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Jeremias

Análise ria o legalismo do antigo pacto. Finalmente, através da morte


0 longo ministério de Jeremias, de mais de quarenta anos, sacrificial de Cristo, e da atividade interna e regeneradora do
se estendeu desde 625 a.C. até poucos anos depois que Judá Espírito Santo, o novo pacto se tomou uma realidade.
deixou de existir com o estado, em 586 a.C. Mais de cinqüen­
ta anos de apostasia religiosa de Josias (6 21 -6 0 7 a.C.). Jere­ Autor
mias sustentou a reforma com entusiasmo, até que percebeu Nenhum princípio pode ser discernido no arranjo das pro­
que isso não estava mudando os corações do povo. Dois anos fecias de Jeremias. Os oráculos pertencentes aos últimos cin­
depois da morte de Josias, a batalha de Carquemis (605 a.C.) co reis de Judá não seguem uma seqüência cronológica. A
estabaleceu o controle babilônico sobre a Ásia ocidental. Des­ seqüência de capítulos, no hebraico, difere da ordem apresen­
de então Jeremias advogava submissão à Babilônia, mas sem tada na Septuaginta, e esta última exibe omissões considerá­
sucesso. Sob os últimos quatro reis de Judá, vinte e um anos veis, ainda que destituídas de importância. Isso sugere uma
de apostasia religiosa e fraqueza política tomavam inevitáveis diferente revisão editorial. Jeremias ditou suas profecias e Ba-
a queda de Jerusalém, em 586 a.C., e o exílio. ruque as registrou (36.1-8,32). O arranjo desordenado pode
As desencorajadoras circunstâncias sob as quais Jeremias ser uma evidência de caráter primitivo. O novo Testamento
trabalhou, e a extraordinária extensão em que a idolatria subs­ contém numerosas referências a Jeremias.
tituirá a religião revelada em Judá, são claramente refletidas
nas profecias de Jeremias. Também vemos o reflexo da angús­
Esboço
tia espiritual de Jeremias ocasionada por essa apostasia. Não
JEREMIAS, UM GUERREIRO DE DEUS, 1.1 — 33.26
obstante, Jeremias não era nenhum pessimista. Era essencial­
A Convocação: Chamada e Comissão de Jeremias,
mente o guerreiro de Deus, mas um guerreiro que era igual­ 1 .1 -1 9
mente vigia e testemunha. O capítulo primeiro descreve a Situação de Judá, 2.1— 13.27
chamada de Jeremias ao sacerdócio. Os capítulos 2 a 13 capa­ Enfermidade, 2.1— 6.30
citam-nos a reconstituir as condições em que ele profetizou, Insensatez, 7.1 — 8.3
enquanto os capítulos 14 a 33 refletem com o tinha consciên­ Cegueira, 8.4— 9.1
cia de Deus e comunhão com Ele (c f também 1.1 -1 9 ). O guer­ Traição, 9 .2 -2 2
Idolatria, 9.23— 10.25
reiro, então, surge com o vigia de Deus (34.1— 45.5) e com o
Infidelidade, 11.1— 12.17
testemunha de Deus (46.1 — 52.34).
Teimosia, T3.1 -2 7
Nos oráculos de Jeremias, Deus, o governador moral do Batalha de Jeremias, 14.1 — 33.26
mundo, é o Deus da aliança de Israel. Através de Israel Ele Ternura por Judá, 14.1 — 15.9
procurava atingir propósitos morais. Infelizmente os adulté­ Amargura por causa de Judá, 15.10-21
rios espirituais da nação do norte com os baalins compeliram Solidão em Judá, 16.1 -21
Deus a divorciar-se (isto é, o exílio) dela. Judá, a nação do sul, Testemunho a Judá, 17.1-27
não aproveitou a lição da experiência de Israel. Ultrapassou Is­ A Visita à Casa do Oleiro, 18.1 -2 3
O Despedaçamento do Vaso de Barro, 19.1 -1 5
rael em impurezas sexuais, ainda que repelisse as acusações
O Encontro com Pasur, 20.1 -1 8
Je infidelidade religiosa. Por conseguinte, Deus precisava jui-
Conselho sobre Rendição, 2 1.1 -14
gá-la.
Exigência de Justiça, 22.1— 23.8
O arrependimento, apesar disso, poderia ter interrompido Uma Denúncia contra os Profetas Falsos, 2 3.9 -40
o processo do divórcio (exílio), a despeito de seus adultérios, As Duas Cestas de Figos, 2 4.1 -1 0
ã o grande é a graça do Senhor. Porém, Judá estava tão firma­ A Taça da Fúria de Deus, 25.1 -3 8
da em sua concupiscência que era irascível à correção moral. O Conflito da Fé, 26.1 — 29.32
Gradualmente foram desaparecendo as virtudes sociais. Sacri­ Com os Inimigos, 26.1 -2 4
fícios e rituais falharam com o substitutos do arrependimento Com os Falsos Profetas, 27.1 -2 2
Com Hananias, 28.1 -1 7
e da retidão. A espantosa pecaminosidade de Judá significava
Com Semaías, 29.1 -3 2
que aquele pecado era congênito, o que explica sua inaptidão
A Substância da Fé, 30.1 — 31.40
moral. Resultava de uma natureza pecaminosa. O julgamento
A Ação da Fé, 32.1 -4 4
era inevitável, expresso no exílio. Mas o exílio ainda não era A Visão da Fé, 3 3.1 -26
a palavra final. JEREMIAS, UM VIGIA DE DEUS: APRESSANDO A PALAVRA,
Um remanescente haveria de retomar para viver sob o im­ 34.1— 45.5
pério do Messias, em segurança religiosa e social. O reto go­ Escravos Libertados, 34.1 -2 2
vemo do Messias sobre um p ovo justo, Ajuda a explicar a Os Recabitas, 35.1 - 9
doutrina de Jeremias sobre o novo pacto. Os indivíduos seriam A Palavra de Deus Transcrita, 36.1-32
A Palavra de Deus Comunicada, 37.1 — 38.28a
retos porque seus corações seriam renovados. Obedeceriam às
A Palavra de Deus Cumprida, 38.28b-39.18
leis de Deus de todo o coração, espontaneamente. O novo pac­
Q Govemo de Gedalias, 40.1— 41.18
to , assegurando perdão e dinâmica moral interna, transcende­
JEREMIAS 1.1 1058

Palavra Finai em Judá, 42.1 — 43.7 “O Profeta às Nações", 46.1; Egito, 4 6 .2 -2 8 ; Fitfstia,
Palavra Finai no Egito, 43.8— 44.30 4 7 .1 -7;
Jeremias Admoesta a Baruque, 4 5 .1 -5 Moabe, 48.1 -4 7 ; Airtom, 49.1 - 6; Edom, 49.7- 22;
JEREMIAS, UMA TESTEMUNHA DE DEUS À NAÇÃO: O Damasco, 49.23-27; Quedar, 49.28-29; Hazor,
SENHOR ONIPOTENTE REINA, 49.30-33; Elã, 49.3 4-3 9 ; Babilônia, 50.1 -5 1 .6 4 ;
46.1— 52.34 Judá, 5 2.1 -3 4

A vocação de Jeremias 1.1 o|s 21.18; que ponho na tua boca as minhas palavras.'
ICr 6.60
Palavras de Jeremias, filho de Hilquias, 10 Olha que hoje te constituo sobre as na­

1 um dos sacerdotes que estavam em Ana- 1.2


tote, na terra de Benjamim;0
2 a ele veio a palavra do Senhor, nos dias
b2Rs 22.3-23.27;
2Cr 34.8-35.19
ções e sobre os reinos, para arrancares e derri-
bares, para destruíres e arruinares e também
para edificares e para plantares./
de Josiasb, filho de Amom e rei de Judá, no 1.3
décimo terceiro ano do seu reinado; c2Rs 23.36-24.7; A visão da vara de amendoeira
3 e também nos dias de Jeoaquimc, filho 2Cr 36.5-8 11 Veio ainda a palavra do Senhor, di­
d 2Rs 24.18-25.21;
de Josias, rei de Judá, até ao fim do ano undé- 2Cr 36.11-21 zendo: Que vês tu, Jeremias? Respondi: vejo
cimo de Zedequiasd, filho de Josias, rei de uma vara de amendoeira.
Judá, e ainda até ao quinto mês do exílio de 1.5 eÊx 33.12; 12 Disse-me o Senhor : Viste bem, por­
Is 49.1,5; que eu velo sobre a minha palavra para a
Jerusalém. Cl 1.15-16
4 A mim me veio, pois, a palavra do cumprir.
Senhor, dizendo: 7.6 'Êx 4.10
5 Antes que eu te formasse no ventre ma­ A visão da panela ao fogo
terno, eu te conheci, e, antes que saísses da 1.7 gNm 22.20; 13 Outra vez, me veio a palavra do
Mt 28.20
madre, te consagrei, e te constituí profeta às Senhor, dizendo: Que vês? Eu respondi:
nações.e 1.8 ^Êx 3.12; vejo uma panela ao fogo, cuja boca se inclina
6 Então, lhe disse eu: ah! Senhor Deus! |s 1.5; Ez 2.6; do Norte.*
Eis que não sei falar, porque não passo de Hb 13.6 14 Disse-me o Senhor : Do Norte se der­
uma criança.f ramará o mal sobre todos os habitantes da
1.9 'Is 6.7
7 Mas o Senhor me disse: Não digas: terra.'
Não passo de uma criança; porque a todos a 1.10/IRs 19.17; 15 Pois eis que convoco todas as tribos
quem eu te enviar irás; e tudo quanto eu te 2Co 10.4-5 dos reinos do Norte, diz o Senhor; e virão, e
mandar falarás.9 cada reino porá o seu trono à entrada das
1.13 kEz 11.3
8 Não temas diante deles, porque eu sou portas de Jerusalém e contra todos os seus
contigo para te livrar, diz o Senhor. h 1.14 'Jr 4.6
muros em redor e contra todas as cidades de
9 Depois, estendeu o Senhor a mão, to­ Judá.m
cou-me na boca e o Senhor me disse: Eis 1.15 m/r 5.15 16 Pronunciarei contra os moradores des-

1.1 Anatote. Modernamente Anata, a 4,5 quilômetros a nor­ 1.7 A todos. Lit "em todos os casos", ou seja, "em qualquer
deste de Jerusalém. missão".
1.11,12 Um trocadilho no heb, amendoeira, shaqed, velo,
1.2 josias. Governou de c. 639 a 609 a.C., foi m orto na bata­
shoqed. A amendoeira é a árvore a florescer na primavera. A
lha de M egido 609 a.C., pelo Faraó Neco.
florescência aparece antes das folhas. O profeta frisa que Deus
1.3 jeoaquim. Primogênito de Josias. Reinou de 609 até está continuamente operando na história e nas pessoas, fa­
597 a.C. Undécimo de Zedequias 587 a.C. O exílio começou zendo frutificar os seus planos.
em 597 a.C. A primeira leva foi conduzida quando Nabuco- 1.13 Panela, utensílio doméstico para cozer alimentos ou la­
donosor tom ou Jerusalém e levou-a cativa para a Babilônia. var roupas. Era levada ã fervura, soprando-se o fogo. Norte, a
Mas a destruição final da cidade foi em 587 que é a data região de onde vêm as calamidades.
considerada do exílio. O ministério de Jeremias durou cerca
1.14 Do Norte. Era o caminho normal de qualquer invasão
de 40 anos.
das grandes nações de então, a não ser o Egito, que viria
1.4 Veio, lit "continuou a vir". do sul.

1.6 Criança, heb na'ar, que pode significar qualquer pessoa 1.15 Todas as cidades, uma invasão completa da terra.
desde três meses até quarenta anos de idade. Jeremias tinha 1.16 Obras das suas próprias mãos. Esta frase é comum na
cerca de 24 anos quando iniciou seu ministério profético. A Bíblia para descrever a idolatria, e ao mesmo tempo compro­
LXX traduz por "demasiado novo". var suas bases falsas (Is 44.12-17). Aplica-se também aos que
1059 JEREMIAS 2.11
tas as minhas sentenças, por causa de toda a 1 .16"D t 28.20 afastarem, indo após a nulidade dos ídolos e
malícia deles; pois me deixaram a mim, e se tomando nulos eles mesmos,1
queimaram incenso a deuses estranhos, e ado­ 1.17 °Ex 3.12;
6 e sem perguntarem: Onde está o
1Rs 18.46;
raram as obras das suas próprias mãos.n 2Rs 4.29; Jr 3.8; Senhor, que nos fez subir da terra do Egito?
17 Tu, pois, cinge os lombos, dispõe-te e Lc 12.35; Que nos guiou através do deserto, por uma
dize-lhes tudo quanto eu te mandar; não te IPe 1.13
terra de ermos e de covas, por uma terra de
espantes diante deles, para que eu não te in- sequidão e sombra de morte, por uma terra
1.18 pis 50.7
funda espanto na sua presença.0 em que ninguém transitava e na qual não mo­
18 Eis que hoje te ponho por cidade forti­ rava homem algum?u
1.19 qjr 1.8
ficada, por coluna de ferro e por muros de 7 Eu vos introduzi numa terra fértil, para
bronze, contra todo o país, contra os reis de que comêsseis o seu fruto e o seu bem; mas,
2.2 rDt 2.7;
Judá, contra os seus príncipes, contra os seus depois de terdes entrado nela, vós a contami-
Os 2.15
sacerdotes e contra o seu povo.P nastes e da minha herança fizestes abomi­
19 Pelejarão contra ti, mas não prevalece­ nação. v
2.3 sEx 19.5-6;
rão; porque eu sou contigo, diz o Senhor, Tg 1.18 8 Os sacerdotes não disseram: Onde está o
para te livrar. 9 Senhor? E os que tratavam da lei não me
2.5 (2Rs 17.15; conheceram, os pastores prevaricaram contra
O amor de Deus e a rebeldia do povo Jn 2.8
mim, os profetas profetizaram por Baal e an­
A mim me veio a palavra do Senhor,
2 dizendo:
2 Vai e clama aos ouvidos de Jerusalém:
2.6 "Dt 8.15;
Os 13.4
daram atrás de coisas de nenhum proveito.w

Perfídia sem exemplo


Assim diz o Senhor: Lembro-me de ti, da
2.7 ^Lv 18.25; 9 Portanto, ainda pleitearei convosco, diz
tua afeição quando eras jovem, e do teu amor Nm 13.27;
quando noiva, e de como me seguias no de­ SI 78.58-59 o Senhor, e até com os filhos de vossos
serto, numa terra em que se não semeia/ filhos pleitearei.*
3 Então, Israel era consagrado ao Senhor 2.8 >vjr 23.11; 10 Passai às terras do mar de Chipre e
e era as primícias da sua colheita; todos os Hc 2.18; vede; mandai mensageiros a Quedar, e atentai
Rm 2.20
que o devoraram se faziam culpados; o mal bem, e vede se jamais sucedeu coisa seme­
vinha sobre eles, diz o Senhor.5 lhante.
2.9 *Ex 20.5;
4 Ouvi a palavra do Senhor, ó casa de Ez 20.35-36 11 Houve alguma nação que trocasse os
Jacó e todas as famílias da casa de Israel. seus deuses, posto que não eram deuses? To­
5 Assim diz o Senhor: Que injustiça 2.11 /S1106.20; davia, o meu povo trocou a sua Glória por
acharam vossos pais em mim, para de mim se Jr 1.8; Rm 1.23 aquilo que é de nenhum proveito.)'

pensam salvar-se pelas suas próprias obras e virtudes, recu­ 2.5 Nulidade. Hálito, nada, bolha; termos característicos para
sando, pois, a salvação gratuita de Jesus Cristo indicar os deuses falsos em contraste com o Deus vivo e ver­
(Gl 3.6-14; 5 .1 -6 ). dadeiro; hevel, é a palavra traduzida por "vaidade" em Provér­
1.17 Cinge, envolver ou enrolar com um cinto a longa e larga bios. Seguindo esses deuses vazios, Israel assimilava seu
veste oriental, em preparação para uma ação enérgica ou caráter - tal deus, tal povo (vd nota em 51.18).
grande conflito. Espantes. Ser abatido ou disperso pelo terror
ou ansiedade. 2.8 Pastores, também é usado no AT para indicar governan­
tes e príncipes. Vd 1 Rs 22.17 e contexto. Os líderes religiosos
1.18 Seu ministério seria ao mesmo tempo ofensivo e defen­
uniram-se aos governantes em oposição a jeremias. Três gru­
sivo. • N. Hom. Este capítulo nos ensina que é a vocação de
pos líderes se opunham a Jeremias - os sacerdotes (levitas),
Deus que forma um profeta e não a educação humana. É
os governadores e os profetas. Na época de Jesus, o bom
Deus que o chama, v 5; é Deus que inspira sua pregação, v 7;
pastor, não havia mais profetas, mas as outras classes traíram-
é Deus que o protege, v 8; é Deus que determina a forma da
no.
sua ação, v 10. Obedecer à vocação já traz consigo mesmo o
poder para cumpri-la, mas desobedecer produz a derrota to ­
2.10,11 Ide para Chipre ocidental ou para o oriente de Que­
tal, v 17.
dar e vede quão fiéis são todos esses povos aos seus deuses,
2.2 Me seguias. No oriente, a esposa seguia após o esposo. que nada são; mas Jeová, Deus de Israel, que é glorioso, vivo
2.3 Primícias da sua colheita. A porção mais preciosa da co­ e poderoso, foi abandonado em troca de deuses sem vida e
lheita, que deveria ser movida pelo sacerdote perante Jeová sem poder. Quedar. Tribos árabes espalhadas pela Arábia
(Lv 23.10-14; Nm 18.12,13). Os que maltratavam a Israel desde Petra, na fronteira oriental da Palestina, até a Babilônia.
eram tão culpados como aqueles que comiam, mas não ti­ Naquele tempo, esses dois lugares eram tidos como o ex­
nham o direito de comer o alimento consagrado (Lv 22.16). tremo ponto oriental e o extremo ponto ocidental do mundo.
JEREMIAS 2.12 1060
12 Espantai-vos disto, ó céus, e horrori- 2.12 ^ls 1.2
lente, da semente mais pura; como, pois, te
zai-vos! Ficai estupefatos, diz o Senhor.^ tomaste para mim uma planta degenerada,
13 Porque dois males cometeu o meu 2.13° SI 36.9; como de vide brava?'
Jo 4.14
povo: a mim me deixaram, o manancial de 22 Pelo que ainda que te laves com salitre
águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas ro­ 2.14 !>Êx 4.22 e amontoes potassa, continua a mácula da tua
tas, que não retêm as águas.0 iniqüidade perante mim, diz o S e n h o r
14 Acaso, é Israel escravo ou servo nas­ 2.15 cis 1.7 Deus./
cido em casa? Por que, pois, veio a ser 23 Como podes dizer: Não estou macu­
presa?6 2.16 d|r 43.7-9 lada, não andei após os baalins? Vê o teu
15 Os leões novos rugiram contra ele, le­ rasto no vale, reconhece o que fizeste, drome-
vantaram a voz; da terra dele fizeram uma 2.17 eDt 32.10 dária nova de ligeiros pés, que andas zigueza­
desolação; as suas cidades estão queimadas, e
gueando pelo caminho;k
não há quem nelas habite.c 2.18 f|s 13.3
24 jumenta selvagem, acostumada ao de­
16 Até os filhos de Mênfis e de Tafnes te
2.19 gls 3.9
serto e que, no ardor do cio, sorve o vento.
pastaram o alto da cabeça.d
Quem a impediria de satisfazer ao seu desejo'1
17 Acaso, tudo isto não te sucedeu por
Os que a procuram não têm de fatigar-se; no
haveres deixado o Senhor, teu Deus, quando 2.20 í>Êx 19.8;
)s 24.18; mês dela a acharão.1
te guiava pelo caminho?* 1Sm 12.10;
18 Agora, pois, que lucro terás indo ao Is 57.5,7 25 Guarda-te de que os teus pés andem
Egito para beberes as águas do Nilo; ou indo desnudos e a tua garganta tenha sede. Mas tu
à Assíria para beberes as águas do Eufrates?f 2.21 'Êx 15.17; dizes: Não, é inútil; porque amo os estranhos
Sl 44.2;
19 A tua malícia te castigará, e as tuas Mt 21.33; e após eles irei.m
infidelidades te repreenderão; sabe, pois, e vê Lc 20.9 26 Como se envergonha o ladrão quando
que mau e quão amargo é deixares o Senhor, o apanham, assim se envergonham os da casa
teu Deus, e não teres temor de mim, diz o 2.22 /Dt 32.34; de Israel; eles, os seus reis, os seus príncipes,
Senhor, o Senhor dos Exércitos.9 Os 13.12 os seus sacerdotes e os seus profetas,
27 que dizem a um pedaço de madeira: Tc
Israel adorou a Baal 2.23 *Pv 30.12 és meu pai; e à pedra: Tu me geraste. Pois me
20 Ainda que há muito quebrava eu o teu viraram as costas e não o rosto; mas, ea
2.24 '|ó 39.5
jugo e rompia as tuas ataduras, dizias tu: Não vindo a angústia, dizem: Levanta-te e livra-
quero servir-te. Pois, em todo outeiro alto e nos. n
2.25 mDt 32.16
debaixo de toda árvore frondosa, te deitavas e 28 Onde, pois, estão os teus deuses, que
te prostituías.* 2.27 njz 10.10; para ti mesmo fizeste? Eles que se levanten
21 Eu mesmo te plantei como vide exce­ Is 26.16 se te podem livrar no tempo da tua angústia.

2.13 Cisternas rotas. Doutrinas e esperanças que não cons­ o fabrico de sabão, um álcali mineral. Potassa. O álcali vegea
tam na palavra de Deus. correspondente, obtido de cinzas de plantas. Eram dois ocs.
2.14 Negação enfática que exige a resposta "N ão". Servo mais poderosos detergentes conhecidos, ambos usados -«
nascido em casa. Alguém sem possibilidade de tomar-se livre, lavagem e embranquecimento de vestes, e também na refr-»-
para quem não haveria resgate. ção de metais (M l 3.2).
2.23 Baalins. Deuses cananeus da fertilidade. Vale, de Hinorr.
2.15 Leões. Símbolo da Assíria e de suas freqüentes invasões
contra Israel. No singular, um símbolo de Nabucodonosor da e um dos lados - sul e oeste de Jerusalém - onde imolavan
Babilônia, e mais tarde de Ciro da Pérsia, que realmente eram seus filhos ao ídolo de Moloque (vd 19.6n). Dromedário. Lrr
camelo com pescoço curto e uma só bossa que ainda -ác
continuadores das obras da Assíria.
teve filhote, famoso por sua velocidade, usado para levar
2.16 Ambas eram cidades bem conhecidas nos dias de Josias. pachos urgentes, o telégrafo antigo.
Mênfis, capital do Baixo Egito (do nordeste); Tafnes, capital do
2.24 Fatigar-se. Os deuses falsos não precisavam cansa'-*
Alto Egito, no alto do rio Nilo. A palavra Egito tem forma dual
para buscar conquistar Israel, pois ela mesma buscava ccrn-
no hebraico: misraim, por ser um reino duplo.
ansiedade.
2.18 Ligado com o v 13. Israel havia desprezado Jeová, a
2.25 Inútil. A desesperada determinação de continuar i
fonte da água viva, e bebia dos rios do Egito e da Assíria.
pecado.
2.20 Outeiro alto, refere-se freqüentemente a lugares espe­
2.27 Pedaço de madeira.. . pedra. Postes de madeira e obeis-
cialmente dedicados à adoração à natureza, personificada no
cos de pedra, que simbolizavam o deus adorado. Costa-- »
ídolo de Baal.
pescoço, que figurava a apostasia. Levanta-te. Na hora a
2.22 Salitre. Provavelmente, o carbonato de sódio usado para tributação haveria de clamar a Jeová.
1061 JEREMIAS 3.9
porque os teus deuses, ó Judá, são tantos 2.28 «Dt 32.37; A clemência de Deus,
Is 45.20
como as tuas cidades.0 apesar da infidelidade do povo
29 Por que contendeis comigo? Todos vós 2.29 p|r 2.23 Se um homem repudiar sua mulher, e ela
transgredistes contra mim, diz o Senhor.p 2.30
30 Em vão castiguei os vossos filhos; eles <?2Cr 36.16;
3 o deixar e tomar outro marido, porven­
tura, aquele tomará a ela? Não se poluiria
não aceitaram a minha disciplina; a vossa es­ IsUs1.5; Mt 23.29;
2.15 com isso de todo aquela terra? Ora, tu te pros-
pada devorou os vossos profetas como leão tituíste com muitos amantes; mas, ainda as­
destruidor.1) 2.31 /-Dt 32.15;
|r 2.5 sim, toma para mim, diz o S e n h o r . *
31 Oh! Que geração! Considerai vós a pa­ 2 Levanta os olhos aos altos desnudos e
lavra do Senhor. Porventura, tenho eu sido 2.32 sSI 106.21; vê; onde não te prostituíste? Nos caminhos te
Os 8.14
para Israel um deserto? Ou uma terra da mais
assentavas à espera deles como o arábio no
espessa escuridão? Por que, pois, diz o meu 2.34 (SM06.38
deserto; assim, poluíste a terra com as tuas
povo: Somos livres! Jamais tornaremos 2.35 uPv28.13;
devassidões e com a tua malícia.)'
a ti?r 1|o 1.8,10
3 Pelo que foram retiradas as chuvas, e
32 Acaso, se esquece a virgem dos seus 2.36
não houve chuva serôdia; mas tu tens a fronte
adornos ou a noiva do seu cinto? Todavia, o ►20 28.16;
de prostituta e não queres ter vergonha.z
meu povo se esqueceu de mim por dias sem Is 30.3; Os 5.13
4 Não é fato que agora mesmo tu me invo­
conta.5 2.37
cas, dizendo: Pai meu, tu és o amigo da minha
33 Como dispões bem os teus caminhos, >v2Sm 13.19
para buscares o amor! Pois até às mulheres 3.1 *Dt 24.4; mocidade?0
perdidas os ensinaste. Ez 16.26,28-29 5 Conservarás para sempre a tua ira? Ou a
34 Nas orlas dos teus vestidos se achou 3 .2 /Cn 38.14; reterás até ao fim? Sim, assim me falas, mas
também o sangue de pobres e inocentes, não Pv 23.28; cometes maldade a mais não poder.17
surpreendidos no ato de roubar. Apesar de Ez 16.24-25 6 Disse mais o S e n h o r nos dias do rei
todas estas coisas,' 3.3 *Lv 26.19; Josiasc: Viste o que fez a pérfida Israel? Foi
35 ainda dizes: Estou inocente; certa­ Jr 5.3; Sf 3.5 a todo monte alto e debaixo de toda árvore
mente, a sua ira se desviou de mim. Eis que 3.4 oPv 2.17; frondosa e se deu ali a toda prostituição.
entrarei em juízo contigo, porquanto dizes: Os 2.15 7 E, depois de ela ter feito tudo isso, eu
Não pequei.u 3.5 6SI 77.7; pensei que ela voltaria para mim, mas não
36 Que mudar leviano é esse dos teus ca­ Jr 57.12 voltou. A sua pérfida irmã Judá viu isto.d
minhos? Também do Egito serás envergo­ 3.6 8 Quando, por causa de tudo isto, por ter
nhada, como foste envergonhada da Assíria.1' c2Rs 22.1-23.30; cometido adultério, eu despedi a pérfida Is­
37 Também daquele sairás de mãos na ca­ 2Cr 34.1-35.27 rael e lhe dei carta de divórcio, vi que a falsa
beça; porque o Senhor rejeitou aqueles em 3.7 d2Rs 17.13 Judá, sua irmã, não temeu; mas ela mesma se
quem confiaste, e não terás sorte por meio 3.8 e2Rs 17.6; foi e se deu à prostituição.e
deles.w Ez 23.9,11 9 Sucedeu que, pelo ruidoso da sua prosti-

