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05/12/22

QUÍMICA I - Q1009
CAPÍTULO 11
Processos Físicos: espontaneidade e equílibrio
Interações intermoleculares: sólidos e líquidos
Chang cap11 Diagramas de fases de sustâncias puras
Energia de Gibbs, sua dependência com T e P:
estabilidade relativa das fases e transições de fase
Termodinâmica do processo de dissolução
Solubilidade de gases-Lei de Henry
Solutos pouco voláteis e abaixamento da pressão de
vapor do solvente líquido-Lei de Raoult
Propriedades coligativas de soluções:
a pressão osmótica e os seres vivos
Dissolução de macromoléculas em água:
hidrofobicidade e auto agregação,
Chang cap 12 micelas, cristais líquidos lamelares e biomembranas )

• Se a temperatura é constante, mas


Gás ideal muito baixa,
Lei de Boyle: •  o gás deixa de ter comportamento
PV = constante ideal, as interações intermoleculares
ocorrem, PV já não é uma constante,

• pode ocorrer liquefação

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As fases condensadas surgem devido a interações


intermoleculares atrativas

Ião-ião
Ião-dipolo
Dipolo-dipolo

Dipolo induzido-
dipolo induzido
(forças dispersão de London)

Excesso de proximidade leva a


grandes repulsões
Forças de
van der Waals

Forças de London (dispersão) ou de Van der Waals


Forças de atração que resultam de dipolos instantâneos em átomos ou em moléculas.

Se a temperatura é constante, mas


muito baixa, um gás pode condensar .
O Hélio liquefaz a 4 K

Um dipolo instantâneo é um dipolo


temporário que existe como resultado de
flutuações na densidade eletrónica dos
átomos ou moléculas (nuvem de eletrões).

Dipolo Dipolo
Forças de London, forças
instantâneo induzido de curto alcance

α1α 2
EP = ∝ −
r6

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Forças de London (dispersão) ou de Van der Waals


Aumentam com a Polarizabilidade (α):
capacidade de distorção de uma nuvem electrónica
numa molécula ou num átomo.

Pontos de ebulição/
Pontos de ebulição/
fusão (ºC) EP = ∝ −
α1α 2
fusão (ºC)
H2 -253/-259 r6
He -269/ -
F2 -188/-220 Ne -246/-249
Cl2 -34/-101 Ar -186/-189
Br2 59/-7 Kr -153/-157
I2 184/114 Xe -108/-112

dipolo instantâneo dipolo induzido


dipolo instantâneo

flutuações na
nuvem eletrónica

Forças de London (dispersão) ou de Van der Waals


α1α 2
EP = ∝ −
r6

CO2 é sólido, à p= 1bar,


se T<-78 ºC I2 é sólido a 25 ºC e 1 bar
CO2 e I2 são constituídos por moléculas não polares
e as interações intermoleculares são do tipo Forças de Dispersão de London.

CO2 é um gás à temperatura e pressão normais, pq as FDL são


relativamente fracas. Mas, nas mesmas condições de temperatura
e pressão, I2 é um sólido, pq as FDL são fortes .

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Forças de London (dispersão)

α1α 2
EP = ∝ −
r6
Os momentos dipolares instantâneo em moléculas
próximas em forma de bastonete tendem a mantê- Os momentos dipolares instantâneos
las juntas já que interagem fortemente ao longo de interagem apenas sobre uma pequena
uma ampla região da molécula, tal como indicado região das moléculas esféricas
pelas linhas verticais.

Interações dipolo-dipolo (forças de van der Waals)


µ1µ 2
EP = ∝ −
r3

Aumentando a temperatura, agitação molecular aumenta

Atração dipolo-dipolo enfraquece

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Ligação de hidrogénio
Ligação por ponte de hidrogénio, é um tipo especial de
interação dipolo-dipolo entre o átomo de hidrogénio numa
ligação polar, como N—H, O—H ou F—H, e um átomo
eletronegativo como O, N ou F.

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Ligações INTERmoleculares por pontes de hidrogénio


nos líquidos

A formação de pontes de hidrogénio sobrepõe-se energeticamente a


qualquer outra interação intermolecular:
P.e.(HF)>>P.e.(HCl); P.e.(H2O)>>P.e .(H2S)…..

Intensidade das interações intermoleculares e p.e.

