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TÉCNICO ELETROMECÂNICA

MEIO AMBIENTE
COMPUTADOR

ESCOLA TÉCNICA
ESCOLA TÉCNICAPROFISSIONALIZANTE
PROFISSIONALIZANTE

SOPHIE LINK
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TÉCNICO EM ELETROMECÂNICA
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SUMÁRIO

1. PLANO DE ENSINO. ............................................................................. 3

2. BREVE HISTÓRICO .............................................................................. 4

3. ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS ............................................. 7

4. O MEIO AMBIENTE HOJE E AMANHÃ.............................................. 10

5. O LIXO: PROBLEMAS E SOLUÇÕES................................................ 16

6. RECICLAGEM DO LIXO ..................................................................... 22

7. COLETA SELETIVA ............................................................................ 36

8. EFEITO ESTUFA ................................................................................. 43

9. SUSTENTABILIDADE ......................................................................... 45

ANEXOS ..................................................................................................... 51

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1. PLANO DE ENSINO.

CARGA HORÁRIA/ PERÍODO: 30 horas

HABILIDADES

Aquisição de conhecimentos das relações homem-natureza, ecossistemas,


recursos e preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e temas que
permeiam a dimensão ambiental.

COMPETÊNCIAS

Identificação do papel social responsável pela preservação do meio


ambiente como cidadão e no exercício de atividade profissional

EMENTA

✓ Breve histórico
✓ Aspectos e impactos ambientais
✓ Meio ambiente hoje e amanha
✓ Reciclagem; coleta seletiva; sustentabilidade

OBJETIVOS

Proporcionar conhecimentos básicos aos alunos, de forma que eles possam


exercer suas atividades profissionais de maneira sustentável e consciente.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

✓ Aulas Expositivas com uso de recursos tradicionais e multimídia (quadro


branco, data show e computador);
✓ Demonstrações em sala de aula utilizando vídeos, diagramas, manuais de
serviço e recursos didáticos (apresentações em Power Point) a fim de
aprofundamento do conteúdo.

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2. BREVE HISTÓRICO

No início da civilização, os povos viviam em um meio ambiente perfeitamente


equilibrado, caçavam bichos e colhiam frutos para comer, bebiam a água dos rios e
das fontes. Havia um equilíbrio ambiental. Quando a caça e os vegetais começavam
a escassear, as tribos mudavam de lugar, e a região ocupada anteriormente podia se
renovar.
Porém, a população foi aumentando, e o homem, que não para de inventar e
descobrir coisas, foi utilizando cada vez mais recursos da natureza para melhorar sua
condição de vida.
A formação das primeiras cidades deu início a um problema que só tem se
agravado: o acúmulo de resíduos (são restos, todo e qualquer tipo de lixo). A partir do
século XIX, as condições de vida nas cidades sofreram desequilíbrios causados por
diversos fatores, como, por exemplo, o aumento populacional, migrações do campo e
crescimento industrial. A melhoria das condições sanitárias e o aparecimento de
novos remédios prolongaram a vida da população. Campos abandonados
modificaram climas.
Nas áreas cultivadas com monocultura, as plantas concorrentes passaram a
ser combatidos como ervas daninhas, e os animais, consumidores naturais daquelas
plantações, passaram a ser destruídos como pragas da lavoura. O crescimento do
número de indústrias, sem qualquer controle sobre a poluição, começou a gerar
resíduos em quantidade cada vez maior.
A natureza demora cada vez mais para decompor os resíduos produzidos pela
enorme quantidade de produtos. Há materiais novos, como o plástico, que
praticamente não se decompõem ou o faz muito lentamente. Ao mesmo tempo, a
quantidade de materiais que pode ser assimilada pela natureza, como papel, aço e
materiais orgânicos, está sendo acumulada numa velocidade maior do que o tempo
que a natureza necessita para decompô-la.
Meio ambiente, ou simplesmente ambiente, é tudo aquilo que rodeia os seres
vivos, tudo o que podemos perceber ao nosso redor; são todas as realidades físicas
que nos cercam. Assim, o globo terrestre é formado por uma grande quantidade de
meios ambientes onde todos nós vivemos, onde homens, animais e plantas coexistem.

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O meio ambiente é constituído por água, terra, ar, vegetais, seres humanos e
animais. Por exemplo, um jardim pode ser o meio ambiente de uma formiga. O meio
ambiente de um animal selvagem é a selva; o meio ambiente de uma vaca é a
fazenda; e o nosso meio ambiente, além da nossa casa, é a cidade onde vivemos.

O complexo desafio da sustentabilidade

A problemática da sustentabilidade assume, neste final de século, um papel


central na reflexão em torno das dimensões do desenvolvimento e das alternativas
que se configuram.
O quadro socioambiental que caracteriza as sociedades contemporâneas
revela que o impacto dos humanos sobre o meio ambiente estão se tornando cada
vez mais complexos, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos. O conceito de
desenvolvimento sustentável surge para enfrentar a crise ecológica, sendo que, pelo
menos, duas correntes alimentaram esse processo.
A primeira tem relação com aquelas correntes que desde a economia
influenciaram mudanças nas abordagens do desenvolvimento econômico,
notadamente a partir dos anos 70. Um exemplo dessa linha de pensamento é o
trabalho do Clube de Roma, publicado sob o título de Limites do crescimento, em 1972,
que propõe, de forma catastrofista, para se alcançar a estabilidade econômica e
ecológica, o congelamento do crescimento da população global e do capital industrial,
mostrando a realidade dos recursos limitados e indicando um forte viés para o controle
demográfico.
A segunda está relacionada com a crítica ambientalista ao modo de vida
contemporâneo, que se difundiu a partir da Conferência de Estocolmo em 1972,
quando a questão ambiental ganha visibilidade pública. Assim, o que se observa é
que a ideia ou enfoque do desenvolvimento sustentável adquire relevância num curto
espaço de tempo, assumindo um caráter diretivo nos debates sobre os rumos do
desenvolvimento.
Em 1973, Maurice Strong utilizou pela primeira vez o conceito de eco
desenvolvimento para caracterizar uma concepção alternativa de política de
desenvolvimento. (Brusecke, 1996) Os princípios básicos foram formulados por

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Ignacy Sachs (1993), tendo como pressuposto a existência de cinco dimensões do


eco desenvolvimento, a saber:
• sustentabilidade social,
• sustentabilidade econômica,
• sustentabilidade ecológica,
• sustentabilidade espacial e
• sustentabilidade cultural, introduzindo um importante dimensionamento
da sua complexidade.
Esses princípios articulam-se com as teorias de autodeterminação que
estavam sendo defendidas pelos países não-alinhados desde a década de 60.
a partir de 1960, os governos e as organizações preocupadas com o meio
ambiente, no mundo inteiro, começaram a perceber que, para garantir o futuro do
planeta, é necessário controlar e, principalmente, reduzir a poluição.
Em 1972, as Nações Unidas prepararam uma conferência internacional, em
Estocolmo, Suécia, para debater os problemas do meio ambiente. O resultado da
conferência foi a constatação de que os países ricos e os países pobres não podem
tratar os problemas ambientais da mesma maneira, pois os países ricos em geral
preservam sua natureza, explorando a dos países pobres. Nessa conferência,
proclamaram-se os seguintes princípios, entre outros, relacionados à qualidade de
vida do ser humano (do livro O outro lado do meio ambiente, de José de Ávila Aguiar
Coimbra):
Nós podemos ajudar a melhorar nosso meio ambiente no dia-a-dia, por
exemplo, comprando produtos e adquirindo aqueles cujas embalagens sejam
recicláveis, e usando o verso das folhas de papel para rascunho. A maior parte do lixo
das casas é constituída por restos de comida que podem ser transformados em
alimento para animais ou em adubo.
Devemos diminuir os desperdícios de todas as maneiras. Assim como cuidamos de
nossa saúde, para que tenhamos uma vida mais longa e saudável, devemos fazer os materiais
terem um ciclo de vida maior. Se cada um fizer sua pequena parte a favor do meio ambiente,
diminuindo resíduos, separando as embalagens e os materiais recicláveis, o mundo, aos
poucos, irá melhorar.

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3. ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

A avaliação das consequências ou interações das atividades de determinada


empresa ou indústria sobre o meio ambiente é uma forma de evitar que acidentes
ambientais ocorram e de se buscar a melhoria do processo de forma a minimizar os
impactos sobre o meio ambiente, além de constituir um item fundamental para as
empresas que buscam a certificação da série ISO14001 para seu sistema de gestão
ambiental.
Para que tal avaliação ocorra é necessário fazer um levantamento do que
chamamos de “aspectos” e “impactos” ambientais das atividades da empresa/indústria.
O “aspecto” é definido pela NBR ISO14001 como “... elementos das
atividades, produtos e serviços de uma organização que podem interagir com o meio
ambiente”. O aspecto tanto pode ser uma máquina ou equipamento como uma
atividade executada por ela ou por alguém que produzam (ou possam produzir) algum
efeito sobre o meio ambiente. Chamamos de “aspecto ambiental significativo” àquele
aspecto que tem um impacto ambiental significativo.

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O impacto ambiental segundo a definição trazida pela Resolução n.º 001/86


do CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente), Artigo 1º é “... qualquer
alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada
por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que,
direta ou indiretamente, afetam:
I - A saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II - As atividades sociais e econômicas;
III - A biota;
IV - As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V - A qualidade dos recursos ambientais.
” Ou seja, “impactos ambientais” podem ser definidos como qualquer
alteração (efeito) causada (ou que pode ser causada) no meio ambiente pelas
atividades da empresa quer seja esta alteração benéfica ou não.
Esta definição também é trazida na NBR ISO14001 (requisito 3.4.1), onde o
impacto ambiental é definido como: “qualquer modificação do meio ambiente, adversa
ou benéfica, que resulte no todo ou em parte, das atividades, produtos ou serviços de
uma organização”.
Desta forma, podemos classificar os impactos ambientais em: adversos,
quando trazem alguma alteração negativa para o meio; e benéficos, quando trazem
alterações positivas para o meio (aqui, entenda-se “meio” como a circunvizinhança da
empresa/indústria, incluindo o meio físico, biótico e social).
São considerados impactos ambientais significativos àqueles que por algum
motivo são considerados graves pela empresa de acordo com sua possibilidade de
ocorrência, visibilidade, abrangência e/ou outros critérios que a empresa/indústria
pode definir.
O mundo vive uma crise ambiental, que tem como principais componentes a
população, os recursos naturais e a poluição. Ela se deve, principalmente, a
sequência de fatos a seguir:

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O problema da dinâmica de crescimento e consumo que vimos na página


anterior é que o planeta Terra possui recursos naturais finitos, bem como capacidade
limitada para assimilar resíduos. Dentro desta perspectiva, cabe questionar: até
quando os recursos naturais serão suficientes para sustentar a população? Qual a
capacidade de suporte do planeta?
O nível de qualidade de vida no planeta depende do equilíbrio entre os três
elementos: população, recursos naturais e poluição. Como atingir esse equilíbrio?
Qual é o papel do engenheiro para o sucesso deste grande desafio?

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4. O MEIO AMBIENTE HOJE E AMANHÃ

Principais problemas

✓ Poluição da água

A água, esse líquido que não pode faltar. A água está amplamente distribuída
na natureza. Ela se encontra em estado líquido nos mares, oceanos, rios, lagos e
lençóis subterrâneos. É a porção do globo terrestre denominada hidrosfera. Na
atmosfera, está sob a forma gasosa. A água está presente também, em estado sólido,
no gelo e na neve. Nas nuvens, a água está sob a forma de vapor, que se transforma
em gotas quando chove. A água é vital para as plantas, para os animais e para os
seres humanos.
Nosso organismo contém cerca de 70% de água, que faz parte das células. A
água está presente nos músculos, nos órgãos, no sangue e até mesmo nos ossos.
Os vegetais retiram a água do solo e, junto com ela, nutrientes como sais
minerais de ferro, de nitrogênio, de cálcio, de magnésio e de potássio. A água está
classificada em água doce, água mineral, água salgada, água dura e água potável.
A poluição da água ocorre de várias formas: por meio de dejetos humanos ou
animais, esgotos domésticos, efluentes industriais, defensivos agrícolas, sabões,
detergentes etc.
Os esgotos domésticos e os efluentes (são resíduos líquidos) industriais
contêm micróbios, bactérias e outros elementos tóxicos. Quando lançados
diretamente nos mares e nos rios, poluem a água, contaminando-a.
As pessoas, individualmente, também poluem a água, jogando lixo e outros
detritos diretamente nas fontes e rios ou mesmo nas represas que reservam a água
potável.

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Há, ainda, os microrganismos que vivem na água. Quanto maior for a


quantidade de matéria orgânica lançada na água, maior será o número de
microrganismos que aí se desenvolverão. Esses microrganismos respiram,
consumindo o oxigênio dissolvido na água. A água pobre em oxigênio dissolvido
causa a morte, por asfixia, de peixes e outros animais aquáticos.
O que você acabou de ler explica por que nosso peixe morreu. Ele morreu
porque viveu nos rios, represas ou lagos poluídos por esgotos domésticos ou
industriais, ou ainda, pelo excesso de defensivos agrícolas usados nas plantações
próximas ao rio onde ele morava.
No alto-mar, o peixe morreu por causa do vazamento de petróleo de um navio.
O petróleo impediu que ele respirasse. No aquário, morreu pelo excesso de ração que
alguém jogou, o que ocasionou um aumento dos microrganismos que vivem na água.
Mas, o que poderia ser feito para evitar isso? Não jogar lixo e outros detritos
diretamente na água e não permitir que os efluentes domésticos e industriais sejam
despejados nos rios ou no mar sem antes passarem por uma estação de tratamento.
A água poluída precisa ser tratada. É sobre isso que vamos falar agora.

Imagem 1 – poluição do rio por resíduos plásticos e lixos diversos

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Oceanos, rios e lagos, estão profundamente poluídos, principalmente os que


ficam nas regiões industrializadas. Muitos são os agentes que causam essa poluição,
dentre eles, podemos destacar: o mercúrio (utilizado pelos garimpeiros), agrotóxicos
agrícolas, esgotos residenciais e industriais, chuvas ácidas, materiais sintéticos e o
óleo despejado pelos navios. As consequências para a fauna, a flora, os seres
humanos e principalmente o meio ambiente são trágicas.

Imagem 2 - Mudança de Atitude

Escovar os dentes, tomar um banho ou usar o vaso sanitário sem critério,


causa desperdício de água; utilizar meio de transporte motorizado, causa poluição do
ar, descartar lixo, pontas de cigarro, óleo de cozinha, dejetos de animais domésticos
em ruas, praças, parques, etc., causa poluição do solo, água e ar; então, se
verificarmos o dia a dia de cada cidadão, numa cidade de milhões de habitantes, o
impacto que cada um gera ao meio ambiente pode causar desequilíbrio local e global.
Como a água não se multiplica, isto é, não nasce água, ela precisa ser tratada
para poder ser reutilizada. Há três tipos básicos de tratamento de água.
• Tratamento das águas naturais captadas e canalizadas de fontes e rios
para o consumo nas cidades.
• Tratamento de efluentes industriais, isto é, resíduos líquidos, originados
dos processos industriais.
• Tratamento de efluentes domésticos recolhidos dos esgotos e fossas
sépticas.

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A água dissolve a maioria das substâncias, em particular os minerais. Não é


de estranhar que um solvente tão eficaz quase sempre contenha impurezas.
Após a captação, a água é distribuída nas cidades, por uma rede de
encanamentos, reservatórios, bombas, válvulas e caixas-d’água. Em todas as cidades
são construídas uma ou mais estações de tratamento de água (ETA) que a purificam
antes da distribuição e do consumo.

Figura 1 – sistema de tratamento de água e distribuição

Uma ETA se compõe, basicamente, de:


Tanques de decantação, onde as impurezas sedimentam;
Uma unidade de filtração, com um ou mais filtros formados por camadas de
pedregulho, diversos tipos de areia e carvão ativado;
Uma unidade de mistura e desinfecção;
Reservatórios, onde fica a água limpa, própria para consumo.

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A água potável também deve ser purificada domesticamente. A purificação


caseira da água pode ser feita:
• Com filtro de vela ou filtro de ozônio;
• Com a fervura da água;
• Com a adição de substâncias químicas que não são caras nem nocivas,
como solução de hipoclorito de sódio ou de permanganato de potássio.