2.29 A paciência de Jeová estava sendo demasiado testada. sua vez, também lhe desse notificação de divórcio, isso não
2.30 Disciplina. Instrução por palavra e advertência, bem lhe daria o direito de casar-se novamente com seu primeiro
como correção mediante castigo. marido (D t2 4 .1 -4 ). Torna. Expressão de clemência da parte
de Jeová.
2.32 Cinto. Peça de ornamentação com que a noiva se enfei­
tava no dia do casamento. Jeová é o adorno mais precioso do 3.2 Assim como o pirata beduíno ansiava por assaltar uma
seu povo. caravana que passava, semelhantemente Israel ansiava por
2.35,36 A despeito de sua alegada inocência, buscavam en­ adorar os deuses falsos.
trar em aliança com outras nações em salvaguarda contra 3.3 As chuvas serôdias caíam em março e abril, a segunda
ataques hostis. A fidelidade a Jeová nunca os decepcionaria, estação chuvosa temporã. As "primeiras" chuvas (Tg 5.7)
mas preferiram confiar mais nos homens e nas nações do que caíam de outubro a dezembro (vd 5.24n).
em Jeová.
3.6 "Pérfida apóstata". Jogo de palavras sobre os dois senti­
2.37 Mãos na cabeça. Os prisioneiros de guerra foram trans­
dos da raiz hebraica que significa voltar as costas a Jeová e
portados dessa maneira. • N. Hom. O segundo capítulo des­
voltar-se para Jeová.
creve o paganismo, a rebelião e a desgraça total que sempre
surgem quando os ministros procuram ser fiéis a Deus, pre­ 3.8 Divórcio. Sucedeu, ao enviar o reino do norte, Israel, para
gando e vivendo Sua palavra. Compare w 4,8 e 37. o exílio. Judá viu o que sucedeu à sua irmã, mas não temeu o
julgamento vindouro.
3.1 Quando uma mulher recebia uma notificação de divórcio
da parte de seu marido, e se casava com outro, e se este, por 3.9 Pedras e árvores. ídolos de pedra e madeira, além de pila-
JEREMIAS 3.10 1062
tuição, poluiu ela a terra; porque adulterou, 3.9 fjr 2.2
à mente, não se lembrarão dela nem dela sen­
adorando pedras e árvores/ tirão falta; e não se fará outra.m
3.10
10 Apesar de tudo isso, não voltou de todo 92Cr 34.33 17 Naquele tempo, chamarão a Jerusalém
o coração para mim a sua falsa irmã Judá, de Trono do S e n h o r ; nela se reunirão todas
mas fingidamente, diz o S e n h o r . 9 3.11 íiEz 16.51 as nações em nome do S e n h o r e já não anda­
11 Disse-me o S e n h o r : Já a pérfida Is­ rão segundo a dureza do seu coração
rael se mostrou mais justa do que a falsa 3.12'2Rs 17.6; maligno."
|r 103.5
Judá.h 18 Naqueles dias, andará a casa de Judá
12 Vai, pois, e apregoa estas palavras para 3.13/Lv 26.40; com a casa de Israel, e virão juntas da terra do
o lado do Norte e dize: Volta, ó pérfida Israel, Pv 28.13; Norte para a terra que dei em herança a vos­
diz o S e n h o r , e não farei cair a minha ira Ez 16.15,24-25 sos pais.0
sobre ti, porque eu sou compassivo, diz o 19 Mas eu a mim me perguntava: como te
3.14 *Jr 31.32;
S e n h o r , e não manterei para sempre a mi­ porei entre os filhos e te darei a terra desejá­
Rm 11.5
nha ira.1 vel, a mais formosa herança das nações? E
13 Tão-somente reconhece a tua iniqüi­ 3.15 'Jr 23.4; respondi: Pai me chamarás e de mim não te
dade, reconhece que transgrediste contra o At 20.28 desviarás.P
S e n h o r , teu Deus, e te prostituíste com os 20 Deveras, como a mulher se aparta per-
3.16 mls 65.17
estranhos debaixo de toda árvore frondosa e fidamente do seu marido, assim com perfídia
não deste ouvidos à minha voz, diz o te houveste comigo, ó casa de Israel, diz o
3.17 "Is 60.9
S e n h o r ./ S e n h o r . 1?
3.18 °ls 11.13; 21 Nos lugares altos, se ouviu uma voz.
O povo exortado a arrepender-se Ez 37.16-22; pranto e súplicas dos filhos de Israel; por­
Am 9.15
14 Convertei-vos, ó filhos rebeldes, diz o quanto perverteram o seu caminho e se esque­
S e n h o r ; porque eu sou o vosso esposo e vos ceram do S e n h o r , seu Deus/
3.19
tomarei, um de cada cidade e dois de cada PS1106.24; 22 Voltai, ó filhos rebeldes, eu curarei as
família, e vos levarei a Sião.* Ez 20.6 vossas rebeliões.5
15 Dar-vos-ei pastores segundo o meu Eis-nos aqui, vimos ter contigo; porque tu
3.20 <)ls 48.8
coração, que vos apascentem com conheci­ és o S e n h o r , nosso Deus.
mento e com inteligência.( 23 Na verdade, os outeiros não passam de
3.21 Ms 15.2
16 Sucederá que, quando vos multiplicar- ilusão, nem as orgias das montanhas; com
des e vos tomardes fecundos na terra, então, 3.22 ijr 3.14 efeito, no S e n h o r , nosso Deus, está a salva­
diz o S e n h o r , nunca mais se exclamará: A ção de Israel.1
arca da Aliança do S e n h o r ! Ela não lhes virá 3.23 ISI 3.8 24 Mas a coisa vergonhosa devorou o la­

res e postes erigidos em honra aos deuses de seus vizinhos. A como trono de Deus. Nações. Os gentios também participa­
idolatria é o adultério espiritual. rão do reino vindouro de Jeová, em Jerusalém. • N. Hom. A
3.10 Fingidamente.. Embora Josias tivesse feito uma reforma prostituição descrita neste capítulo é o fato de ir atrás de
vigorosa, esta não atingiu os corações do povo (vd nota em outros deuses, da maneira descrita em Dt 13.1 -1 1 , ou deixar
44.18). de adorar a Deus da maneira descrita em Rm 1 2 .1 -2, ser-
vin d o -0 integralmente. A falta de fidelidade à nossa vocação
3.11 Judá tinha mais vantagens do que Israel: uma sucessão
cristã é uma das formas mais condenáveis de prostituição.
de reis da dinastia de Davi, o templo, os levitas e o exemplo
de Israel como advertência. 3.19 Como. Não se trata de uma pergunta, mas de uma ex­
3.12 Norte. Na direção da Assíria e da Média. As dez tribos pressão de desejo. Filhos. Temos aqui a doutrina de Deus, por
foram levadas cativas para ali, em 722 a.C. meio de sua graça, adotando os indignos e rebeldes, que
tinham se tornado piores do que os próprios pagãos. Deus
3.13 Transgrediste, rebeldia ou revolta, apostasia ou disputa.
queria tratá-los como filhos, dotados de direitos de herança
3.14 Embora se tivessem afastado de Jeová, e agora estives­
(cf Gl 3.18; 1 Pe 1.4; Rm 8.17).
sem em uma terra distante padecendo necessidades, podiam
contar com a recepção por parte do Pai, se retornassem em 3.21— 4.4 As condições do arrependimento sempre resul­
espírito filial (Lc 15.19). tam na remoção dos santuários pagãos e no reconhecimento
3.16 Arca. Na lei, servia de símbolo do trono de Jeová. A do direito exclusivo de Deus, jurando-se apenas pelo seu
arca, com o seu propiciatório, que assinalava a presença de nome (4.2), e corações purificados.
Jeová, era o centro da reverência. 3.24 Vergonhosa. Heb bosheth. Baal, deus da vergonha que
3.17 A glória de Jeová e Sua presença visível manifestar-se- trazia a desgraça, cuja adoração é um opróbrio ao seu adora­
iam por toda a cidade santa. Como habitação de |eová, rece­ dor. É a palavra usada para não ser mencionado o 'x r - e *
beria o título de "Trono de Jeová", assim substituindo a arca "Baal".
1063 JEREMIAS 4.16
3.24 ujr 11.13 o seu lugar para fazer da tua terra uma desola­
bor de nossos pais, desde a nossa mocidade:
as suas ovelhas e o seu gado, os seus filhos e ção, a fim de que as tuas cidades sejam des­
3.25 vEd 9.7
as suas filhas.u truídas, e ninguém as habite.c
25 Deitemo-nos em nossa vergonha, e cu­4.1 «-Ir 3.1; 8 Cingi-vos, pois, de cilício, lamentai e
bra-nos a nossa ignomínia, porque temos pe­ |l2.12 uivai; porque a ira ardente do Senhor não se
cado contra o Senhor, nosso Deus, nós e desviou de nós.d
nossos pais, desde a nossa mocidade até ao 4.2 *Gn 22.18; 9 Sucederá naquele dia, diz o Senhor,
SI 72.17; Jr 5.2;
dia de hoje; e não demos ouvidos à voz do 1Co1.31; que o rei e os príncipes perderão a coragem,
Senhor, nosso Deus.v Cl 3.8 os sacerdotes ficarão pasmados, e os profetas,
Se voltares, ó Israel, diz o Senhor, volta estupefatos.
4 para mim; se removeres as tuas abomi- 4.3 /Os 10.12
nações de diante de mim, não mais andarás
10 Então, disse eu: Ah! Senhor Deus!
Verdadeiramente, enganaste a este povo e a
4.4 *Dt 10.16; Jerusalém, dizendo: Tereis paz; e eis que a
vagueando;w Rm 2.28-29
2 se jurares pela vida do Senhor, em ver­ espada lhe penetra até à alma.e
dade, em juízo e em justiça, então, nele serão 4.5 °)r 8.14 11 Naquele tempo, se dirá a este povo e a
benditas as nações e nele se glorificarão.* Jerusalém: Vento abrasador dos altos desnu­
3 Porque assim diz o Senhor aos homens 4.6 njr 1.13-15 dos do ermo assopra diretamente à filha do
de Judá e Jerusalém: Lavrai para vós outros meu povo, não para padejar nem para
campo novo)' e não semeeis entre espinhos. 4.7 c2Rs 24.1; alimpar.f
Jr 2.15
4 Circuncidai-vos para o Senhor, circun- 12 Vento mais forte do que este virá ainda
cidai o vosso coração, ó homens de Judá e 4.8 ^ Is 22.12 de minha parte, e, então, também eu pronun­
moradores de Jerusalém, para que o meu fu­ ciarei a sentença contra eles. 9
ror não saia como fogo e arda, e não haja 4.10 <?jr 5.12; 13 Eis aí que sobe o destruidor como nu­
quem o apague, por causa da malícia das vos­ 2Ts2.ll vens; os seus carros, como tempestade; os
sas obras.z seus cavalos são mais ligeiros do que as
4.11 f|r 51.1;
Os 13.15
águias. Ai de nós! Estamos arruinados\h
Vem do Norte o mal 14 Lava o teu coração da malícia, ó Jeru­
5 Anunciai em Judá, fazei ouvir em Jeru­ 4.12 srjr 1.16 salém, para que sejas salva! Até quando hos-
salém e dizei: Tocai a trombeta na terra! Gri­ pedarás contigo os teus maus pensamentos?'
tai em alta voz, dizendo: Ajuntai-vos, e 4.13 f>Dt 28.49; 15 Uma voz se faz ouvir desde Dã e anun­
Lm 4.19; Hc 1.8
entremos nas cidades fortificadas!0 cia a calamidade desde a região montanhosa
6 Arvorai a bandeira rumo a Sião, fugi e de Efraim!/
4.14 'Is 1.16
não vos detenhais; porque eu faço vir do 16 Proclamai isto às nações, fazei-o ouvir
Norte um mal, uma grande destruição.b 4.15 yjr 8.16 contra Jerusalém: De uma terra longínqua
7 Já um leão subiu da sua ramada, um vêm sitiadores e levantam a voz contra as
destruidor das nações; ele já partiu, já deixou 4.16 fcjr 5.15 cidades de Judá.*

3.25 Deitemo-nos. O arrependimento por causa dos erros do por suas idolatrias. Os profetas estavam estupefatos porque
passado certamente viria tão forte, que seriam vencidos pela suas profecias otimistas não eram cumpridas.
emoção e cairiam prostrados (2 Sm 12.16; 13.31; 1 Rs 21.4,
4.11 Vento, o siroco, vendaval seco e sufocante que tudo
quanto à prática de tal costume sob sentimentos dolorosos).
crestava (18.17; |ó 1.19), figura de um invasor. Tal vento era
4.4 Circuncidai-vos. Pôr de lado a carne impura é apenas o por demais poderoso para ser alguma coisa útil. Filha (v 31),
símbolo da verdadeira purificação da alma (1 Co 7.19; Jerusalém personificada como uma mulher.
Rm 2.29).
4.13 Nuvens. Figura de invasores (Ez38.17; Jt 2.2). Águias,
4.6 Arvorai a bandeira. Assinalai uma rota para aqueles que
(gypsi fulvus). Uma espécie de abutre (48.40; 49.22;
buscam abrigo dentro dos muros de Jerusalém, o baluarte
2 Sm 1.23).
mais seguro do reino. Norte. Babilônia invadiria através da
Síria, seguindo o caminho normal entre a Mesopotâmia e a 4.14 Maus pensamentos. A imoralidade, cuja palavra raiz,
Palestina. "um sopro", significa vazio material ou moral. Pecados de
4.7 Leão.. . destruidor das nações, epítetos apropriados para todos os tipos, especialmente a idolatria naquele tempo da
um líder como Nabucodonosor. história de judá.
4.8 O brasume da ira de Jeová por causa da iniqüidade impe- 4.15 Dã. No norte da Palestina: um dos dois centros religio­
nitente dos dias de Manassés (6 98 -6 4 3 a.C.). Cilício. A roupa sos criados por Jeroboão I, em 931 a.C. Efraim, na Palestina
de luto, da desgraça. central, na cadeia de montanhas que dividia Efraim de Judá,
4.9 Sacerdotes.. . pasmados. Por causa da punição causada de 12 a 16 quilômetros de Jerusalém.
JEREMIAS 4.17 1064
17 Como os guardas de um campo, eles 4 .1 7 '2Rs 25.1
acima se enegrecerão; porque falei, resolvi e
cercam Jerusalém, porque ela se rebelou con­ não me arrependo, nem me retrato."
4.18
tra mim, diz o S e n h o r .' 29 Ao clamor dos cavaleiros e dos flechei-
mS1107.17;
18 O teu proceder e as tuas obras fizeram Jr 2.1 7,19 ros, fogem todas as cidades, entram pelas sel­
vir sobre ti estas coisas; a tua calamidade, que vas e sobem pelos penhascos; todas as
é amarga, atinge até o próprio coração."1 4.19 "Is 15.5; cidades ficam desamparadas, e já ninguém
19 Ah! Meu coração! Meu coração! Eu Lc 19.42 habita nelas.
me contorço em dores. Oh! As paredes do 30 Agora, pois, ó assolada, por que fazes
4.20 oSl 42.7;
meu coração! Meu coração se agita! Não assim, e te vestes de escarlata, e te adornas
Ez 7.26
posso calar-me, porque ouves, ó minha alma, com enfeites de ouro, e alargas os olhos com
o som da trombeta, o alarido de guerra.0 4.22 pRm 16.19
pinturas, se debalde te fazes bela? Os amantes
20 Golpe sobre golpe se anuncia, pois a te desprezam e procuram tirar-te a vida.v
terra toda já está destruída; de súbito, foram 4.23 qGn 1.2 31 Pois ouço uma voz, como de partu-
destruídas as minhas tendas; num momento, riente, uma angústia como da primípara em
as suas lonas.0 4.24 ris 5.25 suas dores; a voz da filha de Sião, ofegante,
21 Até quando terei de ver a bandeira, te­ que estende as mãos, dizendo: Ai de mim
rei de ouvir a voz da trombeta? 4.25 sSf1.3 agora! Porque a minha alma desfalece por
22 Deveras, o meu povo está louco, já não causa dos assassinos.w
me conhece; são filhos néscios e não inteli­ 4.27 fJr 5.10
gentes; são sábios para o mal e não sabem Os pecados de Jerusalém e de Judá
fazer o bem.P 4.28 Dai voltas às ruas de Jerusalém; vede
23 Olhei para a terra, e ei-la sem forma e
vazia; para os céus, e não tinham luz.?
«Nm 23.19;
Jr 7.16 5 agora, procurai saber, buscai pelas suas
praças a ver se achais alguém, se há um ho­
24 Olhei para os montes, e eis que tre­ 4.50 v2Rs 9.30; mem que pratique a justiça ou busque a ver­
miam, e todos os outeiros estremeciam/ Lm 1.2,19 dade; e eu lhe perdoarei a ela.*
25 Olhei, e eis que não havia homem ne­ 2 Embora digam: Tão certo como vive o
nhum, e todas as aves dos céus haviam 4.31 »ls1.15 S e n h o r , certamente, juram falso.)'
fugido.5 3 Ah! S e n h o r , não é para a fidelidade
26 Olhei ainda, e eis que a terra fértil era 5.1 *Gn 18.23; que atentam os teus olhos? Tu os feriste, e
5112.1
um deserto, e todas as suas cidades estavam não lhes doeu; consumiste-os, e nâo quiseram
derribadas diante do S e n h o r , diante do furor receber a disciplina; endureceram o rosto
5.2 Kjr 4.2
da sua ira. mais do que uma rocha; não quiseram
27 Pois assim diz o Senhor; Toda a terra 5.3 z2Cr 16.9;
voltar.2
será assolada; porém não a consumirei de Jr 2.30 4 Mas eu pensei: são apenas os pobres que
todo.1 são insensatos, pois não sabem o caminho do
28 Por isso, a terra pranteará, e os céus 5.4 ojr 7.8 S e n h o r , o direito do seu Deus.0

4.19 Meu coração (heb mêâh). Entranhas ou intestinos como mulher que dava à luz o seu primeiro filho. • N. Hom. O
sede dos mais profundos sentimentos (Cl 5.4; Is 16.11; quarto capítulo mostra-nos que uma reforma religiosa, que
63.15; Jr 31.20). Exemplifica o motivo por que Jeremias é não traz verdadeiro arrependimento e a religião em espírito e
chamado de "profeta chorão"; lamentou profundamente o em verdade, é como semear em espinhos e preparar a des­
estado moral do seu povo. truição descrita nos w 5 -3 1 . Há necessidade de haver con­
versão (v 1), vida moral (v 2), renovação do ser (v 3), e
4.26 Fértil, transliterado "Carmelo", a porção mais fértil da
pureza de coração (v 4).
terra, que voltou a um estado de caos original, como em
Gn 1 .2 . 5.1 Um homem. Sodoma teria sido salva se ao menos dez
justos pudessem ter sido encontrados; Jerusalém precisava
4.29 Selvas e .. . penhascos, vd Jz 6.2, cavernas, etc., onde
apenas de um (Gn 18.23-33). Verdade. A mesma palavra que
Israel procurava ocultar-se de seus inimigos em outras oca­ no v 3 é traduzida por "fidelidade", que une a si mesma fide­
siões. lidade para com Deus (constância), para com os homens (in­
4.30 Pinturas. Antimônio ou estíbio; as beiras das pálpebras tegridade), para consigo mesmo (autenticidade).
eram enegrecidas com o propósito de aumentar o contraste 5.2 Um juramento solene usado para reforçar suas mentiras.
do brilho dos olhos para fazê-los parecerem maiores (Jezabel Se tivessem jurado por seu Deus, mostrariam sua lealdade
2 Rs 9.30). Amantes. Aqueles com quem tinham procurado para com Ele, mas não sucedera assim (D t 10.20).
entrar em aliança política.
5.4,5 O caminho (no heb misfat). Um sistema prescrito de
4.31 Sião. Os habitantes de Sião personificados como uma ordenanças, a maneira correta de adorar.
1065 JEREMIAS 5.23
5 Irei aos grandes e falarei com eles; por­ 5.5 t>St 2.3 palavras, eis que converterei em fogo as mi­
que eles sabem o caminho do Senhor, o di­ nhas palavras na tua boca e a este povo, em
reito do seu Deus; mas estes, de comum 5.6 cS1104.20; lenha, e eles serão consumidos./
Os 13.7; Sf 3.3
acordo, quebraram o jugo e romperam as 15 Eis que trago sobre ti uma nação de
algemas.b longe, ó casa de Israel, diz o Senhor; nação
5.7 ^Dt 32.15;
6 Por isso, um leão do bosque os matará, (s 23.7; GI4.8 robusta, nação antiga, nação cuja língua igno­
um lobo dos desertos os assolará, um leo­ ras; e não entendes o que ela fala.*
pardo estará à espreita das suas cidades; qual­ 5.8 e|r 13.27 16 A sua aljava é como uma sepultura
quer que sair delas será despedaçado; porque aberta; todos os seus homens são valentes.
as suas transgressões se multiplicaram, multi­ 5 .9 '|r 5.29 17 Comerão a tua sega e o teu pão, os teus
plicaram-se as suas perfídias.c filhos e as tuas filhas; comerão as tuas ove­
7 Como, vendo isto, te perdoaria? Teus lhas e o teu gado; comerão a tua vide e a tua
5.10 <7|r 4.18
filhos me deixam a mim e juram pelos que figueira; e com a espada derribarão as tuas
não são deuses; depois de eu os ter fartado,
5.11 hjr 3.20 cidades fortificadas, em que confias.1
adulteraram e em casa de meretrizes se ajtin­
18 Contudo, ainda naqueles dias, diz o
taram em bandos ;d
5.12 Senhor, não vos destruirei de todo.m
8 como garanhões bem fartos, correm de '2Cr 36.16; 19 Quando disserem: Por que nos fez o
um lado para outro, cada um rinchando à mu­ )r 4.10
Senhor, nosso Deus, todas estas coisas? En­
lher do seu companheiro.e
tão, lhes responderás: Como vós me deixastes
9 Deixaria eu de castigar estas coisas, diz 5.14/]r 1.9
e servistes a deuses estranhos na vossa terra,
o Senhor, ou não me vingaria de nação
como esta?f assim servireis a estrangeiros, em terra que
5.15 *Dt 28.49;
10 Subi vós aos terraços da vinha, destruí- Jr 1.15 não é vossa.n
a, porém não de todo; tirai-lhe as gavinhas, 20 Anunciai isto na casa de Jacó e fazei-o
porque não são do Senhor. 9 5 .17'Lv 26.16 ouvir em Judá, dizendo:
11 Porque perfidamente se houveram con­ 21 Ouvi agora isto, ó povo insensato e
tra mim, a casa de Israel e a casa de Judá, diz 5.18 mjr 4.27 sem entendimento, que tendes olhos e não
o Senhor. h vedes, tendes ouvidos e não ouvis.0
12 Negaram ao Senhor e disseram: Não 5.19 nDt 28.48; 22 Não temereis a mim? — diz o
1Rs 9.8-9 Senhor ; não tremereis diante de mim, que
é ele; e: Nenhum mal nos sobrevirá; não vere­
mos espada nem fome.' pus a areia para limite do marP, limite perpé­
13 Até os profetas não passam de vento, 5.21 °ls 6.9; tuo, que ele não traspassará? Ainda que se
Mt 13.14;
porque a palavra não está com eles, as suas At 28.26 levantem as suas ondas, não prevalecerão;
ameaças se cumprirão contra eles mesmos. ainda que bramem, não o traspassarão.
14 Portanto, assim diz o Senhor, o Deus 5.22 23 Mas este povo é de coração rebelde e
dos Exércitos: Visto que proferiram eles tais p]ó 38.8-11 contumaz; rebelaram-se e foram-se.

