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Instituto superior Dom Bosco

Departamento de Manutenção Industrial

Licenciatura em Ensino de Electricidade

Módulo: Manutenção Industrial

Tema: Tipos de reportagens da manutenção, custo e qualidade dos produtos

Discentes:

Adão Victor Tembe

Calvin Mário Nogueira Dos Santos

Denise Jacinto Samuel

Docente:

Eng. Lino de Castro

Maputo, Abril de 2023


Índice
1. Introdução...........................................................................................................................3

1.1. Objectivo geral................................................................................................................4

1.2. Objectivo específico........................................................................................................4

I. Quadro teórico....................................................................................................................5

2.1. Tipos de Reportagens na manutenção.............................................................................5

3. Custos da Manutenção........................................................................................................8

4. Qualidade e Manutenção..................................................................................................13

5. Conclusão..........................................................................................................................16

6. Referências bibliográficas.................................................................................................17
Introdução

A manutenção industrial é uma parte fundamental da gestão de uma fábrica ou instalação


industrial. É responsável por garantir que os equipamentos e máquinas estejam funcionando
de forma adequada e eficiente, prolongando sua vida útil e minimizando a possibilidade de
falhas ou paradas não programadas, assim sendo, no presente trabalho de pesquisa
abordaremos sobre os tipos de reportagem da manutenção, seus custos, assim como a
qualidade dos produtos.

Em resumo, a reportagem da manutenção industrial é importante para garantir que os


equipamentos estejam funcionando de forma adequada e para minimizar os riscos de falhas
ou paradas não programadas. É importante equilibrar os custos da manutenção com a
necessidade de garantir a segurança e a qualidade dos equipamentos, para garantir a
eficiência e a rentabilidade da instalação industrialº. Os custos da manutenção industrial
podem ser significativos, especialmente se incluírem a substituição de peças desgastadas ou a
contratação de técnicos especializados. No entanto, a manutenção adequada também pode
ajudar a economizar dinheiro a longo prazo, pois pode prolongar a vida útil dos equipamentos
e minimizar a necessidade de reparos ou substituições.

De salientar que a qualidade da manutenção também é importante para garantir a segurança


dos funcionários e para evitar danos ao meio ambiente. Por exemplo, uma máquina mal
mantida pode causar vazamentos ou emissões nocivas para o ar ou para a água.

Assim sendo far-se-á uma análise mais aprofundada sobre esta pesquisa ao longo do trabalho.
1.1. Objectivo geral

 Descrever teoricamente os tipos de reportagem da manutenção, seus custos, bem como a


qualidade dos produtos.

1.2. Objectivo específico


A partir do objectivo geral, determinam-se os objectivos específicos do trabalho, os quais
estão listados a seguir:

 Conceituar a reportagem da manutenção e demonstrar a sua importância;

 Apresentar os tipos de reportagens da manutenção e descrever os mesmos;


 Mencionar os custos existentes e a qualidade de manutenção;
 Ilustrar seus respectivos gráficos.
I. Quadro teórico

2. Definição
 Reportagens da Manutenção

A reportagem de manutenção é um tipo de relato jornalístico que tem como objectivo


informar ao público sobre acções de manutenção e reparo realizadas em determinadas
estruturas, equipamentos ou sistemas. Essa reportagem pode abranger uma variedade de
assuntos, desde a manutenção de estradas, pontes, edifícios, sistemas de transporte,
equipamentos industriais, até a manutenção de parques, jardins e outros espaços públicos.

A reportagem de manutenção é importante porque ajuda a informar a população sobre acções


que visam garantir a segurança e a funcionalidade de estruturas e equipamentos importantes
para a sociedade. Além disso, ela pode ajudar a esclarecer dúvidas e a transmitir informações
sobre possíveis interrupções de serviços ou sobre como evitar problemas relacionados a essas
estruturas ou equipamentos.

2.1. Tipos de Reportagens na manutenção


Existem vários registos e relatórios que devem ser regularmente feitos pelo sector de
manutenção. Entre estes destacam-se as reportagens sobre:

 Os custos;
 A qualidade dos produtos;
 As falhas do equipamento;
 O histórico do equipamento.

Esta informação e as acções resultantes dela são fundamentais para os sistemas de gestão da
manutenção na empresa, pois elas asseguram o alcance de dois grandes objectivos das
fábricas, que são:

 A melhor disponibilidade do equipamento;


 Os menores custos de operação por unidade do produto produzido.
 Registos dos custos

Os custos de manutenção podem variar de uma empresa para a outra, dependendo da


importância atribuída a função manutenção. Em geral, os custos de manutenção são elevados,
porque, nestes casos, é basicamente a manutenção preventiva que é aplicada.

