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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PREFEITURA MUNICIPAL DE TAQUARA


Palácio Municipal Cel. Diniz Martins Rangel
Gabinete da Prefeita

LEI COMPLEMENTAR Nº 018, DE 23 DE JUNHO DE 2022

Institui o Plano Diretor Municipal de Taquara, dispõe


sobre o Desenvolvimento Urbano no Município de
Taquara e dá outras providências.

SIRLEI TERESINHA BERNARDES DA SILVEIRA, Prefeita Municipal de Taquara, Estado do Rio


Grande do Sul, vem no uso de suas atribuições que lhe confere a Lei Orgânica, FAÇO SABER que a Câmara
Municipal de Vereadores aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

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LIVRO I
DA POLÍTICA URBANA

TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS, DIRETRIZES, FINALIDADE E ABRANGÊNCIA

Art. 1º Esta Lei institui o Plano Diretor Municipal de Taquara – PDM – como
instrumento da Política Urbana.
§1º O Plano Diretor Municipal é instrumento orientador e normativo dos processos

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de transformação do Município nos aspectos político, socioeconômico, físico-ambiental e
administrativo.
§2º As normas, princípios e diretrizes para implantação do Plano Diretor Municipal,
são aplicáveis a toda a extensão territorial do Município.

Art. 2º Sem prejuízo à autonomia municipal, o Plano Diretor Municipal de Taquara –


PDM – deverá ser compatível com os planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do
território e de desenvolvimento econômico e social.

Art. 3º São princípios da política urbana do Município, além dos dispostos nos
capítulos de Política Urbana das Constituições Federal e Estadual, na Lei Orgânica Municipal e
na Lei Federal 10.257, de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade:
I - gestão democrática;
II - prevalência do interesse coletivo sobre o interesse particular;
III - cumprimento da função social da cidade e da propriedade;
IV - desenvolvimento sustentável da economia, da sociedade e do ambiente;
V - universalização do acesso à terra e à moradia regular;
VI - garantia da acessibilidade e mobilidade;

Art. 4º São diretrizes da política urbana do Município:


I - orientar a política de desenvolvimento do município, considerando os
condicionantes ambientais e utilizando adequadamente as potencialidades do meio natural,
social e econômico da região e do município.
II - incentivar a participação popular como instrumento de construção da cidadania
e meio legítimo de manifestação das aspirações coletivas;

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III - promover o desenvolvimento das funções sociais da cidade segundo princípios


de eficácia, equidade e eficiência nas ações públicas e privadas no meio urbano;
IV - assegurar que a ação pública do Poder Executivo e do Legislativo ocorra de
forma planejada e participativa;
V - garantir a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes das obras e
serviços de infraestrutura urbana e rural, como requisito básico ao pleno desenvolvimento das
potencialidades individuais e coletivas dos munícipes;
VI - Garantir condições para um desenvolvimento socialmente justo,
economicamente viável e ecologicamente equilibrado, considerando-se a técnica, os recursos

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naturais e as atividades econômicas e administrativas realizadas no território como meios a
serviço da promoção do desenvolvimento humano;
VII - promover a participação da população nas decisões que afetam a organização
do espaço, a prestação de serviços públicos e a qualidade de vida no Município;
VIII - promover o pleno desenvolvimento do Município;
IX - promover a reestruturação do sistema municipal de planejamento e gestão;
X - preservar, proteger e recuperar o meio ambiente e o patrimônio cultural,
histórico, paisagístico, artístico e arquitetônico do Município;
XI - assegurar o cumprimento da função social da propriedade;
XIII - promover a adequada distribuição e assegurar o suprimento de infraestruturas

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urbana e rural;
XIII - garantir a justa distribuição dos ônus e benefícios das obras e serviços de
infraestrutura;
XIV - coibir a especulação imobiliária.

Art. 5º O Plano Diretor Municipal tem por finalidade precípua orientar a atuação do
poder público e da iniciativa privada, para assegurar o adequado ordenamento territorial, a
contínua melhoria das políticas sociais e o desenvolvimento sustentável do Município, tendo em
vista as aspirações da população.
Parágrafo único. O Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o
Orçamento Anual deverão incorporar as diretrizes e as prioridades contidas no Plano Diretor
Municipal.

Art. 6º O Plano Diretor Municipal será revisto no prazo máximo de até seis anos,
com base no Sistema de Informações da Prefeitura Municipal.

CAPÍTULO I
DOS CONTEÚDOS DO PLANO

Art. 7º O PDM é constituído pelo Plano Estratégico (conjunto de estratégias que


visam nortear objetivos no tempo e no espaço do Município) e pelo Plano Regulador (conjunto
de normas urbanísticas que disciplinam o uso e ocupação do solo privado).
§1º Integram o Plano Estratégico os seguintes Anexos:
I - Anexo 1 - Estruturação do Território:
a) Anexo 1.1 - Mapa de Estrutura Territorial e Distritos;
b) Anexo 1.1.1 - Descrições Georreferenciadas de Limites Distritais;

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c) Anexos 1.2 - Mapas e Cartas Imagem dos Perímetros de Expansão Urbana.


1.2.1.0 - Mapa de Perímetro de Expansão Urbana de Tucanos;
1.2.1.1 - Carta Imagem de Perímetro de Expansão Urbana de Tucanos;
1.2.2.0 - Mapa de Perímetro de Expansão Urbana de Alto Km 4;
1.2.2.1 - Carta Imagem de Perímetro de Expansão Urbana de Alto Km 4;
1.2.3 - Descrições Georreferenciadas de Perímetros de Expansão Urbana;
d) Anexos 1.3 - Mapas e Cartas Imagem dos Perímetros Urbanos;
1.3.1.0 - Mapa de Perímetro Urbano Citadino (Distrito Sede);
1.3.1.1 - Carta Imagem de Perímetro Urbano Citadino (Distrito Sede);

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1.3.2.0 - Mapa de Perímetro Urbano do Distrito de Fazenda Fialho;
1.3.2.1 - Carta Imagem de Perímetro Urbano do Distrito de Fazenda Fialho;
1.3.3.0 - Mapa de Perímetro Urbano do Distrito de Padilha;
1.3.3.1 - Carta Imagem de Perímetro Urbano do Distrito de Padilha;
1.3.4.0 - Mapa de Perímetro Urbano do Distrito de Pega Fogo;
1.3.4.1 - Carta Imagem de Perímetro Urbano do Distrito de Pega Fogo;
1.3.5.0 - Mapa de Perímetro Urbano do Distrito de Rio da Ilha;
1.3.5.1 - Carta Imagem de Perímetro Urbano do Distrito de Rio da Ilha;
1.3.6.0 - Mapa de Perímetro Urbano do Distrito de Santa Cruz da Concórdia;
1.3.6.1 - Carta Imagem de Perímetro Urbano do Distrito de Santa Cruz da

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Concórdia;
1.3.7 - Descrições Georreferenciadas de Perímetros Urbanos;
e) Anexo 1.4 - Mapa de Bairros;
f) Anexo 1.4.1 - Descrições Georreferenciadas de Limites de Bairros;
g) Anexos 1.5 - Mapas de Zoneamento Urbano de Uso e Ocupação;
1.5.1 - Mapa de Zoneamento Urbano e de Zoneamento de Expansão Urbana
Citadino (Distrito Sede);
1.5.2 - Mapa de Zoneamento Urbano do Distrito de Fazenda Fialho;
1.5.3 - Mapa de Zoneamento Urbano do Distrito de Padilha;
1.5.4 - Mapa de Zoneamento Urbano do Distrito de Pega Fogo;
1.5.5 - Mapa de Zoneamento Urbano do Distrito de Rio da Ilha;
1.5.6 - Mapa de Zoneamento Urbano do Distrito Santa Cruz da Concórdia;
h) Anexos 1.6 - Mapas de Limitações e Restrições Físico-Ambientais do Território;
1.6.1 - Mapa de Limitações e Restrições Físico-Ambientais (Rural);
1.6.2 - Mapas de Limitações e Restrições Físico-Ambientais (Zonas Urbanas
Citadina e Distritais);
i) Anexo 1.7 - Mapa de Zonas de Urbanização Específica.
II - Anexo 2 - Sistema Viário Hierarquizado:
a) Anexo 2.1 - Listagem consolidada do Sistema Viário Oficial;
Anexo 2.1.1 - Mapa de Classificação e Hierarquia do Sistema Viário Rural;
Anexo 2.1.2 - Mapa de Classificação e Hierarquia do Sistema Viário Urbano;
b) Anexo 2.2 - Perfis Viários.
III - Anexo 3 – Inventário do Patrimônio Histórico e Cultural:
a) Anexo 3.1 – Plantas do Inventário do Patrimônio Histórico e Cultural;
b) Anexo 3.2 – Listagem do Inventário do Patrimônio Histórico e Cultural.
§2º Integram o Plano Regulador os seguintes Anexos:

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I - Anexo 4 – Atividades:
a) Anexo 4.1 – Classificação das Atividades;
b) Anexo 4.2 – Atividades Permitidas por Zona de Uso;
c) Anexo 4.3 – Atividades Sujeitas a EVU, EIV e RAS obrigatório;
d) Anexo 4.4 – Atividades e Prédios Existentes;
e) Anexo 4.5 – Depósitos e Postos de Revenda de GLP.
II - Anexo 5 – Edificação:
a) Anexo 5.1 – Regime Urbanístico por Zona de Uso;
b) Anexo 5.2 – Estacionamentos e Carga e Descarga;

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III - Anexo 6 – Parcelamento do Solo:
a) Anexo 6.1 – Loteamentos:
1. Anexo 6.1.1 – Diretrizes de Loteamento;
b) Anexo 6.2 – Desmembramentos:
1. Anexo 6.2.1 – Diretrizes de Desmembramento:
c) Anexo 6.3 – Fracionamentos;
1. Anexo 6.3.1 – Diretrizes de Fracionamentos;
d) Anexo 6.4 – Condomínios Urbanísticos por Unidades Autônomas:
1. Anexo 6.4.1 – Diretrizes de Condomínios UA;
e) Anexo 6.5 – Condomínio Urbanístico por Lotes:

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1. Anexo 6.5.1 – Diretrizes de Condomínios de Lotes;
f) Anexo 6.6 – Praças:
IV - Anexo 7 – Figuras do Plano Regulador.

CAPÍTULO II
DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE

Art. 8º A adequação do uso da propriedade à sua função social constitui requisito


fundamental ao cumprimento dos objetivos desta Lei, devendo o governo municipal e os
munícipes assegurá-la.
Parágrafo único. Considera-se propriedade, para os fins desta Lei, qualquer fração
ou segmento do território, de domínio privado ou público, edificado ou não, independentemente
do uso ou da destinação que lhe for dada ou prevista.

Art. 9º Para cumprir sua função social, a propriedade deve atender aos critérios de
ocupação e uso do solo, às diretrizes de desenvolvimento do Município no plano territorial e
social e a outras exigências previstas em Lei, mediante:
I - intensidade de uso adequada à disponibilidade da infra-estrutura urbana e de
equipamentos e serviços, atendendo aos parâmetros urbanísticos definidos pelo ordenamento
territorial determinado neste Plano;
II - utilização compatível com a capacidade de atendimento dos equipamentos e
serviços públicos, e com as condições de preservação da qualidade do meio ambiente, da
paisagem urbana e do patrimônio cultural e histórico;
III - utilização compatível com a segurança e a saúde dos usuários e da vizinhança;
IV - plena adequação aos fins a que se destina, sobretudo em se tratando de
propriedade pública;

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V - cumprimento das obrigações tributárias e trabalhistas;


VI - utilização compatível com as funções sociais da cidade no caso de propriedade
urbana.
§1º As funções sociais da cidade são aquelas indispensáveis ao bem-estar de seus
habitantes, incluindo: a moradia, a infra-estrutura urbana, a educação, a saúde, o lazer, a
segurança, a circulação, a comunicação, a produção e comercialização de bens, a prestação de
serviços e a proteção, preservação e recuperação dos recursos naturais ou criados.
§2º A propriedade sobre o solo não acarreta, obrigatoriamente, o direito de
construir, cujo exercício deverá ser autorizado pelo Poder Executivo, segundo os critérios

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estabelecidos neste plano diretor e nas demais leis que o complementam.

CAPÍTULO III
DOS FATORES FAVORÁVEIS E RESTRITIVOS AO DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO

Art. 10. Os objetivos estratégicos, as políticas e as diretrizes estabelecidas nesta Lei


visam melhorar as condições de vida no Município de Taquara, considerando as demandas da
população bem como os fatores favoráveis e restritivos ao desenvolvimento local.
§1º São fatores favoráveis:
I. o papel de pólo educacional, técnico-científico e cultural local, cuja base principal

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são os estabelecimentos de ensino público e privado e as Faculdades de Taquara;
II - o nível médio de renda;
III - o potencial para o desenvolvimento de atividades econômicas de base
tecnológica ou de uso intensivo de conhecimento;
IV - o potencial para o desenvolvimento da agroindústria;
V - o potencial para o turismo de eventos técnico-científicos, culturais e recreativos;
VI - o valor do patrimônio cultural e histórico, principalmente na área central da
cidade e nos roteiros rurais do Município;
VII - a posição geográfica favorável e boa logística viária;
VIII - organização da vida comunitária e o potencial para o desenvolvimento cultural;
IX - disponibilidade de recursos energéticos, especialmente de energia elétrica e
gás natural;
X - a expressividade numérica da população jovem;
XI - o papel de pólo micro-regional nos setores de serviços e comércio;
XII - a destinação adequada dos resíduos sólidos urbanos e industriais.
§2º São fatores restritivos:
I - as deficiências técnicas e administrativas do poder público municipal;
II - a base econômica industrial relativamente inexpressiva;
III - as deficiências da infra-estrutura urbana e do sistema de planejamento;
IV - a existência de grupos populacionais submetidos a níveis críticos de pobreza;
V - a acentuada desigualdade na distribuição da renda;
VI - a ocupação inadequada de encostas, margens dos cursos d'água e áreas de
mananciais;
VII - a deficiência na rede de esgoto municipal.

CAPÍTULO IV

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DOS INSTRUMENTOS BÁSICOS E COMPLEMENTARES

Art. 11. O desenvolvimento territorial do Município dar-se-á através do Plano Diretor


Municipal – PDM e compreende os seguintes instrumentos básicos:
I - Plano Estratégico;
II - Planta de Ordenamento Urbano;
III - Plano Regulador.

Art. 12. São Instrumentos Complementares do PDM os Planos Setoriais,

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Intersetoriais e Sistemas, em especial:
I - Plano Local de Habitação de Interesse Social;
II - Plano de Desenvolvimento Social;
III - Plano de Desenvolvimento Econômico;
IV - Plano de Mobilidade Urbana (a ser elaborado);
V - Plano Diretor de Solos e Meio Ambiente;
VI - Plano de Consolidação de Taquara como Pólo Educacional do Paranhana;
VII - Plano de Desenvolvimento Turístico Municipal;
VIII - Plano de Consolidação de Taquara como Pólo de Logística Regional;
IX - Plano de Saneamento Básico;

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X - Plano Estratégico de Manejo de Águas Pluviais e Prevenção de Inundações
Urbanas;
XI - Sistema de Monitoramento;
XII - Sistema de Informações;
XIII - Sistema de Gestão Urbana.
§1º Os Planos Setoriais, Intersetoriais e Sistemas conterão as diretrizes, definição
de políticas e normas.
§2º O Município elaborará os Planos Setoriais, Intersetoriais e Sistemas, de acordo
com as prioridades definidas no orçamento municipal.

LIVRO II
DO PLANO ESTRATÉGICO

Art. 13. O Plano Estratégico, instrumento básico de definição do modelo de


desenvolvimento do Município, é constituído por estratégias, instrumentos de gestão e pelas
plantas de ordenamento.
Parágrafo único. As estratégias são constituídas por planos, programas e projetos:
I - Plano – instrumento básico no qual terão suporte os programas e projetos;
II - Programa – conjunto de ações e projetos apoiado nas prioridades de um plano
que envolve metas a alcançar em médio e longo prazo;
III - Projeto – intervenção pontual de curto prazo que materializa estratégias de um
Plano específico.

Art. 14. As estratégias que orientam o PDM de Taquara são:


I - Estratégia 1 – Desenvolvimento Econômico;
II -. Estratégia 2 – Política Urbana e Ambiental;

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III - Estratégia 3 – Desenvolvimento e Integração Social.

TÍTULO I
DA ESTRATÉGIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Art. 15. A Estratégia de Desenvolvimento Econômico objetiva a promoção do


desenvolvimento sustentável de Taquara, buscando a consolidação do Município conforme as
visões estratégicas estabelecidas no Diagnóstico do Plano de Infraestrutura Estratégica (PIES):
I - Pólo de Indústria e Logística Regional;

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II - Referência em Turismo Histórico, Rural e de Aventura;
III - Pólo Educacional e Tecnológico do Paranhana.

CAPÍTULO I
DO POLO DE INDÚSTRIA E LOGÍSTICA REGIONAL

Art. 16. A consolidação de Taquara como Pólo de Indústria e Logística Regional tem
como diretrizes gerais:
I - promover a integração e articulação continental e regional do Município;
II - qualificar a malha viária principal e os principais acessos à sede municipal;

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III - promover a industrialização no território municipal, principalmente ao longo das
rodovias estaduais que cruzam o território municipal e articulam destinos de cargas e
infraestrutura logística regional (portos, aeroportos e centros de distribuição);
IV - disponibilizar áreas com aptidão de uso e dimensões adequadas para a
expansão industrial;
V - definir tipologias de lotes industriais/apoio logístico considerando a
acessibilidade viária, as características das atividades e dos padrões de tráfego (tráfego pesado,
médio e leve);
VI - especificar aptidões diferenciais para efeitos de zoneamento relacionados às
características da produção industrial, conforme indicado no Diagnóstico do Plano de
Infraestrutura Estratégica do Município (PIES);
VII - configurar novos pólos de comércio e serviço na sede municipal;
VIII - definir interfaces das diferentes tipologias industriais com áreas residenciais;
IX - criar sinergias entre instituições de Ensino Superior do Estado e do Município e
os setores primário, secundário e terciário locais nos ramos de pesquisa e desenvolvimento;
X - incentivar vínculos entre o setor imobiliário e o contingente de médio poder
aquisitivo atraído pela universidade local;
XI - qualificar e aumentar a oferta de cursos técnicos e profissionalizantes no
município.

Art. 17. São diretrizes específicas para a consolidação de Taquara como Pólo
Industrial e Logístico:
I - estimular a ocupação, por empresas de logística, ao longo das rodovias
existentes;
II - aproveitar o potencial econômico através da implantação de lotes industriais e
de apoio logístico;

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III - estudar e qualificar os principais entroncamentos rodoviários através de análise


da situação atual e de estudos da demanda futura para a área;
IV - promover a implantação de áreas industriais no quadrante sudeste da sede
municipal de Taquara – através da pavimentação do trecho da ERS 242 entre Taquara/Santo
Antônio da Patrulha;
V - promover o desenvolvimento comercial da sede do município a partir de uma
equilibrada distribuição de usos do solo, tirando proveito do tráfego de passagem originado nas
estradas estaduais;
VI - adaptar a estrutura de parcelamento do solo ao longo dos trechos urbanos das

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rodovias estaduais para receber diferentes escalas de programas comerciais (atacado e varejo).
VII - promover a ocupação de comércio de grande porte nos trechos urbanos da
ERS 239 e da ERS 020 – Corredor de Comércio e Serviço 1;
VIII - promover o comércio de médio porte nas áreas residenciais, especialmente
nas vias arteriais da malha urbana municipal – Corredor de Comércio e Serviço 2;
IX - promover o uso do solo do Corredor de Produção incentivando sua ocupação
com atividades vinculadas a logística do transporte de cargas, ao comércio (atacadista e
varejista) e às indústrias de pequeno e médio porte;
X - revitalizar e consolidar as áreas comerciais do Centro Histórico da sede
municipal;

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XI - articular a região do Parque Tecnológico com as diferentes áreas indústrias e
com os municípios limítrofes;
XII - prever e promover a implantação de um Distrito Industrial.

Art. 18. A implementação da visão estratégica de Taquara como Pólo Industrial e


Logístico do Paranhana dar-se-á através das seguintes ações:
I - compatibilização entre o tráfego de cargas e o tráfego de passeio nos trechos
urbanos das rodovias estaduais que cruzam o território municipal, através de ações de:
a) curto prazo: estudar propostas para a interseção entre a ERS 020 e a ERS 239;
b) longo prazo: definir novo traçado para a ERS 239;
II - qualificar a ERS 242, importante via de ligação entre a ERS 020 (Taquara) e a
ERS 474 (Santo Antônio da Patrulha), como alternativa para o tráfego de cargas e apoio ao novo
distrito industrial;
III - estruturar via perimetral de circulação urbana, prioritária para circulação de
cargas, no bordo do perímetro urbano;
IV - disponibilizar áreas adequadas para atividades industriais e de logística dentro
do perímetro urbano, articuladas aos principais acessos rodoviários.

CAPÍTULO II
DO MUNICÍPIO DE TAQUARA COMO REFERÊNCIA REGIONAL DO TURISMO HISTÓRICO,
RURAL E DE AVENTURA.

Art. 19. A consolidação de Taquara como referência regional do Turismo Histórico,


Rural e de Aventura tem como diretrizes gerais:
I - promover o desenvolvimento turístico aproveitando a posição geográfica
estratégica do Município entre a RMPA, a Serra e o Litoral Gaúcho;

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II - estruturar inventário da oferta turística local, destacando fatores de diferenciação


turística do município nos níveis local, regional e nacional;
III - estruturar e divulgar rotas e locais de interesse turístico municipal sob o ponto
de vista do turismo rural e de aventura, identificando as estradas municipais de articulação
regional de Taquara com os municípios limítrofes;
IV - desenvolver a qualificação de serviços e recursos humanos voltados para o
turista;
V - incentivar iniciativas da área cultural provenientes dos centros comunitários dos
bairros;

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VI - preservar e divulgar as tradições culturais e populares do Município;
VII - estabelecer programas de cooperação com agentes públicos e/ou privados,
visando à promoção cultural;
VIII - incentivar a colaboração com a comunidade na preservação do patrimônio
histórico, artístico e cultural;
IX - incentivar a implantação de espaços públicos, privados e/ou comunitários para
manifestações culturais;
X - implantar e manter centros comunitários como espaços de apoio às atividades
artísticas e culturais;
XI - preservar espaços que protegem e divulgam valores artísticos, culturais e

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históricos do Município
XII - qualificar tecnicamente o pessoal da administração municipal envolvido na
gestão das políticas culturais;
XIII - conferir maior autonomia orçamentária e financeira aos órgãos municipais
responsáveis pela implementação das políticas culturais envolvendo, inclusive, a captação de
recursos estaduais e federais.

