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Como pensar nos aspectos mais importantes do planejamento anual para não esquecer o fundamental? Alguma dica ou roteiro? É
hora do Planejamento 2016!
é cos (autonomia, responsabilidade, solidariedade, respeito ao bem-comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, iden dades e
singularidades);
polí cos (direitos de cidadania, exercício da cri cidade, respeito à ordem democrá ca);
esté cos (sensibilidade, cria vidade, ludicidade, liberdade de expressão nas diferentes manifestações ar s cas e culturais).
(Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infan l )
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Os projetos anuais geralmente relembram em seu início a visão de criança, aprendizagem e Educação Infan l. Uma dica é rever estes
conceitos, discu -los e adequa-los se houver mudanças no pensamento da equipe.
Os conceitos descritos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infan l e na versão provisória da Base Nacional Comum
Curricular podem promover conversas:
CRIANÇA
Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e prá cas co dianas que vivencia, constrói sua iden dade pessoal e
cole va, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, ques ona e constrói sen dos sobre a natureza e
a sociedade, produzindo cultura. (Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infan l)
EDUCAÇÃO INFANTIL
A Educação Infan l em nosso país, nas ul mas décadas, vem construindo uma nova concepção sobre como educar e como cuidar de crianças de zero a
cinco anos em ins tuições educacionais. Essa concepção deve buscar romper com dois modos de atendimento fortemente marcados na história da
Educação Infan l: o assistencialista, que desconsidera a especificidade educa va das crianças dessa faixa etária, e também o escolarizante, que se
orienta, equivocadamente, por prá cas do Ensino Fundamental. (Base Nacional Comum)
APRENDIZAGEM E CURRÍCULO
Conjunto de prá cas que buscam ar cular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do
patrimônio cultural, ar s co, ambiental, cien fico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de
0 a 5 anos de idade. (…) o currículo na Educação Infan l acontece na ar culação dos saberes e das experiências das crianças com
o conjunto de conhecimento já sistema zado pela humanidade, ou seja, os patrimônios culturais, ar s cos, ambientais,
cien ficos e tecnológicos. (Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infan l)
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O posicionamento em relação aos processos pedagógicos na Educação Infan l parte da concepção de que a construção de
conhecimentos pelas crianças nas unidades de Educação Infan l, urbanas e do campo, efe va-se pela sua par cipação em
diferentes prá cas co dianas nas quais interagem com parceiros adultos e companheiros de idade. (…) elas (crianças) precisam
imergir nas situações, pesquisar caracterís cas, tentar soluções, perguntar e responder a parceiros diversos, em um processo que
é muito mais ligado às possibilidades abertas pelas interações infan s do que a um roteiro de ensino preparado apenas pelo/a
professor/a. (Base Nacional Comum)
– Como as experiências e pesquisas das crianças foram consideradas no trabalho do ano que passou?
– Como os interesses e proposições das crianças foram encaminhados pela equipe da creche?
– Qual a relação entre currículo e aprendizagem para a sua ins tuição?
– Cabe falar em currículo pré-definido para os pequenos? Como pensar, então, os planejamentos para as propostas da Educação Infan l?
Leia mais sobre a proposta provisória da Base Nacional Comum Curricular nas postagens:
Base Nacional Comum Curricular: uma referência prá ca? Você decide!
Base Nacional Comum Curricular: a criança como protagonista
2. Levantamento de informações
Perceber os acertos e as fragilidades das ações realizadas durante o ano, levantar os recursos de espaços e materiais e refle r sobre a
cultura da comunidade são pistas para pensar e elaborar o planejamento anual da creche. Mas só de falar no assunto, muitos
coordenadores têm arrepios!
Organizar um planejamento norteador para o próximo ano é tão fundamental quanto planejar o jantar de uma festa. Sem pensar nos
pratos, pesquisar as receitas e comprar os ingredientes, não há festa que resista!
