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N. 2
DESIGN &
TECNOLOGIA
Revista Tecnológica e Científica
R e v. D e s . e Te c n o l . , F r a n c a , v. 2 , n . 2 , p. 1 - 1 4 5 a g o. / d e z . 2 0 1 5
DESIGN &
TECNOLOGIA
Revista Tecnológica e Científica
v. 2 n. 2 agosto/dezembro 2015
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© Copyright 2014 Design & Tecnologia – Revista Tecnológica e Científica é um periódico semestral
que publica artigos nas áreas de automação, design, eletrônica, informática, mecânica e tecnologia
aplicada a diversas áreas. Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada
a fonte.
Revisão
Marilurdes Cruz Borges
Projeto Gráfico e Diagramação
Núcleo de Projetos e Pesquisas de Design
Coordenação:
Ana Márcia Zago
Supervisão:
Rodrigo Aparecido de Souza
Execução:
Letícia Meirelles Junqueira
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EDITORA
Fabiana Parpinelli Gonçalves Fernandes
CONSELHO EDITORIAL
Ana Márcia Zago
Antônio Carlos Marangoni
Carlos Alberto Cordeiro de Sá Filho
Fernando Ferreira Del Monte
Henrique José da Silva
Mamoru Carlos Yamada
Maurício Garcia Chiarello
Raimundo Nonato da Rocha Filho
Ricardo David
Vivian Karina Bianchini
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PREFÁCIO
A TRÍADE HOMEM-PESQUISA-ENSINO
NA EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA.
Antônio Carlos MARANGONI
A Revista Design & Tecnologia, em seu último prefácio, chamava
atenção para um novo design tecnológico: breve nota crítica sobre o progresso
tecnológico são inegáveis e não serão aqui discutidos os argumentos sobre a
importância da pesquisa, dos conhecimentos gerados e do pessoal formado
nas Universidades para o desenvolvimento científico, tecnológico e cultural do
País.
A evolução dos conceitos da ciência e tecnologia tem origem nas
necessidades e anseios de gerações de cientistas que, ao encontrarem os
obstáculos a eles antepostos, vão, na medida em que tomam consciência,
lapidando ideias e estruturando o conhecimento. Ajuntando-se a isto,
as implicações sociais decorrentes de uma ciência que evolui e altera o
comportamento do homem, e, sendo este, por sua vez, o único capaz de
fazer história, faz-se necessário, no processo de ensino de qualquer ciência,
considerar a tríade homem-pesquisa-ensino. Urge então ter presente a relação
afim entre homem, ciência e história. Muitas vezes, por culpa de um ensino
ultrapassado, vê-se uma ciência estática, ali, parada, como que concluída, e,
portanto, falsa e irreal.
As observações telescópicas de Galileu entre 1609 e 1610 serviram
para certificar a ruptura entre a ciência estática e a ciência dinâmica, sedenta
por inovações de design e tecnologia, fato este que mudou a história da
humanidade, assim como neste momento em que estou escrevendo este
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prefácio o mundo recebe a notícia da constatação experimental das ondas
gravitacionais que foram previstas por Einstein há quase um século em sua
Teoria da Relatividade, por um grupo de cientistas do Observatório de Ondas
Gravitacionais por Interferômetro Laser (LIGO, na sigla em inglês).
Vale a pena ressaltar a criatividade dos cientistas quanto a simplicidade
da tecnologia e design empregados para a construção do equipamento utilizado
nesta pesquisa, que assim como a luneta de Galileo, há 500 anos revolucionou
a maneira de olhar para o universo, o interferômetro desenvolvido pelos
cientistas do LIGO irá revolucionar a maneira de ouvir o universo, comprovando
mais uma vez que as grandes descobertas estão diretamente ligada à tríade
homem-pesquisa-ensino.
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SUMÁRIO
ARTIGOS ACADÊMICOS
ERA UMA VEZ O LIVRO INFANTIL | ONCE UPON A TIME THE CHILD BOOK 110
Letícia Borges Pedrosa; Rodrigo Aparecido Sousa
ARTIGOS TÉCNICOS
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EDITORIAL
Os sete artigos que compõem esta edição da Revista Design & Tecno-
logia versam sobre temas referentes à tecnologia em diferentes áreas do saber.
O primeiro artigo, Diretrizes para projeto de mobiliário urbano – abrigo
de ônibus – Franca, SP, de autoria de Monique Dominique Silva Kumazawa e
Linda Teresinha Saturi aborda as dificuldades dos usuários francanos em rela-
ção à locomoção e espera pelo transporte público, enfocando comunicação
visual, conforto ambiental, fatores de segurança e acessibilidade.
Os autores, Evandro L. L. Rodrigues, André Márcio de Lima Curvello,
Igor Borges Tavares e Thiago Félix da Silva Lima, demonstram, no artigo, O uso
de Instruções SIMD NEON para aumento de desempenho em algoritmos de
Processamento de Imagens em Sistemas Embarcados Modernos, a redução de
tempo gasto provocada pelo uso dos coprocessadores NEON em uma single
board computer BeagleBone Black.
O terceiro artigo intitulado, Solução de business intelligence utilizando
a ferramenta Pentaho sobre a estação meteorológica da Universidade de Fran-
ca, escrito por Guilherme Ribeiro Sousa, Marcelo Pupim Scavazza, Ely F. Prado e
Guilherme Marques Silva, apresenta a aplicação das técnicas de Business Intelli-
gence por meio da ferramenta Pentaho sobre os dados da Estação Meteoroló-
gica da Universidade de Franca.
Gustavo Siqueira Bordon e André Márcio de Lima Curvello, no artigo,
Realidade aumentada em Android com interação do usuário, oferecem uma
nova experiência sobre o uso da realidade aumentada em situações cotidianas.
Algoritmo genético aplicado ao problema de roteamento de veícu-
los, quinto artigo da revista, foi escrito por Joel David Costa Junior e Alysson
Alexandre Naves Silva. Tem por objetivo desenvolver uma aplicação capaz de
alcançar uma solução em tempo viável para o Problema do Caixeiro Viajante
(PCV) utilizando Algoritmo Genético (AG).
O sexto artigo, Era uma vez o livro infantil, de Letícia Borges Pedrosa e
Rodrigo Aparecido Sousa, investiga, por meio de uma revisão bibliográfica, a
importância que os sentidos exercem em relação aos livros infantis.
Por fim, em um artigo técnico intitulado, Estacicar: sistema auxiliar para
estacionamento lateral e macaco elétrico, os autores Helder Henrique de Oli-
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veira e Ricardo David apresentam as técnicas utilizadas na construção de um
protótipo desenvolvido na Universidade de Franca para estacionamento lateral
de veículos de passeio.
Boa leitura!
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RESUMO
Estudo sobre as dificuldades dos usuários em relação à locomoção e espera
pelo transporte público, enfocando comunicação visual, conforto ambiental,
além de fatores de segurança como iluminação e acessibilidade. Visa apontar
diretrizes para projeto de ponto de ônibus, enquanto mobiliário urbano
adequado às necessidades dos usuários em um dos itinerários que atende área
de maior densidade demográfica em Franca, estado de SP.
Palavras-chave: transporte público; ponto de ônibus; mobiliário urbano; Franca.
ABSTRACT
Study on the difficulties of users in relation to movement and waiting for public
transport, focusing on visual communication, environmental comfort as well as
safety factors as lighting and accessibility, aims to point out guidelines for bus
stop design, as appropriate street furniture to user needs on one of the routes
serving the most densely populated area in Franca - SP.
Keywords: public transportation; bus stop; furniture design urban; Franca.
INTRODUÇÃO
Os centros urbanos de médio porte hoje sofrem com problemas e di-
ficuldades, causados principalmente pelo intenso fluxo no transporte devido
à expansão urbana, crescimento populacional, avanço demográfico desor-
denado, que afetam diretamente a sustentabilidade e o futuro das cidades.
Fatores estes que interferem drasticamente nas cidades, caracterizadas como
ASPECTOS HISTÓRICOS
A Cidade de Franca situa-se em uma região de planalto à nordeste
do Estado de São Paulo. É a quarta cidade mais elevada do estado, com 1040
metros acima do nível do mar, o que resulta em um clima tropical de altitude,
com invernos secos, verões chuvosos e temperaturas moderadas durante o
ano. A temperatura média anual é de cerca de 20°C. de acordo com a classifica-
ção climática deKöppen-Geiger 1.
A cidade de Franca teve grande crescimento horizontal, possuía, até
a década passada, poucos prédios altos espalhados por algumas regiões. No
momento uma intensa verticalização altera a ocupação do solo.
Figura 2– Cidade Franca; Vista do Edifício José Alves; Próximo nova UNESP
Fonte: Arquivo pessoal
1 Classificação climática de Köppen-Geiger é o sistema de classificação global dos tipos climáticos mais utilizada
em geografia, climatologia e ecologia. A classificação foi proposta em 1900 pelo climatologista alemão Wladimir
Köppen, tendo sido por ele aperfeiçoada em 1918, 1927, 1936 com a publicação de novas versões, preparadas em
colaboração com Rudolf Geiger (daí o nome Köppen-Geiger). (WIKIPEDIA, s.d, n.p).
Figura 3 – A implementação de ciclovias no canteiro central, trecho Av. Moacir Vieira Coelho
Fonte: Arquivo Pessoal
1.MOBILIDADE URBANA
Os problemas e dificuldades, relacionados à mobilidade urbana do
mundo industrializado tem como influência direta o tipo de transporte mais
utilizado pela população. Motivo este que faz com que projetos, investi-
mento, tecnologia e pesquisa sejam constantes para atenuar o tempo gasto
pelos cidadãos em seus trajetos. O transporte público é considerado o meio
mais eficaz para suprir a demanda crescente de cidadãos que necessitam se
locomover dentro dos centros urbanos, tanto quanto para diminuir o tempo
despendido parado no transito intenso dos horários de maior fluxo, problema
causado principalmente pelo espaço utilizado pelos veículos de passeio que
costumam transportar apenas uma pessoa, congestionando as vias de circu-
lação.
O simbolismo do automóvel mudou radicalmente nas últimas décadas. O
sonho da estrada a perder de vista deu lugar à realidade da escravidão do
congestionamento de trânsito e ao massacrante transporte pendular de
cada dia. [...] O transporte público mais uma vez passou a ser considerado
uma opção para o transporte urbano que possa ser confortável, agradável e
eficiente (WALL; WATERMAN, 2012, p. 56).
