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TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS, DIRETRIZES, FINALIDADE E ABRANGÊNCIA
Art. 1º Esta Lei institui o Plano Diretor Municipal de Taquara – PDM – como
instrumento da Política Urbana.
§1º O Plano Diretor Municipal é instrumento orientador e normativo dos processos
Art. 3º São princípios da política urbana do Município, além dos dispostos nos
capítulos de Política Urbana das Constituições Federal e Estadual, na Lei Orgânica Municipal e
na Lei Federal 10.257, de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade:
I - gestão democrática;
II - prevalência do interesse coletivo sobre o interesse particular;
III - cumprimento da função social da cidade e da propriedade;
IV - desenvolvimento sustentável da economia, da sociedade e do ambiente;
V - universalização do acesso à terra e à moradia regular;
VI - garantia da acessibilidade e mobilidade;
Art. 5º O Plano Diretor Municipal tem por finalidade precípua orientar a atuação do
poder público e da iniciativa privada, para assegurar o adequado ordenamento territorial, a
contínua melhoria das políticas sociais e o desenvolvimento sustentável do Município, tendo em
vista as aspirações da população.
Parágrafo único. O Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o
Orçamento Anual deverão incorporar as diretrizes e as prioridades contidas no Plano Diretor
Municipal.
Art. 6º O Plano Diretor Municipal será revisto no prazo máximo de até seis anos,
com base no Sistema de Informações da Prefeitura Municipal.
CAPÍTULO I
DOS CONTEÚDOS DO PLANO
I - Anexo 4 – Atividades:
a) Anexo 4.1 – Classificação das Atividades;
b) Anexo 4.2 – Atividades Permitidas por Zona de Uso;
c) Anexo 4.3 – Atividades Sujeitas a EVU, EIV e RAS obrigatório;
d) Anexo 4.4 – Atividades e Prédios Existentes;
e) Anexo 4.5 – Depósitos e Postos de Revenda de GLP.
II - Anexo 5 – Edificação:
a) Anexo 5.1 – Regime Urbanístico por Zona de Uso;
b) Anexo 5.2 – Estacionamentos e Carga e Descarga;
CAPÍTULO II
DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE
Art. 9º Para cumprir sua função social, a propriedade deve atender aos critérios de
ocupação e uso do solo, às diretrizes de desenvolvimento do Município no plano territorial e
social e a outras exigências previstas em Lei, mediante:
I - intensidade de uso adequada à disponibilidade da infra-estrutura urbana e de
equipamentos e serviços, atendendo aos parâmetros urbanísticos definidos pelo ordenamento
territorial determinado neste Plano;
II - utilização compatível com a capacidade de atendimento dos equipamentos e
serviços públicos, e com as condições de preservação da qualidade do meio ambiente, da
paisagem urbana e do patrimônio cultural e histórico;
III - utilização compatível com a segurança e a saúde dos usuários e da vizinhança;
IV - plena adequação aos fins a que se destina, sobretudo em se tratando de
propriedade pública;
CAPÍTULO III
DOS FATORES FAVORÁVEIS E RESTRITIVOS AO DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO
CAPÍTULO IV
LIVRO II
DO PLANO ESTRATÉGICO
TÍTULO I
DA ESTRATÉGIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
CAPÍTULO I
DO POLO DE INDÚSTRIA E LOGÍSTICA REGIONAL
Art. 16. A consolidação de Taquara como Pólo de Indústria e Logística Regional tem
como diretrizes gerais:
I - promover a integração e articulação continental e regional do Município;
II - qualificar a malha viária principal e os principais acessos à sede municipal;
Art. 17. São diretrizes específicas para a consolidação de Taquara como Pólo
Industrial e Logístico:
I - estimular a ocupação, por empresas de logística, ao longo das rodovias
existentes;
II - aproveitar o potencial econômico através da implantação de lotes industriais e
de apoio logístico;
CAPÍTULO II
DO MUNICÍPIO DE TAQUARA COMO REFERÊNCIA REGIONAL DO TURISMO HISTÓRICO,
RURAL E DE AVENTURA.
Art. 20. São diretrizes específicas para a consolidação de Taquara como referência
regional no Turismo Histórico, Rural e de Aventura:
I - estabelecer incentivos econômicos e fiscais para a proteção do patrimônio
histórico, artístico e cultural;
II - incentivar a formulação de estratégias de financiamento para o restauro
arquitetônico e reconversão de usos visando à reutilização de edifícios no Centro Histórico;
III - criar estratégias de animação do Centro Histórico;
IV - identificar e utilizar o patrimônio histórico/cultural da Sede Municipal como fator
de atração para o turismo sazonal e permanente;
V - estabelecer parcerias com instituições públicas e empresas privadas (a exemplo
da FACCAT) para desenvolvimento de projetos voltados para a identificação, preservação e
desenvolvimento do patrimônio cultural.
VI - incluir Taquara no Roteiro Integrado das Serras Gaúcha e Catarinense - Os
Cânions Brasileiros - SC/RS, que articula através da RS 020 os municípios de Porto Alegre (RS),
Taquara (RS), São Francisco de Paula (RS), Cambará do Sul (RS), São José dos Ausentes
(RS), São Joaquim (SC), Bom Jardim da Serra (SC), Urubici (SC), e Florianópolis (SC);
VII - estruturar a sinalização dos acessos municipais e das rotas turísticas através
de Plano de Comunicação e Sinalização Turística;
VIII - divulgar e incentivar o Turismo de Água: potencializar e valorizar os atributos
do ambiente natural como a Orla dos Rios dos Sinos e Paranhana, o Balneário Municipal João
Martins Nunes, córregos e trilhas naturais como estímulo à conscientização ambiental e à
preservação destas áreas;
IX - divulgar e incentivar o Turismo eqüestre: adequar a infraestrutura existente para
atividades eqüestres/carreatas (rotas e trilhas na zona rural) e definir rotas e itinerários, conforme
Plano de Desenvolvimento Turístico Local a ser desenvolvido;
X - divulgar e incentivar o Turismo peatonal: identificar percursos peatonais na sede
e na zona rural (turismo contemplativo) articulados a equipamentos de interesse
histórico/cultural, prevendo sinalização própria para diferentes tipos de percurso;
Art. 21. São ações para consolidação de Taquara como referência regional no
Turismo Histórico, Rural e de Aventura:
I - caracterizar como Zonas Especiais de Desenvolvimento Turístico o Portal do
Paranhana, em área localizada na RS 115, aproveitando o fluxo de turistas em direção a Serra
Gaúcha, especialmente a Gramado e Canela e o Belvedere da ERS 020, aproveitando o
potencial cênico do limite norte do perímetro urbano;
II - criar Centro de Atenção ao Turista vinculado ao Portal do Paranhana como
primeiro ponto de parada entre Porto Alegre e a Serra Gaúcha;
III - qualificar as vias vicinais de articulação entre a ERS 115 e a ERS 020,
incentivando o uso de rotas alternativas entre as sedes dos municípios de Taquara, Igrejinha e
Três Coroas;
IV - incentivar e criar Zona Turística para desenvolvimento rural e de alojamento.