Essa organização de informações se inicia com levantamento, discussões e reflexões com a equipe. Faça tabelas cole vas numa reunião,
registrando todos os dados levantados e os encaminhamentos.
Tempos
Vale a pena pensar no uso e na adequação dos tempos específicos da Ro na para avaliar os processos de aprendizagem que ela
possibilita.
– Os tempos dos momentos da Ro na favoreceram o desenvolvimento de mais autonomia das crianças?
– Como foi a vivência dos tempo da ro na: adequado, inadequado, atropelado, folgado, monótono e sem desafios, dinâmico e
desafiador, respeitou ou não as singularidades das crianças.
Espaço
Materiais
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Brinquedos em geral,
Brinquedos de largo alcance (não estruturados),
Brinquedos de parque
Livros,
Materiais para artes visuais,
Instrumentos musicais,
Mobília,
Obstáculos para percurso,
Jardim, plantas, vasos, terra, areia
Os temas e aspectos da cultura selecionados pela creche tem o obje vo de ampliar o repertório dentro de um contexto significa vo para
a comunidade a qual pertence. Uma “cultura de consumo” ou importada, que já é vivenciada em casa não necessariamente precisa estar
presente na creche como um evento cultural de destaque. As culturas tradicionais da região são referências importantes para serem
desenvolvidas na ins tuição, na medida em que são valorizadas e geram um sen mento de pertencimento nas crianças.
Quando uma criança entra na escola ela vem com o “pacote inteiro” – traz consigo uma história, uma família e um modo peculiar de ser,
viver e se relacionar que vem ancorado na sua experiência pessoal e domés ca, pois cada indivíduo e cada família é de um jeito, tem
seus hábitos, tradições e costumes. (Tania Fukelmann Landau e Lena Bartman Marko).
A escola hoje, tornou-se um espaço potencial de troca e crescimento mutuo, onde os pais podem conversar e refle r sobre a infância de
seus filhos e a escola pode observar e conhecer os pais e aprender com eles. E, neste sen do ela precisa criar um ambiente acolhedor
que inspire e propague confiança. (Tania Fukelmann Landau e Lena Bartman Marko).
Leia mais na postagem Diálogos sobre relações: famílias e creches unidas na educação I de Tania Fukelmann Landau e Lena
Bartman Marko.
– A creche reconhece a iden dade cultural de suas famílias pesquisando sobre ela em reuniões e entrevistas?
– A creche se preocupa com a formação e ampliação de conhecimento dos pais a respeito da educação e do desenvolvimento infan l?
– Quais momentos de relação e quais espaços de acolhimentos foram u lizados com pais e familiares?
– Houve espaços de escuta? Foram suficientes ou será preciso rever e prever momentos de maior contato e intercambio de informações
e construção de parceria?
O diálogo ainda é a melhor maneira de esclarecer pontos de vista, de trocar informações e construir conhecimentos que ajudam a
manter a coerência e maior tranquilidade nesta tarefa conjunta de educar e cuidar. (Tania Fukelmann Landau e Lena Bartman Marko). Ao
refle r sobre as estratégias adotadas durante o ano e seus resultados podemos iden ficar como intensificar os vínculos e as parcerias.
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Leia mais na postagem Diálogos sobre relações: famílias e creches unidas na educação II de Tania Fukelmann Landau e Lena
Bartman Marko.
3. Encaminhar o Planejamento
Elaborar planejamentos para a educação infan l significa estabelecer caminhos que favoreçam a construção de conhecimentos pelas
crianças na par cipação em diferentes prá cas co dianas, pelas brincadeiras e interações. Nessa fase da infância, a criança aprende por
meio de experiências realizadas com interesse e envolvimento pessoal. Crianças precisam se envolver com as propostas para aprender e
construir conhecimentos.
Planejar as primeiras semanas do ano com essa intenção é fundamental para construir
vínculos e definir propostas pedagógicas compa veis à singularidade e interesses das
turmas.
Para conhecer de fato os pequenos podemos organizar espaços e materiais provoca vos, de maneira a permi r liberdade de interação e
favorecer o olhar intencional do professor para registrar suas percepções sobre o grupo.
Algumas inspirações:
Planejar um momento de chegada de pais e responsáveis à ins tuição, com um tempo para conviverem e desfrutarem do espaço juntos.
Por exemplo, organizar uma sala com brinquedos para escolher, materiais de desenho etc..
Leia mais sobre esse tema nas postagens: Adaptação em processo: você já é o brinquedo favorito de suas crianças e Adaptação:
ansiedades e possibilidades
Planejar antecipadamente a apresentação dos ambientes da creche para os pais para que, no primeiro dia, sejam eles a apresentarem a
creche para seus filhos. (leia sobre esse assunto na postagem: Primeiro dia na creche: um olhar novo de tudo)
Planejar uma semana com diferentes formas de organização das salas e propostas variadas de materiais. Receber os pequenos dessa
maneira vai surpreendê-los, provoca-los e interessa-los na ins tuição. Pode-se repe r esse processo por duas ou mais semanas, seguidas
ou intercaladas, de acordo com a leitura do grupo.
De acordo com a versão inicial da Base Nacional Comum, o trabalho com os campos de experiências das crianças é a direção para
desenvolver a educação na primeira infância. Assim, as orientações para planejar o ano dos pequenos e de seus professores poderão ser
construídas em situações significa vas de acordo com as faixas etárias e nos seguintes campos:
O EU, O OUTRO E O NÓS – o campo das iden dades: quem sou eu; quais são os meus modos de agir e
pensar o mundo; quem é o outro, como ele age e pensa; como podemos nos relacionar; como posso
conquistar, aos poucos, minha autonomia.
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CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS – o tato, os gestos e movimentos do corpo (expressar-se, saltar, deslocar-se, localizar-se) e
reconhecer sensações em si mesmo e no outro.
ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO – campo da linguagem oral e textual. Construção das estratégias de comunicação,
organização do pensamento e fruição literária, faz de conta e imaginação.
– Quais momentos da ro na favorecem as narra vas individuais e cole vas e o contato com livros e histórias?
– Como organizar espaços para es mular a imaginação, o faz de conta e acolher o contato com a leitura?
TRAÇOS, SONS, CORES E IMAGENS – campo das Artes e expressões. Expressar-se por meio das múl plas linguagens no contato com
as manifestações culturais mais significa vas, materiais e tecnologias, realizando produções com gestos, traços, desenhos,
modelagens, danças, jogos simbólicos, sons e canções.
– As crianças tem oportunidade de desenhar e pesquisar seu próprio traço e marcas todos os dias? As experimentações das artes visuais
são ampliadas com materiais para modelagem, construções tridimensionais e tecnologias?
– As crianças tem oportunidades para entrar em contato com imagens e, quando possível, obras de arte?
– A cultura musical é trabalhada na creche?
– Existe um repertório pensado a par r das tradições musicais e sobre a ampliação cultural de música? (es los e gêneros musicais
diversos e de outros povos).
– As crianças tem oportunidades para pesquisar e criar sons?
– A dança e expressões do corpo são trabalhadas?
ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES – campo do conhecimento matemá co e das ciências da
natureza. Compreender os ambientes em que vive e suas caracterís cas e qualidades: como e porquês das coisas. Observar, medir,
posicionar, quan ficar, comparar, relacionar, explicar e registrar.
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– Qual a percepção do educador para o trabalho com esses conceitos na prá ca do dia a dia?
– O professor valoriza e registra as hipóteses levantadas pelas crianças para aprofundar o aprendizado nas brincadeiras?
Leia mais sobre Campos de Experiências na postagem Campos de experiências todos os dias!