O ônibus é o meio de transporte público de fácil aplicação, pois não
necessita de grandes infraestruturas e modificações urbanas, como os metrôs,
bondes, teleféricos, entre outros. As ciclovias também são meios eficientes para
minimizar o problema de mobilidade urbana, embora necessite de esforço
físico, boas condições de saúde e investimento particular nos meios de trans-
porte, bicicleta. Sendo assim, acaba por não englobar toda a sociedade de
forma conclusiva, porém, pode ser usada como forma auxiliar de redução do
tráfego.
Um aspecto muito relevante nas cidades brasileiras de médio porte é
a configuração do transporte público por ônibus, e consequentemente, na lo-
calização dos pontos de parada. Aspectos que também são empregados em
Franca.
Geralmente, o sistema de linha coletivas classificam-se em:
I.Circular: linha com itinerário perimetral, operada em um único sentido, com
um único ponto terminal para controle da oferta e da demanda;
II.Diametral: linha que liga um ou mais bairros com passagem pelo centro
da cidade, com dois pontos terminais distintos para controle da oferta e da
demanda;
III.Periférica: linha que liga um ou mais bairros sem passagem pelo centro
da cidade, com dois pontos terminais distintos para controle da oferta e da
demanda;
IV.Radial: linha que liga um ou mais bairros ao centro da cidade, com dois
pontos terminais distintos para controle da oferta e da demanda.
Parágrafo Único - As linhas constantes dos incisos II, III, e IV podem apresentar
um único ponto terminal para controle da oferta e da demanda, caso em que
são classificadas respectivamente como:
I.Diametral-Circular;
II.Periférica-Circular;
III.Radial-Circular. (TRANSPORTE COLETIVO ESTRELA, s.d, n.p)
Dentre as configurações apresentadas nas cidades de médio porte
brasileiras, a cidade de Franca apresenta predominantemente a configuração
Diametral, trajeto em que o ônibus sai do bairro passa pelo terminal do centro,
e então, o usuário espera e troca de ônibus para ir para outro bairro escolhido.
No itinerário estudado que atende o bairro Vicente Leporace, os ônibus
fazem um percurso confuso e pouco eficiente, pois, assim que percorrem
a Avenida Abrahão Brickman sentido bairro-centro, estes interrompem o
percurso atendendo ruas secundárias do bairro para passar por mais dois
pontos e então retornam novamente na Avenida Abrahão Brickman com di-
ficuldades, atravessando um acesso sem semáforos, de grande transito de
carros, motos, pedestres e ciclistas, ficando atravessados muitas vezes na via,
em horário de pico.
Quando o objetivo do usuário é ir a outro bairro, como por exemplo,
para o Distrito Industrial, a situação fica mais cansativa para o usuário. Este tem
obrigatoriamente que passar pela região central, o que deixa o trânsito tumul-
tuado com grande fluxo de ônibus, carros, motos, pedestres, em uma região
de ruas estreitas e muito íngremes. Trânsito pesado acarretando eventuais
atrasos no horário de chegada nos pontos de ônibus. Este trajeto sinuoso e
com a passagem obrigatória do ônibus pelo terminal central, causa baixo de-
sempenho, com tempos de viagem e espera maior do que o necessário para a
distância viajada. Há de se considerar ainda a péssima condição dos veículos,
insalubres do ponto de vista da higiene, da poluição sonora e do desconforto
acarretado também pelas condições do asfalto das vias públicas.
Figura 4: Mapa itinerário – Verde- trajeto do ônibus centro-bairro. – Laranja – trajeto do ônibus bairro-centro
Fonte: Empresa São José, s.d, n.p.
O terminal central por sua vez é bem iluminado, possuí quadro de avisos
dos horários, um guichê para informações, banheiros públicos, possui boa
acessibilidade interna, porém no que diz respeito à acessibilidade que interliga
o terminal com a área envoltória deixa a desejar. O calçamento foi planejado
apenas na área do terminal. As calçadas circundantes, como na maioria das
vias de pedestres na cidade, não favorecem o deslocamento e circulação dos
usuários, possuem guias altas, na maioria sem rampas de acesso, algumas
destas em lugares estranhos e sem continuidade, não possuem piso tátil, e
ainda conta com calçadas estreitas, irregulares, íngremes, com grande fluxo
de pessoas que acabam sendo empurradas para vias de veículos causando
lentidão no trânsito, fadiga à população e atrasos, além do risco de provocar
acidentes.
momentânea para este período. Esta forma construtiva apesar de ser versátil
para a criação de diversos tipos de mobiliários e de fácil manutenção, não tem
acompanhado a velocidade de mudanças que tem ocorrido nos formatos das
cidades.
Outro tipo de material que tem sido muito escolhido para a elaboração
de projetos de abrigos de pontos de parada de ônibus são os metais. Os metais
ferrosos e não ferrosos possuem a facilidade de serem fabricados em diferentes
formatos como os tubulares, metalão e em chapas, com diferentes dimensio-
namentos e acabamentos. Os metais aceitam facilmente pinturas, galvaniza-
ção, cortes, furos e soldas. Assim, podem ser utilizados na estrutura, acabamen-
to e assentos dos mobiliários urbanos, pois proporcionam versatilidade para a
criação de design leve e funcional, acelera o tempo de instalação nos formatos
pré-moldados. São adequados para serem utilizados na elaboração e produção
de totens informativos simples ou mesmo luminosos e digitais, nos lugares das
simples hastes de madeira hoje encontrados nas localidades que impossibilita
a utilização de abrigos.
O vidro é outro material que tem sido empregado com frequência
no fechamento dos abrigos, pois favorece projetos com design contemporâ-
neo, pouco concorre com a arquitetura já existente, constitui um visual leve,
protege, sua manutenção e limpeza são simples e são recicláveis.
Atualmente existem alguns projetos de mobiliário urbano que utilizam
dos diferentes tipos de plásticos recicláveis, tanto como placas de compensado
de vários compostos de resíduos plásticos utilizados na vedação, assim como
o plástico reciclado transformado em madeira plástica. Este material tornou-se
apropriado para desenvolvimento de diferentes tipos de design de assentos,
lixeiras, placas de informativos entre outros. O plástico reciclável traz diversos
benefícios ao meio ambiente, pois são resistentes às intempéries, fácil ma-
nutenção e implantação, aceitam diferentes tipos de acabamento, diminui a
quantidade de material plástico que possa ir parar nos lixões, incentiva a coleta
seletiva, incentiva o desenvolvimento da tecnologia para a sustentabilidade, e
no fim de sua vida útil. Ele pode ser substituído e voltar a ser matéria prima de
reciclagem.
A iluminação artificial deve ser pensada de forma a proporcionar
qualidade luminosa ao ambiente e economia. O surgimento das lâmpadas de
LED que fornecem a qualidade luminosa necessária e considerável economia.
São leves e de fácil instalação, com possibilidade da utilização de cores e di-
ferentes tipos de intensidade, pode ser usada de forma indireta por meio de
5.PROPOSTA DE DIRETRIZES
A elaboração da proposta de diretrizes teve base nos diagnósticos
produzidos pelos estudos do atual cenário em trecho do itinerário de trans-
porte público na cidade de Franca. Foram consideradas questões relativas a
espaço, infraestrutura, materiais, métodos construtivos, nas atuais tendências
de soluções políticas visando elaboração de um conjunto de princípios que
possam nortear ações e programas que tenham interesse na sustentabilidade
da cidade, ao mesmo tempo em que possa manter os objetivos de desenvol-
vimento urbano.
De maneira geral, a elaboração do conjunto de elementos que compõe
o mobiliário urbano deve considerar as características e peculiaridades exis-
tentes na cidade, tais como contemporaneidade, áreas históricas, turísticas,
que poderão oferecer eventuais interpretações específicas para a adoção dos
projetos de mobiliário urbanos dos pontos de parada de ônibus.
Assim pôde-se enumerar os principais objetivos que possam influen-
ciar os agentes responsáveis pela elaboração de projeto de implantação de
mobiliário:
1.Promover ações que priorizem a utilização do sistema de transporte
público de passageiros pela população. A definição de implantação das insta-
lações deve ocorrer em locais de interesse e utilidade pública;
2.Oferecer condições de funcionalidade, conforto e segurança para os
usuários do sistema de transporte público;
3.Atentar para as medidas de largura das calçadas das principais vias
do itinerário com espaços mínimos de 2m para a elaboração do projeto de
abrigos.
4.Facilitar às transferências intermodais, por meio da qualificação de
passeios públicos, calçadas e áreas de circulação, utilizando-se de pisos anti-
derrapantes com faixas táteis;
5.Atentar à mobilidade e acessibilidade urbana, o design deve ser
concebido de forma a possibilitar o acesso de todos os cidadãos ao mobiliário
urbano, de forma plena e integral.
6.Recuperar, quando possível e necessário, as condições ambientais,
especialmente preservando as espécies arbóreas presentes nas áreas de influ-
ência dos equipamentos;
7.Atender os princípios gerais de sustentabilidade;
8.Proporcionar informações aos usuários sobre serviços e informações
de utilidade pública, especialmente aqueles relativos ao sistema de transporte
coletivo de passageiros;
9.Oferecer características de informação ou identidade que auxilie ao
usuário sua localização.
10.Evitar a interferência das obras e serviços de implantação dos mobi-
liários urbanos com os diversos sistemas do meio urbano;
11.Minimizar o impacto no sistema viário e interferências com tráfego
de veículos;
CONCLUSÃO
Os estudos realizados permitiram melhor compreender a questão da
mobilidade urbana na cidade de Franca. Foi possível perceber carências em
várias partes do sistema que exigem ação conjunta de vários agentes, princi-
palmente o poder público com assessoria de profissionais especializados em
engenharia de trânsito, urbanistas, arquitetos e designer, além de um trabalho
de conscientização da sociedade para que esta mude atitudes e hábitos de
vida visando maior sustentabilidade.
Os atuais modelos de mobiliário urbano da cidade de Franca não
atendem as necessidades básicas da população, desde os usuários, os
pedestres, os portadores de necessidades especiais e até mesmo os motoristas
que acabam sofrendo influencias negativas diretas, ao ter sua via invadida, ou
obstruída por usuários e pedestres que fogem das situações de dificuldade.
Exemplos estes como buracos nas calçadas, falta de acessibilidade, longas ex-
posições ao clima, faixas para paradas dos ônibus curtas ou não existentes, etc.
A contribuição do profissional designer pode ocorrer em vários estágios
de um planejamento urbano. Repensar o mobiliário urbano do ponto de
parada dos ônibus tem como finalidade servir a população de forma funcional
e sensorial, como também a caracterização de uma época, lugar, de forma a
criar uma identidade. A solução pode colaborar como um atrativo para maior
uso do transporte público hoje tão menosprezado nas ações municipais.