CAPÍTULO III
DO MUNICÍPIO DE TAQUARA COMO POLO EDUCACIONAL E TECNOLÓGICO DO
PARANHANA
economia regional);
II - incentivar o vínculo entre instituições de ensino locais e as cadeias produtivas
regionais com maior potencial de desenvolvimento econômico tais como a Calçadista,
Informática, Saúde, Transporte e Turismo.
Art. 23. São diretrizes específicas para a consolidação de Taquara como Pólo
Educacional e Tecnológico do Paranhana:
I - reservar área para expansão das atividades universitárias em região não
ocupada no entorno da FACCAT;
Art. 24. São ações para consolidação de Taquara como Pólo Tecnológico:
I - promover acessibilidade ao Pólo Universitário da FACCAT através da:
(a) articulação da área ocupada pelo campus universitário e o centro
da sede municipal;
(b) acesso seguro de veículos pela ERS 115 e ERS 020;
II - reduzir os custos de transporte para os estudantes promovendo:
(a) a articulação entre equipamentos de ensino e áreas verdes
municipais através da implantação de ciclovias, não apenas em escala local, mas também em
escala regional; e
(b) a articulação com os municípios limítrofes a exemplo da articulação
com o município de Parobé pela . Avenida das Nações e Rua Tristão Monteiro (Taquara);
III - implantar na vizinhança da FACCAT, um Parque Tecnológico.
Parágrafo único. A Estratégia de Desenvolvimento Econômico está ilustrada no
Anexo 7 – Figuras 7.1 a 7.56.
TÍTULO II
DA ESTRATÉGIA DA POLÍTICA URBANA E AMBIENTAL
CAPÍTULO I
DA ESTRUTURAÇÃO E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
CAPÍTULO II
DA CIRCULAÇÃO E TRANSPORTE
CAPÍTULO III
DA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL E INFRAESTRUTURA
TÍTULO III
DA ESTRATÉGIA DO DESENVOLVIMENTO E INTEGRAÇÃO SOCIAL
CAPÍTULO I
DA HABITAÇÃO
Art. 34. A Política da Habitação tem como diretrizes gerais, em conformidade com o
Plano Local para Habitação de Interesse Social de Taquara (PLHIS):
I - promover a habitação através de um conjunto de ações políticas e instrumentos
de gerenciamento do solo urbano que envolva todos os agentes produtores do espaço urbano,
oportunizando o atendimento à demanda habitacional na cidade para todas as faixas de renda;
II - democratizar o acesso ao solo urbano e a oferta de terras, utilizando os
instrumentos do Estatuto da Cidade.
Seção I
Da Habitação de Interesse Social
Art. 35. A Política de Habitação de Interesse Social, HIS, tem como diretrizes
específicas:
I - coibir as ocupações em áreas de risco e não edificáveis;
II - promover, como prioridade, o remanejamento de moradores de baixa renda,
residentes em locais impróprios ao uso habitacional e em situação de risco;
III - recuperar o meio ambiente degradado após o remanejamento das ocupações
supracitadas;
IV - urbanizar áreas denominadas loteamentos irregulares de baixa renda, com a
recuperação das condições ambientais, implantação de infraestrutura e melhoria das condições
de salubridade e moradia nas edificações;
CAPÍTULO II
DA SAÚDE
CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO
CAPÍTULO IV
DO ESPORTE, LAZER E CULTURA
Art. 40. A política de Esporte, Lazer e Cultura tem como diretrizes gerais:
TÍTULO IV
DO SISTEMA DE GESTÃO DO PLANEJAMENTO
CAPÍTULO I
DA GESTÃO URBANA
Art. 44. A política de gestão urbana tem por objetivo orientar a atuação do poder
público e dotá-lo de capacidade gerencial, técnica e financeira para o pleno cumprimento de
suas funções.
CAPÍTULO II
DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO
territorial. A implantação desses dados na base cartográfica municipal oficial fica ao encargo da
Divisão de Geoprocessamento.
IX - tratar de assuntos relacionados ao desenvolvimento urbano que exijam uma
visão integrada por parte do Executivo Municipal.
Seção I
Do Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle do Plano Diretor - CONACPLAN
CAPÍTULO III
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR
de interesse da comunidade;
IV - elaborar e apresentar os orçamentos públicos de forma a facilitar o
entendimento e o acompanhamento pelos munícipes;
V - apoiar e participar de iniciativas que promovam a integração social e o
aprimoramento da vida comunitária.
CAPÍTULO IV
DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA
Art. 59. Cada Operação Urbana Consorciada será prevista em lei específica que
estabelecerá:
I - a finalidade da intervenção proposta;
II - o perímetro da área da intervenção;
IIII - o plano urbanístico para a área;
VI - os incentivos fiscais e mecanismos compensatórios, previstos em lei, para os
participantes dos projetos e para aqueles que por ele sejam prejudicados;
V - os parâmetros urbanísticos locais;
VI - os incentivos fiscais e mecanismos compensatórios, previstos em lei, para os
participantes dos projetos e para aqueles que por ele prejudicados;
Art. 60. Os recursos financeiros levantados para Operação Urbana Consorciada são
exclusivos à sua realização.
