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bom dia pessoal, tudo bem?

vamos dar inicio a um novo eixo e objeto de


conhecimento, vamos tratar da memória da ditadura brasileira (1964-1985) que tem
sido objeto de discussão e reflexão nos últimos anos. a ideia é abordar tanto o
esquecimento quanto a disputa de narrativas, e comparativamente, com alguns outros
países latino-americanos,
como Argentina, Chile, já que eles também passaram por períodos ditatoriais e
enfrentaram desafios semelhantes no tratamento de
suas memórias desde o processo de colonização.

antes de começar a nossa breve exposição, só reiterando o nosso roteiro: vamos hoje
trocar mais uma ideia sobre o assunto, certo? refletir a partir desta aula a
introdução do tema para que vocês possam e aprofundar mais pra frente c nosso
projeto de seminário. será dividido em 4 aulas, essa sendo a 1, posteriormente
vamos tirar dúvidas, dividir a sala para a orientação da atividade e o roteiro de
pesquisa documental, e por fim, vamos construir juntos a nossa aula final pensando
a memória, patrimonio e história desses 3 países por meio da imprensa independente.

então vamos lá! no Brasil, durante muito tempo, a ditadura foi um tema pouco
discutido e muitas vezes silenciado, especialmente pq o nosso país adotou uma Lei
de Anistia em 1979, que buscava promover a reconciliação nacional, o que gerou
debates sobre a impunidade dos crimes cometidos durante o regime. Somente nas
últimas décadas houve um maior
reconhecimento da importância de se enfrentar o passado autoritário e buscar a
verdade sobre os acontecimentos.

a responsabilidade por esse motivou, ficou por conta da Comissão Nacional da


Verdade, criada em 2011, que teve como objetivo investigar violações dos direitos
humanos ocorridas durante a
ditadura, promovendo a divulgação de relatórios e a responsabilização dos
envolvidos. Essa iniciativa foi um marco importante
no processo de confronto com o passado autoritário brasileiro desde o contexto da
redemocratização.

a gente sabe que se tratando de memória e história, diferentes grupos têm lutado
para contar suas versões dos acontecimentos. Movimentos sociais, organizações de
direitos humanos e familiares de vítimas da ditadura têm buscado dar visibilidade
às violações e às histórias das vítimas, contribuindo para a construção de uma
memória coletiva que contesta a versão oficial do regime. Por outro lado, há
grupos que buscam minimizar ou negar as violações ocorridas durante o período
ditatorial, perpetuando uma narrativa que enaltece o regime e deslegitima as
denúncias de violações de direitos humanos.

E veremos que em outros países latino-americanos, como Argentina, Chile e Uruguai,


também ocorreram ditaduras e processos de redemocratização. Cada um desses países
adotou abordagens distintas no tratamento da memória das ditaduras.

POR EXEMPLO:
Na Argentina, a ditadura militar (1976-1983) foi marcada por um dos períodos mais
violentos da história do país, com milhares
de desaparecidos e violações generalizadas dos direitos humanos. Após o retorno à
democracia, em 1983, foram criados espaços de
memória, como o Parque da Memória, onde são homenageadas as vítimas da ditadura.
Além disso, foram realizados julgamentos de
militares envolvidos em violações, buscando justiça e reparação. O governo
argentino adotou uma abordagem de confronto com o
passado autoritário, buscando esclarecer os crimes cometidos e promover a memória
das vítimas.

No Chile, após o fim da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), também foram


adotadas iniciativas para enfrentar o passado
ditatorial. A Comissão Valech, criada em 2003, investigou as violações dos direitos
humanos ocorridas durante o regime e
registrou mais de 38.000 casos de tortura, prisão e desaparecimentos. O Museu da
Memória e dos Direitos Humanos, inaugurado em
2010, é um espaço importante para a preservação e divulgação da memória das vítimas
da ditadura chilena. Além disso, ocorreram
julgamentos e condenações de militares envolvidos em violações de direitos humanos.

todos esses espaços de memória, todos esses países têm investido na preservação de
locais emblemáticos
associados à repressão política. Museus, memoriais e centros de documentação foram
criados para preservar a memória e promover a
reflexão sobre o período ditatorial, aqui no Brasil, nós temos o Memorial da
Resistência, dentro da Pinacoteca, próximo a estação da LuZ, vocês já foram ou
ouviram falar?

Quanto aos programas de indenização e iniciativas de busca de desaparecidos, também


existem diferenças entre os países. A
Argentina implementou programas de reparações econômicas para as vítimas da
ditadura, buscando compensar os danos sofridos. No
Chile, foram criadas políticas de reparações, incluindo pensões e assistência
médica para as vítimas.

Em resumo, a gente observa que mesmo a américa latina tendo categorias sociais e
históricas semelhantes ao longo de sua trajetória, cada país adotou abordagens
distintas, desde a criação de espaços de memória, programas de indenização e
busca de desaparecidos, até a realização de julgamentos e condenações de
responsáveis por violações de direitos humanos. A forma
como essas questões foram abordadas reflete as particularidades históricas e
políticas de cada contexto nacional.

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