Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Universidade pedagógica
Beira
2015
Lucas Mário Paulo
Superivor
MsC: Rui Muchaibande
Universidade pedagógica
Beira
2015
Índice
Lista de Tabelas.................................................................................................................ii
Lista de figuras………………………………………………………………………..iii
Lista de Abreviaturas………………………………..……………………………….iv
Declaração.........................................................................................................................v
Agradecimentos................................................................................................................vi
Dedicatória……………………………………………………………………………vii
Resumo………………………………………………………………………………viii
Introdução…………………………………………………………………………….11
Justificativa…………………………………………………………………………….13
Problematização………………………………………………………………………..15
Objectivos…………………………………………………………………………….16
Objectivo Geral……………………………………………………………………....16
Objectivos especifico…………………………………………………………………16
Metodologia……………………………………………………………………………17
1.1.5.3- Observação..................................................................................................18
Revisão bibliográfica...............................................................................................18
O interruptor.............................................................................................................26
3.1.4- Isolador..........................................................................................................26
3.2.8- Experiencia 8.1 Para circuito simples (apenas com uma resistência)............40
4.1Conclusão…………………………………………………………………………..55
Lista de Tabelas
Tabela 01: Variação da tensão em função da intensidade da corrente eléctrica ……….31
Lista de Figuras
Lista de Abreviaturas
A.M.S Associação Muçulmana de Sofala
ESMSM Escola Secundaria Mateus Sansão Mutemba
Fig Figura
Tab Tabela
viii
Declaração
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.
_____________________________________
Agradecimentos
Primeiro a Deus, pelo ar da vida, força de cada dia e por ser conhecedor da minha
verdade.
Aos meus pais Mário Paulo Thonhiwa e Madalena Jairosse Mwitiquinha, a minha avo
Angly Aly e aos meus irmãos em especial o mano Abel, Paulino, Ernesto, Albertina,
Flora e Daniel, aos meus primos, Lázaro, Argentyna, Sorte, Rabolino, Julay e Samuel
pelo apoio emocional e financeiro, encorajamento conselhos e por compreenderem o
motivo da minha ausência no seio deles. Ao mano António e ao sobrinho Armindo, que
sempre ficaram perto de mim e pelo apoio moral e psicológico.
Ao meu Orientador, Msc Rui Muchaiabande não somente pelas imensas contribuições
científicas, mas também, pela sua disponibilidade, dedicação carinho e paciência dando
forças para sempre eu seguir em frente.
Aos meus amigos em especial Leandra Rambique uma amiga, irmã e companheira da
vida, Elidio Ângelo Matimate, Matraia Francisco Matraia e Emelito Orlando
Changadeia, pelos seus ensinamentos, por estiverem sempre comigo nos momentos
difíceis e bons. No mesmo sentido tenho a honra de agradecer aos meus colegas, David
Mussa, Ângelo Stelio, Gani Martinho e os demais colegas que não pude citar, em que
juntos ficamos na procura do conhecimento físico e electrónico durante quatro anos.
Dedicatória
Resumo
Introdução
Neste contexto, algumas pesquisas são realizadas em torno desta problemática, que
mostram o impacto que traz a não realização de experiência no ensino de Física, e que
propõem estratégias e alternativas que podem ser aplicadas pelos professores nas
escolas que não possuem laboratórios e espaço, como forma de mitigar estes problemas.
A estrutura deste trabalho, esta dividida em quatro partes: a primeira parte é o capítulo I,
corresponde o capítulo de introdução, é onde consta da presente introdução, a seguir a
justificativa da escolha do tema, problematização, objectivos (geral e específicos),
delimitação do tema, metodologias e técnicas de trabalho e finalmente revisão
bibliográfica.
A terceira parte corresponde o capítulo III, neste capítulo o autor faz uma descrição dos
materiais que compõem o kit, e é neste capítulo onde aparecem todas experiências com
uma breve discussão e com os seus resultados que se podem ter na sua realização e a
quarta e última parte, é o capítulo IV de conclusão e recomendações. E finalmente
seguem bibliografias utilizadas na pesquisa.
14
1.1.1- Justificativa
“Tradicionalmente a Física é vista pelos professores como uma disciplina difícil de ser
ensinada e com isso os alunos apresentam desinteresse e dificuldades de aprendizagem
dos conteúdos” (ALVES & STACHAK 2005, p.1). A Física é vista como uma
disciplina abstracta, longe da realidade dos alunos. Os alunos preocupam-se apenas com
a nota, os assuntos estudados são logo esquecidos e aumentam os problemas da
disciplina.
A pesquisa realizada pelos autores Araújo &Abib (2003), constatou que o uso de
actividades experimentais como estratégia de ensino de Física tem sido apontado por
professores e alunos como uma das maneiras mais frutíferas de se minimizar as
dificuldades de se aprender e de se ensinar Física de modo significativo e consistente.