Art. 20. São diretrizes específicas para a consolidação de Taquara como referência
regional no Turismo Histórico, Rural e de Aventura:
I - estabelecer incentivos econômicos e fiscais para a proteção do patrimônio
histórico, artístico e cultural;
II - incentivar a formulação de estratégias de financiamento para o restauro
arquitetônico e reconversão de usos visando à reutilização de edifícios no Centro Histórico;
III - criar estratégias de animação do Centro Histórico;
IV - identificar e utilizar o patrimônio histórico/cultural da Sede Municipal como fator
de atração para o turismo sazonal e permanente;
V - estabelecer parcerias com instituições públicas e empresas privadas (a exemplo
da FACCAT) para desenvolvimento de projetos voltados para a identificação, preservação e
desenvolvimento do patrimônio cultural.
VI - incluir Taquara no Roteiro Integrado das Serras Gaúcha e Catarinense - Os
Cânions Brasileiros - SC/RS, que articula através da RS 020 os municípios de Porto Alegre (RS),
Taquara (RS), São Francisco de Paula (RS), Cambará do Sul (RS), São José dos Ausentes
(RS), São Joaquim (SC), Bom Jardim da Serra (SC), Urubici (SC), e Florianópolis (SC);
VII - estruturar a sinalização dos acessos municipais e das rotas turísticas através
de Plano de Comunicação e Sinalização Turística;
VIII - divulgar e incentivar o Turismo de Água: potencializar e valorizar os atributos

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do ambiente natural como a Orla dos Rios dos Sinos e Paranhana, o Balneário Municipal João
Martins Nunes, córregos e trilhas naturais como estímulo à conscientização ambiental e à
preservação destas áreas;
IX - divulgar e incentivar o Turismo eqüestre: adequar a infraestrutura existente para
atividades eqüestres/carreatas (rotas e trilhas na zona rural) e definir rotas e itinerários, conforme
Plano de Desenvolvimento Turístico Local a ser desenvolvido;
X - divulgar e incentivar o Turismo peatonal: identificar percursos peatonais na sede
e na zona rural (turismo contemplativo) articulados a equipamentos de interesse
histórico/cultural, prevendo sinalização própria para diferentes tipos de percurso;

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XI - divulgar e incentivar o Turismo ciclístico: articular os principais pontos de
interesse turístico através de estruturas que suportem e incentivem o uso da bicicleta como meio
de transporte (ciclo faixa, bicicletários), tanto na sede municipal quanto na zona rural;
XII - divulgar e incentivar o Turismo gastronômico: promover a gastronomia colonial
do município, estimulando percursos turisticos;
XIII - divulgar e incentivar o Turismo naturista: desenvolver zona turística
relacionada ao turismo naturista no município;
XIV - utilizar o patrimônio histórico/cultural da Sede Municipal como fator de atração
para o turismo sazonal de eventos;
XV - utilizar as áreas verdes municipais para estruturação de percursos peatonais

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na sede;
XVI - promover a qualificação temática (mobiliário urbano, iluminação pública,
pavimentação e sinalização) dos espaços públicos frequentemente utilizados em procissões e
outros eventos municipais;

Art. 21. São ações para consolidação de Taquara como referência regional no
Turismo Histórico, Rural e de Aventura:
I - caracterizar como Zonas Especiais de Desenvolvimento Turístico o Portal do
Paranhana, em área localizada na RS 115, aproveitando o fluxo de turistas em direção a Serra
Gaúcha, especialmente a Gramado e Canela e o Belvedere da ERS 020, aproveitando o
potencial cênico do limite norte do perímetro urbano;
II - criar Centro de Atenção ao Turista vinculado ao Portal do Paranhana como
primeiro ponto de parada entre Porto Alegre e a Serra Gaúcha;
III - qualificar as vias vicinais de articulação entre a ERS 115 e a ERS 020,
incentivando o uso de rotas alternativas entre as sedes dos municípios de Taquara, Igrejinha e
Três Coroas;
IV - incentivar e criar Zona Turística para desenvolvimento rural e de alojamento.

CAPÍTULO III
DO MUNICÍPIO DE TAQUARA COMO POLO EDUCACIONAL E TECNOLÓGICO DO
PARANHANA

Art. 22. A consolidação de Taquara como Pólo Educacional e Tecnológico do


Paranhana tem como diretrizes gerais:
I - (criar sinergias entre as unidades de ensino técnico, profissionalizante e superior
(FACCAT – Faculdades Integradas de Taquara) e os setores primário, secundário e terciário da

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economia regional);
II - incentivar o vínculo entre instituições de ensino locais e as cadeias produtivas
regionais com maior potencial de desenvolvimento econômico tais como a Calçadista,
Informática, Saúde, Transporte e Turismo.

Art. 23. São diretrizes específicas para a consolidação de Taquara como Pólo
Educacional e Tecnológico do Paranhana:
I - reservar área para expansão das atividades universitárias em região não
ocupada no entorno da FACCAT;

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II - promover a travessia segura nas estradas e rodovias de articulação do pólo
universitário considerando a origem e destino dos estudantes do sistema universitário;
III - prever áreas residenciais com tipologias diversificadas (predominantemente
habitação coletiva) em locais próximos ao campus universitário, para atender a demanda
potencial de estudantes de cidades distantes e mesmo da Região do Vale do Paranhana;
IV - aproveitar, no Parque Tecnológico, os recursos hídricos existentes no local para
o projeto de parques e jardins integrados ao sistema de circulação local;
V - articular o Parque Tecnológico às principais vias municipais e estaduais de
articulação continental, regional e local do Vale do Paranhana;
VI - promover atividades de ensino, pesquisa/extensão; cultura, lazer e esportes na

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região destinada ao Pólo Universitário e ao Pólo Tecnológico.

Art. 24. São ações para consolidação de Taquara como Pólo Tecnológico:
I - promover acessibilidade ao Pólo Universitário da FACCAT através da:
(a) articulação da área ocupada pelo campus universitário e o centro
da sede municipal;
(b) acesso seguro de veículos pela ERS 115 e ERS 020;
II - reduzir os custos de transporte para os estudantes promovendo:
(a) a articulação entre equipamentos de ensino e áreas verdes
municipais através da implantação de ciclovias, não apenas em escala local, mas também em
escala regional; e
(b) a articulação com os municípios limítrofes a exemplo da articulação
com o município de Parobé pela . Avenida das Nações e Rua Tristão Monteiro (Taquara);
III - implantar na vizinhança da FACCAT, um Parque Tecnológico.
Parágrafo único. A Estratégia de Desenvolvimento Econômico está ilustrada no
Anexo 7 – Figuras 7.1 a 7.56.

TÍTULO II
DA ESTRATÉGIA DA POLÍTICA URBANA E AMBIENTAL

Art. 25. A Estratégia da Política Urbana e Ambiental objetiva o pleno


desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade, e o uso, socialmente justo e
ecologicamente equilibrado, do seu território, de forma a assegurar o bem estar de seus
habitantes, compreendendo a:
I - Estruturação e Ordenamento do Território;
II - Circulação e Transporte; e

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III - Sustentabilidade Ambiental e Infraestrutura.

CAPÍTULO I
DA ESTRUTURAÇÃO E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Art. 26. As diretrizes gerais da Estruturação e Ordenamento do Território de


Taquara, são:
I - aumentar a compacidade da sede municipal para reduzir custos de
deslocamento, serviços, infraestrutura e equipamentos, criando limites urbanos e

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disponibilizando área rural para atividades agrícolas, de turismo e de lazer;
II - densificar ocupações existentes e ocupar os vazios intersticiais como estratégia
de expansão urbana;
III - estabelecer, na sede municipal, Zonas de Urbanização Prioritária (ZUP)
definidas pelo critério de aproveitamento da capacidade de infraestrutura instalada e dos
investimentos em infraestrutura estratégica para o desenvolvimento econômico do município;
IV - definir as Zonas de Uso a partir de aptidões ambientais, econômicas e histórico-
culturais (Zonas Residenciais, Comerciais, Mistas, Industriais e de Uso Especial);
V - promover o monitoramento do território, pelo acompanhamento do
desenvolvimento urbano e da qualidade ambiental do território municipal através de Sistema de

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Zonas de Monitoramento Ambiental articulado aos Planos Setoriais de:
(a) Saneamento;
(b) Mobilidade Urbana;
(c) Habitação e
(d) Infraestrutura Estratégica: A delimitação das Zonas Ambientais terá
origem no cruzamento de dados e informações originadas nos referidos Planos.

Art. 27. São diretrizes específicas para Estruturação e Ordenamento do Território de


Taquara:
I - aumentar a densidade residencial utilizando como estratégia principal a
verticalização das edificações nos Corredores de Comércio e Serviço, sem prejuízo à
habitabilidade local e à ambiência em área de patrimônio cultural;
II - promover a ocupação residencial de baixa densidade em áreas de grande
incidência de restrições ambientais (respeitando restrições legais):
(a) áreas próximas aos Rios Paranhana e dos Sinos; e
(b) áreas próximas à região de topografia acidentada a nordeste da
sede municipal;
III - promover a ocupação de áreas para habitação de interesse social nas zonas
indicadas pelo PLHIS através de regime urbanístico apropriado.

CAPÍTULO II
DA CIRCULAÇÃO E TRANSPORTE

Art. 28. São diretrizes gerais da política de circulação e transporte:


I - garantir à população condições eficientes de acesso aos locais de moradia,
trabalho, lazer, comércio e serviço;

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II - dotar a cidade de um sistema viário hierarquizado, integrado com as áreas


urbanas e rurais e com o sistema viário intermunicipal;
III - reduzir o papel da área central como principal articuladora do sistema viário
urbano e intermunicipal;
IV - disciplinar o transporte de cargas e compatibilizá-lo às características de
trânsito e das vias urbanas;
V - disciplinar e fiscalizar o transporte escolar;
VI - assegurar concorrência e transparência na concessão da exploração do
transporte coletivo;

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VII - proporcionar aos portadores de necessidades especiais o acesso universal ao
transporte coletivo;
VIII - promover a educação para o trânsito;
IX - incrementar a qualidade das calçadas e mantê-las em perfeitas condições de
trânsito para todos os tipos de pedestres;
X - minimizar o conflito entre trânsito de veículos e de pedestres e entre veículos e
bicicletas;
XI - manter o sistema viário em condições adequadas de circulação e transportes
para pedestres e veículos;
XII - dotar e manter as vias com sinalização informativa e de trânsito;

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XIII - priorizar, nas áreas centrais a circulação de pedestres em relação a veículos;
XIV - priorizar o tráfego de veículos de transporte coletivo e a segurança de
pedestres e ciclistas;
XV -criar um ambiente de sistema viário em condições adequadas de circulação
através de ciclovias, incentivando as suas implantações.

Art. 29. A política de circulação e transporte tem como diretrizes específicas:


I - conferir hierarquia ao sistema viário no meio urbano;
II - não sobrecarregar a infraestrutura viária da sede municipal com o tráfego
pesado de cargas, estabelecendo vias periféricas para absorver o fluxo de veículos deste tipo de
transporte;
III - melhorar conexões viárias entre bairros, completando e estendendo o sistema
viário para articular a malha viária existente;
IV - propiciar transposição segura e eficaz nas Rodovias Estaduais que cruzam a
sede municipal, interpretando e compatibilizando projetos viários estaduais com o sistema viário
proposto neste Plano Diretor;
V - reservar espaço para interseções viárias que contemplem a passagem segura
dos diferentes usuários (pedestres bicicletas e veículos automotores);
VI - associar a mobilidade urbana peatonal ao sistema de áreas verdes da sede
municipal;
VII - desenvolver estruturas físicas (ciclovias, sinalização) que incentivem o uso de
bicicleta como transporte regular;
VIII. articular áreas residenciais, comerciais e industriais através de ciclovias;
IX - qualificar a infraestrutura vinculada às linhas de transporte coletivo urbano
(sistema viário, paradas e sinalização) entre os bairros e entre os bairros e o centro da sede
municipal;

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X - definir a estruturação do Sistema Viário baseado em níveis de complexidade e


tipologias de tráfego veicular:
a) no primeiro nível de estruturação as arteriais deverão ser dispostas em intervalos
de 800 a 1200 metros, constituindo eixos de longa distância que, atravessando a cidade em
duas direções, canalizarão a maior parte do fluxo de veículos;
b) um segundo nível de estruturação, constituído por vias coletoras, em intervalos
de 400 a 600 metros que coletarão e canalizarão o tráfego para as vias arteriais, melhorando a
conexão entre bairros;
c) um terceiro nível de estruturação, constituído por vias locais, em intervalos de

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180 a 200 m para ligações internas dos bairros e articulações locais;
XI - melhorar o trânsito de pedestres e veículos na sede municipal através de Plano
de Mobilidade Urbana relacionando a hierarquia do sistema viário às tipologias de calçamento,
pavimentação, sinalização, iluminação e a arborização;
XII - organizar a relação entre pedestres e veículos no Centro Histórico.

Art. 30. São programas e ações da política de circulação e transporte:


I - garantir a transposição segura entre os quadrantes da sede municipal sobre as
rodovias estaduais prevendo:
a) implantação total de vias marginais nas rodovias e acessos ao Município;

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b) melhorias na implantação de 11 pontos de transposição na ERS 020, 6 pontos de
transposição na ERS 115, 8 pontos de transposição na ERS 239, conforme diretrizes indicadas
graficamente;
c) qualificação atendendo parâmetros do Manual de Projetos de Interseções –
MT/DNIT - das intersecções entre as rodovias citadas;
II - implementar a política de circulação urbana por ações, em especial referentes à:
a) transição entre o sistema viário local e regional;
b) elaboração, no médio prazo, de projeto e detalhamento da interseção entre a
ERS 020 e a ERS 239;
c) Plano de Mobilidade Urbana Municipal, a ser elaborado.

CAPÍTULO III
DA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL E INFRAESTRUTURA

Art. 31. São diretrizes gerais da política de Sustentabilidade Ambiental e


Infraestrutura:
I - articular e integrar as ações e atividades ambientais desenvolvidas pelos
diversos órgãos e entidades ambientais do II. município, com aquelas dos órgãos federais e
estaduais, quando necessário;
II - articular e integrar as ações e atividades ambientais intermunicipais,
favorecendo consórcios e outros instrumentos de cooperação;
III - controlar no território municipal as atividades produtivas e o emprego de
materiais e equipamentos que possam acarretar danos ao meio ambiente e à qualidade de vida
da população;
IV - estabelecer normas de qualidade ambiental, compatibilizando-as à legislação
específica e às inovações tecnológicas;

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V - preservar e conservar as áreas protegidas do Município;


VI - promover a educação ambiental, particularmente na rede de ensino público
municipal;
VII - monitorar permanentemente as condições das áreas de risco, adotando-se
medidas corretivas pertinentes;
VIII - proteger as áreas ameaçadas de degradação e recuperar as áreas
degradadas no Município;
IX - habilitar o Município para licenciamento ambiental junto a Secretaria Estadual
do Meio Ambiente – SEMA, conforme estabelecido na Resolução CONAMA 237/1997,

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atendendo aos requisitos constantes na Resolução CONSEMA Nº 372/2018 e suas alterações;
X - utilizar metodologias consolidadas de análise de impacto de empreendimentos e
fontes de poluição (água, ar e solo);
XI - proteger os cursos e corpos d’água do Município, suas nascentes e matas
ciliare;.
XII - universalizar o acesso aos serviços de saneamento básico, mediante ações
articuladas em saúde pública, desenvolvimento urbano e meio ambiente;
XIII - promover um gerenciamento eficaz dos resíduos sólidos através de Plano
Municipal de Saneamento;
XIV - promover sistema eficiente de prevenção e controle de vetores adequados a

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programas e metodologias de saúde pública;
XV - viabilizar sistemas alternativos de esgoto cloacal onde não haja viabilidade
técnica e econômica para instalação de rede pública de captação de efluentes;
XVI - manter sistema eficaz de limpeza urbana, de coleta e de tratamento do lixo
produzido no Município, de forma a evitar danos à saúde pública, ao meio ambiente e à
paisagem urbana, baseado no Plano Municipal de Saneamento.

Art. 32. A política de sustentabilidade ambiental e infraestrutura têm como diretrizes


específicas:
I - controlar os processos de compensação da fertilidade natural e os decorrentes
da suscetibilidade à erosão dos diferentes tipos de solo, a fim de mitigar a pressão antrópica
sobre as áreas de preservação permanente e sobre as bacias dos rios dos Sinos e Paranhana;
II - definir as áreas de expansão e dos usos do solo, interpretando adequadamente
as características geomorfológicas do ambiente natural, em especial as áreas sujeitas a
inundação;
III - controlar enchentes em áreas ribeirinhas (inundações decorrentes do processo
natural do ciclo hidrológico, onde as águas ocupam a planície de inundação que constituem o
leito maior do curso d’água):
a) identificando e mapeando essas áreas, impedindo a ocupação de áreas de
passagem de cheia não ocupadas, utilizando estas áreas para o controle das enchentes e
promovendo a ocupação ordenada e apta a convivência com as cheias no restante da franja de
inundação;
b) realocando a população residente em áreas alagáveis já ocupadas;
c) estudando alternativas de proteção contra cheias, tais como dique de proteção
nos quadrantes sudeste e sudoeste;
IV - controlar os alagamentos na área urbanizada:

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a) associando a ampliação da rede de drenagem com o uso de dispositivos


compensatórios (dispositivos de infiltração e armazenamento dos excessos de água da chuva,
para compensar os efeitos da urbanização);
b) priorizando o uso de superfícies verdes e permeáveis nos parques e passeios
públicos;
V - potencializar a valorização de atributos do meio-ambiente natural como a orla do
Rio dos Sinos, córregos e trilhas naturais, estimulando a conscientização ambiental e a
preservação destas áreas;
VI - priorizar investimentos no sistema de abastecimento de água e esgotamento

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sanitário para atender a demanda de água originada pela expansão urbana.
Parágrafo único. A Estratégia de Política Urbana e Ambiental está ilustrada no
Anexo 7 – Figuras 7.57 a 7.106.

TÍTULO III
DA ESTRATÉGIA DO DESENVOLVIMENTO E INTEGRAÇÃO SOCIAL

Art. 33. A Estratégia do Desenvolvimento e Integração Social tem por objetivo


integrar e coordenar ações de saúde, educação, habitação, ação social, esportes e lazer,
universalizando o acesso e assegurando maior eficácia aos serviços sociais indispensáveis ao

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combate às causas da pobreza e à melhoria das condições de vida da população.

CAPÍTULO I
DA HABITAÇÃO

Art. 34. A Política da Habitação tem como diretrizes gerais, em conformidade com o
Plano Local para Habitação de Interesse Social de Taquara (PLHIS):
I - promover a habitação através de um conjunto de ações políticas e instrumentos
de gerenciamento do solo urbano que envolva todos os agentes produtores do espaço urbano,
oportunizando o atendimento à demanda habitacional na cidade para todas as faixas de renda;
II - democratizar o acesso ao solo urbano e a oferta de terras, utilizando os
instrumentos do Estatuto da Cidade.

Seção I
Da Habitação de Interesse Social

Art. 35. A Política de Habitação de Interesse Social, HIS, tem como diretrizes
específicas:
I - coibir as ocupações em áreas de risco e não edificáveis;
II - promover, como prioridade, o remanejamento de moradores de baixa renda,
residentes em locais impróprios ao uso habitacional e em situação de risco;
III - recuperar o meio ambiente degradado após o remanejamento das ocupações
supracitadas;
IV - urbanizar áreas denominadas loteamentos irregulares de baixa renda, com a
recuperação das condições ambientais, implantação de infraestrutura e melhoria das condições
de salubridade e moradia nas edificações;

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V - viabilizar condições adequadas de higiene, conforto e segurança para moradias;


VI - atender prioritariamente aos segmentos populacionais socialmente mais
vulneráveis e ocupações em área de risco;
VII - oportunizar participação da população em todas as fases das ações e projetos;
VIII - assegurar, sempre que possível, a permanência das pessoas em seus locais
de residência, limitando as ações de remoção aos casos de residentes em áreas de risco ou
insalubres;
IX - desenvolver programas preventivos e de esclarecimento quanto à ocupação e
permanência de grupos populacionais em áreas de risco ou insalubres;

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X - priorizar a ocupação de áreas em zonas infra-estruturadas;
XI - promover a regularização das áreas ocupadas de forma ilegal;
XII - promover a progressiva eliminação do déficit quantitativo e qualitativo de
moradias, priorizando os segmentos populacionais socialmente vulneráveis;
XIII - promover e apoiar programas de parceria e cooperação para a produção de
moradias populares e melhoria das condições habitacionais da população;
XIV - instituir Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS);
XV - implementar procedimentos gerenciais de habitação baseados em tecnologias
de Sistemas de Informações Geográficas (SIG).
Parágrafo único. Considera-se empreendimento de Habitação de Interesse Social,

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HIS a urbanização, a edificação ou o conjunto de edificações executadas pelo Município ou pela
iniciativa privada, destinado total ou parcialmente à HIS e usos complementares.

CAPÍTULO II
DA SAÚDE

Art. 36. A política de saúde tem como diretrizes gerais:


I - assegurar o cumprimento das legislações Federal, Estadual e Municipal, que
definem o arcabouço político-institucional do Sistema Único de Saúde;
II - articular iniciativas entre a saúde e áreas afins, com vistas a implementar ações
integradas de Vigilância à Saúde;
III - desenvolver programas de saúde que contemplem promoção, prevenção e
reabilitação, nos diferentes níveis de complexidade assistencial, respeitadas as prerrogativas do
Estado e da União;
IV - promover parcerias que assegurem melhor atendimento à saúde.

Art. 37. são diretrizes específicas da política de saúde:


I - promover a qualificação e distribuição equilibrada dos equipamentos de saúde no
município (zonas urbana e rural) priorizando as áreas com maiores déficits, com especial
atenção para a área rural e para áreas com alta densidade populacional e baixa concentração de
renda;
II - desenvolver programas e ações de saúde a curto e médio prazo visando
melhorar as condições gerais de saúde da população, com ênfase especial para redução do alto
índice de mortalidade infantil no Município;
III - desenvolver ações para atender ao déficit de vagas nos postos de saúde e de
leitos hospitalares;

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IV - estimular a caminhada e o uso da bicicleta na distribuição de equipamentos


comerciais e de lazer como medida de prevenção a doenças;
V - implementar procedimentos gerenciais de equipamentos de saúde baseados em
tecnologias de Sistemas de Informações Geográficas (SIG).

CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO

Art. 38. A política de educação tem como diretrizes gerais:

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I - garantir a oferta adequada e prioritária do ensino fundamental e da educação
infantil, observando-se os princípios e diretrizes constantes da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional e do Sistema Municipal de Ensino;
II - melhorar os índices de educação no Município, com ênfase para redução do
índice de analfabetismo e o aumento da qualificação profissional da população ativa;
III - promover parcerias que visem à qualificação do sistema municipal de ensino.

Art. 39. São diretrizes específicas da política de educação:


I - promover a distribuição equilibrada de unidades educacionais de Educação
Infantil e Fundamental no Município (zonas urbana e rural), ampliando o número de vagas e

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priorizando as áreas com maiores carências – de acordo com análise de demanda por faixa
etária correspondente;
II - criar condições para expansão e consolidação do Ensino Superior na sede
municipal, conforme estabelecido na estratégia de Desenvolvimento Econômico;
III - ampliar a oferta de cursos técnicos, profissionalizantes e superiores;
IV - Realizar ações que estimulem a pesquisa e desenvolvimento científico e
promovam maior integração com o setor produtivo;
V - criar condições para permanência dos alunos da rede municipal de ensino;
VI - promover e assegurar as condições para a qualificação e o aperfeiçoamento do
corpo docente, técnico e administrativo;
VII - promover a integração entre a escola e a comunidade;
VIII - garantir o acesso aos equipamentos de ensino através de transporte escolar
gratuito, seguro e com regularidade, aos alunos da rede pública municipal de ensino infantil e
fundamental;
IX - proporcionar condições adequadas para o atendimento aos alunos que
necessitam de cuidados educacionais especiais na rede municipal de ensino;
X - proporcionar segurança no trajeto de crianças em idade escolar de suas casas
às instituições de ensino;
XI - implementar a capacitação de recursos humanos em tecnologias de Sistemas
de Informações Geográficas (SIG) para auxiliar procedimentos gerenciais de equipamentos de
educação.

CAPÍTULO IV
DO ESPORTE, LAZER E CULTURA

Art. 40. A política de Esporte, Lazer e Cultura tem como diretrizes gerais:

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I - a difusão da prática esportiva, recreativa e das atividades físicas como fatores de


desenvolvimento humano e cidadania;
II - a universalização da prática esportiva e recreativa.

