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ANÁLISE E RISCOS

INTRODUÇÃO

A maioria dos acidentes é devida à falta ou deficiência de algo


fundamental na execução das tarefas diárias. A segurança dos
empregados nas áreas de risco é função direta do método de
trabalho que, infelizmente, não tem recebido o carinho, atenção e
respeito que merece! Havendo problema quanto ao método, a
segurança sempre falha!... E quando a segurança falha, os
resultados são catastróficos:

- São as mortes;

- São as mutilações físicas e/ou mentais;

- São as perdas materiais;

- São as interrupções brutais do trabalho com toda sorte de prejuízo!

Revisaremos alguns conceitos básicos sobre acidente e segurança.


Os conceitos sobre acidente são estudados isoladamente apesar de
que, na prática, os acidentes ocorrem sempre em cadeia.

Eles são classificados em caráter pessoal, material e administrativo.


Gerenciar riscos depende fundamentalmente do claro entendimento
desses conceitos.
 

ACIDENTE

Ocorrência não programada que pode produzir danos. É um


acontecimento que não prevemos ou, se prevemos, não sabemos
precisar quando vai acontecer.

 Acidentes pessoais: Ocorrência com pessoas. Ex: Queda de


pessoa

 Acidente Material: Ocorrência com material Ex: Queda de


aparelho de medição

 Acidente Administrativo: Ocorrência com a empresa Ex:


Falência, não programada.

ACIDENTE DO TRABALHO

Qualquer evento não programado que interfere negativamente na


atividade produtiva e que tem a cobertura da seguradora.

INCIDENTE CRÍTICO:
É uma situação ou condição que se apresenta, mas não manifesta
dano. É também chamado de quase-acidente.

DANO

Consequência negativa do acidente. É o produto ou resultado


negativo do acidente (prejuízo), seja dano pessoal, lesão, como
ferimento no braço, perturbação mental; dano material, como dano
em aparelho, equipamento, etc; ou dano administrativo, como o
prejuízo monetário e o desemprego em massa.

RISCO

Tudo que pode causar acidente, ou seja, que tem potencial ou


probabilidade de causar acidente. De um modo geral, os riscos são
mais “visíveis” nas tarefas e podem ser controlados. Por vezes ele
está oculto no processo que envolve a realização das tarefas.
Podemos descobri-lo preventivamente (através de conhecimento,
estudo, pesquisa, testes, etc., o que é sempre difícil) ou
corretivamente (após algum acidente). Um exemplo é o defeito de
fabricação de um equipamento. Há riscos que nunca são
descobertos. Lembre-se da máxima “os inimigos ocultos são os mais
perigosos!”

 
RISCO PESSOAL

É o homem o maior risco da humanidade! Ele pode causar os mais


variados acidentes a qualquer instante.

RISCO MATERIAL

Condição insegura é o risco verificado no ambiente, seja em


máquinas, equipamentos, ferramentas, a presença (gás tóxico) ou a
falta de pessoal treinado em primeiros socorros ou qualquer outra
coisa no ambiente de trabalho.

RISCO ADMINISTRATIVO

A administração, a gerência, a supervisão ou quem os representar


diretamente. É o risco mais crítico da Empresa. Quando o gerente é
competente, o trabalho e a segurança funcionam a contento. Um
grande número de acidentes na empresa indica sempre uma
supervisão falha ou inexistente.

CAUSA (DE ACIDENTE)


Aquilo que provocou o acidente, que foi responsável por sua
ocorrência, que permitiu a transformação do risco em acidente.

Vale ressaltar que a causa só passa a existir após a ocorrência do


acidente. A condição insegura (piso escorregadio, por exemplo) é um
risco, antes de acontecer o acidente. Após o acidente a condição
insegura é a causa do acidente (e continua sendo risco para outros
acidentes). A classificação da causa de acidentes é descrita a seguir.

 Causa Pessoal: Ato inseguro, como, por exemplo, não seguir o


fluxo padronizado das tarefas.

 Causa Material: Condição Insegura, como, por exemplo, o piso


escorregadio.

 Causa Administrativa: Ato inseguro administrativo , como, por


exemplo, a diretriz errada, uma ordem errada proveniente da
chefia, de gerência, de supervisor.

ATO INSEGURO

Maneira pela qual, consciente ou inconscientemente, a pessoa física


ou jurídica: em primeiro lugar se expõe ao risco; em segundo lugar
expõe as pessoas (físicas ou jurídicas) e outras coisas ao risco. O ato
inseguro (simplesmente) é aquele que é cometido por pessoa física,
como por exemplo, o lançamento de cigarro aceso (pontas) pela
janela. O ato inseguro administrativo é aquele que é cometido por
pessoa jurídica, como, por exemplo, a ordem dada pela chefia para
transportar mercadoria com carga superior à capacidade de um
caminhão.

CONDIÇÃO INSEGURA, OU CONDIÇÃO AMBIENTE DE


INSEGURANÇA

Condição de meio que pode causar ou favorecer a ocorrência de


acidentes (risco) ou a condição do meio que causou ou favoreceu o
acidente (causa). A condição insegura antes do acidente é risco e
após o acidente é causa.

FATOR PESSOAL (DE INSEGURANÇA)

A condição que leva o ser humano a cometer o ato inseguro podendo


ser inconsciente ou consciente, inerente ou não ao ser humano.
Alguns exemplos são o medo e a insegurança.

EXEMPLOS DE FATORES HUMANOS

Os elementos abaixo são exemplos de fatores humanos que podem


causar acidentes ou incidentes em processos.
 Incompetência: física (surdez, daltonismo); mental (intelectual
ou psíquico); falta de treinamento ou treinamento inadequados.
Todos nós temos muita competência para algumas coisas e
pouca competência  para outras.

 Irresponsabilidade: omissão, indisciplina, vício (bebida, tóxico,


etc.).

 Excesso de confiança: o “bom geral''.

 Falta de confiança: insegurança, dúvida, medo.

 Problemas pessoais: doenças, falta de dinheiro,


preocupação, excesso de dinheiro, fome, doença na família,
fadiga.

 Incompatibilidade: Com talento, com chefes, com colegas,


com a vida. Bom seria se pudéssemos ter sempre “o homem
certo no lugar certo”.

Atividade Extra

 
Acesse o site https://segurancatemfuturo.com.br/, onde podemos
verificar as relações entre acidentes, suas causas e formas de evitá-
los e fazer uma resenha crítica do artigo que julgar mais interessante!

Referência Bibliográfica

 GÁRIOS, M, G. Uma abordagem estrutural sobre


gerenciamento de risco no trabalho, FEAMIG –MG, Belo
Horizonte, MG, 2009.

 NAVARRO, A, F. A função e a origem do Gerenciamento de


Riscos, Universidade Federal Fluminense – UFF, Niteroi,
RJ,  http://www.uff.br 1999.

 NABUCO, J. Gestão de Risco da Segurança do Trabalhador:


Como manter sua indústria segura. Fortaleza, CE sesi-
ce.org.br, 2018.

 VIANA, G. Gerenciamento de perigos e riscos na saúde e


segurança do trabalho, Consultoria Online Verde Gaia,
Campinas, UNICAMP, 2017.

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