5.6 Leão, lobo, leopardo. Alguns interpretam esses animais ras. Os apelos pela misericórdia seriam inúteis, uma vez feitos
como nações, e.g., os caldeus, a Babilônia. Outros entendem em uma linguagem não compreendida pelos estrangeiros.
que são tipos de calamidades. O leopardo se oculta perto de
5.16 Aljava é como uma sepultura. Flecheiros de excepcional
uma vila ou de uma fonte, e espera durante horas pela opor­
pontaria com dardos mortais (cf Is 22.6) Um perigoso inva­
tunidade de atirar-se sobre gado ou pessoas.
sor. Cada flecha causava a m orte de alguém.
5.7-11 Deus não tinha qualquer alternativa em face da ido­
5 .2 0 -2 5 A teimosia e a rebelião de ]udá fechavam seus olhos
latria e da imoralidade generalizadas. A vinha selecionada do
e seus ouvidos para que não mais pudessem entender as cla­
Senhor tornara-se brava e tinha de ser destruída.
ras ações de Jeová (Pv 1.7). • N. Hom. O quinto capítulo en­
5.10 Terraços. No caso, fileiras de vinhas. Não de todo. Ponto
sina-nos que: 1) A desgraça nacional é o efeito imediato de
salientado em Jeremias acerca do "remanescente", vd 4.27.
todas as classes sociais viverem longe de Deus, w 1 - 6; 2) A
Gavinhas. Simbolizam a segurança cívica e política de Judá.
idolatria causa uma série de imoralidades que levam à retirada
5.12 Não é He, ou Ele nada fará acerca do que profetizou do apoio divino, 7 -1 1 ; 3) Quando a palavra de Deus não é
Jeremias, sinal de incredulidade nas advertências de Deus fielmente pregada (13) e respeitada ( 12 ), torna-se um objeto
através do profeta fiel. de condenação e de destruição (14) (cf Rm 7.7 -1 4); 4) Viver
5.13 Uma completa rejeição aos profetas fiéis por parte do longe de Deus é insensatez e rebelião (21,23).
povo. 5.21 Sem entendimento, ou sem coração. Os hebreus consi­
5.15 Israel. As dez tribos estavam no cativeiro, e Judá viera a deravam que o coração era a sede da compreensão ou inteli­
ser reconhecida como o único verdadeiro Israel. Língua igno­ gência. jó 12.24; 36.13; Os 7.11 têm a mesma palavra.
JEREMIAS 5.24 1066
24 Não dizem a eles mesmos: Temamos 5.24 <?Cn 8.22; que do lado do Norte surge um grande mal,
SI 1-47.8; Jl 2.23;
agora ao Senhor, nosso Deus, que nos dá a At 14.17 uma grande calamidade/
seu tempo a chuva, a primeira e a última, que 2 A formosa e delicada, a filha de Sião, eu
nos conserva as semanas determinadas da deixarei em minas.
sega.1? 5.25 r|r 3.3 3 Contra ela virão pastores com os seus
25 As vossas iniqüidades desviam estas rebanhos; levantarão suas tendas em redor, e
coisas, e os vossos pecados afastam de vós 5.26 *Pv 1.11;
cada um apascentará no seu devido lugar, y
o bem/ Hc 1.15 4 Preparai a guerra contra ela, disponde-
26 Porque entre o meu povo se acham per­ vos, e subamos ao meio-dia. Ai de nós, que já
versos; cada um anda espiando, como esprei­ declina o dia, já se vão estendendo as sombras
5.28 (Dt 32.15;
tam os passarinheiros; como eles, dispõem SI 73.12; Jr 12.1
da tarde!2
armadilhas e prendem os homens.5 5 Disponde-vos, e subamos de noite e
27 Como a gaiola cheia de pássaros, são destruamos os seus castelos.
as suas casas cheias de fraude; por isso, se 5.29 <J]r 5.9 6 Porque assim diz o SENHOR dos Exérci­
tomaram poderosos e enriqueceram. tos: Cortai árvores e levantai tranqueiras con­
28 Engordam, tomam-se nédios e ultra­ tra Jerusalém. Esta é a cidade que há de ser
5.30 v|r 23.14
passam até os feitos dos malignos; não defen­ punida; só opressão há no meio dela.
dem a causa, a causa dos órfãos, para que 7 Como o poço conserva frescas as suas
prospere; nem julgam o direito dos necessi­ 5.31 w|r 14.14; águas, assim ela, a sua malícia; violência e
tados.1 Mq 2.11 estrago se ouvem nela; enfermidade e feridas
29 Não castigaria eu estas coisas? — diz há diante de mim continuamente.0
o Senhor; não me vingaria eu de nação como 6.1 *Ne 3.14
8 Aceita a disciplina, ó Jerusalém, para
esta?u que eu não me aparte de ti; para que eu não te
30 Coisa espantosa e horrenda se anda fa­ tome em assolação e terra não habitada.6
zendo na terra:v 6.3 ylRs 25.1;
|f 4.17 As iniqüidades de Jerusalém
31 os profetas profetizam falsamente, e os
sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; são a causa de sua queda
e é o que deseja o meu povo. Porém que fareis 6.4 ?(r 15.8 9 Assim diz o Senhor dos Exércitos: Di­
quando estas coisas chegarem ao seu fim?* ligentemente se rebuscarão os resíduos de Is­
rael como uma vinha; vai metendo a mão.
Jerusalém será sitiada 6.7 oSl 55.9-11; como o vindimador, por entre os sarmentos.
Jr 20.8
Fugi, filhos de Benjamim, do meio de 10 A quem falarei e testemunharei, para
6 Jerusalém; tocai a trombeta em Tecoa e
levantai o facho sobre Bete-Haquerém, por­ 6.8 i>Ez 23.18
que ouçam? Eis que os seus ouvidos estão
incircuncisos e não podem ouvir; eis que a

5.24 Primeira. Do outono, entre outubro e dezembro. Última. 6.1 Tecoa. A 18km ao sul de Jerusalém. Bete-Haquerém, "casa
Da primavera, março, abril e maio. Essas chuvas são o esteio do vinhedo", modernamente Ramet. Rahel, 4km ao sul de
da agricultura, as primeiras para o preparo da terra para o Jerusalém, de frente para o mar Morto, a maior e mais alta
arado e para a semeadura; e as últimas para produzirem uma colina da Palestina; |erusalém, de fato, ficava no território de
rica colheita. Semanas determinadas da sega. As sete semanas Benjamim, e o vale de Hinom servia de fronteira com Judá.
entre a festa da Páscoa e a festa das Semanas (Pentecostes), 6.3 Apascentará. Assolará a terra (M q 5.6). Aqui a figura é de
D t 16.9. generais, com suas tropas fazendo um cerco. Para os fiéis, hã
5.25 Bênçãos tais como a chuva e a colheita, tão regulares um pastor amoroso (SI 23; Jo 10.1 —18).
que se tornaram comuns, foram perdidas por causa de sua 6.4 Preparai. Lit "santificai". Entrar na guerra era tido como
rebelião. um ato religioso. Era acompanhado por cerimônias de consa­
5.28 Engordam. Considerado como sinal de prosperidade. gração (1 Sm 7 .8-10).
Os hebreus reputavam a gordura como sinal de auto-indul- 6.6 Levantai tranqueiras (vd 32.24n) lit, lançai ou derrama'
gência satisfeita, e associavam-na com a impiedade um monte, um método que consistia em derramar cestos
(Jó 15.27; SI 73.7). Nédios. De pele lustrosa e esticada de cheios de terra para facilitar o uso dos aríetes ou atingir o alto
gordura. dos muros para melhor assaltar a cidade. Árvores cortadas
5.30 Espantosa. Essa palavra verdadeiramente significa deso­ eram parte do processo de preenchimento e proteção.
lação, destruição. 6.8 Aparte. Gn 32.25, "deslocou". A mesma palavra no he­
5.31 Este versículo condena os corruptos líderes espirituais, e braico.
o povo é condenado por tolerar a corrupção dos sacerdotes e 6.9 Procura-se algum pequeno remanescente justo entre o
dos profetas. povo.
1067 JEREMIAS 6.28
palavra do Senhor é para eles coisa vergo­ 6.10 cEx 6.12; 20 Para que, pois, me vem o incenso de
At 7.61
nhosa; não gostam dela.c Sabá e a melhor cana aromática de terras lon­
11 Pelo que estou cheio da ira do gínquas? Os vossos holocaustos não me são
6.11 <<|r9.21 aprazíveis, e os vossos sacrifícios não me
Senhor; estou cansado de a conter. Der-
ramá-la-ei sobre as crianças pelas ruas e nas agradam.'
reuniões de todos os jovens; porque até o ma­ 6.12 «Dt 28.30 21 Portanto, assim diz o S enhor: Eis que
rido com a mulher serão presos, e o velho, ponho tropeços a este povo; neles cairão pais
com o decrépito.d 6.13 "'Is 56.11; e filhos juntamente; o vizinho e o seu compa­
Mq 3.5,11
12 As suas casas passarão a outrem, os nheiro perecerão.
campos e também as mulheres, porque esten­
derei a mão contra os habitantes desta terra, 6.14 gjr 8.11; O inimigo do Norte
Ez 13.10
diz o Senhor/ 22 Assim diz o Senhor: Eis que um povo
13 porque desde o menor deles até ao vem da terra do Norte, e uma grande nação se
6.15 h), 3.3
maior, cada um se dá à ganância, e tanto o levanta dos confins da terra.m
profeta como o sacerdote usam de falsidade.1 23 Trazem arco e dardo; eles são cruéis e
14 Curam superficialmente a feridas do 6.16 'M t 11.29 não usam de misericórdia; a sua voz ruge
meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não como o mar, e em cavalos vêm montados,
há paz. 6.17/ls 21.11; como guerreiros em ordem de batalha contra
Ez 3.17
15 Serão envergonhados, porque cometem ti, ó filha de Sião."
abominação sem sentir por isso vergonha; 24 Ao ouvirmos a sua fama, afrouxam-se
nem sabem que coisa é envergonhar-se. Por­ 6.19 kPv 1.31 as nossas mãos, angústia nos toma e dores
tanto, cairão com os que caem; quando eu os como de parturiente.0
castigar, tropeçarão, diz o Senhor. h 6.20 ISI 40.6; 25 Não saias ao campo, nem andes pelo
Jr 7.21; Mq 6.6
16 Assim diz o Senhor: Ponde-vos à caminho, porque o inimigo tem espada, e há
margem no caminho e vede, perguntai pelas terror por todos os lados.
veredas antigas, qual é o bom caminho; andai 6.22 m]r 1.15 26 Ó filha do meu povo, cinge-te de cilí-
por ele e achareis descanso para a vossa cio e revolve-te na cinza; pranteia como por
alma1; mas eles dizem: Não andaremos. 6.23 "Is 5.30 filho único, pranto de amarguras; porque, de
17 Também pus atalaias sobre vós, di­ súbito, virá o destruidor sobre nós.P
zendo: Estai atentos ao som da trombeta; mas 6.24 °|r 4.31
eles dizem: Não escutaremos./ O trabalho inútil de Jeremias
18 Portanto, ouvi, ó nações, e informa-te, 6.26 P)r 4.8; 27 Qual acrisolador te estabeleci entre o
ó congregação, do que se fará entre eles! Zc 12.10 meu povo, qual fortaleza, para que venhas a
19 Ouve tu, ó terra! Eis que eu trarei mal conhecer o seu caminho e o examines. 9
sobre este povo, o próprio fruto dos seus pen­ 6.27 qjr 1.18 28 Todos eles são os mais rebeldes e an­
samentos; porque não estão atentos às minhas dam espalhando calúnias; são bronze e ferro,
palavras e rejeitam a minha lei.* 6.28 rJr 5.23 são todos corruptores/

6.13 Líderes que buscavam seu próprio progresso e não o 6.20 Sabá. Sudoeste da Arábia; a mais fina resina aromática,
bem-estar do povo. o incenso puro, não substituirá a obediência. Êx 30.34 reque­
6.14 Paz, não apenas por ausência de guerra, mas também ria seu uso; também em ofertas de manjares. Lv 2.1,15. Cana
por condições ideais de prosperidade material e espiritual. aromática. Calamus odoratus, provavelmente proveniente da
Os falsos profetas preferem "consolar" o povo dizendo que índia, usada no óleo de unção, Êx 30.23.
tudo vai bem, ao invés de guerrear contra o problema do 6.22 Um povo vem da terra do Norte. Sua crueldade sem igual
pecado. se vê nos monumentos de guerra daquela época.
6.16 Veredas.. . caminho. Se procurassem as veredas antigas 6.25 Terror por todos os lados. Frase típica de Jeremias para
encontrariam o caminho do Senhor e o descanso (D t3 2.7 ). indicar perigo generalizado (49.29; Lm 2.22).
Judá não queria nem procurar nem seguir tal caminho.
6.26 Cilício. É o pano de saco. Revolve-te na cinza, demons­
6.17 Atalaias. Profetas. Semelhantes a vigias em altas torres
tração de luto e desgraça.
(Hc 2.1) que faziam soar alarmas de advertências
(Ez 3.16-21; 33.1 -9). Não escutaremos, judá recusava-se a 6.27 Acrisolador. Deus diz a jeremias que Ele é o analista mo­
ouvir o alarma que avisara a aproximação do desastre ral que prova a qualidade de Judá, pelo teste do fogo.
(Ez 33.4). 6.28 Bronze e ferro. O acrisolador, em sua análise de Judá,
6.19 Pensamentos. Juízo por causa de maus pensamentos, não encontrou qualquer valor precioso como acontece
como em Gn 6.5. quando se testa metal e se encontra ouro.
JEREMIAS 6.29 1068
29 O fole bufa, só chumbo resulta do seu 6.30 sIs 1.22 9 Que é isso? Furtais e matais, cometeis
fogo; em vão continua o depurador, porque os 7.2 tjr 26.2
adultério e jurais falsamente, queimais in­
iníquos não são separados. censo a Baal e andais após outros deuses que
30 Prata de refugo lhes chamarão, porque 7.3 «|r 18.11 não conheceis,0
o S e n h o r os refugou.5 10 e depois vindes, e vos pondes diante de
7.4 *M q 3.11
mim nesta casa que se chama pelo meu nome,
O templo não protege a nação iníqua e dizeis: Estamos salvos; sim, só para conti-
7.5 >v|r22.3
Palavra que da parte do Senhor foi dita nuardes a praticar estas abominações!1’
7 a Jeremias:
2 Põe-te à porta da Casa do Senhor, e
7.6 *Dt 6.14-15 11 Será esta casa que se chama pelo meu
nome um covil de salteadoresc aos vossos
7 .7 /D t 4.40
proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a pala­ olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o
vra do Senhor, todos de Judá, vós, os que 7.8 zjr 5.31 Senhor.
entrais por estas portas, para adorardes ao 12 Mas ide agora ao meu lugar que estava
7.9 °Êx 20.3; em Siló, onde, no princípio, fiz habitar o meu
Senhor.'
1Rs 18.21;
3 Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Os 4.1-2 nome, e vede o que lhe fiz, por causa da
Deus de Israel: Emendai os vossos caminhos maldade do meu povo de Israel.d
e as vossas obras, e eu vos farei habitar neste 7.10 b|r 23.11; 13 Agora, pois, visto que fazeis todas es­
Ez 23.39
lugar.u tas obras, diz o Senhor, e eu vos falei, come­
4 Não confieis em palavras falsas, di­ 7.11 cMt 21.13; çando de madrugada, e não me ouvistes,
zendo: Templo do Senhor , templo do Mc 11.17; chamei-vos, e não me respondestes/
Lc 19.46 14 farei também a esta casa que se chama
Senhor, templo do Senhor é este.1'
5 Mas, se deveras emendardes os vossos 7.12 dDt 12.11;
pelo meu nome, na qual confiais, e a este
caminhos e as vossas obras, se deveras prati- |z 18.31; lugar, que vos dei a vós outros e a vossos pais,
cardes a justiça, cada um com o seu 1Sm 4.10-11; como fiz a Siló/
)r 26.6
próximo;w 15 Lançar-vos-ei da minha presença,
6 se não oprimirdes o estrangeiro, e o ór­ 7.13 como arrojei a todos os vossos irmãos, a toda
fão, e a viúva, nem derramardes sangue ino­ «20 36.15; a posteridade de Efraim. 9
Is 65.12
cente neste lugar, nem andardes após outros
deuses para vosso próprio mal/ A intercessão do profeta
7.14 '(12-14)
7 eu vos farei habitar neste lugar, na terra Js 18.1; SI 78.60; não salvará o povo rebelde
que dei a vossos pais, desde os tempos anti­ Jr 26.6 16 Tu, pois, não intercedas por este povo,
gos e para sempre.)' 7.15 g2Rs 17.23
nem levantes por ele clamor ou oração, nem
8 Eis que vós confiais em palavras falsas, me importunes, porque eu não te ouvirei.h
que para nada vos aproveitam/ 7.16&ÊX 32.10 17 Acaso, não vês tu o que andam fazendo

6.29 Continua. Neste caso, a mesma raiz repetida conforme 7.3 Caminhos. Hábitos profundamente arraigados. Obras.
usada em "depurador". Lit, "em vão" o acrisolador purifica. Atos que, individualmente considerados, constituem tais
Ao refinar, o ourives mistura o chumbo com a liga contendo hábitos.
o ouro ou a prata numa fornalha, em um vaso de barro ou 7.6 Assassínios judiciais, ataques violentos contra os profetas
cinza de osso; uma corrente de ar é projetada contra a massa e homens piedosos, sacrifícios de crianças a Moloque.
dissolvida (não sobre o fogo), o chumbo então se oxida e,
7.10 Estamos salvos. Falsa segurança baseada em observân-
agindo como um fluxo, leva consigo a liga, deixando o ouro
cias religiosas externas.
ou a prata puros.
7.11 Covil. Muitas cavernas nas camadas de pedra calcária da
Palestina eram usadas, no tempos antigos, como esconderi­
7 .1 -1 5 O Sermão do tem plo (comp com 2 6 .4 -6). V 4, a jos, pelos assaltantes.
presença do tem plo era ilusoriamente interpretada como cer­
7.14 Siló. Primeiro lugar na terra de Canaã onde o taberná-
teza necessária da proteção de Deus (Is 31.4; para uma trí­
culo foi fixado (js 18.1). Por causa da iniqüidade do povo.
plice ênfase, comp Jr 22.29; Is 6.3). Jeremias discordava
Deus permitiu que a arca da aliança fosse capturada, e Ele
(M q 3.12); era necessária uma completa transformação moral
mesmo se afastou de Siló.
(v 5,6; com Os 4.2; Mq 6.8). Assim como Siló (29 quilôme­
tros ao norte de Jerusalém), o centro mais antigo de adora­ 7.15 Efraim. As dez tribos do norte, levadas para o cativeiro
ção, fora destruída (em cerca de 1050 a.C., nos dias de em 722 a.C. por Sargom II, da Assíria. O nome desta tribo
Samuel; comparar com 1 Sm 4 -6 ; SI 78.56-72), semelhante­ maior representava as demais.
mente também esta casa é contaminada pela idolatria, e seria 7.16 Não intercedas. Deus proíbe a Jeremias interceder por
destruída (v 11; comp, M t2 1 .1 3 ). Imediatamente depois Judá, embora isso fizesse parte de seu ofício profético. Deus
desse sermão, Jeremias foi aprisionado (vd 26.8). não ouviria (15.1).
1069 JEREMIAS 7.33
nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém? 7.18 >Jr 19.13 da terra do Egito até hoje, enviei-vos todos os
18 Os filhos apanham a lenha, os pais meus servos, os profetas, todos os dias; come­
7.19 jD t 32.16
acendem o fogo, e as mulheres amassam a çando de madrugada, eu os enviei.0
farinha, para se fazerem bolos à Rainha dos 7.21 Ms 1.11; 26 Mas não me destes ouvidos, nem me
Céus; e oferecem libações a outros deuses, Os 8.13 atendestes; endurecestes a cerviz e fizestes
para me provocarem à ira.' pior do que vossos pais.P
7.22
19 A caso, é a m im que eles p rovocam à '1 Sm 15.22;
27 Dir-lhes-ás, pois, todas estas palavras,
ira, diz o S e n h o r , e não, antes, a si m esm os, Os 6.6 mas não te darão ouvidos; chamá-los-ás, mas
para a sua própria vergonha?/ não te responderão.?
20 Portanto, assim diz o S e n h o r Deus; 7.23 mÊx 15.26; 28 Dir-lhes-ás: Esta é a nação que não
Dt6.3
Eis que a minha ira e o meu furor se derrama­ atende à voz do S e n h o r , seu Deus, e não
rão sobre este lugar, sobre os homens e sobre 7.24 "Dt 29.19; aceita a disciplina; já pereceu, a verdade foi
os animais, sobre as árvores do campo e sobre Jr 2.27 eliminada da sua boca/
os frutos da terra; arderá e não se apagará.
7.25 o2Cr 36.15 Judá rejeitado por Deus
A mera multiplicação 29 Corta os teus cabelos consagrados, ó
7.26 pNe 9.17;
dos sacrifícios é debalde )r 7.24 Jerusalém, e põe-te a prantear sobre os altos
21 Assim diz o S e n h o r dos Exércitos, o desnudos; porque já o S e n h o r rejeitou e de­
Deus de Israel: Ajuntai os vossos holocaustos 7.27 <?Ez 2.7 samparou a geração objeto do seu furor;5
aos vossos sacrifícios e comei carne. ^ 30 porque os filhos de Judá fizeram o que
7.28 rJr 5.3
22 Porque nada falei a vossos pais, no dia era mau perante mim, diz o S e n h o r ; puseram
em que os tirei da terra do Egito, nem lhes 7.29 SJÓ1.20; os seus ídolos abomináveis na casa que se
ordenei coisa alguma acerca de holocaustos Jr 16.6 chama pelo meu nome, para a contami­
ou sacrifícios.1 narem. !
7.30 f2Rs 21.4;
23 Mas isto lhes ordenei, dizendo: Dai ou­ 2Cr 33.4-5,7;
31 Edificaram os altos de Tofeteu. que
vidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e Jr 23.11; está no vale do filho de Hinom, para queima­
vós sereis o meu povo; andai em todo o cami­ Dn 9.27 rem a seus filhos1' e a suas filhas; o que
nho que eu vos ordeno, para que vos nunca ordenei, nem me passou pela mente.
7.31
vá bem.m u2Rs 23.10;
32 Portanto, eis que virão dias, diz o
24 Mas não deram ouvidos, nem atende­ Jr 32.34-35 S e n h o r , em que já não se chamará Tofete,
ram, porém andaram nos seus próprios conse­ vLv 18.21 nem vale do filho de Hinom, mas o vale da
lhos e na dureza do seu coração maligno; Matança; os mortos serão enterrados em To­
7.32
andaram para trás e não para diante." »2Rs 23.10; fete por não haver outro lugar.w
25 Desde o dia em que vossos pais saíram Ez6.5 33 Os cadáveres deste povo servirão de