Também num outro estudo, desenvolvido por Tavares (2009), afirmou que utilizar
experimentos como ponto de partida, para desenvolver a compreensão de conceitos, é
uma forma de levar ao aluno a participar de seu processo de aprendizagem, sair de uma
postura passiva e começar a perceber e agir sobre o seu objecto de estudo, relacionando
o objecto com o acontecimento e buscando as causas dessa relação, procurando por
tanto, uma explicação causal para o resultado de suas acções ou interacções.
15
Desta feita, o ensino de Física não deveria ser desenvolvido apenas de forma teórica
mas sempre acompanhado com aulas práticas. Infelizmente este facto nem sempre
acontece, os professores alegam que a falta de laboratório, materiais, espaço para a
prática de aulas experimentais e a falta de tempo são factores principais de não incluir
actividades experimentais nos seus planos de aulas, sendo assim esta disciplina é
ministrada apenas de forma teórica onde o giz, quadro preto e livro didáctico são os
únicos recursos de ensino.
É neste contexto que, o autor propõe o uso de kit1de experiências para aprendizagem dos
conceitos físicos da electricidade para alunos da 10ª classe, elaborado com material
alternativo como forma de dinamizar aulas de Física. Com os experimentos propostos
os alunos poderem ver, e não apenas imaginar a situação apresentada durante as aulas.
O kit proposto no qual foi elaborado com material alternativo2 é uma tentativa de
viabilizar aulas práticas de Física e é uma forma de mostrar uma outra metodologia que
os professores podem adopta-las pois a nível das escolas da cidade da Beira esta
metodologia não é praticada.
Alguns professores não realizam as aulas experimentais no ensino de Física, por falta de
conhecimentos da existência de kits e falta de interesse em elaborar o seu experimento,
como afirma Brigagao & Sousa (2009, p.2):
“A utilização de experimentos em sala de aula, os quais poderiam ser feitos com a utilização
de kits (conjunto de materiais) expositivos de fácil obtenção e montagem, praticamente não é
realizada devido, talvez, a tal, desconhecimento da existência desses kits, a falta de interesse
do docente, gerando nos alunos a adopção de uma postura meramente contemplativa, vaga e
imprecisa da Física”, (BRIGAGAO & SOUSA 2009).
1
-Kit significa conjunto de objectos ou materiais agregados para uma finalidade específica,
como um kit de material escolar, um kit de costura, etc. Também pode ser um conjunto de
elementos vendidos com um esquema de montar e que o próprio comprador pode armar, como
um kit de aeromodelo. Para este, refere-se a um kit de experiencias de electricidade
2
-Material opcional, que se utiliza na falta de material apropriado
16
De acordo com as observações feitas por alguns autores, (Guedes 2007; Costa2008;
Spessato 2009; Santos & Castilho 2010), o uso de kits de experiencias elaborados com
material alternativo, além de minimizar o problema de falta de laboratórios e materiais
para a pratica de aulas experimentais também resolve o problema de falta de tempo de
planificar aulas praticas e abre nova visão ao professor em elaborar o seu material sem
esperar que seja instalado um laboratório com todo material necessário na escola.
Santos e Castilho (2010) apresentam esta ideia da seguinte maneira:
“O professor não pode ficar esperando que sejam instalados amplos laboratórios com todo o
material que necessita. Determinados experimentos podem ser realizados com material de baixo
custo contribuindo para a criatividade dos alunos. Por outro lado, a alternativa do material de baixo
custo deve ser considerada um incentivo à criatividade sem abrir mão de equipamentos modernos
e sofisticados quando necessário”. (SANTOS & CASTILHO 2010)
1.1.2- Problematização
Na visão de TAVARES (2009) ensinar Física é proporcionar aos alunos situações de
aprendizagem através das quais eles poderão construir conhecimentos sobre diferentes
fenómenos da natureza. É também potencializar a capacidade dos alunos em formular
hipóteses, experimentar e raciocinar sobre factos, conceitos e procedimentos
característicos desse campo do saber. Além disso, o ensino de Física deve possibilitar a
compreensão das relações entre a Física e a sociedade, e sua influência na produção e
distribuição de diferentes tipos de materiais alternativos.
A este respeito, os autores como Borges (2002) e Laburú (2005), acreditam que a
melhoria do ensino de Física passa pela introdução de aulas práticas. A questão que se
coloca actualmente é como essas aulas experimentais podem ser realizadas nas escolas
uma vez que a maioria das escolas não possuem espaços e material para tal efeito.
