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Resumo Abstract
O objetivo desse artigo é mobilizar con- The purpose of this article is to mobilize con-
ceitos e perspectivas teóricas alinhavadas na cepts and theoretical perspectives outlined on
obra Cartas sobre a Dança, de Jean-Georges Jean-Georges Noverre’s Letters on Dancing,
Noverre, produzida no século XVIII, mas que produced in the eighteenth century, in which in-
apresenta elementos para problematização cludes elements for questioning the poetics of
das poéticas das artes cênicas na contempo- performing arts in contemporary times. His pe-
raneidade. Sua visão peculiar de compreender culiar vision to understand dance as imitation
a dança como imitação da natureza e as impli- of nature and the implications of the percep-
cações de percepção das dinâmicas implícitas tion over implied dynamics in this nature allow
nessa natureza permitem a emergência e valo- the emergence and recovery of aspects usually
rização de aspectos usualmente relegados na- relegated in that period, such as disorder, ins-
quele período, como desordem, instabilidade, tability, multiplicity, uniqueness, indeterminacy,
multiplicidade, singularidade, indeterminação all of them also as structures for the creation
como configuradoras também do processo process. The tension between technique and
de criação. A tensão entre técnica e expres- expressiveness, the question about copying
sividade, a questão entre cópia e inventivida- and inventiveness, the relationship between
de, a relação entre racionalidade e emoção no rationality and emotion in the artistic process,
processo artístico, a proximidade entre arte e the proximity between art and life, attention to
vida, a atenção ao acaso e à irregularidade, ou chance and irregularity, or the dangerous and
ainda o caráter perigoso e subversivo da in- subversive character of inventiveness. Finally,
ventividade. Enfim, um movimento de perce- a movement to realize the scope of the propo-
ber o alcance das proposições e a importância sals and the importance of revisiting this theo-
de revisitar esse material teórico/filosófico/pe- retical / philosophical / educational / artistic
dagógico/artístico ainda pouco valorizado nas material still little valued in current discussions.
discussões atuais.
Palavras-chave Keywords
Dança. Criação. Estética Dance. Creation. Aesthetics
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Alguns movimentos sempre me pareceram Cartas, arrisco afirmar, Noverre revela aspec-
nocivos ao saber: achar que nada deve haver tos que serão valiosos à modernidade, apre-
de importante num material sem nunca se de- sentada na dança, com esse rótulo apenas um
bruçar sobre ele, o ato de se acreditar que a século mais tarde, bem como às problemáti-
literatura mais atualizada é que a realmente cas e análises que cercam a dança e as artes
interessa e a crença de não se autorizar pro- da cena, ainda nos tempos atuais. A tensão
duções teóricas alinhavadas fora de um con- entre técnica e expressividade, a questão entre
texto específico passíveis de diálogo frutífero cópia e inventividade, a relação entre raciona-
com outros contextos artísticos/teóricos. Essa lidade e emoção no processo artístico, a pro-
percepção recorrente revela-se de muitas ma- ximidade entre arte e vida, a atenção ao acaso
neiras na atuação docente/artística, com mui- e à irregularidade, ou ainda o caráter perigoso
tos exemplos que poderiam ser resgatados. e subversivo da inventividade. Ainda que pos-
Mas nesse artigo busco, dentro de limite de tuladas muitas vezes sem utilizar esses termos
um exercício conciso, trafegar por um mate- ou conceitos, pode-se perceber a habilidade
rial dessa linhagem: as Cartas sobre a dança1, em identificá-los, em descrevê-los e em pro-
de Jean Georges Noverre (1727-1810). E sim, blematizá-los sem fugir de suas complexida-
o propósito de insistir em retomadas constan- des.
tes e mais frequentes desse material ainda à Por isso, pretendo pontuar alguns dos mui-
margem como subsídio teórico fértil, amplo, tos aspectos de grande relevância e pertinên-
inquietante e decisivo para se pensar questões cia que suas Cartas oferecem às discussões
estéticas/pedagógicas/políticas que a dança relativas à criação em dança que ainda atra-
continua suscitando para artes da cena con- vessam discussões, pesquisas e fazeres na
temporânea e não apenas para própria dança, contemporaneidade.
campo no qual usualmente é aprisionado No-
verre.
Razão, emoção
Esse mestre de balé do século XVIII talvez
e imaginação
possa representar por si um provocativo ponto
de sinalização do empobrecimento e da cilada Na Carta 4 talvez se tenha um dos trechos
pelas quais nos deixamos muitas vezes levar que conseguem sintetizar de maneira contu-
quando se assume a perspectiva histórica de maz uma série de princípios que envolvem a
alojar artistas/pensadores em períodos crono- criação em dança. Nesse trecho o autor des-
lógicos dos quais podem dar conta.2 Em suas taca que “O êxito nas composições somente
é possível se o coração se inquieta, se a alma
1 Letters sur la Danse teve sua primeira versão editada em com vivacidade se emociona, se a imaginação
1760 em Stuttgart e Lyon, num total de quinze cartas. Essa
edição foi intitulada Letters sur la Danse et sur les ballets. De- se incendeia, se as paixões trovejam e o gê-
pois tiveram as versões de Londres, em 1783; São Petsburgo
nio clareia” (Monteiro, 1998, p. 213). O mestre
(1804), Paris (1807), além de novas edições no século XX.
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oitocentista estava já a alertar para que uma que não tem hierarquia de um aspecto sobre o
composição de dança deveria articular aspec- outro. Além da metáfora poderosa, suas colo-
tos muitas vezes ignorados ou negligenciados cações buscam coordenar coração inquietos,
por criadores e mestres de dança daquele pe- com paixões ruidosas e ainda com um pen-
ríodo. Muitas vezes foi dada à razão, em outros samento curioso, inventivo, vívido e emocio-
à emoção a tônica da criação em dança. Por nado. Não é apenas um complexo e ambíguo
um lado, a crença na valorização superior de jogo de palavras, mas uma senha para escapar
uma elaboração mental, encarando emoção e dos determinismos redutores de compreender
sentimento como ameaçadores a esse proces- técnica e performance por vias excludentes ou
so, por outro, o arroubo sentimental traduzido unívocas.
em movimento, em risco de ser maculado por
conceitos e racionalismos perniciosos.
Singularidade e
Historicamente essa dicotomia aparece de
diferença como condição de criação
inúmeras maneiras. Aparece na rivalidade de
duas consagradas bailarinas Marie Camargo Outro dos pilares do balé de ação, preco-
(1710-1770) – considerada de grande habilida- nizado por Noverre, é o de considerar a arte
de técnica - e Marie Sallé (1707-1756) – que da dança como imitação da natureza. E aqui,
brilhava pela dramaticidade e expressividade, não é a imitação representativa do que está na
como se deteve Roberto Pereira (2000). Apa- natureza como rios, nuvens, fogo, animais e ti-
rece na separação simplista de oposição en- pos humanos. Há, na sua primeira carta, a afir-
tre uma dita dança conceitual contemporânea mação da natureza em que a vida humana se
e as catárticas e arrebatadoras performances afirma. E é essa natureza, que se faz de todas
das divas midiáticas do videoclipe. as gradações possíveis, que o autor chama de
Não estaria Noverre tentando propor uma paixões, que incluem comportamentos emo-
nova racionalidade de criação que escapas- cionais, mas também sensações, pensamen-
se dessa polaridade? Uma racionalidade que tos, sonhos, ideais. Uma natureza humana é
não deve excluir nem a engenhosidade, nem também feita da sua capacidade de não se re-
a emocionalidade. Em síntese, Noverre parece duzir a seus instintos de sobrevivência. Com
se recusar a pensar o corpo que dança, sepa- isso, ele reafirma novamente a razão, a emo-
rando razão de emoção, pensamento de senti- ção e a imaginação como balizadores dessa
mento. Como diria, quase dois séculos depois, natureza humana.
o neurocientista Antonio Damásio (1998), em Como aparece na Carta 1:
sua obra O erro de Descartes: “penso e sinto,
As paixões, sendo as mesmas em to-
logo existo”. dos os homens, diferem na proporção
E, ao “fazer as pazes” entre razão e emo- de suas sensações; elas se imprimem
e se exercem com mais ou menos for-
ção, ele complexifica ainda mais a questão es-
ça sobre uns que sobre outros e ma-
tética ao incluir nela a imaginação com igual nifestam-se exteriormente com mais
importância nesse processo. Ou seja, não é a ou menos veemência e impetuosidade
(Monteiro, 1998, p.189).
articulação de um binarismo que liga um pon-
to no outro, mas de uma trama que se tece e
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Ele não recusa as regras, nem a técnica rece um grau de liberdade que procura outra
aprendida, mas relativiza seus usos e finalida- lógica de organização para o ato coreográfico
des. Como ele sublinha, as posições de braços que pudesse se permitir construir ordens coe-
que o balé estabeleceu como base de sua me- rentes em si e não a priori. Isso soa familiar
todologia de ensino não devem se esgotar ne- quando a dança pós-moderna americana, na
las mesmas. O vocabulário coreográfico deve década de 1960, rebela-se contra a ordem,
ser o princípio e não o fim, devendo servir de mas sem proclamar o caos. “Se a improvisa-
horizonte e não de limite. Aqui são perceptíveis ção levava em conta a liberdade de escolha e
os ecos de um fazer artístico desviante dos cir- de ação, não obstante era qualquer coisa, me-
cuitos oficiais e reconhecidos no século XVIII. nos anárquica” (Banes, 1999, p. 279). O mestre
Talvez o mestre de balé francês estivesse qua- de balé via nos descaminhos usuais da insta-
se postulando um “fazer” que, enquanto faz, bilidade, indeterminação e desordem da vida,
inventa o “modo de fazê-lo”, não totalmente uma nova lógica capaz de indicar caminhos
estranha à perspectiva estética defendida por profícuos para arte da cena.