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Polímeros sólidos, p.f. e interações intermoleculares


Very large molecules, such as polymers, will
be solids due to the large numbers of
attractions, even if only London Dispersion
Forces, that can be set up. EP = ∝ − α1α 2
r6
Polyethene m.p. -110 - 130 °C
Other polymers can have permanent
dipoles and will have stronger
attractions between the chains.
µ1µ 2
Polyvinylchloride m.p. -180 - 220 °C EP = ∝ −
r3

One of the strongest polyamides is


Kevlar and it benefits from many strong
hydrogen bonds at regular intervals along
the chain. m.p. > 500 ºC

Intensidade das interações intermoleculares


ião/molécula e molécula/molécula
kJ/mol

Ião – dipolo carga do ião –


carga do dipolo

Ponte de H* ligação polar* com H –


carga do dipolo

Dipolo – dipolo
(Keesom) cargas dos
dipolos
van der Waals

Ião – dipolo induzido carga do ião –


nuvem eletrónica
polarizável
Dipolo – dipolo carga do dipolo –
induzido (Debye) nuvem eletrónica
polarizável
Dispersão (London)
dipolo instantâneo –
dipolo instantâneo/ nuvens eletrónicas
dipolo induzido/ polarizáveis
dipolo permanente
* ligações com N, O e F
(eventualmente com Cl)
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Intensidade das interações intermoleculares

Forças Intermoleculares: as Forças Intramoleculares: as


forças atrativas entre as forças que mantém os
moléculas (iões, átomos) átomos de uma molécula
( ou iões) unidos

https://www.chemistry-teaching-resources.com/Resources/
APNotes/Unit3/3-2_Properties_of_Solids-Student.pdf

Propriedades da energia de Gibbs:


sua dependência da temperatura e da pressão
G = H – TS

equação fundamental da
Termodinâmica Química,
para uma substânia pura
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Propriedades da energia de Gibbs:


sua dependência da temperatura e da pressão

equação fundamental
da Termodinâmica Química

variação de G com T e p

Uma variação do valor de G (de um sistema fechado com composição constante) é


proporcional a uma variação de p e/ou de T, o que sugere que G pode ser entendida
como uma função natural de p e T . Estas variáveis estão normalmente sob o nosso
controle e dG inclui as consequências combinadas da 1ª e 2ª Leis da Termodinâmica
(conservação da energia interna e aumento da entropia do universo), associadas a
uma transformação num sistema físico-químico com composição constante
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Energia de Gibbs molar de uma substância pura,


temperatura e estabilidade relativa de fases

Pconst
⎛ ∂Gm ⎞
⎜ ⎟ = −S m
⎝ ∂T ⎠ p

equilibrio fusão
Gm (s) = Gm (l)
Gm (l) = Gm (g)
equilibrio ebulição

Tf Te

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Energia de Gibbs molar de uma substância pura,


temperatura e estabilidade relativa de fases

Pconst

Gm (s) = Gm (g): : Δ G = 0

Equilíbrio sólido líquido

Energia de Gibbs molar de uma substância pura,


pressão e estabilidade relativa de fases
g l s ⎛ ∂Gm ⎞
⎜⎜ ⎟⎟ = Vm
⎝ ∂p ⎠T
gás
T constante
energia de Gibbs, G

energia de Gibbs, G

líquido

sólido

pressão, p

Como Vm> 0 para todas as substâncias, Gm aumenta sempre quando a pressão do


sistema é aumentada (a T constante).
como o volume molar da fase gasosa de uma substância é maior do que o das fases
condensadas, a energia de Gibbs molar de um gás é mais sensível à pressão do que a das suas
fases líquida e sólida
À temperatura T, a fase que é termodinamicamente estável, à pressão p , é a de Gm é menor

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Diagrama de fases de uma substância pura


Resume as condições p e T para as quais uma substância
⎛ ∂Gm ⎞ existe como sólido, líquido e/ou gás ⎛ ∂Gm ⎞
⎜ ⎟ = −Sm
⎝ ∂T ⎠ p ⎜⎜ ∂p ⎟⎟ = Vm
⎝ ⎠T

Transições e equílibrios de fases


Maior
Para diferentes valores de T e P,
entropia
uma substância pura estará na
fase (sólida, líquida ou de vapor) a
que corresponde um mínimo da
sua energia de Gibbs molar.

