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PLANO ESTADUAL DE

SEGURANÇA PÚBLICA
2015 A 2018

AMAPÁ - 2015
PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA 2015 A 2018 2

GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ


SECRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
AV. PADRE JÚLIO, S/N - BAIRRO CENTRAL.

Fone: 3225-8573
Site: www.portaldaseguranca.ap.com.br

© 2015, Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública.

Amapá, Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública.


124 p.

1. Planejamento Estratégico. 2. Segurança Pública. 3. Objetivos,


projetos e ações.

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SECRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA DO
ESTADO DO AMAPÁ

GOVERNADOR DO ESTADO
ANTÔNIO WALDEZ GÓES DA SILVA

SECRETÁRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA


CEL PM RR GASTÃO VALENTE CALANDRINI DE AZEVEDO

COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR


CEL PM JOSÉ CARLOS CORRÊA DE SOUZA

DELEGADA GERAL DA POLÍCIA CIVIL


MARIA DE LOURDES SOUSA

COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS


CEL BM BISPO

DIRETOR DA POLÍCIA TÉCNICO-CIENTÍTIFICA


SALATIEL GUIMARÃES

DIRETOR DO INSTITUTO DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA


JEFFERSON DIAS

DIRETOR DO INSTITUTO DE DEFESA DO CONSUMIDOR


FULANO DE TAL

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EQUIPE TÉCNICA

I - COORDENAÇÃO:

GASTÃO VALENTE CALANDRINI DE AZEVEDO - COORDENADOR

II - MEMBROS:

CLÉSIO - CORONEL BM (SEJUSP)

ADELANE DANIELLE DE OLIVEIRA SOUTO - AGENTE DE POLÍCIA CIVIL

MARCIO BORGES MATOS - CAPITÃO PM

ROBERTO NERI - TENENTE CORONEL BM

ALAN JOFFRE FARIAS DA SILVA - AGENTE PENITENCIÁRIO

DIEGO - PROCON

GIOVANE - PERITO CRIMINAL

III - ASSESSORAMENTO:

JOÃO PAULO - CAPITÃO PM

CINTIA - SOLDADO BM

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AIFA .................................... Academia Integrada de Formação e Aperfeiçoamento

ALCMS ................................ Área de Livre Comércio de Macapá e Santana

BPM .................................... Batalhões Policiais Militares

BSC ..................................... Balanced Scorecard

CBMAP ............................... Corpo de Bombeiros Militar do Amapá

CIODES ............................... Centro Integrado de Operações e Defesa Social

CIOSP ................................. Centro Integrado de Operações em Segurança Pública

COPEN ................................ Complexo Penitenciário

CPCI .................................... Comando de Policiamento da Capital e do Interior

CVLI .................................... Crimes Violentos Letais Intencionais

CVP ..................................... Crimes Violentos contra o Patrimônio

DPC ..................................... Departamento de Polícia da Capital

DPE ..................................... Departamento de Polícia Especializada

DPI ...................................... Departamento de Polícia do Interior

GBM .................................... Grupamento Bombeiro Militar

GEOR .................................. Gestão Estratégica Orientada para o Resultado

GGI ...................................... Gabinete de Gestão Integrada

GSI ...................................... Gabinete de Segurança Institucional

GT ....................................... Guarda Territorial

IAPEN ................................. Instituto de Administração Penitenciária

IBGE.................................... Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDH ...................................... Índice de Desenvolvimento Humano

LOB ..................................... Lei de Organização Básica

PC ....................................... Polícia Civil

PIB ...................................... Produto Interno Bruto

PLANESP............................ Plano Estadual de Segurança Pública

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PMAP .................................. Polícia Militar do Amapá

POLITEC ............................. Polícia Técnico-Científica

PROCON ............................. Instituto de Defesa do Consumidor

SEGUP ................................ Secretaria de Segurança Pública

SEJUSP .............................. Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública

SENASP .............................. Secretaria Nacional de Segurança Pública

SINDEC ............................... Sistema Nacional de Informação de Defesa do Consumidor

S.W.O.T. .............................. Strenghts, Weaknesses, Opportunities e Threats

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO (MENSAGEM DO SECRETÁRIO DA SEJUSP)


2. INTRODUÇÃO
3. VISÃO PANORÂMICA DO ESTADO DO AMAPÁ
3.1 Localização e Aspectos Demográficos
3.2 Aspectos Econômicos
3.3 Aspectos Sociais
4. DIAGNÓSTICO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL, NA REGIÃO
NORTE E NO AMAPÁ
4.1 Índices e Análise de Crimes Violentos Letais Contra a Vida (CVLI)
4.2 Índices e Análise de Crimes Violentos Contra o Patrimônio (CVP)
5. BREVE ANÁLISE DAS INSTITUIÇÕES DA SEGURANÇA PÚBLICA NO
AMAPÁ
5.1. SEJUSP: histórico, organização e estrutura.
5.2. Polícia Militar
5.3. Polícia Civil
5.4. Corpo de Bombeiros Militar
5.5. POLITEC
5.6. IAPEN
5.7. PROCON
6. MISSÃO, VISÃO E VALORES.
6.1. Missão
6.2. Visão de Futuro
6.3 Valores
7. METODOLOGIA
7.1. Processo de elaboração e construção do Plano Estadual de Segurança
Pública 2015 a 2018
7.2. Pesquisa aplicada aos servidores da segurança pública e à sociedade
amapaense para estabelecimento de objetivos estratégicos e ações.
7.2.1. Tabulação e Análise dos Dados
7.2.2. Pesquisa aplicada aos Servidores da Segurança Pública
7.2.3. Pesquisa aplicada à Sociedade Amapaense

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7.3. Matriz SWOT


8. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS E MAPA ESTRATÉGICO DA SEJUSP
8.1. Objetivos, Indicadores e Portfólio de Projetos e Ações.
9. CONTROLE E AVALIAÇÃO
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS
11. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
ANEXO 1 - TABULAÇÃO E ANÁLISE DA PESQUISA DE CAMPO COM
SERVIDORES DA SEGURANÇA PÚBLICA
ANEXO 2 - TABULAÇÃO E ANÁLISE DA PESQUISA DE CAMPO COM A
SOCIEDADE AMAPAENSE
ANEXO 3 - CONFERÊNCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO APLICADO AOS SERVIDORES DA
SEGURANÇA PÚBLICA
APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO APLICADO À SOCIEDADE AMAPAENSE

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1. APRESENTAÇÃO (MENSAGEM DO SECRETÁRIO DA SEJUSP)


Não se pode planejar o futuro sem
conhecer o presente e sem estudar o passado.
Analisando-se o passado saberemos o que foi
feito de errado ou negligenciado para que não
incorramos no mesmo erro. Entendendo-se o
presente poderemos nos preparar para o
futuro. Essa é a nova postura que esta
Secretaria assumirá diante de seus inúmeros
desafios, rompendo com os tradicionais
modelos reativos e fragmentados de manutenção organizacional, e partindo para
uma gestão crítica, construtiva e modernizante da segurança pública no Estado
do Amapá.
A Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública vive um
momento ímpar em sua história no que tange à gestão estratégica. Pois mesmo
diante das adversidades, percebe a oportunidade de solidificar e modernizar a
eficiência administrativa e operacional com o emprego do planejamento técnico
voltados aos resultados, visando o desenvolvimento dessa respeitada Instituição.
O atual governo vem implantando um modelo participativo na
formulação de políticas públicas, e a partir dessa aproximação entre o Estado e a
sociedade, as demandas e clamores sociais voltados à segurança pública foram e
serão incorporados ao presente Plano. Por esse motivo, todo o sistema está
unindo esforços e compartilhando responsabilidades com o objetivo de prestar
serviços de qualidade ao povo amapaense.
Com o envolvimento de toda sociedade e movidos pelo clima de
otimismo e de confiança, os gestores da segurança pública visam reduzir os
índices de violência e criminalidade no Estado, sempre firmes no propósito de
garantir segurança pública de forma integrada, eficiente e com respeito aos
direitos fundamentais, com maiores investimentos em recursos materiais e ampla
valorização dos recursos humanos.

Cel PM RR Gastão Valente Calandrini de Azevedo


Secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública do Amapá

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2. INTRODUÇÃO
O Governo do Amapá preocupado com o desenvolvimento do Estado e
diante da necessidade de conhecer e entender os cenários atuais na área de
segurança pública buscou, por meio da Secretaria de Estado da Justiça e
Segurança Pública (SEJUSP), definir caminhos alternativos que pudessem
melhor implementar políticas de modernização de suas instituições e implantar
programas e projetos que promovam a excelência e a efetividade de seus
serviços.
No entanto, para que haja o verdadeiro desenvolvimento do Estado é
necessário que a sociedade alcance o seu bem-estar social e econômico em toda
sua plenitude. Diante disso, a segurança pública ocupará papel de destaque nas
políticas públicas na atual gestão, assim como nas áreas primordiais como a
saúde e a educação.
Nesse contexto, a SEJUSP procurou realizar um profundo diagnóstico
da criminalidade e suas principais causas e efeitos. Embora a violência seja um
fenômeno sentido em toda a sociedade, em seus diferentes graus de acordo com
o espaço e o tempo, no Amapá há uma concentração mais percebida na Capital e
em municípios específicos que necessitam de medidas urgentes e prioritárias do
poder público.
O presente plano foi elaborado em caráter emergencial para orientar as
ações em desenvolvimento na SEJUSP, além de servir de parâmetro para todos
os órgãos da segurança pública para que os objetivos estratégicos pleiteados a
curto, médio e longo prazo sejam alcançados.
O trabalho desenvolvido foi tão importante que promoveu a integração
das diversas instituições que compõem a segurança pública. Este fato inédito
permitiu a todos os envolvidos um olhar transparente das fraquezas e das forças
de cada estrutura, bem como, inúmeras possibilidades de aperfeiçoamento e de
melhorias.
Para o processo de construção das atividades do planejamento
estratégico, o Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública do Estado do
Amapá, criou uma equipe técnica de servidores de cada uma das instituições da
segurança pública, tendo como finalidade a materialização do presente
documento.

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Durante a troca de conhecimento e ideias no decorrer das reuniões a


equipe técnica percebeu a necessidade de definir a missão e a visão da
Instituição, a fim de que pudessem nortear o melhor caminho a ser perseguido.
Assim sendo, o plano foi elaborado e construído de maneira que permitisse uma
ampla discussão sobre o planejamento, o qual ficou evidenciado no
comprometimento de todos os servidores da segurança pública que direta ou
indiretamente contribuíram com este trabalho.

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3. VISÃO PANORÂMICA DO ESTADO DO AMAPÁ


3.1. LOCALIZAÇÃO E ASPECTOS DEMOGRÁFICOS
O Estado do Amapá está situado na Região Norte do Brasil e seu
território é de 142.828 km², sendo delimitado pelo estado do Pará a oeste e sul,
pela Guiana Francesa a norte, o Oceano Atlântico a leste e o Suriname a
noroeste. O município de Macapá é a capital e maior cidade do estado. Outras
importantes cidades são Santana, Laranjal do Jari, Oiapoque e Mazagão.

Figura 01. Mapa do Estado do Amapá,


Amapá Amapá – 2015.

1
Fonte: site Guia Geográfico - Mapas do Brasil e do mundo

O Amapá é um dos mais novos estados do país e se destaca no


cenário nacional por ser o estado mais bem preservado ambientalmente. É o

1
http://www.guiageo.com em 15 mar 2015.

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estado brasileiro que possui o maior percentual de seu território ocupado por
áreas protegidas, 72% dele são destinados a unidades de conservação e terras
indígenas.
De acordo com estimativa populacional de 2014 do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE)2 a população do Amapá é de 750.912
habitantes, distribuídos em seus 16 municípios, sendo o 26º Estado mais
populoso do Brasil. A capital, cidade de Macapá, concentra 446.757 habitantes,
ou seja, quase 60% da população amapaense. O município de Santana é a
segunda maior cidade do estado e tem uma população estimada de 110.565
habitantes. Somadas, as duas cidades representam quase 75% da população do
Amapá.

Quadro 01. Municípios mais populosos do Amapá, Amapá – 2015.

Posição Localidade População


1º Macapá 446.757
2º Santana 110.565
3º Laranjal do Jari 44.777
4º Oiapoque 23.628
5º Mazagão 19.191
6º Porto Grande 19.157
Fonte: Estimativa populacional de 2014 do IBGE

O estado do Amapá tem apresentado um grande crescimento


populacional a partir da segunda metade do século XX, iniciado com a chegada
da ICOMI (Indústria e Comércio de Minérios) na década de 1950, e impulsionado
com a criação da Área de Livre Comércio de Macapá e Santana (ALCMS) nos
anos de 1990. O Amapá possui um grande número de imigrantes oriundos de
todas as regiões do país, dentre os quais se destacam os paraenses, cearenses,
maranhenses e goianos.

2
http://www.ibge.gov.br em 10 mar 2015.

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3.2. ASPECTOS ECONÔMICOS


ECONÔ
Segundo dados do IBGE, a participação do Amapá para o Produto
Interno Bruto (PIB) brasileiro foi de apenas 0,23% no ano de 2013. No âmbito
regional, representou em torno de 4,5%. A composição do PIB amapaense é a
seguinte:

Gráfico 01. Composição econômica do Estado do Amapá..

