Você está na página 1de 4

Globalização

e as
consequências
humanas zygmunt Bauman

PROFISSÕES EM COMUNICAÇÃO
Prof.: Paulo Madureira
Alunos: Larissa, Adrielly, Daniel, Célio
quem foi zygmunt Bauman?
Zygmunt Bauman foi um filósofo, sociólogo, professor e escritor polonês. Sua obra
influencia estudos em sociologia, filosofia e psicologia. Foi um dos maiores intelectuais do
século XXI. Ao estudar as interações humanas na Modernidade tardia, também
denominada Pós-Modernidade, ele percebeu que “as relações escorrem pelo espaço entre
os dedos”.
Bauman nasceu em Poznán, na Polônia, em 19 de novembro de 1925, em uma família de
judeus não praticantes. Em 1939, foge com os pais para a União Soviética, escapando do
cerco nazista de Adolf Hitler sobre a Polônia. Bauman serviu na divisão polonesa do
Exército Vermelho durante a II Guerra Mundial e foi condecorado com uma medalha ao
valor militar. Estudou filosofia e sociologia em Varsóvia na Polônia, mas foi afastado
devido à leitura de livros e artigos censurados. Crítico do autoritarismo soviético, mudou-
se para a Inglaterra, onde se tornou professor da Universidade de Leeds. Recebeu
Recebeu os prêmios Amalfi (1989, por sua obra Modernidade e Holocausto) e Adorno
(1998, pelo conjunto de sua obra). Morreu em janeiro de 2017, aos 91 anos.
Suas mais de 50 obras e diversos artigos se dedicam a temas como o consumismo, a
globalização e as transformações nas relações humanas.Para definir as condições da pós-
modernidade e discutir as transformações do mundo moderno nos últimos tempos, o
sociólogo sempre preferiu usar o termo “modernidade líquida”, por considerar “pós-
modernidade” um conceito ideológico.
Bauman escolhe o “líquido” como metáfora para ilustrar o estado dessas mudanças:
facilmente adaptáveis, fáceis de serem moldadas e capazes de manter suas propriedades
originais. As formas de vida moderna, segundo ele, se assemelham pela vulnerabilidade e
fluidez, incapazes de manter a mesma identidade por muito tempo, o que reforça esse
estado temporário das relações sociais.

globalização e as consequÊncias humanas


''A “globalização” está na ordem do dia; uma palavra da moda que se transforma rapidamente em um lema, uma encantação
mágica, uma senha capaz de abrir as portas de todos os mistérios presentes e futuros. Para alguns, “globalização” é o que
devemos fazer se quisermos ser felizes; para outros, é a causa da nossa infelicidade. Para todos, porém, “globalização” é o
destino irremediável do mundo, um processo irreversível; é também um processo que nos afeta a todos na mesma medida e da
mesma maneira. Estamos todos sendo “globalizados” — e isso significa basicamente o mesmo para todos.''

''A globalização tanto divide como une; divide enquanto une — e as causas da divisão são idênticas às que promovem a
uniformidade do globo. Junto com as dimensões planetárias dos negócios, das finanças, do comércio e do fluxo de
informação, é colocado em movimento um processo “localizador”, de fixação no espaço. Conjuntamente, os dois processos
intimamente relacionados diferenciam nitidamente as condições existências de populações inteiras e de vários segmentos de
cada população. O que para alguns parece globalização, para outros significa localização; o que para alguns é sinalização de
liberdade, para muitos outros é um destino indesejado e cruel. A mobilidade galga ao mais alto nível dentre os valores
cobiçados — e a liberdade de movimentos, uma mercadoria sempre escassa e distribuída de forma desigual, logo se torna o
principal fator estratificador de nossos tardios tempos modernos ou pós-modernos. ''

''Ser local num mundo globalizado é sinal de privação e degradação social. Os desconfortos da existência localizada compõem-
se do fato de que, com os espaços públicos removidos para além do alcance da vida localizada, as localidades estão perdendo a
capacidade de gerar e negociar sentidos e se tornam cada vez mais dependentes de ações que dão e interpretam sentidos,
ações que elas não controlam — chega dos sonhos e consolos comunitaristas dos intelectuais globalizados.''
globalização e as consequÊncias humanas

Na introdução do livro o autor comenta que a globalização é vista por uns como algo bom e por outros como
algo ruim, mas para todos é um processo irreversível. Causa de felicidade e infelicidade alheia. Além de ser algo
que afeta a todos na mesma medida e da mesma maneira. Bauman cita o processo paradoxal da globalização: “A
globalização tanto divide como une; divide enquanto une” (BAUMAN, 1999, p. 8).

Bauman explica que num mundo cada vez mais globalizado a localização é vista como privação e degradação
social, enquanto a globalização deve ser o modelo seguido por todos. Esta questão é facilmente observável no
nosso dia-a-dia quando vemos a valorização daquilo que faz sucesso pelo mundo, como moda, música,
gastronomia, entre outros produtos culturais, e acabamos desvalorizando aquilo que é da nossa região. Em
tempos de globalização, por exemplo, quem não tem internet, e não está integrado nas redes sociais, está
excluído em relação aos que possuem. As ferramentas se tornaram uma febre global.

Você também pode gostar