17
Tavares (2009), na tentativa de dar uma resposta sobre a questão, propôs o uso de kits
experiencias elaborado com material alternativo para ensino experimental. Na óptica de
Tavares o uso de kit de experiências no ensino de Física, permite despertar o interesse
dos alunos, levando-os a participar nas actividades, tornando as aulas mais
participativas e motivadas. Dessa forma, o aluno é estimulado a pensar, descobrir e,
com sua curiosidade, participar através de perguntas, buscando respostas nos
experimentos.
Que contribuição o uso de kits de experiências para aprendizagem dos conceitos físicos
da electricidade pode trazer para alunos da 10ª classe?
1.1.3- Objectivos
Escolheu-se a 10ª classe, por motivos de o autor encontrar-se a leccionar nesta classe, na
escola acima super citada
O tema além de se encontrar na 10ª classe, também encontra-se na 11ª classe e nas
escolas técnica profissional.
1.1.5- Metodologia
A pesquisa, quanto ao seu nível de abordagem é do tipo qualitativa explicativa. Na
optica de (GODOY, 1995, p.58), a pesquisa qualitativa não procura enumerar e/ou medir
os eventos estudados, nem emprega instrumento estatístico na análise dos dados,
envolve a obtenção de dados descritivos sobre pessoas, lugares e processos interactivos
pelo contacto directo do pesquisador com a situação estudada, procurando compreender
os fenómenos segundo a perspectiva dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situação
em estudo. Para GIL (1999), tem por finalidade básica de desenvolver, esclarecer e
modificar conceitos e ideias para a formulação de abordagens posteriores.
Dessa forma, este tipo de estudo visa proporcionar um maior conhecimento para o
pesquisador acerca do assunto, a fim de que esse possa formular problemas mais
precisos ou criar hipóteses que possam ser pesquisadas por estudos posteriores.
1.1.5.3- Observação
Conforme LAKATOS e MARCONI (1992), a observação é uma técnica que utiliza os
sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em
ver e ouvir, mas também em examinar factos ou fenómenos que se deseja estudar. Para
o autor esta técnica consistiu em viver o ambiente, e manifestações comportamentais no
decurso do uso de kit.
Revisão bibliográfica
Nas literaturas revisadas os kits de experiências são discutidos de maneira bastante
diversa quanto ao significado que eles podem assumir no processo de Ensino e
Aprendizagem.
GUEDES (2007), no seu trabalho destaca as razões que o levaram a elaborar um kit de
Baixo Custo Para o ensino de electricidade: primeiro é o factor de muitos alunos terem
medo de estudar a Física, ele observou que nalgumas escolas Portuguesa tem turmas
sem estudantes de Física.(…), face ao reduzido número de alunos que frequenta a
20
O trabalho de Guedes revela que um dos factores que leva os alunos a fugirem da Física
esta relacionado com o reduzido ensino experimental, desta feita declara que:
“Muitos alunos não prosseguem os seus estudos numa área tecnológica ou científica
por terem muita dificuldade na aprendizagem das Ciências, em geral, e da Física em
particular. Os problemas na aprendizagem da Física surgem logo nos primeiros anos
de leccionação da disciplina, no 3º Ciclo do ensino Básico. O reduzido ensino
experimental, que é regra nas nossas escolas, não proporciona uma aprendizagem
satisfatória das matérias”. Guedes ( p.10).
Guedes faz nos entender que a não realização de experiencias nas aulas de Física, traz
um baixo nível de aprendizagem, devendo o aluno não prosseguir estudar a Física nas
classes subsequentes.
Guedes percebe que a falta de dinheiro, laboratório, material didáctico são algumas das
caracteriza da maioria das escolas Portuguesas, e como alternativa desta situação propôs
um kit para o ensino experimental da electricidade no 9º ano de escolaridade, cuja
utilização permite minimizar alguns dos problemas acima referidos. Guedes justifica-se
da seguinte maneira:
De um modo geral, as reformas educativas não são acompanhadas dos meios necessários
(financeiros, equipamentos ou espaços adequados e recursos humanos). A falta de instrumentos e
materiais laboratoriais diversos, a inexistência de Técnicos de Laboratório que auxiliem os
professores nas actividades e até mesmo de funcionários que limpem e arrumem o material
utilizado, condicionam bastante a realização de actividades experimentais. Por vezes, não existe
sequer um laboratório ou, quando existe, está sobrelotado em termos de ocupação e as lições de
Física têm de ser dadas numa vulgar sala-de-aula dispondo de quadro e giz. Guedes (p. 12).