Art. 41. São diretrizes específicas da política de esportes e lazer:


I - criar novos equipamentos de esporte e lazer, atendendo a necessidade de
distribuição espacial socialmente justa, com especial atenção para as áreas de alta densidade
populacional e baixa concentração de renda, e as áreas com potencial para densificação;
II - estabelecer proteções legais e sociais dos espaços de lazer, impedindo seu

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desvirtuamento de uso;
III - prover, ampliar e alocar regionalmente recursos, serviços e infraestrutura para a
prática de atividades esportivas e recreativas;
IV - implementar e apoiar iniciativas de projetos e ações específicos voltados para o
esporte e o lazer para todas as faixas etárias;
V - apoiar a divulgação das atividades e eventos esportivos e recreativos;
VI - descentralizar e democratizar a gestão e as ações em esportes e lazer,
valorizando-se as iniciativas e os centros comunitários dos bairros;
VII - desenvolver programas para a prática de esportes amadores;
VIII - implementar procedimentos gerenciais de esporte e lazer baseados em

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tecnologias de Sistemas de Informações Geográficas (SIG).

Art. 42. São ações e programas da política de esportes e lazer:


I - promover revitalização e infraestrutura esportiva no Balneário Municipal João
Martins Nunes, em consonância com a estratégia de sustentabilidade ambiental;
II - promover a revitalização e qualificação do entorno do Museu Arqueológico Rio-
Grandense.

TÍTULO IV
DO SISTEMA DE GESTÃO DO PLANEJAMENTO

Art. 43. Fica criado o Sistema Municipal de Gestão do Planejamento – SMGP –


como um processo contínuo, dinâmico e flexível, que tem como objetivos:
I - criar canais de participação da sociedade na gestão municipal;
II - garantir o gerenciamento eficaz direcionado à melhoria da qualidade de vida;
III - instituir um processo permanente e sistematizado de atualização do PDM.
Parágrafo único. Integra o SMPG os órgãos da Administração, Comissão Técnica
Municipal - CTM, bem como os Conselhos Municipais, vinculados ao desenvolvimento urbano.

CAPÍTULO I
DA GESTÃO URBANA

Art. 44. A política de gestão urbana tem por objetivo orientar a atuação do poder
público e dotá-lo de capacidade gerencial, técnica e financeira para o pleno cumprimento de
suas funções.

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Art. 45. São diretrizes da política de gestão pública:


I - reestruturar e implantar o Sistema Municipal de Gestão do Planejamento -
SMGP;
II - sistematizar os processos decisórios, vinculando os setores competentes;
III - dotar as unidades operacionais do governo de competência técnica e
capacidade financeira para o exercício de suas funções;
IV - aperfeiçoar os sistemas de arrecadação, cobrança e fiscalização tributárias;
V - prover condições efetivas para garantir a participação popular nos processos de
decisão;

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VI - valorizar, motivar e promover a qualificação profissional dos servidores
públicos;
VII - atuar de forma articulada com outros agentes sociais, parceiros ou órgãos
governamentais, sobretudo nas ações de maior impacto social e econômico;
VIII - assegurar transparência nas ações administrativas e financeiras por meio do
Sistema Único de Informações;
IX - manter atualizado o cadastro imobiliário.

CAPÍTULO II
DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO

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Art. 46. Compete à Secretaria de Planejamento, Habitação, Mobilidade e
Trânsito as atividades de coordenação do processo de planejamento e da implantação do Plano
Diretor Municipal de Taquara - PDM - através da revisão processual administrativa e
fornecimento das diretrizes urbanísticas.
Parágrafo único. A estrutura administrativa da Secretaria de Planejamento
Habitação, Mobilidade e Trânsito, deverá ser montada para conter:
I - Seção de Projetos Técnicos para Obras e Edificações:
a) Diretoria de Engenharia e Urbanismo;
b) Diretoria de Habitação;
c) Divisão de Geoprocessamento;
d) Divisão de Regularização Fundiária;
e) Divisão de Avaliação Imobiliária Municipal;
II - Seção de Cadastro Imobiliário:
III - Diretoria de Trânsito, Segurança e Mobilidade Urbana;
a) Divisão de Segurança Pública e Patrimonial;
b) Divisão de Trânsito;
c) Divisão de Transportes Públicos;
d) Junta Administrativa de Recursos e Infrações (JARI);
e) Divisão de Fiscalização e Sinalização.

Art. 47. A Secretaria de Planejamento, Habitação, Segurança, Mobilidade e Trânsito


é o órgão responsável por:
I - fazer a unificação dos objetivos da Administração como um todo, através da
elaboração de todos os Projetos que visem à efetivação dos planos de governo, sua
quantificação e formas de geração do custeio dos mesmos;

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II - implementar políticas públicas de Habitação;


III - prover a integração das ações da Política Municipal de Segurança Pública e da
Política Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana com todos os órgãos públicos,
entidades da iniciativa privada atuantes no Município, bem como com a comunidade em geral e
todos os órgãos de Segurança Pública do Município;
IV - zelar pela manutenção e gestão do Cadastro Imobiliário;
V - gerir a segurança dos próprios municipais;
VI - promover e fiscalizar, através da Divisão de Gestão Técnica dos Projetos,
edificações e obras, voltada tanto para aquelas públicas quanto privadas, o cumprimento:

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a) das relações contratuais de obras e serviços do Município com as empresas
terceirizadas;
b) das determinações legais elencadas nos Códigos de Obras, Posturas Municipais
e legislação pertinente;
VII - executar e administrar a política pública de ordenamento do trânsito e da
mobilidade urbana no ente municipal.

Art. 48. A competência da estrutura da Secretaria de Planejamento, Habitação,


Segurança, Mobilidade e Trânsito está descrita na Lei Municipal nº 6547, de 09 de dezembro de
2021.

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Art. 49. Fica criada a Comissão Técnica Municipal – CTM, grupo de trabalho
técnico, interno e de caráter transdisciplinar, nomeada pelo Executivo Municipal e gerenciada
pela Secretaria do Planejamento,, Habitação, Segurança, Mobilidade e Trânsito, integrada por
diversos órgãos da Administração Municipal, tendo por atribuição o exame e deliberação de
matérias relativas à aplicação da legislação urbanística e análise de estudos de viabilidade
urbanística de empreendimentos e atividades.
§1º A Comissão Técnica Municipal tem as seguintes competências:
I - elaborar os termos de referência para os RAS e EIV, avaliar estes estudos e
emitir parecer ao Conselho do Plano Diretor, quando for o caso;
II - elaborar as Diretrizes para Parcelamento de Solo e Ocupação;
III - propor medidas mitigadoras, ajustes ao projeto arquitetônico e/ou à
implementação urbanística dos empreendimentos analisados através de RAS e EIV;
IV - avaliar e aprovar os projetos de parcelamento do solo;
V - colaborar para a regulamentação e posterior aplicação dos instrumentos de
gestão do solo urbano;
VI - contribuir com o processo de avaliação e atualização permanente do Plano
Diretor, propondo ajustes quando for necessário e incorporar as alterações relacionadas à
informação geográfica ou cartografia digital às bases de dados de informação espacial, através
da Divisão de Geoprocessamento;
VII - gerenciar a informação espacial do território, em seus diversos aspectos, de
forma abrangente por meio de Sistemas de Informação Geográfica, buscando a máxima
qualidade, atualização e confiabilidade dos dados; e, promover a publicação dos mesmos em
plataforma digital por meio da Divisão de Geoprocessamento;
VIII - gerenciar a base de dados referente ao sistema viário (vias implantadas e
projeções viárias), sua elaboração e alteração, devido ao caráter dinâmico desse aspecto

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territorial. A implantação desses dados na base cartográfica municipal oficial fica ao encargo da
Divisão de Geoprocessamento.
IX - tratar de assuntos relacionados ao desenvolvimento urbano que exijam uma
visão integrada por parte do Executivo Municipal.

Art. 50. As Secretarias Municipais e os demais órgãos da Administração Pública,


direta e indireta, devem participar da definição das ações de planejamento.
Parágrafo Único. Cada secretaria e órgão equivalente da Administração Municipal
deverão possuir equipe específica ou servidor designado para atuar na gestão interna de

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planejamento articulada com as atividades da Secretaria de Planejamento, Habitação,
Segurança, Mobilidade e Trânsito.

Art. 51. O Poder Executivo utilizará para a implantação da Política de


Desenvolvimento além do Plano Diretor, os seguintes instrumentos:
I - Plano Diretor Estratégico;
II - Planos Setoriais;
III - Plano Plurianual;
IV - Orçamentos Anuais;
V - Código de Posturas;

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VI - Código de Edificações.

Seção I
Do Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle do Plano Diretor - CONACPLAN

Art. 52. O Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle do Plano Diretor,


doravante denominado de CONACPLAN, com atuação de natureza consultiva, tem por finalidade
exercer o permanente acompanhamento e controle do Plano Diretor de Taquara, sugerindo
políticas, planos e programas de desenvolvimento municipal, ao qual compete:
I - assessorar o Poder Executivo quanto à aplicação, implementação,
regulamentação e atualização do Plano Diretor e das demais legislações de cunho urbanístico e
ambiental;
II - promover debates sobre planos e projetos urbanísticos;
III - receber e encaminhar para discussão, matérias oriundas de setores da
comunidade que sejam de interesse coletivo;
IV - propor ao Poder Executivo a elaboração de estudos sobre questões que
entender relevantes;
V - acompanhar a aplicação do Plano Diretor e seus resultados na cidade, propondo
e avaliando ajustes ou solicitando avaliações à Comissão Técnica Municipal, quando entender
necessário;
VI - analisar EVU de empreendimento ou atividade de grande porte;
VII - estabelecer critérios para aprovação de EVU de empreendimento ou atividades
de médio porte e ampliação de atividades ou prédios pré-existentes que não atendam aos
padrões desta lei;
VIII - analisar Operações Urbanas Consorciadas;
IX - Analisar projetos urbanos de sua competência nos termos desta Lei;

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X - elaborar e aprovar o seu regimento interno.

Art. 53. O Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle do Plano Diretor –


CONACPLAN compõe-se de 9 (nove) membros titulares e seus suplentes, designados pelo
Chefe do Poder Executivo Municipal, com mandato bienal, tendo a seguinte composição:
I - 03 (três) representantes governamentais;
II - 03 (três) representantes de entidades não-governamentais, constituídas por
entidades de classe e afins ao planejamento urbano;
III - 03 (três) representantes da comunidade, indicados pelas Associações

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Comunitárias legalmente constituídas.
§1° O funcionamento do CONACPLAN será disciplinado por seu regimento interno.
§2° Os representantes das entidades não-governamentais e da comunidade são
indicados através de audiência pública.

CAPÍTULO III
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR

Art. 54. A política de participação popular objetiva valorizar e garantir o


envolvimento dos munícipes, de forma organizada, na gestão pública e nas atividades políticas e

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sócio-culturais da comunidade.
Parágrafo único. Entende-se por participação todo ato de influir, de exercer controle,
de estar envolvido ativamente, através dos seguintes instrumentos de controle social:
I - audiências públicas;
II - iniciativa popular legislativa;
III - referendo popular e plebiscitos;
IV - fóruns de planejamento;
V - participação comunitária, mediante audiências públicas, na elaboração do plano
plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual.

Art. 55. A garantia da participação dos cidadãos, responsabilidade do governo


municipal, tem por fim:
I - a socialização do homem e a promoção do seu desenvolvimento integral como
indivíduo e membro da coletividade;
II - o atendimento das aspirações coletivas no que se refere aos objetivos e
procedimentos da gestão pública;
III - a permanente valorização e aperfeiçoamento do poder público como
instrumento a serviço da coletividade.

Art. 56. São diretrizes para incentivar e garantir a participação popular:


I - valorizar as entidades organizadas e representativas como legítimas
interlocutoras da comunidade, respeitando a sua autonomia política;
II - fortalecer os Conselhos Municipais como principais instâncias de
assessoramento, consulta, fiscalização da população sobre decisões e ações do governo
municipal;
III - apoiar e promover instâncias de debates abertos e democráticos sobre temas

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de interesse da comunidade;
IV - elaborar e apresentar os orçamentos públicos de forma a facilitar o
entendimento e o acompanhamento pelos munícipes;
V - apoiar e participar de iniciativas que promovam a integração social e o
aprimoramento da vida comunitária.

CAPÍTULO IV
DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA

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Seção I
Da Operação Urbana Consorciada

Art. 57. Operação Urbana Consorciada é o conjunto de intervenções e medidas


integradas, objetivando viabilizar projetos urbanísticos especiais, observado o interesse público,
em áreas previamente delimitadas.
§1º São participantes da Operação Urbana Consorciada os proprietários,
moradores, usuários permanentes e investidores privados.
§2º A Operação Urbana Consorciada pode ser proposta pelo executivo, ou por
qualquer cidadão ou entidade que nela tenha interesse.

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§3º No caso de Operação Urbana Consorciada de iniciativa da municipalidade, a
Prefeitura, mediante chamamento em edital, definirá a proposta que melhor atenda ao interesse
público.

Art. 58. A Operação Urbana Consorciada envolve intervenções e medidas como:


I - tratamento urbanístico de áreas públicas;
II - abertura de vias ou melhorias no sistema viário;
III - implantação de programa habitacional de interesse social;
IV - implantação de equipamentos públicos;
V - proteção ambiental;
VI - reurbanização;
VII - regularização fundiária de edificações localizadas em área não parcelada
oficialmente;
VIII - Transferência de Potencial Construtivo, na forma da lei.

Art. 59. Cada Operação Urbana Consorciada será prevista em lei específica que
estabelecerá:
I - a finalidade da intervenção proposta;
II - o perímetro da área da intervenção;
IIII - o plano urbanístico para a área;
VI - os incentivos fiscais e mecanismos compensatórios, previstos em lei, para os
participantes dos projetos e para aqueles que por ele sejam prejudicados;
V - os parâmetros urbanísticos locais;
VI - os incentivos fiscais e mecanismos compensatórios, previstos em lei, para os
participantes dos projetos e para aqueles que por ele prejudicados;

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VII - o prazo de vigência.


Parágrafo Único. O projeto de lei que tratar da Operação Urbana Consorciada
poderá prever que a execução de obras por empresas da iniciativa privada seja remunerada,
dentre outras, pela concessão para exploração econômica do serviço implantado.

Art. 60. Os recursos financeiros levantados para Operação Urbana Consorciada são
exclusivos à sua realização.
Seção II
Do Direito de Preempção

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Art. 61. O Poder Público poderá exercer, durante o prazo legal de vigência, o direito
de preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre terceiros,
localizados em área localizada na Macrozona Citadina, delimitadas por lei específica que fixará,
além das condições de utilização deste instrumento, prazo de vigência não superior a cinco
anos, renovável a partir de um ano após o decurso de prazo inicial de vigência.
§1º O direito de preferências será exercido sempre que o Poder Executivo
necessitar de áreas para:
I - regularização fundiária;
II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;

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III - constituição de reserva fundiária;
IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII. criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse
ambiental;
VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.
§2º A lei específica que regulamentar o direito de preempção enquadrará cada área
em que o mesmo incidir em uma ou mais finalidades enumeradas no parágrafo anterior.

Seção III
Da Outorga Onerosa do Direito de Construir

Art. 62. A outorga onerosa do Direito de Construir está estabelecida conforme Lei
6.409 de 2021 com limites de índice máximos estipulados no Anexo 5 da presente Lei.

Seção IV
Da Transferência do Direito de Construir

Art. 63. Poderá ser autorizado ao proprietário de imóvel urbano, público ou privado,
a exercer no local, ou alienar, mediante escritura pública, o direito de construir (índice de
aproveitamento e cota ideal) previsto no plano diretor ou em legislação urbanística dele
decorrente, como forma de pagamento em desapropriação total ou parcial, quando o referido
imóvel tiver as seguintes características ou for necessário para fins de:
I - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

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II - preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental,


paisagístico, social ou cultural;
III - alargamento ou abertura do Sistema Viário Principal definido pelo Plano Diretor;
IV - situado em locais cuja ocupação é restrita em função da sua condição de risco
ou submetido a limitações administrativas oriundas da legislação ambiental.
§1º Quando se tratar de utilização do direito de construir no próprio terreno, a
capacidade construtiva final do imóvel é definida pela aplicação do IA (índice de aproveitamento)
e da CI (cota ideal mínima de terreno) sobre o total do terreno, resultado da aplicação do índice
sobre o terreno remanescente, de propriedade privada, acrescida da aplicação do índice de

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aproveitamento sobre a parte atingida, objeto da desapropriação por transferência do direito de
construir.
§2º Na hipótese da aplicação do §1º, fica permitida a aplicação da TO (taxa de
ocupação) sobre o total do terreno, desde que este valor não ultrapasse a TO de 90% (noventa
por cento), aplicada sobre o terreno remanescente.
§3º A transferência de potencial construtivo para outro imóvel deverá observar a
manutenção do equilíbrio entre os valores do terreno permutado e do terreno no qual seja
aplicado o direito de construir, de acordo com avaliação dos órgãos técnicos municipais
competentes, com base nos valores do mercado imobiliário.
§4º A transferência do potencial construtivo referente aos imóveis que se

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enquadrarem no inciso II deste artigo fica condicionada à comprovação do bom estado de
conservação do imóvel, mediante análise da comissão de controle urbanístico e da abertura da
matrícula em nome do Município.
§5º Na hipótese do Município não ter interesse na manutenção do imóvel referido
no §3º, poderá autorizar o proprietário a utilizá-lo, com o compromisso da manutenção do imóvel,
na forma de concessão de uso gratuito e por tempo indeterminado, ou outra forma a ser definida.

SEÇÃO V
Do Parcelamento, Edificação, Utilização Compulsória e IPTU Progressivo no Tempo

Art. 64. O Executivo Municipal poderá exigir do proprietário de solo não edificado,
subutilizado ou não utilizado em lotes ou glebas situadas nas zonas definidas como passíveis de
aplicação dos institutos previstos nesta lei, que promova seu adequado aproveitamento, sob
pena de, sucessivamente, ficar submetido ao parcelamento, edificação ou utilização
compulsório; da aplicação de Imposto Predial e Territorial Urbano progressivo no tempo a ser
fixado em lei específica e de desapropriação.
§1º Serão considerados como solo urbano não edificado, subutilizado ou não
utilizado aqueles que lei específica assim definir.
§2º Glebas ou lotes que possuam elementos ou edificações de interesse cultural,
histórico, arquitetônico, paisagístico e ambiental não poderão ser objeto de obrigatoriedade de
parcelamento, edificação ou utilização compulsória.

TÍTULO V
DO TERRITÓRIO MUNICIPAL

CAPÍTULO I

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DA ESTRUTURA DO TERRITÓRIO

Art. 65. Para fins administrativos, fiscais e de ordenamento do uso e ocupação do


solo, o território do Município de Taquara divide-se em zona rural, zona de expansão urbana e
zona urbana.

Art. 66. O território municipal é dividido em distritos, que possuem suas delimitações
instituídas pelos documentos cartográficos constantes dos Anexos 1.1 e 1.1.1, obedecendo a
listagem abaixo:

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Distrito Área (Ha) Área (Km²)
Entrepelado 6130,76 61,31
Fazenda Fialho 4502,33 45,02
Padilha 6870,82 68,71
Pega Fogo 3661,49 36,61
Rio da Ilha 7893,37 78,93
Santa Cruz da Concórdia 4312,42 43,12

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118,82
Sede 11881,98

Art. 67. A Zona Rural são as áreas do Município, utilizadas para o desenvolvimento
de atividades rurais tais como: agricultura, pecuária, agroindústria, extrativismo, silvicultura,
conservação ambiental e turismo, com suas delimitações instituídas pelos documentos
cartográficos constantes dos Anexos 1.1 e 1.1.1.

Art. 68. A Zona de Expansão Urbana constitui-se de parcelas do território (não


prioritárias para ocupação por funções urbanas, com características primárias e que sofrem
pressão por urbanização, tendo como uso prioritário as atividades residenciais de baixa
densidade, agrossilvipastoris e chácaras de recreio) com vistas ao ordenamento da expansão
urbana municipal. Destina-se ao uso predominantemente residencial, complementado por
atividades não residenciais como comércio e serviços e pequenas indústrias não poluidoras com
suas delimitações instituídas pelos documentos cartográficos constantes dos Anexos agrupados
sob o índice 1.2.
Parágrafo único - Fica garantido o desempenho das atividades já existentes não
contempladas no caput, vedada a ampliação das mesmas. Ainda, deverão atender a legislação
federal, estadual e municipal, visando à proteção dos recursos naturais, especialmente os
recursos hídricos.

Art. 69. A Zona Urbana é a área prioritária para fins de urbanização, com suas
delimitações instituídas pelos documentos cartográficos constantes dos Anexos agrupados sob o
índice 1.3, e abrange:
I - o núcleo urbano do Distrito Sede (Citadino), com limites constantes nos Anexos
1.3.1.0 e 1.3.1.1;

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II - o núcleo urbano do Distrito de Fazenda Fialho, com limites constantes nos


Anexos 1.3.2.0 e 1.3.2.1;
III - o núcleo urbano do Distrito de Padilha, com limites constantes nos Anexos
1.3.3.0 e 1.3.3.1;
IV - o núcleo urbano do Distrito de Pega Fogo, com limites constantes nos Anexos
1.3.4.0 e 1.3.4.1;
V - o núcleo urbano do Distrito de Rio da Ilha, com limites constantes nos Anexos
1.3.5.0 e 1.3.5.1;
VI - o núcleo urbano do Distrito de Santa Cruz da Concórdia, com limites

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constantes nos Anexos 1.3.6.0 e 1.3.6.1.
§1º Alterações do perímetro urbano referido no caput deste artigo, agregando novas
áreas, somente poderão ser feitas por lei, acompanhadas da definição de seus zoneamentos de
uso, índices urbanísticos e sistema viário principal.
§2º Nas glebas que forem interceptadas e segmentadas pelo limite urbano e de
expansão urbana, quando a parcela resultante da segmentação, localizada em zona rural, for
menor que a Fração Mínima de Parcelamento, a gleba de maneira integral será considerada
inserida em perímetro urbano ou perímetro de expansão urbana do Município.

Art. 70. O território urbano citadino e de expansão urbana é dividido em bairros que

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se constituem como referências para a localização no espaço, auxiliando, desta forma, a gestão
territorial e o fortalecimento dos laços do cidadão com a cidade, com suas delimitações
instituídas pelos documentos cartográficos constantes dos Anexos 1.4 e 1.4.1, obedecendo a
listagem abaixo:

Bairro Área (Ha) Perímetro (m)


Alto Km 4 253,102 12911,956
Alto Tucanos 164,254 5828,652
Cabriúva 164,321 5752,189
Campo Verde 137,708 5710,379
Centro 82,869 3921,701
Cruzeiro do Sul 395,253 12579,103
Eldorado 64,389 3807,963
Empresa 191,506 7816,33
Fogão Gaúcho 127,945 5254,059
Ideal 311,82 7678,43
Jardim do Prado 94,89 3861,586
Km 4 399,217 10039,995
Medianeira 160,984 5991,969
Morro da Cruz 37,264 3393,953
Morro do Leôncio 46,06 2709,842
Mundo Novo 104,994 5541,067

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Nossa Senhora de Fátima 62,165 3723,616


Padre Tomé 130,831 8632,914
Petrópolis 88,489 3819,442
Picada Francesa 239,18 6437,65
Progresso 165,363 5878,209
Recreio 37,514 2875,005
Ronda 177,188 7079,982

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Sagrada Família 29,619 2531,953
Santa Maria 188,508 9054,224
Santa Rosa 622,886 11685,299
Santa Teresinha 102,623 4013,217
Tucanos 93,839 4699,441

CAPÍTULO II
DAS ZONAS DE USO

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Art. 71. Zonas de Uso são setores com características diferenciadas quanto aos
usos e intensidade de ocupação do solo.
§1º As Zonas de Uso são limitadas pelos seguintes elementos:
a) eixos viários;
b) faixa com largura variável dos corpos d’água Rio Paranhana, Rio
dos Sinos e Arroio Tucanos;
c) segmentos de reta (linhas secas);
d) outros elementos cartográficos georreferenciados e são definidas
espacialmente de acordo com os Anexos agrupados sob o índice 1.5. Fica definido que para os
zoneamentos delimitados por eixos viários o mesmo zoneamento poderá ser aplicado para as
duas faces, limitando-se a totalidade do lote adjacente à via. Nos lotes interceptados
parcialmente por zoneamentos delimitados por segmentos de reta, poderá o proprietário optar
por qualquer um deles.
§2º Excetua-se do disposto a aplicação nas seguintes zonas: Industrial, Tecnopolo
e Especial de Interesse Ambiental, onde o zoneamento aplicado deve obedecer estritamente ao
limite constante da cartografia.