Os custos de manutenção incluem os custos de peças sobressalentes, materiais, pessoal e


todos os gastos que incorrem a realização dos trabalhos de manutenção. A outra dimensão
dos custos de manutenção é o tempo de paralisação do equipamento. Na vida real, o custo do
tempo de paralisação do equipamento pode ser muito mais alto que o custo real da
manutenção. Os custos de manutenção incluem duas parcelas, a saber: os custos fixos e os
custos variáveis.

Os custos fixos incluem os recursos de apoio aos serviços de manutenção, incluindo o pessoal
para manutenção, e os custos variáveis tomam em conta os consumos de peças sobressalentes
e o uso de outros recursos necessários durante a realização dos trabalhos de manutenção.
Deste modo, a variável custo de manutenção tem um relacionamento directo com a função
manutenção e componente custos pode ser minimizada pela redução judiciosa das actividades
de manutenção ou pelo recurso as peças sobressalentes de melhor qualidade.

No registo doa custos, considera-se toda a mão-de-obra em taxas reais (regular e horas extras)
para se determinar o custo de mão-de-obra. Para o material, tomam-se em consideração os
custos totais de aquisição. E a taxa de custos fixos é determinada pela contabilidade e
aplicada como percentagem da mão-de-obra.

O custo total da manutenção efectuada é a soma de todos os elementos acima apontados. Esta
informação é usada para o controle dos custos totais da manutenção e para desenvolver os
rácios dos custos directos usados para fixar os custos dos produtos manufacturados.

 Reportagem da qualidade do produto

Usualmente, pensa-se que a qualidade do produto é relacionada com a mão-de obra directa e
com o controle de qualidade. Entretanto, facilmente pode-se perceber que a qualidade do
produto é mais função da qualidade do equipamento de processamento que das habilidades e
experiência do operador.
Deste modo, a reportagem periódica dando todas as informações sobre o número de rejeições
e a qualidade do produto pode ajudar a determinar quando é que é necessário efectuar certas
inspecções e/ou investigações nos equipamentos para determinar as causas de baixa
qualidade e tomar as acções correctivas apropriadas, que podem ser reparações ou grandes
revisões.

 Reportagem da falha do equipamento

É importante ter uma reportagem regular sobre a qualidade dos produtos manufacturados.
Similarmente, é também muito importante manter o conhecimento sobre as características
fundamentais das falhas esperadas do equipamento industrial. Isto é feito através do
preenchimento de uma ficha de reportagem de falhas.

Geralmente, na empresa os departamentos de Manutenção desenvolvem as políticas de


manutenção orientada pelas falhas. Estas políticas devem identificar o nível de manutenção
requerido para cada máquina ou equipamento, para além de formular os procedimentos para a
condução das operações de manutenção. As políticas devem ser bem definidas de modo que
as funções de manutenção planificadas possam ser facilmente identificadas para a
implementação oportuna.

A informação registada na ficha de reportagem das falhas do equipamento, sempre que ocorre
uma determinada falha, deve ser cuidadosamente analisada para que possam ser tomadas
acções correctivas para minimizar a probabilidade de ocorrência da mesma falha.

 O Histórico do equipamento

O registo do histórico do equipamento inclui a história de todas as intervenções efectuadas no


equipamento, bem como os custos e as especificações técnicas dos trabalhos. Esta informação
é bastante útil para determinar quando é que o equipamento deve ser substituído e a natureza
da substituição.

A ficha de registo da história do equipamento, geralmente na face frontal dá a informação


física e o verso mostra o registo da manutenção efectuada.

Além disso, os campos da informação do histórico de qualquer objecto de manutenção


incluem:
 A data de intervenção;
 O tipo de trabalho efectuado (revisão, lubrificação, calibração, reparação, etc.);
 O enquadramento no tipo de manutenção (melhoria, preventiva, correctiva);
 A discrição do trabalho realizado;
 Os tempos (o tempo dedicado à intervenção e o período da intervenção);
 A mão-de-obra total aplicada em, homens-hora, e os respectivos custos,
 Os custos das peças e de outros materiais; e
 Os custos dos serviços.

Os elementos preenchidos na ficha histórica do equipamento proporcionam toda a


informação de natureza económica e de natureza técnica e operacional relativa ao
equipamento.

