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Universidade Púnguè
Chimoio
2021
Clementina Marcelo
João Elias Niquisse
Moguene Filipe Janga
Roberto Fernando Bié
Silvério Maximino Pacala
Universidade Púnguè
Chimoio
2021
Índice
i. Lista de abreviaturas............................................................................................................ v
CAPÍTULO I– INTRODUÇÃO................................................................................................. 7
1. Introdução............................................................................................................................ 7
2. Energias da Biomassa........................................................................................................ 11
3. Conclusões ........................................................................................................................ 24
4. Bibliografia........................................................................................................................ 25
Índice de tabelas
Índice de figuras
Figura 1: Lenha........................................................................................................................ 13
Figura 2: Biodigestor ................................................................................................................ 15
Figura 3: Dimensões do biodigestor ......................................................................................... 17
Figura 4: Dimensionamento do biodigestor ............................................................................. 20
Figura 5: Esquema do projecto ................................................................................................. 22
v
i. Lista de abreviaturas
%- Percentagem;
- Dióxido de carbono;
Quilo;
W- Watts
- Metano;
- Hidrogénio
vi
ii. Resumo
CAPÍTULO I– INTRODUÇÃO
1. Introdução
O consumo de energia está rapidamente crescendo em vários países em desenvolvimento no
mundo, promovendo o crescimento da economia, melhorando o nível de conforto das
populações e satisfazendo suas necessidades e aspirações. Independentemente da origem, um
aumento incontrolável no consumo energético pode resultar em impactos globais
desfavoráveis em termos de deterioração do meio ambiente, aumento dos preços dos
derivados de petróleo e de outros combustíveis fósseis, aumento da desigualdade económica e
social entre países ricos e pobres, e uma consequente instabilidade no mundo financeiro
(NOGUEIRA, 2004).
Grande parte do aumento da utilização de energia em países em desenvolvimento pode ser
atribuída ao crescimento das áreas urbanas e industriais. As áreas rurais raramente recebem a
atenção que merecem. A utilização local e integrada de fontes de energias renováveis oferece
as melhores oportunidades para a energização de áreas rurais isoladas de países em
desenvolvimento. Algumas vantagens dessa utilização podem ser descritas como: melhoria
geral nas condições de vida dos habitantes locais, criação de novos postos de trabalho,
diminuição do êxodo rural, diminuição da dependência de combustíveis importados, auto-
suficiência energética, melhoria no balanço comercial do país, interiorização do
desenvolvimento, melhoria da utilização e manejo de resíduos animais e agrícolas,
conservação do meio ambiente devido à diminuição do uso de combustíveis fósseis,
desenvolvimento e crescimento económico para aproximadamente dois bilhões de pessoas no
mundo (cerca de 30% da população actual) (NOGUEIRA, 2004).
As propriedades rurais são caracterizadas pelas grandes distâncias existentes entre elas, baixa
concentração de cargas, alto custo de implantação da energia eléctrica convencional e baixo
retorno relativo para as concessionárias. Nas áreas rurais, a densidade de cargas pode ser
menor que 30 W por quilómetro quadrado [5]. Independentemente de a área ser urbana,
suburbana ou rural, a carga eléctrica é função do tipo de consumidores, quantidade dos
mesmos por unidade de área, potência dos equipamentos eléctricos que são utilizados, tempo
de utilização, etc (NOGUEIRA, 2004).
Este capítulo apresenta alguns parâmetros referentes à utilização das cargas eléctricas e
algumas necessidades energéticas comuns em áreas rurais (NOGUEIRA, 2004).
8
1.2.Tema
1.3.Delimitação do tema
1.3.1. Delimitação Espacial
1.5.Problematização
Em Moçambique falar de energia eléctrica não em novidade para alguns, actualmente é uma
tendência no cenário mundial, a maior parte da população moçambicana pouco adquire a essa
do mesmo devido a custos relativamente elevados, assim a pouca massa populacional que tem
acesso a essa energia, tem de gastar valores relativamente elevados para a aquisição desse
sistema para a sua residência.
1.6.Hipóteses
Com o uso da fonte biomassa na produção de energia espera se a redução de
adiamento da realização das experiencias no laboratório de física na falta da energia
eléctrica no local.
É provável que com a implementar e materializar do projecto no local pode beneficiar
a instituição no total no abastecimento de energia eléctrica.
1.7.Objectivos
1.7.1. Objectivo Geral
Dimensionamento de um sistema de biomassa autónomo na produção de energia
eléctrica para alimentar a sala de informática, na universidade Púnguè.
1.7.2. Objectivos específicos
Determinação do consumo energético e explicar o princípio de funcionamento do
dispositivo;
Identificar os materiais necessários para a montagem de ponte móvel;
Dimensionamento de um sistema de biomassa autónomo.
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1.8.Metodologia
1.8.1. Técnicas de recolha de dados
As técnicas usadas para a recolha de dados foi por observação, entrevista e revistas
bibliográficas.
