agrupadas em série ou em paralelo para formar bancos de baterias. A associação em série
permite obter tensões maiores e a associação em paralelo permite acumular mais energia ou
fornecer mais corrente elétrica com a mesma tensão (Villalva, 2012).
• Autonomia: serve para suprir a energia para os consumos, quando o painel não é capaz de
gerar energia suficiente. Isso acontece todas as noites, e também nos períodos chuvosos ou
nublados, que podem varia durante o dia.
• Estabilizar a tensão: A conexão de cargas de consumo diretamente aos módulos pode expô-
los a tensões muito altas ou muito baixas para o seu funcionamento. As baterias possuem uma
faixa de tensões mais estreita que os módulos fotovoltaicos, e garantirão uma faixa de operação
mais uniforme para as cargas.
• Fornecer correntes elevadas: a bateria opera como um buffer, fornecendo correntes de parida
elevadas. Alguns dispositivos (como motores) requerem altas correntes (de 4 até 9 vezes a
corrente nominal) para iniciar o seu funcionamento, estabilizando e utilizando correntes mais
baixas depois de alguns segundos.
➢ Controlador de carga
É o equipamento que gerência o carregamento das bactérias, alimentando estas da melhor forma
e evitando desperdícios e sobrecargas. (Ruther, 2004)
O melhor funcionamento das baterias para um longo período de vida, requer certa inteligência
dos controladores de carga, que devem se adequar as tensões de carga, ao nível de carga,
idade, temperatura de operação e ipo (gel, eletrólito líquido, etc.) de bateria (Souza, s.d).
➢ Bombas Hidráulicas
O dimensionamento de energia solar pode ser definido como o estudo e a análise das
especificidades do local em que o sistema fotovoltaico será implementado, bem como a
identificação e a escolha de quais equipamentos deverão ser utilizados na produção de energia.
Ou seja, consiste no planeamento da instalação (Junior, 2019).
• O Dimensionamento Energético
O Dimensionamento energético, serve para quantificar a energia (em kWh) que se deverá
produzir/acumular no sistema em causa.
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• Dimensionamento Técnico
O dimensionamento técnico é feito para dar determinar as dimensões do sistema a ser instalado,
para se ajustar na procura energética.
Neste dimensionamento, para além de se calcular a potência a ser instalada, faz-se o estudo dos
módulos fotovoltaicos a serem utilizados, desde a quantidade até a qualidade, faz-se o cálculo
do banco de baterias e a respetiva capacidade, faz-se a escolha do controlador de carga e o
inversor de rede.
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III. METODOLOGIA
Numa primeira fase, este estudo recorreu a revisão de literatura para examinar questões a
volta de sistemas de irrigação na agricultura rural em Moçambique, especialmente os sistemas
de modelo isolado (off-grid). O procedimento metodológico de revisão de literatura usa livros,
artigos científicos, relatórios, publicados por meios impressos e eletrónicos, página de web e
sites, que abordam sobre o assunto, com objetivo de recolher conhecimentos sobre o tópico
(Garhardt e Silva 2009). Os artigos analisados foram pesquisados no Google Académico,
utilizando as seguintes palavras-chave: a) Sistema fotovoltaico, b) dimensionamento e
instalação do sistemas isolados (Off-grid), c) ambiente de instalação de sistemas fotovoltaicos
em campos agrícolas, d) padrões de consumo de sistemas de irrigação, e) radiação solar
incidente e orientação dos módulos fotovoltaicos, f) viabilidade do sistema fotovoltaico
(payback) e;g) eficiência energética do sistema fotovoltaicos para irrigação de campos
agrícolas. Na busca, foram encontrados uma série de trabalhos científicos. Após uma análise
criteriosa dos resumos/abstracts e considerações finais, foram selecionados aqueles que
discutiam assuntos relacionados ao tema os quais estão devidamente citados nas referências
bibliográfica, e os restantes foram excluídos por não responderem à pergunta de pesquisa.