3. Custos da Manutenção

Ferreira [5] considera dois tipos de custos em manutenção, directos e indirectos. Os custos
directos, numa dada intervenção, resultam de:

 Mão-de-obra: produto do tempo gasto pela taxa horária;


 Peças substituídas e consumíveis utilizados: valor da factura de compra, mais os
custos de transporte e execução da encomenda;
 Trabalhos subcontratados: valor da factura emitida pela entidade prestadora do
serviço, acrescido de uma parcela, decorrente do apoio técnico como elaboração do
Caderno de Encargos, selecção do subcontratante ou controlo da qualidade;
 Contratos de manutenção: valor constante do clausulado referente às obrigações
pecuniárias, ao qual poderá ser, eventualmente, acrescida uma parcela onde se
incluam custos com a avaliação e negociação do contrato ou de posterior verificação
da conformidade;
 Custos globais da Manutenção: custos fixos e acessórios à manutenção como o apoio
administrativo, climatização ou telefones;
 Custos de posse de “stock”: gastos inerentes à posse dos materiais em armazém, bem
como à existência do próprio armazém e do pessoal adstrito;
 Custos de posse de ferramentas e máquinas: custos caracterizados por uma taxa de
amortização, compreendendo uma desvalorização, por uso ou obsolescência, e um
valor residua.

De acordo com o mesmo autor, os custos directos de uma intervenção podem relacionar-se
com o tempo total de reparação (TTR), através da curva CM = f (TTR) conforme figura:

Fig.1 Custos directos de manutenção

O TTR vai depender dos meios disponíveis no serviço de Manutenção. Objectivando o TTR
económico, ordenada do custo mínimo, devem ter-se em conta os custos globais induzidos na
instalação para concretização daquele objectivo.

Por outro lado e ainda segundo Ferreira [5], os custos indirectos ou de perda de produção
englobam:
 Custos de desclassificação: consideram perdas dos produtos não fabricados, matérias-
primas em curso de transformação, perdas de qualidade e perdas de produtos
desclassificados;
 Custos de inactividade: inerentes à mão-de-obra da produção, quando inactiva;
 Custos de inoperacionalidade: despesas da amortização dos equipamentos parados;
 Despesas induzidas: custos por não cumprimento dos prazos, penalidades, perda de
clientes ou fraca imagem, por perda da qualidade na fabricação e por arranque dos
processos de produção.

Cabral [2] enfatiza que os verdadeiros custos da manutenção, ou aqueles que exprimem
realmente o desempenho da função, não são os custos directos. Diríamos que estes custos são
a parte visível e mais facilmente quantificável da totalidade dos custos da manutenção. Uma
boa ilustração é dada pelo Iceberg de custos.

Fig.2 “Iceberg” de custos

Monchy [14] complementa a abordagem dos custos verificando a existência de um nível


óptimo de manutenção preventiva para o custo mínimo de avaria. Para o efeito, considera que
os custos de paragem de produção ou indirectos, associados à avaria, evoluem de forma
inversa aos custos de manutenção.
Fig.3 Optimização dos custos

Naquilo que poderíamos classificar por tentativa de simplificação, este modelo engloba na
mesma componente de custo os dois tipos de manutenção preventiva, a sistemática e a
condicionada. Apesar do carácter preventivo comum aos dois tipos, cada um determina
resultados a custos diferenciados. A execução da despesa pode ser entendida constante ao
longo do tempo no tipo preventivo sistemático e quase sempre concentrada no instante t=0 no
tipo preventivo condicionado.

O descrito tem como denominador comum a observância dos custos à “posteriori”, ou seja,
somente após a realização da despesa é que é apreciado o valor relativo dos custos. Em
Manutenção este aspecto é da maior importância dado o carácter imprevisível de grande parte
das avarias, com as consequências que daí advêm, não só em relação à componente custo
directo mas fundamentalmente em relação aos custos de imobilização e de indisponibilidade.

Na óptica das empresas, mais importante do que saber quanto custou é saber quanto vai
custar. Este aspecto é enfatizado por Assis [1] que atribui aos custos passados a designação
de “custos irrecuperáveis”.

Aquando da tomada de decisões relativamente à gestão dos equipamentos devem ser


considerados os custos de manutenção, das avarias, o custo médio de funcionamento, o custo
global de posse, os custos acumulados, a verificação do período de lucro, em suma; a
observação dos acontecimentos de ordem económica ao longo da utilização.
A consideração do custo do ciclo de vida do equipamento ou LCC (Life Cycle Costing), que
engloba todos os custos desde o projecto até ao abate, é uma abordagem dos custos de grande
importância. O objectivo da análise LCC é a escolha da abordagem mais favorável em termos
de custos, por forma a que sejam menores durante a vida útil do equipamento. O LCC
permite ao técnico a justificação para uma aquisição ou a escolha de um processo, baseando-
se nos custos totais e não nos custos iniciais.

No LCC são consideradas quatro componentes de custos:

 Custos de investimento;
 Custos de manutenção;
 Custos de operação;
 Custos de desactivação.