Uma pesquisa similar sobre a utilização de kit de experiência elaborada com material
alternativo, também foi realizada por Lopes (2008). Lopes destaca as razões que lhe
levaram a propor um kit básico de actividades experimentais de Física e de Química
para o 1º ciclo do ensino básico, sendo como as dificuldades que alunos do 3º ciclo
ensino básico encaram na compreensão da matéria e a deficiente formação na área de
ciências, este autor aponta como razões a fraca formação dos professores em ciências
experimentais e a falta de aulas experimentais no ensino da Física em que professores
atribuem causa como a falta de material para experiências na grande maioria das
escolas.
21
“Os alunos do 3º CEB têm frequentemente uma preparação muito deficiente na área das ciências.
É conhecida a reduzida formação em ciências dos professores do 1º CEB em ciências
experimentais, que não têm por isso capacidade para proporem actividades experimentais
adequadas. Além disso, é frequentemente atribuída à falta de material experimental nas escolas a
não execução de experiências em sala de aula. LOPES” (2008).
Para Lopes o kit que propôs tinha como objectivo, dar resposta para o ensino de Física e
química no que diz respeito as dificuldades encaradas pelos professores do 1º ciclo do
ensino básico.Ainda na perspectiva de Lopes o kit será uma iniciativa entre outras que
poderão ser tomadas, para desenvolver o ensino experimental das ciências. Lopes
apresenta este trecho da seguinte forma:
O kit proposto, o qual é muito barato, pretende ser uma resposta a estas três dificuldades. Esta
proposta de um kit básico de actividades experimentais para o 1º CEB, com uma explicação
clara das actividades que ele permite, é apenas uma iniciativa, entre outras que poderão ser
tomadas, para desenvolver o ensino experimental das ciências. (LOPES p. 11).
Nesta perspectiva, este autor nos mostra que as aulas experimentais no ensino de Física
pode ser feita usando material alternativo, sem esperar que seja instalado um laboratório
com todo equipamento necessário. Deste modo,o uso de kit de experiencias elaborados
com material alternativo, é uma iniciativa que pode minimizar o problema de falta de
laboratórios e materiais para a prática de aulas experimentais.
Num outro estudo desenvolvido por Spessato (2009),notou-se que a razão que leva o ensino de
Física a um quadro insatisfatório, é a falta de laboratório e a inexistência de material adequado
para a realização de experiencias e que as aulas de Física são ministradas por métodos
tradicionais, restringindo-se a teorização na aplicação de seus conteúdos. E como resposta para
amenizar o problema propôs através do uso de instrumentação, a aplicação de kitsde
electricidade construídos com materiais de baixo custo, como nos afirma:
A falta de laboratório, ou mesmo por este se encontrar desactivado, e a inexistência de material
adequado para a realização de experiencias, são algumas das razoes que tem contribuído com as
dificuldades no ensino-aprendizagem de Física no Ensino Médio. Observamos que, em virtude desses
problemas, dentre outros, as aulas de física são frequentemente ministradas por métodos tradicionais,
restringindo-se a teorização na aplicação de seus conteúdos. Na tentativa de contribuir para amenizar as
dificuldades no ensino-aprendizagem de Física, propomos através do uso de instrumentação, a
aplicação de kitsde electricidade construídos com materiais de baixo custo e de fácil manipulação em
sala de aula, não necessitando especificamente do uso de laboratórios mais sofisticados . Spessato (p.
2).
Spessato faz nos entender que para realizar uma experiencia no ensino de Física, nem
sempre é necessário que exista um laboratório na escola com todo equipamento, pode se
usar material alternativo. Os resultados obtidos por Spessato indicaram que o uso de kits
22
A análise feita, nas literaturas revisadas pelo autor constata-se que um dos factores que
traz dificuldades em aprender a Física está relacionado com a não realização de aulas
experimentais. Por outro lado, o reduzido número de aulas experimentais no ensino de
Física, é condicionado por maior parte das escolas não possuírem materiais, laboratórios
equipados e espaço adequado para aulas práticas. Neste caso, o uso de kits de
experiencias elaborado com material alternativo tem sido uma possível ferramenta de
viabilizar as aulas experimentais e dinamizar as aulas de Física.
23
O kit proposto, inclui todas essas experiencias, cuja estrutura segue o programa de
Física da classe.
De acordo com o trabalho de Lopes (2008), Spessato (2009) e Guedes (2010), mostram
que o uso de kit de experiencias possibilita um enriquecimento de ensino da Física, ao
proporcionarem um grande potencial, que permite ao aluno:
Verificar e comprovar a teoria anteriormente aprendida na sala de aula
Acentuar a formulação dos conceitos e promover a mudança conceitual
significativa.
Ganhar motivação e agir activamente sobre o assunto que esta aprendendo.
