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Professora: Aurilene

Aluno: Lucca Meira Ferreira nº 23


Turma: 3ºC

ARTE JAPONESA

Todas as obras de arte realizadas no Japão desde o assentamento dos primeiros habitantes, por volta do X milênio a.C.,
até a atualidade.
Otani Oniji como Eitoku é uma das numerosas gravações feitas em madeira por Toshusai Sharaku entre 1794 e 1795,
durante o período Edo. Representa um ator de kabuki pintado no estilo Ukiyo-e (mundo flutuante). As gravações em
madeira alcançaram seu ponto máximo na arte japonesa nos séculos XVIII e XIX.
Historicamente, o Japão esteve sujeito a súbitas invasões de idéias novas procedentes do estrangeiro, seguidas por longos
períodos de contato mínimo com o mundo exterior. Ao longo do tempo, os japoneses tem desenvolvido a habilidade de
absorver, imitar e acabar por assumir os elementos da cultura estrangeira que serviam para complementar suas
preferências estéticas. As manifestações artísticas mais antigas que se desenvolveram no Japão datam dos séculos VII e
VIII e estão relacionadas com o budismo.
O Byodo-in, templo budista Amida de Uji, próximo a Kioto, foi concluído no ano de 1053. Nele, destaca-se o Ho-o-do
(Salão da Fênix), que contém uma grande figura de Amida dourada em madeira, feita pelo escultor Jocho. O Ho-o-do
foi, a princípio, uma casa de campo aristocrática. Em 1053, quando foi construído o resto do edifício, transformou-se
em monastério.
No século IX, o Japão começou a abandonar a influência chinesa e a desenvolver formas de expressão próprias; de forma
gradual, foi ganhando importância a arte profana, que continuou florescendo, junto à religiosa, até ò fim do século XV.
Em conseqüência da Guerra Onin (1467-1477), o país entrou num período de desorganização política, social e
econômica, que se prolongou durante quase um século. Sob o mandato da dinastia Tokugawa (ou Edo, 1603-1867),
diminuiu o protagonismo da religião na vida diária e as artes que sobreviveram foram basicamente as profanas.
Seáhu, artista e sacerdote zen-budista, foi um dos artistas mais importantes do período Muromachi (1339-1573). No
século XV, pintou Falcões e garças, em que se observa a influência chinesa do estilo monocromático. Suas delicadas
composições paisagísticas e sua pincelada espontânea refletem o domínio de Seáhu do estilo chinês Ma-Xia.
O pincel é o meio de expressão artística preferido dos japoneses, que praticam a pintura e a caligrafia tanto no plano
profissional, quanto também como passatempo. Até os tempos modernos, sempre se utilizava o pincel, e não a pluma,
para escrever. Para os artistas, a escultura era um meio de expressão muito menos eficaz; a maior parte dela está
relacionada com a religião e sua importância diminuiu com a decadência do budismo tradicional. Já a cerâmica japonesa
é uma das mais belas do mundo e a esta modalidade artística pertencem muitos dos objetos japoneses mais antigos que
se conhecem. Quanto à arquitetura, revela claramente as preferências japonesas pelos materiais naturais, assim como a
interação do espaço interior com o exterior.
A principal característica da arte japonesa é sua polaridade. Por exemplo, na cerâmica dos períodos pré-históricos, a
excessividade deu lugar a uma arte disciplinada e refinada. Da mesma maneira, há duas estruturas do século XVI,
radicalmente distintas: o palácio de Katsura, perto de Kyoto, é uma mostra da simplicidade das linhas, nas quais se
destacam as madeiras naturais e a integração com os jardins circundantes, com o que sua beleza foi conseguida quase
por acaso; em contraste, o templo-santuário mausoléu de Toshogu, no monte Nikko, é uma estrutura rigidamente
simétrica, com relevos coloridos que cobrem toda a superfície visível.
A arte japonesa valoriza-se não só por sua simplicidade, mas também pela exuberância de seu colorido, e tem exercido
uma considerável influência sobre a pintura e a arquitetura ocidentais dos séculos XIX e XX, respectivamente.

Arte Jomon e Yayoi

A primeira civilização importante foi a dos jomon (c. 7000-250 a.C.), fabricavam pequenas figuras de argila,
chamadas dogu, e vasilhas decoradas com motivos parecidos com uma corda, que deram origem a seu nome. Os jarros
jomon, que costumam ter complicadas formas flamíferas, são as mais antigas peças de cerâmica conhecidas do mundo.
A onda de imigrantes que se seguiu foi a dos yayoi. Chegaram ao Japão no ano 350 a.C., levando seus conhecimentos
em matéria de cultivo do arroz mediante a rega e suas técnicas em metais para a fabricação de armas de cobre
(doboko) e campainhas de bronze (dotaku) e de objetos de cerâmica com o torno e o cozimento no forno.