O clima predominante, é o tropical húmido com duas estações: uma chuvosa e quente que
habitualmente começa em novembro e termina em abril, caracterizado por aguaceiros e
trovoadas frequentes. A outra, seca e menos quente que se estende de Maio a Outubro.
A precipitação média anual da região de estudo é de 1,045 mm. A época chuvosa nessa
região vai desde Outubro a Abril, com pico nos meses de Janeiro e Março (Ministério da
Administração Estatal , 2005). Mesmo em época chuvosa (época escura), há radiação diária
suficiente para que os módulos operem convertendo a energia solar em energia elétrica.
3.3.1. Insolação
A duração do dia em Nampula varia ao longo do ano. Em 2022, o dia mais curto é 21 de
junho, com 11 horas e 14 minutos de luz solar. O dia mais longo é 21 de dezembro, com 13
horas e 2 minutos de luz solar (WeatherSpark, 2022).
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O padrão de horas em que o sol é visível na região de estudo pode ser visto na Figura 3.1.
Da figura em alusão, constata-se que a região apresenta disponibilidade de raios solares acima
de 10 horas durante todo período do ano.
O dia em que o sol nasce mais cedo é 22 de novembro, às 04:42. O nascer do sol mais tarde
ocorre 1 hora e 7 minutos depois, às 05 horas e 49 minutos em 9 de julho. O dia em que o sol
se põe mais cedo é 2 de junho às 16:59. O dia em que o sol se põe mais tarde ocorre 1 hora e 1
minuto depois, às 18:00 em 21 de janeiro (WeatherSpark, 2022).
Na região de estudo, o período mais radiante do ano dura 2,2 meses (de 21 de Setembro a 28
de Novembro), com média diária de energia de ondas curtas incidentes por metros quadrados
acima de 7,0 kWh. O mês mais radiante do ano nessa zona é o de Outubro, com média de 7,4
kWh, e o período mais escuro do ano dura 2,5 meses (de 20 de Maio a 2 de Agosto), com média
diária de energia de ondas curtas incidente por metro quadrado abaixo de 5,5 kWh. O mês mais
escuro do ano é o de Junho, com média de 5,0 kWh (WeatherSpark, 2022). O padrão de variação
da radiação incidente pode ser visto na Figura 3.2. Os valores mínimos de energia solar de
ondas curtas é de quase 5 kWh, atingido entre Junho e Julho.
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Figura 3.2: Energia solar de ondas curtas médias que chegam ao solo em Nampula.
Fonte: (WeatherSpark, 2022)
Neste estudo fez-se o dimensionamento técnico, através da sua abrangência nos dados
esperados em sistemas off-grid, pois proporciona uma margem de erro muito insignificante.
Neste dimensionamento incluem dois métodos, método da insolação – usado para calcular a
energia produzida pelo módulo fotovoltaico quando se tem informação sobre a energia do sol
disponível no local da instalação, e o método da corrente máxima do modulo, que usa as
características do modulo em sua folha de dados, características estas que podem ser: em STC
(condições padrão de teste do módulo) ou NOCT (condições normais de operação do módulo),
sendo a última a mais usada. (Villalva, 2012).
𝐸𝑝 = 𝐸𝑆 × 𝐴𝑀 × 𝑟𝑖 𝑀 (3.1)
onde:
𝐸𝑝: Energia produzida pelo módulo diariamente (𝑊ℎ)
𝐸𝑠: Insolação diária (Wh/m2/dia)
AM: Área da superfície do módulo (m2)
riM: Eficiência do módulo.
𝐸𝑝 = 𝑃𝑀 × 𝐻𝑆 (3.2)
onde:
Ep: Energia produzida pelo módulo diariamente (Wh)
PM: Potência do módulo (W)
HS : Horas diárias de insolação (horas)
𝐸𝑐
𝑄=
𝐸𝑝 (3.3)
onde:
Q: quantidade de painéis empregados no sistema (n)
Ec: a energia diária consumida no sistema (Wh)
Ep: Energia diária produzida por cada módulo (Wh).