Seção II
Do Direito de Preempção
Seção III
Da Outorga Onerosa do Direito de Construir
Art. 62. A outorga onerosa do Direito de Construir está estabelecida conforme Lei
6.409 de 2021 com limites de índice máximos estipulados no Anexo 5 da presente Lei.
Seção IV
Da Transferência do Direito de Construir
Art. 63. Poderá ser autorizado ao proprietário de imóvel urbano, público ou privado,
a exercer no local, ou alienar, mediante escritura pública, o direito de construir (índice de
aproveitamento e cota ideal) previsto no plano diretor ou em legislação urbanística dele
decorrente, como forma de pagamento em desapropriação total ou parcial, quando o referido
imóvel tiver as seguintes características ou for necessário para fins de:
I - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
SEÇÃO V
Do Parcelamento, Edificação, Utilização Compulsória e IPTU Progressivo no Tempo
Art. 64. O Executivo Municipal poderá exigir do proprietário de solo não edificado,
subutilizado ou não utilizado em lotes ou glebas situadas nas zonas definidas como passíveis de
aplicação dos institutos previstos nesta lei, que promova seu adequado aproveitamento, sob
pena de, sucessivamente, ficar submetido ao parcelamento, edificação ou utilização
compulsório; da aplicação de Imposto Predial e Territorial Urbano progressivo no tempo a ser
fixado em lei específica e de desapropriação.
§1º Serão considerados como solo urbano não edificado, subutilizado ou não
utilizado aqueles que lei específica assim definir.
§2º Glebas ou lotes que possuam elementos ou edificações de interesse cultural,
histórico, arquitetônico, paisagístico e ambiental não poderão ser objeto de obrigatoriedade de
parcelamento, edificação ou utilização compulsória.
TÍTULO V
DO TERRITÓRIO MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DA ESTRUTURA DO TERRITÓRIO
Art. 66. O território municipal é dividido em distritos, que possuem suas delimitações
instituídas pelos documentos cartográficos constantes dos Anexos 1.1 e 1.1.1, obedecendo a
listagem abaixo:
Art. 67. A Zona Rural são as áreas do Município, utilizadas para o desenvolvimento
de atividades rurais tais como: agricultura, pecuária, agroindústria, extrativismo, silvicultura,
conservação ambiental e turismo, com suas delimitações instituídas pelos documentos
cartográficos constantes dos Anexos 1.1 e 1.1.1.
Art. 69. A Zona Urbana é a área prioritária para fins de urbanização, com suas
delimitações instituídas pelos documentos cartográficos constantes dos Anexos agrupados sob o
índice 1.3, e abrange:
I - o núcleo urbano do Distrito Sede (Citadino), com limites constantes nos Anexos
1.3.1.0 e 1.3.1.1;
Art. 70. O território urbano citadino e de expansão urbana é dividido em bairros que
CAPÍTULO II
DAS ZONAS DE USO
CAPÍTULO III
DAS ZONAS ESPECIAIS
Art. 73. Zonas Especiais são aquelas que exigem regime urbanístico específico,
condicionado a suas peculiaridades no que se refere a características locais, forma de ocupação
do solo e valores ambientais, classificando–se em:
I - Zonas Especiais de Interesse Institucional;
II - Zonas Especiais de Interesse Ambiental;
III - Zona Especial de Potencial Histórico e Turístico;
IV - Zonas Especiais de Interesse Social.
Parágrafo único. Fica estabelecido o prazo de 180 dias para elaboração dos mapas
das zonas mencionadas neste artigo.
Seção I
Das Zonas Especiais de Interesse Institucional
Art. 74. Zonas Especiais de Interesse Institucional (ZEII) são as áreas ocupadas por
Seção II
Das Zonas Especiais de Interesse Ambiental
Art. 75. Zonas Especiais de Interesse Ambiental (ZEIA) são zonas previstas para
Ambiental (ZEIA) serão objeto de análise mediante RAS – Relatório Ambiental Simplificado,
compreendendo as características do meio físico e biótico, a delimitação geográfica e o
zoneamento interno de usos, identificando as áreas de preservação permanente e as áreas de
conservação, sendo que para a sua elaboração serão observados o regime urbanístico e os
princípios estabelecidos onde regulará a máxima interferência humana permitida na mesma, sem
prejuízo das medidas previstas no inciso I.
§3º São equiparadas a Zonas Especiais de Interesse Ambiental, para efeito desta
lei, as áreas de alagamento dos mananciais hídricos e a preservação da mata ciliar existente.
Art. 76. Zonas Especiais de Interesse Histórico e Cultural – ZEIHC são áreas que
apresentam ocorrência de patrimônio histórico e cultural significativo, por tombamento ou
inventário, nas quais qualquer intervenção no prédio ou no imóvel será precedida de análise por
EVU, visando a sua preservação.
§1º A preservação de zonas, lugares e prédios far–se–á pela definição de regime
urbanístico específico, por tombamento e inventário.
§2º Inventário do Patrimônio Cultural é a lista dos prédios, monumentos ou sítios
Art. 79. Nos terrenos onde estão localizados os Prédios de Interesse Histórico
Cultural quando o regime urbanístico previsto não for utilizado ou for utilizado parcialmente, a
diferença poderá ser objeto de transferência de potencial construtivo, nos termos do art. 63 desta
Lei.
§1º O prédio de preservação é considerado como área não computável no índice de
aproveitamento, independente da atividade nele implantada, como incentivo à preservação.
§2º Nos prédios de Interesse Histórico-Cultural e nos prédios de compatibilização
será permitido à flexibilização das normas previstas por esta lei, com exceção do índice de
aproveitamento.