Composição econômica do Amapá em 2013

100 86,8
80

60 Serviços
Indústria
40
Agropecuária
20 10
3,2
0

Fonte: IBGE - 2013

A atividade agropecuária é pouco desenvolvida no estado,


representando apenas 3,2% da economia amapaense, portanto, sua produção
não é suficiente para suprir a demanda da população, havendo necessidade de
importar boa parte dos alimentos
consumidos. A pesca exerce grande
participação na economia, pois o
estado é beneficiado pela existência
de vários rios que proporcionam a
realização dessa atividade.
Não existe uma verdadeira
economia industrial no estado, este
setor representa apenas 10% de todo Figura 02: Porto Docas de Santana,
Santana
o PIB do Amapá. Na cidade de Amapá - 2015.

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Santana, tem o Porto de Santana, o


mais importante ponto de movimentação
de mercadorias e pessoas via fluvial do
Estado, além do distrito industrial com
um número regular de empresas.
O estado também possui
grande potencial mineral, com destaque
para a exploração de ferro, ouro, caulim
Figura 03: Centro comercial de e manganês. Porém, um dos maiores
Macapá na Rua Cândido Mendes, empecilhos para o desenvolvimento
Amapá - 2015. econômico é o pouco desenvolvimento
de infraestrutura, visto que o estado enfrenta problemas nos serviços de energia,
comunicação e transporte.
O setor de serviços é considerado o de maior importância para a
economia do estado. Sozinho ele representa 86,8% de toda a riqueza do Amapá.
O comércio é uma das maiores fontes de renda da população, representando
quase metade deste setor, mas o serviço público é o que mais cresce durante as
últimas décadas e tem contribuído de forma decisiva para o crescimento e
desenvolvimento econômico do estado.

3.3. ASPECTOS SOCIAIS


De acordo com o IBGE, nos indicadores sociais o Amapá se destaca
por ter a 3ª menor incidência de pobreza do Norte-Nordeste e por ter a menor
taxa de analfabetismo do Norte-Nordeste do país, representando um total de
4,1% da população. O estado também apresenta o Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) equivalente a 0,708, sendo o 12º do Brasil e classificado como
alto.
De acordo com o senso demográfico de 2010, o tempo médio de
permanência de crianças e jovens na escola era de 8,4 anos no ensino
fundamental e de 3,4 anos no ensino médio, resultando numa média de 10,2,
média acima da nacional que é de 9,7 anos.
O estado conta com duas instituições de ensino superior públicas, a
Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) e a Universidade Estadual do Amapá

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(UEAP), ambas com sede na capital. A


UNIFAP tem campus nos municípios de
Santana, Laranjal do Jari, Oiapoque e
Tartarugalzinho. Há também o Instituto
Federal do Amapá (IFAP), além de
várias faculdades particulares, a maioria
na cidade de Macapá.
Por outro lado, o Amapá
possui aproximadamente 16% da sua Figura 04: Monumento Marco Zero do
população habitando em invasões, Equador, Amapá - 2015.
baixadas, áreas de ressacas, favelas ou
qualquer outro tipo de aglomerado subumano ou subnormais. De acordo com
Censo Demográfico de 2010 cerca de 24 mil moradias no estado não possuem
serviços básicos como energia elétrica, rede de abastecimento de água, coleta de
lixo e rede coletora de esgoto.
O crescimento urbano e populacional desordenado do Amapá trouxe
consigo uma série de problemas sociais como o surgimento de favelas, o
desemprego, a criminalidade e a violência, que para o poder público são desafios
a serem enfrentados de forma planejada, inteligente e integrada. Portanto, a
garantia de emprego e renda, educação, saúde, habitação e segurança são
condições básicas para pleno
exercício da cidadania.
Nesse contexto, a
Secretaria de Estado de Justiça e
Segurança Pública tem o desafio
de alinhar o planejamento
estratégico e operacional às
políticas federais e estaduais de
combate à violência e à redução
dos índices de criminalidade,
Figura 05: Fortaleza São José de Macapá,
visando à melhoria da qualidade
Amapá - 2015.
de vida da sociedade amapaense.

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4. DIAGNÓSTICO DA SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL, NA REGIÃO


NORTE E NO ESTADO DO AMAPÁ.
No Brasil, o avanço da criminalidade, principalmente nos grandes
centros urbanos, tem causado preocupação em todos os segmentos da
sociedade e acarretado grandes custos sociais e econômicos ao país. As mortes
violentas registradas, sobretudo os homicídios entre jovens do sexo masculino, na
faixa etária entre 15 a 29 anos, passou a ser considerado problema de saúde
pública, pois viola o direito à cidadania e à vida, gerando elevadas despesas para
o Estado e afetando diretamente a qualidade de vida do cidadão.
A ausência de conformidade entre os dados oficiais oriundos do Estado
e os dados não oficiais, não permitem explicar a realidade criminal no Brasil,
gerando distorções nos debates públicos em torno do combate ao crime. Logo,
isso nos leva a entender que a criminalidade real é muito maior que aquela
registrada oficialmente.
Por outro lado, há a necessidade de se ter parâmetros estatísticos com
a finalidade de nortear estratégias e políticas públicas visando identificar a
tipologia criminal, os locais com maiores índices ou vulnerabilidade, além de
revelar sua causa e efeito no sentimento de segurança da população.
Os dados estatísticos do Amapá, no campo da segurança pública,
carecem de informações precisas e apresentam fortes flutuações de um ano para
outro, dificultando a interpretação das tendências e periodizações da
criminalidade.
Mesmo não dispondo de uma significativa série histórica de
informações estatísticas, dados oficiais e não oficiais aqui presentes servem de
referenciais para a elaboração de diagnósticos e orientações de políticas públicas,
com o intuito de planejar, executar e avaliar projetos e ações de enfrentamento à
violência e de redução dos índices da criminalidade.
De acordo com dados do Mapa da Violência 20143 no ano de 2011,
juntos, os Estados da Região Norte registraram a segunda maior média entre as
taxas de homicídios das regiões brasileiras (35,1 homicídios/100 mil habitantes),
perdendo apenas para a região Nordeste do país (36,3 homicídios/100 mil

3
WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da Violência 2014. Os Jovens do Brasil. Disponível em:
http://www.mapadaviolencia.org.br/mapa2014_jovens.php em 23 abr 2015.

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habitantes). Porém, essa taxa apresentou queda de 3,7 pontos se comparada ao


ano de 2010, mesmo assim, acima da média nacional no ano de 2011 (27,1
homicídios/100mil hab.).

Gráfico 02. Taxa de homicídios por grupo de 100 mil habitantes no Brasil em
2011.

Taxa de homicídios por grupo de 100 mil habitantes - Brasil 2011

40 36,3 35,1 34,1


35
30 22,4
25 19,9
20
15
10
5
0
Nordeste Norte Centro-Oeste Sul Sudeste

Fonte: Mapa da Violência 2014. Os Jovens do Brasil.

Quando comparado aos demais Estados da Região Norte do país, o


Estado do Amapá apresentou, no ano de 2011, a 3ª maior taxa de homicídios por
grupo de 100 mil habitantes, ficando atrás apenas dos Estados do Pará e do
Amazonas, conforme os dados a seguir:

Gráfico 03. Taxa de homicídios por grupo de 100 mil habitantes na Região Norte
em 2011.

Taxa de homicídios por grupo de 100 mil habitantes


Região Norte - 2011
40
40 36,4
30,4
28,4
30 25,5
22,5 20,6
20

10

0
PA AM AP RO TO AC RR

Fonte: Mapa da Violência 2014. Os Jovens do Brasil.

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Apesar dos dados expressivos no ano de 2011, no Amapá houve uma


redução significativa da taxa de homicídios por grupo de 100mil habitantes se
comparado ao ano de 2010 (40,2 homicídios/100 mil habitantes).
No ano de 2012, o Estado do Amapá permaneceu com a 3ª maior taxa
de homicídios por grupo de 100 mil habitantes, ficando, ainda, atrás dos Estados
do Pará e do Amazonas, contudo, o que chamou a atenção foi o aumento dessa
taxa em todos os Estados
dos da Região Norte se comparado ao ano de 2011.

Gráfico 04. Taxa de homicídios por grupo de 100 mil habitantes na Região Norte
em 2012.
Taxa de homicídios por grupo de 100 mil habitantes
Região Norte - 2011

50 41,7
36,7 35,9 35,4
40 32,9
27,5 26,2
30
20
10
0
PA AM AP RR RO AC TO

Fonte: Mapa da Violência 2014. Os Jovens do Brasil.

Apesar do aumento da taxa de homicídios em todos os Estados da


Região Norte no ano de 2012, com média de 37,3 homicídios por 100 mil
habitantes, o que chama a atenção é a queda da Região para a terceira maior
média entre as regiões brasileiras, sendo ultrapassada pela Região Centro-Oeste
Centro
que se tornou a segunda maior
maior média (38,2 homicídios/ 100 mil habitantes). A
Região Nordeste continuou com a maior média no país (38,9 homicídios/ 100 mil
hab.).
Unidades da federação como os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro
e Minas Gerais, que têm grande peso demográfico, puxam a média da região
Sudeste para baixo. No ano de 2012, por exemplo, a Região teve uma taxa de 21
homicídios por grupo de 100 mil habitantes, abaixo da média nacional que foi de
29 homicídios por 100 mil habitantes. No mesmo ano, a Região Sul teve taxa de
24
4 homicídios/ 100 mil habitantes.

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4.1. ÍNDICES E ANÁLISES


ANÁLISE DE CRIMES VIOLENTOS LETAIS CONTRA A VIDA
(CVLI)
Os crimes violentos contra a vida e os crimes violentos contra o
patrimônio são os que mais afetam a sensação de segurança da sociedade.
Diante disso, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) definiu os
crimes de maior potencial ofensivo à sociedade em duas classificações, a saber:
Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) e Crimes Violentos contra o
Patrimônio (CVP). Os indicadores CVLI e CVP possibilitam a indicação de áreas
que devem ser consideradas como prioritárias no direcionamento de recursos e
projetos do governo.
Os delitos que compõem os crimes violentos letais intencionais são: o
homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida
seguida de morte. O crime de
homicídio, conforme já demonstrado nas análises anteriores, representam quase
que a totalidade desse indicador no Estado.
De acordo com dados do Centro Integrado de Operação e Defesa
Social (CIODES), no período de 2011 a 2014, o quantitativo de Crimes Violentos
Letais Intencionais (CVLI) apresentaram constantes oscilações seguindo uma
tendência histórica ao longo dos anos, porém, representam dados expressivos em
relação à média nacional, principalmente quando se referem aos crimes de
homicídios.

Gráfico 05. Crimes Violentos Letais Intencionais no Amapá (CVLI) - 2011/2014.

Crimes Violentos Letais Intencionais no Amapá (CVLI)


Período 2011 a 2014

271
280
270 253 251
260
250
236
240
230
220
210
2011 2012 2013 2014

Fonte: CIODES - 2015

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No ano de 2011 foram registradas 236 ocorrências de Crimes Violentos


Letais Intencionais (CVLI) no Estado, representando o menor número de registros
nos últimos quatro anos, porém, no ano de 2014 houve o registro de 271
ocorrências, representando um aumento de 14,83% em relação àquele ano e
7,96% se comparado ao ano de 2013. Se não bastasse o aumento significativo, o
ano de 2014 apresentou o maior número de Crimes Violentos Letais Intencionais
nos últimos quatro anos.
Considerando os dados fornecidos pelo CIODES, foi feito um
comparativo dos registros do crime de homicídios da capital em relação às
cidades do interior do Estado, no período de 2011 a 2014, obtendo os seguintes
números:

Gráfico 06. Registro de homicídios relação entre capital e interior - 2011/2014.


Registro de homicídios - 2011/2014
Relação capital X interior
200
160 160
136 139 135 Capital
120
93 94 90 91 Interior
80
40
0
2011 2012 2013 2014

Fonte: CIODES - 2015

Apesar da oscilação constante nos quatro últimos anos, os delitos de


homicídios foram os que mais causaram preocupação nos amapaenses,
principalmente na capital do Estado. Na Capital, no período de 2011 a 2013,
houve uma variação bastante sútil no número de registros se comparado às
cidades do interior.
Porém, no ano de 2014 os homicídios na capital apresentaram um
aumento significativo no número de registros se comparado aos anos anteriores e
aos demais municípios, fugindo da tendência observada nos últimos três anos.
Esses números expressam não somente o crescimento populacional
do Estado observado ao longo dos anos, mas igualmente o crescimento da

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criminalidade e da violência. A Capital, que concentra quase 60% da população


p
amapaense, representa o centro de preocupação das autoridades públicas em
relação à demanda social em segurança pública. Contudo, a crescente escalada
da criminalidade no interior do Estado também deixa em alerta os gestores e a
sociedade como um todo, demonstrando claramente que medidas proativas e
urgentes precisam ser tomadas.

4.2. ÍNDICES E ANÁLISES


ANÁLISE DE CRIMES VIOLENTOS CONTRA O PATRIMÔNIO
(CVP)
Os delitos que compõem os crimes violentos contra o patrimônio são:
roubo a automóvel, a estabelecimento comercial, a residência, a transeunte, a
transporte coletivo e extorsão mediante sequestro.
Conforme os dados fornecidos pelo CIODES, houve uma constante
evolução das ocorrências de CVP registradas no período de 2011 a 2014. Vale
dizer que esses números representam apenas as ocorrências geradas na capital
do Estado.

Gráfico 07. Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVP) - 2011/2014.