Art. 72. As zonas de uso se classificam em:


I - Zona Residencial (ZR) são aquelas ocupadas preferencialmente por usos
residenciais complementados por atividades de comércio e serviços de baixo impacto e
incômodo;
II - Zonas Mistas (ZM) são zonas onde é estimulada a ocupação por atividades
residenciais, comércio varejista, serviços de pequeno e médio porte e indústrias de baixo
potencial poluidor;
III - Corredores de Comércio e Serviços (CCS) são zonas onde é estimulada a
ocupação tanto por atividades residenciais como de comércio, serviços e industriais compatíveis

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com o uso residencial;


IV - Corredor de Produção (CP) são zonas localizadas ao longo das rodovias
estaduais e avenidas urbanas com destinação prioritária para atividades de transporte, comércio
(atacadista e varejista) e atividades industriais;
V - Zonas Industriais (ZI) são zonas destinadas prioritariamente à ocupação por
atividades industriais de baixo, médio e alto potencial poluidor, de acordo com os padrões de
qualidade ambiental preestabelecidos pelas autoridades competentes, sendo proibido o uso
residencial;
VI - Zona Tecnopolo (ZT) é a área ocupada por atividades empresariais e de

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ensino, dedicadas à inovação tecnológica e do conhecimento, que representem e fortaleçam o
potencial estratégico de Taquara como pólo de desenvolvimento do conhecimento.;
VII - Zonas Especiais (ZE) são aquelas que exigem regime urbanístico e de
parcelamento do solo específico;
VIII - Zona Mista Distrital (ZMD) são zonas urbanas das sedes dos distritos onde é
estimulada a ocupação por atividades residenciais, comércio varejista, serviços de pequeno e
médio porte e indústrias de baixo potencial poluidor;
IX - Núcleo Urbano de Ocupação Rarefeita – NUOR – zonas urbanas de ocupação
rarefeita ocupada por pequenos sítios de recreio;
X - Zona Mista de Expansão Urbana (ZME) são zonas onde é estimulada a

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ocupação por atividades residenciais, comércio varejista, serviços de pequeno e médio porte e
indústrias de baixo potencial poluidor dentro da delimitação da expansão urban;
XI - Corredor de Produção de Expansão Urbana (CPE) são zonas localizadas ao
longo das rodovias estaduais e avenidas urbanas com destinação prioritária para atividades de
transporte, comércio (atacadista e varejista) e atividades industriais dentro da delimitação de
expansão urbana;
XII - Zonas de Urbanização Específica (ZUE).

CAPÍTULO III
DAS ZONAS ESPECIAIS

Art. 73. Zonas Especiais são aquelas que exigem regime urbanístico específico,
condicionado a suas peculiaridades no que se refere a características locais, forma de ocupação
do solo e valores ambientais, classificando–se em:
I - Zonas Especiais de Interesse Institucional;
II - Zonas Especiais de Interesse Ambiental;
III - Zona Especial de Potencial Histórico e Turístico;
IV - Zonas Especiais de Interesse Social.
Parágrafo único. Fica estabelecido o prazo de 180 dias para elaboração dos mapas
das zonas mencionadas neste artigo.

Seção I
Das Zonas Especiais de Interesse Institucional

Art. 74. Zonas Especiais de Interesse Institucional (ZEII) são as áreas ocupadas por

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usos institucionais, públicos ou privados, que necessitam de regulamentação urbanística


diferenciada das zonas adjacentes, apresentando características distintas quanto à ocupação e
uso da zona onde estão inseridas, devendo ser objeto de ação distinta do Poder Executivo
Municipal.

Seção II
Das Zonas Especiais de Interesse Ambiental

Art. 75. Zonas Especiais de Interesse Ambiental (ZEIA) são zonas previstas para

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atividades que, conciliando a proteção da flora, da fauna e dos demais elementos naturais,
objetivem a sustentabilidade do patrimônio natural compreendendo as seguintes situações:
I - Áreas de Preservação Permanente (APP) - áreas ou parcelas de áreas, que
pelas suas condições fisiográficas, geológicas, hidrológicas, botânicas e climatológicas, formam
um ecossistema de importância de preservação do ambiente natural, conforme Código Florestal
e Resolução CONAMA 303/2002, tais como as áreas de vegetação nativa nos termos do
Decreto Nº 36.636 de 1996, podendo receber apenas o manejo indispensável para a
recuperação do equilíbrio e de sua perpetuação, destacando-se dentre outras;
II - Zona de Delimitação Mata Atlântica – onde toda intervenção deverá atender a
Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006 e Decreto nº 6.660, de 21 de novembro de 2008.

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III - quando assim declaradas por ato do Poder Público:
a) as florestas e demais formas de vegetação natural destinadas a atenuar a erosão
das terras;
b) a formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;
c) a auxiliar a defesa do território nacional a critério das autoridades militares;
d) proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico;
e) auxiliar exemplares da fauna ou flora ameaçados de extinção.
IV - Parques e Praças - espaços livres públicos com função predominante de
recreação ou conservação da natureza, podendo ser classificados em urbanos, naturais e
praças;
V - Parque Urbano - áreas com função predominante de recreação, ocupando na
malha urbana uma área em grau de equivalência superior à da quadra urbana, em geral
apresentando componentes da paisagem natural - vegetação, topografia, como também
edificações, destinadas a atividades recreativas, culturais e/ou administrativas;
VI - Parque Natural - áreas em que se pretende conciliar a proteção integral da
natureza e das belezas naturais com utilização para objetivos educacionais, de lazer e
recreação;
VII - Praças e Largos - equipamentos comunitários que tem como função constituir
espaços urbanos de natureza social, estética, educativa, urbanística;
VIII - Zona de Delimitação de Passagem das Cheias – zonas de ocupação restrita
onde não são permitidas novas ocupações;
§1º As praças, para efeito desta lei, são os equipamentos comunitários de lazer,
urbanizados ou parcialmente urbanizados, reconhecidos através de denominação e cadastrados
como logradouro público e os sem urbanização com destinação gravada nos parcelamentos do
solo e neste plano diretor.
§2º Propostas de uso e ocupação do solo nas Zonas Especiais de Interesse

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Ambiental (ZEIA) serão objeto de análise mediante RAS – Relatório Ambiental Simplificado,
compreendendo as características do meio físico e biótico, a delimitação geográfica e o
zoneamento interno de usos, identificando as áreas de preservação permanente e as áreas de
conservação, sendo que para a sua elaboração serão observados o regime urbanístico e os
princípios estabelecidos onde regulará a máxima interferência humana permitida na mesma, sem
prejuízo das medidas previstas no inciso I.
§3º São equiparadas a Zonas Especiais de Interesse Ambiental, para efeito desta
lei, as áreas de alagamento dos mananciais hídricos e a preservação da mata ciliar existente.

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Seção III
Das Zonas Especiais de Interesse Histórico e Cultural

Art. 76. Zonas Especiais de Interesse Histórico e Cultural – ZEIHC são áreas que
apresentam ocorrência de patrimônio histórico e cultural significativo, por tombamento ou
inventário, nas quais qualquer intervenção no prédio ou no imóvel será precedida de análise por
EVU, visando a sua preservação.
§1º A preservação de zonas, lugares e prédios far–se–á pela definição de regime
urbanístico específico, por tombamento e inventário.
§2º Inventário do Patrimônio Cultural é a lista dos prédios, monumentos ou sítios

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indicados para a preservação.
§3º As Zonas Especiais de Interesse Histórico e Cultural – ZEIHC estão
identificadas no Anexo 1.5.
§4º Os Prédios de Interesse Histórico e Cultural de Taquara listados no Anexo 3
desta lei, fazem parte do Patrimônio Histórico e Cultural da cidade.

Art. 77. Patrimônio Histórico e Cultural são monumentos, conjunto de edifícios ou


sítio de valor histórico, estético, arqueológico, científico, etnológico e antropológico, que pelo seu
valor cultural e de memória são identificados para a preservação.
§1º Lei específica regulamentará o Inventário do Patrimônio Histórico Cultural,
incluindo, além dos imóveis listados no Anexo 3, sítios arqueológicos e áreas de interesse
arqueológico, estabelecendo conceitos, conteúdos, critérios de seleção, características, vigência,
formas de proteção e de incentivos, sem prejuízo do já estabelecido nesta lei.
§2º As Zonas Especiais e os prédios de interesse Histórico e Cultural poderão ser
acrescentados ou suprimidos desta lei, com base no Inventário do Patrimônio Histórico e Cultural
do Município.

Art. 78. Imóvel ou prédio de compatibilização são os imóveis lindeiros e os que


fazem frente para prédios listados ou tombados.
§1º Os prédios de compatibilização deverão observar ajustes ou restrições
específicas, conforme cada caso.
§2º A construção ou ampliação de prédio existente em imóvel de compatibilização
será precedida de análise de Estudo de Viabilidade Urbanística.

Art. 79. Nos terrenos onde estão localizados os Prédios de Interesse Histórico
Cultural quando o regime urbanístico previsto não for utilizado ou for utilizado parcialmente, a

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diferença poderá ser objeto de transferência de potencial construtivo, nos termos do art. 63 desta
Lei.
§1º O prédio de preservação é considerado como área não computável no índice de
aproveitamento, independente da atividade nele implantada, como incentivo à preservação.
§2º Nos prédios de Interesse Histórico-Cultural e nos prédios de compatibilização
será permitido à flexibilização das normas previstas por esta lei, com exceção do índice de
aproveitamento.

Art. 80. A área do entorno do prédio da ACIT, com limites constantes no Anexo 1.5

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é definida como Zona Especial de Interesse Histórico e Cultural – ZEIHC - ACIT, com regime
urbanístico próprio.
§1º Qualquer alteração nos limites da zona especial definida no caput deverá obter
prévia autorização do IPHAE.
§2º Novas edificações deverão apresentar EVU a ser aprovado previamente pela
CTM e CONACPLAN e se necessário remetido ao IPHAE.
I - Atividades: atividades compatíveis com a edificação a ser preservada, mediante
análise de EVU e análise da CTM e CONACPLAN;
§3º Fica definido como regime urbanístico a ser observado na zona especial
definida no caput:

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I - Atividades: atividades compatíveis com a edificação a ser preservada, mediante
análise de EVU e análise da CTM e CONACPLAN;
II - Índice de Aproveitamento Básico: 1,5;
III - Índice de Aproveitamento Máximo: 2,5;
IV - Cota ideal - CI = 300 m²;
V - Taxa de ocupação – TO: 65%;
VI - Altura máxima da edificação: 10 m (dez metros) medidos do ponto médio do
alinhamento no nível do passeio público ao ponto mais alto da edificação, incluindo coberturas,
platibandas, pilotis, caixas d’água, casa de máquinas de elevadores;
VII - Recuo de frente = compatibilização com os recuos pré-existentes.
4º Restauro, revitalização e ampliação de edificações localizadas na ZEIHC serão
aprovadas mediante EVU, com base em diretrizes urbanísticas estabelecidas pela CTM e
CONACPLAN.

Subseção I
Do Livro de Tombo

Art. 81. Fica instituído o Livro de Tombo no Município de Taquara, onde serão
inscritos os prédios, espaços livres, públicos ou privados, os quais deverão ter suas
características arquitetônicas, paisagísticas, históricas e culturais preservadas no que se refere
às fachadas da edificação.
§1º A inscrição no Livro de Tombo deverá ser precedida de Lei específica, na qual
conste, no mínimo, a descrição do bem a ser tombado e a justificativa de tombamento.
§2º O Executivo Municipal poderá estabelecer o tombamento preventivo de
qualquer bem histórico, cultural, arquitetônico ou paisagístico, por decreto, devendo, no entanto,
no prazo de 180 (cento e oitenta dias), encaminhar projeto de Lei previsto no parágrafo anterior,

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regulamentado o tombamento, ouvido o Conselho Municipal de Cultura.


§3º A regulamentação do livro de Tombo e as demais formas de preservação de
bens históricos, culturais, arquitetônicos e paisagísticos serão objetos de Lei específica.

Seção IV
Das Zonas Especiais de Interesse Social

Art. 82. Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) são zonas destinadas
prioritariamente à produção e manutenção de habitações de interesse social ou a recuperação

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de áreas ocupadas precariamente.
§1º Na instituição de ZEIS poderão ser utilizados instrumentos jurídicos e
urbanísticos, dentre outros, a concessão do direito real de uso, a concessão de uso especial
para fins de moradia, o direito de superfície e o direito de preempção.
§2º As ZEIS instituídas no bojo desta legislação encontram-se demarcadas e
espacializadas no Anexo 1.5.1.
§3º A delimitação e localização de novas áreas destinadas à produção de
Habitação de Interesse Social dar–se–á por meio de decreto pelo Poder Executivo, de novas
ZEIS, considerado o déficit anual da demanda habitacional prioritário, sendo permitida a
promoção de parcerias, incentivos ou outras formas de atuação para o alcance dos objetivos da

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política habitacional municipal.

CAPÍTULO IV
DA ZONA DE URBANIZAÇÃO ESPECÍFICA

Art. 83. Zona de Urbanização Específica constitui-se de áreas cujo uso e a


ocupação estão condicionados a fatores ambientais e de planejamento, tais como: preservação
de mata nativa, núcleos turísticos, distritos industriais, previstos nas diretrizes urbanísticas da
presente Lei. Mediante parecer técnico da Secretaria de Planejamento, Habitação, Segurança,
Mobilidade e Trânsito, e ouvido o CONACPLAN, a Câmara Municipal de Vereadores aprovará os
projetos de ocupação e uso destas áreas.
§1º O Anexo 1.7 apresenta as Zonas de Urbanização Específica propostas no
âmbito desta legislação.
§2º Para instituição de novas Zonas de Urbanização Específica deverá ser
elaborado projeto de lei contendo, no mínimo, definições sobre delimitação do perímetro,
zoneamento, usos, ocupação do solo, condições ambientais e parcelamento do solo.

CAPÍTULO V
DAS ÁREAS AMBIENTAIS E DE USO RESTRITO

Art. 84. As áreas ambientais e de uso restrito são aquelas consideradas sensíveis
quanto à ocupação e requerem adoção de boas práticas. A aptidão à urbanização do território,
considerando as restrições impostas e condicionantes correlatos, estabelece a seguinte
classificação, cujos limites estão explicitados nos mapas constantes dos Anexos sob o índice
1.6, parte integrante desta Lei:
I - aptidão à urbanização, considerando processos de inundação:

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a) zona de passagem da cheia: área longitudinal ao Rio Paranhana e


Rio dos Sinos onde pode ocorrer periodicamente o evento de cheia do rio, ocasionado pelo
aumento rápido, sazonal ou fortuito, do nível da água, probabilidade de atingimento na calha
regular por processos de corridas de detritos e enxurradas com possível erosão das margens.
Em sua maior parcela intercepta ou sobrepõe a APP do Rio Paranhana e Rio dos Sinos.
b) zona de restrição por inundações: áreas sujeitas a processo de
inundação em um tempo de retorno estimado de 100 (cem anos), com diferentes profundidades
de lâmina d’água em função da topografia do local, externas à Zona de Passagem de Cheia.
II - aptidão à urbanização, considerando faixas de domínio das rodovias estaduais;

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III - aptidão à urbanização, considerando linhas de alta-tensão;
IV - aptidão à urbanização, considerando as áreas de preservação permanentes;
V - aptidão à urbanização considerando declividades superiores a 30 % (trinta por
cento).

Art. 85. O território quanto a aptidão à urbanização considerando os processos de


inundação deve seguir os seguintes critérios:
I - Zona de Passagem de Cheia: não são permitidos parcelamentos na modalidade
de loteamento; não serão permitidas novas edificações de qualquer natureza. Nas edificações
existentes é permitida a regularização, seguindo as determinações dadas pelo art. 93, e a

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reforma sem ampliação de área construída;
II - Zona de Restrição por Inundações: aprovação de loteamentos para ocupação
permanente, bem como outras formas de parcelamento e ocupação do solo serão permitidas,
para empreendimentos que possam mitigar o próprio impacto decorrente das medidas de
impermeabilização do solo necessárias à sua implantação, com a adoção de dispositivos para
redução das contribuições ao sistema de drenagem, perfeitamente aptos a conviver com
enchentes eventuais ou após a tomada de providências para assegurar o escoamento das
águas, e desde que não situados em zonas assim definidas como de passagem de cheia, a
critério da CTM e através da definição das respectivas diretrizes municipais.

Art. 86. O território quanto a aptidão à urbanização considerando as faixas de


domínio das rodovias estaduais deve observar as vedações previstas na forma da lei, em
especial a proibição da edificação sobre as faixas de domínio, delimitadas nos anexos sob o
índice 1.6., e faixa non aedificandi, sendo esta mensurada conforme determina o art. 165.

Art. 87. O território quanto a aptidão à urbanização considerando as faixas de


segurança das linhas de alta-tensão deve observar a proibição de edificação sob os transectos
de passagem das referidas linhas em função do risco à vida. As delimitações das faixas de
segurança das linhas de alta-tensão estão definidas nos Anexos 1.6.1 e 1.6.2.

Art. 88. O território quanto a aptidão à urbanização considerando as áreas de


preservação permanente deve observar as definições da Lei Federal 12.651/2012 - Código
Florestal.
Parágrafo único. As áreas de preservação permanente, quando localizadas em
áreas urbanas consolidadas deverão ser analisadas pela CTM.

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Art. 89. O território quanto a aptidão à urbanização considerando declividades


superiores a 30% (trinta por cento), deve observar a proibição de parcelamento do solo na
modalidade de loteamento e desmembramento nas frações sujeitas a essa condição, salvo se
for possível mitigar o próprio impacto da restrição através de boas práticas aceitas assim
reconhecidas pelo CTM.

Art. 90. As áreas localizadas na Zona de Passagem de Cheia e na Zona de


Restrição por Inundações, poderão, em casos de interesse público e após análise da Comissão
Técnica Municipal, ser doadas como espaço livre de uso público.

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Art. 91. A emissão de diretrizes para parcelamento, ocupação e uso do solo, em
áreas com restrição à ocupação, devido aos processos de inundação, deverão,
obrigatoriamente, não obstante a existência de outros estudos e informações complementares,
seguir as recomendações e parâmetros dos seguintes trabalhos técnicos de forma integrada e
sistematizada:
I - Estudo de Alternativas e Projetos para Minimização do Efeito das Cheias na
Bacia do Rio dos Sinos (Metroplan, 2019);
II - Plano Estratégico de Manejo de Águas Pluviais e Prevenção de Inundações
Urbanas de Taquara - RS (Prefeitura Municipal de Taquara e RHAMA Consultoria Ambiental

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Ltda., 2019).

Art. 92. Poderá o requerente mediante apresentação de estudos técnicos solicitar a


alteração ou revisão das áreas restritas em função dos processos de inundação. A análise da
solicitação será realizada pela Comissão Técnica Municipal (CTM).

Art. 93. Considera-se que, para fins de regularização de imóveis inseridos nas áreas
com restrição à urbanização devido aos processos de inundação conforme o art. 85, somente
serão passíveis de regularização as construções edificadas até a data de promulgação desta Lei.
Parágrafo único. Como formas de comprovação temporal da edificação objeto de
regularização serão aceitos os seguintes elementos comprobatórios: imagens aéreas, imagens
de satélite, fotografias com registro de data, histórico do Imposto Sobre a Propriedade Predial e
Territorial Urbana (IPTU), publicações em veículos de comunicação e outros elementos de
comprovação não listados anteriormente, a critério da Comissão Técnica Municipal.

Art. 94. Será permitido, quando de interesse público e após análise pela Comissão
Técnica Municipal, o desmembramento em áreas inseridas em Zona de Passagem de Cheia
para fins de destinação de espaços livres de uso público, quando estes apresentarem valor
ambiental relevante para o Município.

Art. 95. Será permitido, quando do interesse particular e após análise pela
Comissão Técnica Municipal, o desmembramento em áreas inseridas em Zona de Passagem de
Cheia para fins de destinação de uso específico sem qualquer tipo de intervenção, desde que
haja o gravame na matrícula do imóvel.

TÍTULO VI

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DA MOBILIDADE URBANA

Art. 96. A política relativa à Mobilidade Urbana tem por objetivo qualificar a
circulação e o transporte na cidade, atendendo às distintas necessidades da população e das
atividades econômicas do Município, a ser estabelecida em lei específica.

CAPÍTULO I
DA CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO

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Art. 97. As vias destinadas à circulação pública são classificadas de acordo com a
sua função:
I - vias de ligação regional, rodovias e estradas municipais;
II - vias marginais;
II -. vias arteriais:
IV - vias coletoras;
V - vias locais;
VI - viclovias/Ciclofaixas.
§1º As principais características consideradas na definição das funções das vias
são a acessibilidade, a fluidez e a ocupação e uso do solo lindeiro.

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§2º Para efeito desta Lei, as vias públicas obedecerão a parâmetros de projeto
constantes nesta Lei, Anexo 2.3, e em regulamentações específicas, a serem submetidas à
CTM.
§3º Vias especiais são aquelas que, a critério da CTM, assegurada a funcionalidade
da hierarquia proposta para a via, poderão ter gabaritos e perfis viários transversais e
longitudinais distintos dos básicos com vistas a:
I - manutenção da continuidade de vias existentes;
II - mudança de hierarquia de vias existentes em áreas já consolidadas;
III - adaptação às condições topográficas e geológicas dos terrenos;
IV - preservação da paisagem quando na ocorrência de elementos naturais ou
culturais significativos;
V - zonas Especiais de Interesse Social;
VI - viabilização de funções específicas (transporte de carga, ligações municipais e
intermunicipais).
§4º A distribuição espacial da hierarquia viária e seus gabaritos está materializada
nos documentos cartográficos constantes dos Anexos 2.1 e 2.2.

Art. 98. Via de ligação regional são as estradas municipais ou pertencentes aos
sistemas rodoviário estadual ou federal que visam promover a fluidez intermunicipal e regional,
conectando a área urbana a distritos e a municípios vizinhos, e ao sistema rodoviário interurbano
estadual e federal.
§1º As vias de ligação regional terão gabaritos, conforme anexo 2.3.
§2º Qualquer edificação ou instalação de atividades mesmo que descoberta junto
às estradas municipais deverá guardar um afastamento mínimo de 20,00m em relação ao eixo
da estrada.

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Art. 99. Vias marginais são vias paralelas e adjacentes às rodovias, que têm a
função de atender ao tráfego urbano de média distância e ao tráfego local.

Art. 100. Vias arteriais são uma parcela do sistema viário com alto nível de fluidez,
inseridas na área urbana, formando uma malha contínua, que promovem a circulação de longa
distância, e interliga bairros e áreas distantes, sendo projetadas para conduzir volumes de
tráfego elevados.

Art. 101. Vias coletoras são as vias que recebem e distribuem o tráfego entre as

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vias locais e as vias arteriais, apresentando equilíbrio entre fluidez e acessibilidade e
possibilitando sua integração com o uso do solo lindeiro quanto à localização de comércio,
serviços e outras atividades.
Parágrafo único. Vias coletoras têm a função de:
I - atender o tráfego intrabairros, convergindo para o sistema arterial;
II - interligar centros geradores de tráfego de menor vulto, não servidos pelo sistema
arterial;
III - conectar o sistema viário local ao sistema viário arterial.