7.18 Rainha dos Céus. A deusa Asterote (forma plural) ou As- "firmeza", "obstinação". É diferente da palavra do v 26. Em
tarte. Bolos amoldados, ou estampados, para representar a Dt 29.19, "perversidade"; no SI 81.12, "teimosia"; a mesma
Rainha dos Céus na forma de lua ou estrela (Vênus, o pla­ palavra no heb, também em 3.17; 9.14; 11.8; 13.10; 16.12;
neta), símbolos de Istar (nome assírio) ou Astarte (nome 19.12; 23.17. Todas as palavras nas referências em cadeia nas
fenício). margens são completamente diferentes.
7.21 Comei. Palavras de ironia ou desprezo. Aos adoradores 7.28 Verdade; vd 5.3, fidelidade, a mesma palavra em
não era perm itido comer da carne das ofertas queimadas D t 32.4; SI 89.49; 96.13; 98.3; 100.3; 119.30. Ou como fiel,
(Lv 1); mas aqui isso não fazia qualquer diferença, visto que em SI 33.4.
Deus não mais aceitava os seus sacrifícios. (Os adoradores po­ 7.29 C orta.. . consagrados. Um sinal de lamentação, a
diam comer porções da oferta pacífica.) mesma palavra como rapou, em |ó 1.20; Vd M q 1.16.
7.22 O mandamento acerca das ofertas queimadas e dos sa­ 7.31 Tofete. Raiz da palavra "tambores", possivelmente em
crifícios não fora dado ao povo enquanto não quebraram o referência aos tambores que se batiam para cobrir os clamo­
decálogo, a lei da obediência. A lei foi dada três vezes. Pri­ res das crianças que eram mortas e queimadas em sacrifícios
meiro, oralmente (Éx 20.1 -1 7 ). Segundo, Moisés recebeu as a Moloque.
tábuas de pedra (Êx 24.12-18). Terceiro, Moisés retornou ao
7.33 Cadáveres. Parcialmente cumprido nas várias destrui-
m onte Sinai e recebeu as segundas tábuas de pedra
ções de Jerusalém; mas também aponta para o futuro em
(Êx 34.1-29).
Ap 19.17-21. • N. Hom. O sétimo capítulo nos ensina que
7.23 Uma aliança condicional que prometia proteção, se fos­ nada que possuímos, nem mesmo o próprio templo, e nada
sem obedientes. que fazemos, nem mesmo os próprios sacrifícios prescritos na
7.24 Dureza. Derivado da raiz de "torcido", daí, "teimosia", lei, podem nos tornar justos perante Deus e merecedores do
JEREMIAS 7.34 1070
pasto às aves dos céus e aos animais da terra; 7.33 *Dt 28.26; vam o tempo da sua arribação; mas o meu
|r 12.9
e ninguém haverá que os espante. * povo não conhece o juízo do S e n h o r . d
34 Farei cessar)' nas cidades de Judá e nas 8 Como, pois, dizeis: Somos sábios, e a lei
ruas de Jerusalém a voz de folguedo e a de 7.34 y\r 16.9; do S e n h o r está conosco? Pois, com efeito,
25.10; Ap 18.23
alegria, a voz de noivo e a de noiva; porque a a falsa pena dos escribas a converteu em
terra se tornará em desolação. mentira.e
Naquele tempo, diz o S e n h o r , lançarão 8.2 ;2Rs 9.36; 9 Os sábios serão envergonhados, aterro­
8 para fora das suas sepulturas os ossos
|r 9.22
rizados e presos; eis que rejeitaram a palavra
do S e n h o r ; que sabedoria é essa que eles
dos reis e dos príncipes de Judá, os ossos dos
sacerdotes e dos profetas e os ossos dos habi­ 8.3 ojó 3.21-22 têm?f
tantes de Jerusalém; 10 Portanto, darei suas mulheres a outros,
2 espalhá-los-ão ao sol, e à lua, e a todo 8.5 b|r 5.3 e os seus campos, a novos possuidores; por­
o exército do céu, a quem tinham amado, e a que, desde o menor deles até ao maior, cada
quem serviram, e após quem tinham ido, e a 8.6 c2Pe 3.9 um se dá à ganância, e tanto o profeta como
quem procuraram, e diante de quem se tinham o sacerdote usam de falsidade.9
prostrado; não serão recolhidos, nem sepulta­ 8.7<*Ct2.12; 11 Curam superficialmente a ferida do
dos; serão como esterco sobre a terra.z meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não
jr 5.4-5
3 Escolherão antes a morte do que a vida há paz.h
todos os que restarem desta raça malvada que 8.8 «Rm 2.17 12 Serão envergonhados, porque com etem
abom inação sem sentir por isso vergonha;
ficar nos lugares para onde os dispersei, diz o
nem sabem que coisa é envergonhar-se. Por­
S e n h o r dos Exércitos.0
8.9 ^Jr 6.15 tanto, cairão c o m os que caem ; quando eu os
castigar, tropeçarão, diz o S e n h o r .'
O castigo é inevitável
8.10 9 Dt 28.30;
13 Eu os consumirei de todo, diz o
4 Dize-lhes mais: Assim diz o S e n h o r : |r 6.12-13; não haverá uvas na vide, nem figos
Se n h o r ;
Quando caem os homens, não se tomam a Sf 1.13 na figueira, e a folha já está murcha; e já lhes
levantar? Quando alguém se desvia do cami­ designei os que passarão sobre eles.»
nho, não toma a voltar? 8.11 hjr 6.14 14 Por que estamos ainda assentados
5 Por que, pois, este povo de Jerusalém se aqui? Reuni-vos, e entremos nas cidades for­
desvia, apostatando continuamente? Persiste tificadas e ali pereçamos; pois o S e n h o r já
8.12 i|r 3.3
no engano e não quer voltar.b nos decretou o perecimento e nos deu a beber
6 Eu escutei e ouvi; não falam o que é água venenosa, porquanto pecamos contra o
reto, ninguém há que se arrependa da sua 8.13/Is 5.1;
S e n h o r .*
Mt 21.19
maldade, dizendo: Que fiz eu? Cada um corre 15 Espera-se a paz, e nada há de bom; o
a sua carreira como um cavalo que arremete tempo da cura, e eis o terror.1
com ímpeto na batalha.c 8.14 *)r 4.5 16 Desde Dã se ouve o resfolegar dos seus
7 Até a cegonha no céu conhece as suas cavalos; toda a terra treme à voz dos rinchos
estações; a rola, a andorinha e o grou obser­ 8.15 'Jr 14.19 dos seus garanhões; e vêm e devoram a terra

seu favor. Não podemos nem mesmo depender das interces- 8.8 Lei (heb torah), lit apontar, direção. A idéia é levar o
sões dos servos de Deus. O único caminho é aceitar o perdão aluno ao alvo. Escribas. Classe de homens que se devotavam
e a restauração que só Deus pode conceder, o que Ele faz ao estudo e ao desenvolvimento da lei, nesse caso, falsifí-
graciosamente (Rm 5 .1-11). cando-a. Comp M t 23.13-24.

8.1 Ossos. A pior desonra que podia ser atribuída aos mortos, 8.9 Os escribas, sábios aos próprios olhos que prediziam paz,
justa retribuição por terem adorado ao Sol, à lua e às estrelas, serão envergonhados, pois então todos reconhecerão sua falta
que não têm o poder de salvar seus adoradores do opróbrio. de sabedoria, pois não previram a calamidade que se avizi­
nhava.
8.3 Os que restarem, sofrem mais do que os mortos deson­
8.13 Uvas... figos. Nas Escrituras, Israel é freqüentemente
rados.
representada como uma vinha, uma figueira, ou uma oliveira,
8.5 Engano. Insinceridade para com jeová. Falsos ensinos da as três árvores que cada família tinha no quintal, produzindo
idolatria, 14.14; 23.26. bebida, comida e óleo para combustível, remédio e fritura.
8.7 Lista de aves migratórias da Palestina, conhecidas por sua 8.14 Venenosa, no heb rosh. Nome de uma erva que produ­
pontualidade na partida e na chegada, em estações próprias, zia um fruto ou extrato extremamente amargo (Lm 3.5,19);
judá, porém, não podia reconhecer que já passara o tempo fel, bílis, figura de algo muito amargo. Aqui, ao perecerem,
de retornar a Jeová, por ignorância de leis morais e espirituais. reconhecem que a razão disso é que "pecamos".
1071 JEREMIAS 9.9
e a sua abundância, a cidade e os que habitam 8.16 ">jz 5.22 ria o meu povo e me apartaria dele, porque
nela.m todos eles são adúlteros, são um bando de
17 Porque eis que envio para entre vós traidores/
8.17 "SI 58.4-5
serpentes, áspides contra as quais não há en­ 3 curvam a língua, como se fosse o seu
cantamento, e vos morderão, diz o S e n h o r . " arco, para a mentira; fortalecem-se na terra,
8.19 oDt 32.21 mas não para a verdade, porque avançam de
A dor do profeta malícia em malícia e não me conhecem, diz o
por causa da ruína do povo Se n h o r /
8.21 pjr 4.19;
18 Oh! Se eu pudesse consolar-me na mi­ Na 2.10 4 Guardai-vos cada um do seu amigo e de
nha tristeza! O meu coração desfalece dentro irmão nenhum vos fieis; porque todo irmão
de mim. não faz mais do que enganar, e todo amigo
19 Eis a voz do clamor da filha do meu 8.22 qGn 37.25 anda caluniando.u
povo de terra mui remota: Não está o S e n h o r 5 Cada um zomba do seu próximo, e não
em Sião? Não está nela o seu Rei? Por que me falam a verdade; ensinam a sua língua a pro­
9.1 'Is 22.4;
provocaram à ira com as suas imagens de Lm 2.11 ferir mentiras; cansam-se de praticar a ini­
escultura, com os ídolos dos estrangeiros?0 qüidade.
20 Passou a sega, findou o verão, e nós 6 Vivem no meio da falsidade; pela falsi­
não estamos salvos. 9.2 s|r 5.7-8
dade recusam conhecer-me, diz o S e n h o r .
21 Estou quebrantado pela ferida da filha
do meu povo; estou de luto; o espanto se
9.3 t1Sm 2.12; Ameaças de ruína e exílio
apoderou de mim/ Is 59.4,13,15
22 Acaso, não há bálsamo em Gileade? 7 Portanto, assim diz o S e n h o r dos Exér­
Ou não há lá médico? Por que, pois, não se citos: Eis que eu os acrisolarei e os provarei;
realizou a cura da filha do meu povo?1) 9.4 “ |r 6.28 porque de que outra maneira procederia eu
Prouvera a Deus a minha cabeça se tor­ com a filha do meu povo?1'
9 nasse em águas, e os meus olhos, em
9.7 v|s 1.25;
fonte de lágrimas! Então, choraria de dia e de Ml 3.3
8 Flecha mortífera é a língua deles; falam
engano; com a boca fala cada um de paz com
noite os mortos da filha do meu povo/ o seu companheiro, mas no seu interior lhe
2 Prouvera a Deus eu tivesse no deserto arma ciladas.w
uma estalagem de caminhantes! Então, deixa­ 9.8 " S I 12.2 9 Acaso, por estas coisas não os castiga-

8.17 Encantamento. Continua sendo praticado no oriente. 9.2 Estalagem. Hospedaria livre para viajantes que tinham de
Essa espécie não pode ser encantada, visto que é julgamento prover seu próprio alimento e leito. Eram lugares imundos,
de Deus, do qual ninguém pode se desviar. mas Jeremias preferia as mesmas à pecaminosa Jerusalém.
8.19 Remota. O povo, no exílio, queixava-se amargamente 9.3 Curvam. O tem po do verbo indica um ato freqüente­
de que Jeová Se esquecera deles. mente repetido, um curso habitual, uma qualidade perma­
8.20 Sega. Durava de abril a junho. Verão. O período da co­ nente. Usar a língua como arma cruel é comum entre os
lheita dos frutos de verão, de junho até setembro. Se a sega pagãos (SI 5 2.1 -5; Tg 3.6). Fortalecem-se. Os que estavam
falhava, o povo ainda podia esperar pela estação dos frutos; em posições de autoridade abusavam de seu poder e posição.
mas, se os frutos também falhassem, a fome se tornava inevi­
tável. 9.4 Enganar. Raiz verbal do substantivo próprio Jacó (suplan-
tador, Gn 27.36). Num m undo maligno, quem quer viver fiel
8.21 Quebrantado. Mentalmente derrotado, prostrado pela
a Deus não pode se entregar sem reservas aos laços do amor
tristeza.
humano.
8.22 Gileade. Serra ou região montanhosa ao oriente do rio
lordão, notável por seu bálsamo e seus médicos. Bálsamo. 9.5 Cansam-se. Trabalham tanto para praticar a corrupção,
Resina da árvore Stirax, era usada medicinalmente e era um que fatigam pelo excesso de tal atividade.
dos produtos de exportação da área. • N. Hom. 0 oitavo
9.6 Vivem no meio. Esse é o estado de suas mentes, comple­
capítulo nos ensina que converter-nos e buscar a Deus é
tamente dedicadas ao engano.
nosso culto racional, a única maneira de viver digna de um
ser humano. É tão natural como um homem que tropeçou 9.7 Acrisolarei. Purificação mediante disciplina severa, tam ­
levantar-se, como um viajante se conservar perto da estrada, bém traduzida por “ provar" |ó 23.10; "purificar", Is 1.25;
como um simples pássaro migrar segundo as estações, 1 -7 . E "apurar", "refinar", vd 6.29n. Dissolver até um estado lí­
tão lógico que só um falso pastor, um teólogo inimigo da quido. Provarei. Testar, investigar, examinar, julgar.
palavra de Deus (v 8), poderia persuadir ao povo de que a
paz com Deus se obtém superficialmente (v 11), sem a pleni­ 9.8 Arma ciladas, lit, arma emboscadas; aqui, provocar res­
tude da conversão. postas que podem ser usadas como base de falsas acusações.
JEREMIAS 9.10 1072
ria? — diz o Senhor; o u não me vingaria eu 9.9 *|r 5.9 seu lamento, para que os nossos olhos se des­
de nação tal como esta?* façam em lágrimas, e as nossas pálpebras des­
10 Pelos montes levantarei choro e pranto 9.10 y\r 4.25 tilem água/
e pelas pastagens do deserto, lamentação; 19 Porque uma voz de pranto se ouve de
porque já estão queimadas, e ninguém passa Sião: Como estamos arruinados! Estamos so­
9.11 ^ls 13.22
por elas; já não se ouve ali o mugido de gado; bremodo envergonhados, porque deixamos a
tanto as aves dos céus como os animais fugi­ terra, e eles transtornaram as nossas
ram e se foram.)' 9.12 o SI 107.43 moradas. 9
11 Farei de Jerusalém montões de ruínas, 20 Ouvi, pois, vós, mulheres, a palavra do
morada de chacais; e das cidades de Judá farei 9.14 í>|r 3.1 7 Senhor, e os vossos ouvidos recebam a pala­
uma assolação, de sorte que fiquem desabi­ vra da sua boca; ensinai o pranto a vossas
tadas.z 9.15 cSI 80.5;
filhas; e, cada uma à sua companheira, a la­
12 Quem é o homem sábio, que entenda Lm 3.15,19 mentação.
isto, e a quem falou a boca do Senhor, ho­ 21 Porque a morte subiu pelas nossas ja­
mem que possa explicar por que razão pere­ nelas e entrou em nossos palácios; extermi­
9.16 rfLv 26.33;
ceu a terra e se queimou como deserto, de Jr 44.27 nou das ruas as crianças e os jovens, das
sorte que ninguém passa por ela?0 praças.h
13 Respondeu o Senhor: Porque deixa­ 22 Fala: Assim diz o Senhor : Os
9.17
ram a minha lei, que pus perante eles, e não e2Cr 35.25; cadáveres dos homens jazerão como es­
deram ouvidos ao que eu disse, nem andaram Ec 12.5; Mt 9.23 terco sobre o campo e cairão como gavela
nela. atrás do segador, e não há quem a recolha.
14 Antes, andaram na dureza do seu cora­ 9.18 /Jr 14.17
ção e seguiram os baalins, como lhes ensina­ Conhecer a Deus constitui
ram os seus pais.fc a glória do homem
9.19gLv 18.28
15 Portanto, assim diz o Senhor dos 23 Assim diz o Senhor: Não se glorie o
Exércitos, Deus de Israel: Eis que alimentarei sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua
este povo com absinto e lhe darei a beber 9.21 lJjr6.11 força, nem o rico, nas suas riquezas;/
água venenosa.c 24 mas o que se gloriar, glorie-se nistok:
16 Espalhá-los-ei entre nações que nem 9.22'Jr 8.2 em me conhecer e saber que eu sou o Senhor
eles nem seus pais conheceram; e enviarei a e faço misericórdia, juízo e justiça na terra:
espada após eles, até que eu venha a consumi- porque destas coisas me agrado, diz o
9.23/Ec 9.11
los. d Senhor.
17 Assim diz o Senhor dos Exércitos: 25 Eis que vêm dias, diz o Senhor, em
Considerai e chamai carpideiras, para que ve­ 9.24 kl Co 1.31; que castigarei a todos os circuncidados junta­
2Co 10.17
nham; mandai procurar mulheres hábeis, para mente com os incircuncisos:'
que venham.e 26 ao Egito, e a Judá, e a Edom, e aos
18 Apressem-se e levantem sobre nós o 9.25 'Rm 2.8-9 filhos de Amom, e a Moabe, e a todos os que

9.10 Pastagens do deserto. Áreas de pasto para o gado; por­ cos, uma planta que produz um líquido amargo como fe
tanto, terreno de pastagens não cultivadas. De fato, imprestá­ com efeito tóxico. Usa-se para fazer um licor alcoólico.
vel para o cultivo. 9.17 Carpideiras. Lamentadoras profissionais; recitavam poe­
9.11 Chacais, vd 49.33; 51.37. Matilhas de cães noturnos sias de memória ou "do nada"; o efeito disso era esquisito e
continuam abundantes nas cidades desertas da Síria. A quie­ obsessivo. Elas exaltavam as virtudes dos falecidos e lamenta­
tude da morte envolve a terra arruinada, e somente o uivo vam sua perda.
dos chacais rompe o silêncio. Assolação. Uma desolação es­ 9.23 Sábio.. . fo rte .. . rico. As três classes das quais poderâ
pantosa. esperar-se que se defendessem e se mantivessem em sua c-
9.13 Faz particular alusão à lei, mencionada em Dt 4.8,44. dade, em ocasiões de desastre nacional.
9.14 Dureza. Vd 7.24n. Baalins. Plural de Baal, que significa 9.25 Incircuncisos. Lit "com prepúcio". Os judeus Ímp*cí
senhor ou possuidor. A fim de aplacarem Baal em tempos eram fisicamente circuncisos, mas os prepúcios de seus cora­
de seca, praga e guerra, o povo queimava vivas crianças ções ainda não haviam sido removidos (4.4).
primogênitas (2 Rs 16.3; 21. 6). O nome Baal era juntado com 9.26 Cortam os cabelos. Certas tribos árabes aparavam os c*-
os nomes próprios dos filhos de hebreus, até que isso foi belos das têmporas. Tal prática tinha significação religios*
proibido por Os 2.16, visto que era empregado da mesma pagã, e por isso os hebreus foram proibidos de cortar os ca­
maneira que Senhor é usado hoje em dia. 1 Rs 18.18n. belos dessa maneira (Lv 19.27). • N. Hom. O nono capítuc
9.15 Absinto. Encontrado principalmente em lugares desérti- ensina-nos que as coisas que os homens buscam com grano»
1073 JEREMIAS 10.18
cortam os cabelos nas têmporas e habitam no 9.26 mLv 26.41; ourives; azuis e púrpuras são as suas vestes;
Ez 44.7
deserto; porque todas as nações são incircun- todos eles são obra de homens hábeis.u
cisas, e toda a casa de Israel é incircuncisa de 10.2 "Lv 18.3 10 Mas o S enhor é verdadeiramente
coração.m 10.3
Deus; ele é o Deus vivo e o Rei eterno; do seu
0 Is 40.19-20 furor treme a terra, e as nações não podem
Contraste entre o Senhor e os ídolos suportar a sua indignação.v
10.4 í>Is 41.7
11 Assim lhes direis: Os deuses que não
1 Ouvi a palavra que o SENHOR vos
10.5 ?S1115.5; fizeram os céus e a terra desaparecerão da
X \J fala a vós outros, ó casa de Israel. Is 41.23;
terra e de debaixo destes céus."'
2 Assim diz o Senhor: Não aprendais o 1Co 12.2
12 O Senhor fez a terra pelo seu poder;
caminho dos gentios, nem vos espanteis com 10.6 i-Êx 15.11 estabeleceu o mundo por sua sabedoria e com
os sinais dos céus, porque com eles os gentios
10.7 sAp 15.4 a sua inteligência estendeu os céus.'1
se atemorizam.n
13 Fazendo ele ribombar o trovão, logo há
3 Porque os costumes dos povos são vai­ 10.8 (SI 115.8;
tumulto de águas no céu, e sobem os vapores
Hc 2.18;
dade; pois cortam do bosque um madeiro, das extremidades da terra; ele cria os relâm­
Rm 1.21-22
obra das mãos do artífice, com machado;0 pagos para a chuva e dos seus depósitos faz
4 com prata e ouro o enfeitam, com pregos 10.9 uSI 115.4
sair o vento.)'
e martelos o fixam, para que não oscile, p 10.10 14 Todo homem se tomou estúpido e não
5 Os ídolos são como um espantalho em 'SI 10.16;
tem saber; todo ourives é envergonhado pela
1Tm 6.17
pepinal e não podem falar; necessitam de imagem que ele mesmo esculpiu; pois as suas
quem os leve, porquanto não podem andar. 10.11 wSI96.5; imagens são mentira, e nelas não há fôlego.2
Não tenhais receio deles, pois não podem fa­ |r 96.15
15 Vaidade são, obra ridícula; no tempo
zer mal, e não está neles o fazer o bem. 9 10.12 *Gn 1.1; do seu castigo, virão a perecer.0
6 Ninguém há semelhante a ti, ó Senhor; Jó 9.8; Is 40.22
16 Não é semelhante a estas Aquele que é
tu és grande, e grande é o poder do teu 1 0 .1 3 /Jó 38.34 a Porção de Jacó; porque ele é o Criador de
nome/ todas as coisas, e Israel é a tribo da sua he­
10.14 ^Pv 30.2;
7 Quem te não temeria a ti5, ó Rei das |r 51.17-18 rança; Senhor dos Exércitos é o seu nome.fa
nações? Pois isto é a ti devido; porquanto,
10.15 o|r 10.11 Lamento sobre a desolação de Judá
entre todos os sábios das nações e em todo o
seu reino, ninguém há semelhante a ti. 10.16 &Dt 32.9; 17 Tira do chão a tua trouxa, ó filha de
8 Mas eles todos se tomaram estúpidos e Is 47.4; Lm 3.24
Sião, que moras em lugar sitiado/
loucos; seu ensino é vão e morto como um 10.17 cjr 6.1 18 Porque assim diz o Senhor: Eis que
pedaço de madeira/ desta vez arrojarei para fora os moradores
10.18
9 Traz-se prata batida de Társis e ouro de d l Sm 25.29; da terra e os angustiarei, para que venham a
Ufaz; os ídolos são obra de artífice e mãos de Ez 6.10 senti-lo.d

cobiça, das quais se jactam depois de obtê-las, não consti­ localização desconhecida, ainda que provavelmente no su­
tuem a glória e a felicidade do homem. A riqueza é esbanjada deste da Arábia; heb Ufaz significa "refinado". Azuis e púrpu­
(Lc 1 5 .1 1 -2 4 ), a sabedoria se transforma em loucura ras. .. homens hábeis. Nada era usado senão o melhor de
(1 Co 1.18-25), o poder desfalece (S1102.23), mas a miseri­ tudo, em suas imagens de escultura.
córdia de Deus não tem medida (S1103.8-14), e Sua palavra 10.11 Este versículo foi escrito em aramaico, e dizia aos exila­
permanece eternamente, (Is 4 0 .6 -8). Conhecer a Deus é a dos judeus o que deveriam dizer a seus captores (que falavam
chave da vida (9.23-26). esta língua).
10.2 Sinais. Trovões, raios, eclipses, cometas, meteoros, ob­ 10.13 Ribombar. Ressoar fortem ente, estrondear. No
servações astrológicas. Uma ilusão para os babilônios, dedica­ S1135.7, o homem fica mudo perante os efeitos de uma tem ­
dos à astronomia. Tais sinais provocam o temor nos corações pestade.
dos povos.
10.16 Senhor dos Exércitos, ou Jeová dos Exércitos, a quem
10.4 Fixam. As imagens eram pregadas em seu lugar, por Isaías (6.5) viu com seus próprios olhos, o Rei. Comp com
temor que caíssem e se quebrassem. )oão 1.1 -3 ; 12.41. Os exércitos significam: todo o poder no
10.5 A suma deste versículo é: os ídolos são nulidades. céu e na terra (M t 28.18; 23.5-6n).
10.8 Eles. Nações idólatras. O ensino de educação moral, por 10.17 Trouxa. Alguns poucos artigos reunidos apressada­
correção ou castigo. No caso deles, tão afastados dos cami­ mente para uma fuga imediata, não uma carga grande e pe­
nhos do Senhor que suas instruções eram tão inúteis como sada. Preparação para o exílio de Judá na Babilônia.
suas imagens de madeira. 10.18 Arrojarei. Aponta a violência da expulsão de Judá do
10.9 Társis. Sardenha ou Tartesso, no sul da Espanha. Ufaz, meio da terra.
JEREMIAS 10.19 1074
19 Ai de mim, por causa da minha ruína! 10.19 de Israel: Maldito o homem que não atentar
eSI 77.10;
E mui grave a minha ferida; então, eu disse: Mq 7.9 para as palavras desta aliança/
com efeito, é isto o meu sofrimento, e tenho 4 que ordenei a vossos pais, no dia em que
de suportá-lo.e os tirei da terra do Egito, da fornalha de ferro,
10.20 f\r 4.20
20 A minha tenda foi destruída, todas as dizendo: dai ouvidos à minha voz e fazei tudo
cordas se romperam; os meus filhos se foram segundo o que vos mando; assim, vós me
10.22 s)r 1.15
e já não existem; ninguém há que levante a sereis a mim por povo, e eu vos serei a vós
minha tenda e lhe erga as lonas/ outros por Deus/
21 Porque os pastores se tomaram estúpi­ 10.23 *Pv 16.1 5 para que confirme o juramento que fiz a
dos e não buscaram ao Senhor; por isso, não vossos pais de lhes dar uma terra que manasse
prosperaram, e todos os seus rebanhos se 10.24 ' SI 6.1 leite e mel, como se vê neste dia. Então, eu
acham dispersos. respondi e disse: amém, ó Senhor !™
22 Eis aí um rumor! Eis que vem grande 6 Tomou-me o Senhor: Apregoa todas
10.25 i\ó 18.21;
tumulto da terra do Norte, para fazer das cida­ Jr 8.16; ITs 4.5; estas palavras nas cidades de Judá e nas ruas
des de Judá uma assolação, morada de 2Ts 1.8 de Jerusalém, dizendo: Ouvi as palavras desta
chacais. 9 aliança e cumpri-as.n
23 Eu sei, ó Senhor, que não cabe ao 11.3 ID t 27.26 7 Porque, deveras, adverti a vossos pais.
homem determinar o seu caminho, nem ao no dia em que os tirei da terra do Egito, até ao
que caminha o dirigir os seus passos.h 1 1 .4 'Lv 26.3;
dia de hoje, testemunhando desde cedo cada
24 Castiga-me, ó Senhor, mas em justa Dt 4.20; dia, dizendo: dai ouvidos à minha voz.0
medida, não na tua ira, para que não me redu­ 1Rs 8.51 8 Mas não atenderam, nem inclinaram o
zas a nada.' seu ouvido; antes, andaram, cada um, se­
25 Derrama a tua indignação sobre as na­ 11.5 gundo a dureza do seu coração maligno; pelo
ções que não te conhecem e sobre os povos mOt 7.12-13 que fiz cair sobre eles todas as ameaças desrn
que não invocam o teu nome; porque devora­ aliança, a qual lhes ordenei que cumprissem,
ram a Jacó, devoraram-no, consumiram-no e 11.6nRm2.13 mas não cumpriram, p
assolaram a sua morada./ 9 Disse-me ainda o Senhor: Uma cons­
11.7 o|r 7.13
piração se achou entre os homens de Judá.
A aliança é violada entre os habitantes de Jerusalém.1)
Palavra que veio a Jeremias, da parte 10 Tomaram às maldades de seus primei­

n do Senhor, dizendo:
2 Ouve as palavras desta aliança e fala aos
homens de Judá e aos habitantes de Jeru­
11.8 pjr 3.17