Como técnica de recolha de dados, será usada a observação, que é, segundo LAKATOS e
MARCONI (2003,p.190) ―uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e
utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas
em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos que se desejam estudar‖.
Tendo em conta que existem vários tipos de observação, o autores optaram em utilizar a
observação participante assim como não participante.
Esta técnica foi usada pelo autores quando leccionava a matéria em questão, nos alunos onde
detetou a dificulidade e tambem será usada no grupo de controle. No grupo expermental será
usada observação participante que segundo Mann ( apud LAKATOS; MARCONI
,2003,p.194) é uma ―tentativa de colocar o observador e o observado do mesmo lado,
tomando-se o observador um membro do grupo de molde a vivenciar o que eles vivenciam e
trabalhar dentro do sistema de referência deles‖.
No método por revisão literária, usamos alguns artigos relacionados com o tema.
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Biomassa é todo recurso renovável oriundo de matéria orgânica (de origem animal ou vegetal)
que pode ser utilizada na produção de energia. Cardoso (2012) ―tem como grandes vantagens
seu aproveitamento directo por meio da combustão em fornos, fogões, caldeiras e também a
redução de impactos ambientais‖, a biomassa representa cerca de 80% das necessidades
energéticas do país e este valor é ainda superior nas zonas rurais NORIS (2017).
Os diversos países têm recorrido a fontes renováveis de energia para mitigar os efeitos
nocivos ao ambiente gerado pelos gases oriundos da queima de combustíveis fósseis
CHALUFE (Apud REGUEIRA, 2010). Essa intensificação por fontes renováveis se dá pelo
motivo de reposição natural enquanto as renováveis sofrem esgotamento.
A floresta desempenha um papel muito importante, quer na vertente económica assim como
ambiental, não apenas para Moçambique onde grande parte da população vive nas zonas
rurais e depende desta para a sua alimentação, medicamentos, materiais para construção das
suas residências, etc., mas para o mundo no seu todo, pois para além dos recursos que esta
oferece também ajuda na manutenção e/ou manutenção da qualidade de ar (ISAIAS, 2010).
O combustível lenhoso continuará a ser a principal fonte de energia para as famílias pobres no
futuro próximo e uma fonte de geração de rendimentos (MAGANE, 1999).
Outra acção que mudou consideravelmente o cenário de produção de energia ocorreu ao final
do século XX com a implantação de legislações ambientais em diversos países. A
preocupação em se preservar o meio ambiente para as gerações futuras, discutindo-se
questões tais como o aquecimento global e as emissões de carbono, passou a ser um tópico de
destaque em qualquer projecto de geração de energia (CARDOSO & Prof. Jorge Luiz do
Nascimento, FEVEREIRO de 2012).
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Figura 1: Lenha
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br
A produção de lenha pode ser dividida em dois segmentos: a lenha catada e a lenha produzida
para fins comerciais. A lenha catada proveniente de matas nativas parecia uma fonte
inesgotável desta biomassa, contudo a forma predatória com que a mesma foi explorada
causou problemas críticos em diversas regiões do país (CARDOSO & Prof. Jorge Luiz do
Nascimento, FEVEREIRO de 2012).
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Várias regiões onde existiam abundantes coberturas florestais passaram a conviver com a
degradação do solo, a alteração no regime das chuvas e consequente desertificação.
(CARDOSO & Prof. Jorge Luiz do Nascimento, FEVEREIRO de 2012).
Tais resíduos podem ter um aproveitamento energético. Para a lenha catada, de uso
residencial, é considerada uma densidade com valor médio de 300 Kg/m³ e, para a lenha
comercial, a densidade de 390 Kg/m³ (BEN 2011).
2.6.Caracterização geral do biogás
O biogás, uma forma limpa e renovável de energia, poderia muito bem ser um substituto na
produção de energia. O biogás apresenta normalmente a seguinte composição: metano (55-
65%), dióxido de carbono (35-45%), azoto (0 -3%), hidrogénio (0-1%), e sulfureto de
hidrogénio (0-1%), COELHO et al., 2006 (apud (MOÇO, 2014).
Devido ao seu elevado teor de metano, resultante da degradação biológica na ausência de
oxigénio molecular, o biogás é uma fonte atraente de energia, apesar de ter um teor energético
inferior ao gás natural, que é constituído por cerca de 90-95% de metano.
A redução do teor em sulfureto de hidrogénio diminui a agressividade do biogás, em termos
de detioração do equipamento de queima. A redução do teor em água que contribui para
melhorar a combustão. O biogás tem um poder calorífico de cerca de 5 ⁄ .
(MOÇO, 2014).
2.7.Etapas de produção de biogás
A digestão anaeróbia baseia bactérias na total ausência de oxigénio, sendo estes: (MOÇO,
2014).
2.7.1. Hidrólise e Acidogénese
A matéria orgânica e convertida em moléculas menores pela acção de bactérias:
Fermentativas- transformam produtos anteriores em ácidos solúveis e álcoois.