2011/2014

Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVP) - 2011/2014

6744
2014

5957
2013

4316
2012

2011 3868

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000


Fonte: CIODES - 2015

Considerando as ocorrências de CVP, observa-se


observa se que no ano de 2014
houve o maior número de registros pelo CIODES nos últimos quatro anos.
Enquanto em 2011 teve o registro de 3.868 Crimes Violentos Contra o Patrimônio,
em 2014 foram notificados 6.744 casos desta
desta mesma modalidade, significando

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um aumento de 74,35%. Esses dados são preocupantes, pois além do percentual


elevado, representa a escalada da violência na cidade de Macapá nos últimos
anos.
Dos crimes que compõem o CVP, os roubos a transeunte, a
estabelecimento comercial e a residência foram os que tiveram o maior número
de registros, conforme demonstram os dados a seguir:

Gráfico 08. Principais Crimes Violentos contra o Patrimônio registrados no


CIODES - 2011/2014.

Principais Crimes Violentos contra o Patrimônio - 2011/2014

558
2014 1023
5028
509 Roubo a residência
2013 1183
4207
Roubo a comércio
451
2012 778
3007
Roubo a transeunte
481
2011 731
2583

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000

Fonte: CIODES - 2015

De acordo com os números apresentados, verifica-se


v se que o roubo a
transeunte apresentou o maior número de registros nos últimos quatro anos,
representando quase que a totalidade das ocorrências registradas pelo CIODES,
além disso, demonstra sua crescente evolução
evolução no mesmo período. Em 2014, por
exemplo, do total de 6.744 registros de CVP, ele representou 5.028 desses
números, ou seja, 74,55% do total.
Quanto aos roubos a estabelecimentos comerciais na Capital percebe-
percebe
se um aumento no período de 2011 a 2013, porém,
porém, com uma queda desses
registros no ano de 2014 se comparado a 2013 com 1.023 e 1.183 registros,
respectivamente. Já os roubos a residências, assim como o roubo a transeunte,
também demonstraram crescimento ao longo dos últimos quatro anos, porém,
com evolução
lução menos expressiva ao longo desse período.

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Conforme afirmando anteriormente, o Estado do Amapá, de fato, não


possui qualquer processo cientificamente ordenado de colher e analisar
informações acerca da criminalidade. No interior, por exemplo, as fontes
estatísticas se estruturam sobre uma parcial coleta de dados obtidos sobre
boletins de ocorrência, contribuindo com os altos índices de subnotificação de
inúmeros delitos.
A ausência de maior exatidão nesta área torna frágil o Estado quando
necessita dar uma resposta perante a mídia e aos demais órgãos oficiais,
favorecendo manipulações dos números e até impedindo a administração pública
de melhor divulgar avanços, além de não observar cientificamente eventuais
sucessos.

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5. BREVE ANÁLISE DAS INSTITUIÇÕES DA SEGURANÇA PÚBLICA NO


AMAPÁ
Neste tópico serão descritos de forma sucinta e objetiva a estrutura
atual da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, principalmente no
que se referem à criação, organização, condições estruturais e recursos humanos
da SEJUSP e das instituições que integram as forças de segurança no Estado, a
saber: Polícia Militar (PMAP), Polícia Civil (PC), Corpo de Bombeiros Militar
(CBMAP), Departamento de Polícia Técnico-Científica (POLITEC), Instituto de
Administração Penitenciária (IAPEN) e Instituto de Defesa do Consumidor
(PROCON).
Muito embora investimentos estejam sendo realizados no
reaparelhamento das forças de segurança pública, as condições gerais de
trabalho e a oferta de equipamentos e materiais aos servidores, inclusive de
proteção individual, estão aquém dos ideais.
É importante afirmar que, apesar dos esforços de melhoria das
condições de trabalho dos servidores e de proporcionar serviços com maior
qualidade e eficiência à população amapaense, existem sérios problemas
estruturais que impedem que isso ocorra de imediato. No entanto, ações
conjuntas e inteligentes estão sendo tomadas para que a confiança da sociedade
na segurança pública seja restabelecida e que haja redução dos índices de
criminalidade e a paz social seja restaurada.

5.1. SEJUSP: HISTÓRICO, ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA


A Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (SEJUSP) foi
criada através do Decreto nº 175, de 01 de outubro de 1991, com a finalidade de
formulação, coordenação e execução da política de justiça e segurança pública
do Estado do Amapá. O dispositivo legal dispôs, ainda, o exercício das funções
de polícia judiciária e estabelecimento de diretrizes do sistema prisional, apoiando
e supervisionando as atividades desenvolvidas pelas entidades vinculadas, além
de exercer outras atribuições correlatas, na forma de regulamento.
No ano seguinte, através da Lei nº 0035, de 25 de novembro de 1992,
instituiu-se a Delegacia Geral de Polícia Civil, ratificando sua vinculação à
Secretaria de Segurança Pública.

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Na época do extinto Território Federal do Amapá, a SEJUSP era


denominada Secretaria de Segurança Pública (SEGUP), a qual tinha como Diretor
Geral um Delegado de Polícia Civil.
Já em 2001 a Polícia Civil foi definida como instituição autônoma,
dotada de orçamento próprio, portanto, desvinculada financeira e
administrativamente da SEJUSP.
Antes disso, a Lei nº 0338, de 16 de abril de 1997, que organizou a
estrutura básica do Poder Executivo (regulamentada pelo Decreto nº 0158/1998),
afirmava no art. 31 que a SEJUSP tinha por finalidade a formulação e execução
da política de justiça e segurança pública do Estado. Atribuindo-lhe, ainda, o
exercício das funções de polícia judiciária e estabelecimento de diretrizes do
sistema profissional, a coordenação da aplicação da legislação de trânsito, além
de apoiar e supervisionar as atividades desenvolvidas pelas suas entidades
vinculadas e exercer outras atribuições correlatas na forma do regulamento.
Com o novo modelo de gestão do Poder Executivo do Estado
implantado através da Lei nº 0811/2004, a estrutura organizacional da SEJUSP
sofreu alterações. A partir de 2009 a Lei nº 1.335/2009 passou a reger a
Secretaria, porém, esse dispositivo legal ainda não foi regulamentado. Criou-se
até comissão especial com essa finalidade, contudo, em razão de várias
mudanças administrativas, restou prejudicado a finalização dos trabalhos junto
aos órgãos competentes.
A estrutura organizacional básica da SEJUSP (a ser regulamentada)
ficou definida da seguinte forma:

a) Direção Superior/ Deliberação Colegiada:


Conselho de Justiça
Conselho Penitenciário
Conselho de Entorpecentes.
b) Unidades de Assessoramento:
Gabinete Secretário - GAB/SEJUSP
Comissão Permanente de Licitação - CPL
Ouvidoria da Defesa Social
Gabinete de Gestão Integrada em Segurança Pública - GGI

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Assessoria de Desenvolvimento Institucional - ADIN


c) Unidades de Execução Programática:
Academia Integrada de Formação e Aperfeiçoamento- AIFA
Coordenadoria de Inteligência e Operações - CIOP
Coordenadoria de Programas e Projetos - CPP
Centro Integrado de Operações da Defesa Social - CIODES
Coordenadoria de Segurança Comunitária - CSC.
Coordenadoria de Operações Aéreas
d) Unidade de Execução Instrumental:
Coordenadoria Administrativo-Financeira - CAF.
e) Órgãos Vinculados:
Polícia Militar
Polícia Civil
Corpo de Bombeiros Militar
Polícia Técnico-Científica
f) Entidades Vinculadas:
Instituto de Defesa do Consumidor
Instituto de Administração Penitenciária

Todos os Órgãos e Entidades Vinculados possuem estrutura,


organização e funcionamento de acordo com ordenamentos jurídicos próprios.
Além disso, a SEJUSP não possui quadro de pessoal administrativo, apenas
cargos comissionados.

5.2. POLÍCIA MILITAR


A Polícia Militar do Amapá foi criada através da Lei nº 6.270, de 26 de
novembro de 1975, a qual criou as Polícias Militares dos Territórios Federais do
Amapá, de Rondônia e de Roraima, disciplinando suas organizações básicas e
fixando seus respectivos efetivos. A partir desta Lei, a antiga Guarda Territorial
(GT) foi sendo extinta gradativamente e seus componentes, mediante opção e
seleção, foram lotados na própria PMAP ou lotados em outros órgãos da
administração territorial.

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A consolidação de implantação da PMAP em todo o território do Estado


deu-se com a implantação do Comando de Policiamento da Capital e Interior
(CPCI), que contou com a criação de 04 Companhias de policiamento em suas
diversas modalidades, além do Grupamento de Incêndios, que anos depois
ganharia autonomia administrativa, vindo a se tornar o atual Corpo de Bombeiros
Militar.
Inicialmente, o efetivo da PMAP foi formado por 38 oficiais temporários
oriundos do Exército Brasileiro e 03 oficiais pertencentes à Polícia Militar do
Estado de Sergipe, os quais realizaram um curso de adaptação na Polícia Militar
do Pará. Os sargentos foram oriundos da própria GT que, após concurso interno,
foram formados nas Polícias Militares de Minas Gerais e Goiás.
De lá pra cá, diversas unidades administrativas e operacionais foram
criadas dentro da estrutura organizacional da PMAP, com vistas, principalmente,
ao atendimento das necessidades sociais e devido ao crescimento populacional e
físico do Estado.

Figura 07: Polícia Militar do Amapá, Amapá - 2015.

A Lei nº 085/2014, Lei de Organização Básica (LOB) da PMAP, prevê a


estrutura organizacional da Polícia Militar e a distribuição do efetivo nas diversas
modalidades de policiamento operacional, bem como demonstra a composição de
nível estratégico e tático da instituição, sendo composta da seguinte forma:
• Comando Geral: formado por 12 órgãos subordinados ou vinculados;

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• Órgãos de Direção e Apoio: formado por 11 diretorias, pelo


Comando de Policiamento da Capital (CPC) e pelo Comando de Policiamento do
Interior (CPI);
• Órgãos de Execução: formado por 14 Batalhões Policiais Militares
(BPM), Banda de Música, Centro de Formação e Aperfeiçoamento e Grupo de
Policiamento Aéreo.
A mesma Lei também fixou um efetivo total previsto de 7.932 policiais
militares, entre oficiais e praças, distribuídos em 06 diferentes quadros, a saber:
combatente, saúde, complementar, administrativo, músico e especial.
Porém, segundo a Diretoria de Pessoal da PMAP e conforme o
publicado no Boletim Geral nº 045/2015, hoje a corporação possui um efetivo de
apenas 3.619 Policiais Militares. Isso representa uma defasagem de 4.313
policiais, ou seja, o efetivo atual está muito aquém das reais necessidades da
instituição.
Apesar da realização de concursos, a carência de efetivo é percebida
ao longo dos anos devido à falta de uma política de reposição de servidores e a
causas normais de desligamento, como reserva remunerada, reforma ou morte.
Das 14 unidades operacionais, 08 estão localizados na Capital, sendo
05 delas unidades especializados, tais como o Batalhão de Operações Especiais,
o Batalhão de Radiopatrulhamento Motorizado e o Batalhão de Policiamento de
Trânsito, e as outras 03 são unidades de área responsáveis pelo policiamento
ostensivo em geral. As outras 06 unidades estão dispersas nos demais
municípios do interior, entre elas o Batalhão Ambiental que se localiza no
município de Santana.
A maioria dessas unidades operacionais ocupam imóveis próprios,
porém, alguns ainda ocupam prédios alugados e sem dispor de verba suficiente
para a correta manutenção. Na sua grande maioria são espaços que não abrigam
uma estrutura confortável, com banheiros insuficientes e sem alojamentos
adequados.
Há também insuficiência de recursos financeiros para repor materiais e
equipamentos para as atividades administrativas, como mesas, cadeiras,
computadores e ar condicionado. Isso igualmente vale em relação aos
equipamentos de proteção individual que são insuficientes ou inadequados.

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5.3. POLÍCIA CIVIL


As origens da Polícia Civil
se confundem com a da Guarda
Territorial do Amapá, que realizava o
serviço de policiamento, através do
apoio às delegacias, com armamento
e pessoal.
Com a denominação de
Polícia Civil, a Instituição passou a
existir desde 1991, com o Decreto n°
Figura 08: Polícia Civil, Amapá - 2015.
175 que criou a Secretaria de Justiça
e Segurança Pública. Em 1997 com a
Lei n° 0338, de 16 de abril de 1997, que dispõe sobre a Organização do Poder
Executivo do Estado do Amapá, a Polícia Civil perdeu o status de Secretaria e
passou a vigorar como Delegacia Geral de Polícia Civil. Em 2001, com aprovação
da Lei n° 637, de 14 de dezembro de 2001, que dispõe sobre a criação da
estrutura organizacional básica da polícia civil, tornou-se instituição autônoma.
A Lei Orgânica da Polícia Civil, Lei n° 0883, de 23 de março de 2005,
dispõe sobre sua organização, atribuições e funcionamento, define o regime
jurídico de seus servidores e dá outras providências. O artigo 2º da referida Lei
conceitua e estabelece as atribuições da Instituição:

Art. 2º - A Polícia Civil, órgão autônomo, permanente e essencial à


administração da Justiça Criminal, orientada com base nos princípios da
hierarquia, disciplina, legalidade, unidade, ética e respeito aos direitos
humanos, integrante do Sistema de Segurança Pública do Estado do
Amapá, vinculada operacionalmente a Secretaria de Estado da Justiça e
Segurança Pública, incumbe, ressalvada a competência da União, as
funções de polícia judiciária estadual e a apuração das infrações penais,
exceto as estritamente militares.

