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MÉTODO BLINDADO

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MILLA BORGES!

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do conhecimento!
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O que não te desafia não te transforma!

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“Os sonhos não envelhecem”
Milton Nascimento

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REPERTÓRIO
SOCIOCULTURAL
PARTE 3

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OS 3 CONCEITOS DE BAUMAN

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1
MODERNIDADE LÍQUIDA

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Modernidade Líquida
Pontos-chave:
Ø A modernidade imediata é “líquida” e “veloz”, mais dinâmica que a modernidade “sólida” que
suplantou. A passagem de uma a outra acarretou profundas mudanças em todos os aspectos da
vida humana. A modernidade líquida seria "um mundo repleto de sinais confusos, propenso a
mudar com rapidez e de forma imprevisível".

Ø Na sociedade contemporânea, emergem o individualismo, a fluidez e a efemeridade das


relações.

“Vivemos em tempos líquidos. Nada foi feito para durar”.


Ø Essa é uma das frases mais famosas do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, falecido em
janeiro de 2017, aos 91 anos. Ele deixou uma obra volumosa, com mais de 50 livros, e é
considerado um dos pensadores mais importantes e populares do fim do século 20.

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Quem é Bauman?
Ø Bauman é um dos expoentes da chamada “sociologia humanística” e dedicou a vida
a estudar a condição humana. Ele é visto por muitos como um teórico perspicaz e
por outros como um ingênuo pessimista. Suas ideias refletem sobre a era
contemporânea em temas como a sociedade de consumo, ética e valores humanos,
as relações afetivas, a globalização e o papel da política.

Ø Nascido na Polônia em 1925, Bauman serviu como militar durante a Segunda


Guerra Mundial, foi militante do Partido Comunista polonês e professor da
Universidade de Varsóvia. Filho de judeus, ele foi expulso da Polônia em 1968 por
causa do crescente antissemitismo do Leste Europeu. Emigrou para Israel e se
instalou na Inglaterra, onde desenvolveu a maior parte de sua carreira. Desde 1971
atuava como professor emérito de sociologia da Universidade de Leeds.

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Líquido x Sólido
Ø Bauman não utiliza o termo pós-modernidade. Ele cunhou o conceito de “modernidade líquida”
para definir o tempo presente. Escolheu a metáfora do “líquido” ou da fluidez como o principal
aspecto do estado dessas mudanças. Um líquido sofre constante mudança e não conserva sua
forma por muito tempo.
Ø As formas de vida contemporânea, segundo o sociólogo polonês, assemelham-se pela
vulnerabilidade e fluidez, incapazes de manter a mesma identidade por muito tempo, o que
reforça um estado temporário e frágil das relações sociais e dos laços humanos. Essas mudanças
de perspectivas aconteceram em um ritmo intenso e vertiginoso a partir da segunda metade do
século XX. Com as tecnologias, o tempo se sobrepõe ao espaço. Podemos nos movimentar sem
sair do lugar. O tempo líquido permite o instantâneo e o temporário.
Ø Em seu primeiro livro, “Mal-estar da pós-modernidade”, Bauman parodia Sigmund Freud (1856-
1939), autor de “O mal-estar da civilização”. A tese freudiana é de que na idade moderna os
seres humanos trocaram liberdade por segurança. O excesso de ordem, repressão e a regulação
do prazer gerou um mal-estar, um sentimento de culpa.

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Líquido x Sólido
Ø Para Bauman, “a modernidade sólida tinha um aspecto medonho: o espectro das botas dos
soldados esmagando as faces humanas". Pela estabilidade do Estado, da família, do emprego ou
de outras instituições, aceitava-se um determinado grau de autoritarismo. Segundo o sociólogo,
a marca da pós-modernidade é a própria vontade de liberdade individual, princípio que se opõe
diretamente à segurança projetada em torno de uma vida estável.
Ø Bauman entende que na modernidade sólida os conceitos, ideias e estruturas sociais eram mais
rígidos e inflexíveis. O mundo tinha mais certezas. A passagem de uma modernidade a outra
acarretou mudanças em todos os aspectos da vida humana. A modernidade líquida seria "um
mundo repleto de sinais confusos, propenso a mudar com rapidez e de forma imprevisível".
Ø Bauman entende que a nossa sociedade teve uma maior emancipação em relação às gerações
anteriores. A sensação de liberdade individual foi atingida e todos podem se considerar mais
livres para agir conforme seus desejos. Mas essa liberdade não garante necessariamente um
estado de satisfação. Ela também exige uma responsabilidade por esses atos e joga aos
indivíduos a responsabilidade pelos seus problemas.