Duas fases estão em equílibrio,
para determinados valores de T e
Solidificação

P , que são interdependentes.



A transição de fase ocorre sempre
Solidificação

no sentido da maior estabilidade


da substância à T e p em causa

Menor
entropia
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Energia de Gibbs : transições e equilíbrio de fases


H2O (l) H2O (g)
Δgl G(T =Te ) = 0 Δgl H m
Δgl S m =
Te
Gm(g)=Gm(l)

Δgl Gm (T > Te ) < 0

Δgl Gm (T < Te ) > 0 Líquido é a fase estável, Gm(g)>Gm(l)

H2O (s) H2O (l) Δlcr G (T =T ) = 0 Gm(s)=Gm(l)


f

Δlcr Gm (T > T f ) < 0 Líquido é a fase estável, Gm(s) >Gm(l)

Δlcr Gm (T < T f ) > 0 Sólido é a fase estável, Gm(s) <Gm(l)

Pressão do vapor no equilíbrio com a fase


condensada e forças intermoleculares

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A pressão do vapor (gás) em equilíbrio com a


fase condensada só depende da temperatura
Temperatura constante Sistema fechado

equilíbri
o
dinâmico

vaporização
Velocidade
>
de vaporização
Velocidade
de condensação
Velocidade
=
de vaporização
Velocidade de
condensação

A pressão de vapor de uma substância é a pressão exercida pelo


seu vapor quando este está em equilíbrio dinâmico com a fase
condensada (sólida ou líquida),25 a temperatura constante

Medição da pressão de vapor de um líquido no


equilíbrio com esse líquido a uma dada temperatura

Antes da No
Evaporação Equilíbrio

A diferença entre os níveis de mercúrio (h) representa a


pressão de vapor do liquido quando em equilibrio com o
seu vapor a uma determinada
26 temperatura.

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Pressão de vapor
Pressão (ou pressão parcial) do vapor em equilíbrio com o líquido
ou com o sólido, a uma temperatura T.
–  Não depende da quanMdade de líquido (ou de sólido) nem da
pressão total. Só depende de T e da substância.
–  Elevada pressão de vapor ▶ elevada volaMlidade.
–  Líquidos são normalmente mais voláteis que os sólidos.

 
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Pressão de vapor e temperatura

T1 < T2 T ↑⇒ pvapor ↑

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Ordinary evaporation is a surface phenomena - since the vapor pressure is


low and since the pressure inside the liquid is equal to atmospheric pressure
plus the liquid pressure, bubbles of water vapor cannot form. But at the
boiling point, the saturated vapor pressure is equal to atmospheric pressure,
bubbles form, and the vaporization becomes a volume phenomena.

At the boiling point,
saturated vapor pressure
equals atmospheric pressure

Pressão de vapor no equilíbrio e temperatura


Líquido Vapor
p2 Δg H º ⎛ 1 1 ⎞
K ΔH º ⎛ 1 1 ⎞ ln =− l ⎜ − ⎟
ln 2 = − ⎜ − ⎟ p1 R ⎜⎝ T2 T1 ⎟⎠
K1 R ⎜⎝ T2 T1 ⎟⎠
Δg H º
ln p = − l + const
RT
T ↑⇒ pvapor ↑
Equação de Clapeyron
Pressão de vapor (mm Hg)

g
p2 Δ l H º ⎛ 1 1 ⎞
ln = ⎜ − ⎟
p1 R ⎜⎝ T1 T2 ⎟⎠

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A ebulição ocorre, quando a pressão de vapor


do líquido iguala a pressão atmosférica
Pressão de vapor (mm Hg)

Δgl H º
ln p = − + const
RT
p = A exp(−Δgl H º / RT )

A Entalpia Molar de Vaporização é a


energia necessária para vaporizar 1
mol de um líquido, à sua temperatura
de ebulição.
Temperatura (K)

À pressão de 1 atm , a água entra em ebulição a 373 K, mas o etanol, que é


mais volátil, entra em ebulição a cerca de 350 K

Pressão de vapor em equilíbrio e temperatura


A água entra em ebulição a 100ºC, se a pressão atmosférica
for 760 Torr. Será que pode entrar em ebulição a 30 ºC?
Equação de Clapeyron
p2 Δg H º ⎛ 1 1 ⎞
ln =− l ⎜ − ⎟
p1 R ⎜⎝ T2 T1 ⎟⎠

p2 40,7.10 3 Jmol −1 ⎛ 1 1 ⎞
ln =− −1 −1
⎜ − ⎟
760 8,314 Jmol K ⎝ 303K 373K ⎠
p 2 = 31,8torr

A água entra em ebulição a 30ºC, se


a pressão atmosférica for 31,83 torr !!!