Tratamento de efluentes industriais

Os efluentes industriais são tratados em estações de tratamento de efluentes


(ETE). Essas estações possuem unidades específicas para cada tipo de efluente a
ser tratado. Não há um sistema único, modelo, para o tratamento desses efluentes,
uma vez que a construção de uma ETE depende da natureza do efluente. Porém, as
seguintes operações básicas são praticadas na maioria das estações, com algumas
variações:
Gradeamento e peneiramento: os materiais sólidos, como pedaços de metal
e outros resíduos, ficam retidos nas grades. As partículas que não foram retidas no
gradeamento ficam retidas nas peneiras. Esse material é então removido manual ou
mecanicamente.
Desarenação: nessa etapa, depois de algum tempo, é separado o restante
dos resíduos sólidos. Os resíduos mais pesados vão para o fundo do tanque,
formando uma espécie de lodo, e os mais leves flutuam na superfície. Os resíduos
que ficaram no fundo são retirados e depositados em aterros sanitários.
Separação de óleos e graxas: nesse tanque, após algum tempo, os óleos e
graxas, por serem menos densos do que a água sobe à superfície, formando uma
camada chamada escuma.
Equalização: nos tanques de equalização, a água é homogeneizada, isto é,
movimentada por meio de agitadores eletromecânicos.

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Depois disso, o líquido passa por ajuste de pH, ou seja, tem seu nível de acidez
corrigido e fica em repouso novamente, para que os últimos resíduos se depositem
no fundo do tanque, ou subam à superfície. Os resíduos são retirados e é feita outra
correção do pH da água.
Essa água, depois de tratada, pode ser reutilizada na própria indústria.

Tratamento de efluentes domésticos

Esse tratamento pode ser feito de dois modos principais: com lodo ativado ou
com filtros biológicos.
Lodo ativado: é uma massa de microrganismos que se alimenta das
impurezas contidas na água. Essa massa é colocada num tanque de água poluída.
A água é agitada por meio de aeradores, para manter o nível de oxigênio; os
microrganismos consomem os resíduos, e vão se multiplicando. O tempo de
permanência é estabelecido pelos técnicos, de acordo com o tipo e a concentração
de resíduos existentes na água. Depois desse tempo, o lodo é retirado e a água vai
para outro tanque, onde fica em repouso. Esse processo possibilita a remoção de até
95% dos resíduos, tornando os efluentes mais limpos do que na maioria dos outros
processos.
Filtros biológicos: são tanques cheios de cascalho, que contêm
microrganismos semelhantes aos do lodo ativado. O esgoto é despejado de maneira
lenta e uniforme sobre o cascalho, formando uma camada fina. Os microrganismos se
alimentam dos detritos, limpando o líquido do esgoto. Esse processo elimina de 80%
a 90% das impurezas contidas na água.
Os efluentes tratados devem ser objeto de análises microbiológicas químicas
e físico-químicas em laboratório confiável, para verificar a eficiência do tratamento e
se foram obedecidas as normas nacionais e locais de despejo de efluentes.
O lodo retido em cada processo de tratamento deve ser desidratado e seco
em filtros-prensa, filtros de banda contínua, filtros a vácuo ou em leitos de secagem
ao ar livre. Esse lodo forma um resíduo que, de acordo com sua composição e origem,
pode ser utilizado como fertilizante (resíduos de esgotos domésticos), colocado em

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aterros controlados, ser incinerado ou, ainda, ser utilizado em processos de


reciclagem e incorporado a outros materiais.

5. O LIXO: PROBLEMAS E SOLUÇÕES

O que é lixo?

Imagem 3 – lixo residencial em local inapropriado

Antes da definição do que é lixo. Faço-lhes 3 perguntas:

- O que é lixo pra você?


- Em que momento um produto se torna lixo?
- Você sabia que quem decide isso é você?

O lixo é sem dúvidas um dos maiores problemas sociais da atualidade. Cólera,


disenteria, febre tifoide, filariose, giardíase, leishmaniose, leptospirose, peste
bubônica, salmonelas são apenas algumas das doenças relacionadas ao lixo
doméstico. Além disso, a destinação inadequada pode causar poluição dos
mananciais, contaminação do ar, assoreamentos, presença de vetores. Da mesma

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forma a presença de aves pode causar colisão com aviões, problemas estéticos e de
odor e Problemas sociais.
Enfim:
O que é lixo?
Como é feita a coleta de lixo?
Por que é importante separar o lixo?
Como se faz a separação do lixo?
Porque a reciclagem é importante para o meio ambiente?

A quantidade de lixo produzido diariamente no mundo é um dos mais sérios


problemas da sociedade humana. A mudança da cultura de subsistência para a
cultura intensiva e industrial, aliada ao aumento da expectativa de vida das
populações e à explosão demográfica, intensificou de forma descontrolada o consumo
de produtos.
Os hábitos de consumo da sociedade lideram a lista dos principais indutores
da degradação ambiental. A indústria produz cada vez mais itens para atender a
demanda da sociedade consumidora, o que implica em uma maior produção de
embalagens e gasto de energia.
Não é apenas o consumo desenfreado que gera uma grande quantidade de
lixo: toda atividade humana gera detritos de alguma maneira, sejam eles orgânicos ou
sólidos. Para complicar a situação, vale ter em mente que práticas simples e
desejáveis — como a separação do lixo e encaminhamento para reciclagem e
descarte inteligente por parte das empresas — ainda estão longe de fazer parte da
rotina diária.
Em geral, todo o lixo produzido por um cidadão comum acaba indo parar nos
lixões, o que contribui para o aumento da poluição e leva à ocorrência de alagamentos
e diversos outros problemas que afetam milhares de vida e espalham doenças. Além
disso, o descarte inadequado é responsável pela morte de milhões de animais, entre
peixes e pássaros.

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Em 2012, apenas no Brasil foram produzidas 64 milhões de toneladas de


resíduos, dos quais 24 milhões de toneladas foram descartadas de forma inadequada.
No mesmo ano, a estimativa era de que cada brasileiro gerasse, em média, 383 kg de
lixo ao longo dos 365 dias. Só a cidade de São Paulo, a maior do país, produz 56 mil
toneladas de lixo diariamente.
Estima-se que o Brasil produza, a cada 24 horas, 250 mil toneladas de lixo. O
dado mais alarmante é que em 20 anos, entre 1982 e 2012, dobrou a quantidade de
lixo gerado por pessoa. São números impressionantes, que refletem o quanto o ser
humano precisa reciclar a si próprio, reformando seus hábitos, suas atitudes e sua
visão de mundo, tendo em vista a perenidade do planeta e da própria espécie.
Destino do lixo brasileiro:
- aterros sanitários (53%) - compostagem e reciclagem (2%)
- aterros controlados (23%) - outros destinos (2%)
- lixões (20%)

Enfim, O que é lixo?

O conceito de lixo está ligado a um produto que foi descartado e que não tem
valor nenhum. A ideia é que o lixo seja descartado e de preferência não tenhamos
mais contatos com ele. Portanto, as causas do lixo é puramente uma ação humana
de descarte de um produto. Se você observar bem, na natureza o ser humano é o
único animal que produz lixo.
Remediação de lixões
Tratamento de Resíduos Sólidos
O mercado de Resíduos Sólidos
Em uma linguagem mais técnica, Lixo que pode ser reaproveitado de alguma
forma, passa a se chamar resíduo sólido. O que não pode ser aproveitado se chama
então de rejeito.
O setor de lixo no Brasil é regulamentado pela Política Nacional de Resíduos
Sólidos, que define esses conceitos. Para elaborar essa lei foi feito um trabalho sobre
o lixo de mais de 21 anos até ser aprovada. A Lei 12.305/2010 instituiu a Política
Nacional de Resíduos Sólidos e foi um marco no setor.

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No Brasil, quase todo o lixo ainda é jogado em lixões. O quadro abaixo mostra
os principais destinos do lixo no Brasil.

Figura 2 - O que acontece com o lixo no brasil?

Veremos alguns exemplos.

• Lixões: são terrenos comuns, onde o lixo é depositado diariamente a


céu aberto, o que provoca contaminação da água, do solo e do ar.
A decomposição do lixo produz um líquido negro, altamente poluente chamado
"chorume", que penetra no solo e atinge as águas subterrâneas, contaminando as
minas e fontes. A decomposição também provoca a proliferação de animais
transmissores de inúmeras doenças, como ratos, baratas, moscas e mosquitos. O
solo contaminado torna-se improdutivo, além de ser um desperdício a ocupação de
grandes terrenos com lixo.

Imagem 4 - Lixão a céu aberto

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• Aterros sanitários: são áreas escolhidas com critério, geralmente


terrenos não produtivos e que não estão localizados em áreas de preservação
ambiental. O fundo do aterro deve ser preparado com camadas plastificadas
resistentes, prevendo o escoamento do "chorume" e o seu tratamento. É uma obra de
engenharia complexa, executada com todos os critérios técnicos, de acordo com a
legislação antipoluição vigente.
Nos aterros sanitários, o lixo é disposto em camadas, cobertas com terra ou
argila e compactadas por tratores de esteiras. Após algum tempo, esse lixo é
parcialmente decomposto pelos microrganismos que se alimentam dele. Os resíduos
de lixo vão se acumulando, até lotar a capacidade do terreno.

Imagem 5 - Aterro sanitário controlado

• Usinas de tratamento: nessas usinas, o lixo não é acumulado. Ao


chegar, o lixo é espalhado em esteiras móveis, para que os materiais recicláveis
possam ser separados, como vidros, papéis, metais, plásticos etc., e vendidos às
indústrias de reciclagem. O lixo restante é colocado em grandes reatores chamados
biodigestores. Por meio da ação dos microrganismos, o lixo se transforma em um
composto orgânico que pode ser usado como adubo ou como componente de rações
para animais. O lixo residual que porventura sobrar é levado para um aterro sanitário.

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Imagem 6 - Usina de tratamento de lixo

• Incineração: o lixo incinerado é proveniente de hospitais, clínicas


veterinárias, materiais tóxicos etc. Os gases contidos na fumaça do lixo queimado
podem ser poluentes, se não forem corretamente tratados.

Imagem 7 - Incineração de lixo

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6. RECICLAGEM DO LIXO

Para podermos aumentar a vida útil dos aterros, precisamos aprender a


reutilizar e a reciclar parte do lixo. Separar vidros, papéis, plásticos etc. são lucrativos,
pois você pode vendê-los ou, se quiser doá-los para entidades assistenciais. Pode
também participar da coleta seletiva de lixo da prefeitura, jogando os papéis, os
plásticos e os vidros nos coletores apropriados, espalhados pela cidade.
será que você está colaborando para diminuir o lixo na sua cidade? Que
sugestões você faria para um programa de melhor aproveitamento do lixo? Vamos
conhecer os processos de reciclagem de alguns produtos mais comuns.

Papel

O papel é um dos produtos mais utilizados nas tarefas do cotidiano. Quando


não está sendo mais utilizado, pode passar por um processo de reciclagem que
garante seu reaproveitamento na produção do papel reciclado.
O papel reciclado tem praticamente todas as características do papel comum,
porém sua cor pode variar de acordo com o papel utilizado no processo de reciclagem.

Importância

A reciclagem do papel é de extrema importância para o meio ambiente. Como


sabemos, o papel é produzido através da celulose de determinados tipos de árvores.
Quando reciclamos o papel ou compramos papel reciclado estamos
contribuindo com o meio ambiente, pois árvores deixaram de ser cortadas. Não
podemos esquecer também, que a reciclagem de papel gera renda para milhares de
pessoas no Brasil que atuam, principalmente, em cooperativas de catadores e
recicladores de papel.
Uma das etapas mais importantes no processo de reciclagem de papel é a
separação e coleta seletiva do papel. Nas empresas, condomínios e outros locais
existem espaços destinados ao descarte de papel.

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Tipos de papéis recicláveis

Tipos de papel que podem ser reciclados: papel sulfite, papelão, caixas de
embalagens de produtos, papel de presente, folhas de caderno, entre outros.
Como fazer papel reciclado em casa (reciclagem caseira)

Materiais:

- papel e água - jornal ou feltro


- bacias: rasa e funda - pano (ex.: morim)
- balde - esponjas ou trapos
- moldura de madeira com tela - varal e pregadores
de nylon ou peneira reta - prensa ou duas tábuas de madeira
- moldura de madeira vazada - peneira côncava (com "barriga")
(sem tela) - mesa
- liquidificador

Figura 3 - Preparo como reciclar papel

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A - Preparando a polpa - Pique o papel e deixe de molho durante um dia ou


uma noite na bacia rasa, para amolecer. Coloque água e papel no liquidificador, na
proporção de três partes de água para uma de papel. Bata por dez segundos e
desligue. Espere um minuto e bata novamente por mais dez segundos. A polpa está
pronta.
B - Fazendo o papel - Despeje a polpa numa bacia grande, maior que a
moldura.
Coloque a moldura vazada sobre a moldura com tela. Mergulhe a moldura
verticalmente e deite-a no fundo da bacia.
Suspenda-as ainda na posição horizontal, bem devagar, de modo que a
polpa fique depositada na tela. Espere o excesso de água escorrer para dentro da
bacia e retire cuidadosamente a moldura vazada.
Vire a moldura com a polpa para baixo, sobre um jornal ou pano.
Tire o excesso de água com uma esponja.
Levante a moldura, deixando a folha de papel artesanal ainda úmida
sobre o jornal ou morim.
C- Prensando as folhas - Para que suas folhas de papel artesanal sequem
mais rápido e o entrelaçamento das fibras seja mais firme, faça pilhas com o jornal
da seguinte forma:
Empilhe três folhas do jornal com papel artesanal. Intercale com seis
folhas de jornal ou um pedaço de feltro e coloque mais três folhas do jornal com
papel. Continue até formar uma pilha de 12 folhas de papel artesanal.
Coloque a pilha de folhas na prensa por 15 minutos. Se não tiver prensa,
ponha a pilha de folhas no chão e pressione com um pedaço de madeira.
Pendure as folhas de jornal com o papel artesanal no varal até que
sequem completamente. Retire cada folha de papel do jornal ou morim e faça uma
pilha com elas. Coloque esta pilha na prensa por 8 horas ou dentro de um livro
pesado por uma semana.

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D- Efeitos decorativos - Misture à polpa: linha, gaze, fio de lã, casca de


cebola ou casca de alho, chá em saquinho, pétalas de flores e outras fibras.
Bata no liquidificador junto com o papel picado: papel de presente, casca
de cebola ou de alho.
Coloque sobre a folha ainda molhada: barbante, pedaços de cartolina,
pano de tricô ou crochê. Neste caso, a secagem será natural - não é necessário
pressionar com o pedaço de madeira.
Para ter papel colorido: bata papel crepom com água no liquidificador e
junte essa mistura à polpa. Outra opção é adicionar guache ou anilina diretamente à
polpa.

Dicas importantes

A tela de nylon deve ficar bem esticada, presa à moldura por tachinhas ou
grampos.
Reutilize a água que ficar na bacia para bater mais papel no liquidificador
Conserve a polpa que sobrar: peneire e esprema com um pano. Guarde,
ainda molhada (em pote plástico no congelador) ou seca (em saco de algodão).
A polpa deve ser ainda conservada em temperatura ambiente

Vidro

O vidro é um dos produtos mais utilizados nas tarefas do dia a dia. Ao ser
descartado por pessoas e empresas, pode passar por um processo de reciclagem,
que garante seu reaproveitamento.
O vidro reciclado tem praticamente todas as características do vidro comum.
Ele pode ser reciclado muitas vezes sem perder suas características e qualidade.

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Importância

A reciclagem do vidro é de extrema importância para o meio ambiente.


Quando reciclamos o vidro ou compramos vidro reciclado, estamos contribuindo com
o meio ambiente, pois este material deixa de ir para os aterros sanitários ou para a
natureza (rios, lagos, solo, matas). Não podemos esquecer também que a reciclagem
de vidro gera renda para milhares de pessoas no Brasil que atuam, principalmente,
em cooperativas de catadores e recicladores de vidro e outros materiais reciclados.

figura 4 - Comparação entre a vantagem da reciclagem do vidro

Uma das etapas mais importantes no processo de reciclagem de vidro é a


separação e coleta seletiva do vidro. Nas empresas, condomínios e outros locais
existem espaços destinados ao descarte de vidro. A coleta seletiva.
Separação no processo de reciclagem - Uma das primeiras etapas no
processo de reciclagem do vidro é sua separação por cores (âmbar, verde, translúcido
e azul) e tipos (lisos, ondulados, vidros de janelas, de copos, etc). Esta separação é
de extrema importância para a fabricação de novos objetos de vidro, pois garante suas
características e qualidades.

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Tipos de vidros recicláveis

• Garrafas de sucos, refrigerantes, cervejas e outros tipos de bebidas


• Potes de alimentos
• Cacos de vidros
• Frascos de remédios
• Frascos de perfumes
• Vidros planos e lisos
• Para-brisas
• Vidros de janelas
• Pratos, tigelas e copos de vidros.

Metal

Os metais têm sido utilizados pelo homem desde a Idade do Ferro, na


confecção de armas e ferramentas. A partir do final do século XIX, iniciou-se a
fabricação de embalagens para conservar alimentos, feitas de ligas metálicas como
folha-de-flandres, aço e alumínio.
Ele é obtido do beneficiamento siderúrgico do ferro-gusa com adição de
metais diversos para a produção de ligas especiais. O Brasil é o segundo maior
produtor mundial de minério de ferro, e o sexto maior produtor de aço, mas essa
produção não é suficiente para suprir nossas necessidades internas. Por isso, o Brasil
gasta muito dinheiro com importação de sucata de ferro. E as reservas de minério de
ferro do planeta podem suprir o consumo só por pouco mais de um século.
Encontramos embalagens de metais, fios e outros produtos metálicos em
diversos produtos. Ao ser descartado por pessoas e empresas, pode passar por um
processo de reciclagem que garante seu reaproveitamento na produção do metal
reciclado. O metal reciclado tem praticamente todas as características do metal
comum. Ele pode ser reciclado muitas vezes sem perder suas características e
qualidade. O alumínio, por exemplo, pode ser usado sem limites. O aço após ser
reciclado volta para a cadeia produtiva para ser transformado em latas e peças
automotivas, por exemplo.

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Importância da reciclagem

A reciclagem do metal é de extrema importância para o meio ambiente.


Quando reciclamos o metal ou compramos metal reciclado estamos contribuindo com
o meio ambiente, pois este material deixa de ir para os aterros sanitários ou para a
natureza (rios, lagos, solo, matas). Não podemos esquecer também, que a reciclagem
de metal gera renda para milhares de pessoas no Brasil que atuam, principalmente,
em cooperativas de catadores e recicladores de metal e outros materiais reciclados.
O metal tem um alto valor para a reciclagem.
Uma das etapas mais importantes no processo de reciclagem de metal é a
separação e coleta seletiva do metal. Nas empresas, residências e outros locais
existem espaços destinados ao descarte de metal.
Na primeira fase do processo de reciclagem de metal, os mesmos são
separados por tipos e características. Desta forma, alumínio, cobre, aço e ferro
passam por processos de reciclagem diferentes.

Tipos de metais recicláveis

- Latas de alumínio (refrigerante, cerveja, etc.) e aço (latas de sardinha, molhos, óleo,
etc.).
- Arames, pregos e parafusos.
- Fios de metal
- Tampas de metal
- Tubos de pasta
- Panelas sem cabo
- Arames
- Chapas de metal
- Objetos de alumínio (janelas, portas, portões, etc.).
- Fios e objetos de cobre
- Ferragens

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- Canos de metal
- Molduras de quadros
- Tampinhas de garrafa
- Ferramentas de metal
- Retalhos de folhas de flandres
- Tampas metálicas de potes de iogurtes, margarinas, queijos, etc.
- Papel alumínio

Você sabia?

- No Brasil, 49% das latas de aço são recicladas, voltando para a cadeia
produtiva (dado relativo ao ano de 2017 - estimativa).

Plástico

Plásticos são materiais formados pela união de grandes cadeias moleculares


chamadas polímeros, que, por sua vez, são formadas por moléculas menores,
chamadas monômeros.
Os plásticos são produzidos através de um processo químico chamado
polimerização, que proporciona a união química de monômeros para formar polímeros.
Os polímeros podem ser naturais ou sintéticos. Os naturais, tais como algodão,
madeira, cabelos, chifre de boi, látex, entre outros, são comuns em plantas e animais.
Os sintéticos, tais como os plásticos, são obtidos pelo homem através de reações
químicas.
O tamanho e estrutura da molécula do polímero determinam as propriedades
do material plástico.
A matéria-prima dos plásticos é o petróleo. Este é formado por uma complexa
mistura de compostos. Pelo fato de estes compostos possuírem diferentes
temperaturas de ebulição, é possível separá-los através de um processo conhecido
como destilação ou craqueamento.

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A fração nafta é fornecida para as centrais petroquímicas, onde passa por


uma série de processos, dando origem aos principais monômeros, como, por exemplo,
o eteno.

Classificação dos Polímeros

Termoplásticos - São plásticos que não sofrem alterações em sua estrutura


química durante o aquecimento e que após o resfriamento podem ser novamente
moldados. Exemplos: Polipropileno (PP), Polietileno de Alta Densidade (PEAD),
Polietileno de Baixa densidade (PEBD), Polietileno tereftalato (PET), Poliestireno (PS),
Policloreto de Vinila (PVC), etc.
Termofixos - São aqueles que uma vez moldados não podem ser fundidos e
remoldados novamente, portanto não são recicláveis mecanicamente. Exemplos:
baquelite, Poliuretanos (PU) e Poliacetato de Etileno Vinil (EVA), poliésteres, resinas
fenólicas, etc.

Classificação dos descartes plásticos

Pós-industriais: Os quais provêm principalmente de refugos de processos de


produção e transformação, aparas, rebarbas, etc.
Pós-consumo: São os descartados pelos consumidores, sendo a maioria
provenientes de embalagens.

Utilizações e Benefícios

Utilizados em quase todos os setores da economia, tais como: construção civil,


agrícola, de calçados, móveis, alimentos, têxtil, lazer, telecomunicações,
eletroeletrônicos, automobilísticos, médico-hospitalar e distribuição de energia.

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O setor de embalagens para alimentos e bebidas vem se destacando pela


utilização crescente dos plásticos, em função de suas excelentes características, entre
elas: transparência, resistência, leveza e atoxidade.
Nestes setores, os plásticos estão presentes nos mais diferentes produtos, a
exemplo dos geossintéticos, que assumem cada vez maior importância na drenagem,
no controle de erosão e reforço do solo de aterros sanitários, em tanques industriais,
entre outras utilidades.
Quem são eles - Polietileno tereftalato — PET, Polietileno de alta densidade
— PEAD, Policloreto de vinila — PVC, Polietileno de baixa densidade — PEBD,
Polietileno linear de baixa densidade — PELBD, Polipropileno — PP, Poliestireno —
PS, Outros Neste grupo encontram-se, entre outros, os seguintes plásticos: ABS/SAN,
EVA e PA.
• Produtos: solados, autopeças, chinelos, pneus, acessórios esportivos e
náuticos, plásticos especiais e de engenharia, CDs, eletrodomésticos, corpos de
computadores, etc.
• Benefícios: flexibilidade, leveza, resistência à abrasão, possibilidade de
design diferenciado.

Vantagens do uso de Plásticos

- Menor consumo de energia na sua produção;


- Redução do peso do lixo;
- Menor custo de coleta e destino final;
- Poucos riscos no manuseio;
- Além de práticos, são totalmente recicláveis.

Fatores que estimulam a Reciclagem

- Redução do volume de lixo a transportar: tratamento e disposição.


- Aumento da vida útil dos locais de deposição de lixo

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Reciclagem de Plástico

O lixo brasileiro contém de 5 a 10% de plásticos, conforme o local. São


materiais que, como o vidro, ocupam um considerável espaço no meio ambiente. O
ideal: serem recuperados e reciclados. Plásticos são derivados do petróleo, produto
importado (60% do total no Brasil). A reciclagem do plástico exige cerca de 10% da
energia utilizada no processo primário.
Do total de plásticos produzidos no Brasil, só reciclamos 15%. Um dos
empecilhos é a grande variedade de tipos de plásticos. Uma das alternativas seria
definir um tipo específico de plástico para ser coletado.
Os plásticos recicláveis são: potes de todos os tipos, sacos de supermercados,
embalagens para alimentos, vasilhas, recipientes e artigos domésticos, tubulações e
garrafas de PET, que convertida em grânulos é usada para a fabricação de cordas,
fios de costura, cerdas de vassouras e escovas.
Os não recicláveis são: cabos de panela, botões de rádio, pratos, canetas,
bijuterias, espuma, embalagens a vácuo, fraldas descartáveis.
A fabricação de plástico reciclado economiza 70% de energia, considerando
todo o processo desde a exploração da matéria-prima primária até a formação do
produto final. Além disso, se o produto descartado permanecesse no meio ambiente,
poderia estar causando maior poluição. Isso pode ser entendido como uma alternativa
para as oscilações do mercado abastecedor e também como preservação dos
recursos naturais, o que podendo reduzir, inclusive, os custos das matérias primas. O
plástico reciclado tem infinitas aplicações, tanto nos mercados tradicionais das resinas
virgens, quanto em novos mercados.
O plástico reciclado pode ser utilizado para fabricação de: garrafas e frascos,
exceto para contato direto com alimentos e fármacos; baldes, cabides, pentes e outros
artefatos produzidos pelo processo de injeção; "madeira - plástica"; cerdas, vassouras,
escovas e outros produtos que sejam produzidos com fibras; sacolas e outros tipos
de filmes; painéis para a construção civil.

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Processos e o tipos de Reciclagem de Plástico

Reciclagem Química

A reciclagem química reprocessa plásticos, transformando-os em


petroquímicos básicos que servem como matéria-prima em refinarias ou centrais
petroquímicas. Seu objetivo é a recuperação dos componentes químicos individuais
para reutilizá-los como produtos químicos ou para a produção de novos plásticos.
Os novos processos desenvolvidos de reciclagem química permitem a
reciclagem de misturas de plásticos diferentes, com aceitação de determinado grau
de contaminantes como, por exemplo, tintas, papéis, entre outros materiais.

Entre os processos de reciclagem química existentes, destacam-se:

Hidrogenação: As cadeias são quebradas mediante o tratamento com


hidrogênio e calor, gerando produtos capazes de serem processados em refinarias.
Gaseificação: Os plásticos são aquecidos com ar ou oxigênio, gerando-se
gás de síntese contendo monóxido de carbono e hidrogênio.
Quimólise: Consiste na quebra parcial ou total dos plásticos em
monômeros na presença de Glicol/Metanol e água.
Pirólise: É a quebra das moléculas pela ação do calor na ausência de
oxigênio. Este processo gera frações de hidrocarbonetos capazes de serem
processados em refinaria.

Reciclagem Mecânica

A reciclagem mecânica consiste na conversão dos descartes plásticos pós-


industriais ou pós-consumo em grânulos que podem ser reutilizados na produção de
outros produtos, como sacos de lixo, solados, pisos, conduítes, mangueiras,
componentes de automóveis, fibras, embalagens não-alimentícias e outros.

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Este tipo de processo passa pelas seguintes etapas:

Separação: separação em uma esteira dos diferentes tipos de plásticos, de


acordo com a identificação ou com o aspecto visual. Nesta etapa são separados
também rótulos de diferentes materiais, tampas de garrafas e produtos compostos por
mais de um tipo de plástico, embalagens metalizadas, grampos, etc.
Por ser uma etapa geralmente manual, a eficiência depende diretamente da
prática das pessoas que executam essa tarefa. Outro fator determinante da qualidade
é a fonte do material a ser separado, sendo que aquele oriundo da coleta seletiva e
mais limpo em relação ao material proveniente dos lixões ou aterros.
Moagem: Após separados os diferentes tipos de plásticos, estes são
moídos e fragmentados em pequenas partes.
Lavagem: Após triturado, o plástico passa por uma etapa de lavagem com
água para a retirada dos contaminantes. É necessário que a água de lavagem receba
um tratamento para a sua reutilização ou emissão como efluente.
Aglutinação: Além de completar a secagem, o material é compactado,
reduzindo-se assim o volume que será enviado à extrusora. O atrito dos fragmentos
contra a parede do equipamento rotativo provoca elevação da temperatura, levando à
formação de uma massa plástica. O aglutinador também é utilizado para incorporação
de aditivos, como cargas, pigmentos e lubrificantes.
Extrusão: A extrusora funde e torna a massa plástica homogênea. Na
saída da extrusora, encontra-se o cabeçote, do qual sai um "espaguete" contínuo, que
é resfriado com água. Em seguida, o "espaguete" é picotado em um granulador e
transformando em pellet (grãos plásticos).

Reciclagem Energética

É a recuperação da energia contida nos plásticos através de processos


térmicos.

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A reciclagem energética distingue-se da incineração por utilizar os resíduos


plásticos como combustível na geração de energia elétrica. Já a simples incineração
não reaproveita a energia dos materiais. A energia contida em 1 kg de plástico é
equivalente à contida em 1 kg de óleo combustível. Além da economia e da
recuperação de energia, com a reciclagem ocorre ainda uma redução de 70 a 90% da
massa do material, restando apenas um resíduo inerte esterilizado.

O Plástico e a Geração de Energia

A presença dos plásticos é de vital importância, pois aumenta o rendimento


da incineração de resíduos municipais.
O calor pode ser recuperado em caldeira, utilizando o vapor para geração de
energia elétrica e/ou aquecimento.
Testes em escala real na Europa comprovaram os bons resultados da
combustão dos resíduos de plásticos com carvão, turfa e madeira, tanto técnica,
econômica, como ambientalmente.
A queima de plásticos em processos de reciclagem energética reduz o uso de
combustíveis (economia de recursos naturais).
A reciclagem energética é realizada em diversos países da Europa, EUA e
Japão e utiliza equipamentos da mais alta tecnologia, cujos controles de emissão são
rigidamente seguros, anulando riscos à saúde ou ao meio ambiente.

Lixo Orgânico

Lixo orgânico é todo resíduo de origem vegetal ou animal, ou seja, todo lixo
originário de um ser vivo. Este tipo de lixo é produzido nas residências, escolas,
empresas e pela natureza.
Podemos citar como exemplos de lixo orgânico: restos de alimentos orgânicos
(carnes, vegetais, frutos, cascas de ovos), madeira, ossos, sementes, etc.

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Este tipo de lixo precisa ser tratado com todo cuidado, pois pode gerar
consequências indesejadas para os seres humanos como, por exemplo, mau cheiro,
desenvolvimento de bactérias e fungos, aparecimento de ratos e insetos. Nestes
casos, várias doenças podem surgir, através da contaminação do solo e da água.
No processo de decomposição (apodrecimento) do lixo orgânico é produzido
o chorume, que é um líquido viscoso e de cheiro forte e desagradável. O chorume
também é um elemento que pode provocar a contaminação do solo e das águas (rios,
lagos, lençóis freáticos).
O lixo orgânico deve ser depositado em aterros sanitários, seguindo todas as
normas de saneamento básico e tratamento de lixo. A população também pode
contribuir para o tratamento deste lixo, favorecendo a coleta seletiva do lixo e a
reciclagem.
Este tipo de lixo também pode ser usado para a produção de energia (biogás),
pois em seu processo de decomposição é gerado o gás metano. Outra utilidade do
lixo orgânico é a produção de adubo orgânico, muito usado na agricultura, através do
processo de compostagem.

7. COLETA SELETIVA

Coleta seletiva ou Recolha seletiva é o termo utilizado para o recolhimento


dos materiais que são passíveis de serem reciclados, previamente separados na fonte
geradora. Dentre estes materiais recicláveis podemos citar os diversos tipos de papéis,
plásticos, metais e vidros.
A separação na fonte evita a contaminação dos materiais reaproveitáveis,
aumentando o valor agregado destes e diminuindo os custos de reciclagem. Para
iniciar um processo de coleta.

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Figura 5 - Padronização de cores dos recipientes utilizados na coleta seletiva

Poluição do ar

Poluição do ar através dos gases gerados nas indústrias e cidades

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Poluição do ar - é a introdução de qualquer substância que, devido a sua


concentração, possa a se tornar nociva à saúde e ao meio ambiente. Conhecida
também como poluição atmosférica, refere-se à contaminação do ar por gases,
líquidos e partículas sólidas em suspensão, material biológico e até mesmo energia.
Pode parecer incrível, mas a poluição do ar já estava presente na Roma
Antiga, quando as pessoas queimavam madeira, por exemplo. Porém, a Revolução
Industrial ampliou incrivelmente o impacto humano sobre a qualidade do ar, já que a
intensidade da combustão de carvão aumentou de modo absurdo no século XIX,
principalmente na Grã-Bretanha. A queima de carvão mineral despejava toneladas de
poluição atmosférica, causando danos à população, que sofria de doenças
respiratórias, responsáveis por milhares de mortes na época.
Entre os episódios marcantes que foram consequência da poluição do ar, a
situação da Inglaterra nos anos 1950 ganha destaque. Em 1952, devido à poluição
particulada e compostos de enxofre liberados pelas indústrias na queima de carvão,
além de péssimas condições climáticas que contribuíram para a não dispersão dessa
poluição, cerca de quatro mil pessoas morreram em Londres por problemas
respiratórios no período de uma semana. Nos meses seguintes a esse evento, que foi
conhecido como Big Smoke (Grande fumaça, em tradução livre), mais de oito mil
pessoas morreram e cerca de outros 100 mil ficaram doentes.
Esse tipo de poluição se dá com as substâncias são chamadas de poluentes
atmosféricos e existem em forma de gases ou partículas provenientes de fontes
naturais (vulcões e neblinas) ou fontes artificiais produzidas pelas atividades humanas.
De acordo com um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2014, a
poluição do ar causou a morte de mais de 7 milhões de pessoas no mundo em 2012,
matando mais que AIDS e malária juntas.

Tipos de poluição do ar

Poluição do ar é um nome genérico que usamos para um vasto conjunto de


substâncias. Os poluentes podem ser classificados em dois tipos: poluentes primários
e poluentes secundários.

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Poluentes primários - são aqueles lançados diretamente na atmosfera,


provenientes de fontes antrópicas e naturais.
Poluentes secundários - são aqueles que são produtos de reações químicas
e fotoquímicas, que ocorrem na atmosfera envolvendo os poluentes primários.

Vamos conhecer os principais poluentes atmosféricos:

Monóxido de Carbono (CO) - Um gás incolor, inodoro e tóxico. Produzido


principalmente pela queima não completa de combustível. Ele causa interferência no
transporte do oxigênio no nosso corpo, podendo causar asfixia. Saiba mais na
matéria: "Monóxido de carbono: conheça origem, usos, efeitos e como evitar
intoxicação".
Dióxido de Carbono (CO2) - É uma substância fundamental para os seres
vivos. Os vegetais utilizam o dióxido de carbono para realizar sua fotossíntese,
processo no qual eles usam a energia solar e o CO2 para produzir energia. O gás é
produzido no processo de respiração celular, mas possui outras fontes, que são causa
de boa parte da poluição do ar, como o processo de decomposição e a queima de
combustíveis fósseis. Esse gás é muito conhecido atualmente por ser um dos
causadores do efeito estufa. Isso ocorre devido ao fato do CO2 absorver parte da
radiação emitida pela superfície da terra, retendo o calor, resultando em um aumento
da temperatura. Entenda melhor na matéria: "Dióxido de carbono: essencial por um
lado, prejudicial por outro".
Clofluorocarbonetos (CFCs) - Costumavam ser emitidos a partir de produtos
como aparelhos de ar-condicionado, refrigeradores, sprays de aerossol, etc.
Atualmente, esses compostos estão banidos em quase todo o mundo. Quando em
contato com outros gases, os CFCs causam danos à camada de ozônio, sendo as
grandes responsáveis pelo seu buraco, permitindo assim que os raios ultravioletas
alcancem a superfície da Terra, causando problemas como câncer de pele. Veja mais
sobre a substituição dos CFCs na matéria: "Substituto dos gases CFC, o HFC pode
estar aquecendo o planeta".

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Óxidos de Enxofre (SOx) - O mais nocivo é o dióxido de enxofre (SO2), que


é produzido em diversos processos industriais e por atividades vulcânicas. Na
atmosfera, o dióxido de enxofre forma o ácido sulfuroso, causando a chuva ácida.
Óxidos de Nitrogênio (NOx) - Em especial o dióxido de nitrogênio (NO2) é
um grande fator de poluição do ar. Esses óxidos são gases altamente reativos,
formados durante a combustão pela ação microbiológica ou por raios. Na atmosfera,
o NOx reage com compostos orgânicos voláteis e monóxido de carbono, produzindo
ozônio troposférico. É também oxidado em ácido nítrico, que contribui para a chuva
ácida. Entenda melhor na matéria: "Dióxido de nitrogênio: na fumaça dos carros, das
fábricas e até na cozinha, gás leva a problemas respiratórios".
Compostos Orgânicos Voláteis (COVs) - Esses elementos que integram a
poluição do ar são químicos orgânicos emitidos por várias fontes, incluindo a queima
de combustível fóssil, atividades industriais e emissões naturais da vegetação e de
queimadas. Alguns COVs (ou VOCs, na sigla em inglês) de origem antropogênica,
como o benzeno, são poluentes cancerígenos. O metano é um composto orgânico
volátil que contribui para o efeito estufa e é cerca de 20 vezes mais potente que o
monóxido de carbono. Saiba mais na matéria: "VOCs: inspira cuidados".
Amônia (NH3) - Emitida principalmente pela agricultura devido ao uso de
fertilizantes. Na atmosfera, a amônia é um tipo de poluição do ar que reage formando
poluentes secundários.
Material Particulado (MP) - São partículas finas de sólidos ou líquidos
suspensos. Esse material ocorre naturalmente a partir de erupções vulcânicas,
tempestades de areia, formação de nevoeiros e outros processos naturais. A ação do
homem produz MP em atividades industriais, mineração e combustão de combustíveis
fósseis, entre outros. Na atmosfera, esse material causa danos à saúde. Quanto
menor a partícula, maiores os efeitos provocados. Alguns efeitos causados pelo
material particulado são os problemas respiratórios e do coração. Entenda mais na
matéria: "Os perigos do material particulado".

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Ozônio Troposférico (O3) - Apesar de ser extremamente necessário na


atmosfera para bloquear a radiação solar, o ozônio que é formado na troposfera (mais
perto da superfície da Terra), a partir de reações com outros poluentes, é uma forma
de poluição do ar que causa diversos danos para a nossa saúde, como irritação e
problemas respiratórios. Entenda melhor o que é esse gás na matéria: "Ozônio: vilão
ou mocinho?".

Causas da poluição do ar

Existem várias atividades e fatores que são causas da poluição do ar. Essas
fontes podem ser divididas em duas categorias:

Fontes naturais

- Poeira de fontes naturais, como as de áreas desérticas;


- Metano emitido no processo de digestão dos animais. Essa emissão é
aumentada pela ação do homem devido ao grande número de animais
criados para a alimentação, como o gado, por exemplo, que corresponde a
uma grande parte das emissões de metano no meio ambiente;
- Fumaça e monóxido de carbono emitido nas queimas naturais;
- Atividade vulcânica, que emite diversos poluentes como dióxido de carbono,
dióxido de enxofre e cinzas em grandes quantidades, podendo assim
causar danos terríveis;
- Atividade microbiológica nos oceanos, liberando gases sulfurosos;
- Decaimento radioativo dos minerais (rochas);
- Emissões por plantas de compostos orgânicos voláteis (COVS);
- Decomposição de matéria orgânica.

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Fontes antropogênicas (causadas pelo homem)

- Fábricas, usinas de energia, incineradores, fornalhas e outras fontes


estacionárias. Locais que utilizam a queima de combustíveis fósseis ou de
biomassa, como madeira;
- Veículos automotores, como carros, motos, caminhões e aviões. O transporte
contribui com cerca de metade das emissões de monóxido de carbono e óxido
de nitrogênio;
- Queimadas controladas na agricultura e no gerenciamento de florestas. No
Brasil, essa prática é responsável por cerca de 75% das emissões de gás
carbônico;
- Aerossóis, tinta, sprays de cabelo e outros solventes;
- Decomposição dos resíduos orgânicos, que gera metano;
- Emissão de amônia pelo uso de fertilizantes;
- Atividade mineradora.

Efeitos da poluição do ar

A poluição do ar pode causar um enorme impacto em dois grandes âmbitos:


a saúde humana e o meio ambiente. Entre os principais efeitos da poluição do ar estão
doenças respiratórias e problemas ambientais, irritação na garganta, nariz e olhos,
dificuldades de respiração, tosse, desenvolvimento de problemas respiratórios,
agravamento de problemas cardíacos ou respiratórios, como a asma, diminuição da
capacidade pulmonar, aumento de chance de ataques cardíacos, desenvolvimento de
diversos tipos de câncer, danos ao sistema imunológico, danos ao sistema reprodutivo.

Impactos ao Meio ambiente da poluição do ar

Os impactos ao meio ambiente dependem do tipo de poluição do ar e chegam


na escala global. Entre os principais efeitos da poluição do ar sobre o meio ambiente
se destacam:

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Chuva ácida - Causa a acidificação da atmosfera. Nos corpos hídricos ela


proporciona a acidificação da água, causando a morte de peixes, e nos solos causa a
modificação da suas propriedades físico-químicas. Nas florestas, as árvores são
danificadas pela chuva ácida, assim como os prédios e estruturas na cidade que
podem sofrer corrosão. Por esses motivos, diversos países começaram a adotar
ações para reduzir os efeitos da precipitação ácida, como uma redução da quantidade
de enxofre presente nos combustíveis.
Diminuição na camada de ozônio - O ozônio estratosférico forma uma
camada que protege a vida na Terra da emissão de raios ultravioletas. Porém, com
sua destruição devido aos químicos lançados na atmosfera pelo homem, esses raios
conseguem atravessar a camada, o que causa um aumento da quantidade de
radiação UV, aumentando, nos humanos, o risco de desenvolver câncer de pele e
outros problemas. Os raios ultravioletas também prejudicam a agricultura, porque
algumas plantas, como a soja, são sensíveis a esse tipo de radiação.
Escurecimento da atmosfera - Com a poluição do ar, a claridade e a
visibilidade são diminuídas. Esse efeito interfere no processo de evaporação da água,
porque as nuvens formadas absorvem o calor emitido pelo sol, fato que pode mascarar
o aquecimento global.