11.9 9 Ez 22.25
ros pais, que recusaram ouvir as minhas pala­
vras; andaram eles após outros deuses para os
servir; a casa de Israel e a casa de Judá viola­
salém; ram a minha aliança, que eu fizera com seu>
3 dize-lhes: Assim diz o Senhor, o Deus 1 1 .1 0 'Ez 20.18 pais/

10.21 Pastores. Figura de vários governadores, tanto espiri­ 11.3 Desta aliança, vd Dt 11.28; 27.26; 28.13; 29.9.
tuais, como civis (2.8; 3.15; 23.1). Geralmente considerados
1 1 .3 -5 Este pensamento, que desmascara a nulidade ocs
como "sábios", mas aqui notórios por causa da sua estupidez.
que adoram objetos que eles mesmos fabricam, desenvot«€-
A atuação de Deus na vida política de Judá jamais deveria ser
se em Is 44.9 -20 . Confiar em nossa própria justiça, sabeoc-
esquecida. Aqui aparece o Rei, no tempo de Jeoaquim, seus
ria, força e riqueza, é realmente a mesma ido la tr»
conselheiros, príncipes e anciãos.
Comp 9.23-26n.
10.22 Chacais. Vd em 9.11 n.
11.4 Fornalha de ferro, no heb, kur, forno de fundição, sí—-
10.24,25 Essa oração haveria de ser respondida, pois a Babi­
bolo de grande sofrimento. D t4 .2 0 ; 1 Rs 8.51; Is 48.10. Da
lônia foi destruída enquanto Israel, como povo, foi salvo da
ouvidos, i.e., prestai atenção para que possais obedecer.
destruição total, e continua existindo até hoje, embora conti­
nue sendo castigado pela dispersão entre as nações. 11.6 Apregoa. Apelar, lançar apelos, convocar (para jejum)

11.2 Aliança. Há duas espécies de aliança entre Deus e o ho­ 11.8 Dureza, vd em 7.24n.
mem: 1) Alianças incondicionais, como as promessas a Noé,
11.9 Conspiração. Aliança ilegal, revolta, que encoraja a re­
Gn 9 .8 -1 7 ; a Abraão, G n 1 2 .1 -3 ; a Davi, 2 Sm 7.14,15;
trós à iniqüidade, à traição.
Jr 33.17; a Israel para o futuro, ]r 31.31 -3 4 ; 2) Alianças con­
dicionais, como as que foram dadas a Moisés para Israel, 1 1 .1 0 Isso é prova de que as reformas efetuadas nos temor>-
Êx 19.5,6,10; a Israel quanto a sua volta à Palestina, de Josias foram superficiais e não permaneceram em vigor -oç
Dt 30.1-10. tempos de Joaquim.
1075 JEREMIAS 12.2
11 Portanto, assim diz o Senhor: Eis que 11.11 *S118.41; Conspiração contra Jeremias
Is 1.15; Ez 8.18;
trarei mal sobre eles, de que não poderão es­ Zc 7.13 18 O Senhor mo fez saber, e eu o soube;
capar; clamarão a mim, porém não os então, me fizeste ver as suas maquinações.
ouvirei.5 11.12 19 Eu era como manso cordeiro, que é
12 Então, as cidades de Judá e os habitan- íD t 32.37-38 levado ao matadouro; porque eu não sabia
as de Jerusalém irão aos deuses a quem eles que tramavam projetos contra mim, dizendo:
queimaram incenso e a eles clamarão; porém 11.13 ujr 2.28 Destruamos a árvore com seu fruto; a ele cor-
;aes, de nenhuma sorte, os livrarão do tempo temo-lo da terra dos viventes, e não haja mais
seu mal.f 11.14 memória do seu nome.z
13 Porque, ó Judá, segundo o número das ^Êx 32.10; 20 Mas, ó Senhor dos Exércitos, justo
1Jo5.16
aas cidades, são os teus deuses; segundo o Juiz, que provas o mais íntimo do coração,
■imero das ruas de Jerusalém, levantaste al­ veja eu a tua vingança sobre eles; pois a ti
11.15
ares para vergonhosa coisa, isto é, para quei- revelei a minha causa.0
"SI 50.16;
■nares incenso a Baal.u lsl.1 1; 21 Portanto, assim diz o Senhor acerca
14 Tu, pois, não ores por este povo, nem Ag 2.12-14 dos homens de Anatote que procuram a tua
tvantes por eles clamor nem oração; porque morte e dizem: Não profetizes em o nome
íào os ouvirei quando eles clamarem a mim, 11.16 "SI 52.8 do Senhor, para que não morras às nossas
jct causa do seu mal.1 ' mãos.b
15 Que direito tem na minha casa a minha 11.17 ris 5.2 22 Sim, assim diz o Senhor dos Exérci­
unada, ela que cometeu vilezas? Acaso, ó tos: Eis que eu os punirei; os jovens morrerão
anada, votos e carnes sacrificadas poderão 11.19 *SI 27.13 à espada, os seus filhos e as suas filhas morre­
ifastar de ti o mal? Então, saltarias de rão de fome.
prazer."' 11.20 23 E não haverá deles resto nenhum, por­
16 O Senhor te chamou de oliveira °1Sm 16.7; que farei vir o mal sobre os homens de Ana­
1Cr 28.9;
verde, formosa por seus deliciosos frutos; Jr 17.10
tote, no ano da sua punição.c
mas agora, à voz de grande tumulto, acendeu
fogo ao redor dela e consumiu os seus A queixa de Jeremias
11.21 í>ls 30.10;
ramos.* Am 2.12 1 O Justo és, ó Senhor, quando entro
17 Porque o Senhor dos Exércitos, que te í A-i contigo num pleito; contudo, falarei
plantou, pronunciou contra ti o mal, pela mal­ 11.23 c|r 23.12 contigo dos teus juízos. Por que prospera o
dade que a casa de Israel e a casa de Judá para caminho dos perversos, e vivem em paz todos
'i mesmas fizeram, pois me provocaram à ira, 12.1 d )ó 12.6; os que procedem perfidamente?d
queimando incenso a Baal.)' Jr 5.28; Ml 3.15 2 Plantaste-os, e eles deitaram raízes;

11.11 Mal. A palavra muitas vezes quer dizer desgraça e pu- é usada para significar a sede do entendim ento
Tçào. (Pv 15.14; 20.5).
11.15 Minha amada. 12.7, Judá. Minha casa. O templo de 11.21 Anatote. Vd nota em 1.1. A cidade natal de jeremias
erusalém. Vilezas. Imaginar mau desígnio, iniqüidade cons- pertencia aos sacerdotes, mas, visto que ele profetizou para
-ente e proposital, traçar usualmente esquemas daninhos, eles em nome de jeová, os sacerdotes se aliaram à sua família,
"efitavam ocultar sua apostasia com sacrifício no templo, fin ­ na tentativa de matá-lo. Nisso ele se assemelha ao Senhor
ando adorar a |eová. lesus Cristo, cujos concidadãos procuraram m atá-IO
T1.16 Oliveira. Uma das mais duráveis e mais produtivas ár- (Lc 4 .1 6 -29 ). • N. Hom. O décimo primeiro capítulo nos en­
•c<es do Oriente, símbolo de Israel. Verde. Heb "fresca", "lu- sina que as promessas de Deus, Sua graça e Seu amor, se
cjnante". Daí a idéia de "verdejante", no caso de uma tornam em castigo e torm ento para os rebeldes que se recu­
r>anta. Tumulto, lit "rug ir". Consumiu, no heb "quebrar", sam a aceitá-las, 1 -7 . Quando o povo de Israel recebeu a
"aartir". Terra Prometida, foi cientificado de que a terra lhe seria uma
maldição se desobedecesse à Palavra de Deus, Lv 26.14-39;
11.19 Manso cordeiro. Confiantes, sem suspeita. Tramavam,
são as ameaças da aliança, 8. Assim acontece também com os
ic tecer como se fosse um material, mostrando assim astúcia,
que não crêem em |esus, |o 3.18,36.
zcmo um artífice tecendo em sentido malicioso.
: 1.20 Deus conhece as emoções e as afeições do homem, 12.1 Pleito. Debate, acusação, disputa. Seu problema era o
rem como seus pensamentos e propósitos (17.10; 20 . 12 ; mesmo de Habacuque.
- 7.9; 26.2). Intimo do coração, lit, testa os rins e o coração, 12.2 Lábios. Os ímpios sacerdotes freqüentemente falavam
í.ra. O "eu" mais íntimo, que simboliza a sede dos sentimen- sobre jeová, mas o coração deles estava divorciado dEle. Co­
j >5 (Pv 23.10; S116.7; 73;21; )o 19.27). A palavra "coração" ração, no heb, rins, vd em 1 1 ,20n.
JEREMIAS 12.3 1076
crescem, dão fruto; têm-te nos lábios, mas 12.2 eis 29.13; era o meu prazer, tomaram-na em deserto.k
Mc 7.6
longe do coração.e 11 Em assolação a tomaram, e a mim
3 Mas tu, ó Senhor, me conheces, tu me clama no seu abandono; toda a terra está de­
vês e provas o que sente o meu coração para 12.3 'SI 17.3; vastada, porque ninguém há que tome isso a
Tg 5.5
contigo. Arranca-os como as ovelhas para o peito.1
matadouro e destina-os para o dia da matança/ 12 Sobre todos os altos desnudos do de­
4 Até quando estará de luto a terra, e se 12.4 serto vieram destruidores; porque a espada do
9 SI 107.34;
secará a erva de todo o campo? Por causa da Os 4.3
Senhor devora de um a outro extremo da
maldade dos que habitam nela, perecem os terra; não há paz para ninguém.
animais e as aves; porquanto dizem; Ele não 13 Semearam trigo e segaram espinhos;
verá o nosso fim. 12.5 í>|s 3.15;
cansaram-se, mas sem proveito algum. En­
lCr 12.15
vergonhados sereis dos vossos frutos, por
A resposta de Deus 9
causa do brasume da ira do Senhor. m
5 Se te fatigas correndo com homens que 12.6 <Pv 26.25
vão a pé, como poderás competir com os que As finalidades do castigo de Deus
vão a cavalo? Se em terra de paz não te sentes
12.9 >Is 56.9 14 Assim diz o Senhor acerca de todos
seguro, que farás na floresta do Jordão? h
os meus maus vizinhos, que se apoderam da
6 Porque até os teus irmãos e a casa de teu
minha herança, que deixei ao meu povo de
pai, eles próprios procedem perfidamente 12.10 Ms 5.1;
Jr 6.3 Israel: Eis que os arrancarei da sua terra e a
contigo; eles mesmos te perseguem com for­
casa de Judá arrancarei do meio deles."
tes gritos. Não te fies deles ainda que te di­
15 E será que, depois de os haver arran­
gam coisas boas.1 12.11 Ms 42.25
cado, tomarei a compadecer-me deles e os
Deus castiga os devastadores do país farei voltar, cada um à sua herança, cada um
12.13 à sua terra.0
7 Desamparei a minha casa, abandonei a mLv 26.16;
minha herança; a que mais eu amava entre­ Mq 6.15 16 Se diligentemente aprenderem os ca­
guei na mão de seus inimigos. minhos do meu povo, jurando pelo meu
8 A minha herança tomou-se-me como nome: Tão certo como vive o Senhor, como
12.14 "D t 30.3;
leão numa floresta; levantou a voz contra Zc 2.8
ensinaram o meu povo a jurar por Baal, então,
mim; por isso, eu a aborreci. serão edificados no meio do meu povo.P
9 Acaso, é para mim a minha herança ave 17 Mas, se não quiserem ouvir, arrancarei
12.15 oEz 28.25
de rapina de várias cores contra a qual se tal nação, arrancá-la-ei e a farei perecer, diz
^juntam outras aves de rapina? Ide, pois, o Senhor. 9
ajuntai todos os animais do campo, trazei-os 12.16 P|r 4.2;
para a devorarem/ 1Pe 2.5 0 cinto de linho
10 Muitos pastores destruíram a minha vi­ 1 O Assim me disse o Senhor: Vai.
nha e pisaram o meu quinhão; a porção que 12.17 <?ls 60.12 X J compra um cinto de linho e põe-no

12.3 Arranca. A mesma palavra que em 10.20. Destina-os. pássaros da mesma espécie atacam. Isso era a causa de
Prepara-os, lit, santifica-os ou consagra-os. espanto.
12.4 Fim. O povo não cria na profecia de Jeremias sobre a 12.10 Quadro de destruição de uma vinha por nômades e
destruição. Visto que certos deles haviam planejado sua rebanhos que vagueavam.
morte, tinham certeza que Jeremias não veria a crescente 12.11 A peito. Ninguém havia considerado qual seria o fin
prosperidade deles. do caminho que Judá estava seguindo.
12.5,6 Como resposta ao problema surgido na mente do12.12 Espada. Vingança divina; lit, o Senhor tem uma espaoa
profeta, Jeová lhe diz que ele precisa de mais paciência para que devora.
enfrentar os problemas futuros (1 Rs 1 9 .1 4 -1 7n; 12.1 4-1 7 Maus vizinhos. O Egito, Edom, Moabe, Amom, F-
1 Co 12.8,9). Floresta. Os arbustos que cresciam luxuriante- listia e Síria. Aqueles que eram uma maldição e um obstáculo
mente e a espessa vegetação que havia nas beiras do Jordão. pelo fato de Israel ter deixado de expulsá-los da terra, seriar-
Era infestada de leões e feras, que a tornavam perigosa. abençoados por estarem no meio de Israel, contanto que t*s
12.7 Minha casa. Neste caso, a nação e não o templo vizinhos se voltassem para |eová.
(Os 8.1; 9.15). 12.16 jurando, uma das principais maneiras de fazer profis­
12.8 Leão. Indomável, incontrolável, meu inimigo declarado, são de fé em Jeová ou de fé em um deus pagão.
a furiosa oposição de uma fera. 13.1 Linho. Era o material usado para as vestes dos sacerdc-
12.9 Rapina. Um pássaro de plumagem incomum que outros tes (Êx 28.42), pelo que Israel seria um povo santo e sacerdo-
1077 JEREMIAS 13.19
sobre os lombos, mas não o metas na água. 13.9 <tv 26.19 diz o S e n h o r , Deus de Israel: Todo jarro se
2 Comprei o cinto, segundo a palavra do encherá de vinho; e dir-te-ão: Não sabemos
Senhor, e o pus sobre os lombos. nós muito bem que todo jarro se encherá de
3 Então, pela segunda vez me veio a pala­ vinho?
vra do Senhor, dizendo: 13.10 sjr 9.14
13 Mas tu dize-lhes: Assim diz o
4 Toma o cinto que compraste e que tens Se n h o r : Eis que eu encherei de embriaguez
sobre os lombos; dispõe-te, vai ao Eufrates e a todos os habitantes desta terra, e aos reis
esconde-o ali na fenda de uma rocha. que se assentam no trono de Davi, e aos sa­
5 Fui e escondi-o junto ao Eufrates, como cerdotes, e aos profetas, e a todos os habitan­
o Senhor me havia ordenado. 13.11 f Ex 19.5 tes de Jerusalém.0
6 Passados muitos dias, disse-me o 14 Fá-los-ei em pedaços, atirando uns
Senhor: Dispõe-te, vai ao Eufrates e toma o contra os outros, tanto os pais como os filhos,
cinto que te ordenei escondesses ali. diz o S e n h o r ; não pouparei, não terei pena,
7 Fui ao Eufrates, cavei e tomei o cinto do nem terei deles compaixão, para que os não
13.13uls51.17;
lugar onde o escondera; eis que o cinto se Jr 25.27 destrua.v
tinha apodrecido e para nada prestava.
8 Então, me veio a palavra do Senhor, Apelo e ameaças finais
dizendo: 15 Ouvi e atentai: não vos ensoberbeçais;
9 Assim diz o Senhor: Deste modo farei porque o S e n h o r falou.
também apodrecer a soberba de Judá e a 13.14 vSI 2.9 16 Dai glória ao S e n h o r , vosso Deus, an­
muita soberba de Jerusalém/ tes que ele faça vir as trevas, e antes que
10 Este povo maligno, que se recusa a ou­ tropecem vossos pés nos montes tenebrosos;
vir as minhas palavras, que caminha segundo antes que, esperando vós luz, ele a mude em
a dureza do seu coração e anda após outros 13.16 "Is 7.19;
sombra de morte e a reduza à escuridão.*
deuses para os servir e adorar, será tal como Is 5.30 17 Mas, se isto não ouvirdes, a minha
este cinto, que para nada presta/ alma chorará em segredo por causa da vossa
11 Porque, como o cinto se apega aos soberba; chorarão os meus olhos amarga­
lombos do homem, assim eu fiz apegar-se a mente e se desfarão em lágrimas, porquanto o
mim toda a casa de Israel e toda a casa de rebanho do S e n h o r foi levado cativo.*
Judá, diz o Senhor, para me serem por povo, 13.17 *)r 9.1
18 Dize ao rei e à rainha-mãe: Humilhai-
e nome, e louvor, e glória; mas não deram vos, assentai-vos no chão; porque caiu da
ouvidos.1 vossa cabeça a coroa da vossa glória.)'
19 As cidades do Sul estão fechadas, e
Ojarro quebrado ninguém há que as abra; todo o Judá foi le­
13.18
12 Pelo que dize-lhes esta palavra: Assim ^R s 24.12 vado para o exílio, todos cativos.

tal. Era considerado o melhor dos materiais, por evitar o suor vinho. Parece que aqui é citado um ditado popular usado nas
com seu cheiro desagradável, servindo assim de símbolo festas, significando "jarro é para isto mesmo".
apropriado para o povo escolhido por Deus. Cinto. Denota a
13.13 Embriaguez. Paralisia e espanto mentais, que tom am o
proximidade especial e o propósito ornamental de Israel para
homem incapaz em face da calamidade. Note-se a ênfase
)eová. Não o metas na água. Possivelmente para dim inuir seu
sobre as classes mais altas do povo.
conforto no uso, ou para ilustrar o pecado do povo ao mos­
trar quão sujos estavam. 13.14 Uns contra os outros. A intoxicação do povo de Judá
tornar-se-ia uma origem de destruição mútua.
13.4 Eufrates. À distância de c. 400km de lerusalém. No heb,
Derath, com o artigo, significa o rio Eufrates. Visto que aqui há 13.15 Judá recusava-se a ouvir a advertência de Jeová por
artigo, alguns pensam que isso se refere a Parah, uma aldeia causa de um sentimento de auto-suficiência e soberba.
5km a nordeste de Anatote (Js 18.23), localizada num vale 13.16 Dai glória. Reconhecei a Sua majestade, obedecendo
rochoso, regado por uma fonte copiosa, "Wadi Fara", que às Suas palavras. Montes. Uma ilustração que apresenta via­
corre para o "Wadi Kelt", e que deságua no Jordão abaixo de jantes atravessando um monte, apanhados pelas trevas. Inca­
Jericó. Vd 51.63, onde o artigo está ausente, ainda que a pazes de prosseguir, devido ao perigo da queda, esperavam
referência seja à Babilônia (cf v 64). pela manhã, mas só vinham as trevas e o desalento.
13.7 Apodrecido. A umidade havia apodrecido o cinto, simbo­ 13.18 Rei e . . . rainha-mãe. Provavelmente Jeoaquim e Neus-
lizando que Judá também estava podre. tra, em cerca de 597 a.C.
13.10 Dureza. Vd em 7.24n. 13.19 Sul. O "Neguebe", um distrito particular do sul de
13.12 jarro. Um vaso de barro, que continha até 40 litros de Judá.
JEREMIAS 13.20 1078
13.20 * lr 6.22 tão abandonadas e, de luto, se curvam até ao
20 Levantai os olhos e vede os que vêm
do Norte; onde está o rebanho que te foi con­ chão; e o clamor de Jerusalém vai subindo. 9
fiado, o teu lindo rebanho?2 13.21 o] r6.24 3 Os seus poderosos enviam os criados a
21 Que dirás, quando ele puser por cabeça buscar água; estes vão às cisternas e não
contra ti aqueles a quem ensinaste a ser ami­ 13.22 &Is 3.17; acham água; voltam com seus cântaros vazios
gos? Acaso, não se apoderarão de ti as dores, Ez 16.37-39 e, decepcionados e confusos, cobrem a
como à mulher que está de parto?0 cabeça.'1
22 Quando disseres contigo mesmo: Por 13.24 ^SI 1.4 4 Por não ter havido chuva sobre a terra,
que me sobrevieram estas coisas? Então, sabe esta se acha deprimida; e, por isso, os lavra­
que pela multidão das tuas maldades se levan­ dores, decepcionados, cobrem a cabeça.
13.25
taram as tuas fraldas, e os teus calcanhares <í|ó 20.29; 5 Até as cervas no campo têm as suas
sofrem violência.b Jr 10.14 crias e as abandonam, porquanto não há erva.
23 Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele 6 Os jumentos selvagens se põem nos des­
ou o leopardo, as suas manchas? Então, pode- 13.26 ejr 13.22; nudos altos e, ofegantes, sorvem o ar como
ríeis fazer o bem, estando acostumados a fa­ Ez 16.37 chacais; os seus olhos desfalecem, porque não
zer o mal. há erva.'
24 Pelo que os espalharei como o restolho, 13.27 fls 65.7;
restolho que é arrebatado pelo vento do Ez 6.13 Rejeitada a primeira intercessão
deserto.c de Jeremias
25 Esta será a tua sorte, a p orção que te 14.2 7 Posto que as nossas maldades testificam
será m edida por m im , diz o S e n h o r ; p ois te glSm 5.12; contra nós, ó S e n h o r , age por amor do teu
Jr 8.21
esqueceste de m im e confiaste em mentiras .d nome; porque as nossas rebeldias se multipli­
26 Assim, também levantarei as tuas fral­ caram; contra ti pecamos./
das sobre o teu rosto; e aparecerão as tuas 14.3 8 O Esperança de Israel e Redentor seu no
h2Sm 15.30
vergonhas.e tempo da angústia, por que serias como es­
27 Tenho visto as tuas abominações sobre trangeiro na terra e como viandante que se
os outeiros e no campo, a saber, os teus adul­ 14.6 í|r 2.24 desvia para passar a noite?*
térios, os teus rinchos e a luxúria da tua pros­ 9 Por que serias como homem surpreen­
tituição. Ai de ti, Jerusalém! Até quando 1 4 .7 /SI 25.11 dido, como valente que não pode salvar? Mas
ainda não te purificarás?f tu, ó Se n h o r , estás em nosso meio, e somos
14.8 *)r 17.13
chamados pelo teu nome; não nos desam­
Grande seca em Judá pares.'
1 A Palavra do S e n h o r que veio a Jere- 10 Assim diz o Se n h o r sobre este povo:
14.9
X \ mias a respeito da grande seca. /Êx 29.45-46;
Gostam de andar errantes e não detêm os pés:
2 Anda chorando Judá, as suas portas es­ Is 59.1 por isso, o S e n h o r não se agrada deles, mas