Art. 102. Vias locais têm a função de prover alto nível de acessibilidade aos lotes

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lindeiros, restringindo a fluidez da via de modo a preservá-la de elevados níveis de tráfego.
Parágrafo único. As vias locais, quando sem saída, deverão ter área de retorno (cul-
de-sac), exceto quando existir a viabilidade de conexão a outras vias já implantadas, incluindo-se
as projeções viárias previstas na lei. Fica a encargo da CTM a avaliação da viabilidade de
conexão com vias implantadas bem como a definição do tipo de cul-de-sac a ser exigido.

Art. 103. A base de dados espaciais referente ao sistema viário do município será
gerenciada, considerando suas alterações e atualizações pela Secretaria de Planejamento,
Habitação, Segurança, Mobilidade e Trânsito e CTM.
Parágrafo único. As alterações e atualizações propostas para o sistema viário
deverão ser incorporadas a base cartográfica municipal oficial pela Divisão de
Geoprocessamento.

Art. 104. Ciclovias/Ciclofaixas são vias com características geométricas e


infraestruturais próprias ao uso de bicicletas.
Parágrafo único. O Município deverá elaborar o plano cicloviário da cidade, onde
todo novo loteamento deverá dispor de ciclovia em pelo menos uma avenida principal, de acordo
com análise e indicação do corpo técnico da Secretaria de Planejamento Habitação, Segurança,
Mobilidade e Trânsito e CTM a fim de criar um ambiente cicloviário integrado ao já existente ou
proposto.

Seção I
Dos Passeios e Calçadões Públicos

Art. 105. Passeios e calçadões públicos é parte do logradouro público destinado ao


trânsito de pedestres.

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Parágrafo único. Os passeios, calçadões e passarelas deverão atender no que


couber, a NBR 9050 de 1994, em especial os itens 9.2 a 9.11 e a Lei Municipal nº 4620 de 2010.

Art. 106. Nas vias pavimentadas os passeios públicos frontais a terrenos edificados
ou não, deverão ser pavimentados observando a Lei nº 4620 de 2010.

Art. 107. A pavimentação e a conservação do passeio público, frontais a terrenos,


edificados ou não, deverão ser executadas pelo proprietário ou possuidor do imóvel fronteiro a
ele.

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Seção II
Do Mobiliário Urbano

Art. 108. Mobiliário urbano são os elementos que equipam os logradouros públicos.
Parágrafo único. A colocação de qualquer elemento no espaço público deverá ser
autorizada pela Comissão de Controle Urbanístico e obedecerá a critérios estabelecidos em
regulamentação própria.

Art. 109. Qualquer uso do passeio público por particulares deverá observar os

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dispostos na Lei Municipal nº 4620 de 2010.
Parágrafo único. A colocação de qualquer elemento no espaço público obedecerá a
critérios estabelecidos em regulamentação própria.

Seção III
Da Acessibilidade Universal

Art. 110. Para os fins de acessibilidade considera-se:


I - Acessibilidade: condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou
assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de
transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa
portadora de necessidades especiais ou com mobilidade reduzida;
II - Barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a
liberdade de movimento, a circulação com segurança e a possibilidade de as pessoas se
comunicarem ou terem acesso à informação, classificadas em:
a) Barreiras urbanísticas: as existentes nas vias públicas e nos
espaços de uso público;
b) Barreiras nas edificações: as existentes no entorno e interior das
edificações;
c) Barreiras nos transportes: as existentes nos serviços de transportes.
III - Elemento da urbanização: qualquer componente das obras de urbanização, tais
como os referentes à pavimentação, ao saneamento, à distribuição de energia elétrica, à
iluminação pública, ao abastecimento e à distribuição de água, ao paisagismo e os que
materializam as indicações do planejamento urbanístico;
IV - Mobiliário urbano: o conjunto de objetos existentes nas vias e espaços públicos,

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superpostos ou adicionados aos elementos da urbanização ou da edificação, de forma que sua


modificação ou traslado não provoque alterações substanciais nestes elementos, tais como
semáforos, postes de sinalização e similares, telefones e cabines telefônicas, fontes públicas,
lixeiras, toldos, marquises, quiosques e quaisquer outros de natureza análoga;
V - Edificações de uso público: aquelas administradas por entidades da
administração pública, direta e indireta, ou por empresas prestadoras de serviços públicos e
destinados ao público em geral;
VI - Edificações de uso coletivo: aquelas destinadas às atividades de natureza
comercial, hoteleira, cultural, esportiva, financeira, turística, recreativa, social, religiosa,

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educacional, industrial e de saúde, inclusive as edificações de prestação de serviços de
atividades da mesma natureza;
VII - Edificações de uso privado: aquelas destinadas à habitação, que podem ser
classificadas como unifamiliar ou multifamiliar.

Art. 111. Lei municipal regulamentará a acessibilidade no Município tendo como


referência as legislações federais, estaduais, e, no que couber, as normas técnicas de
acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

LIVRO III

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DO PLANO REGULADOR

Art. 112. O Plano Regulador tem por objetivo estabelecer o Regime Urbanístico e
orientações sobre o uso, ocupação e transformação do solo em todo o território do Município.
§1º O uso e a ocupação do solo no território de Taquara serão disciplinados através
do regime urbanístico e do traçado do Plano Diretor Municipal (PDM).
§2º Traçado do Plano Diretor Municipal, PDM, são os gravames do sistema viário
principal, das redes de infraestrutura e dos equipamentos urbanos e comunitários, existentes ou
projetados.

Art. 113. O Regime Urbanístico é estabelecido nos Anexos 4 (regime para


atividades), 5 (regime para edificações), 6 (regime para parcelamento do solo) e 8 (figuras do
Plano Regulador) desta Lei.

TÍTULO I
DO REGIME URBANÍSTICO

Art. 114. O Regime Urbanístico é definido em função da infraestrutura e dos


equipamentos e serviços urbanos (densidade), da convivência entre as atividades (uso do solo),
das relações de vizinhança estabelecidas entre os prédios e o espaço público (volumetria e
recuos da edificação), da expansão urbana (parcelamento do solo) e do respeito ao ambiente em
todas as suas dimensões.

CAPÍTULO I
DAS DIRETRIZES GERAIS

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Art. 115. A aplicação do regime urbanístico obedecerá às seguintes diretrizes gerais


(figura 8.1 do Anexo 8):
I - o Regime Urbanístico para o terreno que tenha pelo menos uma frente para a via
definidora será aplicado em função do logradouro público definidor do regime, para uma
profundidade em relação à via pública de até 40,00m (quarenta metros) considerado como eixo
teórico do quarteirão, contados do alinhamento definitivo da via;
II - o Regime Urbanístico não alcançará os terrenos situados nas outras vias
públicas que contornam a quadra urbana, mesmo que atingidos pela faixa de 40,00m (quarenta
metros) na lateral ou nos fundos dos imóveis;

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III - se o imóvel fizer frente para mais de uma via do quarteirão, o regime alcançará
a faixa de 40,00m (quarenta metros) independente do formato do mesmo;
IV - no caso em que um lote estiver contido em duas ou mais zonas de usos, o
Regime Urbanístico será aplicado da seguinte maneira:
a) nos lotes interceptados parcialmente por zoneamentos delimitados
por segmentos de reta, poderá o proprietário optar por qualquer um deles.
b) o Regime Urbanístico a ser observado na ZEIHC é o estabelecido
no art. 76 desta Lei na extensão total do terreno que o atinge.

Art. 116. Em edificação constituída por mais de uma economia não residencial, o

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porte máximo da atividade será aplicado sobre o somatório das áreas das economias não
residenciais existentes na edificação.

Art. 117. Por solicitação do interessado, mediante Estudo de Viabilidade Urbanística


e Estudo de Impacto de Vizinhança, poderão ser ajustados, desde que justificados, os padrões
do Regime Urbanístico previsto por esta Lei, referentes a recuos de ajardinamento, atividades,
taxa de ocupação, altura, garagens e estacionamentos e parcelamento do solo, em função de
situações específicas, salvo no que se refere aos índices de aproveitamento, que somente
poderão ser alterados mediante lei, visando a:
I - compatibilização ou adequação a um padrão preexistente predominante e
consolidado, em termos morfológicos, de porte ou de atividade (atividade);
II - aumento de porte de atividade com vistas à adequação a preexistências
(atividade);
III - adequação a vias com predominância de atividades diferentes dos propostos
por este plano (atividade);
IV - adequação a terreno com características excepcionais de topografia, dimensão
ou configuração (estacionamentos, ocupação);
V - compatibilização pela incidência de elementos naturais ou culturais a preservar,
que comprometam a edificação (altura, recuos, estacionamentos);
VI - adequação de edificação residencial de interesse social;
VII - adequação de edificação desconforme aprovada por legislação anterior;
VIII - reciclagem de uso de prédio existente (estacionamentos, recuos, altura);
IX - adequação a terreno que tenha forma irregular ou condições topográficas
excepcionais (altura);
X - adequação da atividade que, em face das suas características, exija altura
especial (altura);

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XI - adequação a terrenos:
a) atingidos por traçado viário ou de equipamentos urbanos e
comunitários que inviabilizam o seu aproveitamento pelo Regime Urbanístico vigente;
b) com aclive ou declive maior que 2,00m (dois metros) no recuo de
jardim,
c) com pequenas dimensões;
XII - adequação da construção em terrenos com dimensões menores que o menor
padrão estabelecido no Anexo 6;
XIII - redução da doação de áreas públicas no parcelamento do solo realizado em

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glebas com patrimônio ambiental significativo, nas quais fica reduzida a capacidade de
adensamento ou geração de lotes, caso em que a doação será calculada sobre a área a ser
efetivamente utilizada para fins urbanos, devendo ser gravado na matrícula do imóvel a parcela
não utilizável para fins urbanos, caso em que fica isenta de capacidade construtiva.
Parágrafo único. A aprovação dos ajustes de normas previstos no caput do artigo
deverá ser submetida à apreciação do CTM e do CONACPLAN.

Art. 118. Os empreendimentos a serem edificados em imóveis que não tenham


origem em loteamento e que tenham dimensões superiores às estabelecidas para área e testada
máxima da quadra urbana, conforme Anexo 6.1, deverão apresentar EVU prévio à aprovação de

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projeto para análise da Secretaria do Planejamento, Habitação, Segurança, Mobilidade e
Trânsito em especial quanto à estruturação viária.
Parágrafo único. Sempre que os empreendimentos constituírem impedimento à
Mobilidade Urbana e prejuízos aos serviços e equipamentos públicos urbanos, a critério da
Secretaria do Planejamento, Habitação, Segurança, Mobilidade e Trânsito, poderá o Município
exigir do empreendedor medidas mitigadoras e compensatórias.

Art. 119. Na aprovação e licenciamento de projetos de edificação e de parcelamento


do solo devem ser observadas as limitações específicas relativas ao subsolo, à superfície e ao
espaço aéreo, previstas por este plano ou por legislações específicas municipais, estaduais e
federais, que poderão ser identificadas como área não edificável ou área com limitação
administrativa a edificação ou ocupação:
§1º Dentre as limitações estabelecidas no caput destacam-se:
I - identificação de APP e vegetação imune ao corte;
II - incidência de previsão de equipamentos comunitários existentes e projetados
(praças, parques, escolas);
III - previsão de redes viária e de infraestrutura, ampliação de existentes e
projetadas;
IV - estações de Tratamento de Esgoto, ETE;
V - adutoras e distribuidoras sob gestão pública;
VI - captações, reservatórios e estações de tratamento de água;
VII - linhas elétricas de alta-tensão, dutovias;
VIII - instalações de coleta e tratamento de lixos;
IX - previsão de rodovias municipais, estaduais e federais;
X - espaços destinados ao tratamento e disposição do lixo domiciliar e industrial;
XI - Aeródromos.

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Art. 120. O controle da drenagem urbana no lote será realizado com a construção
de reservatórios de contenção de águas pluviais.
Parágrafo único. As dimensões e a vazão do reservatório de águas pluviais serão
definidas conforme Lei 6131 de 2018.

Art. 121. A densidade urbana é controlada por meio do índice de aproveitamento do


terreno, outorga onerosa do direito de construir, transferência de potencial construtivo, cota ideal
de terreno por economia e taxa de permeabilidade, nos termos do Anexo 5 desta Lei.

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CAPÍTULO II
DAS ATIVIDADES

Art. 122. Os empreendimentos e atividades serão classificados através da


correlação entre porte e potencialidade de causar impactos, urbano e ambiental.
Parágrafo único. O Anexo 4 desta Lei define a classificação das atividades, sua
distribuição conforme zonas de uso incorporando as condições relativas ao porte máximo e grau
de impacto urbano e ambiental.

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Art. 123. Quanto ao porte os empreendimentos e atividades serão classificados em:
pequeno, médio e grande porte.
Parágrafo único. Considera-se para efeito desta lei:
I - de Pequeno porte – aqueles com área de até 200 m² de área computável no
índice de aproveitamento;
II - de Médio porte - aqueles com área igual ou acima de 200 m² e até 1.500 m² de
área computável no índice de aproveitamento;
III - de Grande porte – aqueles com área igual ou acima de 1.500 m² de área
computável no índice de aproveitamento.

Art. 124. Quanto à potencialidade de causar impactos, urbano e ambiental os


empreendimentos e atividades serão classificados em pequeno, médio e grande impacto urbano
e ambiental.
§1º Considera-se para efeito desta lei como empreendimento ou atividade:
I - de pequeno impacto – os empreendimentos e atividades econômicas que pela
sua dimensão não gera impacto urbano e ambiental significativo;
II - de médio impacto – os empreendimentos e atividades econômicas, que pelo seu
porte são potencialmente causadores de impacto urbano e ambiental compatíveis com a vida
urbana;
III - de grande impacto – os empreendimentos e atividades econômicas, que pelo
seu porte são potencialmente causadores de impacto urbano e ambiental com possibilidade de
adequação aos zoneamentos onde se localizem ou compatíveis com zoneamentos específicos;
IV. Atividades Especiais.
§2º Considera-se para efeito desta Lei impacto urbano e ambiental as
interferências, positivas ou negativas, causadas em especial no tráfego, segurança,
disponibilidade de equipamentos comunitários, disponibilidade de redes de água, esgoto,

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drenagem, energia, poluição e contaminação do ar, água, solo, geração de ruídos, patrimônio
natural e cultural.
§3º Empreendimentos e atividades econômicas, que utilizam recursos ambientais
significativos, terão sua implantação sujeita a estudos específicos visando à minimização ou
compensação dos impactos gerados, submetida à análise pela Secretaria de Planejamento,
Habitação, Segurança, Mobilidade e Trânsito, CTM e CONACPLAN.
§4º Atividades Especiais são aquelas que, por suas características excepcionais,
tais como, cemitérios e similares, aeródromos, terminais rodoviários e ferroviários, autódromos,
estádios, parques e similares, universidades e parques tecnológicos, terão sua localização

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estudada caso a caso, submetida à análise pela Secretaria de Planejamento, CTM e
CONACPLAN.

Art. 125. As atividades industriais e comerciais existentes na área urbana em


desconformidade com os usos definidos por esta Lei poderão permanecer na sua atual
localização desde que estejam devidamente licenciadas nos órgãos competentes conforme
exigível na forma das Leis Municipais, Estaduais e Federais.
§1º Na ausência de Licenciamento terão prazo de seis meses para apresentarem
EVU – Estudo de Viabilidade Urbanística com vistas a sua regularização, com propostas de
medidas que serão adotadas para afastar ou reduzir o impacto à vizinhança e/ou ao Meio

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Ambiente.
§2º Após a aprovação do EVU deverá ser solicitada a Licença Ambiental.

Seção I
Do EVU, EIV e EAS/RAS

Art. 126. Os empreendimentos e atividades relacionados no Anexo 4.3 deverão


aprovar EVU junto aos órgãos municipais e estaduais quando for o caso, prévio a aprovação do
projeto de arquitetura ou liberação do alvará de localização da atividade.
Parágrafo único. EVU, Estudo de Viabilidade Urbanística, é a proposta de
empreendimento ou atividade, constituído por informações suficientes e necessárias ao perfeito
conhecimento da proposta que será objeto de análise e avaliação dos impactos decorrentes na
estrutura e infraestrutura urbana, nos equipamentos comunitários e no meio ambiente, podendo
ser objeto adequações da proposta ou de Termo de Compromisso.

Art. 127. A Secretaria de Planejamento, Habitação, Segurança, Mobilidade e


Trânsito poderá encaminhar a CTM e ao CONACPLAN para parecer, estudos e projetos de
atividades ou empreendimentos que por sua complexidade ou abrangência, possam
potencialmente causar conflitos no local onde pretendem se instalar, mesmo que estejam
previstos no grupamento de atividades da zona de uso.
Parágrafo único. Se os empreendimentos forem causadores de impactos ao
Município, poderá o Município exigir do empreendedor medidas mitigadoras e compensatórias.

Art. 128. Os empreendimentos e atividades constantes no Anexo 4.3 desta Lei terão
o EVU avaliado pelo EIV.

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§1º EIV, Estudo de Impacto de Vizinhança é a metodologia de avaliação do EVU de


empreendimento ou atividade considerado potencialmente causador de impactos urbanos e
ambientais que podem gerar efeitos positivos e negativos na qualidade de vida da população
residente na área e suas proximidades.
§2º Na elaboração do EIV será obrigatória a apresentação dos estudos
relacionados no TR - Termo de Referência para EIV, emitido pelo órgão público municipal,
constituído, no mínimo dos seguintes estudos:
I - adensamento populacional;
II - equipamentos urbanos e comunitários;

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III - uso e ocupação do solo;
IV - valorização imobiliária;
V - geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI - ventilação e iluminação;
§3º Considera-se vizinhança a população fixa ou flutuante de determinado setor
urbano que utiliza a infraestrutura básica disponibilizada na área de influência direta da atividade.
§4º Serão considerados como parâmetros para análise, dentre outros, os índices e
taxas estabelecidos pelo Plano Diretor, código de edificações e no que couber, será adotado
como referência as normas técnicas brasileiras.
§5º As adequações e condicionantes estabelecidos para aprovação do EVU

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recomendadas pelo EIV serão objeto de assinatura de TC – Termo de Compromisso.

Art. 129. Os empreendimentos e atividades constantes no Anexo 4.3 desta lei e


outros que forem identificados como utilizadores de Recursos Ambientais considerados de
significativo potencial de degradação ou poluição serão avaliados por Estudo Ambiental
Simplificado - EAS e Relatório Ambiental Simplificado – RAS para seu licenciamento.
§1º Os EAS e RAS deverão ser apresentados de acordo com o Termo de
Referência, documento elaborado pelo órgão ambiental licenciador, com participação do
Município, de orientação quanto aos procedimentos a serem seguidos.
§2º A avaliação do EAS/RAS será realizada pelo órgão competente do Município.
§3º As adequações e condicionantes estabelecidos para aprovação do EVU,
recomendadas pelo EAS/RAS, serão objeto de assinatura de TC – Termo de Compromisso.

Art. 130. O EVU será objeto de análise e aprovação pela Secretaria de


Planejamento, Habitação, Segurança, Mobilidade e Trânsito, que poderá solicitar a apresentação
de estudos complementares, tais como Laudos Técnicos, Estudo de Tráfego, Estudo de Impacto
de Vizinhança – EIV ou EAS/RAS, na forma da legislação aplicável.
Parágrafo único. Os empreendimentos e atividades de grande porte, e todos os
analisados por EIV e EAS/RAS, serão, após a aprovação da Secretaria de Planejamento,
Habitação, Segurança, Mobilidade e Trânsito, submetidos a parecer do CTM, do CONACPLAN e
aprovação pelo Chefe do Executivo Municipal.

Art. 131. O Poder Executivo, com base na análise do Estudo de Impacto de


Vizinhança ou do Estudo Ambiental Simplificado - EAS e Relatório Ambiental Simplificado –
RAS, poderá exigir do empreendedor a execução, às suas expensas, ou mediante parceria
público-privada, de medidas adequadas para evitar ou, quando for o caso, superar os efeitos

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prejudiciais do empreendimento, bem como aquelas atenuadoras e compensatórias relativas aos


impactos decorrentes da implantação, ampliação ou modificação do empreendimento ou da
atividade.

Art. 132. Dar–se– à publicidade aos documentos integrantes do EIV e do EAS/RAS,


que ficarão disponíveis a qualquer interessado para consulta, no órgão competente do Poder
Público Municipal.
Parágrafo único. O Poder Executivo poderá firmar convênios com instituições de
pesquisa, ONGs, ou contratos com empresas técnicas especializadas para analisar estudos de

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tráfego, de impacto de vizinhança e, quando for o caso, de impacto ambiental.

Seção II
Das Atividades e Prédios Existentes

Art. 133. As atividades e os prédios regulares (com carta de habitação) existentes


anteriormente à vigência desta Lei que não se enquadrem nas normas urbanísticas
estabelecidas nesta Lei terão sua solicitação examinada pela Secretaria de Planejamento,
Habitação, Segurança, Mobilidade e Trânsito , com base no disposto no Anexo 4.4 desta Lei,

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que avaliará e estabelecerá as condições de compatibilidades necessárias, para aprovação da
proposta apresentada.
Parágrafo único. Serão submetidos à apreciação da CTM, os critérios para exame
dos casos previstos no caput do artigo.

Art. 134. No caso de reciclagem de uso, ou aumentos em edificações existentes, a


CTM e ao CONACPLAN, mediante análise de Estudo de Viabilidade Urbanística, poderá
autorizar a redução ou supressão do atendimento da norma ou dos padrões urbanísticos desde
que devidamente justificados.
Parágrafo único. Os ajustes dos padrões urbanísticos, previstos no caput, não
poderão alterar o Índice de Aproveitamento e a Taxa de Ocupação, podendo, entretanto, ser
utilizada a outorga onerosa do direito de construir e/ou a transferência do direito de construir
prevista nos artigos 62 e 63 desta Lei.

CAPÍTULO III
DAS EDIFICAÇÕES

Seção I
Do Índice de Aproveitamento (IA)

Art. 135. Índice de Aproveitamento Básico (IA) é o coeficiente que multiplicado pela
área líquida do terreno, define a área máxima da construção computável.
§1º Área líquida do terreno é a área não atingida por alargamento viário ou por
previsão de equipamentos públicos comunitários.
§2º Quando a área atingida por alargamento ou outra previsão viária e/ou por

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equipamentos públicos comunitários, previstos pelo plano for objeto de doação da titularidade da
área atingida para o Município, nos termos do art. 63 desta Lei, o IA será aplicado sobre a
totalidade do terreno, caracterizando pagamento por desapropriação, sob a forma de
transferência do direito de construir.

Art. 136. As áreas construídas, de acordo com sua natureza, são classificadas
como computáveis e não computáveis no Índice de Aproveitamento.
§1º São consideradas áreas construídas computáveis no Índice de Aproveitamento
as áreas de uso residencial, comercial, de serviço ou industrial integrante das unidades

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privativas, ressalvado os incisos I, VI, VII, VIII e IX do § 2º deste artigo, que mesmo privativas
são consideradas áreas não computáveis.
§2º São consideradas áreas construídas não computáveis no Ìndice de
Aproveitamento as destinadas a:
I - sacadas, varandas, terraços cobertos ou balcões privativos em prédios
residenciais, abertos ou totalmente envidraçados, desde que vinculados à área social da unidade
privativa e que não ultrapassem em 20% (vinte por cento) a área computável da unidade
habitacional;
II - uso condominial, tais como portarias, circulações, acessos, zeladoria, áreas de
lazer, esporte e serviço;

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III - áreas de apoio à edificação, tais como reservatórios, casa de bombas, casa de
máquinas de elevadores, área para depósito de lixo, transformadores, geradores, medidores,
central de gás, centrais de ar–condicionado e outras que abrigam a infraestrutura dos prédios,
bem como docas destinadas ao estacionamento de veículos para a finalidade de carga e
descarga de mercadorias;
IV - paredes que delimitam as áreas de apoio e de uso comum;
V - os dutos das instalações ‘shafts’, ventilação, dutos de churrasqueiras e lareiras;
VI - áreas destinadas à preservação do Patrimônio Cultural nas edificações
Tombadas e relacionadas no Anexo 3.1;
VII - estacionamentos e áreas destinadas à guarda de veículos, suas circulações
verticais e horizontais;
VII - prédios destinados a garagem comercial;

Art. 137. Em projetos de aumento de construção, a soma da área computável da


edificação existente com a área computável a ser construída não poderá ultrapassar a área total
permitida pelo índice de aproveitamento.