Os detalhes que tornam uma cidade singular e ajudam a definir sua ma-
terialidade –o mobiliário urbano decora as ruas ou mesmo a largura dos
REFERÊNCIAS
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MASCARÓ, L.; MASCARÓ, J. L. Vegetação urbana. 3. ed. Porto Alegre: Masquatro, 2010.
MINISTÉRIOS DAS CIDADES (Brasil). Cadernos M Cidades Mobilidade Urbana: Politica Nacional
de Mobilidade Urbana Sustentável. Brasil, 2005.
MOREIRA, E. B.Desenho universal: Pontos de ônibus para Todos. 2009. 46 f. Trabalho de conclu-
são de curso, (Especialista em Educação Profissional e Tecnológica Inclusiva) Instituto Federal
de educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso. Cuiabá.
WALL, E.; WATERMAN, T. Desenho urbano. Tradução de Alexandre Salvaterra. Porto Alegre:
Bookman, 2012. (Coleção Fundamentos de paisagismo). Título do original: Basics landscape
architecture: urban design.
RESUMO
Este artigo faz uma análise comparativa para mostrar os ganhos de desempe-
nho obtidos pelo uso de coprocessadores ARM NEON, o que é feito baseado
nos tempos de execução de retinas sem o uso de NEON, e com retinas exe-
cutadas por meio de funções C Intrínsecas que determinam o uso de NEON.
Nos modelos mais recentes de processadores ARM, tais como aqueles de ar-
quiteturas ARMv7 e ARMv8, é comum a presença da unidade coprocessadora
NEON, capaz de realizar processamento em ponto flutuante. O coprocessador
NEON também é capaz de realizar operações SIMD, o que implica que uma
mesma instrução pode sera plicada em um fluxo de dados. Essa arquitetura
é adequada para processamento de imagens, e este artigo pretende mostrar,
de uma maneira bem simplista, que essa característica é capaz de provocar
ganhos significativos de desempenho em retinas aritméticas amplamen-
te utilizadas em processamento de imagens. Para mostrar isso, sera usado
uma aplicação modelo para executar operações aritméticas em matrizes de
tamanhos variados, para simular operações que ocorrem em algoritmos de
processamento de imagens.
Palavras-chave: ARM; NEON; SIMD; Processamento de Imagens; Sistemas Embarcados.
ABSTRACT
This article make a comparative analysis to show the performance obtained by
the use of ARM NEON coprocessor, which is done based on execution times
between routines performed without use of NEON, and by using the C Intrinsic
Functions which determines the use of NEON. In the most recent models of
ARM processors, such as those of ARMv7 and ARMv8 architectures, it’s common
the NEON coprocessor unit that can perform floating point processing. NEON
also performs SIMD type operations, which means that the same instruction
is applied to a data stream. This architecture is suitable for image processing,
and this article aims to show, in a simplistic way that this feature is capable
to provide significant performance gains in arithmetic routines widely used in
image processing. To show this, it will be used a simple application to perform
arithmetic operations on matrix of variable sizes, to perform as a simulation of
operations that would occur in image processing algorithms..
Keywords: ARM; NEON; SIMD; Image Processing; Embedded Systems.
INTRODUÇÃO
Os processadores ARM estão presentes em uma gama cada vez maior
de aplicações móveis, principalmente pelo seu histórico de baixo consumo.
Dado o atual cenário em que se encontram as principais famílias, a saber, as
arquiteturas ARMv7 e ARMv8, seu uso começa a surgir como substituto em
situações outrora somente imagináveis em ambientes desktop, como em apli-
cações servidoras, aplicações que envolvam processamento de imagens, pro-
cessamento digital de sinais, dentre outras (ARM, 2015).
Entretanto, ainda existem algumas restrições quanto ao uso de proces-
sadores ARM em situações que envolvam cálculos matemáticos complexos,
principalmente quando o quesito é tempo de resposta e também quando o
critério é desenvolver uma solução capaz de funcionar em tempo real. Uma
base de exemplo é a área de processamento de imagens, conhecida por
envolver rotinas e métodos computacionalmente pesados, pelo uso de pro-
cessamento matricial, transformadas em domínios de tempo e de frequência
em tempo real, dentre outras.
Uma solução fornecida pela ARM e presente nos processadores da
família ARMv7 em diante é a presença de coprocessadores aritméticos NEON
em cada núcleo de processamento ARM. Estes coprocessadores atuam como
unidade de ponto flutuante, e também são capazes de executar instruções do
tipo SIMD, em que uma mesma instrução é aplicada sob uma mesma sequência
TRABALHOS PUBLICADOS
No que tange ao uso otimizado de recursos computacionais de sistemas
embarcados, existem alguns trabalhos que tratam das vantagens de utilizar o
coprocessador NEON. Em Welch et. al. (2012), é feito um estudo comparati-
vo entre o uso deste coprocessador em processadores ARM, e das instruções
SSE em processadores Intel, por meio da execução de rotinas de interpolação
bilinear e utilizando um algoritmo que realiza distorção em imagens.
Já em Mitra et. al. (2013) é realizado um estudo semelhante, tratando as
abordagens para otimizar rotinas que utilizem instruções SIMD em arquiteturas
ARM e Intel, por meio de implementações em C e em assembly, comparando
os resultados obtidos por meio da execução de algoritmos como detecção de
borda, filtro de Sobel, dentre outras, em diversas plataformas ARM e Intel.
A.BeagleBone Black
Desenvolvido pela empresa Texas Instruments, o elemento chave da
BeagleBone Black é o SoC AM335x, que é composto por um processador ARM
Cortex-A8, com frequência de operação de 1 GHz, e também possui um copro-
cessador NEON, unidade VFPv5 e 256 KB de memória cache L2. A placa ainda
conta com 512 MB de RAM DDR3, memória Flash de 4 GB, conexão com rede
Ethernet 10/100, dentre outros.
O sistema operacional utilizado para a realização desse trabalho é o
Debian, com Kernel Linux versão 3.8.13 (BeagleBoneBlack, 2015).
Figura1 - Imagem da BeagleBone Black – BeagleBoneBlack(2015)
B.Coprocessadores NEON
Basicamente, a arquitetura NEON compreende uma extensão do set de
instruções ARM, possuindo uma base adicional de 32 registradores de 64 bits,
ou, dependendo do arranjo, também podem ser configurados em 16 registra-
dores de 128 bits(LANGBRIDGE, 2014).
Nesta arquitetura, os registradores são considerados vetores de
elementos de um mesmo tipo de dado. E os dados permitidos são signed/
unsigned 8-bit, 16-bit, 32-bit, 64-bit e 32-bitfloat, e as instruções desempe-
nham a mesma operação em todas as trilhas concorrentes de registradores
(LANGBRIDGE, 2014).
A título de exemplo, o esquemático arquitetural da tecnologia NEON
é mostrado na Fig. 2, que destaca os registradores origem, onde os dados são
carregados na forma de elementos e um mesmo conjunto de operações é
aplicado sobre as trilhas sucessivas de registradores origem. Os resultados das
Figura4 -Imagem ilustrativa de arranjos arquiteturais entre registradores com perspectivas diferentes no
coprocessador NEON – ARM (2015)
B.Forma de medida
A medição do tempo decorrido em cada rotina testada no benchmark
foi realizada por meio da função clock_gettime (disponível na biblioteca da
Linguagem C “time.h” do padrão ISO C99) com o argumento “clk_id” igual a
CLOCK_REALTIME, que requer privilégios especiais no sistema, mas garante a
melhor precisão entre os clocks disponíveis. O tempo fornecido pelo programa
após as operações é dado em microssegundos (us).
Também garantimos que apenas os processos essenciais para o teste
estavam carregados no sistema a fim de que os demais não pudessem interfe-
rir nas medições.
C.Códigos-Fontes
Para a execução de soma matricial, foiutilizado o códigomostrado-
adiantecomo base para realizar as operações com e sem o uso de NEON. O
mesmoiráexecutaros testes para matrizes com dimensões 128x128, 256x256,
512x512, 1024x1024 e 2048x2048, e exibirãos tempos de cadaoperação, pri-
meiramentesem o uso de NEON, e depois com o uso de NEON.Para a atividade,
o códigofoinomeadocomoadd.c.
#include <stdio.h>
#include <stdlib.h>
#include <time.h>
#include <arm_neon.h>
#define NUM 5
return 0;
}
uint32_t i, j;
uint8x16_t arr_;
uint8x16_t num_ = vld1q_dup_u8(num);
for(j=0; j<times; j++){
for(i=0; i<(w*h); i+=16){
arr_ = vld1q_u8(arr + i); // arr_ = arr
arr_ = vaddq_u8(arr_, num_); // arr_ = arr_ + num_
uint32_t i, j;
#define NUM 5
intmain(void){
return 0;
}
free(arr);
}
uint32_t i, j;
uint8x16_t arr_;
uint8x16_t num_ = vld1q_dup_u8(num);
for(j=0; j<times; j++){
for(i=0; i<(w*h); i+=16){
arr_ = vld1q_u8(arr + i); // arr_ = arr
arr_ = vmulq_u8(arr_, num_); // arr_ = arr_ + num_
vst1q_u8((arr+i), arr_); // arr = arr_
}
}
}
uint32_t i, j;
#define NUM 5
intmain(void){
return 0;
}
free(arr);
}
uint32_t i, j;
uint8x16_t arr_;
uint8x16_t num_ = vld1q_dup_u8(num);
for(j=0; j<times; j++){
for(i=0; i<(w*h); i+=16){
arr_ = vld1q_u8(arr + i); // arr_ = arr
arr_ = vsubq_u8(arr_, num_); // arr_ = arr_ + num_
vst1q_u8((arr+i), arr_); // arr = arr_
}
}
}
uint32_t i, j;
D.Resultados obtidos
Os resultados obtidos pelas execuções do programa de testes são
exibidos na Tab. 1, para as operações de soma, na Tab. 2, para as operações de
subtração, e na Tab. 3, para as operações de multiplicação.
A coluna final de cada tabela destaca um fator de ganho de desem-
penho obtido com o uso das rotinas de acesso ao coprocessador NEON, que
indica a redução de tempo provocada pelo uso deste elemento nas operações,
ou seja, o quão mais rápida dada operação é realizada com NEON.