13.24 Restolho. As cascas dos grãos e pedaços de palha que caótica, pela desgraça causada pelo pecado do homem (7).
restam depois do grão haver sido pisado pelos animais. Isso 14.6 Desfalecem. Conhecidos por sua aguda visão, geral­
era queimado ou levado para longe pelo vento. • N. Hom. mente a presença de um asno selvagem era reputada como
Capítulo 13 nos ensina que um povo ou igreja, que deixa de sinal de que havia vegetação e água nas proximidades. Aqui.
ficar em íntima comunhão com Deus, é lançado fora da pre­ estavam procurando em vão por alim ento (Jó 11.20:
sença divina, restando-lhe então a completa destruição Lm 4.17).
(1 -1 1 ), comp Jo 15.1 -1 1 ; Rm 1 .2 4 -32 . A mesma coisa
14.7 Nossas maldades. À semelhança de Moisés, Daniel e
acontece com o corpo humano que, criado para ser templo
Neemias, que pleitearam em favor do seu pecaminoso povo
do Espírito Santo, se entrega às dissoluções (1 2 -1 4 ),
Jeremias identifica-se com aqueles que mereciam punição
comp 1 Co 6.19; Rm 12.1. Não se trata tanto "deles", mas de "nós". Rebeldias. Apos-
14.2 Portas. Lugar onde o povo geralmente se reunia tasias.
(Rt 4.1,2,11). Ali até os casos legais eram resolvidos.
14.8 Viandante. Visitante na terra, que não tinha interesse nc
14.3 Cisternas. Tanques ou reservatórios para água, nos tem ­ país e no bem-estar do seu povo. Note-se os dois títulos
pos de necessidade. Nessa ocasião estavam vazios. Cobrem a especiais de Deus. A segunda metade do versículo tem sióc
cabeça. Sinal de profunda tristeza, lamento ou confusão. tradicionalmente usada como oração da Igreja.
14.4 Deprimida. Lit, prostrada ou caída por terra, desencora­ 14.10 A última frase é uma citação ousada de Os 8.13. Ji
jada ou aterrorizada. Rachar, recear ou atemorizar-se. naquela época, as profecias de Oséias eram consideradas s
14.5 Cervas. Bem conhecidas pelo seu temo cuidado para voz de Deus, como de fato é o caso de todos os profetas d í
com suas crias; a própria natureza entra em uma situação Bíblia (1 Pe 1.1 0 -12 ; 2 Pe 1.19-21).
1079 JEREMIAS 15.2
se lembrará da maldade deles e lhes punirá o 14.10 do meu povo, está profundamente golpeada,
mJr 2.23-25
pecado.m de ferida mui dolorosa.1
11 Disse-me ainda o S e n h o r : Não rogues 18 Se eu saio ao campo, eis aí os mortos
14.11
por este povo para o bem dele." à espada; se entro na cidade, estão ali os debi­
"Êx 32.10
12 Quando jejuarem, não ouvirei o seu litados pela fome; até os profetas e os sacer­
clamor e, quando trouxerem holocaustos e dotes vagueiam pela terra e não sabem para
14.12 »Pv 1.28;
ofertas de manjares, não me agradarei deles; |r 6.20; Mq 3.4 onde vão.u
antes, eu os consumirei pela espada, pela
fome e pela peste.0 Rejeitada, em absoluto,
14.13 Pjr 4.10
a terceira intercessão de Jeremias
Rejeitada a segunda intercessão 19 Acaso, já de todo rejeitaste a Judá? Ou
14.14 q]r 23.21
de Jeremias aborrece a tua alma a Sião? Por que nos fe-
13 Então, disse eu: Ah! S e n h o r Deus, eis riste, e não há cura para nós? Aguardamos a
14.15
que os profetas lhes dizem: Não vereis es­ paz, e nada há de bom; o tempo da cura, e eis
r Jr 5.12-13
pada, nem tereis fome; mas vos darei verda­ 0 terror.v
deira paz neste lugar, p 20 Conhecemos, ó Senhor, a nossa mal­
14.16 sSI 79.3
14 Disse-me o Senhor: Os profetas pro­ dade e a iniqüidade de nossos pais; porque
fetizam mentiras em meu nome, nunca os en­ temos pecado contra ti.*
14.17 t)r 8.21
viei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; 21 Não nos rejeites, por amor do teu
visão falsa, adivinhação, vaidade e o engano nome; não cubras de opróbrio o trono da tua
do seu íntimo são o que eles vos profetizam. 9 14.18 uEz 7.15 glória; lembra-te e não anules a tua aliança
15 Portanto, assim diz o Senhor acerca conosco.*
dos profetas que, profetizando em meu nome, 14.19 vjr 8.15 22 Acaso, haverá entre os ídolos dos gen­
sem que eu os tenha mandado, dizem que tios algum que faça chover? Ou podem os
nem espada, nem fome haverá nesta terra: A 14.20 »S1106.6 céus de si mesmos dar chuvas? Não és tu
espada e à fome serão consumidos esses pro­ somente, ó Senhor, nosso Deus, o que fazes
fetas/ 14.21 *SI 74.2 isto? Portanto, em ti esperamos, pois tu fazes
16 O povo a quem eles profetizam será todas estas coisas.)'
lançado nas ruas de Jerusalém, por causa da 1 ^ Disse-me, porém, o Senhor: Ainda
14.22
fome e da espada; não haverá quem os se­ yDt 32.21; X J que Moisész e Samuel0 se pusessem
pulte, a ele, a suas mulheres, a seus filhos e a Is 30.23; diante de mim, meu coração não se inclinaria
Zc 10.1-2
suas filhas; porque derramarei sobre eles a para este povo; lança-os de diante de mim, e
sua maldade.5 saiam.
17 Portanto, lhes dirás esta palavra: 15.1 2 Quando te perguntarem: Para onde ire
*Êx 32.11-14;
Os meus olhos derramem lágrimas, de noite e Nm 14.13-19 mos? Dir-lhes-ás: Assim diz o Senhor :
de dia, e não cessem; porque a virgem, filha “ ISm 7.5-9 O que é para a morte, para a morte; o que é

14.12 Ofertas de manjares (no heb, minhah). Nas leis levíti- ciantes que vão de um lugar para outro no desempenho de
cas, quando referente a sacrifícios de animais, a palavra é sua profissão. Nesse caso, eram os profetas e sacerdotes, cujos
empregada no sentido restrito de oferta de alimento ou obla- ministérios haviam-se degradado, e que negociavam como
ções; geralmente, a palavra significa "um presente trazido de costume, embora estivessem confusos sobre a direção que
que visa conquistar o favor de um superior" (Gn 32.20; deveriam tomar.
43.11). Clamor. Um agudíssimo grito de tristeza ou dor, um 14.21 Trono da tua glória, lerusalém, especialmente o tem ­
sinal de profunda agonia. Espada.. . fom e.. . peste.. . Um trí­ plo, onde a glória visível estava entronizada acima da arca.
plice castigo freqüentemente encontrado em (eremias. Nesse caso, Jeremias, como sacerdote e profeta, colocou-se à
14.13 Verdadeira paz. Paz de estabilidade ou fidelidade. semelhança de jesus, no lugar do seu povo pecaminoso.
Os profetas falsos prometiam a paz que só poderia advir da 14.22 ídolos, lít vaidades. Essa palavra é usada para deuses
fidelidade a Deus. Essa paz, porém, não vinha, porque o povo pagãos ou deuses irreais, bem como para indicar ídolos.
se rebelava contra Deus.
15.1 Moisés e Samuel. Repetidas vezes salvaram os israelitas
14.14 Vaidade. Palavra coletiva que significa os vários meios da destruição (Êx 17.11; 32.11 ss; Nm 14.13; 1 Sm 7.9ss;
úteis pelos quais buscam conhecer o futuro. Engano, ilusão SI 99.6). Nem mesmo eles poderiam ajudar o povo nesta
que seus próprios corações haviam criado, engano calculado. ocasião.
14.17 A virgem. Expressão usada para indicar a cidade de 15.2 Visto que Jeová rejeitava a intercessão em favor deles, o
lerusalém, e para personificar a nação. único lugar para onde podiam ir era a destruição já marcada.
14.18 Vagueiam. Um termo usado com referência a comer­ Vê-se a soberania divina em determinar a sorte de cada um.
JEREMIAS 15.3 1080
para a espadab, para a espada; o que é para a 15.2 i>Ap 13.10 O Seshor conforta ao seu profeta
fome, para a fome; e o que é para o cativeiro, 10 Ai de mim, minha mãe! Pois me deste
para o cativeiro. 15.3 cAp 6.8 à luz homem de rixa e homem de contendas
3 Porque os punireic com quatro sortes de para toda a terra! Nunca lhes emprestei com
castigos, diz o S e n h o r : com espada para ma­ 15.4 usura, nem eles me emprestaram a mim com
tar, com cães para os arrastarem e com as aves d2Rs 21.1-16; usura; todavia, cada um deles me amal­
2 0 33.1-9
dos céus e as feras do campo para os devora­ diçoa.'
rem e destruírem. 11 Disse o S e n h o r : Na verdade, eu te
4 Entregá-los-ei para que sejam um espe­ 15.5 «Is 51.19 fortalecerei para o bem e farei que o inimigo
táculo horrendo para todos os reinos da terra; te dirija súplicas no tempo da calamidade e no
por causa de Manassésd, filho de Ezequias, 15.6 f|r 2.13 tempo da aflição./
rei de Judá, por tudo quanto fez em Jeru­ 12 Pode alguém quebrar o ferro, o ferro do
salém. 15.7 9ls 9.13; Norte, ou o bronze?
5 Pois quem se compadeceria de ti, ó Jeru­ Am 4.10-11 13 Os teus bens e os teus tesouros entrega­
salém? Ou quem se entristeceria por ti? Ou rei gratuitamente ao saque, por todos os teus
quem se desviaria a perguntar pelo teu bem- 15.9 >>1Sm 2.5 pecados e em todos os teus territórios.*
estar?e 14 Levar-te-ei com os teus inimigos para
6 Tu me rejeitaste, diz o S e n h o r , voltaste a terra que não conheces; porque o fogo se
15.10 <|ó 3.1
para trás; por isso, levantarei a mão contra acendeu em minha ira e sobre vós arderá.'
ti e te destruirei; estou cansado de ter com­ 15 Tu, ó S e n h o r , o sabes; lembra-te de
15.11
paixão. f mim, ampara-me e vinga-me dos meus perse­
/Jr 39.11-12
7 Cirandei-os com a pá nas portas da guidores; não me deixes ser arrebatado, por
terra; desfilhei e destruí o meu povo, mas não causa da tua longanimidade; sabe que por
15.13‘ SI 44.12
deixaram os seus caminhos.s amor de ti tenho sofrido afrontas.™
8 As suas viúvas se multiplicaram mais do 16 Achadas as tuas palavras, logo as comi:
que as areias dos mares; eu trouxe ao meio- 15.14'Dt 32.22 as tuas palavras me foram gozo e alegria para
dia um destruidor sobre a mãe de jovens; fiz o coração, pois pelo teu nome sou chamado,
cair de repente sobre ela angústia e pavor. 15.15 m5l 69.7 ó S e n h o r , Deus dos Exércitos."
9 Aquela que tinha sete filhos desmaiou 17 Nunca me assentei na roda dos que se
como para expirar a alma; pôs-se-lhe o sol 15.16
alegram, nem me regozijei; oprimido por tua
quando ainda era dia; ela ficou envergonhada "Jó 23.12; mão, eu me assentei solitário, pois já estou de
e confundida, e os que ficaram dela, eu os Ez 3.1,3 posse das tuas ameaças.0
entregarei à espada, diante dos seus inimigos, 18 Por que dura a minha dor continua­
diz o S e n h o r . h 15.17°SI 1.1 mente, e a minha ferida me dói e não admite

15.4 Manassés. Havia se arrependido e fora perdoado, mas não era o tempo costumeiramente usado para iniciar-se uma
as conseqüências de seu pecado perseguiam o povo, já que batalha, devido ao calor do dia. jovens. Guerreiros.
seu reinado de 55 anos (696-641 a.C.) foi uma orgia idólatra 15.9 Mães com muitos filhos perdê-los-iam na batalha. Soi
para toda a nação (2 Rs 21.1 -1 8 ). O brilho do seu lar obscurecido durante o dia.
15.5 Essas perguntas são um sinal de que os antigos amigos 15.10 jeremias era detestado por causa das suas profecias
e vizinhos ficariam completamente despreocupados, não se sobre desastres nacionais. Nenhum outro profeta revela tão
dando nem mesmo ao trabalho de procurar notícias sobre claramente a angústia que sentia em pronunciar o castigo
seu bem-estar. divino contra seu povo.
15.6 Compaixão (no heb, nocham). Essa palavra é traduzida 15.12 Poderia alguma coisa ser usada para resistir ao poder
noutros lugares por "arrepender-se, ter pesar, retirar um cas­ dos caldeus, o "colosso do Norte?".
tig o ". Jeová já não mais se comprazia em deixar de castigar 15.15 jeremias tinha a certeza de que os babilônios levaram
Seu povo da forma devida. o povo para o cativeiro.
15.7 Pá. Um garfo de madeira com cerca de 2 m de com pri­ 15.16 A vocação do servo de Deus é deixar Sua palavra ser a
mento, com cinco ou seis dentes, seguros com couro fresco. fonte vital que determina suas atividades e seus pensamentos.
O couro ao secar, encolhe, formando um feixe apertado. Por­ 15.18 Ilusório ribeiro. Muitos riachos na Palestina estão carre­
tas da terra. Fronteiras de uma nação, local de entrada e saída gados de água durante o inverno, mas ficam secos durante o
do país. Desfilhei. O que também pode ser traduzido por verão (|ó 5 .15-20). É uma parábola sobre a traição de uma
"despojei", ou como "estou desolado, pois destruí meu caravana no deserto que perece ao chegar ao leito de um
povo". rio, que a salvaria, porém o mesmo encontra-se vazio
15.8 Meio-dia. Tempo inesperado, visto que às doze horas (Jó 6.15-20).
1081 JEREMIAS 16.13
cura? Serias tu para mim como ilusório ri­ 15.18 Pjó 6.15 minha paz, diz o S e n h o r , a benignidade e a
beiro, como águas que enganam?P misericórdia.1
19 Portanto, assim diz o S e n h o r : Se tu te 6 Nesta terra, morrerão grandes e peque­
15.19 qjr 3.1;
arrependeres, eu te farei voltar e estarás diante nos e não serão sepultados; não os prantearão,
Zc 3.7
de mim; se apartares o precioso do vil, serás nem se farão por eles incisões, nem por eles
a minha boca; e eles se tomarão a ti, mas tu se raparão as cabeças.0
não passarás para o lado deles.1) 15.20 rjr 1.18 7 Não se dará pão a quem estiver de luto,
20 Eu te porei contra este povo como forte para consolá-lo por causa de morte; nem lhe
muro de bronze; eles pelejarão contra ti, mas darão a beber do copo de consolação, pelo pai
não prevalecerão contra ti; porque eu sou con­ 16.4! SI 79.2 ou pela mãe.1'
tigo para te salvar, para te livrar deles, diz o 8 Nem entres na casa do banquete, para te
Se n h o r / assentares com eles a comer e a beber.
21 Arrebatar-te-ei das mãos dos iníquos, 16.5'Ez 24.17 9 Porque assim diz o S e n h o r dos Exérci­
livrar-te-ei das garras dos violentos. tos, o Deus de Israel: Eis que farei cessar"'
neste lugar, perante vós e em vossos dias, a
16.6 "Lv 19.28; voz de regozijo e a voz de alegria, o canto do
A vida solitária do profeta, figura do povo Is 22.12
noivo e o da noiva.
1 /T Veio a mim a palavra do S e n h o r , 1 0 Quando anunciares a este povo todas
J. V j dizendo: estas palavras e eles te disserem: Por que nos
16.7 vPv 31.6-7
2 Não tomarás mulher, não terás filhos ameaça o S e n h o r com todo este grande mal?
nem filhas neste lugar. Qual é a nossa iniqüidade, qual é o nosso
3 Porque assim diz o S e n h o r acerca dos pecado, que cometemos contra o S e n h o r ,
16.9 wjr 7.34;
filhos e das filhas que nascerem neste lugar, 25.10; Ap 18.23 nosso Deus?*
acerca das mães que os tiverem e dos pais que 11 Então, lhes responderás: Porque vossos
os gerarem nesta terra: pais me deixaram, diz o S e n h o r , e se foram
4 Morrerão vitimados de enfermidades e 16.10 após outros deuses, e os serviram, e os adora­
*Dt 29.24
não serão pranteados, nem sepultados; servi­ ram, mas a mim me deixaram e a minha lei
rão de esterco para a terra. A espada e a fome não guardaram.)'
os consumirão, e o seu cadáver servirá de 12 Vós fizestes pior do que vossos pais;
16.11
pasto às aves do céu e aos animais da terra.5 YDt 29.25 pois eis que cada um de vós anda segundo a
5 Porque assim diz o S e n h o r : Não entres dureza do seu coração maligno, para não me
na casa do luto, não vás a lamentá-los, nem te dar ouvidos a mim.'7
compadeças deles; porque deste povo retirei a 16.12 *Jr 7.26 13 Portanto, lançar-vos-ei fora desta

15.19 Serás a minha boca. Seguir o bem, evitar o mal, ater-se 16.5 Lamentar os que morrem sob a maldição divina será
à palavra de Deus, rejeitando as vãs filosofias humanas, tanto considerado como rebelião da parte de Jeremias contra o
na doutrina como no comportamento, leva a pessoa a pensar justo decreto de Deus.
e falar conforme a vontade divina, tendo firmeza em meio às 16.6 Prantearão. Os agudos e penetrantes gritos de tristeza,
forças do mundo, tendo, enfiiriTã mente de Cristo (Fp 2.5; encorajados por carpideiras e profissionais, m uito comum no
1 Co 2.16). oriente. Incisões. Golpear o próprio corpo em sinal de lamen­
15.21 Violentos. Chefes em Jerusalém, provavelmente jeoa- tação (vd 41.5). Raparão as cabeças. Outro sinal de luto. Era
quim e seus conselheiros. costume rapar-se a cabeça na parte frontal da testa. Essas
16.1 Profecias da última metade do reinado de Jeoaquim, duas maneiras de procedimento eram métodos manifestando
604-597 a.C. intensa tristeza, usadas pelo povo da terra, mas proibidas aos
hebreus, como tradições pagãs (Lv 19.28; Dt 14.1. Vd tam ­
16.2 O mandamento para não se casar é comum na expe­
bém Am 8.10; Mq 1.16).
riência israelita, visto que, entre os israelitas, era aspiração
geral do povo que se levasse avante o nome da família e se 16.7 Os lamentadores geralmente jejuavam, mas depois do
herdasse os direitos de propriedade da mesma. Assim sendo, primeiro choque de tristeza, amigos simpatizantes traziam
leremias tornou-se uma vivida e objetiva lição sobre a fu tili­ pão e vinho para encorajar os enlutados a comerem e bebe-
dade de se ter família em tal época. rem (2 Sm 1.12; 3.35; 12.17). Copo de consolação. O primeiro
vinho tomado após o sepultamento do falecido. Provavel­
16.4 Enfermidades. Doenças mortais: morte por doença ou
mente na noite do dia após o sepultamento.
sofrimento; m orte por qualquer espécie de sofrimento. A ne­
gligência para com os mortos é sinal de que não haverá ne­ 16.8 O que para o povo pagão é motivo para festança nunca
nhum ente querido em condições de lhes prestar as últimas o poderá ser para o crente.
homenagens. 16.12 Dureza. Vd nota em 7.24.
JEREMIAS 16.14 1082
terra, para uma terra que não conhecestes, 16.13
20 Acaso, fará o homem para si deuses
oDt 4.26-28
nem vós nem vossos pais, onde servireis a que, de fato, não são deuses?'1
outros deuses, de dia e de noite, porque não 16.14 í>ls 43.18 21 Portanto, eis que lhes farei conhecer,
usarei de misericórdia para convosco.a desta vez lhes farei conhecer a minha força e
14 Portanto, eis que vêm dias, diz o 16.15 c|r 24.6 o meu poder; e saberão que o meu nome é
Senhor, em que nunca mais se dirá: Tão Senhor.'
16.16 dAm 4.2
certo como vive o Senhor, que fez subir os
filhos de Israel do Egito;® 16.17 O pecado engana e destrói
15 mas: Tão certo como vive o Senhor, ejó 34.21; O pecado de Judá está escrito com
que fez subir os filhos de Israel da terra do
Norte e de todas as terras para onde os tinha
lançado. Pois eu os farei voltar para a sua
Jr 32.19

16.18% 40.2;
Ez 43.7,9
n um ponteiro de ferro e com diamante
pontiagudo, gravado na tábua do seu cor
e nas pontas dos seus altares./
terra, que dei a seus pais/ 2 Seus filhos se lembram dos seus altares
16.19 gS118.2;
16 Eis que mandarei muitos pescadores, Jr2.ll e dos seus postes-ídolos junto às árvores fron­
diz o Senhor, os quais os pescarão; depois, dosas, sobreos altos outeiros.k
enviarei muitos caçadores, os quais os caça­ 16.20 h Is 37.19; 3 O monte do campo, os teus bens e todos
rão de sobre todos os montes, de sobre todos Cl 4.8
os teus tesouros darei por presa, como tam­
os outeiros e até nas fendas das rochas.d 16.21 'Êx 15.3;
bém os teus altos por causa do pecado, em
17 Porque os meus olhos estão sobre to­ Am 5.8 todos os teus territórios V
dos os seus caminhos; ninguém se esconde 4 Assim, por ti mesmo te privarás da tua
diante de mim, nem se encobre a sua iniqüi­ 17.1/Jó 19.24; herança que te dei, e far-te-ei servir os teus
2Co 3.3
dade aos meus olhos.e inimigos, na terra que não conheces; porque o
18 Primeiramente, pagarei em dobro a sua 17.2 *Jz 3.7; fogo que acendeste na minha ira arderá para
iniqüidade e o seu pecado, porque profanaram 2Cr 24.18; sempre.m
Jr 2.20
a minha terra com os cadáveres dos seus ído­ 5 Assim diz o Senhor: Maldito o homem
los detestáveis e encheram a minha herança 17.3 /Jr 15.13 que confia no homem, faz da carne mortal
com as suas abominações.' o seu braço e aparta o seu coração do
19 O Senhor, força minha, e fortaleza 17.4 mjr 15.14 Senhor !"
minha, e refugio meu no dia da angústia, a ti 6 Porque será como o arbusto solitário no
17.5 "Is 30.1-2
virão as nações desde os fins da terra e dirão: deserto e não verá quando vier o bem; antes,
Nossos pais herdaram só mentiras e coisas 17.6 oDt 29.23; morará nos lugares secos do deserto, na terra
vãs, em que não há proveito.9 Jr 48.6 salgada e inabitável.0