Hidroliticas- transformam proteínas em peptídeos e aminoácidos; polissacarídeos em
monossacárideos.
2.7.2. Acetogénese
Ácido acético;
Hidrogénio;
Hidróxido de Carbono.
2.7.3. Metanogénese
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Figura 2: Biodigestor
Onde
16
m M M m m
3,0 1,0 3,5 1,2 3,0 0,7
7,0 1,0 6,0 2,5 4,8 0,8
15,0 1,4 7,0 2,5 5,5 1,0
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Escavar outro buraco, maior que o primeiro, na saída do biodigestor para acomodar o
tonel ou caixa de saída de biofertilizantes;
Abrir a manta plástica de PVC sobre o buraco;
2.8.4. Metodologia de montagem
Colocar tubos e colar as mangas da manta no biodigestor;
Fixar o perímetro da manta plástica, enterrando-o, ou com selo d’água;
Instalar a tubulação de biogás;
Iniciar a carga.
Profundidade 1,5 m
Comprimento Superior 8m
Fonte: Autores
O VC deve ser calculado 10% a mais para casos de variação de carga. Portanto, o
VC que deve ser utilizado para cálculos da quantidade de resíduos é calculado na Eq. (4.2).
A fim de estimar a dimensão da área plantada, foi feito um estudo da produtividade agrícola
da cana-de-açúcar entre 1975 e 2012 baseado em dados de CTC, Unica, Canab, IBGE e Mapa
apud Brasil. A série para a produtividade em toneladas de cana por hectare (t/ha) é anual.
Estes dados podem ser observados na Figura. Este estudo de caso leva em consideração a
maior safra de cana-de-açúcar mostrada na Figura, de acordo com os dados. Para uma
plantação fictícia contendo 1 hectare(ha) em áreas plantadas, podemos estimar 80 toneladas
de cana-de-açúcar entre os anos de 2009 a 2010. A Eq. (4.7)
Calcula o tamanho da área plantada necessária para abastecer o biodigestor.
( )
( ) ( )
( )( )
⁄
necessária para o projecto. Os valores envolvidos nos cálculos foram levantados após uma
análise de mercado.
Fonte: Autores
Fonte: autores
23
2.12. Cronograma
O projecto segue o seguinte curso das actividades cronológico:
Período de realização de Tipo de actividades e Pessoas envolvidas/
actividades objectivos Executores das actividades
Fevereiro Recolha de dados na Engenheiro Chin e Autores
Universidade Púnguè. do projecto.
Com objectivo de obter a
potência dos equipamentos
existentes na sala de
informática.
Março Escolha de local para a Autores e 4 auxiliares na
montagem do biodigestor; e escavação.
inicio da fase de produção de
gás.
Abril Nas primeiras semanas; Autores.
verificação da produção do
biogás e avaliar a qualidade
do biogás.
Maio Instalação de todo sistema Autores.
completo para o uso e de
energia.
Tabela 6: Cronograma
Fonte: Autores
2.13. Orçamento
O projecto em curso apresenta a seguinte tabela orçamental:
Materiais Valores monetários (USD)
Equipamentos do biodigestor e instalação 7 000
Gerador eléctrico 5 000
Projectos e montagem 2 000
Total 14 000
Tabela 8: Orçamento
Fonte: Autores
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CAPITULO III
3. Conclusões
A geração de energia eléctrica a partir do biogás gerado por biodigestores é viável
economicamente e ambientalmente, principalmente para o consumo próprio, desde que o
proprietário já possua o resíduo e tenha que investir apenas na usina biomassa. A utilização
desta tecnologia pode gerar uma renda extra e contínua para o produtor, além de promover um
ciclo de produção dentro da propriedade com a utilização do biofertilizante, aumentando
assim o potencial produtivo.
Como forma de aproveitar uma fonte de energia renovável, pode-se utilizar biodigestores em
propriedades rurais, sendo que existem tipos diferentes, onde a utilização de cada um depende
da localização geográfica, tipo de resíduo que será utilizado e beneficio que apresenta.
Levando em conta os ganhos ambientais, o biodigestor é um excelente método de tratamento
de resíduo, propiciando um desenvolvimento sustentável e contínuo, desde que o mesmo seja
dimensionado de forma correta e eficiente.
São inegáveis os benefícios ambientais da exploração da biomassa como insumo energético,
porém, atrelado a este fato, deve ser verificado um modelo competitivo deste aproveitamento
junto ao sector eléctrico. Outra grande vantagem do uso da biomassa para este fim é que torna
o sector eléctrico mais robusto em termos das mudanças internacionais do sector de petróleo e
das variações cambiais.
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4. Bibliografia
1. CARDOSO, B. M., & Prof. Jorge Luiz do Nascimento, D. P. (FEVEREIRO de 2012).
Uso da Biomassa como Alternativa Energética. RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL.