FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE CARATINGA – FUNEC

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA – UNEC

NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD

INTRODUÇÃO A ENGENHARIA

Prof. M.Sc. Sanderson Dutra Rocha Gouvêa

ENGENHARIA
 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A ENGENHARIA UNEC / EAD
UNIDADE DE ENSINO:
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
Caros discentes,
Bem-vindos à Unidade de
Ensino INTRODUÇÃO A
ENGENHARIA!
A engenharia é sem
dúvidas, a área do conheci-
mento que se aponta como
uma das mais recorrentes na
busca por entender as gran-
des transformações ocorri-
das nas últimas décadas, traduzidas em grandes necessidades dos seres humanos,
em mudanças políticas e econômicas que influenciam diretamente no modo de vida
das pessoas.
Neste contexto, que se observa que a engenharia exerceu e continuará exer-
cendo papel de destaque na evolução da vida neste planeta, pois não existe setor da
cadeia de existência de vida que não dependa dos desenvolvimentos proporcionados
pela engenharia, o mundo está se transformado a uma velocidade bem maior do que
já se pensou, gerando assim, a necessidade do homem entender e compreender com
perspicácia os mecanismos que envolvem estas transformações.

O material direcionado aos discentes desta unidade de ensino, pretende es-

timular ao leitor a compreender criticamente os conceitos, os avanços e as grandes
questões que permeiam a área das engenharias.

Visando atender as necessidades dos discentes de diferentes áreas de for-

mação, esta unidade de ensino segue uma linha teórico-prático, apresentando de
forma objetiva, conceitos, ideias e teorias por meio de uma linguagem acessível e
uma visão teórica simplificada, com situações que convivemos no nosso cotidiano.

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CAPÍTULO I – A ENGENHARIA E O PROJETO DE ENGENHARIA

1.1 Da Técnica à Engenharia

Para atender suas necessidades materiais o homem só dispõe da natureza e

dela sempre se valeu. No início, o homem explorava a natureza através da coleta de
plantas, da caça e da pesca para atender suas necessidades alimentares e através
do uso do espaço físico para as suas necessidades de proteção. Fazendo uso de sua
inteligência, passou a “domar” ou dominar a natureza, através do uso de técnicas que
melhoravam sua condição de vida.
As primeiras técnicas nasceram, provavelmente, do instinto, do acaso ou da
imitação da natureza. A descoberta do fogo, e o seu uso (cozimento de alimentos,
iluminação, aquecimento), foram a primeira manifestação técnica da humanidade. Por
essa época nasceram também as técnicas de aproveitamento da pedra lascada para
a confecção de armas e utensílios.
Com a evolução, ao instinto juntou-se a criatividade e as técnicas se aprimora-
ram. São desse período o uso da pedra polida, agricultura, domesticação e criação de
animais, fabricação de vinhos e cervejas. A seguir, a descoberta de metais (bronze e
ferro foram os primeiros) ampliou a gama de recursos disponíveis para o bem-estar
do homem.
Essas técnicas eram consideradas então, dádivas divinas e, como tal, sua
transmissão só era permitida aos escolhidos. Foi com os gregos e suas téchne – saber
fazer humano – que o ensino das técnicas passou a ser feito também por leigos. Este
fato fez com que mais um elemento se incorporasse ao arsenal disponível ao desen-
volvimento das técnicas: a experiência.
Desta associação da criatividade com a experiência nasceu a engenharia. A
primeira referência do uso do termo “engenheiro” foi para designar aqueles que se
dedicavam ao invento dos “engenhos” de guerra. Esta forma de engenharia foi carac-
terizada como engenharia prática (baseada no invento).
A engenharia foi, assim, criada durante a revolução industrial no século XVIII,
para conduzir os processos de produção industrial através de ferramentas próprias

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visando a obtenção de mais e melhores produtos, redução de custos e melhoria da
qualidade.
Paralelamente crescia também o conhecimento no campo hoje denominado de
ciência. No princípio, a busca do conhecimento dos fenômenos naturais era voltada
para os aspectos filosóficos ou até mesmo religiosos. Com a evolução, o domínio do
conhecimento científico passou dos filósofos para os cientistas, o que o tornou mais
disponível para a sociedade.
Surgiu então a ciência aplicada, que tem como objeto buscar a solução de um
problema prático sem, no entanto, avaliar as implicações socioeconômicas da solu-
ção. A incorporação do conhecimento científico ao arsenal do engenheiro levou a en-
genharia a um patamar mais elevado, chegando ao que tem sido chamado de enge-
nharia teórica ou enge-
nharia moderna, cujo ali-
cerce está no tripé criativi-
dade – experiência – co-
nhecimento científico.
A qualidade é cada
vez mais uma exigência
do mercado, fomentando
empresas a atender me-
lhor do que a concorrên-
cia, para manter sua competitividade. Pode-se considerar a qualidade como a satis-
fação das exigências do cliente, além da ausência de falhas que impliquem em custos
de manutenção. É provável que essa qualidade não possa ser garantida se as deci-
sões para a execução do produto são tomadas pelo executor, podendo-se apenas
constatá-la.
No passado a seleção dos executores é que balizava a responsabilidade e a
qualidade do produto. Hoje, é claro, que a qualidade é resultante de um processo cujo
domínio está centrado na engenharia, de projeto e de produção.
“O papel do engenheiro dentro de uma sociedade mais justa e moderna é
fundamental. Um profissional criativo, empreendedor e voltado para os desa-
fios científico-tecnológicos, deve contribuir muito para a qualidade de vida dos
cidadãos. Para o setor produtivo industrial, também, o grande desafio atual
recai sobre o engenheiro, pois, nesta era de evolução tecnológica, antes de
tudo, os melhores produtos são as boas ideias.” (BAZZO, 1997).

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É incontestável que a engenharia moderna depende sim, cada vez mais, dos
conhecimentos científicos e dos desenvolvimentos tecnológicos, porém, jamais vai
prescindir do empirismo e principalmente de uma característica altamente desejável
para um bom desempenho profissional: a criatividade. Considerando-se a Engenharia
como uma das grandes áreas de atuação profissional, vem à tona, a grande respon-
sabilidade dessa formação.

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1) As primeiras técnicas nasceram, provavelmente, do instinto, do acaso ou da

imitação da natureza. Nessa época nasceram também as técnicas de aproveitamento
da pedra lascada para a confecção de armas e utensílios. Podemos dizer, portanto,
que a primeira manifestação técnica da humanidade foi:
a) A descoberta do cobre e seu uso.
b) A descoberta do fogo e seu uso.
c) A descoberta do ouro e seu uso.
d) A descoberta da roda e seu uso.

2) Quando foi criada a engenharia? E porquê?

a) Durante a revolução industrial no século XVIII, para conduzir os processos de pro-
dução industrial.
b) Durante a revolução francesa, para introduzir mecanismos próprios.
c) Durante a guerra de secessão, para conduzir doutrinas.
d) Durante a revolta da chibata, para punir a sociedade.

3) Segundo Bazzo (1997), “O papel do engenheiro dentro de uma sociedade mais

justa e moderna é fundamental. Um profissional criativo, empreendedor e voltado para
os desafios científico-tecnológicos, deve contribuir muito para a qualidade de vida dos
cidadãos. Para o setor produtivo industrial, também, o grande desafio atual recai sobre
o engenheiro, pois, nesta era de evolução tecnológica, antes de tudo, os melhores
produtos são as boas ideias.” No passado a seleção dos executores é que balizava a
responsabilidade e a qualidade do produto. E hoje a qualidade é resultante de um
processo cujo domínio está centrado:
a) Na engenharia elétrica e civil.
b) Na engenharia de projeto e de produção.
c) Na engenharia de qualidade e química.
d) Na engenharia de alimentos e petrolífera.

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