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Diagrama de fases da água

⎛ Δg H º ⎞
p = A exp⎜ − l ⎟
⎜ RT ⎟
⎝ ⎠
Linha (p, T ) equilíbrio
líquido-vapor
⎛ Δg H º ⎞
p = A exp⎜ − cr ⎟
⎜ RT ⎟⎠

Linha (p, T ) equilíbrio
sólido-vapor

Ponto crítico

Acima de Tc não se consegue liquefazer o gás


Pc é a pressão mínima, para liquefazer um gás, a Tc

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Diagrama de fases da água


À pressão de 1atm , a água entra em ebulição a 100 ºC

ponto triplo representa as


condições únicas ( P, T) para as
quais as três fases podem estar Efeito da variação de pressão sobre a T
em equilíbrio entre si. de fusão e a T de ebulição, lidas nas
linhas de equilíbrio de fases

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Diagrama de fases do dióxido de carbono

A 1 atm
CO2 (s) CO2 (g)
Efeito da variação de pressão sobre a T “gelo seco” sublima diretamente
de fusão e a T de ebulição, lidas nas
linhas de equilíbrio de fases. Qual a (sem fundir)
diferença que nota em relação ao
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comportamento da água ?

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Para um composto A puro mediram-se as pressões de vapor das fases cristalina


e líquida, a diferentes temperaturas, tendo sido deduzidas, a partir dos
resultados experimentais, as seguintes equações (de Clapeyron):

Equilíbrio de sublimação: ln(P/mmHg) = 18,97 – 980,6/(T/K) 


Equilíbrio de vaporização: ln(P/mmHg) = 16,05 – 760,3/(T/K )

a)Calcule a temperatura e a pressão do ponto triplo.


b)Estime o valor da entalpia de fusão no ponto triplo.
c)Estime o valor da entropia de fusão no ponto triplo
a)temperatura e a pressão do ponto triplo.
18,97 – 980,6/Ttriplo = 16,05 – 760,3/Ttriplo

Ttriplo=75,4 K

b) ln(P/mmHg) = 16,05 – 760,3/(T/K)


p2 Δg H º ⎛ 1 1 ⎞
ln =− l ⎜ − ⎟
p1 R ⎜⎝ T2 T1 ⎟⎠

– 760,3 x R = - ΔH vap
– 980,6 x R = - ΔH sub ΔH sub -ΔH vap = ΔH fusão c)ΔS fusão =ΔH fusão / 75,4
1,83 kJ mol-1

Diagrama de fases da água


polimorfismo do gelo a altas pressões
GELO
GELO

GELO
GELO

GELO

GELO

Ponto triplo

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Diagrama de fases do carbono


alotropia: diamante e grafite

Qual a fase termodinamicamente estável do


Carbono, à temperatura e pressão normais?

Diagrama de fases do enxofre : alotropia


•  Qual o tipo de interações que mantém o
Triple point arranjo espacial das moléculas do enxofre
sólido ?
•  Para T e p normais, qual o alótropo do
Enxofre termodinamicamente estável
•  Identifique as fases em equilíbrio nos
pontos triplos indicados no diagrama

S8

Triple point

Triple point

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Cristais líquidos termotrópicos:


são obtidos por aquecimento
de sólidos de moléculas longas

Diagrama de fases dum material mesomórfico


O diagrama de fases ao lado ilustra a perda gradual de
ordem orientacional ao elevar-se a temperatura :
sólido → cristal líquido termotrópico → líquido.

A substância passa da fase sólida cristalina para a esmética ,


desta para a nemática e daí para a fase líquida isotrópica .

Cristais Líquidos são mesofases entre


a fase cristalina e a fase líquida; fluem
como líquidos mas têm ordem
“cristalina”

Cristais líquidos termotrópicos:


são obtidos por aquecimento de
sólidos de moléculas longas
Tf Tc
clearing temperature

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SAIBA MAIS

Soluções
Uma solução é uma mistura homogénea de 2 ou mais substâncias
presente(s) em menor quantidade
O(s) soluto(s) é(são) a(s) substância(s)
O solvente é a substância presente em maior quantidade

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Soluções gasosas: ΔG mistura ?