Os campos de experiências são os nortes do desenvolvimento dos conhecimentos das crianças. Mas toda e qualquer ação deve estar
centralizada na criança e seus interesses como pesquisadora. Isso é priorizar o protagonismo dos pequenos na condução dos
planejamentos diários. O grande planejamento anual, como destacamos, é apenas uma direção, porque os caminhos precisam ser
construídos em parceria com as crianças, nas reflexões do dia a dia.
♦♦♦♦♦
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Estou trabalhando com uma turma do Curso Normal em Nível Médio – Professor de Educação Infan l e sempre estou usando ou indicando para as
alunas, este Site, porque sempre encontramos assuntos que dizem respeito ao que estamos trabalhando. Obrigada por nos ajudar a pensar e refle r
sobre o que queremos para a educação infan l.
Responder
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Dilma,
Obrigada pelo retorno e por favor, sinta-se à vontade para sugerir temas e questões do universo da Educação Infan l.
Abraços!
Responder
Mar diz:
19 de outubro de 2017 às 11:42
Gostei muito, muito bom o direcionamento q vcs par lham com nós educadores, faz muita diferença e enriquece nosso aprendizado
Responder
Muito importante esse espaço, principalmente no momento em que estamos vivenciando um foco (finalmente) especial para a educação infan l. Sou
professora do segmento há 20 anos e somente no ano passado conseguimos iniciar uma formação com os professores da minha escola para que
entendêssemos e construíssemos uma nova diretriz de trabalho. Esse é o ano da ação, e, portanto, levo para as minhas colegas os textos deste blog
para que possamos debater nas próximas reuniões junto com o que temos estudado e pensado juntas. Obrigada!
Responder
Patricia,
Obrigada pelo retorno!
E, se puder, compar lhe essa importante experiência que você está vivendo com sua equipe.
Abraços!
Responder
Excelente a matéria!
Responder
Agradeço por ter a oportunidade de fazer parte deste grupo.Todas as postagens são muito ricas, são referencia para o meu trabalho.
Responder
Agradecemos seu retorno, Heloisa. Vamos aguardar sua par cipação nos enviando um relato do seu trabalho que queira compar lhar. Abraços
Responder
jaciaria diz:
31 de janeiro de 2016 às 12:23
muito tempo trabalhando na área de educação infan l, mas nunca nha aprendido tantas coisa em tão pouco tempo. parabéns este blog é um curso
precioso.
Responder
Jaciaria,
Muito obrigada pelo retorno e pelas palavras gen s!
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07/03/2018 Planejamento 2016: direções e caminhos - Tempo de Creche
Se puder, compar lhe com a gente os conteúdos postados que ajudaram no seu dia a dia.
Abraços!
Responder
Muito bom !! Linguagem fácil , obje va e esclarecedora , que leva a uma reflexão fundamental na elaboração do planejamento !
Responder
Boa noite! Gostei muito desse blog,me ajudou muito abriu novos horizontes, novas metas enovas estrategias para meu crescimento profissional
.Obrigada!
Responder
Francineide,
Muito obrigada pelo seu retorno!
Se puder, conte para a gente algumas de suas experiências em que as publicações do blog lhe ajudaram.
Grande abraço!
Responder
Rafaele diz:
24 de novembro de 2015 às 13:22
Fico realmente muito sa sfeita em poder contar com esse blog. Parece que não estou mais sozinha, pensando sobre o fazer na educação infan l. Fico
na duvida, como poderia u lizar os campos de experiências se eles não são discu dos e pensados na rede municipal em que atuo? Temos um grande
abismo entre a teoria e a prá ca, como é di cil descolonizar as prá cas da educação infan l.
Responder
Escreva, Sonia, nos contando como tem aplicado os conteúdos e se existem temas de seu interesse para que possamos contribuir. Um abraço.
Responder
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07/03/2018 Planejamento 2016: direções e caminhos - Tempo de Creche
Tempo de Creche diz:
24 de novembro de 2015 às 22:49
Obrigada pelo incen vo, Mabia. Nos envie suas questões e, assim, poderemos pesquisar e refle r juntas.
Responder
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