Ter habilidades de manipular, questionar, investigar, organizar e comunicar;
24
Antunes & Silva citados por Sheid (2012, etal), percebem que o experimento por si só
não possibilita a aprendizagem conceitual, merecendo a acção pedagógica para a
construção de conhecimento científico, objectivo do ensino de Ciências. Isto mostra
que, para melhor eficácia depende especialmente, das estratégias didácticas empregadas
no seu uso, e não apenas das suas características inerentes. Por isso, não se pode praticar
uma experiência, sem a reflexão crítica sobre o seu papel, os objectivos a alcançar, a
metodologia por utilizar e o momento de aplicação.
É importante salientar que, este é o kit do aluno, em que ele permite manipular
instrumentos, comprovar leis e tirar os seus resultados, portanto o próprio aluno através
de fichas de experiências que aparecem em cada experiência vai executando as
experiencias sem necessariamente a intervenção do professor, isto quer dizer que o
professor apenas é um mero orientador e poderá intervir caso necessário. Mas isso não
25
quer dizer que o professor não faça uma instrução previa sobre o uso de instrumentos de
medida o caso de multímetro.
26
Na sua elaboração pensou-se primeiro o tipo de experiências que serão integradas no kit,
o número de experiências, o material necessário, a natureza do kit e como o aluno
aprenderá na base dele.
No que diz respeito ao material é geralmente de fácil aquisição na sua maioria e são
indicadas as lojas onde podem se encontrar à venda com o seu respectivo preço unitário
27
em meticais, veja nos anexos, apesar de alguns dos materiais serem reciclados A seguir
é dado a descrição de cada material e a sua função.
a) Fechado b) aberto
3.1.4- Isolador
Fornece a energia necessária para que a corrente eléctrica circule no circuito. O gerador
de corrente transforma energia eléctrica noutra forma de energia (as pilhas transformam
energia química em energia eléctrica).
Uma fonte de alimentação serve para transformar a energia eléctrica sob a forma de
corrente alternada (CA) da rede em uma energia eléctrica de corrente continua, mais
adequada para alimentar cargas que precisam de energia CC. A fonte que se encontra
neste kit foi feita com material alternativo e pensando nos propósitos do kit, que é de
realizar experiencias na sala de aula ou fora dela. Portanto ela pode funcionar com
corrente de altas tensões e com pilhas veja a figura 5. Através de potenciómetro você
29
vai ajustando os valores da tensão a que deseja, (ela ajusta de 5,15 V até 9,35V).Alguns
cuidados que deverá ter ao usar esta fonte são:
Ao usar com pilhas, deve ter cuidado com a polaridade, o fio vermelho indica
pólo positivo e o preto indica o pólo negativo (portanto o fio vermelho deve
conectar ao vermelho o preto ao preto da fonte)
Amperímetro (A): serve para medir a intensidade da corrente eléctrica que atravessa um
circuito ou nessa porção do circuito. Deve ser intercalado em serie nesse circuito ou
nessa porção do circuito.
Voltímetro (V): serve para medir a diferença de potencial (também chamada de tensão
ou voltagem), nos extremos de um consumidor ou do gerador de corrente, devendo ser
intercalado em paralelo com esse consumidor ou gerador.
Observação
Ao fechar o interruptor a lâmpada acende
31
Explicação
A pilha está carregada com energia eléctrica
A pilha é como uma bomba (eléctrica)
Quando o caminho entre os pólos (+ e -) da pilha, a pilha “empurra” a
electricidade através dos fios.
Quando a electricidade passa no filamento da lâmpada, este aquece e fica
brilhante.
pelo amperímetro.
Observação
O quociente U/I é constante
Explicação
Para um condutor que se encontra a temperatura constante, a razão entre a d.d.p.
nos extremos e a intensidade da corrente que o percorre não varia, isto é, a
resistência de um condutor é constante. Lei de Ohm
5 10
L (cm)
R (Ω)
Tabela 2:
Dependência da resistência em função do comprimento
b) com 10 cm de comprimento (fonte Autor)
Observação
Material necessário
2 Fios de grafite com e 5cm de comprimento.
1 Ohmimetro
2 Suportes
Procedimentos e montagem
Repete a experiência 3.1 usando apenas o comprimento Veja a figura: 10
de 5cm.
Monta agora o circuito com dois fios de grafite com cerca
de 5cm cada entre os dois crocodilos. A introdução num
dado ponto do circuito de dois condutores com a mesma
secção e igual comprimento, equivale a um único
condutor de secção dupla destes.
Coloca o ohmímetro nos extremos do fio de grafite como
ilustrado na figura 10.
Para fios de igual secção, quanto mais comprimido for o fio condutor
intercalado, maior dificuldade tem a corrente eléctrica em fluir através dele,
e menor é a intensidade da corrente que percorre-a sua resistência é maior.
R l
=
R l
Para fios de igual comprimento, quanto mais largo for o fio condutor
intercalado, menos obstáculos oferece à passagem da corrente eléctrica, e
maior é a intensidade da corrente que a percorre-a sua resistência é menor.