Arte Kofun ou dos Grandes Túmulos

A terceira etapa da pré-história japonesa é o período Kofun ou dos grandes túmulos (c. 250 a.C.-552 de nossa era), por
ser de imponentes estruturas com um enorme volume. O maior de todos, a tumba de Nintoku, tem uns 460 m de largura
e mais de 30 m de altura.

Arte Asuka e Naka

Durante os períodos Asuka e Nara, produziu-se no Japão a primeira influência importante da cultura procedente do
continente asiático. A introdução do budismo no ano 552 ou 558, vindo da Coréia, proporcionou um empurrão inicial
para os contatos entre Coréia, China e Japão. Os japoneses, então, aprenderam que também a cultura chinesa tinha muitas
facetas que podiam ser incorporadas à deles de forma proveitosa, como um sistema para expressar as idéias e os sons
por meio de símbolos escritos, a historiografia, as complexas teorias de governo, uma burocracia efetiva e, o mais
importante para a arte, uma avançada tecnologia na área da construção, os métodos avançados de fundir o bronze e as
novas técnicas e materiais de pintura.
As primeiras construções budistas, que ainda se conservam no Japão — e que são os edifícios de madeira mais antigos
do Extremo Oriente — encontram-se no templo de Horyuji, um complexo religioso a sudoeste de Nara.

Arte Heian

O período Heian abrange de 794 a 1185, ano em que terminou a Guerra Civil Gempei. A partir de então, o período se
divide em Heian primitivo e Heian posterior. Como reação ante aos crescentes poder e riqueza do budismo organizado
em Nara, o sacerdote Kukai (denominado postumamente Kobo Daishi) viajou à China para estudar o Xingon, uma
variedade mais rigorosa de budismo, que introduziu no Japão em 806. A base do culto Xingon são os mandala, ou
diagramas do universo espiritual; o kongokai, ou mapa dos inumeráveis mundos do budismo; e o taizokai, ou
representação pictórica dos reinos do universo budista.
Os templos dessa nova seita foram erigidos nas montanhas, longe da corte e da capital mundana. O templo que melhor
refletia o espírito dos santuários xingon do Heian primitivo é o Murö-ji (do início do século IX), escondido num bosque
de ciprestes numa montanha a sudeste de Nara.

Arte Fujiwara

No período Fujiwara, propagou a seita da Terra Pura, que oferecia salvação fácil por meio da fé em Amida (o Buda do
Paraíso ocidental). Não se necessitava nada mais: nem templos, nem monastérios, nem rituais, nem clero.
O exemplo mais característico da era Fujiwara é o Ho-o-do (Salão da Fênix, terminado em 1053) do templo Byodoin,
em Uji, a sudeste de Kioto.
Durante o último século do período Heian, começaram a se destacar também os emaki, rolos horizontais que narravam
histórias ilustradas. Um dos exemplos mais importantes da pintura japonesa são as ilustrações da História de Genjii,
feitas em 1130 para um conto, do ano 1000, da escritora Murasaki Shikibu.

Arte Kamakura

Em 1180 a Guerra Civil Gempei estourou entre dois clãs militares, os Taira e os Minamoto. Cinco anos mais tarde,
Minamoto no Yorimoto, à frente de sua facção, conseguia a vitória e estabelecia seu governo no povoado costeiro de
Kamakura, onde permaneceu até 1333. Com a passagem do poder da nobreza para a classe guerreira, a arte era destinada
a um público novo: soldados, homens dedicados aos ofícios e técnicas relacionados com a guerra, sacerdotes
encarregados de difundir o budismo entre os plebeus iletrados e, por fim, aos conservadores, grupo no qual se encontrava
a nobreza e alguns membros do sacerdócio que lamentavam o debilitado poder da corte. Essas circunstâncias influíram
na arte do período Kamakura, que se caracterizava por sua mistura de realismo, tendência à vulgaridade e ressurgimento
do clássico.
O Kegon Engi Emaki — história ilustrada da fundação da seita Kegon — é um excelente exemplo da tendência da
pintura kamakura para o popular.