8. EFEITO ESTUFA

O efeito estufa em si é um processo fundamental para a vida na Terra, pois


faz com que o planeta se mantenha aquecido. Mas há teóricos que defendem que o
aumento significativo das emissões de gases do efeito estufa, associado a outras
ações também promovidas pela atividade humana, como o desmatamento de
florestas, são determinantes no desequilíbrio do processo, gerando maior retenção de
energia e o aumento do efeito estufa, com o aquecimento da baixa atmosfera e
aumento da temperatura média do planeta e possíveis distorções ambientais. O
aquecimento global se tornou um dos maiores problemas da Terra, com efeitos que
podem ser catastróficos.

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Eutrofização

Os vários tipos de poluição do ar acabam sendo depositados nos corpos


hídricos por precipitação, causando uma mudança dos nutrientes presentes nesses
sistemas. Algumas algas podem ser estimuladas na presença de poluentes como o
nitrogênio, o que causa seu desenvolvimento e uma consequente diminuição da
quantidade de oxigênio dissolvido na água, levando à morte de peixes.

Efeitos nos animais

Assim como os humanos, os animais sofrem com problemas de saúde


causados pela poluição do ar.

Índice de Qualidade do Ar

O Índice de Qualidade do Ar define o limite máximo para a concentração de


certo poluente na atmosfera. Esse limite de concentração é um valor padronizado, que
varia de acordo com a agência ou entidade que o define. Seu objetivo é informar a
população sobre a qualidade do ar em uma determinada região em uma linguagem
acessível. As medições são feitas em estações de monitoramento que medem a
concentração dos poluentes, sobretudo a concentração de ozônio e partículas ao nível
do solo. Geralmente esse Índice de Qualidade do Ar é disponibilizado em tempo real
na estação de monitoramento pelo órgão que cuida de sua medição na região. No
Brasil, os padrões foram instituídos pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e aprovados pelo Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama), através da resolução Conama 03/90.

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Dicas de como contribuir para uma redução da poluição atmosférica

Tudo que consumimos ou fazemos deixa um rastro no planeta. Por isso,


separamos algumas simples dicas para diminuir sua pegada quanto à poluição
atmosférica:
Tente não usar seu carro para se locomover. Ir para o trabalho de transporte
público ou utilizar um meio de transporte alternativo, como a bicicleta, são ações que
diminuem muito a sua contribuição para a emissão de poluentes;
Desligue as luzes, a TV e o computador quando sair de casa. Economize
energia, pois sua produção contribui para o aquecimento global;
Consuma produtos produzidos localmente, isso diminuirá muito as emissões
de poluentes do transporte dos produtos;
Procure reciclar seu lixo doméstico, diminuindo assim o consumo de energia
e de matéria-prima necessárias para a fabricação de novos produtos. Confira os
pontos de reciclagem mais próximos de sua residência;
Escolha produtos de empresas com responsabilidade ambiental.

9. SUSTENTABILIDADE

Sustentabilidade é a capacidade de sustentação ou conservação de um


processo ou sistema. A palavra sustentável deriva do latim sustentare e significa
sustentar, apoiar, conservar e cuidar.
O conceito de sustentabilidade aborda a maneira como se deve agir em
relação à natureza. Além disso, ele pode ser aplicado desde uma comunidade até
todo o planeta.
A sustentabilidade é alcançada através do Desenvolvimento Sustentável,
definido como:
"o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias
necessidades".

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O desenvolvimento sustentável tem como objetivo a preservação do planeta


e atendimento das necessidades humanas. Isso quer dizer que um recurso natural
explorado de modo sustentável durará para sempre e com condições de também ser
explorado por gerações futuras.

Tripé da Sustentabilidade

O chamado tripé da sustentabilidade é baseado em três princípios: o social, o


ambiental e o econômico. Esses três fatores precisam ser integrados para que a
sustentabilidade de fato aconteça. Sem eles, a sustentabilidade não se sustenta.
Social: Engloba as pessoas e suas condições de vida, como educação, saúde,
violência, lazer, dentre outros aspectos.
Ambiental: Refere-se aos recursos naturais do planeta e a forma como são
utilizados pela sociedade, comunidades ou empresas.
Econômico: Relacionado com a produção, distribuição e consumo de bens e
serviços. A economia deve considerar a questão social e ambiental.

Figura 6 - Tripé da Sustentabilidade

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O tripé da sustentabilidade: aspectos sociais, ambientais e econômicos


precisam trabalhar em conjunto.
Saiba mais sobre Desenvolvimento Sustentável.

Tipos de Sustentabilidade

Sustentabilidade Ambiental

A Sustentabilidade ambiental abrange a conservação e a manutenção do


meio ambiente.
Importante notar que, para que a sustentabilidade ambiental seja efetivada,
as pessoas devem estar em harmonia com o meio ambiente, para obterem melhoria
na qualidade de vida.
O objetivo da sustentabilidade ambiental é que os interesses das gerações
futuras não estejam comprometidos pela satisfação das necessidades da geração
atual.

Sustentabilidade Social

A sustentabilidade social sugere a igualdade dos indivíduos, baseado no bem-


estar da população.
Para isso, é necessária a participação da população, com intuito de fortalecer
as propostas de desenvolvimento social, acesso à educação, cultura e saúde.

Sustentabilidade Empresarial

Atualmente, muitas estratégias de responsabilidade social de empresas estão


pautadas na sustentabilidade.
Produtos e ações sustentáveis na área empresarial ganham destaque e o
gosto dos consumidores. As pessoas estão cada vez mais conscientes do peso
ecológico e social de suas escolhas.

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Nesse caso, a empresa possui uma postura de responsabilidade com os


valores ambientais e sociais. Além de fundamentada na preservação do meio
ambiente e melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Sustentabilidade Econômica

A sustentabilidade econômica é fundamentada num modelo de gestão


sustentável. Isso implica na gestão de adequada dos recursos naturais, que objetivam
o crescimento econômico, o desenvolvimento social e melhoria da distribuição de
renda.
Em resumo, corresponde à capacidade de produção, de distribuição e de
utilização das riquezas produzidas pelo homem, buscando uma justa distribuição de
renda.

Exemplos de Sustentabilidade

As ações sustentáveis podem ser adotadas desde indivíduos até o nível global.
Tais como:
- Ações Individuais
- Economia de água;
- Evitar o uso de sacolas plásticas;
- Reduzir o consumo de carne bovina;
- Preferência por consumir produtos biodegradáveis;
- Separar o lixo para coleta seletiva;
- Reciclagem;
- Realizar trajetos curtos através de caminhadas ou bicicletas. Adotar
transportes coletivos ou caronas.

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Ação Comunitária

Na comunidade do Vale Encantado, no estado do Rio de Janeiro, os


moradores buscaram investimentos com colaboradores para melhoria do local onde
vivem.
Eles implantaram um sistema de esgoto, painéis solares, biodigestores, horta
comunitária e oportunidades econômicas relacionadas com o turismo ecológico. Tais
condições favoreceram a melhoria da qualidade de vida de todos.
A comunidade ficou reconhecida internacionalmente como um modelo de
desenvolvimento sustentável.

Ações Globais

Limitação do crescimento populacional;


Garantia de alimentação em longo prazo;
Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;
Diminuição do consumo de energia;
Desenvolvimento de tecnologias que possibilitem o uso de fontes energéticas
renováveis;
Aumento da produção industrial nos países não industrializados à base de
tecnologias ecologicamente viáveis;
Criação de Unidades de Conservação. No Brasil, existem diversas áreas
protegidas;
Controle da urbanização e integração entre campo e cidades menores.

Educação Ambiental

A Educação Ambiental corresponde à conscientização ambiental para


questões que envolvem a valorização do meio ambiente e o comprometimento de
atitudes voltadas à sua preservação.

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A importância da educação ambiental reside na formação de cidadãos


conscientes. Ela visa o aumento de práticas sustentáveis, bem como a redução de
danos ambientais.

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ANEXOS

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO et al. Curso Profissionalizante Mecânica:


Qualidade, Qualidade Ambiental Higiene e Segurança do Trabalho. São Paulo:
Fundação Roberto Marinho, 1996

ISO 14001:2004 – Environmental management systems – Requirements with


guidance for use. Genebra, 2004

Lixo – dados sobre o lixo no Brasil.


https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/descubra-quantidade-de-lixo-
produzido-por-uma-pessoa-diariamente-no-brasil/
https://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/lixo.htm

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