Misturas gasosas de gases ideais : ΔH mistura = 0, pq?


ΔS mistura ?

Lei de Avogadro VA proporcional a nA

ΔS mistura > 0 ; ΔG mistura <0



Processo espontâneo

PerspeMva molecular do processo de dissolução


No processo de dissolução há três tipos de contribuições
energéticas devidas às interações:
•  solvente-solvente solvente-soluto soluto-soluto

ΔHsoln = ΔH1 + ΔH2 + ΔH3


A solvatação é o processo em A entalpia de dissolução (ΔHsol)
que um ião ou uma molécula é a energia (calor) gerada ou
de soluto(s) é rodeado por absorvida, quando o soluto se
moléculas do solvente, que se dissolve no solvente.
orientam de forma a favorecer
as interações Solvente-soluto (s) 46

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Dissolução
em água de um sal iónico

q1q2
EP = ∝ q1, 2 µ
r EP = ∝ −
r2

Interações ião-ião no cristal


Interações ião-dipolo na solução aquosa:

PerspeMva termodinâmica do processo de dissolução


A entalpia de dissolução (ΔHsol) é a energia perdida ou ganha da
vizinhança, por calor, quando uma certa quantidade de soluto se
dissolve em uma certa quantidade de solvente, a p constante,

ΔGdissol . = ΔH dissol − TΔS dissol


ΔGdissol . < O − − − −espontâneo

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As a salt such as NaCl dissolves, the Na+ and Cl- ions leaving the crystal lattice
acquire far greater freedom of motion . The resulting increase in entropy of the
system is largely responsible for the ease of dissolving salts such as NaCl in water

In thermodynamic terms, formation of the solution occurs with a favorable Gibbs


energy change :
ΔGsoln = ΔHsoln - T ΔS soln
where ΔHsoln is a small positive value (+4 kJ/mol) and T ΔSsoln is a large
positive value;
thus ΔG is negative

Temperatura e solubilidade de sólidos iónicos em água

ΔGdissol . = ΔH dissol − TΔS dissol


ΔGdissol . < O − − − −espontâneo

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Pontes de hidrogénio
água /sacarose favorecem
a dissolução

ΔGdissol . = ΔH dissol − TΔS dissol


Pontes de hidrogénio
intramoleculares na sacarose ΔGdissol . < O − − − −espontâneo

“Semelhante dissolve semelhante”


Os álcoois seguintes são miscíveis com água . PORQUÊ?

ΔGdissol . = ΔH dissol − TΔS dissol


ΔGdissol . < O − − − −espontâneo

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“Semelhante dissolve semelhante”


O enxofre (apolar) não é
solúvel em água.

mas é solúvel em
dissulfureto de carbono ,
S=C=S

ΔGdissol . = ΔH dissol − TΔS dissol


ΔGdissol . < O − − − −espontâneo

Regra de “semelhante dissolve semelhante”


Quando duas substâncias tem forças intermoleculares
semelhantes é provável que sejam solúveis uma na outra.
Solventes polares (ex: água, ácido acético)
Compostos iónicos (ex, NaCl, KI, etc.)
Compostos polares, principalmente, compostos hidroxílicos polares
(sacarose, ácidos, bases, álcoois, etc.)
Solventes apolares ou de baixa polaridade
(ex: dissulfureto de carbono, hidrocarbonetos, etc.)
Compostos apolares ou pouco polares (outros hidrocarbonetos, etc.)

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Regra de “semelhante dissolve semelhante”

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Regra de “semelhante dissolve semelhante”

Temperatura e solubilidade de gases em água


ΔGdissol . = ΔH dissol − TΔS dissol
ΔGdissol . < O − − − −espontâneo
Solubilidade em água (mmol/1 L, a 1 atm)

Temperatura (ºC)

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Solubilidade de gases e pressão do gás


Lei de Henry
s = kH pCO2 onde KH é a constante de Henry que
depende do sistema soluto / solvente e da temperatura

Solubilidade de gases s = kH p
A Constante de Henry kH depende:

•  do gás e da sua pressão

•  do solvente

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Propriedades coligativas de soluções


de solutos não voláteis
Propriedades coligativas (ou propriedades coletivas) são
propriedades que dependem apenas do número de partículas
dos solutos em solução e não da respetiva natureza química

1.  Diminuição da pressão de vapor do solvente



2.  Elevação do ponto de ebulição do solvente

3.  Abaixamento do ponto de fusão do solvente

4.  Pressão osmóMca

Propriedades coligativas de soluções


de solutos não voláteis
Diminuição da pressão de vapor do solvente

P*
P

A presença do soluto aumenta a entropia da fase líquida,


mantedo-se a entropia do vapor do solvente em equilíbrio, assim:
ΔSvap é menos positiva e ΔGvap menos negativa, ou seja,

diminui a tendência de vaporização, p < p*

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Propriedades coligativas de soluções


de solutos não voláteis
Diminuição da pressão de vapor do solvente

Lei de Raoult: a pressão de vapor


do solvente, p, na presença de um
soluto é proporcional à fração molar
de solvente (xl < 1), sendo a constante
de proporcionalidade a pressão de
vapor do solvente puro, p*

P = P * x l solvente
l
P * −P = P * − P * xl = P * (1 − xl ) ΔP = P * xsoluto
A diminuição da pressão de vapor do solvente na presença de
soluto não volátil é proporcional à fração molar do soluto

Elevação ebulioscópica
Diminuição da pressão de vapor do solvente na presença de soluto
implica elevação da temperatura de ebulição

P = P * xl Lei de Raoult

ΔTe = Te – Te*

Te > Te* ΔTe > 0

ΔTe = Ke m

m é a molalidade da solução
Ke é a constante molal de
elevação ebulioscópica
(ºC/m) para um dado solvente

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Depressão crioscópica
A diminuição do ponto de fusão (ΔTf) é definida como o ponto de
fusão do solvente puro (Tf*) menos o ponto de fusão da solução (Tf).

ΔTf = Tf* – Tf

Tf > Tf* ΔTf > 0

ΔTf = Kf m

m é a molalidade da solução
Kf é a constante molal de
depressão crioscópica (ºC/m)
para um dado solvente

Constantes molais de elevação ebulioscópica e de depressão


crioscópica de vários líquidos comuns

f e

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Elevação ebulioscópica e depressão crioscópica

ΔT = ikebul / crio × m

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Propriedades coliga=vas de soluções de eletrólitos


Propriedades coligativas (ou propriedades coletivas) são
propriedades que dependem apenas do número de partículas do
soluto em solução e não da natureza dessas partículas

Solução 0,1 m de NaCl 0,1 m de iões Na+ + 0,1 m de iões Cl-

Solução 0,1 m de NaCl Solução de iões 0,2 m

número total de partículas na solução depois da dissociação


fator de van’t Hoff (i) =
número de unidades dissolvidas inicialmente na solução

i deve ser
não-eletrólitos 1
NaCl 2
CaCl2 3

Qual a massa molar do composto A (não electrólito),


sabendo que a dissolução de 2,11 g de A em 50,0 g de
fenol leva a um abaixamento do ponto de fusão do fenol
de 1,735 K .
ΔT f = ik f × m
massa soluto
M soluto
ΔT f = ik f ×
massa solvente

k f ( fenol ) massa A
M ( A) = ×
ΔT f ( fenol ) massa fenol

7,27 K ⋅ kg ⋅ mol −1 2,11g


M ( A) = × −3
= 177 gmol −1
1,735K 50,0 ×10 kg

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Pressão osmó=ca (π)

π = RTc
E se a membrana
fosse permeável Membrana semipermeável:
também ao Só permite a passagem de
soluto? moléculas de solvente,
levando à osmose do
solvente da solução diluída
Ocorreria difusão do
para a mais concentrada
soluto, em vez de

osmose do solvente

OSMOSE
processo espontâneo
ΔG<0

Solvente puro : Gm* (l , p)


Solvente na solução :
Gm (l , p) = Gm* (l , p) + RT ln x l

ΔGosmose = Gm (l , p) − Gm* (l , p)
ΔGosmose < 0

Gm do solvente puro > Gm do solvente na solução, a p e T const.