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Individualismo, fluidez e efemeridade
Ø Na sociedade contemporânea emergem o individualismo, a fluidez e a efemeridade das
relações. Se a busca da felicidade se torna estritamente individual, criamos uma ansiedade para
tê-la, pois acreditamos que ela só depende de nós mesmos. Para Bauman, somos impulsionados
pelo desejo, um querer constante que busca novas formas de realizações, experiências e
valores. O prazer é algo desejado e como ele é uma sensação passageira, requer um estímulo
contínuo.
Ø À medida que o futuro se torna incerto, o sentimento coletivo dominante é que se deve viver o
momento presente e exclusivamente para si. Dessa instabilidade e ausência de perspectiva
também nasce uma angústia. A incerteza diante do futuro pode explicar o aumento do uso de
antidepressivos e a intensa busca por entretenimento como formas de afastar essa sensação.
Ø Em muitos casos, essa angústia resulta na paralisia da ação, na incapacidade de agir. Ao lidar
com uma insegurança, muitas vezes o indivíduo se recusa a assumir responsabilidades ou
assume o discurso do “eu não gosto de tomar decisões”. Somos livres, mas não conseguimos
transformar o mundo – temos um sentimento de impotência. Em outros casos, essa frustração
pode gerar um ódio intenso a tudo e a todos.
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Exemplo
Tema: A invisibilidade da população de rua em questão no Brasil.
1° parágrafo de desenvolvimento:

Diante desse cenário, cabe ressaltar, primeiramente, que a falta de mobilização social
contribui para ao agravamento da questão. Isso porque, nos tempos hodiernos, a prática da empatia
não é minimamente estimulada. Desse modo, muitas pessoas não se sensibilizam com a situação dos
sujeitos que vivem em condições precárias sob marquises e pontes, reforçando a invisibilidade dessa
minoria. Consequentemente, não há, por parte do corpo social, uma cobrança efetiva aos
governantes por medidas que protejam os direitos de tal grupo, o que corrobora sua marginalização.
Essa situação é reforçada pelas perspectivas coletivas mencionadas pelo sociólogo Zigmunt
Bauman, o qual afirmou que atualmente vivemos na “Modernidade Líquida”, isto é, em um tempo do
qual emergem o individualismo e a fragilidade das relações humanas. Dessa maneira, nota-se que,
sem estímulo ao senso de coletividade, a população de rua continuará invisível para boa parte dos
cidadãos.

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2
INSTITUIÇÃO ZUMBI

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Instituição zumbi
Ø A decadência da política é causada e reforçada pela crise da agenda política. As
instituições amarram o poder de resolver os problemas à política. Ela seria capaz de
decidir que coisas precisariam ser feitas. Nossos antepassados conceberam uma
ordem que dependia dos serviços do Estado-nação. Mas essa ordem não é mais
adequada aos desafios postulados pela contínua globalização de nossa
interdependência.
Ø Com a separação do poder e da política, a gente se encontra na dupla situação de
poderes livres do controle político e da política que sofre o déficit perpétuo do
poder. Daí a crise de confiança nas instituições políticas, uma vez que a política
investiu nos parlamentos e nos partidos para construir a democracia como
atualmente a compreendemos. Mais e mais pessoas duvidam que os políticos sejam
capazes de cumprir suas promessas. Assim, elas procuram desesperadamente
veículos alternativos de decisão coletiva e ação, apesar de, até agora, isso não ter
representado uma alteração efetiva.
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A democracia não cumpre as suas promessas
Ø Liberdade e multiplicidade de escolhas (consumismo) acabaram por moldar indivíduos
extremamente voltados para si próprios, despidos de valores coletivos.
Ø Leandro Karnal, em palestra sobre a “modernidade líquida”, diz que temos indivíduos
preocupados tão só com o “predomínio do seu eu”. Os indivíduos estão cada vez mais voltados
aos seus pequenos dissabores cotidianos do que às questões sociais. Bauman percebe esta
questão de forma brilhante, ao dizer que: “Ninguém ficaria surpreso ou intrigado pela evidente
escassez de pessoas que se disporiam a ser revolucionários: do tipo de pessoas que articulam o
desejo de mudar seus planos individuais como projeto para mudar a ordem da sociedade”.
Ø O que aconteceu foi que a liquefação que estaria destinada a atingir o sistema político-social
acabou atingindo, também o convívio social; como diz Bauman, passou de “um nível macro, para
um nível micro”. Neste cenário, as instituições – aqui Bauman faz referência a Ulrich Beck –
passaram a ser “instituições zumbis”, as quais existem e se mantêm, mas sem padrões e sem
direcionamento; são instituições que vivem, mas sem essência.