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É necessário igualmente conhecer a tensão de operação do banco de baterias, que pode ser
de 12V, 24V ou 48V. O banco de baterias pode ser associado em série ou em paralelo. A tensão
das baterias empregadas e a tensão desejada para o banco, determinam o número de baterias
que devem ser ligadas em série.
Após ser conhecida a energia, e ser definido o valor da tensão de operação, é necessário
determinar a capacidade de carga (expressa em ampère-hora - Ah), pois ela determina a
quantidade de elementos em paralelo (Villalva, 2014).
𝑉𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜
𝑁𝐵𝑆 = (3.5)
𝑉𝑣𝑏𝑎𝑡
onde:
NBS: número de baterias ligadas em série (n);
Vbanco: tensão do banco de baterias (V);
Vvbat: tensão de bateria utilizada (V).
𝐸𝐴 (3.6)
𝐶𝐵𝐴𝑁𝐶𝑂 =
𝑉𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜
onde:
CBANCO: capacidade de carga do banco de baterias (Ah);
EA: energia armazenada no banco de baterias (Wh);
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𝐸𝐶
𝐸𝐴 = (3.7)
𝑃𝐷
onde:
EA: energia armazenada no banco de baterias (Wh);
EC: energia consumida (Wh);
PD: profundidade de descarga permitida (20%, 50%, 80%, etc)
𝐶𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜 (3.8)
𝑁𝐵𝑃 =
𝐶𝑏𝑎𝑡
onde:
NBP: número de conjuntos de baterias ligadas em paralelo (n);
CBanco: capacidade de carga do banco de baterias em (Ah);
Cbat: capacidade de carga de cada bateria em (Ah).
No final, dimensiona-se o inversor, visto que ele é parte importante do sistema fotovoltaico.
Eles podem ser inversores modificados, os que geram uma energia em onda quadrática; e os
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inversores puros, que podem ser usados para geração de corrente alternada em qualquer
aplicação.
O inversor deve apresentar a tensão de entrada igual à tensão C.C do sistema (tensão do
banco de baterias) e tensão C.A. de saída. Em geral, inversores até 5kW são monofásicos.
Existem duas categorias principais de bombas que podem ser usadas em sistemas fotovoltaicos
isolados: as centrífugas e volumétricas, as quais têm características e princípios de
funcionamento diferentes.
➢ Bombas Centrífugas
As bombas centrífugas são adequadas para aplicações que exigem grandes volumes de água e
pequenas alturas manométricas. Elas possuem pás ou rotores que giram em alta velocidade,
criando pressão e forçando o fluxo de água. A sua eficiência decresce para alturas
manometricamente grandes e vazões diferentes do seu ponto de projeto (Pinho e Galdino,
2014).
As características de operação das bombas centrífugas acionadas por motores C.C adequam-se
razoavelmente bem à saída do gerador fotovoltaico, assim a sua vazão aumenta com a corrente
elétrica (maior nível de irradiância). Existem bombas quando instaladas vão a capacidades de
cerca de 1000m3/h. (idem)
➢ Bombas Volumétricas
As bombas volumétricas, são adequadas quando se deseja atingir grandes alturas manométricas
com pequenos e moderados volume de água. A eficiência das bombas volumétricas aumenta
com o aumento da altura manométrica. A vazão de água bombeada por estas bombas, apresenta
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menor dependência com altura, se comparada com as centrífugas projeto (Pinho e Galdino,
2014).
Portanto, para este estudo as bombas a serem usadas, são as bombas centrífugas com 750 W de
potência, capaz de cobrir uma área de 1ha2 (hectare ao quadrado).
Para o estudo serão usadas bombas centrífugas associadas em paralelo, pois através desde tipo
de associação, as bombas operam lado a lado, aspirando água de um mesmo reservatório ou
fonte, através de tubulações de aspiração.
A eficiência dum painel solar, representa o potencial de conversão da luz solar em energia
eléctrica por m2. Se por exemplo um painel tem uma eficiência de 20% significa que o total de
luz captado pelo módulo 20% será usado na geração de electricidade para o consumo. Assim,
quanto maior a eficiência de um painel solar, maior será a quantidade de energia eléctrica
produzida por metros quadrados (Portal Solar, 2014-2022).
