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João Cesar Souza Ferreira
RESUMO
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Mestrando em Gestão de Instituições Educacionais pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha
e Mucuri, Especialista em Logística Empresarial, Graduado em Administração de Empresas e atualmente
trabalha no Departamento de Ciências Econômicas na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
Mucuri.
“[....] A “racionalização” da organização do trabalho fornece um modelo de uma
racionalização do organismo econômico da sociedade inteira […]” (LINHART, 1983, p.
86).
Ao nosso juízo Lenin, se antecipou há uma prática pujante, hoje manifestada na sociedade
capitalista, quando propôs que o método científico desenvolvido por Taylor fosse além dos
muros das fábricas.
Em se tratando de Brasil a aplicação de métodos que tem em suas bases as concepções
Tayloristas de divisão de trabalho, e é mais presente do que nunca, o sistema educacional
passa atualmente pela numerização do conhecimento, manifestados na quantificação do
Lattes, na aplicação de índice de desenvolvimento da educação e, baseado nestes a
aplicação de meios de direção e controle da prática do ensino dentro das instituições de
ensino.
No taylorismo se alicerçaram outras formas e técnicas de organização da produção, como o
fordismo e o toyotismo. Das fábricas se estenderam para outros setores da economia, como
construção civil e serviços. Não são necessariamente novas formas de produção, mas sim
melhoradas e adaptadas às realidades mutantes, cada vez mais abundantes em tecnologia e
novas formas de gestão das pessoas e da informação.
A respeito do taylorismo na educação, (BARTOLOMEO, 2009) faz o seguinte
apontamento:
A especialização dentro das instituições de ensino, apontam como um meio crucial para
uma melhor prática da proliferação do conhecimento. Ora, se tal afirmativa é verdadeira,
nos parece ainda muito incipiente esse caminho, contudo, nessa forma de divisão atual,
essa especialização do conhecimento também encontra-se estratifica na sociedade pelas
camadas sociais, ou seja, especializações onde a concentração de capital tende a ser mais
elevada são destinadas a um grupo seleto da sociedade, como forma de garantir sua
continuidade de manutenção do poder e sustentar assim seu carácter de sociedade
exploratória.
Sobre a especialização do ensino (BARTOLOMEO, 2009) diz que:
COSTA, Paulo Moreira da. (Org.) Taylorismo: após 100 anos, nada superou o modelo
de gestão? Rio de Janeiro: Qualitymark, 2009.
LINHART, Robert. Lenin, camponeses, Taylor. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1983.