R s
=
R s
Estas experiências podem ser realizadas usando medição indirecta da o que consiste em
conhecer o valor da tensão e da intensidade eléctrica, depois aplicar a lei de Ohm.
Material necessário
2 Duas velas
1 Fio de cobre
Fósforo
1 Ohmímetro
3
Uma propriedade que define o quanto um material opõe-se à passagem de corrente eléctrica, de forma
que: quanto maior for a resistividade eléctrica de um material, mais difícil será a passagem da corrente
35
Procedimentos e montagem
Explicação
Com a temperatura alta, algumas partículas que fazem parte do meio condutor começam
a vibrar com mais intensidade, e com isso a possibilidade de ocorrer choques entre as
partículas que estão na corrente eléctrica são maiores, o que dificulta a passagem de
cargas eléctricas com facilidade é por isso que acontece o aumento da resistência
eléctrica.
ohmímetro pode variar o seus valores, mas isso não indica que a resistência não esta
variar ou pode precisar de uma temperatura muito elevada para variar a sua resistência.
Antes de fazer esta experiência deve fazer primeiro a experiencia 1, ligando apenas uma
lâmpada.
Material necessário
1 Fonte de alimentação
2 Lâmpadas de 6W.
1 Interruptor
Procedimentos e montagem
Observação
37
As lâmpadas têm menos brilho do que se for uma só, como acontecia na
experiência só com uma lâmpada.
Explicação
A tensão eléctrica da pilha é distribuída por duas lâmpadas.
A tensão tem de vencer a resistência das duas lâmpadas, por isso menos cargas
nos fios do que só com uma lâmpada.
Agora desenrosque uma das lâmpadas observem que as duas lâmpadas apagam-se.
Explicação
Quando tira uma lâmpada, a electricidade não pode passar dum pólo para outro, porque
o caminho está aberto.
Observação
38
As duas lâmpadas têm o mesmo brilho que tinha uma lâmpada na experiência só
com uma lâmpada
Explicação
A mesma tensão eléctrica da pilha é aplicada a cada uma das lâmpadas. Por isso,
a electricidade que passa numa lâmpada tem o mesmo valor que na outra.
Agora desenrosque umas das lâmpadas e observe:
Essa lâmpada apaga-se mas a outra fica acesa.
Explicação
A lâmpada apaga-se porque o caminho para a electricidade passar está aberto. A
outra lâmpada fica acesa porque o caminho para a electricidade está fechado.
3.2.5- Experiência 6: Associação de resistência em misto
Objectivo: Verificar na prática, as principais características de um circuito misto.
Material necessário
Fonte de alimentação
3 Duas lâmpadas iguais de 6W
4Suportes eléctricos param as lâmpadas
1 Interruptor
6 Fios condutores
Procedimentos e montagem
Faça as ligações ilustradas na figura e Observe a figura:
monte o circuito. Observe atentamente as
ligações efectuadas. Mantenha sempre o
interruptor desligado, até ter a certeza de
que procedeu correctamente.
Ligue o interruptor e observe.
Observação
A lâmpada 1 tem mais brilho do que as outras duas lâmpadas
Explicação
39
O circuito misto é constituído por um circuito serie e um circuito paralelo, o que quer
dizer o seu funcionamento usa fundamentos desses dois circuitos.
O que se observa?
A diferença de potencial nos pólos da fonte é diferente da diferença de potencial medida
entre terminais de cada resistência. Mas precisamente é igual à soma das diferenças de
potencial nos terminais das duas resistências
Explicação
Sempre que se tenha vários receptores ligados em serie num circuito, a diferença de
potencial entre os extremos dessa associação de receptores é igual à soma das quedas de
tensão nos extremos de resistências associadas.
U Total =U R 1 +U R 2+ …+U R n
3.2.7- Experiência 8: Medição da intensidade da corrente numa associação
resistências em serie
Material necessário
Fonte de 6 Volt
2 Resistências iguais de 2KΩ
1 Interruptor
1 Fio condutor
3.2.8- Experiência 8.1 Para circuito simples (apenas com uma resistência)
Procedimentos e montagem
Monta um circuito simples com uma tensão Observa a figura:
de 6V, uma resistência e um amperímetro.
Veja a figura 16 a
Fecha o circuito e regista a intensidade da
corrente marcada no amperímetro (A).