Art. 80. A área do entorno do prédio da ACIT, com limites constantes no Anexo 1.5
Subseção I
Do Livro de Tombo
Art. 81. Fica instituído o Livro de Tombo no Município de Taquara, onde serão
inscritos os prédios, espaços livres, públicos ou privados, os quais deverão ter suas
características arquitetônicas, paisagísticas, históricas e culturais preservadas no que se refere
às fachadas da edificação.
§1º A inscrição no Livro de Tombo deverá ser precedida de Lei específica, na qual
conste, no mínimo, a descrição do bem a ser tombado e a justificativa de tombamento.
§2º O Executivo Municipal poderá estabelecer o tombamento preventivo de
qualquer bem histórico, cultural, arquitetônico ou paisagístico, por decreto, devendo, no entanto,
no prazo de 180 (cento e oitenta dias), encaminhar projeto de Lei previsto no parágrafo anterior,
Seção IV
Das Zonas Especiais de Interesse Social
Art. 82. Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) são zonas destinadas
prioritariamente à produção e manutenção de habitações de interesse social ou a recuperação
CAPÍTULO IV
DA ZONA DE URBANIZAÇÃO ESPECÍFICA
CAPÍTULO V
DAS ÁREAS AMBIENTAIS E DE USO RESTRITO
Art. 84. As áreas ambientais e de uso restrito são aquelas consideradas sensíveis
quanto à ocupação e requerem adoção de boas práticas. A aptidão à urbanização do território,
considerando as restrições impostas e condicionantes correlatos, estabelece a seguinte
classificação, cujos limites estão explicitados nos mapas constantes dos Anexos sob o índice
1.6, parte integrante desta Lei:
I - aptidão à urbanização, considerando processos de inundação:
Art. 93. Considera-se que, para fins de regularização de imóveis inseridos nas áreas
com restrição à urbanização devido aos processos de inundação conforme o art. 85, somente
serão passíveis de regularização as construções edificadas até a data de promulgação desta Lei.
Parágrafo único. Como formas de comprovação temporal da edificação objeto de
regularização serão aceitos os seguintes elementos comprobatórios: imagens aéreas, imagens
de satélite, fotografias com registro de data, histórico do Imposto Sobre a Propriedade Predial e
Territorial Urbana (IPTU), publicações em veículos de comunicação e outros elementos de
comprovação não listados anteriormente, a critério da Comissão Técnica Municipal.
Art. 94. Será permitido, quando de interesse público e após análise pela Comissão
Técnica Municipal, o desmembramento em áreas inseridas em Zona de Passagem de Cheia
para fins de destinação de espaços livres de uso público, quando estes apresentarem valor
ambiental relevante para o Município.
Art. 95. Será permitido, quando do interesse particular e após análise pela
Comissão Técnica Municipal, o desmembramento em áreas inseridas em Zona de Passagem de
Cheia para fins de destinação de uso específico sem qualquer tipo de intervenção, desde que
haja o gravame na matrícula do imóvel.
TÍTULO VI
DA MOBILIDADE URBANA
Art. 96. A política relativa à Mobilidade Urbana tem por objetivo qualificar a
circulação e o transporte na cidade, atendendo às distintas necessidades da população e das
atividades econômicas do Município, a ser estabelecida em lei específica.
CAPÍTULO I
DA CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO
Art. 98. Via de ligação regional são as estradas municipais ou pertencentes aos
sistemas rodoviário estadual ou federal que visam promover a fluidez intermunicipal e regional,
conectando a área urbana a distritos e a municípios vizinhos, e ao sistema rodoviário interurbano
estadual e federal.
§1º As vias de ligação regional terão gabaritos, conforme anexo 2.3.
§2º Qualquer edificação ou instalação de atividades mesmo que descoberta junto
às estradas municipais deverá guardar um afastamento mínimo de 20,00m em relação ao eixo
da estrada.
Art. 99. Vias marginais são vias paralelas e adjacentes às rodovias, que têm a
função de atender ao tráfego urbano de média distância e ao tráfego local.
Art. 100. Vias arteriais são uma parcela do sistema viário com alto nível de fluidez,
inseridas na área urbana, formando uma malha contínua, que promovem a circulação de longa
distância, e interliga bairros e áreas distantes, sendo projetadas para conduzir volumes de
tráfego elevados.
Art. 101. Vias coletoras são as vias que recebem e distribuem o tráfego entre as
Art. 102. Vias locais têm a função de prover alto nível de acessibilidade aos lotes
Art. 103. A base de dados espaciais referente ao sistema viário do município será
gerenciada, considerando suas alterações e atualizações pela Secretaria de Planejamento,
Habitação, Segurança, Mobilidade e Trânsito e CTM.
Parágrafo único. As alterações e atualizações propostas para o sistema viário
deverão ser incorporadas a base cartográfica municipal oficial pela Divisão de
Geoprocessamento.
Seção I
Dos Passeios e Calçadões Públicos
Art. 106. Nas vias pavimentadas os passeios públicos frontais a terrenos edificados
ou não, deverão ser pavimentados observando a Lei nº 4620 de 2010.
Art. 108. Mobiliário urbano são os elementos que equipam os logradouros públicos.
Parágrafo único. A colocação de qualquer elemento no espaço público deverá ser
autorizada pela Comissão de Controle Urbanístico e obedecerá a critérios estabelecidos em
regulamentação própria.
Art. 109. Qualquer uso do passeio público por particulares deverá observar os
Seção III
Da Acessibilidade Universal
LIVRO III
Art. 112. O Plano Regulador tem por objetivo estabelecer o Regime Urbanístico e
orientações sobre o uso, ocupação e transformação do solo em todo o território do Município.
§1º O uso e a ocupação do solo no território de Taquara serão disciplinados através
do regime urbanístico e do traçado do Plano Diretor Municipal (PDM).
§2º Traçado do Plano Diretor Municipal, PDM, são os gravames do sistema viário
principal, das redes de infraestrutura e dos equipamentos urbanos e comunitários, existentes ou
projetados.