Em se tratando das operações de adição e multiplicação, o ganho de
desempenho obtido com o uso de NEON foi aproximadamente o mesmo nas
operações realizadas sob matrizes de mesmas dimensões, tal como pode ser
visto nas Tab. 1 e 2, que tratam das operações de soma e subtração, respecti-
vamente. Em ambos os casos, o ganho de desempenho é de cerca de 2.15 a
Operação sob Matrix Tempo de execução Tempo de execução com Ganho de desempenho
de dimensões sem NEON (us) NEON (us)
128 99 46 2,15
256 408 188 2,17
512 1886 1023 1,84
1024 10188 6949 1,46
2048 41430 27625 1,50
TABELA 2. RESULTADOS OBTIDOS PARA SUBTRAÇÃO DE ELEMENTO À MATRIX
CONCLUSÃO
Como demonstrado, o uso de rotinas C Intrinsics permitiu um ganho
de desempenho de aproximadamente 1,50 a 2,15 para operações de soma e
subtração, e de aproximadamente 1,50 a 4 para operações com multiplicação.
Isso foi resultado do uso de rotinas que acessam diretamente os
recursos do coprocessador NEON em código C para execução de programas
com instruções SIMD, em que uma única operação pode ser aplicada sobre
uma maior quantidade de dados, que, no caso, foram trabalhadas as operações
de soma, subtração e multiplicação de um fator sobre elementos de uma dada
matriz, tal como ocorreria em uma alteração nas propriedades de brilho de
uma imagem.
Tais resultados são interessantes pelo seguinte aspecto: indicam, então,
que a realização de operações que alterem as propriedades de brilho em
imagens digitais, realizadas em sistemas embarcados com processadores ARM
com NEON, ocorrerá de modo mais rápido do que sem o uso desta arquitetura,
tal como demonstrado na aplicação de teste.
REFERÊNCIAS
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pdf/AT_-_NEON_for_Multimedia_Applications.pdf. Acesso em: 23 nov. 2015.
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cessors/instruction-set-architectures/index.php.Acesso em: 23 nov. 2015.
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arm.com/help/topic/com.arm.doc.dht0002a/DHT0002A_introducing_neon.pdf. Acesso em:
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23 nov. 2015.
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image processing algorithms.Image Processing Workshop (WNYIPW), 2012 Western New York.
USA, New York, 2012, pp 21-24.
RESUMO
A criação de dados por parte das diversas instituições existentes tem crescido
de maneira exponencial nos últimos anos, levando a uma necessidade de se
obter uma análise bem feita daquilo que é armazenado diariamente, dentre
essas instituições estão as estações meteorológicas, que aferem dados impor-
tantes a respeito do clima de determinadas regiões. Atualmente, a obtenção da
informação correta de forma rápida aumenta a competitividade. Para esse fim
surgiu o Business Intelligence (BI), utilizando-se de metodologias que auxiliam
na busca de informações úteis aos gestores. Com isso, este trabalho visa à
aplicação das técnicas de BI sobre os dados da estação meteorológica da Uni-
versidade de Franca. Para isso, será definido um modelo dimensional, além da
criação de um Data Warehouse e um Cubo OLAP. A captação dos dados se dará
por meio das técnicas de ETL. Todo o processo será feito utilizando as ferramen-
tas do Pentaho Open BI Suite.
Palavras-chave: Business Intelligence; Data Warehouse; Pentaho; modelo dimensio-
nal; estação meteorológica.
ABSTRACT
The creation of data by the various existing institutions has grown exponen-
tially in recent years, leading to a need to achieve a well done analysis of what
is stored daily. Among these institutions are the weather stations that measure
important data about the climate of certain regions. Currently, obtaining the
correct information quickly increases competitiveness. For this reason, came
the Business Intelligence (BI), using methodologies that assist in the search of
useful information to managers. Thus, this work aims the application of BI te-
chniques on the data from the weather station at the Universidade de Franca.
For this, a dimensional model is set, and the creation of a data warehouse and
OLAP Cube one. The collection of data will be through the ETL techniques. The
whole process will be done using the tools of the Pentaho Open BI Suite.
Keywords: Business Intelligence; Data Warehouse; Pentaho; dimensional model;
weather station;.
INTRODUÇÃO
Em um mundo onde o tempo e a informação correta se tornam cada
vez mais preciosos, o Business Intelligence(BI) assumiu um papel de grande im-
portância. Criado nos anos 80, esse termo define um conjunto de técnicas que
visam auxiliar na tomada de decisão por parte dos gestores, além de contribuir
para um melhor entendimento dos processos corporativos.
Atualmente, o uso de ferramentas de BI tem crescido e se atualizado
deforma intensa.Todos os tipos de empresas, desde as micro às multinacionais,
armazenam diversos dados diariamente, dentre elas estão as estações meteo-
rológicas, que aferem dados a respeito do clima de cidades, estados, países e
até continentes. O problema é que, na maioria das vezes, esses dados não são
analisados da maneira correta ou, muitas vezes, nem são descobertos. Nesse
ponto, surge a importância do BI com toda a sua metodologia para extrair in-
formações relevantes, descobrir padrões úteis e auxiliar na tomada de decisões
corretas.
O objetivo deste trabalho é demonstrar a aplicação das técnicas de
Business Intelligence, fazendo uso da ferramenta Pentaho, sobre os dados da
Estação Meteorológica localizada na Universidade de Franca.
1 REVISÃO DE LITERATURA
Figura 1:Visão geral das etapas que compõem o processo de Data Mining.
Fonte:FAYYAD, 1996, p. 41.
energia solar, que transmitem via rádio frequência as informações para uma
central (SILVA, 2013, p. 33).
Após a coleta das informações, a central exibe em um display e repassa
ao computador os dados provenientes dos sensores, que são gravados no
banco de dados.
2PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para o desenvolvimento do trabalho, realizaram-se pesquisas em
artigos, trabalhos relacionados ao assunto e em sites especializados, a fim de
ter um maior entendimento a respeito dos conceitos de BI, das técnicas que ele
possui e de duas aplicações.
Em um segundo momento, foi feito um estudo da Estação Meteoroló-
gica da Universidade de Franca, com foco nos tipos de sensores que ela possui
e na estrutura de seu banco de dados, onde se tornou possível entender quais
1 MYSQL, MySQL Documentation. Disponível em: <http://dev.mysql.com/doc/>. Acesso em: 9 out. 2015.
CONCLUSÃO
A estação meteorológica da Universidade de Franca gera uma quan-
tidade imensa de dados mensalmente, o que torna difícil até mesmo uma
simples consulta utilizando um sistema gerenciador de banco de dados. Por
exemplo, as medições geradas pelo anemômetro (sensor que monitora o
vento), são captadas a cada 14 segundos, o que produz cerca de 6171 registros
por dia, sendo 185130 registros por mês. Levando em consideração que a
estação está operando desde abril de 2012, podemos dizer que ela gerou,
até hoje,pouco mais de 8330850 de registros provenientes de apenas um dos
sensores. Devido a esse grande volume de dados, fica muito difícil para um
gestor ou gerente conseguir visualizar informações relevantes de forma precisa
e em pouco tempo, sem ter uma ferramenta que consiga organizar esses dados
de maneira eficiente.
Este artigo tem por objetivo a aplicação das técnicas de Business In-
telligence sobre os dados gerados pela estação meteorológica. O uso de
tais técnicas como a definição do Modelo dimensional, o processo de ETL, a
construção do Data Warehouse e a criação do Cubo OLAP possibilitaram uma
melhor organização e visualização dos dados. Emborao objetivo tenha sido
alcançado, foram encontradas dificuldades além do esperado, como a falta de
suporte à versão Pentaho Open BI Suite e bugs de compatibilidade entre as
REFERÊNCIAS
BOUMAN, R; DONGEN, J.;Pentaho Soluções:Business Intelligence e DataArmazenamento com
Pentaho e MySQL. Indianapolis, Indiana (USA): Wiley Publishing Inc., 2009.
CIELO, I.; ETL - Extração, transformação e carga de dados. 2002. Disponível em:<http://www.
angelicatoffano.pro.br/upload_arquivos/pt/etl.pdf>. Acesso em: 20 set. 2015.
DIAS, B.; Projeto de Data Mart utilizando ferramentas Open Source. 2012. Disponível em:<http://
fernandozaidan.com.br/cft/bi2012/Pentaho/Projeto%20de%20Data%20Mart%20utilizan-
do%20ferramentas%20Open%20Source.pdf>. Acessoem: 27 set. 2015.
FAYYAD U.; From Data Mining to Knowledge Discovery in Databases. 1996. Disponível em:<
http://www.csd.uwo.ca/faculty/ling/cs435/fayyad.pdf>. Acesso em: 28 maio 2015.
GOMES, R.L.; Data Warehouse, Business Intelligence e Data Mining.2013. Disponível
em:<http://201.85.23.88:8080/pergamumweb/vinculos/tcc/T141564.pdf>. Acesso em: 10
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INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA. Estação meteorológica de observação de superfície
automática.Disponível em: <http://www.inmet.gov.br/ portal/index.php?r=estacoes/estacoe-
sAutomaticas>. Acessoem: 28 maio 2015.
KIMBALL, R. et al. The Data Warehouse lifecycle toolkit.2. ed. Indianapolis, Indiana (USA): Wiley
Publishing Inc., 2008.
LARUCCIA, M.M; SILVA, R.S.P da; CHIARELLI, G.D.;Discussão sobre o Business Intelligence em
empresas de tecnologia da informação.2013. Disponível em:<http://www.fics.edu.br/index.
php/augusto_guzzo/article/view/147 >. Acesso em: 5 mar. 2015.
MARQUES, J.L. de Q.; Mineração de dados educacionais: um estudo de caso utilizando o
ambiente virtual do SENAI.Disponível em:<http://dspace.bc.uepb.edu.br:8080/xmlui/hand-
le/123456789/4060>. Acesso em: 29 out. 2014.
MYSQL. MySQL Documentation. Disponível em:<http://dev.mysql.com/doc/>. Acesso em: 9
out. 2015.
NUNES, C.J.L.; Solução de Business Intelligence utilizando tecnologias Open Source. 2010.
RESUMO
Com o desenvolvimento rápido de novas tecnologias e dispositivos eletrônicos
que facilitam a vida cotidiana, fica quase impossível retirá-los de nossas vidas e
definir uma rotina sem utilizá-los. Observando sobre esta perspectiva, a criação
de aplicações que utilizam a realidade aumentada para enriquecer cenas, seja
ela demonstrando novo projeto em um ambiente coorporativo ou uma simples
ilustração informativa em uma apostila escolar, pode ser uma importante ferra-
menta para auxiliar na conclusão de tarefas. Permitir uma interação do usuário
com aplicação, como toques na tela ou por comandos de voz, tornam o uso
destatecnologia mais agradável, possibilitando um diferente aprendizado e en-
tendimento sobre o assunto proposto. Proporcionar um alto grau de imersão
dentro da realidade aumentada é um desafio interessante e intrigante, mesmo
com o atual progresso tecnológico. Desenvolver o projeto baseado em dispo-
sitivos com sistema operacional Android foi uma escolha promissoradevido
ao grande crescimento da utilização de dispositivos móveis nas tarefas diárias
da população, tornando a aplicação de fácil acesso e uso. Este projeto não só
discute o desenvolvimento de uma aplicação com realidade aumentada, como
também seus resultados sobre as diferentes formas de interação do usuário
sobre ela.
