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FIGURAS DE LINGUAGEM

Figuras de linguagem são formas de expressão que


destoam da linguagem comum ou denotativa. Elas dão ao
texto um significado que vai além do sentido
literal, portanto permitem uma plurissignificação do
enunciado. Por exemplo, na frase “Fabiano tem muita
cara de pau em aparecer aqui depois de tudo que ele me
fez”, a expressão “cara de pau” indica que Fabiano não
tem vergonha na cara e não que a cara dele, literalmente,
é feita de madeira. Assim, figuras de linguagem são
expressões conotativas.

As figuras mais conhecidas/ comuns são:


Comparação: relação de comparação entre dois ou mais
termos, separados por conjunção.
O pensamento é  como  um diamante bruto.
Ele é forte feito um touro.

Metáfora: comparação implícita entre dois ou mais


termos.
Quem com ferro fere, com o ferro será ferido.
Quem se mistura com porco, farelo come.

Metonímia: substituição de um termo por outro


equivalente.
Comprei uma bandeja de Danone. (iogurte)
Assisti Batman no cinema. (filme)

Catacrese: emprego inadequado de um termo devido à


perda de seu sentido original.
O pé da mesa quebrou.

Perífrase ou antonomásia: substituição de um termo


por outro que o caracterize.
O  rei das selvas  ainda não é uma espécie em extinção.
Sinestesia: combinação de dois ou mais sentidos do
corpo humano.
No  doce  caminho que percorri, ouvi  cantarem  os
pássaros no  calor  da manhã.

Elipse: ocultação de palavra ou expressão na estrutura do


enunciado.
— Vou te ligar. Qual o seu número?
Zeugma: omissão de um termo mencionado
anteriormente.
Minha irmã trabalha na Sadia, meu irmão no colégio.

Anáfora: repetição de uma ou mais palavras no início dos


versos ou orações.
Eu não devo  ter medo. 
Eu não devo  parar. 
Eu não devo  retroceder.

Pleonasmo: uso de termo dispensável para enfatizar


determinada ideia.
Entrar para dentro, sair para fora, sorriso nos lábios...

Anacoluto: falta de conexão sintática entre o início de


uma frase e a sequência de ideias.
Aquela atriz  não sei de quem você está falando.

Hipérbato: inversão da ordem direta dos elementos de


uma oração ou período.
João comprou um carro. (direta)
Um carro comprou João. (indireta)

Assíndeto: O assíndeto é uma figura de linguagem que


omite conjunções.
Vim, lutei, venci.
Polissíndeto: repetição da conjunção “e”.
E  o cachorro latia,  e  corria,  e  babava em tudo que via
pela frente.

Eufemismo: palavras ou expressões agradáveis para


amenizar a declaração.
Segundo o juiz, a deputada  faltou à verdade  em seu
depoimento.

Disfemismo: visa o efeito contrário ao do eufemismo, ou


seja, em lugar de atenuar ou suavizar, procura
efetivamente torná-la mais negativa, mais crua ou mais
grotesca: 
A garota é tão feia, tão feia, que mete medo ao susto!

Ironia: sugerir o contrário do que se afirma.


A  pontualidade  daquele médico é britânica. Só
esperei  duas horas  para ser atendido.

Prosopopeia ou personificação: quando os seres


inanimados ganham vida.
A casa sente sua falta.
Meu violão chorou quando toquei nossa canção.

Antítese: oposição entre palavras, expressões ou ideias.


O  bem  e o  mal  caminham de mãos dadas no coração
humano.

Gradação: sequência de ideias em ordem crescente ou


descrescente.
Ele era  um porco, um jumento, um dinossauro.
Impossível lidar com alguém assim.
Aliteração: repetição de consoantes ou sílabas.
Minha  mãe  me  mandou fazer o  meu  melhor.

Assonância: repetição de vogais.


Por  onde andam  o  amor e a dor do  trovador?

Onomatopeia: palavra cuja sonoridade está associada à


coisa representada.
O cocoricó se faz ouvir toda manhã.
O bem-te-vi estava mais triste naquele dia.

Paronomásia: palavras parecidas, mas com grafia, som e


significado distintos.
Depois que fiz a  descrição  do meu chefe,
pedi  discrição  aos meus colegas de trabalho.

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