Art. 138. A aplicação da outorga onerosa do direito de construir dar-se-á da


seguinte forma, desde que compatível com as demais diretrizes desta Lei:
I - Aquisição permitida somente nas zonas de uso e até os limites estabelecidos no
Anexo 5.
Parágrafo único. O potencial construtivo outorgado corresponde às áreas de
construção computáveis e às áreas construídas não computáveis, nos termos do art.136 desta
Lei.

Sub-Seção I

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Da Cota Ideal Mínima de Terreno por economia (CI)

Art. 139. A Cota Ideal mínima de terreno por economia – CI estabelece a fração
mínima de terreno por economia residencial nos condomínios urbanísticos residenciais
horizontais.
§1º O número máximo de economias (casas) por terreno é o resultado da divisão da
área líquida do lote ou gleba pela CI.
§2º Não se aplica a CI quando se tratar de apenas 02 (duas) economias
residenciais unifamiliares no terreno.

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Seção II
Da Taxa de Ocupação (TO)

Art. 140. Taxa de Ocupação é a relação entre a área de projeção horizontal máxima
da edificação e a área do terreno.

Art. 141. Não serão computados no cálculo da Taxa de Ocupação (TO):


I - balanços e sacadas no recuo de frente ou recuo de jardim, até um máximo de

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1,20m de largura.;
II - marquises;
III - beirais até um máximo de 1,20 m de largura;
IV - construções em subsolo nas condições definidas no arts. 144 e 145 desta Lei.
Parágrafo único. As áreas construídas em subsolos deverão respeitar os recuos de
ajardinamento e viários.

Seção III
Da Taxa de Permeabilidade (TP)

Art. 142. A Taxa de Permeabilidade (TP) representa a proporção mínima do terreno


que deverá ser mantido permeável, livre de construção e de elementos que o impermeabilize,
para que se possa reduzir o impacto da edificação nas condições de drenagem urbana que é de
7% (sete por cento), de área computável do lote.
§1º Admitir-se-á, de acordo com a avaliação da CTM, a redução ou mesmo a
isenção da exigência de manutenção da TP de um terreno quando o projeto contar um ou mais
elementos que reduzam o impacto da contribuição do empreendimento ao sistema de
macrodrenagem municipal, tais quais:
I - telhados ou fachadas verdes;
II - jardins de chuva;
III - cisternas e sistema de captação e reaproveitamento da água da chuva;
IV - reservatório de retardo ou outros elementos de contenção das águas pluviais;
V - Se enquadrar na Lei 6.131 de 2018 - que estabelece limitação de vazão de
águas pluviais nos empreendimentos e parcelamentos de solo urbano que resultem em
superfície impermeável.

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§2º A avaliação da CTM referida no § 1º dar-se-á a partir de estudo técnico


elaborado por profissional, comprovando que o dispositivo adotado contribuirá efetivamente para
a redução do impacto do empreendimento no sistema de drenagem municipal.
§3º Para aplicação do presente artigo não se considera como permeável a
pavimentação por blocos de concreto intertravado. Somente serão admitidas pavimentação com
pisos drenantes.

Seção IV
Dos Reservatórios de Detenção de Águas Pluviais

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Art. 143. Reservatório de detenção de águas pluviais são estruturas
complementares ao sistema de drenagem urbana, construídas para retenção temporária de
escoamento de águas da chuva, contribuindo para alívio do sistema.
Parágrafo único. As dimensões e a vazão do reservatório de águas pluviais serão
definidas conforme Lei 6131 de 2018.

Seção V
Das Alturas

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Art. 144. O controle da altura das edificações tem por objetivo:
I - preservar as características das zonas de uso, quanto ao aspecto volumétrico
das edificações;
II - criar condições mínimas de insolação e aeração urbana;
III - criar condições mínimas de privacidade nas relações de vizinhança.

Art. 145. A volumetria das edificações é determinada a partir dos seguintes


elementos: (figuras 8.2, 8.3 e 8.4 do Anexo 8.0)
I - altura máxima da edificação;
II - altura máxima da base da edificação;
III - altura máxima para edificações na divisa;
IV - recuos mínimos de frente da edificação - RF;
V - recuos mínimos laterais e de fundos da edificação – RL e R fundo.
§1º Altura da edificação (H) é a distância vertical contada da referência de nível –
RN até a parte inferior da laje de forro do último pavimento habitável da edificação.
§2º Corpo é a edificação que se localiza entre a base e o volume superior da
edificação.
§3º A distância vertical entre a RN e o Perfil Natural do Terreno (PNT) não poderá,
em qualquer ponto do terreno, ser superior a 4,00 m.
§4º Altura da base da edificação (Hb) é a distância vertical contada da RN,
referência de nível, até a parte inferior da laje de forro da base.
§5º A altura máxima da base da edificação é de 7,00 m.
§6º Altura máxima da edificação na divisa é a altura máxima permitida para a
construção que seja edificada nas divisas, laterais e de fundos, do imóvel.
§7º Referência de Nível (RN) é o nível adotado em projeto para determinação da

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volumetria máxima da edificação ou de trecho dessa.


§8º A Referência de Nível (RN), definida pelo projetista, pode ser localizada em
qualquer ponto do terreno natural.
§9º O volume superior, conjunto de equipamentos de apoio ao prédio, tais como
casa de máquinas, reservatórios superiores, localizados sobre a última laje habitável da
edificação, e telhados e coberturas não contam na altura máxima da edificação.
§10º O piso do pavimento térreo pode se localizar até o máximo de 0,65 m acima
do nível médio do passeio que contiver o acesso principal da edificação.

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Art. 146. Nos prédios construídos nas divisas laterais e de fundo, quando forem
abertos vãos para iluminação e ventilação, deverá ser observado o afastamento mínimo de 1,50
m na fachada ou trecho de fachada, salvo em construções sob a forma de poços ou áreas de luz
que observarão as disposições do Código de Obras.

Art. 147. Nos terrenos em declive os subsolos: (figuras 8.4, 8.5, 8.6 e 8.7 do Anexo
8.0):
I - deverão ter o nível do piso localizado no mínimo a 2,20 m abaixo do nível médio
do passeio;
II - poderão ter no máximo 4,00 m de altura acima do terreno natural, medido em

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qualquer ponto da construção;
III - não poderá a parte inferior da laje de forro ultrapassar 0,65 m acima do nível
médio do passeio que contiver o acesso principal da edificação.

Art. 148. Nos terrenos em aclive os subsolos poderão ter no máximo 4,00 m de
altura acima do nível do terreno na pior situação da fachada, desde que a laje de forro do
pavimento não ultrapasse em nenhum ponto a RN estabelecida. (figuras 8.5, 8.6 e 8.7 do Anexo
8.0)

Subseção I
Dos recuos de altura

Art. 149º. Todas as edificações com altura superior à permitida para construção nas
divisas do imóvel, deverão manter recuos laterais e de fundos no valor de 15% (quinze por
cento), da altura da edificação, contada da RN até a parte inferior da laje do último pavimento
habitável, aplicados a partir da base, nunca inferiores a 3,00 m.
§1º O disposto no caput não se aplica aos prédios construídos na divisa que
observem altura máxima permitida na forma do Anexo 5.1.
§2º Quanto aos recuos laterais e de fundos:
a) as edificações com até 12,00m de altura, com balanço e/ou sacadas
nas fachadas laterais e fundos deverão em qualquer caso observar o recuo mínimo de 1,50 m
das divisas do imóvel;
b) a alínea "a" não se aplica quando se tratar das laterais do balanço e
da sacada de frente, desde que, estas não sejam abertas constituindo vão na divisa;
c) a edificação em zona industrial (ZI) é isenta de recuos laterais
devendo observar o recuo de fundo de 5,00 m, aplicado desde o solo.

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Art. 150. Todas as edificações deverão observar recuos de frente compatíveis com
a hierarquia viária da via pública onde se localizem:
I - em vias locais (figura 8.8 – Anexo 8.0):
a) recuo de frente da edificação no valor de 10,50m (dez metros e
cinqüenta centímetros) contados do eixo do logradouro público para o qual faz frente, aplicados
a partir do corpo da edificação;
b) recuo de frente da base da edificação no valor de 8,50m (oito metros
e cinqüenta centímetros) contados do eixo do logradouro público para o qual faz frente.

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II - em vias coletoras com gabarito igual ou inferior a 17,00 m (figura 8.9 – Anexo
8.0):
a) recuo de frente da edificação no valor de 12,50m (doze metros e
cinqüenta centímetros) contados do eixo do logradouro público para o qual faz frente, aplicados
a partir do corpo da edificação;
b) recuo de frente da base da edificação no valor de 10,00m (dez
metros) contados do eixo do logradouro público para o qual faz frente.
III - em vias coletoras e arteriais com gabarito superior a 17,00 m (figura 8.10 –
Anexo 8.0):
a) recuo de frente da edificação no valor de 12,50m (doze metros e

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cinqüenta centímetros) contados do eixo do logradouro público para o qual faz frente, aplicados
a partir do corpo da edificação;
b) recuo de frente da base da edificação no valor de 1,50 m (um metro
e cinqüenta centímetros) contados do alinhamento com a via pública para o qual faz frente.
§1º Quanto aos recuos de frente:
I - será permitida nas edificações a construção em balanço e/ou de sacadas nos
recuos de frente e de jardim, desde que estes observem o afastamento mínimo de 12,50 m do
eixo da via para o qual faz frente;
II - não será permitida a construção em balanço e/ou de sacadas sobre os passeios
públicos;
III -os recuos, de frente e de jardim, serão contados sempre do alinhamento do
terreno com o passeio público, prevalecendo o que for maior;
IV - quando houver recuo viário projetado sobre o terreno, os recuos de frente e de
jardim serão contados do alinhamento futuro do terreno.
§2º Os recuos de frente das edificações localizadas em ZEIHC, serão definidos
caso a caso, mediante análise da CTM.

Art. 151. Os afastamentos mínimos laterais e de fundos e a altura limite, constantes


nos artigos anteriores, poderão ser alterados mediante EVU, a critério da CTM e ouvido o
CONACPLAN, desde que comprovem, através de laudo técnico de instituição credenciada, no
mínimo, os mesmos índices de desempenho com relação à iluminância das fachadas garantidos
pelo regime urbanístico estabelecido em lei. Os afastamentos mínimos laterais e de fundos e a
altura das edificações aprovadas mediante EVU deverão, para todos os efeitos, garantir
condições de privacidade e adequação à paisagem urbana do entorno semelhantes às
edificações aprovadas pelo regime urbanístico estabelecido em Lei.
Parágrafo único. A simulação de iluminância das fachadas das edificações

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submetidas à EVU deverá ser realizada na condição de céu encoberto – sem a luz direta do sol
(Overcast Sky) - utilizando como parâmetro de comparação o fator de luz diurna vertical que
garanta a ocorrência de uma iluminância vertical mínima em pelo menos, 50% (cinquenta por
cento), dos períodos diurnos anuais.

Seção VI
Dos Recuos de Jardim

Art. 152. O recuo de jardim tem por objetivo valorizar a paisagem urbana, auxiliar na

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animação de áreas comerciais e servir como reserva técnica para futuros alargamentos viários.
Parágrafo único. Recuo de jardim, RJ, é a faixa de terreno medida a partir do
alinhamento do terreno com o espaço público, existente ou futuro, até a edificação e serão
estabelecidos por zona de uso.

Art. 153. O recuo de Jardim das edificações será de:


I - 1,50 m nas zonas de uso: ZM 1, 2 e 3, CCS 1, 2 e 3, ZEIS, ZT;
II - 4,00 m na zona de uso ZR e ZMD;
III - 10,00 m nas zonas de uso: ZI, CP;
IV - 12,00 m nas zonas de uso: ZEIA e NUOR;

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V - o padrão existente nas ZEIHC conforme análise da CTM;
VI. 6,00 m nas ZEU e ZUE.
Parágrafo único. Quando houver recuo viário projetado sobre o terreno, o recuo de
Jardim-RJ será contado do alinhamento futuro do terreno.

Art. 154. É assegurada para edificações com até 7,00m de altura, uma faixa mínima
edificável de 10,00m (dez metros) no lote; (figura 8.11 do Anexo 8.0).
Parágrafo único. O disposto no caput do artigo não se aplica nas ZEIHC.

Art. 155. Será permitido, na área do recuo de ajardinamento, a construção de:


I - muros de arrimo;
II - muros nas condições estabelecidas no art. 151;
III - grades e telas com qualquer altura;
IV - escadarias e rampas de acesso, quando necessárias pela conformação dos
terrenos sobre o terreno natural (aclive ou declive);
V - guaritas e portarias com área construída de no máximo 5% (cinco por cento) da
área do recuo, garantido um mínimo de 5,00m m² (cinco metros quadrados);
VI - toldos e acessos cobertos de material leve e estrutura independente,
marquises, beirais e similares;
VII - estacionamentos descobertos desde que ocupem no máximo 50% (cinquenta
por cento), da área do recuo;
VIII - relógios medidores de energia elétrica e caixas de correio.

Art. 156. No recuo de jardim dos terrenos que possuam:


I - declive em toda a faixa do recuo de jardim igual ou superior a 30% (trinta por
cento), e/ou altura mínima de 1,50m, será permitida a edificação de subsolo, desde que a laje de

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cobertura se localize na mesma cota do passeio público e seja constituída por jardim ou terraço
plano. (figura 8.13 do Anexo 8.0);
II - aclive em toda a faixa do recuo de jardim igual ou superior a 30% (trinta por
cento), e/ou altura mínima de 1,50m, será permitida a construção de garagens, desde que a
cobertura seja constituída por jardim ou terraço plano, respeitada a altura máxima do pavimento
de 3,00m. (figura 8.12 do Anexo 8.0).

Art. 157. Quando os recursos para ajardinamento forem absorvidos por


alargamentos viários, o Município poderá eliminá–los total ou parcialmente.

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Art. 158. Em edificações regulares que não observem as normas relativas ao recuo
de ajardinamento são permitidas:
I - obras de reformas, desde que mantida a volumetria na área correspondente do
recuo;
II - aumentos, observados os novos recuos.

Art. 159. O recuo para ajardinamento poderá ser alterado mediante análise da CTM,
quando:
I - apresente falta de continuidade com as edificações adjacentes;

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II - o quarteirão ou a via pública apresenta configuração especial;
III - o terreno possua patrimônio ambiental, natural ou cultural, a preservar;
IV - o terreno apresentar forma irregular ou condições topográficas excepcionais;
V - a edificação for de interesse histórico e cultural.

Seção VII
Dos muros de divisa

Art. 160. A altura máxima dos muros dos terrenos será de:
I - frontais: 0,40m de altura;
II - laterais: altura máxima de 1,20 m na faixa de recuo de jardim, e 2,00 m no
restante do terreno.
§1º Sobre os muros poderão ser colocadas telas e similares com qualquer altura,
desde que os espaços vazios predominem sobre os cheios.
§2º Caso a caso poderá ser permitida a construção de muros com maior altura,
desde que devidamente justificados, mediante análise de EVU pela CTM.
§3º Nos projetos em terrenos de esquina com testadas maiores de 50,00m e nos
condomínios por unidades autônomas o percentual de visibilidade em toda(s) a(s) frente(s) do
lote não poderá ser inferior a 50% (cinquenta por cento), do muro, por testada, e nem poderá ter
superfícies contínuas totalmente fechadas com mais de 10,00m de comprimento.

Seção VIII
Dos recuos viários e não edificáveis

Art. 161. A aprovação de projeto e licenciamento de edificação em imóvel atingido

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por previsão de traçado viário e/ou de equipamentos urbanos e comunitários, que observe a
restrição à edificação na parte atingida, dar–se–á:
I - aplicando–se o regime urbanístico sobre a área não atingida pelo traçado do
PDM;
II - aplicando–se o regime urbanístico sobre a totalidade da área, mediante
transferência de potencial construtivo nos termos do art. 63 desta Lei.

Art. 162. Não será permitido qualquer tipo de edificação na área do recuo viário,
sendo que rampas, escadas ou qualquer tipo de acesso às edificações deverão ter seu

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desenvolvimento total fora destas áreas.
Parágrafo único. Excetuam-se as edificações regulares existentes sobre o recuo
viário, caso em que serão permitidas obras de reforma, desde que mantida a volumetria na área
correspondente ao recuo.

Art. 163. Em recuos viários cuja implantação não seja prioritária será permitida uma
construção provisória sobre o recuo, desde que:
I - fique comprovada a viabilidade funcional da edificação, na área remanescente,
quando da demolição da área construída sobre o recuo viário e de jardim futuros; e,
II - atenda o regime urbanístico e a acessibilidade na construção sobre a área

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líquida;
III - atenda ao recuo para ajardinamento medido do alinhamento existente;
IV - a altura máxima na parte atingida fique limitada a 7m (sete metros);
V - o proprietário do terreno assina Termo de Renúncia à indenização pelas
melhorias realizadas, que deverão ser gravadas na matrícula.
Parágrafo único. Obras prioritárias são aquelas com previsão orçamentária e
projeto da obra pública.

Art. 164. Todas as vias públicas existentes com gabarito inferior ao padrão
estabelecido no Anexo 2.2 serão objeto de alargamento viário com vistas a implantar o padrão
definido e poderão ser objeto de desapropriação por transferência de potencial construtivo,
conforme disposto no art. 63 desta Lei.
§1º Em vias consolidadas, mediante análise por EVU, poderá ser adotado o padrão
pré-existente.
§2º Considera-se para efeito desta Lei vias consolidadas todas as vias existentes
identificadas com gabaritos diferentes dos propostos (novos) e que embora com gabaritos
menores consigam cumprir a função definida para a sua hierarquia.

Art. 165. Fica definido o recuo non aedificandi do alinhamento predial ao longo das
faixas de domínio público das rodovias ERS-020, ERS-115 e ERS-239, nos trechos da rodovia
que atravessam o perímetro urbano e de expansão urbana de, no mínimo, 05 (cinco) metros de
cada lado.

Art. 166. Recuo não edificável de drenagem é a distância que deve ser mantida
livre, a partir do eixo de dutovias existentes no território municipal. Nessa faixa não é permitida a
construção de edificações. O recuo será estabelecido de acordo com o diâmetro mais 3,00 m

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para cada lado do eixo da canalização.

Seção IX
Das garagens e estacionamentos

Art. 167. Garagens e estacionamentos são, respectivamente, edificações e áreas


cobertas ou descobertas destinadas à guarda de veículos, com atendimento aos padrões
estabelecidos no Anexo 5.2 desta Lei.
Parágrafo único. O Município implantará progressivamente programa de

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estacionamentos temporários – estacionamentos públicos com tarifação periódica, ao longo dos
logradouros de áreas de centralidade, mediante legislação específica.

Art. 168. As edificações em terrenos com testada igual ou superior a 12,00m (doze
metros) devem prever vagas para a guarda de veículos, conforme padrões estabelecidos no
Anexo 5.2 desta Lei, sendo que, nos terrenos de esquina, deve ser considerada a menor testada
para efeito do previsto neste artigo.
§1º O número de vagas obrigatórias será calculado aplicando-se o padrão
estabelecido no Anexo 5.2 sobre a área computável no Índice de Aproveitamento.
§2º Quando o cálculo referido no § 1º resultar em um número igual ou inferior a 2

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(duas), vagas fica a edificação isenta da obrigatoriedade de prever vagas para guarda de
veículos.

Art. 169. Nas edificações residenciais e de comércio e serviço, quando as vagas


forem privativas, poderão ser aceitas a construção de vagas duplas desde que a primeira vaga
de cada unidade tenha acesso direto e independente.

Art. 170. As vagas devem possuir dimensões mínimas de 2,60 m x 5,00 m


devidamente demonstradas em projeto.
Parágrafo único. Quando em um terreno coexistirem usos e atividades diferentes, o
número de vagas exigidas será igual à soma das vagas necessárias para cada uso e atividade.

Art. 171. Todos os empreendimentos que tiverem a necessidade de implantação de


garagens e estacionamentos deverão contemplar a instalação de bicicletários com capacidade
de uma vaga para cada 5 (cinco), vagas de veículos.
Parágrafo único. O previsto no caput não se aplica quando a edificação for
destinada a garagens comerciais.

Art. 172. Excetuando–se os prédios residenciais e de serviços com


estacionamentos privativos, todas as garagens e estacionamentos, incluindo estacionamentos
em via pública, deverão prever espaços com localização privilegiada para veículos automotores
de pessoas com deficiência e para idosos na proporção estabelecida pela ABNT - NBR 9050.

Art. 173. O estacionamento, quando com mais de 50 (cinquenta vagas), deverá ter
entrada e saída independente, devendo a largura dos acessos ser de no mínimo 3,00m para os

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trechos em linha reta e 4m para os trechos em curva.

Art. 174. Poderão ser ajustados os padrões estabelecidos no Anexo 5.2 em função
da especificidade de atividades, podendo ser suprimido ou reduzido a exigência das vagas
quando se tratar de:
I - reciclagem de uso de prédio existente;
II - edificação considerada patrimônio histórico e cultural;
III - edificação de caráter social.
§1º Nas situações especificadas no Anexo 5.2 desta Lei é obrigatória a previsão de

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local, no interior do terreno, destinado à movimentação e manobra de veículo de carga e
descarga, em proporções adequadas.
§2º Entende-se por reciclagem de uso, a ocupação de um prédio existente por outra
atividade econômica, nova, diferente da atividade que o ocupou anteriormente.
§3º Entende-se por edificação de caráter social a edificação destinada à população
de baixa renda e as edificações localizadas dentro dos limites das ZEIS, zonas especiais de
interesse social.
§4º De acordo com o Decreto Federal nº 6135 de 2007 para o Cadastro Único para
Programas Sociais do Governo Federal considera-se família de baixa renda aquela com renda
familiar mensal per capita de até meio salário mínimo, ou a que possua renda familiar mensal de

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até três salários mínimos.

Art. 175. Independente do estabelecido nas Zonas de Uso, a Comissão Técnica


Municipal, em parecer fundamentado, poderá vedar a edificação de garagens comerciais, postos
de abastecimento, ou atividades geradoras de tráfego, em situações ou locais que possam gerar
insegurança ao trânsito urbano do local.
Parágrafo único. Através de requerimento do interessado, o processo será remetido
a CTM e CONACPLAN para opinarem sobre a aplicação do disposto no caput.

CAPÍTULO IV
DO PARCELAMENTO DO SOLO

Art. 176. Parcelamento do solo urbano é a divisão da terra em unidades


juridicamente independentes, para fins urbanos, podendo ser realizado na forma de loteamento,
desmembramento, fracionamento e arruamento sempre mediante aprovação municipal.
§1º Os projetos de parcelamento do solo devem abranger o imóvel titulado em sua
totalidade.
§2º Os terrenos ou glebas a serem parcelados devem possuir frente para
logradouros públicos oficiais.

Art. 177. O parcelamento do solo para fins urbanos, deverá obedecer às diretrizes e
os traçados do Plano Diretor, as zonas de uso e os padrões urbanísticos estabelecidos no Anexo
6 desta Lei.
§1º Os parcelamentos de solo nas modalidades de loteamento, desmembramento,
fracionamento e arruamento deverão ser remetidos para aprovação contendo os arquivos de
formato digital vetorial georreferenciado para inserção na base cartográfica oficial e atualização

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cadastral.
§2º Somente serão aceitos arquivos vetoriais nos formatos Shapefile (shp) ou
GeoPackage (gpkg), em projeção Universal Transversa de Mercator (UTM) e datum horizontal
SIRGAS 2000.
§3º Devem constar do arquivo vetorial, obrigatoriamente, a gleba originária e os
lotes, ambos em geometria de polígono, com validação topológica e isento de erros de
geometria, contendo tabela de atributos com ao menos a identificação numérica do lote no
parcelamento, a identificação da quadra a qual pertence o lote no parcelamento e a área
superficial em cálculo cartesiano (sem projeção).