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Pressão osmótica π
Equilíbrio osmótico SAIBA MAIS

Solvente puro ↔ Solvente na solução

Gm* (l , p ) = Gm (l , p + π )

sendo
Gm (l , p + π ) = Gm* (l , p + π ) + RT ln x l
ou
Gm (l , p + π ) = Gm* (l , p ) + πVm + RT ln x l
sendo
π = RTc SAIBA MAIS
paralelismo
n
p = RT gases ideais
V
π = iRTc

Pressão osmótica e determinação de massa molar

π = iRT × c
n
π = iRT ×
V
π m
=
iRT M V

π = iRTc

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Propriedades coliga=vas de soluções de eletrólitos


Elevação ebulioscópica ΔTe= i Ke m

Depressão crioscópica Δ Tf = i Kf m

Pressão osmótica (π) π = i RTc

Fatores de van’t Hoff para soluções de eletrólitos 0,0500 M a 25°C

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Osmose em glóbulos vermelhos

Crenação/Plasmólise Hemólise

Osmose inversa

Aplica-se uma pressão


p>π p
que força a água a fluir
no sentido
contrário ao da osmose

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Osmose / Osmose inversa


Osmose é a passagem
seletiva de moléculas de
solvente, de uma solução
diluída para outra mais
concentrada, através de uma
membrana semipermeável.

SAIBA MAIS

Osmose inversa: é a passagem


seletiva de moléculas de solvente,
de uma solução concentrada para
outra mais diluída, resultante da
aplicação de uma pressão à solução
mais concentrada superior à sua
pressão osmótica, π

Osmose e efeito bactericida do açúcar

SAIBA MAIS

(b) acima,

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RESUMO
Propriedades coligativas de soluções em que os
solutos são pouco voláteis
•  Propriedades que apenas dependem da concentração de
soluto mas não da sua natureza química.
Diminuição da pressão de vapor do solvente: ΔP = P * xsoluto

Elevação do ponto de ebulição do solvente:


ΔTe = ike m
Abaixamento do ponto de fusão do solvente :
ΔT f = ik f m

Pressão Osmótica: π = iRTc

Moléculas anfifílicas em solução aquosa

Região polar
hidrofílica
Região apolar (lipofóbica)
hidrofóbica
(lipofílica)

dualidade estrutural conduz a:

adsorção em interfaces e/ou


(água/ar, água/óleo, auto-organização
água/sólido, água/macromolécula)

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Arrangements of amphipathic substances in water

Adsorção na superfície

auto-agregação

Óleo e água não misturam ΔG mist >0: imiscibilidade


Moléculas anfifílicas adsorvem na interface entre os dois líquidos tornando
ΔG mist menos positivo

Moléculas anfifílicas de detergente estabilizam


dispersões de óleo em água, originando emulsões
líquido/ líquido ´estáveis` apenas por algum tempo

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Sistemas Coloidais, resultantes


da solubilização de moléculas anfifílicas num solvente polar

Soluções Micelares Cristais líquidos liotrópicos


Estruturas: cúbica, hexagonal,
lamelar…..

Desordem a pequenas distâncias e


ordem a grandes distâncias

Estruturas organizadas: termodinamicamente estáveis

Auto-agregação: o efeito hidrofóbico


Amphipathic compounds in aqueous solution.
(a) Long chain fatty acids have very hydrophobic alkyl
chains, each of which is surrounded by a layer of highly
ordered water molecules

(a)

Lehninger: Principles of Biochemistry


(b) By clustering together in micelles, the fatty acid molecules
expose the smallest possible hydrophobic surface area to the water,
and fewer water molecules are required in the shell of ordered
water. The entropy increase by freeing immobilized water
molecules stabilizes the micelle.
(b)
∆agrG = ∆agrH - T∆agrS < 0

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Soluções Coloidais
•  Numa solução coloidal
as partículas de soluto B
(unímeros e micelas)




são muito maiores do que as
moléculas de um soluto normal
(ex: sacarose (A))

•  As soluções coloidais (B)
exibem assim o efeito
Tyndall, e as outras não (A)

As membranas das células vivas, constituídas


SAIBA MAIS
maioritariamente por bicamadas de fosfolipidos,
são exemplos de cristais líquidos liotrópicos

Variação da flexibilidade da bicamada com T.


a) à T fisiológica a bicamada existe como cristal
líquido (existe ordem, mas as cadeias ondulam);
b) para uma dada T (baixa) as cadeias estão
“congeladas”, a bicamada existe como gel

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