TÍTULO I
DO REGIME URBANÍSTICO
CAPÍTULO I
DAS DIRETRIZES GERAIS
Art. 116. Em edificação constituída por mais de uma economia não residencial, o
XI - adequação a terrenos:
a) atingidos por traçado viário ou de equipamentos urbanos e
comunitários que inviabilizam o seu aproveitamento pelo Regime Urbanístico vigente;
b) com aclive ou declive maior que 2,00m (dois metros) no recuo de
jardim,
c) com pequenas dimensões;
XII - adequação da construção em terrenos com dimensões menores que o menor
padrão estabelecido no Anexo 6;
XIII - redução da doação de áreas públicas no parcelamento do solo realizado em
Art. 120. O controle da drenagem urbana no lote será realizado com a construção
de reservatórios de contenção de águas pluviais.
Parágrafo único. As dimensões e a vazão do reservatório de águas pluviais serão
definidas conforme Lei 6131 de 2018.
drenagem, energia, poluição e contaminação do ar, água, solo, geração de ruídos, patrimônio
natural e cultural.
§3º Empreendimentos e atividades econômicas, que utilizam recursos ambientais
significativos, terão sua implantação sujeita a estudos específicos visando à minimização ou
compensação dos impactos gerados, submetida à análise pela Secretaria de Planejamento,
Habitação, Segurança, Mobilidade e Trânsito, CTM e CONACPLAN.
§4º Atividades Especiais são aquelas que, por suas características excepcionais,
tais como, cemitérios e similares, aeródromos, terminais rodoviários e ferroviários, autódromos,
estádios, parques e similares, universidades e parques tecnológicos, terão sua localização
Seção I
Do EVU, EIV e EAS/RAS
Art. 128. Os empreendimentos e atividades constantes no Anexo 4.3 desta Lei terão
o EVU avaliado pelo EIV.
Seção II
Das Atividades e Prédios Existentes
CAPÍTULO III
DAS EDIFICAÇÕES
Seção I
Do Índice de Aproveitamento (IA)
Art. 135. Índice de Aproveitamento Básico (IA) é o coeficiente que multiplicado pela
área líquida do terreno, define a área máxima da construção computável.
§1º Área líquida do terreno é a área não atingida por alargamento viário ou por
previsão de equipamentos públicos comunitários.
§2º Quando a área atingida por alargamento ou outra previsão viária e/ou por
equipamentos públicos comunitários, previstos pelo plano for objeto de doação da titularidade da
área atingida para o Município, nos termos do art. 63 desta Lei, o IA será aplicado sobre a
totalidade do terreno, caracterizando pagamento por desapropriação, sob a forma de
transferência do direito de construir.
Art. 136. As áreas construídas, de acordo com sua natureza, são classificadas
como computáveis e não computáveis no Índice de Aproveitamento.
§1º São consideradas áreas construídas computáveis no Índice de Aproveitamento
as áreas de uso residencial, comercial, de serviço ou industrial integrante das unidades
Sub-Seção I
Art. 139. A Cota Ideal mínima de terreno por economia – CI estabelece a fração
mínima de terreno por economia residencial nos condomínios urbanísticos residenciais
horizontais.
§1º O número máximo de economias (casas) por terreno é o resultado da divisão da
área líquida do lote ou gleba pela CI.
§2º Não se aplica a CI quando se tratar de apenas 02 (duas) economias
residenciais unifamiliares no terreno.
Art. 140. Taxa de Ocupação é a relação entre a área de projeção horizontal máxima
da edificação e a área do terreno.
Seção III
Da Taxa de Permeabilidade (TP)
Seção IV
Dos Reservatórios de Detenção de Águas Pluviais
Seção V
Das Alturas
Art. 147. Nos terrenos em declive os subsolos: (figuras 8.4, 8.5, 8.6 e 8.7 do Anexo
8.0):
I - deverão ter o nível do piso localizado no mínimo a 2,20 m abaixo do nível médio
do passeio;
II - poderão ter no máximo 4,00 m de altura acima do terreno natural, medido em
Art. 148. Nos terrenos em aclive os subsolos poderão ter no máximo 4,00 m de
altura acima do nível do terreno na pior situação da fachada, desde que a laje de forro do
pavimento não ultrapasse em nenhum ponto a RN estabelecida. (figuras 8.5, 8.6 e 8.7 do Anexo
8.0)
Subseção I
Dos recuos de altura
Art. 149º. Todas as edificações com altura superior à permitida para construção nas
divisas do imóvel, deverão manter recuos laterais e de fundos no valor de 15% (quinze por
cento), da altura da edificação, contada da RN até a parte inferior da laje do último pavimento
habitável, aplicados a partir da base, nunca inferiores a 3,00 m.
§1º O disposto no caput não se aplica aos prédios construídos na divisa que
observem altura máxima permitida na forma do Anexo 5.1.
§2º Quanto aos recuos laterais e de fundos:
a) as edificações com até 12,00m de altura, com balanço e/ou sacadas
nas fachadas laterais e fundos deverão em qualquer caso observar o recuo mínimo de 1,50 m
das divisas do imóvel;
b) a alínea "a" não se aplica quando se tratar das laterais do balanço e
da sacada de frente, desde que, estas não sejam abertas constituindo vão na divisa;
c) a edificação em zona industrial (ZI) é isenta de recuos laterais
devendo observar o recuo de fundo de 5,00 m, aplicado desde o solo.
Art. 150. Todas as edificações deverão observar recuos de frente compatíveis com
a hierarquia viária da via pública onde se localizem:
I - em vias locais (figura 8.8 – Anexo 8.0):
a) recuo de frente da edificação no valor de 10,50m (dez metros e
cinqüenta centímetros) contados do eixo do logradouro público para o qual faz frente, aplicados
a partir do corpo da edificação;
b) recuo de frente da base da edificação no valor de 8,50m (oito metros
e cinqüenta centímetros) contados do eixo do logradouro público para o qual faz frente.
submetidas à EVU deverá ser realizada na condição de céu encoberto – sem a luz direta do sol
(Overcast Sky) - utilizando como parâmetro de comparação o fator de luz diurna vertical que
garanta a ocorrência de uma iluminância vertical mínima em pelo menos, 50% (cinquenta por
cento), dos períodos diurnos anuais.