Para determinar a eficiência do sistema é preciso colectar os dados da potência dos painéis,
insolação, o tamanho dos painéis, as características e desempenho dos diferentes materiais e o
posicionamento e inclinação correta dos painéis, pois esses factores definem a eficiência de um
sistema.
Primeiramente foi necessário encontrar a eficiência dos painéis, que pode ser determinada
ou, por meio de cálculo ou recorrendo a valores tabelados de especificações fornecidas pelo
fabricante.
O cálculo da eficiência calcula-se como função de potência (P) e da área (A) na forma:
𝑃
𝜂 = 𝐴 ∶ 10 (3.10)
Para este estudo foram usados os painéis do tipo monocristalinos do modelo CS3L-350P,
com tecnologia standard de potência de 350W, pois os painéis monocristalinos apresentam
índice de eficiência mais alto dada a maior pureza de suas células.
A tecnologia PERC (do inglês, Passivated Emitter and Rear Contact, que significa Emissor
Passivo e Contacto Traseiro), utiliza uma camada de passivação muito fina na parte traseira das
células que permite a reflexão dos raios solares, fazendo com que eles passem mais vezes pela
célula e aumentando assim a sua eficiência (Portal Solar, 2014-2022).
A instalação do módulo fotovoltaico deve ser feita de forma que a exposição aos raios do sol
seja a melhor e a maior possível durante as horas de luz. Um dos factores que deve ser analisado
é a direção do módulo fotovoltaico, de modo que a sua face esteja voltada ao sol ao longo do
seu deslocamento diário (Portal Solar, 2022).
O local de estudo, está localizado no hemisfério Norte, o sol nasce no Este, passando
inclinado ao Norte e se põe no Oeste. Portanto a orientação melhor do painel solar nessa área,
é o modulo voltado ao Norte.
Outro factor que influencia a captação da luz solar, é a inclinação dos módulos fotovoltaicos.
Ela deve ser calculada de forma que favoreça a incidência directa dos raios solares sobre a face
dos módulos.
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A inclinação corresponde, assim ao valor associado à latitude a qual a radiação solar incide
directamente segundo um eixo ao meio dia solar para certo dia (Twidell & Weir, 2016).
A forma mais comum de encontrar a inclinação certa para instalação dos módulos
fotovoltaicos, é tendo em consideração a latitude do local em estudo, para este caso a latitude é
de 15º. A equação usada para calcular a inclinação dos painéis é (HCC – energia solar, 2022):
𝑙𝑎𝑡𝑖𝑡𝑢𝑑𝑒
𝑖𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎çã𝑜 = 𝑙𝑎𝑡𝑖𝑡𝑢𝑑𝑒 + ( ) (3.11)
3
Tendo como resultado, uma inclinação de 18º em relação ao solo, estando nos padrões
permitidos de inclinação dos painéis. Uma inclinação inferior a 15º não é aconselhada, pois
tende a acumular muita sujidade na superfície dos painéis (HCC – energia solar, 2022).
Onde:
𝜂𝑃𝑣 : é o rendimento do painel tendo em conta que não está a funcionar no ponto de potência
máxima (80% do valor típico);
𝜂𝑃𝑣−𝐵𝑎𝑡 : representa as perdas devido a quedas de tensão nos cabos que ligam o painel à bateria,
tomando valores de 2%, logo o rendimento é de 98%;
𝜂𝑑𝑖𝑠𝑡 : representa as perdas nos cabos de distribuição na ordem dos 2%, sendo o rendimento de
98%;
Em qualquer projeto que envolva um investimento, espera-se sempre uma margem de risco.
Portanto, antes de investir nesses projetos, é preciso fazer um estudo técnico e económico, para
se saber quais a vantagens e os riscos envolvidos (Mendonça, 2017).
