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Pós-modernidade

Para entender a pós-modernidade é necessário entender a


modernidade, ela começa no século XVI, é um período que se buscava
mudanças políticas, econômicas e sociais com base na razão e no
conhecimento científico. O pós-modernismo surgiu em decorrência das
guerras mundiais, quando perceberam que essa abordagem não funcionaria
mais, logo a abordagem universal, empírica e objetiva da modernidade foi
substituída por um discurso mais flexível, indeterminado e subjetivo.

 Modernidade liquida:

Essa versatilidade e vulnerabilidade do é correto ou não, gerou


consequências na sociedade como um todo. O conceito de modernidade
liquida apresentado por Zygmunt Bauman é uma representação dessa
modernidade rápida. No contexto da modernidade líquida, as instituições são
mais fluidas e voláteis, tendendo a se desintegrar rapidamente e a se adaptar
às mudanças. Bauman destaca a liquidez das relações sociais, que se tornam
mais temporárias e flexíveis, e a fragilidade das identidades, que são
moldadas por escolhas individuais e contextos específicos. Nesse cenário, as
certezas e as estruturas duradouras são substituídas pela incerteza e pela
fluidez.
A modernidade líquida também aborda questões como a globalização, a
tecnologia e o consumo desenfreado, que contribuem para a transitoriedade e
a efemeridade das relações humanas e das estruturas sociais. Bauman
argumenta que essa condição líquida da modernidade cria desafios
significativos para a construção de uma identidade estável, para o
estabelecimento de relações duradouras e para a compreensão do mundo em
constante transformação.

 Hipermodernidade:

Um outro ponto de vista é o de Lipovetsky, pois de acordo com ele a


modernidade ainda está presente, entretanto ela se encontra em um extado
intensificado e exagerado, pois a razão, ciência, tecnologia e liberdade não
desapareceram, só foram exacerbadas, levando o nome de
Hipermodernidade. Se o consumismo existia antes, hoje estamos diante do
hiperconsumismo, outro sintoma da hipermodernidade é o ritmo acelerado de
mudanças e inovações. Tudo acontece rapidamente, da tecnologia à moda,
resultando em uma cultura onde o efêmero e o transitório predominam. As
pessoas são encorajadas a buscar suas próprias realizações, desejos e
prazeres sem se conformar com normas ou tradições rígidas, o que é ótimo
até certo ponto, mas também contribuem para uma desconfiança e um
sentimento de deslocamento. Outro fator que corrobora para o individualismo
é o consumo como uma forma de expressão individual e construção de
identidade na hipermodernidade. As escolhas de consumo, incluindo roupas,
tecnologia e entretenimento, são frequentemente utilizadas para comunicar a
individualidade, diferenciação e poder. Lipovetsky também sugere que, na
hipermodernidade, o mundo perde parte de seu encanto. A busca pela
novidade constante pode levar a uma sensação de desencanto, pois a
experiência é muitas vezes substituída pela busca incessante por algo novo.

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