Arte Muromachi

Durante o período Muromachi (1338-1573), chamado também período Ashikaga, por ser este o nome do clã militar
governante, operou-se uma profunda mudança na cultura japonesa. O clã se fez encarregado do shogunato e voltou a
instalar a sede do governo na capital, no distrito de Muromachi de Kioto, o que significou o fim das tendências populares
do período Kamakura e a adoção de formas culturais de expressão mais aritocráticas e elitistas.
O budismo Zen, através da seita Ch’an, que, segundo a tradição, foi fundada na China no século VI, pela segunda vez
se instalou no Japão, onde se arraigou. Incrementou-se a importação de pinturas e objetos de arte chineses. Estas novas
correntes artísticas exerceram uma profunda influência sobre os artistas japoneses que trabalhavam para os templos Zen
e para o shogunato, não só no tocante aos temas, como no uso da cor, que passou do brilho do estilo yamato-e aos tons
monocromáticos característicos da escola chinesa.
Um exemplo típico da pintura primitiva Muromachi é a obra do sacerdote e pintor Kao (ativo em princípios do século
XV) em que o legendário monge Kensu (Xianzi, em chinês) é representado no momento de sentir-se iluminado.

Outra novidade importante da época é a cerimônia do chá. Sua finalidade era passar o tempo com os amigos amantes
das artes, liberando a mente das preocupações da vida cotidiana.

Arte Momoyama

No período Momoyama (1573-1603), depois de quase um século de guerra, uma sucessão de chefes militares intentaram
levar a paz e a estabilidade política ao Japão. Entre eles, Oda Nobunaga, Toyotomi Hideyoshi e Tokugawa Ieyasu,
fundador da dinastia que leva seu nome.
O castelo de Himeji (cuja forma atual foi construída em 1609), conhecido popularmente como castelo da Garça Branca,
é uma das construções mais belas do período Momoyama, com seus telhados graciosamente curvados e suas três torres
subsidiárias ao redor do tenshu (torre da homenagem). O Ohiroma do Castelo de Nijo (século XVII) em Tokio, constitui
um exemplo clássico de shoin, com seu tokonoma (nicho), a janela que se abre sobre um jardim bem cuidado e as zonas
claramente diferenciadas para os senhores Tokugawa e seus vassalos.
A escola de pintura mais importante do período Momoyama foi a de Kano e a maior inovação da época, a fórmula ideada
por Kano Eitoku para decorar com paisagens monumentais as portas corrediças dos interiores das casas. A melhor mostra
de sua obra é, talvez, a decoração do salão principal, que dá para o jardim, do Juko-in, no subtemplo de Daitoku-ji
(templo Zen de Kioto).

Arte do período Edo

O shogunato Tokugawa do período Edo foi feito com o indiscutível controle do governo em 1603, comprometendo-se
a dar ao país paz e estabilidades econômica e política, o que conseguiu em grande parte. Uma das características
dominantes do período Edo foi a política repressiva do shogunato e os esforços dos artistas para escaparem das medidas
restritivas, que chegavam a impedir a entrada dos estrangeiros e de suas culturas, a decretar a política isolacionista do
Lapós (sakotu-rei) em 1639 e a impor estritos códigos de comportamento.
Dessa época são o palácio Imperial de Katsura, em Kioto, e as pinturas de Sotatsu, pioneiro da escola de Rimpa, que
constituem belos exemplos do estilo arquitetônico e pictórico japonês.
A escola artística mais conhecida no Ocidente é a de Ukiyo-e, de pintura e de gravações em madeira, cujos temas são as
mulheres de vida alegre, o mundo do teatro kabuki e o bairro dos bordéis.
O principal expoente do estilo Ukiyo-e no século XIX foi Hokusai, que dedicou sua longa vida a pintar e a gravar com
brilhantismo paisagens, figuras e todo o tipo de cenas, destacando sua Onda quebrando em Kanagawa, que integra as
Trinta e seis vistas do monte Fuji, uma das obras mais conhecidas da arte japonesa.

ARTE AFRO-BRASILEIRA
A arte africana representa os usos e costumes das tribos africanas. O objeto de arte é funcional e expressam muita sensibilidade.
Nas pinturas, assim como nas esculturas, a presença da figura humana identifica a preocupação com os valores étnicos, morais e
religiosos. A escultura foi uma forma de arte muito utilizada pelos artistas africanos usando-se o ouro, bronze e marfim como matéria
prima. Representando um disfarce para a incorporação dos espíritos e a possibilidade de adquirir forças mágicas, as máscaras têm
um significado místico e importante na arte africana sendo usadas nos rituais e funerais. As máscaras são confeccionadas em barro,
marfim, metais, mas o material mais utilizado é a madeira. Para estabelecer a purificação e a ligação com a entidade sagrada, são
modeladas em segredo na selva. Visitando os museus da Europa Ocidental é possível conhecer o maior acervo da arte antiga africana
no mundo.