Abre o circuito e instala o amperímetro
noutro qualquer ponto do circuito. (Observa
a fig. 16b )
Fecha o circuito e regista de novo o valor Fig. 16 Medição da intensidade da
marcado pelo amperímetro. corrente eléctrica apenas com uma
resistência
Observação:
Amperímetro indica o mesmo valor da intensidade da corrente electrica
41
Explicação
Qualquer que seja a posição do amperímetro num circuito serie ele lê sempre
a mesma intensidade da corrente. Lembre-se para o circuito série tem a
U Total U
relação: I1=I2=….In=Itoatal=I I total=I = I n=I = n
R Total Rn
3.2.9- Experiencia 8.2: Com duas resistências
Abre novamente o circuito e instala uma Obesrva a figura:
outra resistência em serie com a primeira
(experiencia 9.1) mantém o amperímetro
na mesma posição da experiência
anterior.
Fecha o circuito, regista o valor da nova
intensidade da corrente
Desliga o circuito e muda a posição do
Fig. 17 Medição da intensidade da corrente
amperímetro. Pode coloca-lo, por
eléctrica num circuito serie
exemplo entre as lâmpadas. (Observe a
figura. 17)
Observação:
À medida que o número de receptores aumenta num dado circuito-serie, a
intensidade da corrente diminui.
Explicação
No caso das experieeencia proposta verifica-se que o valor da intensidade da
corrente diminui à medida que o numero de resistências instaladas aumenta, o
que indica que a energia disponibilizada para cada uma delas também diminui.
Neste caso se pretendêssemos maior intensidade da corrente eléctrica, teríamos
de aumentar a diferença de potencial.
Qualquer que seja a posição do amperímetro num circuito serie ele lê sempre a
mesma intensidade da corrente. Lembre-se para o circuito série tem a relação:
U Total U
I1=I2=….In=Itoatal=I I total=I = I n=I = n
R Total Rn
3.3.0- Experiencias 09: Medição das resistências eléctrica, numa associação de
receptores em serie
Material necessário
42
R1 R2 R3 R1à R3
O somatório dos valores indicados e cada resistência é igual ao valor lido pelo
ohmímetro quando intercalado nos extremos de R1 á R3
Explicação
A resistência total ou equivalente de uma associação em serie é igual a soma das
resistências associadas.
RT =R1 + R2 + R3 …+ Rn
Esta experiência, pode ser realizada e chegar-se aos mesmos resultados, usando
medição indirecta da resistência eléctrica, que consiste em conhecer o valor da
tensão total e da intensidade que circula no circuito.
Duma forma geral para o circuito-serie temos:
A intensidade de corrente que passa por todos os condutores num dado instante é
a mesma.
43
I1=I2=….In=Itoatal=I
A diferença de potencial nos extremos da associação em serie (Utotal) es igual a
soma das quedas de tensão nos extremos das resistências associadas (U1,
U2……, Un).
U total =U 1+U 2+ …+ U n
A resistência total ou equivalente da associação (RT) é igual a soma das
resistências associadas.
RT =R1 + R2 +…+ R n
Circuito-Paralelo
Comprovar experimentalmente as propriedades conhecidas da associação de resistores
em paralelo que são as seguintes: a tensão total aplicada ao circuito; a corrente eléctrica
e a resistência total
3.3.1- Experiencia10: Medição da diferença de potencial num circuito Paralelo
Material necessário
Fonte de alimentação
2 Duas resistências de 2 KΩ
1 Interruptor
5 Fios condutores
2 Voltímetros
Procedimentos e montagem
Faça as ligações ilustradas na figura 19 e Observa a figura:
monte o circuito, aplicando ao circuito
uma d.d.p de 7.8V. Observe atentamente
as ligações efectuadas. Mantenha sempre
o interruptor desligado, até ter a certeza
de que procedeu correctamente.
Ligue o interruptor e observe.
Ligue os Voltímetros em cada extremo
das resistências associadas. Fig 19 Medição da d.d.p num circuito
paralelo
Observação
Os dois voltímetros lêem o mesmo valor
44
Explicação
Neste caso, a energia disponibilizada para cada o circuito exterior devido à diferença de
potencial nos seus extremos é sempre a mesma, qualquer que seja o número de
resistências intercaladas.
U 1=U 2=U 3 … .=U n
3.3.2- Experiencia 11: Medição da intensidade da corrente num circuito Paralelo
Material necessário
1 Fonte de alimentação
2 Duas resistências de 2 KΩ
1 Interruptor
5 Fios condutores
Procedimentos e montagem
Faça as ligações ilustradas na figura e Observe a figura:
monte o circuito impondo uma d.d.p de
6V. Observe atentamente as ligações
efectuadas. Mantenha sempre o
interruptor desligado, até ter a certeza
de que procedeu correctamente.