Geralmente os custos de investimento representam uma pequena parte dos custos de LCC,
como se representa na figura seguinte:

Fig.4 Custo de ciclo de vida

Monchy [14] caracteriza o custo de posse de um equipamento, determinando a respectiva


zona de rendibilidade, conforme se verifica na figura seguinte:
Fig.5 Custo de ciclo de vida

Onde:

t0 – Decisão de compra t3 - Rendibilidade máxima

t1 – Arranque t4 - Recondicionamento

t2 - Fim da amortização (t4 – t2) – Período de rendibilidade

Neste gráfico está contido todo o ciclo de custo de vida do equipamento. No entanto, esta
análise pode ser utilizada em equipamentos que estejam no decurso da sua vida útil. Para tal,
basta que disponhamos dos custos acumulados até à data em que se realiza o estudo.

4. Qualidade e Manutenção

Na linguagem corrente, a noção de qualidade surge relacionada com aspectos subjectivos e


não mensuráveis dos produtos/serviços.

Por qualidade entende-se a aptidão de um produto/serviço para satisfação das necessidades


dos utilizadores. Estas podem ser de dois tipos:
 Definidas pelo utilizador através de contractos, encomendas ou Normas;
 Definidas pelo produtor através de “feed-back” do mercado.

Para Fey e Gogue [7], a qualidade exprime-se, verdadeiramente, por um conjunto de


características medidas que se pode comparar com um outro conjunto de características
previstas na definição do produto/serviço.

A qualidade é assim uma grandeza multidimensional, onde se podem estabelecer inúmeros


referenciais, no limite um por cada utilizador. Embora seja um exercício de grande
relativismo, as componentes da qualidade podem ser agrupadas em classes. Exemplificando a
análise, não exaustiva, da qualidade de um automóvel, resumem-se as principais
componentes:

 Características: as componentes da qualidade que não concernem directamente ao


funcionamento ou modo de utilização do produto/serviço - dimensões, peso e potência;
 Desempenho funcional: o que é directamente apercebido pelo utilizador no que diz
respeito à função principal que o produto/serviço deve cumprir - velocidade, aceleração e
consumo;
 Disponibilidade: é o conjunto de factores que fazem intervir a noção de tempo -
fiabilidade e intervalo entre revisões;
 Segurança: conjunto de factores que concorre para a segurança dos produtos em face das
pessoas - sistemas de travagem e comportamento dinâmico;
 Factores sensoriais: factores que não concernem directamente ao funcionamento do
produto, mas concorrem muitas vezes para o conforto ou prazer do utilizador - “design”
da carroçaria e conforto da suspensão.

A gestão da qualidade assenta assim na conciliação de dois princípios fundamentais, a


satisfação do cliente e a rendibilidade da empresa, comuns à função Manutenção. Na figura
seguinte esquematizam-se os factores e áreas da qualidade em manutenção.
Fig.6 Factores e áreas da Qualidade
5. Conclusão

O presente trabalho permitiu-nos conhecer de forma teórica e mais aprofundada no que


concerne aos tipos de reportagem da manutenção, seus custos, tanto como a qualidade dos
produtos.

Em conclusão, os tipos de reportagem da manutenção desempenham um papel fundamental


na disseminação de informações relacionadas à manutenção de, máquinas ou equipamentos,
Ela é a responsável por manter o público informado sobre questões relevantes, promover
conscientização, assim como contribuir para a melhoria da eficiência, segurança e
sustentabilidade nos diferentes sectores que dependem da manutenção, de salientar que os
custos e a qualidade são um factor critico na gestão eficiente de activos e na maximização da
vida útil de maquinas, equipamentos e instalações, portanto, gerenciar adequadamente os
custos e a qualidade da manutenção é extremamente crucial para alcançar eficiência
operacional, a competitividade no mercado, garantindo ao mesmo tempo a segurança e a
confiabilidade dos activos.

Contudo, após a aquisição de conhecimentos teóricos, cada membro do grupo sai dotado de
habilidades e capacidades, além de possuir experiencia profissional, afirmamos que esta
pesquisa foi enriquecedora e contribui muito para o nosso desenvolvimento como futuros
formadores e como pessoas.
6. Referências bibliográficas
 CROSBY, P. B. Qualidade é investimento. Rio de Janeiro, José Olympio, 1994, de
pesquisa Google;
 MATTOS, J. C. Custos da qualidade como ferramenta de gestão da qualidade:
conceituação, proposta de implantação e diagnóstico nas empresas com certificação ISO
9000. Dissertação de Mestrado.- DEP/UFSCar. São Carlos, 1997, de pesquisa Google;
 MATTOS, JC., TOLEDO. J. C. Custos da qualidade: diagnóstico nas empresas com
certificação ISO 9000. Revista Gestão & Produção. Vol. 5, Nº 3. São Carlos, 1998, de
pesquisa Google;
 CustosdaQualidadeApostila. de PDF.

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