Palavras-chave: Realidade Aumentada; Interação do Usuário; Android.
ABSTRACT
With a quick development of new technologies and electronic devices that
make life easier, it’s almost impossible to remove them from our lives and trace
a new routine without them. Seeing from this perspective, the creation of ap-
plications that use the augmented reality to improve the environment, either
to demonstrate a new project in a company or a simple informative picture
INTRODUÇÃO
A utilização da tecnologia para a produção de softwares educacionais
tem se tornado uma importante ferramenta para inovar as práticas educativas,
rompendo as práticas por vezes ultrapassadas de ensino e transformando os
atuais paradigmas da educação (VIEIRA et al., 2011 apud GADOTTI, 2000).
Considerando o grande avanço da tecnologia, tornou-se interessante a
utilização dos conceitos de realidade aumentada em práticas educativas, pos-
sibilitando uma forma diferente e interessante de apresentação de conceitos e
teorias sobre os mais diversos temas. Objetos animados em cenas aumentadas
podem proporcionar uma experiência didática rica em detalhes e informações,
expressando os conceitos de uma maneira bem próxima à desejada.
A utilização de dispositivos móveis para esta prática educacional é
importante,pois,por não ser estática, pode ser levada e utilizada nos mais
diversos locais e cenários. Outra ferramenta interessante que incrementa a
sensação de integração à realidade aumentada é a interação com estes objetos,
seja por meio de toques na tela do dispositivo ou por comandos de voz, acres-
centam ao usuário um alto grau de imersão à cena aumentada, imprescindível
para uma boa experiência sobre a aplicação (MCDONALD, 2003). Estes são os
assuntos que serão abordados neste trabalho.
1 OBJETIVO
O principal objetivo deste projeto é demonstrar o uso da realidade
aumentada em situações cotidianas, possibilitando às pessoas uma visão
diferente dos objetos reais e virtuais, aumentando desta forma, não só a quan-
tidade mas também a qualidade das informações fornecidas, oferecendo uma
experiência nova e rica em detalhes.
2 REVISÃO DE LITERATURA
Nesta revisão de literatura,foram abordados assuntos referentes à
realidade aumentada, tais como introdução e reprodução de objetos tridi-
mensionais em cenas reais, maneiras de interação com os mesmos e possíveis
melhorias no grau de percepção e imersão do usuário no meio aumentado.
Também foi abordado o modo com que as aplicações desenvolvidas
para sistema operacional Android funcionam e o motivo da escolha desse
sistema para a elaboração econclusão deste projeto.
3 METODOLOGIA
O projeto foi desenvolvido utilizando a API Android SKD, que é um kit
de desenvolvimento com todas as classes necessárias para construir o aplica-
tivo base para o Android. Juntamente com ela, a API AndAR que traz classes
e objetos específicos para tratar com realidade aumentada em ambiente
Android. Todo o projeto foi implementado utilizando-se IDE Eclipse e o projeto
sendo testado em dispositivo celular com sistema operacional Android. Para
aumentar o grau de interação do usuário, também será utilizada uma API nativa
do sistema Android para reconhecimento de comandos de voz.
Para a produção de objetos 3D utilizados na cena, o aplicativo 3dsMax
Studio foi o escolhido por oferecer suporte ao formato de arquivo necessário,
com uma boa taxa de compressão final no arquivo, otimizando o desempenho
da aplicação no dispositivo móvel.
3.1.2 Marcadores
Para definir onde devem ser mostrados os objetos carregados, foram
utilizados marcadores, que são imagens em preto e branco, análogo a um
código de barra tradicional. Juntamente com a API é fornecido um aplicativo
capaz de criar um marcador único e definido pelo desenvolvedor. É possível
associar qualquer imagem em preto e branco quadrada como marcador. Para
esta aplicação, foi escolhido um marcador oferecido pelo pacote desenvolve-
dor, facilitando o desenvolvimento da aplicação de realidade aumentada.
Para inserir um objeto na cena da aplicação, um dos parâmetros ne-
cessáriosem seu construtor é a qual marcador ele será associado. Quando este
marcador é visualizado pela câmera do dispositivo, a atividade de realidade
aumentada o reconhece,busca os objetos a ele anexados na memória e em
seguida os exibe na tela da aplicação.
3.1.3Renderers
Outras duas classes auxiliares necessárias para a visualização dos
objetos são: Renderer.java, que trata os objetos adicionados à cena e aplica a
eles noções de câmera e projeção, melhorando a experiência de perspectiva
dos objetosrelacionados ao marcador visualizado; e LightingRenderer.java, que
aplica efeitos visuais, melhorando a qualidade da exibição dos objetos sobre-
posto à imagem real, transmitida pelo uso da câmera do dispositivo.
com este texto, uma imagem explicativa, com a Terra e a Lua, é colocada como
ilustração dos movimentos. Anexado a esta imagem, um marcador que possui
associado os dois objetos produzidos com os movimentos de rotação e trans-
lação implementados. Esta página foi impressa e utilizada durante a demons-
tração.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A taxa de atualização e processamento dos objetos na tela do dispo-
sitivo foi satisfatória, mesmo quando testada em um aparelho com uma baixa
CONCLUSÃO
A realidade aumentada se demonstrou uma ferramenta interessante
no que se diz respeito a mostrar informaçõespertinentes à cena observada pelo
dispositivo com sistema operacional Android. Utilizando um marcador especial
proporcionou um enriquecimento significativo à cena, com animações e a pos-
siblidade de interações do usuário sobre as mesmas.
REFERÊNCIAS
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2005. UFJF, Juiz de Fora – MG, 2005.
KOTELLY, B. The art and business of speech recognition: creating the noble voice. New York, NY,
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MCDONALD, C. Hand interaction in augmented reality. Ottawa: Carleton University, Ontario,
Canada. 2003.
PALOC, C.; CARRASCO, E.; MACIA, I.; GOMEZ, R. ; BARANDIARAN, I.; JIMENEZ, J. M.; RUEDA, O.;
RESUMO
Com o crescimento do mercado informatizado, a demanda de entregas de
produtos aumenta constantemente em conjunto com a necessidade de trans-
porte. Isso é um dos fatores que fazem com que as empresas de logística, trans-
porte e distribuição invistam ao máximo em um bom sistema de roteamento de
frotas, visando um menor custo e clientes cada vez mais satisfeitos. O Problema
do Caixeiro Viajante (PCV) foi o primeiro problema apresentado na literatura
com o intuito de buscar um melhoramento nas rotas de veículos, no entanto
trata-se de um problema NP-completo, ou seja, não é possível encontrar uma
solução ótima em tempo computacional válido. Visto que soluções ótimas não
são ideais para esse tipo de problema, métodos heurísticos são estudados para
buscar resultados satisfatórios. Uma heurística muito utilizada são os Algorit-
mos Genéticos (AG) que tomam como base a teoria da evolução e a genética
para o seu desenvolvimento. Este trabalho descreve o desenvolvimento de um
AG para a solução do PCV, trazendo bons resultados em tempo computacio-
nal aceitável.A melhor solução encontrada pela aplicação teve custo 25400,
sabendo que o melhor resultado publicado pela TSPLIB do PCV com instância
brazil58, tem custo de 25395,nota-se que a diferença entre as soluções é
pequena e como o algoritmo não usou nenhum tipo de heurística de refina-
mento, a solução encontrada trouxe resultados satisfatórios para o trabalho.
Palavras-chave: Algoritmo Genético; Problema de Roteamento de Veículos; Problema
do Caixeiro Viajante.
ABSTRACT
With a growth of computerized market the product delivery demand increases
constantly together with the need to transport. This is one of the factors that
make logistic, transport and distribution companies invest the most in a good
system of routing fleets, aiming at a lower cost and more and more satisfied
customers. The Travelling Salesperson Problem (TSP) was the first problem
reported in literature, in order to improve vehicle routes, however this problem
is classified for NP-complete, in other words, it’s not possible to find an exact
solution in a valid computational time. Since those exact solutions are not ideal
for this kind of problem, heuristic methods are studied to seek satisfactory
results. A widely used heuristic would be the Genetic Algorithms (GA), taking as
a basis, the theory of evolution and the genetics for its development. This paper
describes the development of a GA for solving the TSP, showing good results
in an acceptable computational time. The best result found by the application
had cost of 25400, knowing that the best result in literature published by TSPLIB
had a cost of the 25395, it is noticed that the difference between the solutions
is short and how the algorithm does not have refinement heuristic, the solution
brought satisfactory results.
Keywords: Genetic Algorithms; Vehicle Routing Problem; Traveling Salesman Problem.
INTRODUÇÃO
O Brasil é um país continental com regiões de variados tipos de clima,
comércio e educação. A necessidade de transporte de mercadorias de um
lugar para outro aumenta constantemente, isso é um dos fatores que fazem
com que as empresas de logística, transporte e distribuição invistam em um
bom sistema de roteamento de frotas de veículos, visando um menor custo
e entregas no menor tempo possível. Ferreira Filho (2001) completa que os
clientes têm se tornando cada vez mais exigentes no que diz respeito à
qualidade e prazo de entrega, gerando uma competitividade crescente e uma
busca por serviços mais customizados que, para as empresas de distribuição de
produtos, tornou-se um ponto importante na obtenção de vantagem competi-
tiva e conquista de um espaço maior no mercado.
Com o objetivo de organizar melhor essas rotas de transporte, vários
estudos sobre o Problema de Roteamento de Veículos (PRV) vêm sendo desen-
volvidos. Este problema consiste em traçar rotas entre determinados pontos,
buscando diminuir o custo total da viagem (custo pode se referir à despesa
da viagem, o tempo ou até o gasto com combustível), assegurando que cada
ponto seja visitado apenas uma vez. É usado para traçar rotas de entrega ou
coleta de mercadorias, rotas para transportes rodoviários entre cidades ou
mesmo entre bairros. “A solução destes problemas pode diminuir bastante o
custo de distribuição, causando uma grande economia tanto para a indústria
como para o governo. No entanto, muitos destes problemas são difíceis de
resolver” (LORENA, 2003. p. 16).