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§4º A critério da avaliação pela municipalidade e para complementação do processo
de licenciamento, poderá ser exigida a apresentação de outros elementos espaciais do
parcelamento de solo nos formatos e especificações expressos anteriormente.

Art. 178. Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zona
urbana e de expansão urbana conforme limites constantes dos mapas de Estruturação do
Território, com suas delimitações instituídas pelos documentos cartográficos constantes dos
Anexos agrupados sob o índice 1.2.e 1.3..
Parágrafo único. O parcelamento do solo sob forma de loteamento fica permitido
somente em glebas justapostas à urbanização existente, de forma a evitar os vazios urbanos,

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aspecto gerador de prejuízos e frontalmente conflituoso ao princípio da economicidade na
administração pública conforme Lei nº 15.788 de 23.12.2021, exceções poderão ser submetidas
a análise do CTM.

Art. 179. Aprovado o projeto urbanístico de parcelamento do solo, o interessado


deverá submetê-lo ao Registro Imobiliário em um prazo de 180 (cento e oitenta dias).
§1º Desde a data de registro do parcelamento do solo no Cartório de Registro de
Imóveis, passam a integrar o domínio do Município as vias e outros equipamentos públicos
urbanos e comunitários constantes do projeto e do memorial descritivo.
§2º Na hipótese do projeto de loteamento ser submetido à anuência do órgão
metropolitano o prazo de 180 (cento e oitenta dias), começará a contar da data da anuência
daquele órgão.

Art. 180. Consideram-se, para efeito desta Lei:


I - Gleba - imóvel com área superior a 2,25 ha;
II - Terreno ou Lote Urbano – imóvel com área igual ou inferior a 2,25 ha;
III - Áreas de Destinação Pública: aquelas referentes ao sistema viário e à
implantação de equipamentos públicos comunitários;
IV - Equipamentos Públicos Comunitários: os equipamentos públicos de educação,
cultura, saúde, segurança, esporte, lazer e convívio social;
V - Infraestrutura Básica: a pavimentação mínima das vias, os equipamentos de
abastecimento de água potável, disposição adequada de esgoto sanitário, distribuição de
energia elétrica, iluminação pública e redes de drenagem urbana;
VI - Infraestrutura de Caráter Complementar: pavimentação de vias e redes de
infraestrutura adequadas à hierarquia da via pública, tais como, água e esgoto, pluvial e cloacal,
nos dois lados da via pública, telefonia, fibra óptica.

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Art. 181. Não será permitido, o parcelamento do solo:


I - Em terreno com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se
atendidas exigências específicas segundo análise da CTM;
II - totalmente localizados em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações,
excetuando-se as áreas consideradas viáveis nos anexos sob o índice 1.6 - Mapas de
Limitações e Restrições Físico-Ambientais do Território;
III - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública,
sem que sejam previamente saneados;

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IV - em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação;
V - em áreas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua
correção;
VI - nas áreas gravadas como parques, urbano ou natural, e/ou reservas
ambientais.
VII - em imóveis dos quais resultem terrenos encravados ou em desacordo com
padrões estabelecidos pelo Plano Diretor Municipal.
§1º Do parcelamento do solo não poderá resultar terrenos sem capacidade
construtiva.
§2º Com o objetivo de dar sustentabilidade à ocupação em terrenos urbanos ou

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glebas com incidência de áreas com restrição à edificação, tais como APP, áreas não
edificáveis, deverá ser mantida uma proporção adequada entre a área sem restrição e as com
restrição a ocupação.
§3º Até a regulamentação do § 2º, poderão ser aprovados projetos que apresentem
a proporção mínima de 30% (trinta por cento), do terreno ou gleba sem restrição a ocupação, ou
outra proporção desde que com parecer favorável da CTM, garantido sempre a área mínima do
terreno urbano previsto para a zona onde se situe o imóvel.
§4º Nos imóveis parcialmente atingidos por limitações ao parcelamento do solo, sua
parte não parcelável poderá, a critério da Comissão Técnica Municipal e após emissão das
respectivas diretrizes municipais, ser utilizada como espaço de uso comum, destinada a
atividades ao ar livre, ressalvadas as limitações das legislações estaduais e federais
competentes.

Art. 182. As Áreas de Preservação Permanente (APP) devem atender às faixas de


proteção previstas na Lei Federal nº 12651 de 25 de maio de 2012, Código Florestal e em seus
regulamentos.
§1º No processo de licenciamento de cada empreendimento, a autoridade
licenciadora poderá estabelecer exigências específicas em relação às APP, incluindo faixas
maiores do que as previstas em lei, em função do respectivo Plano da Bacia Hidrográfica.
§2º Admite-se a supressão da vegetação de APP por utilidade pública, interesse
social ou baixo impacto ambiental, nos casos previstos pela Lei Federal nº 12.651de 25 de maio
de 2012, Código Florestal e seus regulamentos e por resolução do Conselho Nacional do Meio
Ambiente – CONAMA.
§3º As APP em relação às quais não se obteve da autoridade licenciadora
autorização para supressão da vegetação, por utilidade pública ou interesse social, devem
permanecer como faixas não - edificáveis.

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§4º As APP podem ser transpostas pelo sistema viário ou utilizadas para a
implantação e manutenção de sistemas de drenagem de águas pluviais e outras obras exigidas
pelo Poder Público e concessionárias de serviços públicos, conforme Resolução do CONAMA.
§5º APP deverão ser incorporadas em lotes particulares a fim de manutenção e
preservação das áreas, sendo que as mesmas deverão ser gravadas em matrícula;

Art. 183. Nos parcelamentos do solo para fins urbanos, as APP podem ser
utilizadas como espaços livres de uso público para implantação de atividades educacionais, de
lazer e culturais ao ar livre, desde que:

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I - a vegetação seja preservada ou recomposta, de forma a assegurar o
cumprimento integral dos objetivos ecológicos das APP;
II - a utilização da área não gere degradação ambiental;
III - exista autorização prévia da autoridade licenciadora.

Art. 184. O Poder Público poderá exigir nos parcelamentos do solo a reserva de
“áreas com restrição à edificação” destinada à passagem de equipamentos públicos urbanos
vinculados aos serviços de sua competência.
Parágrafo único. As dimensões das “áreas com restrição à edificação” serão
definidas pelo Município, observando os termos indicados pelos órgãos públicos competentes e

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compatibilizando as legislações federal, estadual e municipal.

Art. 185. Se necessária, a reserva de faixa "non aedificandi" vinculada a linhas de


transmissão de alta tensão, proximidades de locais de tratamento de resíduos sólidos, de redes
viárias, federais e estaduais, dutovias, aeródromos, zonas e distritos industriais com proximidade
a zonas de uso residenciais, deve ser exigida no âmbito do respectivo licenciamento ambiental,
observados critérios e parâmetros que garantam a segurança da população e a proteção do
meio ambiente, conforme estabelecido nas normas técnicas pertinentes.
Parágrafo único. A responsabilidade das faixas "non aedificandi", previstas no caput
deste artigo, quanto à desapropriação e ainda quanto a sua manutenção ou gestão, é da
concessionária dos serviços a que se referem.

Art. 186. No parcelamento do solo serão destinadas áreas para o sistema viário e
implantação de equipamentos públicos urbanos e comunitários na proporção estabelecida no
Anexo 6, atendendo aos seguintes requisitos urbanísticos:
I - as vias públicas devem articular-se com o sistema viário adjacente, existente ou
projetado, em no mínimo duas vias, harmonizar-se com a topografia local e garantir o acesso
público aos corpos d’água, às praias e demais áreas de uso comum do povo, não
necessariamente de acordo com o gabarito existente, sendo isso determinado nas diretrizes
urbanísticas prévias;
II - a infra-estrutura básica e a de caráter complementar devem ser implantadas em
conformidade com os projetos aprovados, de acordo com o cronograma físico, sob a
responsabilidade do empreendedor e com a fiscalização do poder público;
III - a área de equipamento público comunitário destinado ao lazer, esporte e
convívio social deve ser contornada, preferencialmente, por vias públicas.
IV - caso tenham declividade superior a 18% (dezoito por cento), deverão ser

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analisadas pela CTM.

Art. 187. O percentual de áreas de destinação pública para implantação de


equipamentos públicos comunitários nos loteamentos e desmembramentos é o estabelecido no
Anexo 6.
§1º Ficam dispensados da destinação de áreas para equipamentos públicos
comunitários:
I - o fracionamento de glebas com área igual ou superior a 100.000,00 m² (10 ha)
desde que as glebas resultantes do fracionamento tenham no mínimo 50.000,00 m² (5 ha),

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destinadas a futuros loteamentos;
II - o fracionamento de imóvel com qualquer área, com origem em parcelamento do
solo que já tenha destinado áreas para equipamentos públicos comunitários.
§2º As áreas de destinação pública devem cumprir as finalidades para as quais
estão sendo criadas, não podendo ser objeto de concessão ou regularização de ocupações de
qualquer natureza.
§3º Se a área de destinação pública se caracterizar como inadequada à finalidade
pública prevista, a destinação poderá se dar sob a forma de terrenos urbanizados no próprio
parcelamento do solo, para serem objeto de permuta por áreas para equipamentos públicos
comunitários em outro setor carente da cidade, visando ao cumprimento da destinação e

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utilização pública original constante do projeto e memorial descritivo do parcelamento do solo, a
critério do órgão competente e aprovadas pela CTM e CONACPLAN.

Art. 188. Poderão ser descontadas, para efeito do cálculo da área de destinação
pública:
I - as áreas destinadas à implantação de equipamentos públicos urbanos de
abastecimento de água e serviços de esgoto cloacal na forma de Estações de Tratamento de
Água, de Esgoto e Estações de Bombeamento:
§1º Deverá ser criado o Banco de Terras para Equipamentos Comunitários com os
terrenos oriundos dos projetos de parcelamento do solo juntamente de suas matrículas livres e
desembaraçadas.
§2º Até a criação do Banco de Terras para Equipamentos Comunitários, referido no
parágrafo acima, os recursos farão parte do cadastro técnico - próprios municipais,
permanentemente atualizados pela Divisão de Geoprocessamento.
§3º Todas as áreas de destinação pública devem ser georreferenciadas
adequadamente ao Sistema Geodésico Brasileiro, tomando como ponto de referência a estação
geodésica existente no Município, situada a 518.894,886 mE e 6.727.524,350 mN (Projeção
UTM, datum SIRGAS 2000), de código SAT - 93818, componente da Rede Planimétrica,
integrante do SGB.

Art. 189. Nos parcelamentos do solo de interesse social, executados pelo Poder
Público ou com sua interveniência, poderão ser admitidos parâmetros urbanísticos diferenciados,
desde que garantidas às condições de habitabilidade, mobilidade, segurança e funcionamento
dos serviços e equipamentos públicos a critério da Secretaria de Planejamento, Habitação,
Segurança, Mobilidade e Trânsito .
§1º Os padrões especiais previstos no caput não incluem o percentual mínimo de

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área para equipamentos comunitários que deverá ser implantado na sua totalidade.
§2º Os parcelamentos do solo em ZEIS devem priorizar a forma de loteamento.

Art. 190. Poderão ser modificados, a critério do órgão técnico competente, os limites
de face e área das quadras urbanas, e os limites da área da gleba a ser objeto de loteamento,
previstos no Anexo 6 desta Lei, nos casos que apresentarem as seguintes situações:
I - quando localizados em áreas onde a rede viária existente ou projetada torne
desnecessária a restrição;
II - quando se pretenda a edificação de equipamentos públicos ou privados de

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grande porte, tais como: universidades, complexos hospitalares e culturais, instituições, shopping
centers, equipamentos que exigem dimensões superiores a quadra urbana;
III - quando a necessidade de preservação do patrimônio ambiental ou de previsão
de redes de infraestrutura desaconselhar a abertura, prolongamento, modificação ou ampliação
de vias;
IV - a critério da Comissão Técnica Municipal poderão ser aceitos lotes com
proporções superiores a relação testada versus profundidade, desde que tal conformação de
lotes seja para atendimento das limitações administrativas oriundas de legislação vigente bem
como atendimento das restrições de ordem física constantes desta Lei. As áreas atingidas pelas
limitações administrativas e restrições referidas anteriormente não serão computadas para fins

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de cálculos dos parâmetros relativos ao regime urbanístico.

Art. 191. Desde a data de registro do parcelamento do solo no Registro de Imóveis


passam a integrar o domínio do Município as vias e outros equipamentos públicos urbanos e
comunitários constantes do projeto e do memorial descritivo.

Art. 192. Os loteamentos e desmembramentos, conforme condições abaixo


definidas deverão obedecer às normas estaduais específicas:
I - quando localizados em áreas de interesse especial, estabelecidas por decreto
estadual, tais como: de proteção aos mananciais ou ao patrimônio cultural, histórico, paisagístico
e arqueológico, assim definida por legislação estadual ou federal;
II - quando o loteamento localizar-se em área limítrofe do Município, ou que
pertença a mais de um município ou em aglomerações urbanas, definidas em lei estadual ou
federal;
III - quando o loteamento abranger área superior a 100 ha (cem hectares).

Art. 193. As aprovações de projetos urbanísticos de parcelamento do solo (projetos


de loteamentos, desmembramentos e condomínios de lotes) deverão ser protocolados junto à
Prefeitura, com a documentação solicitada pelos Roteiros de Parcelamento do Solo
estabelecidos no Anexo 6.

Art. 194. As áreas públicas serão computadas sobre a área líquida do loteamento.

Art. 195. Não são computadas na área líquida do loteamento aquelas que
apresentam impeditivos à ocupação.

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Art. 196. Será permitido, quando de interesse público e após análise pela Comissão
Técnica Municipal, o desmembramento em áreas inseridas em Zona de Passagem de Cheia
para fins de destinação de espaços livres de uso público, quando estes apresentarem valor
ambiental relevante para o sistema de áreas verdes do Município.

Art. 197. As áreas localizadas na Zona de Passagem de Cheia e na Zona de


Restrição por Inundações, poderão, em casos de interesse público e após análise da Comissão
Técnica Municipal, ser doadas como espaço livre de uso público, integrante do sistema de áreas
verdes do Município.

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Art. 198. Será permitido, quando do interesse particular e após análise pela
Comissão Técnica Municipal, o desmembramento em áreas inseridas em Zona de Passagem de
Cheia para fins de destinação de uso específico sem qualquer tipo de intervenção, desde que
haja o gravame na matrícula do imóvel.

Art. 199. Quando de interesse público para integrar o sistema de áreas verdes do
Município, e a critério da Comissão Técnica Municipal, poderá o loteador destinar área para
espaço livre de uso público em gleba distinta da parcelada.

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Art. 200. Quando a gleba objeto de parcelamento contiver áreas com fragmentos de
vegetação primária ou secundária nos estágios médio e avançado de regeneração do Bioma
Mata Atlântica, segundo as determinações e percentuais de preservação constantes da Lei
Federal 11.428 de 2006, estas poderão ser destinadas como espaços livres de uso público:
I - a referida área destinada como espaço livre de uso público, devido a sua
relevância ambiental, deve integrar o sistema de áreas verdes do Município;
II - sem prejuízo das limitações administrativas impostas pela Lei Federal 11.428 de
2006, as áreas destinadas como espaço livre de uso público devem passar a ser propriedade do
Município através de mudança na titularidade;
III - é Vedada a supressão de vegetação ou utilização conflituosa na referida área
destinada como espaço livre de uso público em fragmento de vegetação do Bioma Mata
Atlântica;
IV - atendidas todas as demais condicionantes ambientais do parcelamento de solo
urbano, as áreas destinadas como espaços livres de uso público, integrantes do sistema de
áreas verdes do Município, podem sobrepor espacialmente e incorporar as áreas com
fragmentos de vegetação do Bioma Mata Atlântica, posto que a limitação administrativa advinda
da legislação ambiental não entra em conflito com a sobreposição nem com a mudança de
titularidade, bem como os percentuais de preservação constantes da legislação ambiental
continuam mantidos.
Seção I
Dos Loteamentos

Art. 201. Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a


edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou
prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes.

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§1º Não caracteriza loteamento a execução de vias públicas de circulação


compreendendo abertura, prolongamento, modificação ou ampliação – efetivada pelo Município,
de acordo com planos de prioridades, com vista a dar continuidade à sua malha viária.
§2º As áreas públicas serão computadas sobre a área líquida do loteamento.
§3º Não são computadas na área líquida do loteamento aquelas que apresentam
impeditivos à ocupação.

Art. 202. É de responsabilidade do loteador:


I - a demarcação das quadras com marcos de concreto, seção 10 x 10 cm, altura

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mínima de 60 cm, pintados na cor branca, e a demarcação dos lotes, com marcos de concreto,
seção 5 x 5 cm, altura mínima de 30 cm, pintados na cor branca e suas devidas identificações;
II - a abertura das vias de comunicação necessárias e sua pavimentação, com
bloquetes ou asfalto, delimitadas por meios-fios e ligação ao loteamento adjacente existente bem
como fornecimento das placas de denominação de logradouros e das obras de demarcação de
lotes e quadras constantes nos projetos aprovados:
a) deverá ser contemplado no mínimo uma via coletora ou arterial, de
acordo com as diretrizes urbanísticas, com ciclovia em todo novo empreendimento, visando a
mobilidade do município;
b) as redes dos equipamentos públicos urbanos e as pavimentações

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deverão ser estendidas até a rede oficial existente;
c) poderão ser descontadas para efeito de aplicação da Transferência
de Potencial Construtivo, nos termos do art. 63, da área de destinação pública as destinadas à
malha viária que excederem aos gabaritos das vias coletoras (20,00m) ressalvadas as situações
em que fique demonstrado que o gabarito excedente resulta da mitigação de impactos
provocados pelo próprio empreendimento;
d) a implantação dos loteamentos, não deverá gerar degradação e
poluição ambiental, assim como prejuízos à drenagem urbana, devido à erosão oriunda da
decapagem do solo.
III - a garantia da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou
mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e obstáculos nas vias e espaços
públicos, com o rebaixamento do meio-fio e a viabilização das rampas em todas as esquinas e
em todas as calçadas;
IV - a instalação das redes de abastecimento de água potável nos dois lados da via
nos passeios públicos;
V - a instalação de hidrantes de combate a incêndios, atendendo às exigências da
norma técnica pertinente;
VI - a instalação de rede de energia elétrica com iluminação pública a ser definida
pelo Município;
VII - a execução do sistema de drenagem pluvial e de esgotamento sanitário, de
acordo com as diretrizes técnicas do Executivo Municipal e órgãos concessionários
competentes;
VIII - a execução de pontes e muros de arrimo necessários;
IX - a execução de praça pública, como medida mitigadora de densificação da área,
conforme determina o Anexo 6.6 e porte dos loteamentos conforme tamanho:
a) Pequeno Porte – até 100 lotes Praça Padrão I;

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b) Médio Porte – de 101 a 400 lotes Praça Padrão II;


c) Grande Porte – acima de 401 lotes Praça Padrão III, na proporção de uma Praça
Padrão III para cada 400 lotes.
§ 1º Os lotes planos abaixo do nível da via deverão ser devidamente aterrados ao
nível da via já pavimentada, no mínimo, com a mesma capacidade de suporte do solo original,
avaliado a partir da resistência à penetração e ser isento de material rochoso; salvo em
loteamentos em declive, onde a topografia permita o aproveitamento do desnível do lote, desde
que autorizado pelo setor técnico competente do Executivo Municipal.
§2º Os novos loteamentos deverão ter todos os vértices da gleba georreferenciados

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em projeção UTM e datum horizontal SIRGAS 2000, e observar ainda o disposto no art. 177.
§ 3º As instalações das redes de esgoto cloacal serão avaliadas pela Comissão
Técnica Municipal, e a critério do licenciamento ambiental, poderá ser admitido sistema individual
de tratamento de esgotamento sanitário devidamente dimensionado.

Art. 203. Estão sujeitas ao parcelamento do solo sob a forma de loteamento, as


glebas com testada superior a 200,00 m e área superior a 22.500,00 m², dimensões máximas da
quadra urbana.
§1º Poderão ser aumentados os limites máximos de testada e área referidos no
caput, quando a rede viária existente torne dispensável aquele limite, a critério do órgão

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competente.
§2º A critério da CTM, poderão ser dispensadas do parcelamento do solo sob a
forma de loteamento, as glebas com áreas superiores às definidas no caput, quando localizadas
em zonas urbanas com características especiais, tais como: zonas especiais de interesse
ambiental, de interesse histórico e cultural, destinado a empreendimentos de grande porte e
equipamentos urbanos, caso em que, deverá ser observado apenas o sistema viário, constituído
por vias arteriais e coletoras, constantes nos Anexos 1 e 2.

Art. 204. Os loteamentos deverão destinar áreas públicas para a malha viária e
equipamentos públicos em conformidade com os padrões estabelecidos no Anexo 6 desta Lei.
Parágrafo único. Todas as áreas de destinação pública devem ser
georreferenciadas adequadamente ao Sistema Geodésico Brasileiro, tomando como ponto de
referência a estação geodésica existente no Município, situada a 518.894,886 mE e
6.727.524,350 mN (Projeção UTM, datum SIRGAS 2000), de código SAT - 93818, componente
da Rede Planimétrica, integrante do SGB.

Art. 205. O licenciamento das obras de urbanização deverá ser requerido no prazo
de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de seu registro imobiliário, sendo que a conclusão
destas deverá observar o prazo máximo de 05 (cinco) anos.
Parágrafo único. O prazo referido no caput poderá ser prorrogado, desde que o
pedido de prorrogação se dê na sua vigência, tantas vezes quantas forem necessárias, em
função de interesse público e a critério da Secretaria de Meio Ambiente, Defesa Civil e Causa
Animal responsável pelo licenciamento ambiental.

Art. 206. A execução das obras de urbanização do loteamento será objeto de


garantia por parte do loteador, na forma de caução de lotes relativos ao valor total do

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empreendimento, mediante análise da Secretaria de Planejamento e CTM.


§1º A garantia será liberada na medida em que forem entregues as obras, desde
que não desfigure a efetiva garantia para o restante das obras.
§2º Não poderão ser dadas em garantia as áreas de destinação pública constantes
do projeto de loteamento, devendo o gravame de área destinada à implantação de equipamentos
comunitários serem registradas na matrícula do imóvel.
§3º Fica dispensada a prestação de garantia na implantação de loteamentos de
responsabilidade do Município.

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Art. 207. Verificando que o loteamento não se ache licenciado ou foi executado em
desacordo com os projetos aprovados, o Município notificará o loteador.
§1º Desatendida a notificação, poderá o Poder Executivo regularizar o loteamento
para evitar lesões aos seus padrões de desenvolvimento urbano e na defesa dos direitos dos
adquirentes de lotes, na forma do art. 40 da Lei Federal nº. 6.766, de 19 de dezembro de 1979,
com alterações dadas pela Lei Federal nº 9.785, de 29 de janeiro de 1999, ressarcindo-se de
despesas de implantação de infraestrutura necessária junto ao loteador, inclusive por via judicial.
§2º Sem prejuízo de outras penalidades, o Município, através de seus órgãos
técnicos competentes, deverá embargar, a expensas dos proprietários, loteamentos realizados
em desacordo com o traçado, com o Regime Urbanístico e com os equipamentos públicos

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urbanos instituídos em lei.