História
As origens da história da arte africana está situada muito antes da história registrada. A arte africana em rocha no Saara, em Níger,
conserva entalhes de 6000 anos.[1] As esculturas mais antigas conhecidas são dos Nok cultura da Nigéria,500 d.C.. Junto com a
África Subsariana, as artes culturais das tribos ocidentais, artefatos do Egito antigo, e artesanatos indígenas do sul também
contribuíram grandemente para a arte africana. Muitas vezes, representando a abundância da natureza circundante, a arte foi muitas
vezes interpretações abstratas de animais, vida vegetal, ou desenhos naturais e formas. Métodos mais complexos de produção de
arte foram desenvolvidos na África Subsaariana, por volta do século X, alguns dos mais notáveis avanços incluem o trabalho de
bronze do Igbo Ukwu e a terracota e trabalhos em metal de Ife|Ile Ife fundição em bronze e , muitas vezes ornamentados com marfim
e pedras preciosas, tornou-se altamente prestigiado, em grande parte da África Ocidental, às vezes sendo limitado ao trabalho dos
artesãos e identificado com a Família real|realeza, como aconteceu com os Bronzes do Benim.

Arte africana na atualidade

Muitas das chamadas artes tradicionais da África estão sendo ainda trabalhadas, entalhadas e usadas dentro de contextos
tradicionais. Mas, como em todos os períodos da arte, importantes inovações também têm sido assimiladas, havendo uma
coexistência dos estilos e modos de expressão já estabelecidos com essas inovações que surgem. Nos últimos anos, com o
desenvolvimento dos transportes e das comunicações dentro do continente, um grande número de formas de arte tem sido
disseminado por entre as diversas culturas africanas.A arte Africana tem uma coisa interessante. Você pode achar semelhança
entre dois países sem eles se assemelharem.
Além das próprias influências africanas, algumas mudanças têm sua origem em outras civilizações. Por exemplo, a arquitetura e
as formas islâmicas podem ser vistas hoje em algumas regiões da Nigéria, em Mali, Burkina Faso e Niger. Alguns desenhos e
pinturas do leste indiano têm bastante similaridade em suas formas com as esculturas e máscaras de artistas dos povos Dibibio e
Efik que se estabelecem ao sul da Nigéria. Temas cristãos também tem sido observados nos trabalhos de artistas contemporâneos,
principalmente em igrejas e catedrais africanas. Vê-se ainda na África, nos últimos anos, um desenvolvimento de formas e
estruturas ocidentais modernas, como bancos, estabelecimentos comerciais e sedes governamentais.
Os turistas também tem sido responsáveis por uma nova demanda das artes, particularmente por máscaras decorativas e esculturas
africanas feitas de marfim e ébano. O desenvolvimento das escolas de arte e arquitetura em cidades africanas, tem incentivado os
artistas a trabalhar com novos meios, tais como cimento, óleo, pedras, alumínio, com uma utilização de diferentes cores e desenhos.
Ashira Olatunde da Nigéria e Nicholas Mukomberanwa de Zimbábue estão entre os maiores patrocinadores desse novo tipo de
arte na África.

As formas de arte africana

A pintura é empregada na decoração das paredes dos palácios reais, celeiros, das choupas sagradas. Seus motivos, muito variados,
vão desde formas essencialmente geométricas até a reprodução de cenas de caça e guerra. Serve também para o acabamento das
máscaras e para os adornos corporais. A mais importante manifestação da arte africana é, porém, a escultura. A madeira é um dos
materiais preferidos. Ao trabalhá-la, o escultor associa outras técnicas (cestaria, pintura, colagem de tecidos).

As máscaras africanas

As "máscaras" são as formas mais conhecidas da plástica africana. Constituem síntese de elementos simbólicos mais variados se
convertendo em expressões da vontade criadora do africano.
Foram os objetos que mais impressionaram os povos europeus desde as primeiras exposições em museus do Velho Mundo, através
de milhares de peças saqueadas do patrimônio cultural da África, embora sem reconhecimento de seu significado simbólico.
A máscara transforma o corpo do bailarino que conserva sua individualidade e, servindo-se dele como se fosse um suporte vivo e
animado, encarna a outro ser; gênio, animal mítico que é representando assim momentaneamente. Uma máscara é um ser que
protege quem a carrega. Está destinada a captar a força vital que escapa de um ser humano ou de um animal, no momento de sua
morte. A energia captada na máscara é controlada e posteriormente redistribuída em benefício da coletividade. Como exemplo
dessas máscaras destacamos as Epa e as Gueledeé ou Gelede.
Arte e religião

As civilizações africanas tem uma visão holística e simbólica da vida. Cada indivíduo é parte de um todo, ligados, todos em função
do cosmos em uma eterna busca pela harmonia e de equilíbrio. Outro conceito fundamental na filosofia da existência africana é a
importância do grupo, para que a comunidade viva, cada fiel deve participar seguindo o papel que lhe pertence em nível espiritual
e terreno.