Liga em serie o amperímetro e a
associação das duas resistências (veja a
figura)
Fecha o circuito e regista a intensidade Fig. 20 Medição da intensidade num circuito
da corrente no circuito principal. paralelo
Observação
Se compararemos a intensidade da corrente no
circuito principal com aquela registada quando
o mesmo circuito é instalado em serie,
verificamos que esta é maior no circuito-
paralelo
Abre o circuito e instala o amperímetro
junto a uma das resistências, de acordo
com a figura 20 b
Fecha de novo o circuito e regista a
intensidade da corrente que atravessa Fig. 20b) medição da intensidade num
45
Observação
A intensidade da corrente que atravessa a resistência é menor que a intensidade da
corrente que percorre o circuito principal.
Abre o circuito novamente e liga o amperímetro junto à outra resistência. Volta a fechar
o circuito e regista, de novo, a intensidade da corrente.
Observação
Também agora o valor da intensidade da corrente é inferior à que percorre o circuito
principal.
I ∘. principal I R1 I R2
Observação
O inverso da resistência total ou equivalente (R T) é igual a soma dos inversos das
resistências associadas.
Numa associação de resistência em paralelo O inverso da resistência total ou
equivalente (RT) é igual a soma dos inversos das resistências associadas.
1 1 1 1
= + +…+
R P R 1 R2 Rn
Para circuito paralelo constata-se que:
Todas resistências estão submetidas a mesma queda de tensão nos extremos da
associação.
U 1=U 2=…=U n. U T =RT . I T U n=Rn . I n
A intensidade da corrente que percorre a associação I Té igual a soma da intensidade das
correntes que atravessam as diferentes resistências associadas.
I T =I 1 + I 2 …+ I n
O inverso da resistência total ou equivalente (R T) é igual a soma dos inversos das
resistências associadas.
1 1 1 1
= + +…+
R P R 1 R2 Rn
Esta experiência, pode ser realizada e chegar-se aos mesmos resultados, usando
medição indirecta da resistência eléctrica, que consiste em conhecer o valor da tensão
total e da intensidade que circula no circuito e depois aplicar a lei de Ohm.
3.3.4- Aspectos gerais
As experiências realizadas mostram-nos diferenças importantes entre cicruitos-serie e os
circuitos-paralelo.
47
eléctrica
Agua X
açucarada
Agua X
salgada
Condutibilidade eléctrica nos líquidos
Observação;
O ferro e água salgada conduzem a corrente eléctrica e madeira e agua pura não
conduzem a corrente
Condutores são os materiais como o ferro, aço, o cobre, a grafite, agua salgada, agua da
torneira, a solução do sulfato de cobre, etc.
De um modo geral, todos os metais são bons condutores eléctricos, bem como as
soluções aquosas de sais como o cloreto de sódio (sal da cozinha), o sulfato de cobre ou
iodeto de zinco. Para alem de soluções aquosas de sais, existem ainda outros materiais
49
Os não condutores são todos materiais que, como o próprio nome indica, não se deixam
atravessar pela corrente eléctrica. Entre eles estão a madeira, o plástico, o vidro, o ar
seco, a porcelana, água pura, a lã, etc., sendo alguns destes materiais utilizados no
revestimento de aparelhos eléctricos e fios de ligação, precisamente porque tem
características isoladoras.
50
Capitulo: IV
Considerações Finais
Como vimos ao longo do trabalho que o uso de experiências no ensino de Física
desempenha um papel importante na aprendizagem do aluno. Assim sendo é evidente
que, a disciplina de Física não deveria ser desenvolvida apenas de forma teórica, mas
sempre apoiada em um conjunto de aulas práticas que induzam ou aprimorem os
conceitos básicos trabalhados.
Porém, alguns professores tem percepções que para realizar uma experiências precisa de
equipamentos modernos e laboratórios apropriados Entretanto o professor deve entender
que, uma actividade experimental, que permite a manipulação de materiais pelos alunos
ou uma demonstração por parte do professor, nem sempre esta associada a um aparato
experimental sofisticado. Portanto, neste trabalho através do kit proposto, mostrou-se
que é possível realizar actividades experimentais usando material alternativo
O kit proposto não significa que seja o único recurso que o professor pode usar para
ensino experimental, outros recursos também podem serem usados desde que sejam
adequados e que permitam atingir os objectivos previamente traçados, pois nem todos
recursos dão bons resultados.
51
4.1- Conclusões
4.2 SUGESTÕES
Pelos resultados obtidos, parece ao autor que seria relevante um futuro estudo comuma
amostra suficientemente alargada para permitir a generalização dos resultados
daimplementação deste vídeo bem como o seu melhoramento ao nível da qualidade
deimagens e som e ao nível de alinhamento dos conteúdos. Atendendo a que neste
estudo se elaborou um vídeo apenas para os conteúdos da 10ªclasse na unidade II é
pertinente pensar-se na possibilidade de se fazer o mesmo tipode estudo para outros
níveis e unidades temáticas dentro do SNE.
53
GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.