A Policia Civil é composta de três carreiras, quais sejam, Delegado


de Polícia, Agente de Polícia e Oficial de Polícia Civil (artigo 3º, § 1º, I a III, Lei n°
0883/05).
Há na estrutura da Polícia Civil três Departamentos de Polícia:
Departamento de Polícia da Capital, Departamento de Polícia Especializada e
Departamento de Polícia do Interior.

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O Departamento de Polícia da Capital (DPC) é responsável pelas


Unidades de Polícia de bairros, localizadas no município de Macapá e Distrito de
Fazendinha e são 10 as Delegacias vinculadas ao DPC, das quais três
encontram-se desativadas. O Departamento de Polícia Especializada (DPE)
cuida das Unidades de Polícia Especializadas instaladas na capital do Estado e
possui 11 Unidades Policiais em sua estrutura. O Departamento de Polícia do
Interior (DPI) é responsável pelas Unidades de Polícia que funcionam no interior
do Estado do Amapá, a este Departamento estão vinculadas 21 Delegacias de
Polícia.
Além das Unidades de Polícia vinculadas aos Departamentos, há
também três Centros Integrados de Operações em Segurança Pública (CIOSP’s),
todos localizados em Macapá, sendo que em um deles funciona a Central de
Flagrantes do CIOSP Pacoval.
No que se refere ao efetivo, há atualmente no quadro de pessoal da
Polícia Civil menos servidores do que previsto em Lei, como se observa no
quadro abaixo:

Quadro 02. Efetivo previsto da Polícia Civil, Amapá – 2015.


CARGO EFETIVO PREVISTO ATIVIDADE DÉFICIT

DELEGADOS 130 95 35

AGENTES 780 683 97

OFICIAIS 260 165 95

Fonte: Anexo I da Lei nº 883/2005, Amapá - 2015.

Cabe destacar que além do déficit relativo ao quantitativo previsto em


lei, também há déficit quanto à real necessidade de servidores para atender as
demandas da Instituição, o que implica a necessidade de ampliação do número
de cargos e realização de concurso público urgente para os cargos de Delegado,
Agente e Oficial de Polícia Civil.
O regime de trabalho dos servidores é de dedicação exclusiva, com
carga horária semanal de 40 horas. Os servidores policiais são divididos nas
Unidades de Polícia da capital e interior nos plantões e nas atividades de

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investigação ou cartorárias. A Polícia Civil não possui quadro próprio de


servidores administrativos, por esse motivo, as atividades da gestão são
desempenhadas por Delegados, Agentes e Oficiais de Polícia Civil.
Quanto à estrutura física, as Unidades Administrativas e de Polícia
encontram-se em condições precárias, carecendo de reformas e manutenção
urgentes. Várias medidas vêm sendo adotadas pela Administração para buscar
alternativas para sanar ou pelo menos amenizar a questão da estrutura física,
entretanto, tais ações são limitadas e devem ser executados com planejamento a
curto, médio e longo prazo, em razão da escassez de recursos.

5.4. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR


O Corpo de Bombeiros do Amapá, inicialmente chamado de Corpo de
Bombeiros Voluntários, foi criado em 17 de novembro de 1967, através do
Decreto nº 0050, pelo então Governador do Território Federal do Amapá, General
Ivanhoé Martins.
Em 1975 com a criação da Polícia Militar do Estado do Amapá –
PMAP, através da Lei nº 6.270, de 26 de novembro, o então Corpo de Bombeiros
Voluntários passou a fazer parte desta instituição militar, passando a ser
denominado como Grupamento de Incêndio (GI).
Em 09 de Julho de 1992, através da Lei n.º 0025, o Corpo de
Bombeiros do Amapá (CBMAP) obteve sua emancipação administrativa,
operacional e orçamentária, deixando de compor a Polícia Militar. Seu efetivo
passou a ser formado por Policiais Militares que atuavam no antigo GI. A Lei nº
0135, de 15 de dezembro de 1993, estabeleceu a Organização Básica do
CBMAP, fixando o efetivo da Corporação recém-emancipada em 1.164 (mil cento
e sessenta e quatro) militares, sendo 68 (sessenta e oito) oficiais e 996
(novecentos e noventa e seis) praças.
Nesses quase 23 (vinte e três) anos de emancipação diversas
unidades administrativas e operacionais foram criadas dentro da estrutura
organizacional do CBMAP, com vistas, principalmente, ao atendimento das
necessidades sociais da população amapaense.

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Figura 09: Corpo de Bombeiros Militar do Amapá, Amapá - 2015.

A atual Lei de Organização Básica da Corporação, Lei nº 1.815/14, fixa


seu efetivo em 2.920 (dois mil novecentos e vinte) militares, sendo 441
(quatrocentos e quarenta e um) oficiais e 2.479 (dois mil quatrocentos e setenta e
nove) praças, distribuídos em 06 (seis) diferentes quadros, a saber: combatente,
saúde, complementar, administrativo, músico e especial.
Atualmente a Corporação possui em suas fileiras 1.347 (mil trezentos e
quarenta e sete) bombeiros, ou seja, apenas aproximadamente 47% do efetivo
previsto, demonstrando que o efetivo atual está aquém das reais necessidades da
instituição.
A mesma Lei também define a organização de nível estratégico e
operacional da instituição, a qual é composta da seguinte forma:
• Órgãos de Direção Geral: formado pelo Comando Geral e por mais
11 (onze) órgãos subordinados.
• Unidades Vinculadas: O Gabinete de Segurança Institucional,
Gabinetes Militares e o Conselho Estadual de Proteção e Defesa Civil.
• Órgãos de Apoio: formado pela Diretoria de Recursos Humanos,
Diretoria de Administração Geral, Diretoria de Inteligência e Operações, Diretoria
de Ensino e Instrução, Centro de Saúde e Centro de Atividades Técnicas.
• Órgãos de Execução: formado por 10 Grupamentos Bombeiros
Militar (GBM).

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O CBMAP está presente em 5 (cinco) municípios do Estado, possuindo


4 (quatro) Grupamentos Bombeiros Militares na Capital, e Grupamentos nos
municípios de Santana, Oiapoque, Laranjal do Jari e Vitória do Jari.
Importante ressaltar que a corporação está em processo de expansão
de suas unidades operacionais, com a construção de um Grupamento Bombeiro
Militar no município de Porto Grande (obra já licitada) e a construção de um
Grupamento na zona sul de Macapá, obras estas descritas no Plano de Obras,
desenvolvido pela Coordenadoria de Programas e Projetos da Corporação.

5.5. POLÍCIA TÉCNICO-CIENTÍFICA


O Instituto de Criminalística foi criado em 1973 no então Ex-Território
Federal do Amapá. A primeira edificação do Instituto, ainda componente do
organograma da Polícia Civil, instalou-se no prédio onde atualmente funciona a
Agência de Desenvolvimento do Amapá.
Somente com a Constituição Estadual de 1992 a Polícia Técnico-
Científica (POLITEC) foi desvinculada Delegacia Geral da Polícia Civil, passando
a ter autonomia administrativa e financeira como órgão de perícia oficial. Seu
funcionamento está pautado sob os princípios da imparcialidade, da justiça e da
conduta ilibada, não permitindo a ingerência durante os exames realizados na
esfera policial judiciária, assegurando à sociedade a lavratura de uma peça
pericial isenta de qualquer
suspeição.
A POLITEC é o órgão
governamental responsável por
executar as ações periciais criminais
no Estado. Tem sua estrutura
organizacional dividida em quatro
departamentos técnico-científicos,
sendo eles: Departamento de
Criminalística, Departamento de
Identificação Civil e Criminal,
Figura 10: Polícia Técnico-Científica,
Departamento de Medicina e
Amapá - 2015.
Odontologia Legal e Laboratório

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Forense, estando sua sede localizada em Macapá.


Em termos estruturais no ano de 2007, foram inauguradas suas novas
instalações com apoio de Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP),
juntando a ela as estruturas prediais das Seccionais dos municípios de Santana,
Laranjal do Jari, Tartarugalzinho e Oiapoque. O quadro abaixo mostra a
localização, utilização, condições e propriedade dos prédios da POLITEC:

Quadro 03. Condições estruturais da POLITEC, Amapá – 2015.


LOCALIZAÇÃO UTILIZAÇÃO CONDIÇÕES PROPRIEDADE

Santana Seccional POLITEC Bom Alugada

Oiapoque Seccional POLITEC Bom Alugada

Laranjal do Jari Seccional POLITEC Ruim Prédio próprio

Tartarugalzinho Seccional POLITEC Regular Prédio próprio

Macapá Sede POLITEC Regular Prédio próprio

Fonte: Departamento Administrativo da POLITEC, Amapá - 2015.

A Seccional Tartarugalzinho, além do próprio município, atende os


municípios de Ferreira Gomes, Pracuúba, Amapá e Calçoene até a comunidade
do Carnot, onde são realizados os mais diversos tipos de exames periciais,
atendendo às solicitações das Autoridades Policiais locais.
Hoje em dia, a maior problemática da instituição é o orçamento
financeiro anual que gira em torno de R$ 2.700.000,00 (dois milhões e setecentos
mil reais), inviabilizando a demanda crescente nos últimos anos. Recentemente
houve a paralisação das obras do Laboratório de Metalografia devido a
procedimentos falhos na licitação e no prazo para o encerramento do projeto.
Além disso, possui 08 veículos em bom estado de conservação e 05
embarcações, contudo, ainda possui 30 veículos que se encontram com defeitos
ou inservíveis.
Atualmente, o quadro de pessoal da POLITEC possui 321 servidores
entre cargos efetivos e contratos administrativos. O quadro de pessoal da

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instituição é organizado através de estatuto próprio, sendo o cargo de perito


privativo de pessoas portadoras de diploma de nível superior e o ingresso na
carreira depende de aprovação em concurso público de provas e títulos.

5.6. INSTITUTO DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA


Depois de inaugurada a Colônia Agrícola do Estado do Amapá, situada
na antiga Rodovia Duque de Caxias, hoje Duca Serra, passou a abrigar os presos
que se encontravam custodiados na casa prisional do bairro Beirol, com
capacidade para acolher até 600 custodiados. Nesse mesmo período, a Colônia
Agrícola do Amapá passou à
denominação de Complexo
Penitenciário (COPEN).
Em 2004, a Lei nº
0811/2004, de 20 de fevereiro de
2004, passou reconhecer o então
COPEN como Instituto de
Administração Penitenciária
(IAPEN), sob uma nova visão do
cumprimento de pena, admitindo
Figura 11: Instituto de Administração
que o reeducando desfrute de seus
Penitenciária, Amapá - 2015.
direitos de maneira humana, com
possibilidades de reintegração ao convívio social após o cumprimento da mesma.
Hoje o IAPEN comporta mais de 2400 internos distribuídos em suas
unidades: Cadeião, Anexo, Feminino e Centros de Custódias.
A estrutura física do IAPEN conta com 6 (seis) unidades:
• Cadeião: O Prédio de maior porte, popularmente chamado de
“Cadeião”, conta com 12 pavilhões (P1, P2, P3, F1, F2, F3, F4, F5, Enfermaria,
Especial, Seguro e Triagem), cada um com duas alas, sem celas individuais,
resguardando presos dos regimes fechado, provisório e alguns presos do regime
semiaberto. Localiza se ainda as seguintes coordenadorias: Coordenadoria da
Penitenciária Masculina; Coordenadoria dos Centros de Custódia; Coordenadoria
de Execução Penal; Coordenadoria do Tratamento Penal; e Coordenadoria de
Segurança.

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O prédio da Colônia
Penal, popularmente chamada de
Anexo, por localizar-se ao lado do
Cadeião, conta com 01 pavilhão de
três alas, para custodiar os internos
do regime semiaberto.
• Anexo: O Anexo
compreende o Gabinete, onde
atende o Diretor Presidente, bem
como suas unidades de
Assessoramento; a Coordenadoria Figura 12: Agentes Penitenciários em
atividade, Amapá - 2015.
da Colônia Penal; a Coordenadoria
da Casa do Albergado; e a Coordenadoria de Planejamento e Apoio
Administrativo.
• Penitenciária Feminina: A Coordenadoria da Penitenciária
Feminina consiste em sua estrutura física em 01 pavilhão de duas alas e um
berçário, onde temporariamente são resguardadas as internas parturientes e
lactantes. Na Coordenadoria estão reclusas todas as internas do Estado,
independente do regime.
• Centro de Custodia Especial.
• Centro de Custódia do Novo Horizonte.
• Centro de Custódia do Oiapoque.

Os profissionais que trabalham no IAPEN, no total de 978 servidores,


são distribuídos dentre Educadores Sociais, Agentes Penitenciários, Assistentes
Sociais, psicólogos, psiquiatras, médicos, enfermeiros, dentistas, professores,
terapeuta ocupacional e demais agentes administrativos. Estes servidores
praticam atividades em conjunto para melhor atender a demanda do Instituto,
acompanhando não somente aos reeducandos, mas também à família dos
mesmos.

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5.7. INSTITUTO DE DEFESA DO CONSUMIDOR


Instituto de Defesa do Consumidor do Estado do Amapá (PROCON) foi
inaugurado dia 6 de junho de 2002. Em 2003 o órgão foi reconhecido através da
Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor), sendo parte integrante do
Sistema Nacional de Defesa do Consumidor. Sua missão é atuar buscando
sempre a justiça contra o já vulnerável consumidor nesse mercado de Fornecedor
X Consumidor.