1 OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é desenvolver uma aplicação capaz de
alcançar uma solução em tempo viável para o Problema do Caixeiro Viajante
(PCV) utilizando Algoritmo Genético (AG). Esta aplicação será usada como
apoio de decisão em um sistema que gerencia rotas de veículos para empresas
de logística com o intuito de reduzir custos e diminuir o tempo de entrega dos
produtos.
2 REVISÃO DE LITERATURA
mento genético de animais, como os bovinos, onde são cruzados animais com
maior capacidade de produção de leite, objetivando-se, nas novas gerações,
melhorias nessa característica.
No caso dos AGs, busca-se resolver problemas para os quais não existe
um algoritmo que resolva um problema em tempo computacional adequado.
Coppin (2013) descreve o funcionamento dos algoritmos genéticos da seguinte
maneira:
1. Gere uma população aleatória de cromossomos (esta será a população inicial).
2. Se o critério de terminação for satisfeito, pare. Caso contrário, siga para a etapa 3.
3. Determine a aptidão de cada cromossomo.
4. Aplique cruzamento e mutação a cromossomos selecionados, a partir da geração
atual, para gerar uma nova população de cromossomos - a próxima geração.
5. Retorne à etapa 2.
Quadro 1 – Algoritmo Genético
Fonte: COPPIN. 2013, p. 335-336.
154). Segundo Von Zuben (2003), o método mais comum para se definir uma
população inicial é de maneira aleatória, porém se algum conhecimento inicial
estiver disponível, ele pode ser utilizado, Néiaet al. (2013) destaca que boas
heurísticas podem alcançar resultados melhores. As populações seguintes
serão criadas de maneira totalmente iterativa, buscando informações históricas
para encontrar novos pontos de busca. As iterações são feitas até alcançar o
resultado esperado ou uma condição de parada.
Filho 1 2 2 1 4 3 3 2 1 5 4 2
Filho 2 2 5 4 5 5 2 5 3 1 2 4
Figura 4 - Cruzamento em um único ponto.
Fonte: NEIA et al., 2013, p 228
Pré -filho 1 1 2 6 9 2 1 7 8 9
Pré-filho 2 5 4 3 4 5 6 7 8 3
6 9 2 1 1 6 3
Relação de
2 5
mapeamento
6 9 2 1 9 4
Filho 1 3 5 6 9 2 1 7 8 4
Filho 2 2 9 3 4 5 6 7 8 1
3 METODOLOGIA
A aplicação foi desenvolvida utilizando a linguagem de programação
JAVA na IDE NetBeans. Para a resolução do problema apresentado, foi necessário
criar as seguintes classes: Cromossomo.java, classe que mantém os atributos de
cada cromossomo, bem como suas funcionalidades; Operador.java, classe que
possui métodos estáticos que representam os principais operadores genéticos
do algoritmo; Teste.java, classe onde foi realizado os testes da aplicação; Leitura.
java, classe responsável pela leitura do arquivo brazil58.tsp1(TSPLIB, 2010), no
qual possui instâncias para o PCV usado para testar a precisão do algoritmo. A
1 Instância de problema teste para uso do PCV, disponível na TSPLIB (base pública para o desenvolvimento de
pesquisas onde várias instâncias deste tipo são disponibilizadas).
3.1. CROMOSSOMO
Para obter melhores resultados nesse tipo de problema, foram usados
cromossomos compostos por genes de valores inteiros. Esses valores repre-
sentam a ordem das cidades a serem visitadas. A figura9 mostra a rota que
tem origem na cidade0 (zero) (a cidade de origem sempre será o primeiro
elemento do vetor), a próxima cidade a ser visitada será o elemento seguinte,
no exemplo,a cidade 7, em seguidaseráa cidade 4, depois a cidade 3, e assim
por diante até alcançar o destino que será o último elemento, nesse caso, a
cidade 8.Após todas as cidades terem sido visitadas,o próximo passo é retornar
à cidade de origem. Um vetor de inteiros, denominado genes, foi criado dentro
da classe Cromossomo.java para armazenar a rota de cada cromossomo.
0 7 4 3 5 2 1 9 6 8
Figura 9 – Cromossomos com valores de genes inteiros.
Fonte: Autor
3.1.2 FITNESS
A função fitness tem como objetivo medir o quão adequado o
indivíduo é para resolução problema, o valor obtido será levada em considera-
ção na seleção para o cruzamento. No PCV, o valor de aptidão de um indivíduo
é medido somando os custos das cidades que fazem parte da rota e o custo
de retorno para a cidade de origem. As etapas a seguir definem o método de
aptidão:
1.Inicie o valor em 0;
2.Leia o primeiro elemento do vetor de gene do cromossomo;
3.Se elemento o for o último, siga para a etapa 6. Caso contrário, some o custo com
base no próximo elemento;
4.Leia o próximo elemento;
5.Retorne à etapa 3;
6.Some o custo com base no primeiro elemento do vetor;
7.Pare
Quadro 3–Algoritmo para medir a aptidão dos cromossomos.
Fonte: Autor.
3.2. OPERADORES
Essa sessão descreve a metodologia usada no desenvolvimento dos
operadores genéticos. Para cada operador, um método estático foi criado
dentro da classe Operador.java.
3.2.1. SELEÇÃO
A função da seleçãoé avaliar quais cromossomos em uma população
possuem boas características para reprodução.Na aplicação, o método foi de-
nominado selecaoe aplicou a seleção por roleta.Suas etapas são descritas a
seguir:
1.Crie uma roleta virtual com os valores de aptidão de cada indivíduo fazendo com
que os espaços sejam proporcionais aos valores;
2.Gere um valor aleatório presente na roleta;
3.Selecione o cromossomo em que o valor gerado é representado na roleta;
4.Se for o primeiro cromossomo selecionado, volte para a etapa 2;
5.Faça o cruzamento dos dois cromossomos selecionados;
6.Insira os filhos gerados na nova população;
7.Se a população estiver completa, pare. Caso contrário, volte para a etapa 2.
Quadro 4 – Algoritmo de seleção por roleta.
Fonte: Autor.
3.2.2. CRUZAMENTO
O PCV não permite rotas com valores duplicados, ou seja, cada cidade
deve ser visitada apenas uma vez.O operador de cruzamento PMX faz a combi-
nação dos cromossomos sem permitir que genes iguais apareçam na mesma
prole, portanto, foi o usado na aplicação.
O cruzamento é feito assim que os pais são selecionados, estes são
passados como parâmetro para o método crossoverPMXque retorna os filhos
resultantes da combinação de genes. Esse processo é realizado até preencher
toda a nova população que deve ter o mesmo tamanho da população de
progenitores.Os passos detalhados do cruzamento PMX estão detalhados na
sessão 2.2.1.2.
3.2.3. MUTAÇÃO
A mutação não é um operador fundamental para o algoritmo, mas
seu uso pode ser fundamental para se alcançar bons resultados. Os cromosso-
mos da aplicação têm 5% de chance de serem mutados e a mutação aplicada
foi por inversão (Fig. 6). O método desenvolvido na aplicação, denominado
mutacaoInversao,tem a função de testar essa porcentagem e inverter os genes
dos cromossomos. É passado um vetor de cromossomos como parâmetro e
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para a avaliação do PCV, osdados usados foram os do problema brazil58
disponibilizado pela TSPLIB (TSPLIB, 2010), que possui tamanho de 58 nós.
Os resultados obtidos variavam de acordo com mudanças na quantidade de
gerações e no tamanho da população de cromossomos. Menores custospude-
ram ser alcançados com o aumento de gerações e de cromossomos daspopu-
lações (Fig. 10), entretanto, por conta desses acréscimos, o tempo de execução
da aplicação tornou-se mais longo (Fig. 11).
Figura 11– Tempo médio por aumento no tamanho da população e nas gerações.
Fonte: Autor.
CONCLUSÃO
O PCV e suas variações são de grande importância para a logística,
pois algoritmos que alcançam bons resultados para este problema podem ser
aplicados em qualquer sistema de roteamento de frotas de veículos, com isso,
além da economia alcançada pela empresa, a satisfação de seus clientes será
maior por conta da diminuição do tempo de entrega dosprodutos.
O melhor resultado encontrado e publicado pela TSPLIB do PCV,com
instância brazil58,tem custo de 25395, com a implementação do AG deste
trabalho, o melhor resultado encontradofoi de25400, este resultado foi obtido
com 200 gerações, população de 7000 cromossomos e com tempo de execução
de 6,07 segundos, um resultado satisfatório para este problema.
O objetivo do trabalho foi cumprido fazendo com que os custos das
rotas, que antes tinham em média 125000, diminuíssem para 26000, podendo
assim, ser usado como apoio a decisão em softwares de empresas de entregas
e logística.
Outras heurísticas de otimização podem ser implementadas no
algoritmo em busca de melhores resultados, um bom exemplo é a otimização
por colônia de formigas que foi inspirado na observação do comportamento
das formigas ao saírem de sua colônia para encontrar comida. Esta é uma pers-
pectiva para trabalhos futuros.
REFERÊNCIAS
ARTERO, A. O. Inteligência artificial teórica e prática. São Paulo: São Paulo, 2008.
BARCELOS, J. C. H. Algoritmos genéticos adaptativos: um estudo comparativo. 2000. 143 f. Dis-
sertação (Mestrado em Engenharia) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São
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BERTINE, L. Segundo trabalho prático de PAA: O problema do caixeiro viajante. Universidade
Federal de Minas Gerais, 2003. Disponível em: <http://homepages.dcc.ufmg.br/~nivio/cursos/
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CARVALHO, M. B.; YAMAKAMI, A. Meta-heurística híbrida de sistema de colônia de formigas e
algoritmo genético para o problema do caixeiro viajante. Campinas. Faculdade de Engenharia
RESUMO
O presente trabalho propõe investigar a importância que os sentidos exercem
em relação aos livros infantis. Quando os sentidos são trabalhados no objeto-
-livro além de chamar mais atenção para sua compra, estimulam e ensinam os
pequenos a ter maior contato com o mundo, facilitando sua aprendizagem. O
estudo tem como objetivo mostrar a importância do Design Gráfico na cons-
trução de um livro infantil, seja nas ilustrações, interatividade e materiais utili-
zados. Para isso, uma revisão bibliográfica foi elaborada mostrando os funda-
mentos desta área.
Palavras-chave: Design Editorial, Sentidos, Livro Infantil, Design Gráfico.
ABSTRACT
This work has the objective to investigate the importance of the senses rela-
tioned to a book for children. When the senses are developed in an interactive
book, as well as draw more attention to the book purchase, they stimulate and
teach children to have more contact with the world, faciliting their learning.