Seção VI
Dos Recuos de Jardim
Art. 152. O recuo de jardim tem por objetivo valorizar a paisagem urbana, auxiliar na
Art. 154. É assegurada para edificações com até 7,00m de altura, uma faixa mínima
edificável de 10,00m (dez metros) no lote; (figura 8.11 do Anexo 8.0).
Parágrafo único. O disposto no caput do artigo não se aplica nas ZEIHC.
cobertura se localize na mesma cota do passeio público e seja constituída por jardim ou terraço
plano. (figura 8.13 do Anexo 8.0);
II - aclive em toda a faixa do recuo de jardim igual ou superior a 30% (trinta por
cento), e/ou altura mínima de 1,50m, será permitida a construção de garagens, desde que a
cobertura seja constituída por jardim ou terraço plano, respeitada a altura máxima do pavimento
de 3,00m. (figura 8.12 do Anexo 8.0).
Art. 159. O recuo para ajardinamento poderá ser alterado mediante análise da CTM,
quando:
I - apresente falta de continuidade com as edificações adjacentes;
Seção VII
Dos muros de divisa
Art. 160. A altura máxima dos muros dos terrenos será de:
I - frontais: 0,40m de altura;
II - laterais: altura máxima de 1,20 m na faixa de recuo de jardim, e 2,00 m no
restante do terreno.
§1º Sobre os muros poderão ser colocadas telas e similares com qualquer altura,
desde que os espaços vazios predominem sobre os cheios.
§2º Caso a caso poderá ser permitida a construção de muros com maior altura,
desde que devidamente justificados, mediante análise de EVU pela CTM.
§3º Nos projetos em terrenos de esquina com testadas maiores de 50,00m e nos
condomínios por unidades autônomas o percentual de visibilidade em toda(s) a(s) frente(s) do
lote não poderá ser inferior a 50% (cinquenta por cento), do muro, por testada, e nem poderá ter
superfícies contínuas totalmente fechadas com mais de 10,00m de comprimento.
Seção VIII
Dos recuos viários e não edificáveis
por previsão de traçado viário e/ou de equipamentos urbanos e comunitários, que observe a
restrição à edificação na parte atingida, dar–se–á:
I - aplicando–se o regime urbanístico sobre a área não atingida pelo traçado do
PDM;
II - aplicando–se o regime urbanístico sobre a totalidade da área, mediante
transferência de potencial construtivo nos termos do art. 63 desta Lei.
Art. 162. Não será permitido qualquer tipo de edificação na área do recuo viário,
sendo que rampas, escadas ou qualquer tipo de acesso às edificações deverão ter seu
Art. 163. Em recuos viários cuja implantação não seja prioritária será permitida uma
construção provisória sobre o recuo, desde que:
I - fique comprovada a viabilidade funcional da edificação, na área remanescente,
quando da demolição da área construída sobre o recuo viário e de jardim futuros; e,
II - atenda o regime urbanístico e a acessibilidade na construção sobre a área
Art. 164. Todas as vias públicas existentes com gabarito inferior ao padrão
estabelecido no Anexo 2.2 serão objeto de alargamento viário com vistas a implantar o padrão
definido e poderão ser objeto de desapropriação por transferência de potencial construtivo,
conforme disposto no art. 63 desta Lei.
§1º Em vias consolidadas, mediante análise por EVU, poderá ser adotado o padrão
pré-existente.
§2º Considera-se para efeito desta Lei vias consolidadas todas as vias existentes
identificadas com gabaritos diferentes dos propostos (novos) e que embora com gabaritos
menores consigam cumprir a função definida para a sua hierarquia.
Art. 165. Fica definido o recuo non aedificandi do alinhamento predial ao longo das
faixas de domínio público das rodovias ERS-020, ERS-115 e ERS-239, nos trechos da rodovia
que atravessam o perímetro urbano e de expansão urbana de, no mínimo, 05 (cinco) metros de
cada lado.
Art. 166. Recuo não edificável de drenagem é a distância que deve ser mantida
livre, a partir do eixo de dutovias existentes no território municipal. Nessa faixa não é permitida a
construção de edificações. O recuo será estabelecido de acordo com o diâmetro mais 3,00 m
Seção IX
Das garagens e estacionamentos
Art. 168. As edificações em terrenos com testada igual ou superior a 12,00m (doze
metros) devem prever vagas para a guarda de veículos, conforme padrões estabelecidos no
Anexo 5.2 desta Lei, sendo que, nos terrenos de esquina, deve ser considerada a menor testada
para efeito do previsto neste artigo.
§1º O número de vagas obrigatórias será calculado aplicando-se o padrão
estabelecido no Anexo 5.2 sobre a área computável no Índice de Aproveitamento.
§2º Quando o cálculo referido no § 1º resultar em um número igual ou inferior a 2
Art. 173. O estacionamento, quando com mais de 50 (cinquenta vagas), deverá ter
entrada e saída independente, devendo a largura dos acessos ser de no mínimo 3,00m para os
Art. 174. Poderão ser ajustados os padrões estabelecidos no Anexo 5.2 em função
da especificidade de atividades, podendo ser suprimido ou reduzido a exigência das vagas
quando se tratar de:
I - reciclagem de uso de prédio existente;
II - edificação considerada patrimônio histórico e cultural;
III - edificação de caráter social.
§1º Nas situações especificadas no Anexo 5.2 desta Lei é obrigatória a previsão de
CAPÍTULO IV
DO PARCELAMENTO DO SOLO
Art. 177. O parcelamento do solo para fins urbanos, deverá obedecer às diretrizes e
os traçados do Plano Diretor, as zonas de uso e os padrões urbanísticos estabelecidos no Anexo
6 desta Lei.