filósofos do século XX como o italiano Luigi Ainda na primeira Carta pode-se verificar
Pareyson (1993; 1997). Noverre anuncia um essa compreensão em proposições como
outro entendimento para o conceito de técnica “uma cena deve oferecer uma desordem bela”,
e uma outra relação no processo de criação. cogitando que a beleza também se estabele-
E ele não se opõe apenas à técnica na for- ce na suposta desorganização. Também ao
mação, mas à estruturação rígida de criação. criticar a polaridade de uma cena entre dois
Na Carta 13 ataca: “Sim, Senhor, a coreogra- extremos apenas, ele alerta para “quantas gra-
fia amortece o engenho, apaga e enfraquece o dações e degradações a ser observadas para
gosto do compositor que a utiliza, torna-se pe- que desses dois sentimentos resulte uma mul-
sado, sem graça, incapaz de invenção” (Mon- tiplicidade de quadros”. E quando a diversi-
teiro, 1998, p. 350). E aqui a coreografia que dade precisa ser encontrada, a simetria “deve
ele critica é aquela estruturada sempre a partir ser banida”, insiste Noverre. E questiona os
das mesmas danças, das mesmas sequên- “submissos aos hábitos e cheios de precon-
cias, dos mesmos passos, sem espaço para ceitos, se encontram simetria em um bando
que nada se modifique ou permita questionar de ovelhas que procura escapar dos dentes
sua ordenação. mortíferos dos lobos”. Enfim, a dinâmica da
E como enfatiza na sua primeira Carta, ele vida, assumida como se estabelece seja com
questiona a ordem, não pelo gesto anárquico degradações, desordens belas, diversidades e
que pode representar esta oposição, mas por multiplicidades que escapam à formulas em-
compreender que dentro da variedade de or- pobrecedoras.
ganizações possíveis da existência humana,
da vida, da natureza, muitas formas podem
Atenção ao momento
ser estabelecidas ou postuladas. “Não prego
a desordem e a confusão; quero, ao contrário A Carta 13 também acrescenta outro desta-
encontrar regularidade em meio a própria irre- que que aparece com relevo:
gularidade” (ibdem, p. 189). Desse modo apa-
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turalizadas. Alinhando-se com a noção de ve- nas concordância. Como também percebeu
rossimilhança de Aristóteles, parece reafirmar Monteiro (1998)
que “quando plausível, o impossível se deve
preferir a um possível que não convença” (Aris- [...] o que Noverre perde em estrutu-
ração ganha em porosidade, criando,
tóteles, 1997, p. 48). A sua imitação da nature- através desses espaços intermediá-
za, não é uma ordem redutora, mas amplifica- rios, uma margem de liberdade para
estabelecer, em caráter assistemático,
dora de possibilidades, pois essa natureza se o arcabouço conceitual de sua refor-
estabelece no que se estabelece a cada nova ma da dança” (p. 29)
ação. O seu balé de ação é feito dessas dan-
ças que emergem e se atualizam constante e Não é como o gênero dos manuais, instru-
insistentemente. tivo, mas sim provocativo, combativo, numa
Inclusive há de enfatizar que o estilo episto- escrita atravessada por engenho, emoção e
lar, escolhido por Noverre revela outra coerên- criatividade para fortalecer o caráter argu-
cia e peculiaridade com suas proposições. Ele mentativo sobre aquilo que versa. Por isso me
não publica um manual, com orientações de permito esse exercício de liberdade ao trafe-
passos e instruções do bem dançar e se com- gar por seus conceitos e ideias, por vezes, até
portar3, como era usual naquele período pelos contraditórias. É esta tensão que carrega suas
mestres de balé (Tomazzoni, 2010). Como aler- Cartas também de lacunas e brechas para se-
tou Marianna Monteiro: rem interpretadas.