Figura 13: Instituto de Defesa do Consumidor (PROCON), Amapá - 2015.

Diariamente o PROCON atua com as reclamações no atendimento ao


consumidor e com a fiscalização sempre atenta nas denúncias, além de participar
de ações preventivas e educativas. No órgão também ocorre o agendamento de
audiências destinadas em qualquer lugar do Brasil dependendo da reclamação.
Como Parceiros existem ainda o PROCON no Super Fácil da Zona
norte que ajuda na parte de reclamações e agendamento de audiências. A
Delegacia do Consumidor também atua como parceira auxiliando com boletins de
ocorrências na própria delegacia que fica localizada no Super Fácil da Zona Sul.
O Sistema Nacional de Informação de Defesa do Consumidor
(SINDEC) é o principal colaborador atuando como centro de todas as ocorrências,
proporcionando intercambio a nível nacional.
De forma geral, o PROCON funciona como um órgão auxiliar do Poder
Judiciário, tentando solucionar previamente os conflitos entre o consumidor e a
empresa que vende um produto ou presta um serviço, e quando não há acordo,
encaminha o caso para o Juizado Especial Cível com jurisdição sobre o local.

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O PROCON pode ser estadual ou municipal, e segundo o artigo 105 da


Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor), é parte integrante do Sistema
Nacional de Defesa do Consumidor.
Atualmente o PROCON conta com aproximadamente 25 funcionários
divididos nos setores administrativos, assessoria jurídica, atendimentos,
fiscalizações e estagiários.
Além disso, o Instituto encontra algumas dificuldades estruturais e
financeiras, podendo citar como exemplo a falta de funcionários efetivos e
comissionados. Outro quesito que existe deficiência e que é indispensável para o
funcionamento do órgão são os equipamentos de informática, pois, sem eles não
tem existe acesso ao SINDEC. Esse sistema interliga os Procon’s de todo o país
e através dele são realizados monitoramentos diários de todos os órgãos
envolvidos.
O PROCON foi estabelecido primeiramente pelo governo estadual por
meio de decretos. A partir da criação da matriz do Procon, são criados outros
Procon’s nos demais municípios do Estado. Porém, nem todas os municípios
possuem uma filial do Procon. Mas todas as 27 capitais do país possuem esse
órgão que é de fundamental para a defesa do consumidor.

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6. MISSÃO, VISÃO E VALORES.


6.1. MISSÃO

A missão idealiza a declaração aberta sobre a natureza da


organização. É, essencialmente, a sua razão de existir, que no caso da Secretaria
de Estado de Justiça e Segurança Pública é:

“GARANTIR SEGURANÇA PÚBLICA À SOCIEDADE AMAPAENSE


DE FORMA INTEGRADA, EFICIENTE E COM RESPEITO AOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS, VISANDO O PLENO EXERCÍCIO DA CIDADANIA”.

6.2. VISÃO DE FUTURO

Definir a missão é apenas o começo de uma ampla e árdua viagem, na


medida em que, além de saber sua razão de existir, a organização necessita
decidir qual o modelo de progresso almeja alcançar. A visão de futuro deve
representar um sonho a ser perseguido.

As organizações exitosas escolhem desafios grandiosos, difíceis e,


acima de tudo, audaciosos. Tais desafios devem servir de inspiração a fim de que
haja a concentração de esforços de todos os colaboradores (servidores), para a
consecução dos seus objetivos.

Assim sendo, e considerando todos os desafios com os quais a


SEJUSP tem se comprometido, pode-se afirmar que o futuro desejado é aquele
para o qual toda a força de trabalho seja orientada e canalizada, a saber:

“SER RECONHECIDA COMO REFERÊNCIA NACIONAL PELA


EXCELÊNCIA NAS AÇÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA, GARANTINDO A PAZ
SOCIAL À SOCIEDADE E ÀS INSTITUIÇÕES”.

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6.3. VALORES
Valores são princípios eternos que devem orientar os servidores da
segurança pública. Eles precisam conceber as convicções e crenças mais
profundas, sintetizando seus ideais, demonstrados através dos comportamentos
diários de todos os seus integrantes.

• ÉTICA: conjunto de princípios e valores morais que orientam a


conduta humana.

• TRANSPARÊNCIA: virtude que impede a ocultação de alguma


coisa.

• INOVAÇÃO: consiste em quebrar padrões e abraçar novas ideias,


métodos e tecnologias.

• EFICIÊNCIA: capacidade de atingir resultados com um mínimo de


desperdícios.

• INTEGRAÇÃO: ação de incorporar ou unir elementos ou pessoas


num só grupo, formando um todo.

• COMPROMISSO: forma pública ou não de assumir uma obrigação


pautada em preceitos éticos e morais.

• TECNICIDADE: consiste no uso de normas e procedimentos


técnicos.

• RESPEITO À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA: agir com


consideração e zelo aos valores morais e espirituais dos seres
humanos.

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7. METODOLOGIA
O Planejamento Estratégico pode ser traduzido como um processo
contínuo, pelo qual serão delimitados de maneira explícita, interativa e com base
em um diagnóstico atual e futuro de seus ambientes interno e externo, o rumo que
se pretende dar à organização, formulando missão, visão de futuro e valores,
além de implementar, avaliar e controlar os objetivos e os planos de ações
definidos.

Novos desafios implicam em novas soluções. A forma de administrar


as organizações vem evoluindo. As empresas, de forma geral, estão preocupadas
em ter cada vez mais retorno financeiro através da busca de soluções que
permitam atingir seus objetivos.

A preocupação com a Segurança Pública no Estado do Amapá não é


diferente, porém, ao contrário das empresas, o retorno almejado consiste no
reconhecimento pela qualidade dos serviços prestados.

Para que isso ocorra é necessário que os objetivos estratégicos da


administração pública estejam em constante prospecção, atualização e
adequação em relação aos seus ambientes interno e externo. Ser prospectivo é
fundamental para o planejamento estratégico, pois permite a antecipação do que
irá acontecer, favorecendo o desenvolvimento e implementação de estratégias
mais seguras.

Visando a elaboração do Plano Estadual de Segurança Pública


(PLANESP) 2015 a 2018, colocou-se em prática a utilização de metodologias
como a Gestão Estratégica Orientada para o Resultado (GEOR) e o Balanced
Scorecard (BSC)4, que são instrumentos valiosos e inovadores para a edificação
e gerenciamento de programas, projetos ou ações organizacionais.

A GEOR orienta o gestor de forma a permitir que suas intenções se


traduzam em resultados para o público a ser beneficiado, direcionando todos os
esforços organizacionais, impedindo a dispersão de ações e recursos e mantendo
o foco nos resultados.

4
KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. A estratégia em ação: Balanced Scorecard. 7ª ed. Rio de Janeiro:
Campus, 1997.

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O BSC é uma ferramenta na qual a organização tem claramente


definida as suas metas e estratégias, visando medir o desempenho através de
indicadores quantificáveis e verificáveis. O BSC está ligado diretamente com a
visão e estratégia de uma organização, sendo fundamentais para que o sucesso
seja alcançado.

Através do BSC é possível descrever de forma muito clara a estratégia


de uma organização por intermédio de quatro perspectivas: financeira,
aprendizado e crescimento, processos internos e clientes (sociedade).
(sociedade)

Figura 14:: Perspectivas da metodologia BSC

Todas essas perspectivas devem estar conectadas entre si, formando


uma relação de causa e efeito. A soma destes fatores incentivará o desempenho
almejado pela organização, consequentemente criando o valor futuro.

Definir e priorizar as metas mais relevantes, mobilizar


mob recursos e
competências e fazer acontecer os objetivos estratégicos são requisitos
essenciais para ampliar a capacidade de produzir, medir e demonstrar resultados.

O anseio da sociedade por melhorias em políticas públicas, como é o


caso da Segurança Pública, tem permitido grandes transformações na forma
pensar e agir das organizações estatais. A busca pela melhor qualidade do
serviço prestado permite que a SEJUSP atue de forma mais racional, contínua e
integrada com foco nos resultados desejados.

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7.1. PROCESSO DE ELABORAÇÃO E CONSTRUÇÃO DO PLANO ESTADUAL


DE SEGURANÇA PÚBLICA 2015 a 2018
O processo de elaboração e construção do plano estratégico da
SEJUSP compreendeu várias etapas de intensos e exaustivos trabalhos,
executadas no período de 04 de março a 31 de maio de 2015, sendo realizadas
da seguinte forma:
• O Secretário da SEJUSP reuniu com os gestores das instituições de
segurança pública para demonstrar a necessidade de elaboração do presente
documento como forma de planejar ações que poderão ser implementadas nos
próximos quatro anos, levando em consideração a identidade organizacional e a
atual administração governamental;
• Levantamento de informações sobre a atual situação da segurança
pública através de estudos documentais e de uma pesquisa de campo com os
servidores e com a sociedade em geral que possibilitaram esclarecer e conhecer
melhor a realidade da segurança pública no Estado, permitindo a percepção dos
cenários interno e externo às instituições;
• Realização de várias reuniões da equipe técnica de trabalho para
definição de objetivos estratégicos e formação do mapa estratégico. A conclusão
desta etapa envolveu a equipe técnica de trabalho e servidores dos diversos
níveis organizacionais das instituições de segurança pública que, de forma
participativa, elaboraram propostas de projetos ou ações que poderiam ser
concretizados;
• Realização de oficinas para definição dos projetos ou ações e seus
respectivos desdobramentos.

a. Elaboração do Plano:
Esta fase do trabalho consistiu na apresentação da proposta de
elaboração do Plano Estadual de Segurança Pública para o período de 2015 a
2018. Para tanto, no dia 04 de março de 2015, o Secretário de Estado da Justiça
e Segurança Pública, Coronel Gastão Calandrini, reuniu com todos os gestores
para apresentar um diagnóstico atual da segurança pública no Estado do Amapá

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e da necessidade de trabalhar estrategicamente para que os melhorias e


resultados positivos sejam alcançados a curto, médio e longo prazo.
Na ocasião estiveram presentes, além do Secretário da SEJUSP, a
equipe técnica de trabalho, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI),
o Diretor do Centro Integrado Operações de Defesa Social (CIODES), a Delegada
Geral de Polícia Civil, representantes do Comando da Polícia Militar, do Corpo de
Bombeiros Militar, da Polícia Técnico-Científica, do Instituto de Administração
Penitenciária e do Instituto de Defesa do Consumidor.

b. Levantamento de Informações:
O levantamento de informações consistiu em uma ampla pesquisa em
sites especializados em segurança pública em âmbito nacional, tais como
SENASP e Ministério da Saúde, além de revistas e documentos em órgãos
oficiais que subsidiaram um estudo mais aprofundado e proporcionaram uma
visão mais abrangente sobre o tema segurança pública, possibilitando realizar
uma comparação da criminalidade e da violência em nosso Estado com outras
unidades da federação.
Foi realizada uma pesquisa de campo de caráter quantitativo em que
participaram como entrevistados 200 (duzentos) servidores das instituições de
segurança pública do Estado e 546 (quinhentos e quarenta e seis) cidadãos
amapaenses, no período de 18 a 25 de março de 2015.
Para que essa etapa fosse concretizada, a SEJUSP contou a
participação de 25 servidores da segurança pública que voluntariamente se
comprometeram para entrevistar a sociedade amapaense, além da própria equipe
técnica que se empenhou nas entrevistas com o público interno.
O objetivo desta etapa foi identificar pontos fortes e fracos da
instituição e de possíveis ameaças e oportunidades externas que podem impactar
de forma positiva ou negativa nos resultados da organização, além de refletir
acerca dos indicadores de desempenho que impactam no desenvolvimento
institucional.
Todas as pesquisas e formatação do presente Plano foram realizadas
pela equipe técnica de trabalho constituída por servidores de cada um dos órgãos
da segurança pública do Estado e coordenada pelo Chefe do Gabinete de Gestão

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Integrada (GGI) da SEJUSP. Os resultados da pesquisa de campo constam nos


Anexos I e II do PLANESP.

Figura 15: Aplicação de questionários aos servidores da segurança pública e à


sociedade amapaense, Amapá - 2015.

c. Definição de Estratégias, Projetos e Ações:


A definição das Estratégias, Projetos e Ações se deu através de várias
reuniões da equipe técnica de trabalho que diariamente se empenhava na
discussão e análise dos cenários que precisavam ser pensados e idealizados
estrategicamente. Para cada novo objetivo estratégico estabelecido, pelo menos
uma reunião era definida para identificar e solucionar o problema.
Após a análise dos pontos fortes e fracos, bem como a avaliação das
oportunidades e ameaças, foi dado prosseguimento aos trabalhos com a

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utilização de outra técnica que busca explorar o máximo de ideias ou criatividade


de um indivíduo, o Brainstorming. O resultado e a avaliação da Conferência
constam no Anexo III.

Figura 16: Conferência Estadual de Segurança Pública, Amapá - 2015.

Buscando atingir a visão pretendida para a segurança pública do


Amapá, foi realizado a Conferência Estadual de Segurança Pública, na Academia
Integrada de Formação e Aperfeiçoamento (AIFA), no dia 15 de abril de 2015, e
contou com a presença da equipe técnica de trabalho e de 45 servidores dos
diversos níveis organizacionais das instituições de segurança pública que, de
forma participativa, elaboraram propostas de projetos ou ações que poderiam ser
concretizados e incluídos neste Plano.