16.14,15 Quando Jeová trouxer o povo hebreu de volta à sua ainda conhecido. Altares. Sem a menor dúvida, idólatras, viste
terra, o acontecimento será celebrado como um novo Êxodo que o templo tinha apenas um altar. Tábua.. . coração. Soí
e, desta vez, não apenas do Egito, mas de "todas as terras". natureza interna, vd Pv 3.3; 7.3.
Essa profecia ainda aguarda cumprimento. Todos reconhece­
17.2 Postes-ídolos. Imagens vergonhosas ou asherim, <c
rão que o Êxodo do Egito será ultrapassado por outro Êxodo
2 Cr 14.3n; Jz 6.25,26. Eram postes esculpidos sem qualquer
maior.
arte, representando uma árvore sagrada, colocados ao lade
16.16-18 Não há refúgio para o Israel impenitente, visto que dos altares. Árvores ou bosques. São alusões freqüentemente
nada escapa ao conhecimento de Jeová, conseqüentemente feitas a lugares de ritos idólatras. Vd referências.
Israel não escapará dos seus inimigos.
17.3 Monte. Acredita-se, aqui, que Jerusalém não esteja err
16.19-21 A conversão dos pagãos (Is 4 5 .2 0-2 4 ; Mq 4.1 -4 ).
vista, mas somente o monte Sião, onde se localiza o tem pe
Os pagãos reconhecerão a futilidade da adoração idólatra, e
O principal dos "lugares altos", que foi reconquistado per
todas as nações se juntarão na adoração a Jeová (após
Israel em junho de 1967. No local do templo, encontra-se
Ap 13). Nações. Uma reunião de povos, até então ignorantes
uma mesquita muçulmana. Esta foi edificada ao redor da
sobre o verdadeiro Deus, reconhecê-lo-ão por causa da Sua
cha que ficava no meio do pátio. Presa. Pilhagem, saquí
intervenção inesperada na história de Israel.
objeto apreendido ao inimigo.
17.1 Ponteiro de ferro. Usado para fazer marcas permanentes
17.4 Por ti mesmo. Por tuas próprias culpas ou pecados per
sobre superfícies como as de rochas (|ó 19.24). Diamante.
deste tua herança.
Heb “ esmeril'1, pedras de coríndon conhecidas dos antigos
por sua dureza e utilidade em gravar sobre objetos duros. 17.6 Arbusto. O junípero anão, tipo de zim bro de aparênca
Assim, a idolatria de Judá estava indelevelmente escrita sobre pobre e mirrada, cujas folhas são quase que inteiramente ar­
os corações do povo. O diamante dos nossos dias não era rancadas pelas cabras selvagens (tamareira).
1083 JEREMIAS 17.25
7 Bendito o homem que confia no 17.7 p SI 2.12; 18 Sejam envergonhados os que me perse­
Is 30.18
Senhor e cuja esperança é o Senhor,p guem, e não seja eu envergonhado; assom-
8 Porque ele é como a árvore <? plantada brem-se eles, e não me assombre eu; traze
17.8 <?SI 1.3 sobre eles o dia do mal e destrói-os com do­
junto às águas, que estende as suas raízes para
o ribeiro e não receia quando vem o calor, brada destruição.z
mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequi- 17.10 fAp 2.23
dão, não se perturba, nem deixa de dar fruto. *SI 62.12
A santificação do sábado
9 Enganoso é o coração, mais do que to­
das as coisas, e desesperadamente corrupto; 17.11 (SI 55.23
19 Assim me disse o Senhor: Vai, põe-te
quem o conhecerá? à porta dos filhos do povo, pela qual entram
10 Eu, o Senhor, esquadrinhor o cora­ e saem os reis de Judá, como também a todas
17.15
ção, eu provo os pensamentos; e isto para "SI 73.27; as portas de Jerusalém,
dar5 a cada um segundo o seu proceder, se­ |r 2.13 20 e dize-lhes: Ouvi a palavra do
gundo o fruto das suas ações. Senhor, v ó s , reis de Judá, e todo 0 Judá, e
11 Como a perdiz que choca ovos que não 17.14 todos os moradores de Jerusalém que entrais
>-Dt 10.21 por estas portas.0
pôs, assim é aquele que ajunta riquezas, mas
não retamente; no meio de seus dias, as dei­ 21 Assim diz o Senhor: Guardai-vos por
xará e no seu fim será insensato.' 17.15 »ls 5.19; amor da vossa alma, não carregueis cargasb
Am 5.18;
no dia de sábado, nem as introduzais pelas
2Pe 3.4
Jeremias clama a Deus portas de Jerusalém;
que o socorra dos seus inimigos 22 não tireis cargas de vossa casa no dia
17.16 *|r 1.4
de sábado, nem façais obra alguma; antes,
12 Trono de glória enaltecido desde o
santificai o dia de sábadoc, como ordenei a
princípio é o lugar do nosso santuário. 17.17 yjr 16.19
13 Ó Senhor, Esperança de Israel! To­ vossos pais.
dos aqueles que te deixam serão envergonha­ 23 Mas não atenderam, não inclinaram os
dos; o nome dos que se apartam de mim será 17.18 ^Sl 25.2 ouvidos; antes, endureceram a cerviz, para
escrito no chão; porque abandonam o não me ouvirem, para não receberem disci­
Senhor, a fonte das águas vivas.u 17.20 o|r 19.3 plina. d
14 Cura-me, Senhor , e serei curado, 24 Se, deveras, me ouvirdes, diz o
salva-me, e serei salvo; porque tu és o meu 17.21
Senhor, não introduzindo cargas pelas por­
louvor.v b Ne 13.15-22 tas desta cidade no dia de sábado, e santificar-
15 Eis que eles me dizem: Onde está a des o dia de sábado, não fazendo nele obra
palavra do Senhor ? Que se cumpra!"' 17.22 alguma,
16 Mas eu não me recusei a ser pastor, CÊX 20.8-10; 25 então, pelas portas desta cidade entra­
Dt 5.12-14
seguindo-te; nem tampouco desejei o dia da rão reis e príncipes, que se assentarão no
aflição, tu o sabes; o que saiu dos meus lábios trono de Davi, andando em carros e montados
está no teu conhecimento." 17.23 rf|r 7.24 em cavalos, eles e seus príncipes, os homens
17 Não me sejas motivo de terror; meu de Judá e os moradores de Jerusalém; e esta
refúgio és tu no dia do mal.»' 17.25 ejr 22.4 cidade será para sempre habitada.e

17.7 Este é o único penhor da vida eterna e da comunhão verdadeira mãe. Insensato. O problema aqui não é insensibili­
com Deus aqui na terra. dade moral e espiritual.
17.8 Vd salmo 1, palavras do rei Davi, resumidas neste ver­ 17.13 Chão. Os nomes ali escritos, e não em pedra, logo de­
sículo.
sapareceriam, pois não estavam escritos no 'livro da vida"
17.9 Enganoso, traiçoeiro, astucioso. Corrupto. Perigosa­ (Êx 32.32), ou no "m em orial" (M l 3.16), ou no céu
mente enfermo, incurável. (Lc 10.20). Águas vivas. Sempre frescas e nunca em falta.
17.10 Somente Deus pode julgar 0 homem por seus senti­
17.15 Que se cumpra! Os incrédulos, céticos, ridicularizavam
mentos secretos.
|eremias, pedindo-lhe que desse provas de que alguma de
17.11 Perdiz. Põe um grande número de ovos, os quais os
suas profecias houvesse se cumprido.
árabes avidamente buscam, a fim de usá-los como alimento.
Razão pela qual há um número bastante reduzido de filhotes 17.23 Endureceram. Tornar-se insensível, rude, dificultar. De­
que conseguem sobreviver. Geralmente, a perdiz congrega rivado da raiz que quer dizer ficar rijo, duro. A mesma palavra
filhotes de outras perdizes, porém somente até à vinda da está em 7.26; é outra, porém, em 7.24.
JEREMIAS 17.26 1084
26 Virão das cidades de Judá e dos contor­ 17.26 contra a qual eu falei, também eu me arrepen­
fS1107.22;
nos de Jerusalém, da terra de Benjamim, das Zc 7.7 derei do mal que pensava fazer-lhe./
planícies, das montanhas e do Sul, trazendo 9 E, no momento em que eu falar acerca
holocaustos, sacrifícios, ofertas de manjares e de uma nação ou de um reino, para o edificar
incenso, oferecendo igualmente sacrifícios de 17.27
e plantar,
ações de graças na Casa do Senhor. f p2Rs 25.9; 10 se ele fizer o que é mal perante mim e
27 Mas, se não me ouvirdes, e, por isso, Lm 4.1 T não der ouvidos à minha voz, então, me arre­
não santificardes o dia de sábado, e carregar- penderei do bem que houvera dito lhe faria.
des alguma carga, quando entrardes pelas 11 Ora, pois, fala agora aos homens de
portas de Jerusalém no dia de sábado, então, 18.6 Ms 45.9 Judá e aos moradores de Jerusalém, dizendo:
acenderei fogo nas suas portas, o qual consu­ Assim diz o Senhor: Eis que estou foijando
mirá os palácios de Jerusalém e não se mal e formo um plano contra vós outros; con-
apagará. 9 18.7 'Jr 1.10 vertei-vos, pois, agora, cada um do seu mau
proceder e emendai os vossos caminhos e as
0 vaso do oleiro vossas ações.*
12 Ma^ eles dizem: Não há esperança,
1 Q Palavra do Senhor que veio a Jere- 18.8/Jr 26.3;
Jn 3.10 porque andaremos consoante os nossos proje­
X O mias, dizendo:
tos, e cada um fará segundo a dureza do seu
2 Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá
coração maligno.'
ouvirás as minhas palavras.
18.11 13 Portanto, assim diz o Senhor: Pergun­
3 Desci à casa do oleiro, e eis que ele *2Rs 27.13
tai agora entre os gentios sobre quem ouviu
estava entregue à sua obra sobre as rodas. tal coisa. Coisa sobremaneira horrenda come­
4 Como o vaso que o oleiro fazia de barro teu a virgem de Israel!™
se lhe estragou na mão, tomou a fazer dele 18.12 /Jr 2.25 14 Acaso, a neve deixará o Líbano, a ro­
outro vaso, segundo bem lhe pareceu. cha que se ergue na planície? Ou faltarão as
5 Então, veio a mim a palavra do Senhor: águas que vêm de longe, frias e correntes?
6 Não poderei eu fazer de vós como fez 15 Contudo, todos os do meu povo se têm
18.13 m|r 2.10;
este oleiro, ó casa de Israel? — diz o 1Co 5.1 esquecido de mim, queimando incenso aos
Senhor; eis que, como o barro na mão do ídolos, que os fizeram tropeçar nos seus cami­
oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa nhos e nas veredas antigas, para que andas­
de Israel.h 18.15 "|r 2.13 sem por veredas não aterradas;0
1 No momento em que eu falar acerca de 16 para fazerem da sua terra um espanto e
uma nação ou de um reino para o arrancar, objeto de perpétuo assobio; todo aquele que
derribar e destruir,' 18.16°lRs9.8; passar por ela se espantará e meneará a
8 se a tal nação se converter da maldade Lm 2.15 cabeça.0

17.26 Planícies.. . montanhas.. . Sul (o deserto). Três distritos 18.11 Deus deixa bem claro que prefere abençoar, infcr-
de Judá. mando-os sobre seus planos com antecedência. Vd a série de
17.27 Baseado no refrão de Am 1.4,7,10,12. referências nas margens.

18.2 Oleiro. Provavelmente no vale de Hinom, ao sul de Jeru­


18.12 Vd 2.5. Os oradores não estavam desanimados com
salém, com acesso ao vale e aos poços de Siloé. Incluía o
seu estado e futuro mas preferiam silenciar o pregador que os
campo para guardar e amassar a argila, o forno e o monturo
perturbava. Essa linguagem dos judeus assinala que estava*-
municipal. Chamado campo do oleiro (Zc 11.13; M t 27.10).
no últim o estágio de maldade e endurecimento. Dureza
18.3 Rodas. No heb "sobre duas pedras (circulares)", onde a Vd 7.24.
inferior era girada com os pés; a superior (no mesmo eixo)
suportava a argila. 18.14 Líbano ou Síriom. A palavra fenícia para designar o
18.6 Uma forte assertiva do absoluto poder e direito de Jeová monte Hermom cujo cume estava perpetuamente coberto oe
em governar os seres que Ele criou e as nações que Ele chama neve. Suas fontes jamais secam; contrastavam com a incons­
à existência (Is 45.9; Rm 9.20,21). tância de Israel.

18.8 Me arrependerei do mal. "Arrepender-se" neste sentido


18.15 ídolos. Uma palavra diferente da que aparece e~
quer dizer apenas "desviar-se", "voltar atrás"; e a palavra
14.22. Aqui o term o heb significa aquilo que é irreal, isto é
"m al" quer dizer "desgraça" e "punição".
material ou moralmente sem substância e sem base. Falsi­
18.10 As bênçãos ou maldições de Jeová não são arbitrárias, dade, absurdo, vaidade.
mas dependem da atenção e da obediência a ele dispen­
sadas. 18.16 Meneará. Num gesto de zombaria ou ridicularização
1085 JEREMIAS 19.6
17 Com vento oriental os espalharei 18.17 pSI 48.7 dos diante de ti; age contra eles no tempo da
diante do inimigo; mostrar-lhes-ei as costas e tua ira.u
não o rosto, no dia da sua calamidade.p 18.18
■jLv 10.11;
Ml 2.7
A botija quebrada
O profeta ora contra seus inimigos
1 Q Assim diz o Senhor: Vai, compra
18 Então, disseram: Vinde, e forjemos
í Zs uma botija de oleiro e leva contigo
projetos contra Jeremias; porquanto não há de 18.20 rSI 35.7
alguns dos anciãos do povo e dos anciãos dos
faltar a lei ao sacerdote, nem o conselho ao
sacerdotes;
sábio, nem a palavra ao profeta; vinde, fi­ 18.21
2 sai ao vale do filho de Hinom1', que está
ramo-lo com a língua e não atendamos a ne­ SSI 109.9-10
à entrada da Porta do Oleiro, e apregoa ali as
nhuma das suas palavras. 9
palavras que eu te disser;
19 Olha para mim, Senhor, e ouve a voz 18.22 í|r 18.20
3 e dize: Ouvi a palavra do Senhor, ó reis
dos que contendem comigo.
de Judá e moradores de Jerusalém. Assim diz
20 Acaso, pagar-se-á mal por bem? Pois 18.23 "SI 35.4
abriram uma cova para a minha alma. Lem- o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel:
bra-te de que eu compareci à tua presença, Eis que trarei mal sobre este lugar, e quem
para interceder pelo seu bem-estar, para des­ 19.2 quer que dele ouvir retinir-lhe-ão os
^Rs 23.10; ouvidos.w
viar deles a tua indignação/ Jr 7.30-32;
21 Portanto, entrega seus filhos à fome e 32.34-35 4 Porquanto me deixaram e profanaram
ao poder da espada; sejam suas mulheres rou­ este lugar, queimando nele incenso a outros
badas dos filhos e fiquem viúvas; seus mari­ 19.3 deuses, que nunca conheceram, nem eles,
dos sejam mortos de peste, e os seus jovens, >vlSm 3.11; nem seus pais, nem os reis de Judá; e enche­
feridos à espada na peleja.5 2Rs 21.12 ram este lugar de sangue de inocentes ;*
22 Ouça-se o clamor de suas casas, 5 e edificaram os altos de Baal, para quei­
quando trouxeres bandos sobre eles de re­ 19.4 *Dt 28.20; marem os seus filhos)' no fogo em holocaus-
pente. Porquanto abriram cova para prender- 2Rs 21.16; tos a Baal, o que nunca lhes ordenei, nem
|r 2.13,17,19,34
me e puseram armadilha aos meus pés.' falei, nem me passou pela mente.
23 Mas tu, ó Senhor, sabes todo o seu 6 Por isso, eis que vêm dias, diz o
conselho contra mim para matar-me; não lhes 19.5 yLv 18.21 Senhor, em que este lugar já não se chamará
perdoes a iniqüidade, nem lhes apagues o pe­ Tofete, nem vale do filho de Hinom, mas o
cado de diante da tua face; mas sejam derriba- 19.6 ?|sl5.8 vale da Matança.2

18.17 Vento. Vd 4.11. Um vento que queima, sufocante e não fica à altura da intenção do criador, 1 -9 . Há, porém, no
destruidor, capaz de iniciar subitamente e com grande violên­ caso do homem, a possibilidade do arrependimento, 11. Se o
cia, vindo do deserto, da banda do oriente ou do sudeste. homem não se converter, então fica mais afastado da inten­
18.18 Sacerdote.. . sábio.. . profeta. Não podiam conceber o ção do Criador, do que qualquer coisa, em toda a natureza,
dia em que o estado chegaria ao fim, quando os líderes reli­ 13- 17.
giosos não seriam capazes de cum prir seus vários deveres, 19.1 Botija, no heb baqbuq, ou o som de líquido no longo e
que formariam a soma da instrução moral e cívica do país estreito gargalo desse vaso, quando a água era derramada.
(Ez 7.26). Língua, calúnia ou acusação séria, como a acusação Era o mais artístico e caro, e também o mais difícil de ser
de traição, contra Jeremias. • N. Hom. O sábado (1 9 -2 7 ), é consertado.
a festa religiosa semanal relembrando que tudo o que somos 19.2 Porta do Oleiro. Posteriormente chamada de Porta do
e o que temos é dado somente por Deus, o Criador. Observa- M onturo (Ne 2.13).
se pelo descanso das atividades diárias, como tem po de refri-
19.3 Reis. Não apenas o rei que então governava, mas seus
gério espiritual e mental, um dom de Deus concedido aos
predecessores que haviam sido culpados dos pecados, pelos
homens, Êx 16.29; Mc 2.27. O dom ingo dos crentes aponta
quais eram punidos. (Vd 13.13; 17.20).
para a nova Criação, eterna e gloriosa, garantida pela ressur­
reição de jesus. 19.4 Profanaram este lugar. Trataram este lugar como um
lugar estranho, como não pertencente a Jeová.
18.21 Poder da espada, lit, "derram a-os nas mãos da
espada". 19.6 Tofete (nota em 7.31). No vale do filho de Hinom
(cf v 2) que foi o lugar onde o deus pagão, Moloque, foi
18.22 Clamor como aquele quando uma cidade é entregue erigido (2 Cr 28.3). O rei Josias eliminara essas práticas más, e
ao saque.
o vale se tornou uma espécie de lugar de m onturo onde o
18.23 Derribados, lit, "feitos tropeçar". • N. Hom. O décimo fogo continuava queimando para destruir o lixo da cidade de
oitavo capítulo revela a soberania de Deus sobre a história Jerusalém; por conseguinte Ce-Hinom, conforme era cha­
humana, assim como o oleiro determina que tip o de vaso vai mado, ou "gehenna", no Novo Testamento, se tornou tipo
fabricar, devolvendo-o à forma de matéria-prima bruta se do inferno, (ge quer dizer "vale").
JEREMIAS 19.7 1086
7 Porque dissiparei o conselho de Judá e 19.7 “ Lv 26.17;
15 Assim diz o S e n h o r dos Exércitos, o
SI 79.2
de Jerusalém neste lugar e os farei cair à es­ Deus de Israel: Eis que trarei sobre esta ci­
pada diante de seus inimigos e pela mão dos dade e sobre todas as suas vilas todo o mal
que procuram tirar-lhes a vida; e darei o seu que pronunciei contra ela, porque endurece­
cadáver por pasto às aves dos céus e aos ani­ 19.8 b)r 18.16 ram a cerviz, para não ouvirem as minhas
mais da terra.0 palavras.h
8 Porei esta cidade por espanto e objeto de
assobios; todo aquele que passar por ela se 19.9 cLv 26.29; Amaldiçoado Pasur;
espantará e assobiará, por causa de todas as Is 9.20
que meteu o profeta no tronco
suas pragas.b
9 Fá-los-ei comer as carnes de seus filhos
^A Pasur, filho do sacerdote Imer, que
w U era presidente na Casa do S e n h o r .
e as carnes de suas filhas, e cada um comerá 19.10
ouviu a Jeremias profetizando estas coisas.'
a carne do seu próximo, no cerco e na angús­ d|r 51.63-64
tia em que os apertarão os seus inimigos e os 2 Então, feriu Pasur ao profeta Jeremias e
que buscam tirar-lhes a vida.c o meteu na, tronco que estava na porta supe­
10 Então, quebrarás a botija à vista dos rior de Benjamim, na Casa do S e n h o r . No
19.11 eSl 2.9;
homens que foram contigod dia seguinte, Pasur tirou a Jeremias do tronco.
Jr 7.32
11 e lhes dirás: Assim diz o S e n h o r dos 3 Então, lhe disse Jeremias: O S e n h o r já
Exércitos: Deste modo quebrarei eu este povo não te chama Pasur, e sim Terror-Por-Todos-
e esta cidade, como se quebra o vaso do Os-Lados.
19.13
oleiro, que não pode mais refazer-se, e os 4 Pois assim diz o S e n h o r : Eis que te
'2Rs 23.10;
enterrarão em Tofete, porque não haverá ou­ Jr 7.18 farei ser terror para ti mesmo e para todos os
tro lugar para os enterrar.e teus amigos; estes cairão à espada de seus
12 Assim farei a este lugar, diz o S e n h o r , inimigos, e teus olhos o verão; todo o Judá
e aos seus moradores; e farei desta cidade um entregarei nas mãos do rei da Babilônia; este
19.14
Tofete. 9 2 0 20.5 os levará presos à Babilônia e feri-los-á z
13 As casas de Jerusalém e as casas dos espada.
reis de Judá serão imundas como o lugar de 5 Também entregarei toda a riqueza desu
Tofete; também todas as casas sobre cujos cidade, todo o fruto do seu trabalho e todas as
19.15 ftjr 7.26
terraços queimaram incenso a todo o exército suas coisas preciosas; sim, todos os tesoure*
dos céus e ofereceram libações a outros dos reis de Judá entregarei nas mãos de seus
deuses/ inimigos, os quais hão de saqueá-los, tomá-
20.1 'T Cr 24.14 los e levá-los à Babilônia./
14 Voltando, pois, Jeremias de Tofete, lu­
gar para onde o enviara o S e n h o r a profeti­ 6 E tu, Pasur, e todos os moradores da tu2
zar, se pôs em pé no átrio da Casa do S e n h o r casa ireis para o cativeiro; irás à Babilônia
e disse a todo o povo: 9 20.5 ;2Rs 20.17 onde morrerás e serás sepultado, tu e todo?

19.7 Dissiparei. Esvaziarei. A raiz da palavra hebraica é a Jeremias (D t 25.3; 2 Co 11.24). Tronco, lit, aquilo que cfc-
mesma que se emprega para "botija". Trata-se de um jogo torce. A cabeça, as mãos e os pés eram colocados em d ncr
de palavras no comum estilo de Jeremias. Conselho. Eles ti­ perfurações separadas. O corpo era mantido numa posiçic
nham planejado derrotar Babilônia, entrando em aliança com vergada, torta ou distorcida, que causava dor.
o Egito.
20.2 A porta do norte do átrio interno do templo.
19.9 Isto se tornou uma realidade histórica (Lm 4.10).
20.3 Pasur. O nome contém a idéia de "prosperidade” . Ses.
19.12 Assim como Tofete se tornará lugar im undo por causa
nome foi alterado para "terror-por-todos-os-lados", ou M*-
da adoração a Moloque e do lixo a queimar no monturo, por
gor Missabib. O mesmo Pasur estaria incluído nas situaçõe
Josias, semelhantemente Jeová tornaria Jerusalém um lugar
de 46.5 e Lm 2.22.
imundo.
19.13 Outros deuses, deuses estrangeiros. Invariavelmente 20.5 Riqueza, lit os frutos do trabalho, ou seja, o lucro.
Jeová entregava o seu povo às nações cujos ídolos eles adora­ 20.6 O cargo de Pasur. Em 29.26, é ocupado por outre—
vam. Exército dos céus. Expressão que quer dizer o Sol, a lua e Certamente que ele foi levado cativo para a Babilônia, em
as estrelas; refere-se à Babilônia, que era guiada por astró­ companhia do rei Jeoaquim. A política dos mesmos opun?-í-
logos. se às profecias de Jeremias. Sua teoria era que o temor acx
20.1,2 Pasur.. . presidente, no heb, dirigente. Alto funcioná­ babilônios não tinha razão de ser. O cativeiro de Pasur prcrax
rio que neste caso é o assistente do sumo sacerdote. Ele es­ que o uso que fizera do ofício profético era uma usurpação a
tava encarregado dos guardas do templo que açoitaram a que suas palavras não se cumpriram, 28.9.
1087 JEREMIAS 21.2
os teus amigos, aos quais profetizaste falsa­ 20.6 13 Cantai ao Senhor, louvai ao Senhor;
Mr 14.13-14
mente.* pois livrou a alma do necessitado das mãos
20.7 ijr 1.6-7
dos malfeitores/
O lamento do profeta
7 Persuadiste-me, ó Senhor, e persua­ 20.8 mJr 6.7 Jeremias amaldiçoa
dido fiquei; mais forte foste do que eu e pre- o dia de seu nascimento
valeceste; sirvo de escárnio todo o dia; cada 20.9 14 Maldito o dia em que nasci! Não seja
um deles zomba de mim., "Jó 32.18-19;
At 18.5 bendito o dia em que me deu à luz mi­
8 Porque, sempre que falo, tenho de gritar nha mãe!5
e clamar; Violência e destruição! Porque a 15 Maldito o homem que deu as novas a
20.10
palavra do Senhor se me tomou um opróbrio °Jó 19.19; meu pai, dizendo: Nasceu-te um filho!, ale­
e ludibrio todo o dia.m Lc 11.53-54
grando-o com isso grandemente.
9 Quando pensei: não me lembrarei dele e
16 Seja esse homem como as cidades que
já não falarei no seu nome, então, isso me foi 20.11 pjr 1.8
o Senhor, sem ter compaixão, destruiu; ouça
no coração como fogo ardente, encerrado nos
ele clamor pela manhã e ao meio-dia,
meus ossos; já desfaleço de sofrer e não posso 20.12 qSI 54.7
alarido.f
mais."
20.13 17 Por que não me matou Deus no ventre
10 Porque ouvi a murmuração de muitos: 'SI 35.9-10
matemo? Por que mitlha mãe não foi minha
Há terror por todos os lados! Denunciai, e o
sepultura? Ou não permaneceu grávida perpe­
denunciaremos! Todos os meus íntimos ami­ 20.14 sjó 3.3
tuamente? “
gos que aguardam de mim que eu tropece
18 Por que saí do ventre matemo tão-so­
dizem: Bem pode ser que se deixe persuadir; 20.16
mente para ver trabalho e tristeza e para que
então, prevaleceremos contra ele e dele nos (Cn 19.25
vingaremos.0 se consumam de vergonha os meus dias?v
11 Mas o Senhor está comigo como um 20.17
wJó 3.10-11 Predita a destruição
poderoso guerreiro; por isso, tropeçarão os
meus perseguidores e não prevalecerão; serão 20.18^(14-18) de Jerusalém por Nabucodonosor
sobremodo envergonhados; e, porque não se |ó 3.1-19 1 Palavra que veio a Jeremias da parte
houveram sabiamente, sofrerão afronta perpé­ do Senhor, quando o rei Zedequias
tua, que jamais se esquecerá.P 21.1 lhe enviou Pasur, filho de Malquias, e o sacer­
12 Tu, pois, ó Senhor dos Exércitos, que »2Rs 25.18 dote Sofonias, filho de Maaséias, dizendo:w
provas o justo e esquadrinhas os afetos e o 2 Pergunta agora por nós ao Senhor, p
21.2
coração, permite veja eu a tua vingança con­ »2Rs 25.1-11; que Nabucodonosor", rei da Babilônia, guer­
tra eles, pois te confiei a minha causa.? 2Cr 36.17-21 reia contra nós; bem pode ser que o Senhor

20.7 Dominado por Jeová para tornar-se seu profeta e indu­ destruição das mesmas que bastava o nome "as cidades" para
zido a colocar-se em uma posição cheia de vexames e desa­ fazê-los lembrarem-se da ira de Deus.
pontamentos, que ele nunca havia esperado ( 1 .6).
Persuadiste. Uma palavra forte, também usada com o sentido 21.1 Zedequias. Nos capítulos 21 e 22, Jeová dirigiu uma
de seduzir (Êx22.16). A impopularidade dos que exigem a mensagem à pessoa do rei de Judá. Anunciou ao rei que ele
fidelidade à palavra de Deus causou terrível tristeza ao pusera à sua frente o caminho da vida e o caminho da morte
profeta. (21.8). O caminho da vida era a obediência (22.3) e traria
20.8 Opróbrio. Palavra que significa vergonha, desonra, igno­ bênçãos. Zedequias reinou em 5 9 7 -5 8 7 a.C., preferiu o ca­
mínia. A raiz do termo significa "inundar". Ludibrio. Derivado minho da morte, que lhe causou a rejeição de sua família
do vocábulo desprezar, falar de m odo ininteligível (como que como dinastia de descendentes e herdeiros do trono de Davi
imitando um estrangeiro), zombar, escarnecer. O mundo é (22.24-30). Pasur, filho de Malquias. Deve ser distinguido do
tão pecador que os que anunciam fielmente a mensagem de Pasur anterior, filho de Imer (20.1). Cerca de vinte anos se
Deus são considerados pelo mundo marginais. haviam passado entre estes capítulos e o anterior.