This work proposes to show how the graphic design works in the construction
of a book for children, as in the illustrations, interactivity and in all the materials
used in the book. For this a literature review was elaborated, showing the
elements of the area.
Keywords: Editorial Design, Senses, Book For Children, Graphic Design.
INTRODUÇÃO
O livro percorreu um longo caminho até chegar à forma como o co-
nhecemos hoje. “Os primeiros livros destinados ao público infantil surgiram
no mercado livreiro na primeira metade do século XVIII. Antes disso, porém,
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DESIGN EDITORIAL
O design está presente em muitos aspectos de um livro infantil, desde
sua tipografia ao seu grid e ilustração, oferecendo amplas possibilidades de
pesquisa e desenvolvimento. Além disso, as crianças são muito receptivas à
comunicação visual. “A ilustração é um dos maiores estímulos à leitura, prin-
cipalmente nas ida¬des iniciais. Uma vez que as crianças pequenas ainda não
sabem ler as palavras, elas leem os livros por meio das imagens, criando, muitas
vezes, histórias próprias” (LAJOLO; ZIMMERMANN, 2004, p.06)
O design editorial é dedicado à criação de livros e publicações de conteúdo
amplo e variado, tem como meta proporcionar uma leitura envolvente, clara
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OS SENTIDOS
Há vários elementos que devem ser pensados para que o design possa
estabelecer uma comunicação que sensibilize o público alvo.
Pensar em forma, espaço, cor e textura, e trabalhar melhor esses
elementos torna o trabalho único. As interpretações de quem interagir com o
projeto serão mais intensas e profundas.
Segundo a Designer Bruna Bonifácio (2012),os designers possuem
cinco sentidos a serem explorados (visão, tato, olfato, paladar e audição).
Utilizar-se de relações entre esses sentidos deixa o projeto mais interessante,
divertido e a identificação do receptor com ele aumenta.
O desenvolvimento dos sentidos é muito importante para a evolução
da criança, já que eles constituem o veículo através do qual ela entra em
contato e conhece o mundo exterior, evoluindo assim em sua aprendiza-
gem. Além disso, é graças aos sentidos que nos comunicamos com outros
seres humanos e estabelecemos relações de afeto com eles. (DICOVERY KIDS,
s.d, n.p)
No quarto século antes da Era Cristã, Aristóteles (384-322 a.C.) já havia
escrito sobre os cinco sentidos, os quais, ainda hoje, são considerados como os
sentidos tradicionais: visão, audição, tato, olfato e paladar. A visão se configura a
partir da percepção que os olhos têm da luz, que é parte radiação magnética de
que estamos rodeados. O tato e a audição se constituem a partir de fenômenos
que dependem de deformações mecânicas, portanto são sentidos mecânicos.
Por último, temos o olfato e o paladar que são sentidos químicos, pois as in-
formações chegam até nós por meio de moléculas químicas que se despren-
dem das substâncias. De acordo com Santaella (2005, p.74), o olho, que capta
energia radiante, é o sentido que mais longe vai na sua exploração panorâmica
até o horizonte. O ouvido, que capta energia mecânica vibratória, não atinge as
mesmas distâncias que o olho. O tato interage no corpo-a-corpo com as coisas,
toca, apalpa, tropeça. O olfato capta energia química numa troca de partículas
que chegam pelo ar. No paladar essa troca de partículas se dá no próprio corpo
(SANTAELLA, 2005, p. 74).
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TATO
O primeiro sentido que o bebê aprende a utilizar é o tato, “O pequeno
responde à pressão, textura, temperatura, proximidade e à dor”. Na medida em
que a criança vai crescendo e seu sentido do tato se desenvolve, é muito im-
portante que ela comece a processar e a relacionar as informações proporcio-
nadas pela experiência. (OS CINCO SENTIDOS, 2015).
Segundo Dondis (1997), a informação visual é apreendida de muitas
maneiras, entre as quais a percepção e a sinestesia. “A primeira experiência por
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Os benefícios físicos do tato para o bebê são inúmeros, são eles (ES-
TRINGANA, s.d, n.p):
1. Ajuda a crescer e a se desenvolver com mais rapidez;
2. Acelera o desenvolvimento natural de todo o organismo;
3. Estimula o crescimento do esqueleto e do corpo;
4. Melhora a digestão e a assimilação;
5. Estimula o sistema hormonal;
6. Reduz o estresse;
7. Reforça o sistema imunológico;
8. Ajuda a amadurecer o sistema nervoso;
9. Estimula a secreção das endorfinas reduzindo a dor e produzindo uma
sensação de bem estar;
10. Facilita o descanso e o sono do bebê.
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AUDIÇÃO
O ouvido é o primeiro órgão sensorial a se desenvolver. Com 24 semanas
de gestação, o bebê começa a perceber e a distinguir os sons.
Pesquisas demonstram que “meses antes de nascer, a capacidade dos
bebês de ouvir já é aguda e bem desenvolvida. Eles podem distinguir entre
tipos de sons (por exemplo, uma campainha ou uma sineta), intensidade e
altura, vozes diferentes, sons familiares e estranhos, e podem até determinar a
direção de onde o som está vindo” (KLAUS & KLAUS, 1989, p. 52).
Se uma criança recebe estímulos que incrementam seu potencial
musical nos primeiros anos de vida, ela cresce mais criativa, e com maior sensi-
bilidade diante do mundo que a rodeia. A música favorece a comunicação e a
sociabilidade (DICOVERY KIDS, s.d)
Brinquedos com a função de estimular a parte auditiva utilizam músicas
e sons divertidos, como os de animais e sirenes. Chocalhos de mão também
são bem recebidos pelos pequenos. Ao completar sete meses, brinquedos de
encaixar com som surpresa ajudam a usar os dedos e as mãos, além de re-
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OLFATO
O homem raramente percebe quanto valem os seus 25 milhões de
células olfativas. Mas o cheiro está em tudo: no amor, no apetite, nas melhores
lembranças. Todo odor provoca sentimentos. (OLIVEIRA, 1988).
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Mesmo que o olfato seja o mais sensível de todos os sentidos, ele ocupa
um lugar secundário em nossa vida. Está relacionado com o paladar, o que
explica sua participação na estimulação do apetite e das secreções digestivas.
Além disso, as informações geradas pelas membranas olfativas são associadas
a sensações, emoções e lembranças. É por isso que o perfume habitual da mãe
tem um efeito tranquilizador sobre seu filho (OS CINCO SENTIDOS, 2015)
O olfato tem sido muito estudado nos últimos anos, pois está intima-
mente ligado às partes do cérebro que comandam a emoção e a memória. Vital
para a sobrevivência, ele nos permite encontrar comida, água, e até mesmo um
companheiro ou companheira.
Embora o olfato humano não seja tão agudo como o olfato dos outros
animais, sabemos que os seres humanos são capazes de detectar até 10.000
diferentes moléculas de odor.
O olfato é um dos sentidos químicos, o outro é o paladar. Embora
pensemos nos dois sistemas sensoriais como separados e distintos, ambos
estão intimamente ligados. No entanto, a capacidade do paladar de distinguir
sabores é extremamente limitada, identificando 6 ou 7 tipos de sabores di-
ferentes. Já o olfato se organiza de forma a diferenciar milhares de cheiros. O
ser humano é capaz de perceber mais de 10 mil diferentes odores, cada qual
definido por uma estrutura química diferente. Não é de graça, portanto, que
o olfato tem grande participação no gosto que sentimos nas comidas. Assim,
grande parte daquilo que identificamos como “gosto” é, essencialmente, aroma!
- (SCARDUA, s.d).
Brincar com os odores permite à criança reconhecer os objetos. Esta
informação olfativa se combina com a visual, a gustativa, a auditiva e a tátil.
Assim, por exemplo, se a criança cheira uma maçã, ela imediatamente associa
isso ao seu sabor, à cor vermelha, verde ou amarela, à textura lisa e ao ruído que
escuta ao mordê-la. Estimular a capacidade de conhecer o ambiente através
dos sentidos ajudará as crianças pequenas a desenvolver sua imaginação,
percepção e sensibilidade (OS CINCO SENTIDOS. 2015.)
Os livros infantis, Aromas da Quitanda, Aromas do Mundo, Aromas da
Cozinha e Aromas do Jardim, além das suas adivinhas divertidas contém chei-
rinhos em cada página. Os livros foram editados no país pela Publifolha e são
uma criação da francesa Éditions Auzou.
De um lado, vem a dica em texto “na quitanda existe uma fruta
de pomar dos países de clima frio. Mas cuidado ao pegar, pois mancha de
vermelho as mãos pelas quais passar.” Do outro, uma aba que contém o aroma
“Ela é vermelha. Ela é...” e ao abrir, lá está a fruta Cereja.
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Outro livro com aroma para estimular o olfato nas crianças, Cheiro da
Canela, da Editora Wook. Os livros com cheiros desperta o interesse das crianças
e servem de moldura aromática à prosa da autora Alice Vieira, que conduz as
crianças no caminho da leitura, apresentando-lhes vocabulário, jogando com
as palavras e brincando com a gramática e acentuação. Maravilhosamente ilus-
trados, cada livro por um ilustrador, como Raquel Pinheiro, Afonso Cruz, Sandra
Serra, etc. Cada uma destas pequenas histórias irá proporcionar momentos
inesquecíveis de leitura, aprendizagem e troca de experiências.
Braida e Nojima (s.d) afirmam que é pelo corpo que o homem participa
do mundo e apreende uma realidade. De acordo com Rector e Trinta (2005,
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VISÃO
A visão é um sentido que demora mais a amadurecer, estímulos visuais
como jogos e livros são muito importantes para esse desenvolvimento (OS
CINCO SENTIDOS. 2015)
A visão é trabalhada com o tato, já que primeiro o bebê visualiza o
que vai pegar ou tocar. Quando nasce, e por algum tempo, a criança enxerga
sem foco, embaçado. Nessa fase é bacana estimular a visão com o contraste do
preto e branco no lugar de objetos muito coloridos
Por volta dos 2 meses, os olhos do bebê se ajustam, e ele passa a dife-
renciar cores. Nessa fase, as cores primárias chamam mais a atenção dele, então
dê preferência a brinquedos em tons de vermelho, amarelo e azul. Formas
variadas e padronagem dos tecidos também atraem o foco do bebê.
As cores têm uma ligação direta no desenvolvimento da criança.
Estímulos decorrentes da presença de figuras, brinquedos coloridos contri-
buem para a capacidade motora e cognitiva, para o raciocínio, a fala, a audição
entre outras funções.