§1º Os parcelamentos de solo nas modalidades de loteamento, desmembramento,
fracionamento e arruamento deverão ser remetidos para aprovação contendo os arquivos de
formato digital vetorial georreferenciado para inserção na base cartográfica oficial e atualização
cadastral.
§2º Somente serão aceitos arquivos vetoriais nos formatos Shapefile (shp) ou
GeoPackage (gpkg), em projeção Universal Transversa de Mercator (UTM) e datum horizontal
SIRGAS 2000.
§3º Devem constar do arquivo vetorial, obrigatoriamente, a gleba originária e os
lotes, ambos em geometria de polígono, com validação topológica e isento de erros de
geometria, contendo tabela de atributos com ao menos a identificação numérica do lote no
parcelamento, a identificação da quadra a qual pertence o lote no parcelamento e a área
superficial em cálculo cartesiano (sem projeção).
Art. 178. Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zona
urbana e de expansão urbana conforme limites constantes dos mapas de Estruturação do
Território, com suas delimitações instituídas pelos documentos cartográficos constantes dos
Anexos agrupados sob o índice 1.2.e 1.3..
Parágrafo único. O parcelamento do solo sob forma de loteamento fica permitido
somente em glebas justapostas à urbanização existente, de forma a evitar os vazios urbanos,
§4º As APP podem ser transpostas pelo sistema viário ou utilizadas para a
implantação e manutenção de sistemas de drenagem de águas pluviais e outras obras exigidas
pelo Poder Público e concessionárias de serviços públicos, conforme Resolução do CONAMA.
§5º APP deverão ser incorporadas em lotes particulares a fim de manutenção e
preservação das áreas, sendo que as mesmas deverão ser gravadas em matrícula;
Art. 183. Nos parcelamentos do solo para fins urbanos, as APP podem ser
utilizadas como espaços livres de uso público para implantação de atividades educacionais, de
lazer e culturais ao ar livre, desde que:
Art. 184. O Poder Público poderá exigir nos parcelamentos do solo a reserva de
“áreas com restrição à edificação” destinada à passagem de equipamentos públicos urbanos
vinculados aos serviços de sua competência.
Parágrafo único. As dimensões das “áreas com restrição à edificação” serão
definidas pelo Município, observando os termos indicados pelos órgãos públicos competentes e
Art. 186. No parcelamento do solo serão destinadas áreas para o sistema viário e
implantação de equipamentos públicos urbanos e comunitários na proporção estabelecida no
Anexo 6, atendendo aos seguintes requisitos urbanísticos:
I - as vias públicas devem articular-se com o sistema viário adjacente, existente ou
projetado, em no mínimo duas vias, harmonizar-se com a topografia local e garantir o acesso
público aos corpos d’água, às praias e demais áreas de uso comum do povo, não
necessariamente de acordo com o gabarito existente, sendo isso determinado nas diretrizes
urbanísticas prévias;
II - a infra-estrutura básica e a de caráter complementar devem ser implantadas em
conformidade com os projetos aprovados, de acordo com o cronograma físico, sob a
responsabilidade do empreendedor e com a fiscalização do poder público;
III - a área de equipamento público comunitário destinado ao lazer, esporte e
convívio social deve ser contornada, preferencialmente, por vias públicas.
IV - caso tenham declividade superior a 18% (dezoito por cento), deverão ser
Art. 188. Poderão ser descontadas, para efeito do cálculo da área de destinação
pública:
I - as áreas destinadas à implantação de equipamentos públicos urbanos de
abastecimento de água e serviços de esgoto cloacal na forma de Estações de Tratamento de
Água, de Esgoto e Estações de Bombeamento:
§1º Deverá ser criado o Banco de Terras para Equipamentos Comunitários com os
terrenos oriundos dos projetos de parcelamento do solo juntamente de suas matrículas livres e
desembaraçadas.
§2º Até a criação do Banco de Terras para Equipamentos Comunitários, referido no
parágrafo acima, os recursos farão parte do cadastro técnico - próprios municipais,
permanentemente atualizados pela Divisão de Geoprocessamento.
§3º Todas as áreas de destinação pública devem ser georreferenciadas
adequadamente ao Sistema Geodésico Brasileiro, tomando como ponto de referência a estação
geodésica existente no Município, situada a 518.894,886 mE e 6.727.524,350 mN (Projeção
UTM, datum SIRGAS 2000), de código SAT - 93818, componente da Rede Planimétrica,
integrante do SGB.
Art. 189. Nos parcelamentos do solo de interesse social, executados pelo Poder
Público ou com sua interveniência, poderão ser admitidos parâmetros urbanísticos diferenciados,
desde que garantidas às condições de habitabilidade, mobilidade, segurança e funcionamento
dos serviços e equipamentos públicos a critério da Secretaria de Planejamento, Habitação,
Segurança, Mobilidade e Trânsito .
§1º Os padrões especiais previstos no caput não incluem o percentual mínimo de
área para equipamentos comunitários que deverá ser implantado na sua totalidade.
§2º Os parcelamentos do solo em ZEIS devem priorizar a forma de loteamento.
Art. 190. Poderão ser modificados, a critério do órgão técnico competente, os limites
de face e área das quadras urbanas, e os limites da área da gleba a ser objeto de loteamento,
previstos no Anexo 6 desta Lei, nos casos que apresentarem as seguintes situações:
I - quando localizados em áreas onde a rede viária existente ou projetada torne
desnecessária a restrição;
II - quando se pretenda a edificação de equipamentos públicos ou privados de
Art. 194. As áreas públicas serão computadas sobre a área líquida do loteamento.
Art. 195. Não são computadas na área líquida do loteamento aquelas que
apresentam impeditivos à ocupação.
Art. 196. Será permitido, quando de interesse público e após análise pela Comissão
Técnica Municipal, o desmembramento em áreas inseridas em Zona de Passagem de Cheia
para fins de destinação de espaços livres de uso público, quando estes apresentarem valor
ambiental relevante para o sistema de áreas verdes do Município.
Art. 199. Quando de interesse público para integrar o sistema de áreas verdes do
Município, e a critério da Comissão Técnica Municipal, poderá o loteador destinar área para
espaço livre de uso público em gleba distinta da parcelada.