Principais religiões

As únicas religiões que tem relação com a arte africana no Brasil, são o Candomblé, e o Culto aos Egungun efetivamente de origem
africana.
O Culto de Ifá em menor número no Brasil é o maior responsável pela divulgação da Yoruba Art em todo mundo, Estados
Unidos,Cuba, Alemanha, França, Inglaterra, Espanha, são os países onde o maior número de peças podem ser encontradas, em
museus e coleções particulares.
Literatura Africana-Dança Na dança africana, cada parte do corpo movimenta-se com um ritmo diferente. Os pés seguem a base
musical, acompanhados pelos braços que equilibram o balanço dos pés. O corpo pode ser comparado a uma orquestra que, tocando
vários instrumentos, harmoniza-os numa única sinfonia. Outra característica fundamental é o policentrismo que indica a existência
no corpo e na música de vários centros energéticos, assim como acontece no cosmo. A dança africana é um texto formado por
várias camadas de sentidos. Esta dimensionalidade é entendida como a possibilidade de exprimir através e para todos os sentidos.
No momento que a sacerdotisa dança para Oxum, ela está criando a água doce não só através do movimento, mas através de todo
o aparelho sensorial. A memória é o aspeto ontológico da estética africana. É a memória da tradição, da ancestralidade e do antigo
equilíbrio da natureza, da época na qual não existiam diferenças, nem separação entre o mundo dos seres humanos e os dos deuses.
A repetição do padrão-musical manifesta a energia que os fieis estão invocando. A repetição dos movimentos produz o efeito de
transe que leva ao encontro com a divindade, muito usado em rituais. O mesmo ato ou gesto é praticado num número infinito de
vezes, para dar à ação um caráter de atemporalidade, de continuação e de criação continua. Nas danças africanas o contato contínuo
dos pés nus com a terra é fundamental para absorver as energias que deste lugar se propagam e para enfatizar a vida que tem que
ser vivida agora e neste lugar, ao contrario das danças ocidentais performadas sobre as pontas a testemunhar a vontade de deixar
este mundo para alcançar um outro. Existem várias danças. Entre elas destacam-se: lundu, batuque, Ijexá, capoeira, Coco (dança)
congadas e jongo.
Tipos de Danças Africanas mais comuns: Kizomba Ritmo quente, originário de Angola, não pára de conquistar cada vez mais
praticantes. É uma das danças sempre tocadas nas discotecas, não só africanas. Quente, suave, apaixonante... Vários estilos,
técnicas, influencias. Toda variedade e diversidade de Kizomba. Samba É uma dança de salão angolana urbana. Dançada a pares,
com passadas distintas dos cavalheiros, seguidas pelas damas em passos totalmente largos onde o malabarismo dos cavalheiros
conta muito a nível de improvisação. O Semba caracteriza-se como uma dança de passadas. Não é ritual nem guerreira, mas sim
dança de divertimento principalmente em festas, dançada ao som do Semba. Danças Caboverdianas Toda a variedade de ritmos
originários de Cabo Verde: Funána, Mazurka, Morna, Coladera, Batuque. Danças Tribais Uma forte característica trazida para o
Estilo Tribal das danças tribais é a coletividade. Não há performances solos no Estilo Tribal. As bailarinas, como numa tribo,
celebram a vida e a dança em grupo. Dentre as várias disposições cênicas do Estilo Tribal estão a roda e a meia lua. No grande
círculo, as bailarinas têm a oportunidade de se comunicarem visualmente, de dançarem umas para as outras, de manterem o vínculo
que as une como trupe. Da meia lua, surgem duetos, trios, quartetos, pequenos grupos que se destacam para levar até o público
esta interatividade.

Esculturas em madeira

A escultura em madeira é a fabricação de múltiplas figuras que servem de atributo às divindades, podendo ser cabeças de animais,
figuras alusivas a acontecimentos, fatos circunstanciais pessoais que o homem coloca frente às forças. Existem também objetos
que denotam poder, como insígnias, espadas e lanças com ricas esculturas em madeira recoberta por lâminas de ouro sempre
denotando um motivo alusivo à figura dos dignitários. Os utensílios de uso cotidiano, portas e portais para suas casas, cadeiras e
utensílios diversos sempre repetindo os mesmo desenhos estilísticos.

Bibliografia: https://www.faecpr.edu.br/site/portal_afro_brasileira/2_V.php/

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