Biazetto (apud OLIVEIRA, 2008, p. 80), apresenta a importância da cor na
ilustração infantil por possuir várias funções, sendo uma delas conduzir o olhar
do leitor. Ao utilizar a mesma cor em pontos diferentes da ilustração é criado
um caminho para o olhar. A semelhança atrai nosso olhar, por isso fazemos
com que ele percorra toda ilustração em busca dessa cor. “Quando vemos uma
área vermelha, por exemplo, de um lado da imagem, o nosso olhar tende a
buscar a cor complementar. Portanto, se houver algo na cor verde em outra
parte da ilustração, nosso olhar se dirigirá para ela”. (BIAZETTO apud OLIVEIRA,
2008, p. 80) No entanto, a cor não deve ser analisada individualmente, como
afirma Oliveira: Ao se ver uma ilustração, a cor não deve ser analisada a partir de
seu próprio significado isolado. Ela em si mesma não sustenta qualquer critério
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SINESTESIA
A palavra “sinestesia” é de origem grega: “syn” (simultâneas) e
“aesthesis” (sensação), podendo ser interpretada como “sensações simultâneas”
(BONIFACIO, 2012).
Para Kawasaki (2008), “a relação subjetiva que se estabelece espontane-
amente entre uma percepção e outra que pertença ao domínio de um sentido
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(sinopse do livro).
O vermelho (visual) é azedinho (paladar) como o morango e doce
(paladar) como a melancia, mas dói (tato) quando aparece no joelho
machucado. Ele diz que o verde (visual) cheira (olfato) a grama recém-cortada
e tem gostinho (paladar) de sorvete de limão.
No exemplo acima é possível observar como as palavras estão impreg-
nadas de elementos sonoros, táteis, gustativos, olfativos e visuais. Cada palavra
e frase do texto possibilitam um sentido diferente, permitindo que o leitor seja
guiado para uma apreensão singular e multissensorial do mundo (RUIZ, 2013).
Há sinestesia, portanto, quando se cruzam duas sensações, como na
expressão voz áspera, na qual voz remete a uma sensação auditiva e áspera a
uma sensação tátil.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A leitura é um instrumento que abre portas para a criatividade. O Livro
infantil é talvez a categoria de livro com maior variedade nos acabamentos.
Desde abas deslizantes e rotativas, hologramas, pop ups, materias de acaba-
mentos diversos e até texturas e cheiros. Tudo isso além de influenciar o publico
alvo também vai tornar a leitura lúdica, fazendo com que as crianças vejam o
livro como diversão e não obrigação.
REFERÊNCIAS
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cacao.uol.com.br/textos/170/o-poder-das-imagens-234958-1.asp>. Acesso em: 14 ago. 2015.
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BONIFACIO, B. Revista Cliche, 2012. Disponível em: <http://www.revistacliche.com.br/2012/06/
design-sinestesico/> . Acesso em: 20 out. 2015.
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ponível em: < http://www.ufjf.br/frederico_braida/files/2011/02/2010_FREDERICO-BRAIDA-
-VII_PAINEL_II_ENC_NAC_SIMPOSIO.pdf > . Acesso em: 20 out. 2015.
BRANDÃO, M. Livro infantil é um mundo de fantasias em cada página. 2013. Disponível em: <
http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2013-04-02/livro-infantil-e-um-mundo-de-
-fantasias-em-cada-pagina >. Acesso em: 22 jul. 2015.
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RESUMO
Fruto de um Projeto de Pesquisa realizado no curso de Tecnologia em Meca-
trônica Industrial na Unifran e premiado pelo II Premio de Tecnologia do Polo
Francano de Tecnologia e Inovação no ano de 2015, este artigo técnico visa
apresentar as técnicas utilizadas na construção de um protótipo para estacio-
namento lateral de veículos de passeio bem como macaco elétrico para a troca
de pneu.
Palavras-chave: veículo; estacionamento lateral; macaco elétrico.
ABSTRACT
Based on a Research Project carried out in the Industrial Mechatronic Techno-
logy course at Unifran and awarded by the II Premio de Tecnologia do Polo
Francano de Tecnologia e Inovação in 2015, this technical article presents the
techniques used in the construction of a prototype for parallel parking vehicles
and electric jack for tire change.
Keywords: vehicle; parallel parking; electric jack.
INTRODUÇÃO
Segundo a ANFAVEA - Associação Nacional de Veículos Automotores
– (2014), em 20 anos a frota brasileira de veículos crescerá 140% e atingirá a
marca de 95,2 milhões de unidades. Para o professor da área de transportes
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MATERIAIS E MÉTODOS
O protótipo (Fig. 1) foi instalado no eixo direito traseiro do carro para
ver e ter a certeza de que iria funcionar adequadamente e levantar o carro, e
também para se obter a viabilidade do projeto. Tendo o mesmo funcionado,
foram fabricadas as peças que compuseram o kit.
Figura 1– Protótipo
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Foi realizada a compra de 3 macacos usados (Fig. 5), que foram utili-
zados para a retirada dos eixos e de suas respectivas porcas centradas - estas
foram retiradas usando uma ferramenta de corte. Foram comprados apenas 3,
pois foram reutilizadas as peças do protótipo.
Após a colocação das rodas de PVC (Fig. 6), passando o parafuso por
dentro delas e pendendo no motor de limpador de para brisa, precisou-se
descobrir como o eixo rodaria a roda e essa movimentasse o carro lateralmente.
Depois de vários testes, obteve-se uma solução - colocar 2 pinos, um em cada
extremidade da roda, transpassando o eixo no mesmo ponto, fazendo que
esses pinos travassem a roda e essa pudesse girar junto ao eixo que iria fixado
no motor de vidro elétrico. Foram então feitos os furos nos eixos com broca e
lixado um pequeno sulco nas extremidades da roda, onde seriam colocados os
pinos, obtendo-se os resultados desejados.
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Abaixo, a montagem das peças (Fig. 13) que irão conter os kits - além
das peças cortadas, furadas e dobradas, também se usou pedaços de barra
roscada porcas, arruelas e parafusos.
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Na fixação do motor ao eixo do carro, foi feito uma abraçadeira (Fig. 15)
que envolveu todo o motor, foram soldados dois pedaços de barra roscada nas
laterais desta abraçadeira para que a mesma pudesse ficar fixa no eixo traseiro.
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Após a preparação da parte dianteira do carro (Fig. 17), o kit foi instalado
no seu eixo da parte dianteira.
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Feitas as ligações elétricas dos motores (Fig. 20), que irão erguer o carro
e fazer com que o mesmo possa se movimentar lateralmente apareceram
alguns problemas que serão descritos a seguir.
Após a ligação, foi feito o teste para que a parte traseira se erguesse, o
que não aconteceu, pois o dispositivo não suportou o peso do carro e os dis-
positivos pareciam não ter força para levantar as rodas, mesmo quando estes
tocavam o chão no ângulo correto, pois, com o protótipo, havia funcionado e
levantado o carro normalmente sem esforço aparente.
Foi constatado também problemas com a parte dianteira (Fig. 21) que
não foram observados no início do projeto, pois a parte da frente é mais baixa
que a parte traseira e os dispositivos foram feitos todos do mesmo tamanho.
Quando colocados na parte dianteira e esses acionados, a roda pegava no chão
e o ângulo de inclinação era pouco, fazendo com que esta também não levan-
tasse a parte dianteira que era bem mais leve.
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Após o evento, foi modificada a parte traseira (Fig. 25). Foi proposto
pelo professor Ricardo David, orientador do projeto, que fosse colocado um
suporte no eixo traseiro para que o motor que o faz levantar ficasse mais móvel,
aumentando assim sua força, o que não adiantou. Já o Coordenador do curso
de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, professor Henrique José da Silva, após
analisar o dispositivo, viu que o efeito alavanca que os dispositivos estavam
fazendo com que o carro pesasse quatro vezes mais. Foi, então, aumentada em
8 cm as extremidades da peça que é dobrada, fazendo assim com que o eixo
ficasse mais para baixo e deixando o efeito alavanca aceitável. O suporte que
foi feito para o motor ser fixado ficou muito grande, tirando a boa estética que
o kit possuía.’
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alavanca. Foram reduzidas também as partes centrais das peças dianteiras, por
terem ficado grandes, devido ao carro ser rebaixado.
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Figura 33 - Finalizado
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CONCLUSÃO
Conclui-se que um dispositivo feito a partir de um Projeto de Pesquisa,
pode ser construído a partir de materiais de fácil acesso e baixo custo. Também,
que o kit desenvolvido poderá ser desenvolvido para carros de passeios reais,
porém, com algumas adaptações: terá que ser utilizado motores com engrena-
gens de redução, ou mesmo motores lineares, para que estes motores possam
suportar o peso necessário. Da mesma forma, a parte de acionamento elétrico
poderá ser feita com controladores e reles, tornando o dispositivo de fácil
manuseio, bem como em um dispositivo que possa vir a ser comercializado.
A proposta inicial do projeto foi cumprida: apresentar uma solução
viável para se estacionar um carro lateralmente.
Ressalta-se aqui a ajuda dos colegas e professores, que permitiram
a confecção de um equipamento totalmente funcional, conforme a ideia
proposta.
REFERÊNCIAS
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2034. Disponível em: <http://www.anfavea.com.br/docs/06%2011%2014_PressRelease_Estu-
do_2034.pdf >. Acesso em: 14 out. 2015.
FERNANDES, Thomaz. Frota de carros cresce mais que a de motos na RMC. 2015: Disponível
em : <http://portal.tododia.uol.com.br/_conteudo/2015/04/cidades/72880-frota-de-carros-
-cresce-mais-que-a-de-motos-na-rmc.php>. Acesso em: 03 abr. 2015.
PIANEGONDA, Nátalia; 10 novembro 2014: Disponível em: <http://www.cnt.org.br/Paginas/
Agencia_noticia.aspx?noticia=mercado-setor-automotivo-anfavea-projecao-20-anos-2034>.
Acesso em 03 maio 2015.
PINTO, Ricardo. Automação de veículos abre caminho a maiores reduções de consu-
mo de combustível. 2011. Disponível em: <http://www.wikienergia.pt/~edp/index.
php?title=Automação_de_veiculos_abre_caminhos_a_maiores_reduções_de_consumo>.
Acesso em: 03 abr. 2015.
Rev. Des. e Tecnol., Franca, v. 2, n. 2, p. 129 - 144, ago./dez. 2015 ISSN 2358-1026
Este livro foi composto na tipologia
Myriad Pro Light SemiCondensed
em corpo 12/16.