Nos sistemas fotovoltaicos para irrigação carecem de um investimento inicial muito caro, por
isso os agricultores precisam na maioria das vezes convencer o investidor (seja do sector
privado, assim como empresas governamentais), que o projeto é de forma financeira rentável e
seguro. Para tal é necessário que alguns aspectos económicos sejam observados.
Os indicadores de avaliação económica mais utilizados são: o valor atual liquido (VAL), a
taxa interna de rentabilidade (TIR) e o tempo de retorno de investimento (PAYBACK). É com
base nesses indicadores económicos que o estudo económico é feito (Mendonça, 2017).
O método mais comum utilizado para avaliação económica é o VAL, onde reflete a
quantidade de renda que o projeto poderá produzir a uma determinada taxa de retorno
predeterminada. Mas ela não revela a taxa de retorno real do projeto.
Se VAL > 0, significa que o projeto é viável, pois permite não só cobrir o investimento,
mas também gerar lucro;
Se VAL = 0, significa que o investidor não recebe nenhum lucro, mas também não perdeu;
Onde:
O período de retorno do investimento é uma maneira de medir de forma mais elaborada o tempo
de investimento e é dada pela seguinte equação (Diniz, 2017):
𝐼𝑡
𝑇𝑟𝑏 = (3.14)
(𝑅1 − 𝑑1 )
Onde:
➢ Considerações
Para a presente análise, os dados levados em conta, que tem haver com a irrigação de um
espaço de 5 hectares com um nível de água bastante abundante e não distante e sem uma altura
significativa.
Para tal, como o sistema de irrigação propõe-se que seja irrigação localizada por
gotejamento, então as bombas a serem usadas serão as bombas centrífugas, pois são adequadas
para aplicações que exigem grandes volumes de água e pequenas alturas manométricas. As
bombas escolhidas são de 750 W de potências.
Como este tipo de bomba pode irrigar de 0,3 a 1 hectare/m2 (Ferreira, 2011), portanto são
necessárias 5 bombas para cobrir os 5 hectares. A irrigação decorre dois períodos por dia, de
manha e de tarde, com um tempo estimado de 2 horas a cada período, totalizando 4 hora por
dia.
4.1.Sistema Fotovoltaico
Determinou-se a energia produzida pelos módulos usando a equação (3.2), onde potência do
módulo é calculada como produto da corrente de curto-circuito do módulo (A) pela tensão da
bateria (V).
𝐸𝑝 = 𝑃𝑀 × 𝐻𝑆
𝐸𝑝 = 134,88 × 11
𝐸𝑝 = 1484 𝑊ℎ
Daqui foi possível encontrar a quantidade de módulos necessários para o sistema, usando a
equação (3.2), mas antes a equação (3.3), para encontrar a energia elétrica consumida pelos
aparelhos (neste caso as moto-bombas). Para melhor eficiência de produção, foi adotada que a
irrigação fosse realizada duas vezes ao dia, de manhã e de tarde, com um tempo estimado de 2
a cada período, totalizando 4 hora por dia.
𝐸𝑐 = 𝑃 × 𝑡
𝐸𝑐 = (750 × 5)𝑊 × 4ℎ
𝐸𝑐 = 15000 𝑊ℎ
Assim a quantidade de módulos será de:
𝐸𝑐
𝑄=
𝐸𝑝
15000 𝑊ℎ
𝑄=
1484 𝑊ℎ
𝑄 = 10,1 ≈ 10 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠
No cálculo das quantidades dos módulos, o valor encontrado, pode-se arredondar por
excesso e por defeito, por isso aqui arredondou-se para 10 como forma de facilitar empregar
dois módulos em série. Aliás, para produzir a tensão de operação de 24V do sistema, é
necessário utilizar um número par de módulos.
Depois, dimensionou-se o número de baterias para o sistema, sendo que ela é dada em duas
fases, o número da bateria em série, usando a equação (3.4), e depois em paralelo, usando a
equação (3.7).