Art. 204. Os loteamentos deverão destinar áreas públicas para a malha viária e
equipamentos públicos em conformidade com os padrões estabelecidos no Anexo 6 desta Lei.
Parágrafo único. Todas as áreas de destinação pública devem ser
georreferenciadas adequadamente ao Sistema Geodésico Brasileiro, tomando como ponto de
referência a estação geodésica existente no Município, situada a 518.894,886 mE e
6.727.524,350 mN (Projeção UTM, datum SIRGAS 2000), de código SAT - 93818, componente
da Rede Planimétrica, integrante do SGB.
Art. 205. O licenciamento das obras de urbanização deverá ser requerido no prazo
de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de seu registro imobiliário, sendo que a conclusão
destas deverá observar o prazo máximo de 05 (cinco) anos.
Parágrafo único. O prazo referido no caput poderá ser prorrogado, desde que o
pedido de prorrogação se dê na sua vigência, tantas vezes quantas forem necessárias, em
função de interesse público e a critério da Secretaria de Meio Ambiente, Defesa Civil e Causa
Animal responsável pelo licenciamento ambiental.
Subseção I
Dos Loteamentos de Caráter Social
Seção II
Dos Arruamentos
Seção III
Dos Desmembramentos
Art. 212. Não será permitido o desmembramento que resultar em faixa de lotes
Seção IV
Art. 214. Considera-se também fracionamento desde que não haja prejuízo a
estruturação urbana:
I. - o parcelamento de glebas de grande porte, desde que as glebas resultantes do
fracionamento possuam área mínima de 5 ha (cinco hectares);
II - o parcelamento de glebas com qualquer área que tenha origem em
parcelamentos do solo que já tenham contribuído com áreas para equipamentos comunitários
conforme legislação vigente à época de sua aprovação.
III - o parcelamento de imóvel resultante de remembramento de imóveis;
IV - a divisão amigável ou judicial de imóveis bem como a partilha de imóveis,
nomeadamente nas hipóteses de:
a) dissolução da sociedade conjugal;
b) sucessão "causa-mortis";
c) dissolução de sociedade ou associações constituídas anteriormente
à data de vigência da Lei Federal nº. 6.766 de 19 de dezembro de 1979;
Seção V
Do Condomínio Urbanístico por Lotes
Art. 217. Nos condomínios citados na presente Lei são considerados áreas e
edificações de propriedade comum dos condôminos as vias de acesso aos lotes, as edificações
e as demais áreas de uso comum, bem como as áreas de lazer e recreação, as áreas
destinadas a equipamentos urbanos e comunitários com seus respectivos equipamentos, os
muros e cercas externas e as faixas "não - edificáveis" ao longo dos mesmos, as guaritas, as
obras de infra-estrutura previstas nesta Lei e outras que porventura existirem, e ainda, todas as
áreas e edificações que, por sua natureza destinarem-se ao uso comum de todos os
condôminos, que constam na convenção do condomínio, demarcado em planta e memorial
descritivo.
§1º As Áreas de Preservação Permanentes - APP - serão consideradas áreas de
CAPÍTULO V
DA EDIFICAÇÃO NO PARCELAMENTO DO SOLO
Seção I
Do Condomínio Urbanístico por Unidades Autônomas
Art. 226. Nos condomínios por unidades autônomas serão preservadas áreas livres
de uso comum em proporção de no mínimo 35% (trinta e cinco por cento) de área total da gleba.
§1º Quanto à gleba de que trata este artigo não tiver sido objeto de loteamento
anterior e dele não tenha resultado previa doação de área pública deverá ser destinado 15%
(quinze por cento) do total da gleba para uso público, em localização a ser definida pelo
Município.
LIVRO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 231. Serão examinados, de acordo com a legislação em vigor à época de sua
Art. 232. Para efeito desta Lei são estabelecidos os seguintes prazos de validade:
I - 12 (doze) meses para a certidão de zoneamento, contados a partir da data da
emissão do documento;
II - 12 (doze) meses para os EVU aprovados, contados a partir da data do
deferimento;
III - 12 (doze) meses para as portarias aprovadas, contados a partir da data do
deferimento;
Art. 234. As modificações de projetos cujas obras foram iniciadas serão examinadas
de acordo com a legislação em vigor na data de sua aprovação.
Art. 237. Será objeto de decreto do executivo, as matérias que tratem de:
I - regulamentação do Sistema de Gestão do Planejamento;
II - regulamentação do Sistema de Monitoramento;
III - regulamentações de procedimentos relativos à aprovação de projetos de
edificação e parcelamento do solo;
IV - padrões para projetos e execução de obras referentes à pavimentação,
posteamento e arborização das vias de circulação e urbanização de praças;
Art. 238. Serão objetos de resoluções da CTM, as matérias que tratem de:
I - alteração e ajustes nos gravames de traçados viários e de equipamentos urbanos
e comunitários;
II - definição de critérios para análises e aprovações de estudos e projetos de
edificações e parcelamento do solo;
III - resolução de dúvidas e de interpretações do Plano Regulador e aplicações dos
Art. 239. O Executivo, após a promulgação desta Lei, deverá dar provimento às
medidas de implementação das diversas diretrizes que a integram.
Art. 241. Ao Poder Executivo Municipal caberá ampla divulgação do Plano Diretor e
das demais normas municipais, em particular as urbanísticas, através dos meios de
comunicação disponíveis.
Art. 243. Revogam-se as Leis Municipais nºs 3715 de 10 de outubro de 2006, 5144
de 20 de dezembro de 2012, 5703 de 28 de maio de 2015, 5772 de 18 de dezembro de 2015,
6426 de 13 de maio de 2021.
Art. 244. Esta Lei entra em vigor após decorridos 90 (noventa) dias a contar da data
de sua publicação.
PALÁCIO MUNICIPAL CEL. DINIZ MARTINS RANGEL, 23 de junho de 2022.
Registre-se e publique-se