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Nesse sentido, os trabalhos de reflexão e tomada de decisão quanto


aos resultados a serem alcançados nos próximos 04 anos depende do
comprometimento não somente da administração pública, mas também do
comprometimento de cada servidor. Diante disso, o Plano Estadual de Segurança
Pública foi construído após ampla discussão, ficando notório o engajamento de
todos os operadores que efetivamente contribuíram para materialização deste
trabalho.

d. Desdobramentos das Estratégias:


Após a identificação dos problemas, a equipe técnica de trabalho
realizou oficinas para definição dos projetos ou ações e seus respectivos
desdobramentos, que após intensa reflexão, foram priorizadas a curto, médio e
longo prazo.

Figura 17: Reunião da Equipe Técnica para desdobramento de estratégias e


metas, Amapá - 2015.

Todos esses processos propiciaram momentos coletivos de


compartilhamento dos objetivos estratégicos e seus respectivos indicadores, bem
como a construção das metas e medidas necessárias ao seu cumprimento. A
maioria desses desafios representa o comprometimento desta Secretaria, que
mesmo diante das dificuldades, busca atender e solucionar as demandas sociais
e o clamor da população por melhorias na segurança pública.

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Essa metodologia foi realizada com o firme propósito de tornar o


resultado do processo de planejamento o mais legítimo e coerente com as
necessidades da instituição.

7.2. PESQUISA APLICADA AOS SERVIDORES DA SEGURANÇA PÚBLICA E


À SOCIEDADE AMAPAENSE PARA ESTABELECIMENTO DE OBJETIVOS
ESTRATÉGICOS E AÇÕES.
A pesquisa de campo, do tipo exploratória, teve como finalidade
aprofundar o conhecimento da equipe técnica sobre o tema estudado, neste caso
a atual realidade da segurança pública no Estado. Além disso, a pesquisa
forneceu embasamentos para formular hipóteses que contribuíram na construção
deste Plano Estratégico.
A coleta de dados consistiu na entrevista de servidores das instituições
de segurança pública do Estado e cidadãos amapaenses, caracterizando-se pela
existência de um entrevistador que realizou perguntas diretamente aos
entrevistados por meio de um formulário contendo questões fechadas.
Para que essa etapa fosse concretizada, a SEJUSP contou a
participação de 25 servidores da segurança pública que voluntariamente se
comprometeram para entrevistar a sociedade amapaense, além da própria equipe
técnica que se empenhou nas entrevistas com o público interno.
A aplicação de questionários através de uma pesquisa de campo
possibilitou conhecer e compreender melhor a realidade da segurança pública no
Estado, proporcionando a percepção dos cenários interno e externo às
instituições que compõem a SEJUSP.

7.2.1. Tabulação e Análise dos Dados


Após o retorno dos questionários, antes de sua análise, foi realizada a
verificação dos dados observando se todas as questões foram respondidas
corretamente. Em seguida, foi realizada a tabulação dos dados que consistiu na
organização dos dados em tabelas, a fim de serem analisados através de
técnicas estatísticas.

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Após todo o processo de tabulação dos dados e utilizando-se de uma


abordagem quantitativa, os mesmos foram transformados em planilhas e com
eles foram elaborados gráficos para facilitar a análise dos resultados.
Finalizando, a análise dos dados obtidos por meio do método dedutivo
possibilitou uma apreciação das informações gráficas, discutindo sua importância
e relevância para a fundamentação deste Plano Estratégico.

7.2.2. Pesquisa aplicada aos Servidores da Segurança Pública


A pesquisa foi realizada no período de 18 a 25 de março de 2015, nos
ambientes de trabalho dos entrevistados, sendo aplicada a 200 (duzentos)
servidores das instituições de segurança pública do Estado, obtendo o seguinte
universo amostral:
• 60 Policiais Militares (15 oficiais e 45 praças);
• 40 Policiais Civis (5 delegados, 26 agentes e 9 oficiais de polícia);
• 40 Bombeiros Militares (7 oficiais e 33 praças);
• 15 servidores da POLITEC (7 peritos criminais, 1 médico legista, 4
técnicos e 3 agentes administrativos);
• 30 servidores do IAPEN (27 agentes penitenciários, 1 educador
penitenciário, 1 psicólogo e 1 assistente social);
• 15 servidores do PROCON (5 chefes de núcleo, 5 fiscais e 5
agentes).
Os resultados, consolidação e contribuição da pesquisa estão
presentes no ANEXO I.

7.2.3. Pesquisa aplicada à Sociedade Amapaense


Concomitante à pesquisa com os servidores da segurança pública,
também foi realizada a pesquisa com a sociedade amapaense no período de 18 a
25 de março de 2015.
A pesquisa foi realizada nas cidades de Macapá/AP e Santana. Em
Macapá as entrevistas ocorreram nos bairros Araxá, Pedrinhas, Buritizal, Centro,
Novo Horizonte e no Terminal Rodoviário. Em Santana foram realizadas no bairro
Central. No total foram entrevistadas 546 (quinhentos e quarenta e seis) pessoas,

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sendo 266 (duzentas e sessenta e seis) pessoas do sexo feminino e 280


(duzentas e oitenta) do sexo masculino. O resultado consta no ANEXO II.
Os resultados das análises das pesquisas serviram como um dos
parâmetros para desenhar os objetivos estratégicos esquematizados no trabalho.
Além disso, forneceram informações que contribuíram para realizar o diagnóstico
dos cenários interno e externo e para o estabelecimento de indicadores e metas.
Deste modo, revelando caminhos para se alcançar os objetivos almejados a curto,
médio e longo prazo.

7.3. MATRIZ SWOT5

Com o intuito de facilitar o diagnóstico da segurança pública no Estado,


procurou-se conhecer os pontos fortes e fracos de cada instituição que compõem
a SEJUSP, bem como as ameaças e oportunidades do ambiente em que ela está
atuando, a fim de promover a integração e o envolvimento de todos no processo
de construção do PLANESP/AP 2015 a 2018.

Para viabilizar o diagnóstico que antecedeu os trabalhos de definição


das estratégias, optou-se pelo emprego da Matriz S.W.O.T, que nada mais é do
que uma planilha que congrega o cruzamento de vários cenários, de maneira a
definir quais são os objetivos considerados estratégicos para a organização.

O termo S.W.O.T é uma sigla proveniente do idioma inglês que


correspondem às palavras Strenghts, Weaknesses, Opportunities e Threats que
traduzidas, respectivamente, significam: forças, fraquezas, oportunidades e
ameaças.

Ao empregar a ferramenta Matriz SWOT, primeiramente, passou-se a


analisar o cenário externo, observando as oportunidades e ameaças presentes no
contexto atual. Em relação às oportunidades, para melhor entendimento, pode-se
dizer que são eventos que podem oportunizar o crescimento da organização. Em
contrapartida, as ameaças são elementos que obstaculizam o alcance da visão de
futuro da organização.

5
http://pt.m.wikipedia.org/wiki/analise_swot em 10 mar 2015.

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Posteriormente, levou-se em consideração o cenário interno das


instituições que integram a SEJUSP, em meio ao qual foram analisadas suas
forças e fraquezas, sendo, as primeiras, compreendidas como elementos
vantajosos e os segundos, caracterizados como inadequados, ou melhor, como
pontos que precisam ser aperfeiçoados ou minimizados.

Com o intuito de melhor traçar o diagnóstico e os cenários


prospectivos, foram realizadas pesquisas quantitativas por meio de questionários
que foram aplicados a 200 (duzentos) servidores das instituições que integram a
SEJUSP e a 546 (quinhentos e quarenta e seis) cidadãos amapaenses. Mais
adiante será detalhado o processo de elaboração das pesquisas de campo cujos
resultados constam nos ANEXOS (I e II) e APÊNDICES (A e B).
Compreendida a aplicação da ferramenta, a equipe técnica se propôs a
desenhar a Matriz SWOT desta Secretaria, contribuindo com o diagnóstico abaixo
explicitado, o qual também está baseado em análises feitas ao longo do
desenvolvimento do trabalho.

AMBIENTE EXTERNO

Oportunidades Ameaças

01. Boa aceitabilidade das instituições de segurança 01. Insuficiência de recursos destinados à
pública perante a sociedade civil amapaense. segurança pública.

02. Recursos financeiros disponíveis no âmbito 02. Alto crescimento demográfico.


federal para investir em segurança pública,
especialmente em TI e inteligência policial.

03. Políticas governamentais da União e do Estado 03. Ampliação da exclusão socioespacial,


voltadas as áreas sociais e estruturais. contribuindo para o aumento dos índices de
criminalidade.

04. Previsão de concurso para servidores da 04. Poucas oportunidades de emprego.


segurança pública.

05. Interesse do Governo do Estado em investir na 05. Excessiva interferência política.


segurança pública para combater a criminalidade.

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AMBIENTE EXTERNO

Oportunidades Ameaças

06. Mobilização da sociedade civil organizada 06. Legislação ultrapassada e deficiente.


atuando como parceiros na prevenção e combate à
violência e à criminalidade.

07. Evolução tecnológica com alternativas voltadas à 07. Sistema prisional deficitário.
segurança pública.

08. Investimento do governo federal nas forças 08. Crescimento da criminalidade, principalmente
armadas no Estado como forma de maior controle e de homicídios entre jovens.
atuação nas regiões de fronteiras.

09. Clamor da sociedade por segurança. 09. Aumento da articulação e atuação do crime
organizado no Estado.

10. Grandes dimensões territoriais, dificultando


fiscalizações ambientais, agrárias e de combate ao
narcotráfico.

AMBIENTE INTERNO

Forças Fraquezas

01. Conhecimento sobre o negócio (segurança 01. Déficit de servidores nas instituições.
pública).

02. Deficiência do aparelhamento logístico na


02. Bom relacionamento entre os graus hierárquicos.
atividade meio e operacional.

03. Servidores se consideram com perfil adequado 03. Servidores pouco motivados ou desmotivados
para trabalhar em sua instituição. para o desempenho de suas atribuições.

04. Alinhamento das ações da SEJUSP com os 04. Processo de formação e capacitação deficiente.
princípios definidos no Plano Nacional de Segurança
Pública.

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AMBIENTE INTERNO

Forças Fraquezas

05. Conhecimento técnico para elaboração de 05. Pouco reconhecimento ao serviço


projetos e convênios destinados à captação de desempenhado.
recursos.

06. Presença da Segurança em todo o Estado. 06. Aparelho Policial enfrenta sérias carências de
recursos ou suas inadequações.

07. Práticas de ações integradas entre as 07. Inexistência de um sistema integrado de gestão
organizações de segurança pública. de pessoas.

08. Consciência da necessidade de capacitação e 08. Ausência de fontes estatísticas unificadas.


investimento em ciência e tecnologia.

09. Modelo de gestão voltada para o resultado. 09. Falta de um planejamento estratégico para a
segurança pública.

10. Desigualdades salariais entre as categorias da


SEJUSP.

11. Falta de integração entre os órgãos da


segurança pública.

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8. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
PERPECTIVA FINANCEIRA

1. Fomentar captação de recursos.

2. Aperfeiçoar a aplicação de recursos.

3. Incrementar a receita orçamentária da segurança pública para custeio e


investimento.

PERSPECTIVA DO APRENDIZADO E DO CRESCIMENTO

4. Aperfeiçoar a formação e capacitação continuada.

5. Aprimorar a política de gestão de pessoas.

6. Adequar o efetivo dos órgãos.

7. Garantir a satisfação e valorização dos servidores.

PERSPECTIVA DOS PROCESSOS INTERNOS

8. Melhorar e ampliar a tecnologia da informação.

9. Garantir a disponibilidade de insumos, equipamentos e instalações físicas


adequadas à atividade de segurança pública.

10. Promover a gestão do conhecimento padronizando os procedimentos


administrativos e operacionais.

11. Estabelecer a gestão estratégica no âmbito da segurança pública.

12. Integrar ações e compartilhar informações dos órgãos da segurança pública.

13. Promover mecanismos de participação social.

PERSPECTIVA DA SOCIEDADE

14. Reduzir os índices de criminalidade.

15. Aumentar a confiança da sociedade em relação aos órgãos da segurança


pública.

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MAPA ESTRATÉGICO DA SECRETARIA DE


JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA DO AMAPÁ

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8.1. OBJETIVOS, INDICADORES E PORTFÓLIO DE PROJETOS E AÇÕES.

DELIMITAÇÃO DE PRAZOS:
Curto prazo: até 01 ano;
Médio prazo: de 01 a 03 anos;
Longo prazo: acima de 03 anos.

OBJETIVO ESTRATÉGICO 1: Fomentar captação de recursos.

INDICADOR: Aumento do percentual de captação de recursos externos para investimento e


custeio.