Subseção I
Dos Loteamentos de Caráter Social

Art.208. O loteamento em áreas gravadas como ZEIS observará o que segue:


I - na regularização de loteamento em ZEIS existentes serão considerados como
padrão os parâmetros identificados no cadastro da regularização;
II - em áreas e glebas sem ocupação identificadas como ZEIS, os padrões especiais
serão admitidos apenas no interior da quadra urbana estruturadora.
§1º Considera-se quadra urbana estruturadora a que:
I -Tenha testada máxima de 200,00m (duzentos metros) e área máxima de 2,25 ha;
II -Seja contornada por vias locais.
§2º Os padrões especiais para as vias de acesso aos lotes, a serem utilizados no
interior da quadra urbana estruturadora devem garantir condições de habitabilidade, segurança e
mobilidade.
§3º Consideram-se condições de habitabilidade o atendimento a padrões mínimos
de qualidade de vida e a existência de infraestrutura urbana adequada à circulação local,
limpeza urbana e segurança.
§4º Poderá ser aumentado o limite máximo de testada e área referido no §1º,
quando a rede viária existente torne dispensável aquele limite, a critério do órgão competente.
§5º Será admitido nas ZEIS da área urbana, previstas no inciso II do caput, o lote
com 150m² (cento e cinqüenta metros quadrados) de área, testada de 6,00m (seis metros)
quando lotes de meio de quadra, testada de 8,00m (oito metros) quando esquinas;
§6º A infraestrutura básica dos loteamentos situados nas ZEIS consistirá, no
mínimo, de:

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I - vias de circulação pavimentadas;


II - escoamento das águas pluviais;
III - rede para o abastecimento de água potável;
IV -soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar.
§7º Os loteamentos em ZEIS deverão prever áreas para equipamentos
comunitários conforme Anexo 6.

Seção II
Dos Arruamentos

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Art. 209. Considera-se arruamento a possibilidade de o Poder Público implantar
sistema viário.

Art. 210. Não caracteriza loteamento a execução de vias públicas de circulação


compreendendo abertura, prolongamento, modificação ou ampliação, efetivada pelo Município,
de acordo com as prioridades do Plano de Mobilidade Urbana, com vista a dar continuidade à
sua malha viária.
§1º Até a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana as obras viárias a serem
implantadas serão analisadas pela CTM com vistas a avaliar a prioridade de implantação.

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§2º Fica vedado ao Município a execução de vias públicas em áreas sujeitas a
loteamento, salvo nas situações previstas no caput.
§3º Vias com uso público, existentes há mais de 20 (vinte) anos, isenta o Município
de indenização por desapropriação do leito viário.
§4º Quando aplicável, os elementos espaciais do projetos de arruamento deverão
ser apresentados em conformidade com o art. 177.

Seção III
Dos Desmembramentos

Art. 211. Considera-se desmembramento a subdivisão de em lotes destinados a


edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura
de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já
existentes, embora sem infraestrutura mínima para parcelamento ou que não foram objeto de
parcelamento anterior.
§1º Aplicar-se-ão os parâmetros urbanísticos constantes no Anexo 6.2 desta Lei
aos projetos de desmembramento.
§2º Nos desmembramentos com a finalidade de produção de habitação de
interesse social, localizados em Zonas Especiais de Interesse Social, poderão ser admitidos
padrões específicos de área mínima do lote desmembrado, desde que garantido o atendimento
da demanda habitacional prioritária municipal.
§3º Será permitido no desmembramento de imóvel caracterizado como
equipamentos urbano ou comunitário, o cálculo da destinação de área pública apenas sobre a
parcela destacada para outra finalidade.
§ 4º Entende-se por infraestrutura mínima a infraestrutura básica composta por rede

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de abastecimento de água potável, de energia elétrica atendendo todas as áreas e esgotamento


pluvial.
§5º As áreas públicas serão computadas sobre a área líquida do desmembramento.
§6º Não são computadas na área líquida do desmembramento aquelas que
apresentam impeditivos à ocupação.
§7º Quando aplicável, os elementos espaciais do projetos de desmembramento
deverão ser apresentados em conformidade com o art. 177.

Art. 212. Não será permitido o desmembramento que resultar em faixa de lotes

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contínuos, de frente para uma mesma via e em quarteirões inexistentes ou indefinidos, que
apresente extensão superior a 200,00m (duzentos metros), caracterizando, neste caso, um
loteamento. Para as quadras existentes serão consideradas as seguintes definições:
I - todas as áreas de terras lindeiras deverão ser consideradas para o cálculo de
tamanho de quadra (200,00m), em quadras existentes;
II - em casos de quadras existentes, para compatibilização com o sistema viário
implantado e a critério da Comissão Técnica Municipal, poderão as faces de quadra para fins de
desmembramento possuir extensão que exceda aos 200,00m.

Seção IV

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Dos Fracionamentos

Art. 213. Considera-se fracionamento a subdivisão de terreno em lotes destinados a


edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura
de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já
existentes com infraestrutura mínima para parcelamento ou que já foram objeto de parcelamento
anterior.
Parágrafo único. Entende-se por infraestrutura mínima a infraestrutura básica
composta por rede de abastecimento de água potável, de energia elétrica atendendo todas as
áreas e esgotamento pluvial.

Art. 214. Considera-se também fracionamento desde que não haja prejuízo a
estruturação urbana:
I. - o parcelamento de glebas de grande porte, desde que as glebas resultantes do
fracionamento possuam área mínima de 5 ha (cinco hectares);
II - o parcelamento de glebas com qualquer área que tenha origem em
parcelamentos do solo que já tenham contribuído com áreas para equipamentos comunitários
conforme legislação vigente à época de sua aprovação.
III - o parcelamento de imóvel resultante de remembramento de imóveis;
IV - a divisão amigável ou judicial de imóveis bem como a partilha de imóveis,
nomeadamente nas hipóteses de:
a) dissolução da sociedade conjugal;
b) sucessão "causa-mortis";
c) dissolução de sociedade ou associações constituídas anteriormente
à data de vigência da Lei Federal nº. 6.766 de 19 de dezembro de 1979;

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d) extinção de condomínio constituído anteriormente à data de vigência


da Lei Federal nº. 6.766 de 19 de dezembro de 1979.
Parágrafo único. Do fracionamento não poderão resultar maior número de lotes do
que de herdeiros, sócios ou condôminos observada em qualquer hipótese, frente para via pública
e testadas em áreas mínimas, conforme padrões estabelecidos no Anexo 6.

Seção V
Do Condomínio Urbanístico por Lotes

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Art. 215. Entende-se por Condomínio de Lotes a divisão de gleba ou lote em
unidades isoladas entre si, constituindo cada unidade uma propriedade autônoma destinada à
edificação futura, às quais correspondem áreas privativas e comuns dos condôminos, formando
a fração ideal da unidade, expressa sob a forma decimal ou ordinária, sendo admitida a abertura
de vias de domínio privado.
§1º Os Condomínios de Lotes deverão ser registrados com esta nomenclatura no
Cartório de Registro de Imóveis, com registro independente para cada unidade autônoma, sem
necessidade de vinculação com edificação, indicando a fração ideal, área de uso comum e área
privativa de cada condômino.
§2º Uma vez registrado o Condomínio de Lotes no Cartório de Registro de Imóveis

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não será permitido o seu desmembramento.

Art. 216. Os Condomínios de Lotes deverão atender às seguintes condições e


exigências para sua implantação:
I - área máxima da gleba 30.000 m² (trinta mil metros quadrados) e/ou
testada/profundidade máxima de 200,00 metros, sendo que acima deste padrão submete-se a
estudo de viabilidade;
II - as vias de acesso aos lotes, as edificações, isoladas e/ou geminadas e ainda, as
áreas de usos comum internas dos condomínios, deverão observar os gabaritos mínimos abaixo:
a) 5,00m (cinco metros), na hipótese de atendimento até 20 (vinte)
unidades autônomas e pelo menos um passeio público de 2,00 m (dois metros);
b) 10,00m (dez metros), na hipótese de atendimento a um número de
unidades autônomas entre 21 (vinte e uma) e 80 (oitenta) e dois passeios públicos de 2,00 m
(dois metros), um de cada lado;
c) 15,00m (quinze metros), na hipótese de atendimento de 81 (oitenta
e uma) unidades autônomas ou mais e dois passeios público de 2,00 m (dois metros), um de
cada lado;
III - é de responsabilidade do proprietário ou responsável pelo condomínio a
execução, adaptação ou qualquer tipo de melhoria que se fizer necessária na malha urbana
existente, de modo a permitir de forma satisfatória o fluxo de veículos originado pelo mesmo,
ligando este às vias estruturais ou arteriais e outras, obedecendo às regulamentações
específicas.
IV - os lotes deverão ser necessariamente constituídos observando o limite vigente;

Art. 217. Nos condomínios citados na presente Lei são considerados áreas e

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edificações de propriedade comum dos condôminos as vias de acesso aos lotes, as edificações
e as demais áreas de uso comum, bem como as áreas de lazer e recreação, as áreas
destinadas a equipamentos urbanos e comunitários com seus respectivos equipamentos, os
muros e cercas externas e as faixas "não - edificáveis" ao longo dos mesmos, as guaritas, as
obras de infra-estrutura previstas nesta Lei e outras que porventura existirem, e ainda, todas as
áreas e edificações que, por sua natureza destinarem-se ao uso comum de todos os
condôminos, que constam na convenção do condomínio, demarcado em planta e memorial
descritivo.
§1º As Áreas de Preservação Permanentes - APP - serão consideradas áreas de

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uso comum, devendo permanecer de propriedade de todos os condôminos, na proporção de
suas frações ideais, sendo a manutenção e a conservação destas sob sua responsabilidade.
§2º As Áreas de Preservação Permanentes - APP-, às vias de acesso aos lotes e
as demais áreas de uso comum e outras áreas consideradas de preservação ambiental, bem
como aquelas "não - edificáveis", estão sujeitas a cobrança do IPTU ou qualquer outro tipo de
imposto municipal, de acordo com o estabelecido no Código Tributário do Município.
§3º Será de responsabilidade exclusiva dos condôminos, a manutenção das áreas e
bens de uso comum de propriedade de todos os condôminos, na proporção de suas frações
ideais.
§ 4º As áreas institucionais previstas pela legislação federal poderão ser

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substituídas e compensadas pelos empreendimentos que constituam Condomínios de Lotes,
desde que:
I - Constitua-se o empreendimento fechado com acesso restrito aos condôminos e
cercados em toda sua extensão;
II - em relação às substituições previstas no § 4º:
a) não importe em grave prejuízo à coletividade;
b) tenha por finalidade o desenvolvimento urbano do Município;
c) não cause dano ambiental ou ao patrimônio cultural.
III - serão calculadas através do preço de mercado das áreas a serem substituídas
do empreendimento, e deverão ser reaplicadas em benefício da coletividade, com as seguintes
condições:
a) avaliação da área a ser realizada por, no mínimo, três avaliações do preço atual
médio de mercado do metro quadrado do total da área a ser substituída;
b) as avaliações previstas no inciso anterior serão providenciadas pela Secretaria
de Planejamento, Habitação, Segurança, Mobilidade e Trânsito ;
IV - o valor da avaliação arbitrada pela Secretaria de Planejamento será revertido
em:
a) materiais ou equipamentos para aplicação em obras públicas tais
como praças, parques, avenidas e outras de uso comum, conforme indicação do Município de
Taquara que tenham como escopo melhoria do espaço urbano;
b) imóvel urbano a ser revertido ao patrimônio do Município ou;
c) o valor correspondente, o qual deverá ser aplicado conforme os
objetivos previstos nesta Lei.

Art. 218. Fica assegurada a passagem de infraestrutura pública quando necessária


e acesso irrestrito do Poder Público ao perímetro interno dos condomínios para o cumprimento

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de suas obrigações relativas à operação e manutenção destas.

CAPÍTULO V
DA EDIFICAÇÃO NO PARCELAMENTO DO SOLO

Art. 219. Salvo disposição em contrário, somente será admitida a edificação em


terrenos registrados no Registro Imobiliário e com frente para logradouro público cadastrado.
§1º Os imóveis registrados que não atendam aos padrões urbanísticos do
parcelamento do solo serão considerados edificáveis, desde que tenham frente para via

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integrante da malha viária oficial.
§2º Nos imóveis encravados e com matrícula do RI será permitido apenas à
construção de uma residência unifamiliar.
§3º Os empreendimentos em terrenos com área superior a 10.000 m² (dez mil
metros quadrados) e/ou com mais de 200,00m de testada ou profundidade, localizados na área
urbana, sem origem em loteamento ou desmembramento na forma da lei, serão analisados pela
Secretaria de Planejamento, Habitação, Segurança, Mobilidade e Trânsito quanto à estruturação
urbana (sistema viário), mediante apresentação de Estudo de Viabilidade Urbanística.
§4º Os empreendimentos e os condomínios por unidades autônomas em terrenos
com área superior a 22.500 m2 (vinte e dois mil e quinhentos metros quadrados) localizados na

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Área Urbana, à exceção daqueles localizados em zonas industriais, deverão ser objeto de
loteamento prévio a edificação.
§5º Sempre que os empreendimentos previstos nos parágrafos anteriores
constituírem impedimento à mobilidade e prejuízos à estruturação urbana, poderá o Município
exigir do empreendedor medidas mitigadoras.

Art. 220. A aplicação do IA e da TO nas edificações residenciais dar–se–á da


seguinte forma:
I - utilização plena do IA e TO nos terrenos com área de até 10.000,00 m²;
II - restrita ao valor equivalente a um terreno com 10.000,00 m² no imóvel que,
embora com área superior, adote os índices e taxas aplicados sobre 10.000,00 m²;
III - com a redução de 50% (cinqüenta por cento) do IA e da TO para terrenos com
área maior de 20.000,00 m².
§1º Não ficam sujeitos às limitações previstas pelo caput do artigo os lotes, com
qualquer área, oriundos de parcelamentos do solo que comprovadamente tenham destinado
área para equipamentos comunitários.
§2º A destinação de 15% (quinze por cento), da área do imóvel para área de uso
público sob a forma de terrenos, que integrarão o banco de terras para equipamentos
comunitários, permite a aplicação do IA, da TO e QI sobre a totalidade do terreno remanescente.
§3º Na hipótese de aplicação do parágrafo anterior, os lotes terão gravado na
matrícula a destinação para áreas de uso público.

Art. 221. A aprovação do EVU de loteamento, desmembramento ou fracionamento,


permite, a critério do órgão competente, a aprovação do projeto arquitetônico, ficando o
licenciamento da obra condicionado:
I - em caso de loteamento, ao licenciamento do loteamento;

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II - em caso de desmembramento, à apresentação da matrícula do lote com


destinação pública em nome do Município; e
III - em caso de fracionamento, à apresentação da matrícula do lote privado.
Parágrafo único. A aprovação do projeto de fracionamento permite a aprovação dos
projetos das edificações, ficando o licenciamento das obras condicionado à apresentação das
matrículas dos terrenos resultantes.

Seção I
Do Condomínio Urbanístico por Unidades Autônomas

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Art. 222. É permitida a instituição de condomínios urbanísticos horizontais, com a
implantação de unidades autônomas destinadas à edificação às quais correspondem frações
ideais das áreas de uso comum dos condôminos.
§1º A instituição de condomínios urbanísticos por unidades autônomas de
residências unifamiliares, na forma do art. 8º, alínea “a”, da Lei Federal nº 4.591, de 16 de
dezembro de 1964, poderá ser autorizada, a critério da Secretaria de Planejamento, Habitação,
Segurança, Mobilidade e Trânsito, ainda que não contenham os projetos relativos às edificações
privativas, respeitando as condições a serem estabelecidas em regulamentação desta Lei.
§2° As disposições definidas nesta seção não se aplicam aos condomínios

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urbanísticos por unidades autônomas constituídas por apenas dois prédios de habitação
unifamiliar.
§3° A CI não se aplica nos condomínios urbanísticos de unidades autônomas
verticais nem de lotes.

Art. 223. Na zona urbana é permitida a instituição de condomínio por unidades


autônomas, conforme o disposto nos arts. 1º e 8º da Lei Federal nº 4.591, de 16 de dezembro de
1964, em imóvel ou somatório de imóveis com área máxima de 22.500 m² (vinte e dois mil e
quinhentos metros quadrados), excetuando–se Zonas Industriais, onde é proibido,

Art. 224. Os condomínios urbanísticos por unidades autônomas, com relação ao


porte, dividem-se em:
I - Pequeno porte: aqueles implantados em terrenos com área de até 4.000 m²;
II - Médio porte: aqueles implantados em terrenos com área entre 4.000 e 10.000
m²;
III - Grande porte: aqueles implantados em terrenos com área maior que 10.000 m².
Parágrafo único. Nas Zonas Industriais (ZI) e Corredores de Produção (CP) são
proibidas as instituições de condomínio urbanístico por unidades autônomas.

Art. 225. Considera-se para efeito desta Lei:


I - Unidade autônoma: a unidade imobiliária destinada à edificação resultante de
condomínio urbanístico por unidades Autônomas decorrente da aplicação do disposto no art. 8º
da Lei Federal nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964;
II - Fração Ideal: índice da participação abstrata e indivisa de cada condômino nas
coisas comuns do condomínio urbanístico por unidades autônomas, expresso de forma decimal,
ordinária ou percentual;

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III - Área Condominial: áreas de acessos e de lazer não caracterizadas como


unidades autônomas.

Art. 226. Nos condomínios por unidades autônomas serão preservadas áreas livres
de uso comum em proporção de no mínimo 35% (trinta e cinco por cento) de área total da gleba.
§1º Quanto à gleba de que trata este artigo não tiver sido objeto de loteamento
anterior e dele não tenha resultado previa doação de área pública deverá ser destinado 15%
(quinze por cento) do total da gleba para uso público, em localização a ser definida pelo
Município.

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§2º Poderá ser reduzido o percentual de 15% (quinze por cento) para 10% (dez por
cento), mediante realização de obras públicas que visem a melhoria de equipamentos ou
infraestruturas urbanas mediante Termo de Compromisso de Compensação nos termos da Lei
6.135 de 2018.
§3º Não se enquadram nas exigências do parágrafo anterior os condomínios
implantados em glebas com área inferior a 10.000 m² (dez mil metros quadrados).

Art. 227. Ficam definidos em relação à implantação de condomínios urbanísticos


por unidades autônomas:
I - a necessidade de análise, mediante EVU das formas admissíveis de fechamento

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do perímetro dos empreendimentos de pequeno, médio e grande porte, com vistas a resguardar
a paisagem urbana, pela predominância de espaços vazios;
II - critérios e responsabilidades ao empreendedor e ao condomínio, em relação à
execução e manutenção da infraestrutura dos acessos internos do condomínio, respeitados os
limites da competência municipal;
III - responsabilidades ao empreendedor em relação à integração do
empreendimento com o sistema viário existente ou projetado.

Art. 228. A manutenção do sistema de acessos internos, das áreas destinadas a


uso comum dos condôminos, da infraestrutura interna e da coleta de resíduos sólidos, nos
condomínios urbanísticos por unidades autônomas é de responsabilidade dos condôminos,
podendo ser realizada pelo Poder Público ou seus concessionários, de forma onerosa, mediante
contrato prévio com o condomínio.

Art. 229. Na hipótese da implantação dos condomínios urbanísticos por unidades


autônomas constituírem impedimento à mobilidade e prejuízo à estruturação urbana, poderá o
Município exigir do empreendedor medidas mitigadoras.

Art. 230. Fica assegurada a passagem de infraestrutura pública quando necessária


e acesso irrestrito do Poder Público ao perímetro interno dos condomínios para o cumprimento
de suas obrigações relativas à operação e manutenção destas.

LIVRO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 231. Serão examinados, de acordo com a legislação em vigor à época de sua

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protocolização, os processos administrativos respeitados os prazos legais.

Art. 232. Para efeito desta Lei são estabelecidos os seguintes prazos de validade:
I - 12 (doze) meses para a certidão de zoneamento, contados a partir da data da
emissão do documento;
II - 12 (doze) meses para os EVU aprovados, contados a partir da data do
deferimento;
III - 12 (doze) meses para as portarias aprovadas, contados a partir da data do
deferimento;

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IV - 12 (doze) meses para certidões de construção e demolição;
V - 6 (seis) meses para as certidões de desmembramentos, fracionamentos, de
localização e retificação, contados a partir da data do deferimento;
VI - 60 (sessenta) meses, prorrogáveis desde que justificados, para a conclusão das
obras de urbanização dos loteamentos, contados a partir da data do Registro de Imóveis.

Art. 233. Suprimido.

Art. 234. As modificações de projetos cujas obras foram iniciadas serão examinadas
de acordo com a legislação em vigor na data de sua aprovação.

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Art. 235. As edificações comprovadamente existentes há mais de 20 (vinte) anos,
pelos registros dos cadastros do Município ou por documentos comprobatórios, serão
consideradas existentes e terão direito sobre a respectiva área, devendo atender à legislação
vigente somente na área a construir e à legislação de incêndio e ambiental na totalidade da
edificação.

Art. 236. Será objeto de lei, as matérias que tratem de:


I - alteração do zoneamento de uso;
II - alteração de Regime Urbanístico nas zonas de uso;
III - criação ou extinção de Zonas de Uso;
IV - instituição do Banco de Terras para Equipamentos Comunitários;
V - instituição de incentivos fiscais e tributários, bem como o estabelecimento de
penas pecuniárias;
VI - Transferência de Potencial Construtivo e Outorga onerosa do direito de
construir; em situações não previstas expressamente nesta Lei;
VII - alteração dos Anexos 1, 2, 3, 4.2, 4.3, 5 e 6.
VIII - operações urbanas consorciadas.

Art. 237. Será objeto de decreto do executivo, as matérias que tratem de:
I - regulamentação do Sistema de Gestão do Planejamento;
II - regulamentação do Sistema de Monitoramento;
III - regulamentações de procedimentos relativos à aprovação de projetos de
edificação e parcelamento do solo;
IV - padrões para projetos e execução de obras referentes à pavimentação,
posteamento e arborização das vias de circulação e urbanização de praças;

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V - padrões para estacionamentos.


VI - Criação do Fundo do Planejamento

Art. 238. Serão objetos de resoluções da CTM, as matérias que tratem de:
I - alteração e ajustes nos gravames de traçados viários e de equipamentos urbanos
e comunitários;
II - definição de critérios para análises e aprovações de estudos e projetos de
edificações e parcelamento do solo;
III - resolução de dúvidas e de interpretações do Plano Regulador e aplicações dos

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Instrumentos Urbanísticos;
IV - apreciação de resultados e recomendações dos Estudos de Viabilidade
Urbanística que forem analisados por Estudos de Impacto Ambiental, Impacto de Vizinhança e
EAS/RAS;
V - conceituação e classificação dos elementos que equipam o espaço público,
assim como a definição de critérios gerais para a sua implantação;
VI - apreciações de EVUs e projetos nas situações previstas por esta Lei.

Art. 239. O Executivo, após a promulgação desta Lei, deverá dar provimento às
medidas de implementação das diversas diretrizes que a integram.

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Art. 240. O Poder Executivo no prazo de 90 (noventa) dias, contados da data da
publicação desta Lei, deverá elaborar o Decreto regulamentador dos procedimentos
administrativos referentes à liberação de alvarás, aprovação de projetos de edificação e
parcelamento do solo.

Art. 241. Ao Poder Executivo Municipal caberá ampla divulgação do Plano Diretor e
das demais normas municipais, em particular as urbanísticas, através dos meios de
comunicação disponíveis.

Art. 242. O Poder Executivo deverá providenciar a atualização e compatibilização


das demais normas legais municipais com as diretrizes estabelecidas por este Plano Diretor.

Art. 243. Revogam-se as Leis Municipais nºs 3715 de 10 de outubro de 2006, 5144
de 20 de dezembro de 2012, 5703 de 28 de maio de 2015, 5772 de 18 de dezembro de 2015,
6426 de 13 de maio de 2021.

Art. 244. Esta Lei entra em vigor após decorridos 90 (noventa) dias a contar da data
de sua publicação.
PALÁCIO MUNICIPAL CEL. DINIZ MARTINS RANGEL, 23 de junho de 2022.

SIRLEI TERSINHA BERNARDES DA SILVEIRA


Prefeita Municipal

Registre-se e publique-se

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