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RDA3- PARTICIPAR NA PLANIFICAÇÃO DOS

TRABALHOS
Economia e Administração dos Materiais
1.1 Introdução

Os directores ou técnicos responsáveis de obras, devem


procurar entregar as obras de acordo com o planeado, sem
maiores atrasos e de forma mais económica possível. Para
isso, a boa gestão dos materiais de construção é fundamental.

1.2 Economia e Administração dos Materiais

1.2.1Controlo de estoque
- Quantificação (calcular as quantidades dos materiais
baseado no terreno e confirmar com as de projecto)
- Aquisição (compra dos materiais com base do preço
mínimo mediante análise de 3 fornecedores ou mais,
garantir a qualidade acordado e evitar comprar os
materiais sem nota fiscal, factura ou recibo)
- Entrada dos Materiais no Armazém ou estaleiro
(preencher inventário de entrada e devidamente assinado)
- Armazenamento (classificar os materiais de acordo com
o uso. “First in-First out” o primeiro a entrar é o primeiro
a sair”)
- Saída (preencher inventário de saída e devidamente
assinado e confirmar o restante que sobrou, através de
cálculos e visualização no armazem para prever as
necessidades)
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- Consumo (confirmar o uso na integra no local da obra.
Quanto aos desperdícios, devem ser anotados de novo no
inventário dos desperdícios)

Dicas para um boa economia e administração dos


Materiais
1.2.2Compre somente o necessário

Os gestores da obra devem fazer a aquisição dos materiais aos


poucos, ou seja, de acordo com a demanda e com as
necessidades da obra. Desta forma, eventuais alterações no
projecto, que são comuns na construção civil, não gerarão
maiores desperdícios para a empresa.

O armazenamento de grande quantidade de equipamentos e


insumos pode danificá-los, trazendo prejuízos à obra.

Por isso, é aconselhado que o estaleiro busque trabalhar


no sistema Just in Time, mas para isso é necessário ter
fornecedores próximos à obra e que cumpram com o
planeamento apresentado. Esta metodologia não permite a
criação de estoques, melhorando a organização do estaleiro,
diminuindo a quantidade de perdas e consequentemente
proporcionando economia e ganho na produtividade.

1.2.3Reaproveite materiais

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Além de ajudar o meio ambiente, o reaproveitamento pode
gerar economia para a empresa. Por isso, evite jogar fora
todos os resíduos, faça separação dos materiais que possam
ser reciclados ou reutilizados. Para isso, é fundamental criar
depósitos à parte no canteiro, para evitar que estes materiais
sejam misturados com entulhos e rejeitos.

1.2.4Invista em novas tecnologias

Existem diversos equipamentos e ferramentas inovadoras que


permitem aumentar a produtividade e reduzir os desperdícios,
de forma a aproveitar melhor os recursos utilizados. Podemos
citar a utilização de softwares ou aplicativos como tablet ou
smartphone, desenvolvidos para a construção civil. Estes
programas auxiliam na gestão do estaleiro de obras,
permitindo cadastro e controle de equipamentos e insumos,
coordenação do pessoal e acompanhamento de entregas dos
fornecedores.

A utilização de softwares possibilita também ganhos


significativos. Através destas novas tecnologias é possível
diminuir os desperdícios e reduzir o gasto com mão de obra
desnecessária, além de aumentar a produtividade e facilitar o
gerenciamento de estaleiro de obras.

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Equipamento de Construção Civil
Introdução
A divisão dos equipamentos de construção civil, obedece a
19 classes que agrupam equipamentos com afinidades entre
si. O título da classe constitui uma primeira identificação do
equipamento.

As classes adoptadas são as seguintes:

Classe 1 - Águas e esgotos


Classe 2 - Estacas
Classe 3 - Ar comprimido
Classe 4 - Movimentos de terras
Classe 5 - Transportes terrestres
Classe 6 - Elevação e manuseamento
Classe 7 - Estradas e pistas
Classe 8 - Preparação de inertes
Classe 9 - Betão
Classe 10 - Energia
Classe 11 - Equipamento ferroviário
Classe 12 - Equip. de oficina de serralharia
Classe 13 – Equip. de oficina de carpintaria
Classe 14 – Instalações
Classe 15 – Equip. Topográfico e de medida
Classe 16/17 – Trabalhos fluviais e marítimos
Classe 18 – Fundações especiais

Classe 19 – Assentamento canalizações


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Alguns Conceitos

VIDA ÚTEL – É o tempo previsto pelo fabricante para o


funcionamento económico de uma máquina.

CICLO DE TRABALHO – É o tempo útil necessário para


uma máquina realizar uma tarefa completa para tal foi
concebido.

VALOR RESIDUAL – É o valor monetário que uma máquina


possuí após a sua vida útil.

DESVALORIZAÇÃO OU DEPRECIAÇÃO – É perda de


valor de um equipamento devido ao seu uso o que pode ser
contribuído pelo aparecimento de novos equipamentos.

CUSTOS FIXOS – Diz respeito aos dois tipos de elementos


fundamentais
- Custo de amortização de equipamento que é o custo
resultante dos encargos, licenças, seguros,
armazenamentos, juros sobre o investimento,
- Custo normal de propriedade que engloba transporte ou
deslocação da máquina do parque central da empresa ao
local de operação e vice-versa, seguro, instalação e são
normalmente orçamentada em item separado
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(mobilização e desmobilização de equipamentos)

CUSTO DE OPERAÇÃO OU DE FUNCIONAMENTO –


São os que diz respeito as despesas realizadas as máquinas de
equipamento em seu funcionamento, e refere-se a:
- Combustível
- Energia
- Óleo
- Massas lubrificantes
- Peças de reposição frequentes (filtros, pneus, lâminas,..)
- Reparação e manutenção;
- Salário dos operadores e ajudantes.

JUROS – Os que dizem respeito ao valor monetário pago pelo


empréstimo efectuado.

AMORTIZAÇÃO – É a reposição do capital revestido

1.3 Descrição dos Equipamentos Mais Usados


(Apresentar fotos dos equipamentos das máquinas atravês de
slide)

1.4 Selecção de Equipamento


Seleccionar um equipamento é escolher o equipamento mais
adequado à realização de um determinado trabalho de
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construção civil.
O leque de opções inclui:
- Equipamentos existentes;
- Equipamentos a adquirir;
- Equipamentos a alugar.

O procedimento a adoptar é o seguinte:


1º Fazer a selecção tecnológica independentemente da
solução disponível, ou seja, pensar no equipamento mais
conveniente em termos técnicos para a realização do trabalho;
2º Calcular o rendimento mínimo médio do equipamento de
modo a satisfazer os prazos disponíveis;
3º De entre as soluções possíveis estudar o respectivo
custo e escolher a solução mais económica.

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