15
Exemplo
Tema: Desafios para a inclusão das pessoas com transtorno do espectro autista no Brasil.
Desenvolvimento 1

Sob esse viés, é válido salientar que a falta de comprometimento estatal com a parcela
portadora do TEA obstaculiza a resolução da temática em voga. Isso porque, ao não investir em
políticas públicas que atendam as necessidades desses seres, objetivando garantir o acesso aos
direitos previstos na Constituição de 1988, esse órgão torna-se negligente. Tal afirmação faz
sentido ao observar a insignificante quantidade de profissionais treinados para atender esse estrato
social, por exemplo, na área da educação, dificultando o contato com uma instrução formal de
qualidade e, assim, ferindo tal prerrogativa legislativa. Nesse contexto, legitima-se o conceito de
“Instituição Zumbi”, do sociólogo Zygmunt Bauman, o qual afirma que os agentes administrativos
mantêm suas estruturas de poder, mas perdem sua função, sendo, nesse contexto, a realização do
princípio de isonomia social, a qual não ocorre de forma efetiva. Em consequência disso, há o
aprofundamento dos desafios relacionados à integração do coletivo autista. Logo, é necessário que
haja uma evolução do governo para melhor interação com a população.
16
3
CEGUEIRA MORAL

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Cegueira moral
Ø No ritmo acelerado do mundo contemporâneo, no qual a atenção dificilmente
consegue se fixar em algo importante, corremos o sério risco de perder a
sensibilidade em relação aos outros. Em “Cegueira Moral: a perda da sensibilidade
na modernidade líquida” (2014), Zygmunt Bauman, o maior pensador social
contemporâneo, junto com o filósofo e professor de ciência política da Lituânia,
Leonidas Donskis, fazem uma análise brilhante desse novo mal que assola nossa
época e nos anestesia perante o sofrimento alheio. Uma leitura fundamental e de
grande interesse para todos aqueles que se preocupam com as mudanças mais
profundas que, silenciosamente, moldam a vida dos homens na modernidade
líquida, uma modernidade que retrata tanto fenômenos compostos de aparência,
quanto desprovidos de referências.
Ø O livro traz uma reflexão sobre uma possibilidade de redes cobertas do sentido de
pertencimento como alternativa viável à fragmentação, à atomização e à resultante
perda de sensibilidade.
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Exemplo
Tema: Desafios para a inclusão das pessoas com transtorno do espectro autista no Brasil.
Desenvolvimento 2

Ademais, vale ressaltar o escasso envolvimento dos cidadãos brasileiros com as causas
sociais, sobretudo, voltadas para a pauta do TEA. Isso ocorre em função do acelerado ritmo
cotidiano, o qual exige uma produtividade constante dos sujeitos, por exemplo, no trabalho e no lar.
Em decorrência disso, ao passo que os sujeitos estão, cada vez mais, ensimesmados, ou seja,
voltados para as próprias vivências, perde-se a essência de uma comunidade integrada- a boa
convivência- e há o afastamento das relações interpessoais. A relevância desse problema é
esclarecida por Zygmunt Bauman, em seus estudos sobre a Modernidade Líquida, o qual conceitua o
quadro supracitado como uma cegueira moral; a incapacidade do indivíduo de colocar-se no lugar
do outro, prejudicando, desse modo, a atenuação dos impasses enfrentados por pessoas que fazem
parte do espectro autista. Dessa maneira, medidas devem ser tomadas para garantir a maior
inclusão social do grupo em questão.

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VAMOS COM TUDO!

ESTOU COMPLETAMENTE COMPROMETIDA COM VOCÊ!


E lembre-se...

NADA PODE PARAR UM CORAÇÃO DETERMINADO!


É O BONDE DA MB!
É TUDO NOSSO!
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