O número de baterias em série é definido pela tensão das baterias empregadas e tensão
desejada. Dai, conhecida a energia e definido o valor da tensão de operação, determinou-se a
capacidade de carga do banco de baterias, valor este que ajuda a determinar a quantidade de
baterias em paralelo.
𝑉𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜
𝑁𝐵𝑆 =
𝑉𝑣𝑏𝑎𝑡
24
𝑁𝐵𝑆 = 12 = 2 (número de baterias em série.)
𝐸𝐴
𝐶𝐵𝐴𝑁𝐶𝑂 =
𝑉𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜
12500 𝑊ℎ
𝐶𝐵𝐴𝑁𝐶𝑂 =
24 𝑉
𝐶𝐵𝐴𝑁𝐶𝑂 = 520,8 𝐴ℎ
A partir daqui, foi possível calcular o número de bateria em paralelo a partir da equação
(3.7).
𝐶𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜
𝑁𝐵𝑃 =
𝐶𝑏𝑎𝑡
520,8 𝐴ℎ
𝑁𝐵𝑃 =
100 𝐴ℎ
𝑁𝐵𝑃 = 5,2 ≈ 5 𝐵𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑠
Depois daqui pode-se dimensionar o controlador de carga para este sistema. A determinação
do controlador de carga leva em conta dois parâmetros, a tensão de operação e a corrente elétrica
máxima fornecida pelos módulos. A corrente máxima fornecida por cada módulo CS3L-350P,
conforme os dados do fabricante, é a corrente de curto-circuito na condição STC, que vale 11,24
A. Como tem-se um conjunto de 10 módulos, sendo 2 conjuntos em série e 5 em paralelo, a
corrente elétrica máxima resultara em: 5 ×11,24 A = 56,2 A.
Sendo assim terá o controlador: a corrente mínima do controlador = 1,25×Icc do painel sendo
56,2 A × 1,25 = 70,25 A
Para encontrar a eficiência deste sistema, foi necessário estimar a eficiência dos painéis
usados, sendo que através da equação (3.10), estimou-se que a eficiência dos painéis é de
18,93%, estando na fasquia dos modelo e tecnologia escolhida.
Pela equação (3.12), foi possível calcular a eficiência do sistema fotovoltaico no seu todo, que
resultou em aproximadamente 68%.
Para além dos equipamentos e do material eléctrico bem como das especificações técnicas
determinadas, o sistema irá incluir material adicional como interruptor, suportes metálicos,
cabos eléctricos e tubulações. Adoptou-se cabos de 2,5mm2 de diâmetro, para fazer a conecção
eléctrica dos equipamentos e dois tipos de tubulação, os de 50mm, usados para canalizar a água
do rio até as bombas e os de 3/4" que canalizam a água das bombas, até o campo de irrigação.
Para montar e configurar o sistema fotovoltaico dimensionado neste estudo precisa usar a
seguinte relação do material.
2. Conectar as baterias próximo dos módulos, 2 em série e 5 em paralelo (como ilustra a Figura
4.2).
3. Conectar os fios de saída dos módulos, no controlador de carga numa extremidade de entrada
(positivo e negativo);
Figura 4.3: Organização do sistema fotovoltaico dimensionado Fonte: Organizado pelo Autor
Para analise da viabilidade do sistema proposto pelo projeto, é preciso tomar algumas
considerações tais como: o investimento inicial no valor de 763.000,00 Meticais, sendo o
orçamento total para implantação do sistema (veja no apêndice), o valor da tarifa cobrada pela
distribuidora de electricidade de 9,31 Mt/kWh para o sector Agrícola, a taxa de operação e
47
Usando a equação (3.13), encontra-se o VAL num período de 25 anos de vida útil do
sistema, sendo igual a: 511.306,25 Meticais.
Como o VAL > 0, pode-se afirmar que o projeto é viável, pois permite não só cobrir o
investimento, mas também gerar lucro, se comparado com o valor que seria gasto usando a
corrente eléctrica distribuída pela EDM.
V. CONCLUSÕES E RECOMENDACÕES
5.1.Conclusões
5.2.Recomendações
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53
APÊNDICES
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