Curto Médio Longo Órgão


Projetos/ Ações
Prazo Prazo Prazo responsável

SEJUSP, PM, PC,


01. Criar e aprimorar escritórios de projetos nos
X BM, POLITEC,
órgãos de segurança pública. IAPEN e PROCON

SEJUSP, PM, PC,


02. Elaborar o Plano de Obras dos órgãos da BM, POLITEC,
X
segurança pública para o quadriênio. IAPEN e PROCON

SEJUSP, PM, PC,


03. Especializar servidores em elaboração de
X BM, POLITEC,
projetos e gestão de convênios.
IAPEN e PROCON

SEJUSP, PM, PC,


04. Elaborar e implementar programa de
X BM, POLITEC,
parcerias publico-privada. IAPEN e PROCON

SEJUSP, PM, PC,


05. Estabelecer plano de investimento nos BM, POLITEC,
X
órgãos de segurança pública. IAPEN e PROCON

SEJUSP, PM, PC,


06. Criar o Sistema de Monitoramento de Fontes
X BM, POLITEC,
de Recursos. IAPEN e PROCON

SEJUSP, PM, PC,


07. Promover a integração dos escritórios de BM, POLITEC,
X
projetos. IAPEN e PROCON

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PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA 2015 A 2018 59

OBJETIVO ESTRATÉGICO 2: Aperfeiçoar a aplicação de recursos.

INDICADOR: Nível do percentual de execução do orçamento.

Curto Médio Longo Órgão


Projetos/ Ações
Prazo Prazo Prazo responsável

SEJUSP, PM, PC,


08. Elaborar e implementar plano para BM, POLITEC,
X
priorização de despesas. IAPEN e PROCON

SEJUSP, PM, PC,


09. Implantar o sistema de monitoramento BM, POLITEC,
X
trimestral de execução do orçamento. IAPEN e PROCON

X SEJUSP, PM, PC,


10. Elaborar programa de otimização BM, POLITEC,
orçamentária. IAPEN e PROCON

OBJETIVO ESTRATÉGICO 3: Incrementar a receita orçamentária da segurança pública


para custeio e investimento.

INDICADOR: Índice do percentual do orçamento estadual para a segurança pública.

Curto Médio Longo


Projetos/ Ações Órgão
Prazo Prazo Prazo

SEJUSP, PM, PC,


11. Revisar e evitar a política de BM, POLITEC,
contingenciamento orçamentário dos órgãos da X IAPEN e PROCON
segurança pública.

SEJUSP, PM, PC,


12. Criar o Fundo Estadual da Segurança Pública BM, POLITEC,
fixando percentual orçamentário para custeio e X IAPEN e PROCON
investimento nos órgãos da segurança pública.

SEJUSP, PM, PC,


13. Aumentar o provisionamento orçamentário BM, POLITEC,
X IAPEN e PROCON
dos órgãos da segurança pública.

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PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA 2015 A 2018 60

OBJETIVO ESTRATÉGICO 4: Aperfeiçoar a formação e capacitação continuada.

INDICADORES: quantitativo de servidores treinados e capacitados; Assegurar a


socialização do conhecimento em todo o âmbito da segurança pública.

Curto Médio Longo Órgão


Projetos/ Ações
Prazo Prazo Prazo responsável

14. Estruturar parceria entre a SEJUSP e a SEJUSP


Escola de Administração Pública (EAP) para X
capacitação e qualificação dos servidores.

15. Garantir a formação e a capacitação SEJUSP, PM, PC,


continuada dos profissionais da segurança X BM, POLITEC,
pública. IAPEN e PROCON

SEJUSP, PM, PC,


16. Estabelecer critérios técnicos e isonômicos BM, POLITEC,
X
na seleção de pessoal para realização de cursos. IAPEN e PROCON

SEJUSP, PM, PC,


17. Implementar a filosofia de segurança
BM, POLITEC e
comunitária no ensino em todos os níveis da X
IAPEN.
segurança pública.

SEJUSP
18. Fortalecer a Academia Integrada de
Formação e Aperfeiçoamento (AIFA) melhorando
X
e ampliando a estrutura física, humana e
material.

19. Promover a formação integrada e de SEJUSP


X
excelência através da AIFA.

20. Elaborar e implantar o Programa Estadual de SEJUSP, PM, PC,


BM e POLITEC.
Formação e Capacitação Continuada atendendo X
os diversos órgãos da segurança pública.

21. Implantar o Comitê Pedagógico da segurança SEJUSP.


X
pública.

22. Integrar e fortalecer as coordenadorias ou SEJUSP, PM, PC,


diretorias de ensino das instituições da X BM, POLITEC,
IAPEN e PROCON
segurança pública.

23. Realizar cursos de CAO, CAOA e CSP no PM e BM


X
Estado.

24. Instituir o curso de nível superior em SEJUSP, PM, PC,


Tecnólogo em Segurança Pública em parcerias X BM, POLITEC,
IAPEN.
com as instituições de Ensino Superior.

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PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA 2015 A 2018 61

Curto Médio Longo


Projetos/ Ações Órgão
Prazo Prazo Prazo

25. Elaborar e implantar a lei de ensino militar, PM e BM


visando reconhecer os diversos cursos realizados X
nas corporações.

26. Implementar o Curso de Formação de Oficiais PM e BM


X
PM/BM no Estado.

27. Transformar a AIFA em Instituto. X SEJUSP

OBJETIVO ESTRATÉGICO 5: Aprimorar a política de gestão de pessoas.

INDICADORES: Nível de desempenho dos servidores; Índice de eficiência e eficácia da


apuração por desvios de condutas.

Curto Médio Longo Órgão


Projetos/ Ações
Prazo Prazo Prazo responsável

SEJUSP, PM, PC,


28. Implantar e ampliar um sistema de
BM, POLITEC,
mapeamento e gestão dos recursos humana pela X IAPEN e PROCON
competência.

SEJUSP, PM, PC,


29. Elaborar e implementar programa de gestão BM, POLITEC,
X
de pessoas. IAPEN e PROCON

SEJUSP, PM, PC,


30. Realizar pesquisa anual de clima
X BM, POLITEC,
organizacional.
IAPEN e PROCON

SEJUSP, PM, PC,


31. Fortalecer a hierarquia e a disciplina nas
X BM, POLITEC,
instituições de segurança pública. IAPEN e PROCON

32. Criar e implantar programa para promoção da SEJUSP, PM, PC,


BM, POLITEC,
saúde física e mental dos servidores de X
IAPEN e PROCON
segurança pública.

33. Implantar projeto de orientação e SEJUSP, PM, PC,


BM, POLITEC,
monitoramento de servidores com denúncias por X
IAPEN e PROCON
desvios de conduta.

PM, PC, BM e
34. Criar um sistema integrado de assistência POLITEC
X
biopsicossocial para os servidores.

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PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA 2015 A 2018 62

Curto Médio Longo Órgão


Projetos/ Ações
Prazo Prazo Prazo responsável

PM e BM
35. Criar e implantar o Código de Ética e
X
Disciplina dos militares estaduais.

SEJUSP, PM, PC,


36. Criação de uma Corregedoria Integrada
X BM e POLITEC
(única) e independente

OBJETIVO ESTRATÉGICO 6: Adequar o efetivo dos órgãos.

INDICADORES: Quantitativo do efetivo dos órgãos da segurança pública; Índice de


servidores com desvios de funções.

Curto Médio Longo Órgão


Projetos/ Ações
Prazo Prazo Prazo responsável

37. Elaborar e implementar Plano de PM, PC, BM e


recompletamento de efetivo dos órgãos da X POLITEC
segurança pública.

38. Elaborar e implantar programa de adequação PM, PC, BM e


X POLITEC
do quadro de servidores dos órgãos.

39. Minimizar os desvios de funções dos PM, PC, BM e


X POLITEC
servidores.

40. Elaborar estudos para criação de concurso PM e BM


X
público regionalizado nas corporações militares

SEJUSP
41. Criar o quadro de efetivo da SEJUSP. X

PROCON
42. Criar o quadro de efetivo do PROCON. X

43. Elaborar e implantar projeto de reconvocação PM, BM, PC e


de servidores da reserva/aposentado para X POLITEC
serviços administrativos.

PM e BM
44. Instituir o serviço militar voluntário. X

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PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA 2015 A 2018 63

OBJETIVO ESTRATÉGICO 7: Garantir a satisfação e valorização dos servidores.

INDICADOR: Nível de satisfação e reconhecimento do servidor.

Curto Médio Longo Órgão


Projetos/ Ações
Prazo Prazo Prazo responsável

PM e BM
45. Regulamentar direitos previstos no Estatuto
dos Militares, tais como a venda da licença
X
especial, a hora extra remunerada, a lei de
promoção dos militares entre outros.

SEJUSP, PM, PC,


46. Elaborar estudos e instituir programa de BM, POLITEC,
similaridade salarial dos órgãos de segurança IAPEN e PROCON
X
pública visando à valorização e reconhecimento
do servidor.

47. Elaborar, revisar e/ou atualizar planos de PC, POLITEC e


IAPEN
carreira dos servidores da Polícia Civil, da Polícia X
Técnico-Científica e do IAPEN.

48. Regularizar e atualizar os processos de SEJUSP, PM, PC,


pagamento de ajudas de custo, translados de X BM, POLITEC,
bagagem, diárias entre outros. IAPEN e PROCON

SEJUSP, PM, PC,


49. Realizar estudos para atualizar o valor das BM, POLITEC,
X
diárias dos servidores. IAPEN e PROCON

50. Criar o Plano Habitacional para os SEJUSP, PM, PC,


BM, POLITEC,
profissionais da segurança pública através de X
IAPEN e PROCON
linha de crédito.

51. Criar premiação por desempenho ou SEJUSP, PM, PC,


BM, POLITEC,
produtividade visando ao reconhecimento de X
IAPEN e PROCON
mérito e a atuação finalística de sucesso.

SEJUSP, PM, PC,


52. Criar gratificação ou mecanismos de
BM, POLITEC,
compensação para os profissionais que estejam
X IAPEN e PROCON
exercendo função de monitor ou instrutor nos
centros de formação ou capacitação.

53. Implantar o Colégio Militar. X PM e BM

PM e BM
54. Implantar o Hospital Militar. X

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PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA 2015 A 2018 64

OBJETIVO ESTRATÉGICO 8: Melhorar e ampliar a tecnologia da informação.

INDICADORES: Quantitativo de inovações tecnológicas na segurança pública; Índice de


integração dos sistemas de informação da segurança pública; Nível da qualidade da
informação.

Curto Médio Longo Órgão


Projetos/ Ações
Prazo Prazo Prazo responsável

55. Melhorar e ampliar o sistema de informação e SEJUSP, PM, PC,


BM, POLITEC
comunicação do Centro Integrado de Operações X
de Defesa Social (CIODES).

56. Melhorar e modernizar a qualidade dos SEJUSP, PM, PC,


BM, POLITEC,
sistemas de informação e de comunicação dos X
IAPEN e PROCON
órgãos.

57. Implantar projeto de integração e unificação SEJUSP


das bases de dados (registro de ocorrências X
único).

SEJUSP, PM, PC,


58. Elaborar e implementar projeto de aquisição BM, POLITEC,
X
de equipamentos tecnológicos. IAPEN e PROCON

SEJUSP, PC e
59. Modernizar a investigação criminal. X
POLITEC

60. Modernizar os equipamentos de controle e IAPEN


X
segurança do IAPEN.

61. Manter e ampliar o sistema de monitoramento SEJUSP e PM


X
por câmeras na capital.

62. Implementar sistema de georeferenciamento SEJUSP, PM, PC,


X BM, POLITEC
da informação.

SEJUSP, PM, PC,


63. Informatizar o controle de protocolo dos BM, POLITEC,
X
órgãos da segurança pública. IAPEN e PROCON

64. Elaborar e implementar projetos de total SEJUSP, PM, PC,


BM, POLITEC,
informatização dos processos administrativos e X
IAPEN e PROCON
operacionais dos órgãos.

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PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA 2015 A 2018 65

OBJETIVO ESTRATÉGICO 9: Garantir a disponibilidade de insumos, equipamentos e


instalações físicas adequadas à atividade de segurança pública.

INDICADOR: Quantitativo de disponibilidade de logística adequada e suficiente para os


operadores da segurança pública.

Curto Médio Longo Órgão


Projetos/ Ações
Prazo Prazo Prazo responsável

SEJUSP e PC
65. Reativar os CIOSP’s dos bairros Congós e
X
Novo Horizonte.

SEJUSP, PM, PC,


66. Elaborar e implementar Projetos de Gestão BM, POLITEC,
X
de combustível nos órgãos de segurança pública. IAPEN e PROCON

SEJUSP, PM, PC,


67. Reaparelhamento dos órgãos de segurança
X BM, POLITEC,
pública de forma adequada e suficiente. IAPEN e PROCON

SEJUSP, PM, PC,


68. Elaborar e implementar Plano de atualização
BM, POLITEC,
permanente para aquisição de equipamentos de
X IAPEN e PROCON
proteção individual (EPI), materiais e mobiliário
em cada órgão.

69. Criar delegacias especializadas tais como: SEJUSP e PC


X
turista, idoso, tecnologia da informação e virtual.

SEJUSP e PC
70. Criar novas delegacias na capital e interior. X

71. Elaborar e implementar programas de SEJUSP, PM, PC,


BM, POLITEC,
adequação e manutenção da frota de veículos X
IAPEN e PROCON
dos órgãos.

72. Elaborar e implementar planos para aquisição SEJUSP, PM, PC e


IAPEN
de armamentos e munições letais e menos letais X
de forma adequada e suficiente.

SEJUSP
73. Reativar o Grupo Tático Aéreo (GTA). X

SEJUSP, PM e
74. Construir, reformar e reestruturar quarteis da
X BM
Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

75. Elaborar e implementar projetos para criação, PM


ampliação e reestruturação de policiamentos X
especializados da Polícia Militar.