Lamentável não terem sobrevivido seus
Muitas vezes, vê-se Noverre organi- balés de ação ao longo do tempo. Ou quem
zando os conceitos de forma pura-
mente ornamental, preocupado, so- sabe essa tenha sido a melhor herança que
bretudo com o funcionamento deles hoje impede que sejam tidos como modelos
na elocução. Corre-se o risco de atri-
buir-lhe significados fixos, que nãos
de reprodução ilustrativa. Fica o espaço aberto
e sustentarão quando cotejados com para imaginação, tão valiosa para ele. Quan-
outros trechos em que também são tas gradações teriam sua Medéia pra dançar
empregados (Monteiro, 1998, p. 29).
o dilacerante conflito dessa mãe que mata os
filhos. Que dança terá sido essa? Como seus
As Cartas partem de um desejo de diálo-
preceitos do balé de ação, ele encontrou espa-
go, de confronto de ideias, pois por mais que
ço ou limitações para concretizar seu projeto?
a resposta não venha, é esboçada. Ao lançar
Em que grau ou medida seus conceitos apare-
ideias, esperam-se considerações e não ape-
ciam ou desapareciam na suas obras?
3 Entre essas obras estão: O Tratado dos principaes funda-
Não quero com isso descartar que seus
mentos da dança, escrito por Natal Jacome Bonem, e pub- ideais acabaram mais por operar consolidan-
licado em Coimbra, em 1767: “obra muito útil, não somente
para esta mocidade, que quer aprender a dançar bem, mais do um modelo balético que pouco fugiu das
ainda para as pessoas honestas, e polidas, as quais ensina as normas que criticou. Como observou Monteiro
regras para bem andar, saudar, e fazer todas as cortesias que
convêm”. Ou ainda: A coreografia ou a arte de descrever a (1998): “Quanto à dança acadêmica, Noverre
dança por caracteres, figuras e sinais demonstrativos através
dos quais se aprende facilmente por si mesmo todos os ti-
oscilaria entre uma atitude de compromisso e
pos de dança, (La Chorégraphier ou l´Arte de écrire la danse negação” (p. 15).
par caracteres, figures et signes démonstratifs avec lesquels
on apprend facilment de soy-même toutes sortes de danses , Talvez as condições culturais, sociais e polí-
1700), de Raoul-Auger Feuillet.
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ticas do período em que Noverre criava, como DAMÁSIO, Antonio. O Erro de Descartes. São
também já destacou a pesquisadora Rosa Paulo: Editora Companhia das Letras, 1998.
Maria Hércoles (2005), o impediram a práxis HÉRCOLES, Rosa Maria. Formas de comuni-
desses preceitos de maneira plena e mesmo cação do corpo − novas cartas sobre a dança.
a sua devida difusão, o que em nada impede Tese de Doutorado em Comunicação e Semió-
de se verificar a potencialidade desse material tica. Programa de Pós Graduação em Comu-
para discussões atuais das artes cênicas. Um nicação e Semiótica, Pontifícia Universidade
material que busquei organizar em blocos dis- Católica, São Paulo, 2005.
tintos e sintéticos apenas para destacá-los e
ressaltá-los, mas que se autoreferem e retroali- LOUPPE, Laurence. Poética da Dança Con-
mentam desrespeitando fronteiras por se inter- temporânea. Tradução de Rute Costa. Lisboa:
ligarem e fazerem sentido na sua urdidura que Orfeu Negro, 2012.
atravessam todas as suas Cartas. Um material
o qual me permiti fazer conexões com concei- NOVERRE, Cartas Sobre a Dança. Marianna
tos estéticos, científicos e filosóficos que não Monteiro. São Paulo, Edusp/Fapesp, 1998.
se traduzem por familiaridades ou lógicas teó-
ricas uniformes ou concordantes entre si, mas PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética.
que permitem articular de maneira até mesmo 3a ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
caótica ou indisciplinada com os preceitos
das Cartas de Noverre. Mas acima de tudo um ______. Estética, teoria da formatividade. Pe-
material valioso, fértil e atual para promover trópolis: Vozes, 1993.
problematizações ainda necessárias. Um ma-
terial gerado no fazer de bailarino, professor, PEREIRA, Roberto. Entre o céu e a terra. IN:
criador, pesquisador de dança que Noverre foi, Lições de Dança 2. Rio de Janeiro: Editora da
sem separar esses saberes/fazeres/poderes UniverCidade, 2000.
para pensar de maneira crítica e articulada a
arte da dança e instaurar uma poética que se PRIGOGINE, Ylia. O fim das certezas – tempo,
não conseguiu reformular o balé do seu tem- caos e as leis da natureza. São Paulo: Editora
po, introduziu perturbações que ainda ecoam de Universidade Estadual Paulista, 1996.
e desafiam.
TOMAZZONI, Airton. Dançando e aprendendo
a ser: estratégias de subjetivação nos manuais
Referências de dança. Idança Txt – volume 4 – Agosto/
2011. Disponível em http://idanca.net/wp-con-
ARISTÓTELES. A poética clássica. São Paulo: tent/uploads/2011/09/idancatxt_vol4_spread.
Editora Cultrix, 1997. pdf.
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