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PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA 2015 A 2018 66

Curto Médio Longo Órgão


Projetos/ Ações
Prazo Prazo Prazo responsável

76. Construir, modernizar e reformar SEJUSP, PM, PC,


infraestruturas físicas em todos os órgãos da X BM, POLITEC,
segurança pública por meio do Plano de Obras. IAPEN e PROCON

77. Construir e garantir infraestruturas físicas das SEJUSP e PM


X
bases comunitárias.

78. Ampliar e modernizar modalidades SEJUSP, PM, PC,


operacionais por meio do emprego de vetores X BM e POLITEC.
aéreo e fluvial.

79. Construir e estruturar cadeias públicas e IAPEN


presídios em Macapá, Laranjal do Jari e Porto X
Grande.

OBJETIVO ESTRATÉGICO 10: Promover a gestão do conhecimento padronizando os


procedimentos administrativos e operacionais.

INDICADORES: Quantitativo a perda de conhecimento; Quantitativo prazos para finalizar


processos ou procedimentos; Nível de difusão do conhecimento.

Curto Médio Longo Órgão


Projetos/ Ações
Prazo Prazo Prazo responsável

SEJUSP, PM, PC,


80. Elaborar e implantar Procedimentos
BM, POLITEC,
Administrativos Padrão (PAP) e Procedimentos IAPEN e PROCON
X
Operacionais Padrão (POP) nos órgãos da
segurança pública.

81. Inserir os PAP’s e POP’s nos conteúdos SEJUSP, PM, PC,


BM, POLITEC,
programáticos dos cursos de formação e X
IAPEN e PROCON
capacitação dos órgãos.

SEJUSP, PM, PC,


82. Revisar e atualizar os procedimentos padrões BM, POLITEC,
X
para as instituições que já os possuem. IAPEN e PROCON

SEJUSP, PM, PC,


83. Revisar as normas para ações integradas das
X BM, POLITEC,
instituições de segurança pública. IAPEN e PROCON

SEJUSP, PM, PC,


84. Confeccionar manuais e apostilas contendo
X BM, POLITEC,
os PAP’s e POP’s.
IAPEN e PROCON

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PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA 2015 A 2018 67

Curto Médio Longo Órgão


Projetos/ Ações
Prazo Prazo Prazo responsável

SEJUSP, PM, PC,


85. Divulgar aos servidores de todo o Estado a
X BM, POLITEC,
padronização dos conhecimentos elaborados.
IAPEN e PROCON

86. Instituir premiação pecuniária ou não para as SEJUSP, PM, PC,


melhores praticas administrativas e operacionais X BM, POLITEC,
nas áreas de segurança pública. IAPEN e PROCON

OBJETIVO ESTRATÉGICO 11: Estabelecer a gestão estratégica no âmbito da segurança


pública.

Indicador: Nível de alcance dos objetivos estratégicos e ações.

Curto Médio Longo Órgão


Projetos/ Ações
Prazo Prazo Prazo responsável

87. Alinhar o Plano Estadual ao plano plurianual, SEJUSP


ao orçamento anual, à lei de diretrizes
X
orçamentárias e às demais linhas estratégicas do
Estado.

88. Implantar sistema de monitoramento e SEJUSP


X
avaliação trimestral das ações planejadas.

89. Criar coordenadorias de acompanhamento do SEJUSP, PM, PC,


BM, POLITEC,
planejamento de gestão estratégica dos órgãos X
IAPEN e PROCON
da segurança pública.

90. Reestruturar a Coordenadoria de Programas SEJUSP


e Projetos (CPP) da SEJUSP alinhando-a aos
X
objetivos dos escritórios de projetos dos órgãos
de segurança pública.

SEJUSP, PM, PC,


91. Disseminar a cultura de planejamento no BM, POLITEC,
X
âmbito da segurança pública. IAPEN e PROCON

92. Incluir nos cursos de formação e qualificação SEJUSP, PM, PC,


BM, POLITEC,
disciplinas sobre gestão e planejamento X
IAPEN e PROCON
estratégico e gestão administrativa.

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PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA 2015 A 2018 68

OBJETIVO ESTRATÉGICO 12: Integrar ações e compartilhar informações dos órgãos da


segurança pública.

INDICADORES: Nível de integração entre órgãos; Diminuir a quantidade de não


conformidade de informações estatísticas;.

Curto Médio Longo Órgão


Projetos/ Ações
Prazo Prazo Prazo responsável

93. Criar o centro de comando e controle SEJUSP


X
(gabinete de crise) da SEJUSP.

94. Manter e fortalecer as ações de investigação PC


X
de ilícitos penais.

SEJUSP, PM e PC.
95. Capacitar continuamente profissionais que
X
atuam nas atividades de inteligência.

SEJUSP
96. Fortalecer o Gabinete de Gestão Integrada
X
(GGI).

SEJUSP
97. Definir um marco legal para a gestão
X
integrada.

SEJUSP, PM, PC,


98. Promover a articulação política
X BM, POLITEC,
interinstitucional e interação com outros poderes. IAPEN e PROCON

99. Proporcionar o compartilhamento de SEJUSP, PM, PC e


IAPEN.
informações dos núcleos de inteligência dos X
órgãos de segurança pública.

100. Estruturar e ampliar a Coordenadoria de SEJUSP


Inteligência e Operações (CIOP) através da
X
integração dos serviços de inteligência na
SEJUSP.

SEJUSP, PM, PC,


101. Criar o Comitê de Avaliação do
BM e POLITEC.
Desempenho Operacional no âmbito da X
segurança pública.

SEJUSP
102. Implantar o Gabinete Móvel de Comando e
X
Controle.

103. Aquisição de viaturas técnicas operacionais SEJUSP, PM e PC.


X
para o emprego nas atividades de inteligência.

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PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA 2015 A 2018 69

OBJETIVO ESTRATÉGICO 13: Promover mecanismos de participação social.

INDICADOR: Índice da população atendida com ações de segurança comunitária.

Curto Médio Longo Órgão


Projetos/ Ações
Prazo Prazo Prazo responsável

104. Implantar um programa nos meios de SEJUSP, PM, PC,


comunicação para divulgação dos serviços de X BM, POLITEC,
segurança pública. IAPEN e PROCON.

SEJUSP, PM, PC,


105. Utilizar redes sociais para divulgação das
X BM, POLITEC,
ações. IAPEN e PROCON.

106. Fortalecer a participação social na defesa PROCON


X
dos consumidores.

107. Elaborar programas de capacitação na BM


X
Defesa Civil com a participação da sociedade.

108. Elaborar e implementar projeto para SEJUSP, PM, PC,


X BM e IAPEN.
fomentar a participação social.

OBJETIVO ESTRATÉGICO 14: Reduzir os índices de criminalidade.

INDICADOR: Taxas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) e Crimes Violentos


contra o Patrimônio (CVP).

Curto Médio Longo Órgão


Projetos/ Ações
Prazo Prazo Prazo responsável

109. Implementar planos de policiamento PM


X
específico.

110. Implantar programa de atenção especial às SEJUSP, PM e PC.


fronteiras, às zonas de adensamento
X
demográfico, às zonas portuárias e às áreas
críticas urbanas.

111. Implementar políticas de prevenção e SEJUSP, PM e PC.


combate ao tráfico de drogas ilícitas, de armas e X
de pessoas.

112. Reforçar a presença ostensiva do PM


X
policiamento.

SEJUSP, PM, PC,


113. Reduzir a vitimização das pessoas. X BM, POLITEC,
IAPEN e PROCON

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PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA 2015 A 2018 70

OBJETIVO ESTRATÉGICO 15: Aumentar a confiança da sociedade em relação aos


órgãos da segurança pública.

INDICADOR: Nível de satisfação e confiança da sociedade com os serviços prestados pelos


órgãos de segurança pública.

Curto Médio Longo Órgão


Projetos/ Ações
Prazo Prazo Prazo responsável

SEJUSP, PM e PC.
113. Fortalecer os Conselhos Comunitários
X
através da filosofia de segurança comunitária.

SEJUSP
114. Realizar anualmente pesquisa de satisfação. X

115. Manter um relacionamento construtivo com SEJUSP, PM e PC.


X
movimentos sociais de relevância.

SEJUSP, PM, PC,


116. Melhorar e Ampliar os projetos sociais dos BM, POLITEC,
X
órgãos de segurança pública. IAPEN e PROCON.

117. Diminuir o tempo de resposta dos SEJUSP, PM, PC,


BM e POLITEC.
atendimentos de emergências, incluindo os X
atendimentos periciais da POLITEC.

118. Efetivar a política de descentralização de SEJUSP, PM, PC e


X BM.
segurança comunitária.

119. Elevar o esclarecimento dos crimes e sua PM, PC e


X POLITEC.
autoria para a responsabilização penal.

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PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA 2015 A 2018 71

9. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO.
O efetivo monitoramento das ações e a avaliação dos resultados
alcançados são fundamentais para que gestão estratégica da organização
mantenha o foco nas prioridades, dessa forma, otimizando a aplicação de
recursos, evitando desperdícios e auxiliando nas tomadas de decisões.
Na administração pública onde a maioria dos recursos está no conjunto
dos gastos, o orçamento que a mesma dispõe é um dos principais entraves na
execução do presente Plano. Por isso, é necessário que haja agregação desses
recursos e de competências ao portfólio de projetos e, com o monitoramento e a
avaliação em tempo real, busca-se acelerar a execução das ações e contribuir
para obter os resultados pactuados.
O próprio sistema de monitoramento e avaliação por meio da
mensuração e interpretação periódica dos resultados já são ferramentas
importantes de integração e coordenação das ações, na medida em que todos os
atores envolvidos visualizam nitidamente as demais ações e formulam medidas
corretivas e preventivas, quando necessárias, criando um canal de comunicação
dos resultados.
A coordenação geral do Plano Estadual de Segurança Pública será
feita pelo Secretário de Justiça e Segurança Pública. O monitoramento será feito
em conjunto com os gestores de cada Instituição que obedecerá as seguintes
etapas:
a) Monitoramento por Instituição: Serão realizadas reuniões internas
a cada três meses com o titular de cada Instituição e seus gestores onde será
apresentado o andamento das ações do Plano Estratégico da própria Instituição
através de uma avaliação sistemática dos resultados, sendo produzido um
relatório final o qual será encaminhado ao Coordenador Geral.
b) Monitoramento do Plano: Serão realizadas reuniões a cada quatro
meses pelo Secretário de Justiça e Segurança Pública para alinhar os objetivos
do plano às metas alcançadas por cada Instituição. Nessa instância serão
avaliadas a eficiência e eficácia das ações, visando possíveis finalizações,
modificações ou proposições de novas ações.

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PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA 2015 A 2018 72

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS


O presente trabalho é fruto de um momento histórico na forma de
pensar e agir frente às problemáticas da segurança pública no Estado do Amapá.
Diante de um quadro de insegurança coletiva e medo provocado pelo fenômeno
da violência e da criminalidade, nasce a oportunidade de pôr em prática uma
sólida estratégia organizacional de redução desses números com ações voltadas
para o fortalecimento e eficiência das instituições de segurança.
A realização do diagnóstico dos ambientes interno e externo levando
em consideração os pontos fortes e fracos, bem como oportunidades e ameaças,
objetivou evidenciar as variáveis de cada instituição da segurança pública, e como
consequência buscou-se planejar o desenvolvimento de cada uma delas com a
concentração de esforços e recursos, a fim de alcançar o futuro desejado.
O desafio de organizar e congregar um plano estratégico permeado por
inúmeros atores e estruturas complexas que compartilham de uma mesma
missão, porém, com culturas e interesses próprios, significou o primeiro passo de
um longo caminho que tem sua forma embrionária materializada nesta ferramenta
idealizadora. A aproximação e a disseminação entre todos os operadores da
segurança pública deste projeto têm como objetivo único e maior, qual seja,
“garantir segurança pública à sociedade amapaense de forma integrada,
eficiente e com respeito aos direitos fundamentais, visando o pleno
exercício da cidadania”.
O desdobramento deste plano, com detalhamento de ações, bem como
planejamentos peculiares e específicos, ficará a cargo de cada instituição da
segurança pública. A partir deste marco inicial, os demais órgãos elaborarão seus
planejamentos estratégicos, especificando as ações que serão percorridas até
alcançar os resultados almejados.
Vale observar que todo este trabalho está alinhado ao Plano Plurianual
com possibilidades de mudanças e adaptações, haja vista a consciência das
dificuldades orçamentárias e estruturais vividas pela administração pública. Esse
acompanhamento será feito com o emprego de técnicas de monitoramento,
controle e avaliação permanente, pois elas representam o ponto chave para a
implementação da gestão estratégica, sem a qual não se poderão mensurar os
resultados obtidos.

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PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA 2015 A 2018 73

11. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

AMAPÁ. Constituição do Estado do Amapá. Macapá: Assembleia Legislativa,


2015.

_____. Boletim Geral n. 045/2015-PMAP. Macapá: Polícia Militar do Amapá,


2015.

_____. Decreto Lei n. 175/1991-GEA. Macapá: Poder Executivo, 2015.

_____. Lei Complementar n. 0085/2014-GEA. Macapá: Assembleia Legislativa,


2015.

_____. Lei Ordinária n. 0025/1992-GEA. Macapá: Assembleia Legislativa, 2015.

_____. Lei Ordinária n. 0035/1992-GEA. Macapá: Assembleia Legislativa, 2015.

_____. Lei Ordinária n. 0135/1993-GEA. Macapá: Assembleia Legislativa, 2015.

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