20.10 Até mesmo seus amigos íntimos procuravam ciladas, 21.2 Zedequias é como a maioria dos homens: usa a religião
para que pudessem acusá-lo de traição (SI 41.9; Jo 13.18). apenas quando está em situação cujos recursos humanos não
20.15 Segundo a lei, ele não podia amaldiçoar a seu pai, sua são suficientes para obter-se uma solução favorável do pro­
mãe, ou a Deus. Assim sendo, amaldiçoou seu nascimento. blema que enfrenta; quando não, permite até que os fiéis
20.16 As cidades. Um termo técnico que se refere direta­ sejam perseguidos. Guerreia. Quando o cerco apenas tivera
mente à destruição das cidades de Sodoma e Gomorra. início, Zefanias foi executado em Ribla, por Nabucodonosor
Os hebreus ficaram tão impressionados com a inesquecível (52.24-27).
JEREMIAS 21.3 1088
nos trate segundo todas as suas maravilhas e 21.4 Ws 13.4 11 À casa do rei de Judá dirás: Ouvi a
o faça retirar-se de nós. palavra do S e n h o r !
3 Então, Jeremias lhes disse: Assim direis 12 O casa de Davi, assim diz o Senhor:
21.5 zEx 6.6
a Zedequias: Julgai pela manhã justamente e livrai o opri­
4 Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: mido das mãos do opressor; para que não seja
Eis que farei retroceder as armas de guerra 21.7 a Dt 28.50; o meu furor como fogo e se acenda, sem que
que estão nas vossas mãos, com que vós pele­ 2Cr 36.17 haja quem o apague, por causa da maldade
jais fora dos muros contra o rei da Babilônia das vossas ações.e
e contra os caldeus, que vos oprimem; tais 13 Eis que eu sou contra ti, ó Moradora do
21.8 bDt 30.19
armas, eu as ajuntarei no meio desta cidade.)' vale, ó Rocha da campina, diz o Senhor;
5 Pelejarei eu mesmo contra vós outros contra vós outros que dizeis: Quem descerá
com braço estendido e mão poderosa, com contra nós? Ou: Quem entrará nas nossas
21.9 c|r 38.2
ira, com indignação e grande furor.2 moradas?'
6 Ferirei os habitantes desta cidade, tanto 14 Castigar-vos-ei segundo o fruto das
os homens como os animais; de grande pesti­ 21.10 vossas ações, diz o Senhor; acenderei fogo
lência morrerão. ^Lv 17.10; na cidade, qual bosque, o qual devorará todos
Am 9.4
7 Depois disto, diz o Senhor, entregarei os seus arredores.9
Zedequias, rei de Judá, e seus servos, e o
povo, e quantos desta cidade restarem da pes­ Profecia contra a casa real de Judá
21.12
tilência, da espada e da fome na mão de Na- « S 1 1 0 1 .8 ; ^ Assim diz o Senhor : Desce à casa
bucodonosor, rei da Babilônia, na de seus Zc 7.9 A* A* do rei de Judá, e anuncia ali esta
inimigos e na dos que procuram tirar-lhes a palavra,
vida; feri-los-á a fio de espada; não os pou­ 2 e dize: Ouve a palavra do Senhor, ó rei
21.13 Hr 49.4
pará, não se compadecerá, nem terá miseri­ de Judá, que te assentas no trono de Davi, tu.
córdia.0 os teus servos e o teu povo, que entrais por
8 A este povo dirás: Assim diz o S e n h o r : 21.14
estas portas.h
Eis que ponho diante de vós o caminho da 9 2Cr 36.19; 3 Assim diz o Senhor: Executai o direito
vida e o caminho da morte.b Is 3.10-11 e a justiça e livrai o oprimido das mãos do
9 O que ficar nesta cidade há de morrer à opressor; não oprimais ao estrangeiro, nem ao
espada, ou à fome, ou de peste; mas o que sair órfão, nem à viúva; não façais violência, nem
22.2 *}r 17.20
e render-se aos caldeus, que vos cercam, vi­ derrameis sangue inocente neste lugar.1
verá, e a vida lhe será como despojo.c 4 Porque, se, deveras, cumprirdes esta pa­
10 Pois voltei o rosto contra esta cidade, 22.3'jr 21.12 lavra, entrarão pelas portas desta casa os reis
para mal e não para bem, diz o Senhor; ela que se assentarão no trono de Davi, em carros
será entregue nas mãos do rei da Babilônia, e e montados em cavalos, eles, os seus servos e
este a queimará.d 22.4 yjr 17.25 o seu povo.i

21.6 Pestilência. Praga, peste, coisa letal, que causa a morte. aprisionamento e encarceramento de jeremias, e sua vida fi­
Conseqüência natural do fato da cidade ser m uito populosa, cou em perigo (37.13-16).
quando o povo e os soldados encheram a cidade cercada. A 21.10 Ezequiel, nessa época, estava pregando a mesma coisa
situação se descreve em 2 Rs 6.2 4 -30 ; 7.3 -4 . na Babilônia (Ez 7.22).
21.7 Poupará. "Cobrir", isto é, ter compaixão, compadecer- 21.12 lulgai pela manhã. Tempo de fazer negócios, quando
se, usar de misericórdia, condoer-se. Compadecerá.. . miseri­ o rei pessoalmente julgava casos na porta da cidade
córdia. Todas as três palavras são semelhantes em seu (2 Sm 15.2-4),
significado, assim reforçando a desesperadora situação de Je- 21.13 Moradora. O gênero denota a personificação da comu­
rusalém, que fora abandonada por |eová, ainda que no pas­ nidade. Vale.. . rocha, Jerusalém. Moradas. Palavra para indi­
sado tivesse sido favorecida com amoroso e especial cuidado. car o local habitado por um leão na floresta, ou seja, um lugar
21.8 Essa escolha de uma forma eterna e final, se nos con­ seguro. Isso era sinal que o povo havia sido enganado pela
fronta quando ouvimos o evangelho de |esus Cristo, jo 3.18. segurança que se sentia em Jerusalém.

21.9 Vida.. . despojo. Algo arrebatado apressadamente e le­ 21.14 A cidade-rainha, Jerusalém, é apresentada como uma
vado para longe. “ A tua vida te será como despojo" um floresta (vd sobre Israel, Is 9.18) que foi destruída por súbito
grande prêmio (38.2; 39.18). A única maneira de escapar era incêndio.
submeter-se ao instrumento do juízo de Deus. Esse conselho, 22.1 Desce. Do monte do templo, localizado no topo do
aparentemente antipatriótico, posteriormente provocou o monte Sião, para o palácio.
1089 JEREMIAS 22.22
5 Mas, se não derdes ouvidos a estas pala­ 22.5 *Hb 6.13 14 que diz: Edificarei para mim casa espa­
vras, juro por mim mesmo, diz o S e n h o r , çosa e largos aposentos, e lhe abre janelas, e
que esta casa se tomará em desolação.k 22.7 'Is 37.24 forra-a de cedros, e a pinta de vermelhão.
6 Porque assim diz o S e n h o r acerca da 15 Reinarás tu, só porque rivalizas com
casa do rei de Judá: Tu és para mim Gileade 22.8 outro em cedro? Acaso, teu pai não comeu, e
e a cabeça do Líbano; mas certamente farei de " D t 29.24-25;
1Rs 9.8-9
bebeu, e não exercitou o juízo e a justiça? Por
ti um deserto e cidades desabitadas. isso, tudo lhe sucedeu bem/
7 Designarei contra ti destruidores, cada 16 Julgou a causa do aflito e do necessi­
22.9
um com as suas armas; cortarão os teus ce­ "2Rs22.17; tado; por isso, tudo lhe ia bem. Porventura,
dros escolhidos e lançá-los-ão no fogo.' 2 0 34.25 não é isso conhecer-me? — diz o S e n h o r .
8 Muitas nações passarão por esta cidade, 17 Mas os teus olhos e o teu coração não
e dirá cada um ao seu companheiro: Por que 22.10 atentam senão para a tua ganância, e para
procedeu o S e n h o r assim com esta grande °2Rs 22.20
derramar o sangue inocente, e para levar a
cidade?m
efeito a violência e a extorsão.5
9 Então, se lhes responderá: Porque deixa­ 22.11
p2Rs 23.31-34; 18 Portanto, assim diz o S e n h o r acerca
ram a aliança do S e n h o r , seu Deus, e adora­
2 0 36.1-4 de Jeoaquim', filho de Josias, rei de Judá:
ram a outros deuses, e os serviram."
Não o lamentarão, dizendo: Ai, meu irmão!
Contra Salum, rei de Judá 22.13 Ou: Ai, minha irmã! Nem o lamentarão, di­
9Lv 19.13; zendo: Ai, senhor! Ou: Ai, sua glória!
10 Não choreis o morto, nem o lastimeis; 2Rs 23.35;
chorai amargamente aquele que sai; porque Jr 23.18; Hc 2.9 19 Como se sepulta um jumento, assim
nunca mais tomará, nem verá a terra onde o sepultarão; arrastá-lo-ão e o lançarão para
nasceu.0 22.15 bem longe, para fora das portas de Jeru­
11 Porque assim diz o S e n h o r acerca de '2Rs 23.25; salém.0
Is 3.10
SalumP, filho de Josias, rei de Judá, que rei­ 20 Sobe ao Líbano, ó Jerusalém, e clama;
nou em lugar de Josias, seu pai, e que saiu ergue a voz em Basã e clama desde Abarim,
22.17 sEz 19.6 porque estão esmagados todos os teus
deste lugar: Jamais tomará para ali.
12 Mas no lugar para onde o levaram ca­ amantes.
22.18 21 Falei contigo na tua prosperidade, mas
tivo morrerá e nunca mais verá esta terra. i2Rs 23.36-24;
2 0 36.5-7 tu disseste: Não ouvirei. Tem sido este o teu
Contra Jeoaquim, rei de Judá caminho, desde a tua mocidade, pois nunca
13 Ai daquele que edifica a sua casa com 22.19 deste ouvidos à minha voz.v
injustiça e os seus aposentos, sem direito! “ 2 0 36.6 22 O vento apascentará todos os teus pas­
Que se vale do serviço do seu próximo, sem tores, e os teus amantes irão para o cativeiro;
paga, e não lhe dá o salário;*! 22.21 v|r 3.25 então, certamente ficarás envergonhada e

22.5 juro. Vd Hb 6.13, uma expressão semelhante a "como 22.13 Refere-se a Jeoaquim, 609 a 597 a.C., cujo luxo
vivo, diz )eová". egoísta e opressivo e contrastado com o governo reto de seu
22.6 Gileade.. . Líbano. Regiões conhecidas por suas excelen­ pai, Josias. Ele expandiu e embelezou o seu palácio com tra­
tes florestas. balho forçado, não remunerado.

22.7 Cedros escolhidos. Simbolizavam os chefes de estado. 22.14 Aposentos. Um quarto sobre o telhado plano com ja­
Designarei. Lit consagrarei Babilônia como instrumento de pu­ nelas protegidas com gelosias as quais permitiam livre circula­
nição judicial. ção do ar, tornando o local um lugar isolado e fresco (Jz 3.20;
2 Rs 1.2). É a competição por causa do cedro mencionado no
22.10 Morto. Josias foi morto pelo faraó Neco, na batalha de
v 15.
Megido, em 609 a. C. (2 Rs 23.29). Aquele que sai. Jeoacaz
sucedeu a seu pai Josias; mas depois de um reinado de três 22.16 julgou. Aqui tem o sentido de obter justiça para os
injustiçados que não tinham influência para se defenderem.
meses, em 609 a.C., foi levado cativo pelo faraó Neco para o
Egito, onde faleceu (2 Rs 23.32-35). O sentido desse versí­ 22.18 Nem seus familiares nem seus súditos haveriam de la­
culo é que melhor é morrer no campo de batalha do que no mentar sua m orte (vd 34.5; 1 Rs 13.30).
cativeiro. 22.20 Abarim. As "regiões do outro lado", uma cadeia de
22.11 Salum ou Jeoacaz (vd 1 Cr 3.15). Esse talvez tenha sido montanhas a leste do mar Morto, incluindo Nebo, de onde
seu nome antes de tornar-se rei. Tanto este rei como Jeoa­ Moisés contemplou a Terra Prometida (D t 34.1). Amantes.
quim (chamado jeconias no v 24) constam aqui com seu Vossos aliados (4.30), ou os deuses falsos.
nome primitivo, e não com o nome dado ao subir ao trono 22.22 Apascentará. Deixará sem pastos, tirar-lhes-á seu po­
que ambos ocuparam por apenas alguns meses. derio. O vento aqui é a violência da guerra.
JEREMIAS 22.23 1090
confundida, por causa de toda a tua 22.22 Wjr 23.1 filhos prosperará, para se assentar no trono de
maldade.w Davi e ainda reinar em Judá.d
22.23 *Jr 6.24
23 O tu que habitas no Líbano e fazes o
teu ninho nos cedros! Como gemerás quando 22.24
Profecia contra os maus pastores
te vierem as dores e as angústias como da que v2Rs 24.8-15; Ai dos pastores que destroem e dis-
2Cr 36.9-10
está de parto !* persam as ovelhas do meu pasto! —
22.25 ;Jr 34.20
diz o S e n h o r . e
Contra Jeconias, rei de Judá 2 Portanto, assim diz o S e n h o r , o Deus
24 Tão certo como eu vivo, diz o S e n h o r , 22.26 de Israel, contra os pastores que apascentam o
ainda que Jeconias)', filho de Jeoaquim, rei o2Rs 24.15; meu povo: Vós dispersastes as minhas ove­
2Cr 36.10
de Judá, fosse o anel do selo da minha mão lhas, e as afugentastes, e delas não cuidastes;
direita, eu dali o arrancaria. 22.28 mas eu cuidarei em vos castigar a maldade
25 Entregar-te-ei, ó rei, nas mãos dos que bSI 31.12; das vossas ações, diz o S e n h o r /
procuram tirar-te a vida e nas mãos daqueles Os 8.8 3 Eu mesmo recolherei o restante das mi­
a quem temes, a saber, nas mãos de Nabuco­ nhas ovelhas, de todas as terras para onde as
22.29 cDt 32.1;
donosor, rei da Babilônia, e nas mãos dos Mq 1.2 tiver afugentado, e as farei voltar aos seus
caldeus.2 apriscos; serão fecundas e se m u ltip lica rã o . 9
26 Lançar-te-ei a ti e a tua mãe, que te 22.30 4 Levantarei sobre elas pastores que as
deu à luz, para outra terra, em que não nas- ■<10 3.16-17; apascentem, e elas jamais temerão, nem se
Mt 1.12
ceste; e ali morrereis.0 espantarão; nem uma delas faltará, diz o
27 Mas à terra da qual eles têm saudades, 23.1 f|r 10.21 S e n h o r. h
a ela não tomarão.
28 Acaso, é este Jeconias homem vil, 23.2 fÊx 32.34 Profecia sobre o Renovo de Davi
coisa quebrada ou objeto de que ninguém se Jr 33.14-16
23.3 s|r 32.37
agrada? Por que foram lançados fora, ele e os 5 Eis que vêm dias, diz o S e n h o r , em que
seus filhos, e arrojados para a terra que não 23.4 f>Jr 3.15
levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que
conhecem?1’ é, remará, e agirá sabiamente, e executará o
29 O terra, terra, terra! Ouve a palavra do 23.5 'SI 72.2; juízo e a justiça na terra.1
Se n h o r !c Jr 33.14-16; 6 Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel
Zc 3.8
30 Assim diz o S e n h o r : Registrai este habitará seguro; será este o seu nome, com
como se não tivera filhos; homem que não 23.6/(5-6) que será chamado: S e n h o r , Justiça Nossa./
prosperará nos seus dias, e nenhum dos seus Jr 33.14-16 7 Portanto, eis que vêm dias, diz o

22.23 Ninho nos cedros. M uito da cidade de Jerusalém fora indo diante deles, e não impelindo-os por detrás.
construído com os cedros do Líbano, pelo que a referência 23.3,4 Uma promessa profética que ainda resta ser cum­
aqui é a falsa segurança de Jerusalém. prida. A respeito dos que regressaram sob Zorobabel não se
22.24 jeconias. No texto heb, "Coniah" que quer dizer "Deus poderia dizer que nem uma delas faltará.
me estabelece": este é Seu nome na vida civil, cf 1 Cr 3.16. 23.5 Renovo justo. Uma referência clara a Jesus, como Mes­
Seu nome como rei era Jeoaquim. Reinou durante três meses sias reinante. Jesus não reinou por ocasião de Seu primeiro
e foi levado cativo para Babilônia, juntamente com a nata da advento pelo que isso é uma profecia sobre acontecimentos
nação (2 Rs 25.27-30). ainda futuros. E em todas as profecias, devem ser aplicadas as
22.26 Mãe. Neústa (2 Rs 24.8). regras dadas pelo próprio Jeremias ( Jr 18.7—9).

22.28 Quebrada. Uma figurinha de terra cota que fora 23.6 Senhor, justiça Nossa, no heb, jeová-Tsidkenu ou Jeová,
partida. Justiça Nossa. Isso faz do Renovo, Jesus Cristo, co-possuidor
do "glorioso nome" de SI 72.19;83.18; Is 42.8. Uma observa­
22.30 Não tivera filhos. Em 1 Cr 3.17, parece que teve filhos,
ção de Jesus declarava sua própria igualdade com o Pai
pois Sealtiel (M t 1.12) é declarado como seu filho. Sealtiel
(Jo 5.18; Fp 2.6). A presença de Jeová a reinar no monte Sião
realmente descendia de Davi por meio de Natã (Lc 3.27-31),
(M q 4 .7 ; Zc 14.3,4,9,16,17) deve ser uma referência ao fu­
e não por meio da linhagem dos reis anteriores, Salomão,
turo reino terrestre do Senhor Jesus Cristo. Jesus é a fonte de
Reoboão, etc. Assim sendo, era um herdeiro legal, ainda que
nossa retidão. Foi prometida restauração tanto a Judá como a
não descendente natural. Seus filhos não subiram ao trono.
Israel, sob o seu reinado.
23.1 Dispersam. Exílio voluntário para o Egito, ou exílio for­ 23.7,8 Vd 16.14,15n. Quando "recolherei o restante" (3) e
çado para a Babilônia. Jesus "reinará". Até o momento, nenhum regresso à Palestina
23.2 Afugentastes. Expulsastes, feristes; é o contrário do que deixou marca que superasse o Êxodo do Egito no pensa­
fazem os pastores orientais, que conduzem seus rebanhos mento humano. Tal profecia, pois, aguarda cumprimento.
1091 JEREMIAS 23.22
SENHOR, em que nunca mais dirão: Tão certo 23.7 mim como Sodomar, e os moradores de Jeru­
*|r 16.14-15
como vive o S e n h o r , que fez subir os filhos salém, como Gomorra.
de Israel da terra do Egito;* 15 Portanto, assim diz o S e n h o r dos
23.8'Is 43.5-6
8 mas: Tão certo como vive o S e n h o r , Exércitos acerca dos profetas: Eis que os ali­
que fez subir, que trouxe a descendência da mentarei com absinto e lhes darei a beber
23.9 mHc 3.16
casa de Israel da terra do Norte e de todas as água venenosa; porque dos profetas de Jeru­
terras para onde os tinha arrojado; e habitarão salém se derramou a impiedade sobre toda a
23.10 "|r 5.7-8
na sua terra.1 terra.s
16 Assim diz o S e n h o r dos Exércitos:
Contra os falsos profetas 23.11 ojr 6.13;
Sf 3.4 Não deis ouvidos às palavras dos profetas que
9 Acerca dos profetas. O meu coração entre vós profetizam e vos enchem de vãs
está quebrantado dentro de mim; todos os esperanças; falam as visões do seu coração,
23.12 PSI 35.6;
meus ossos estremecem; sou como homem Jr 11.23 não o que vem da boca do S e n h o r . f
embriagado e como homem vencido pelo vi­ 17 Dizem continuamente aos què me des­
nho, por causa do Senhor e por causa das 23.13 <?ls 9.16 prezam: O S e n h o r disse: Paz tereis; e a qual­
suas santas palavras.m quer que anda segundo a dureza do seu
10 Porque a terra está cheia de adúlteros e 23.14 coração dizem: Não virá mal sobre vós.u
chora por causa da maldição divina; os pastos rCn 18.20
18 Porque quem esteve no conselho do
do deserto se secam; pois a carreira dos adúl­
S e n h o r , e viu, e ouviu a sua palavra? Quem
teros é má, e a sua força não é reta.n 23.15 s|r 8.14
esteve atento à sua palavra e a ela atendeu?1'
11 Pois estão contaminados, tanto o pro­
19 Eis a tempestade do S e n h o r ! O furor
feta como o sacerdote; até na minha casa 23.16 t|r 14.14
achei a sua maldade, diz o S e n h o r . 0 saiu, e um redemoinho tempestuou sobre a
12 Portanto, o caminho deles será como cabeça dos perversos.w
23.17 «Jr 6.14;
lugares escorregadios na escuridão; serão em­ Mq 3.11 20 Não se desviará a ira do S e n h o r , até
purrados e cairão nele; porque trarei sobre que ele execute e cumpra os desígnios do seu
eles calamidade, o ano mesmo em que os 23.18 vjó 15.8;
coração; nos últimos dias, entendereis isso
castigarei, diz o S e n h o r , p 1Co 2.16 claramente."
13 Nos profetas de Samaria bem vi eu lou­ 21 Não mandei esses profetas; todavia,
cura; profetizavam da parte de Baal e faziam 23.19 w|r 25.32 eles foram correndo; não lhes falei a eles;
errar o meu povo de Israel.? contudo, profetizaram.)'
14 Mas nos profetas de Jerusalém vejo 23.20 *Gn 49.1 22 Mas, se tivessem estado no meu conse­
coisa horrenda; cometem adultérios, andam lho, então, teriam feito ouvir as minhas pala­
com falsidade e fortalecem as mãos dos mal­ 23.21 yjr 14.14 vras ao meu povo e o teriam feito voltar do
feitores, para que não se convertam cada um seu mau caminho e da maldade das suas
da sua maldade; todos eles se tomaram para 23.22 *|r 23.18 ações.z

23.10 Maldição Divina. A seca que é mencionada imediata­ ganimidade de Jeová. Aqui a Sua justiça é visível por causa de
mente depois. Foi causada pelas transgressões dos falsos pro­ sua teimosia (7.24).
fetas e malfeitores (Is 4.5,6; Dt 8.15,16). 23.18 Estas perguntas deixam subentendida a resposta "nin­
23.13 Loucura, lit, aquilo que é sem gosto ou insípido guém". Nenhum dos profetas falsos havia sido adm itido no
(|ó 6.6). Esses profetas de Samaria eram simplesmente idóla­ conselho do Senhor, nem tinham ouvido a Sua palavra
tras, e não faziam segredo de suas crenças ou práticas. (1 Rs 22.19-23). A prova de terem ouvido a Sua palavra teria
23.14 Profetas de jerusalém. Eles ultrapassavam a pecaminosi- sido a ação que deveriam ter tomado (22 ).
dade dos profetas anteriormente mencionados, pois também 23.19 Redemoinho. Desde suas visões originais, Jeremias
eram imorais. A infecção do pecado se espalhara pelo povo aprendeu a descrever em termos de tempestade as grandes
da cidade. perturbações políticas internacionais que, no decurso de um
23.15 Absinto. Vd 9.15. século e meio, estavam destruindo quase todas as nações da
23.16 Uõs esperanças. Depois das reformas de Josias, os pro­ época (1.14).
fetas prometiam um futuro feliz e próspero, enquanto Jere­ 23.20 Nos últimos dios. É um princípio interessante na inter­
mias atacava os pontos que demonstravam a falta de real pretação das profecias bíblicas que a plenitude dela só se
profundeza de convicção por parte do povo quanto às refor­ revela enquanto os acontecimentos profetizados se desen­
mas. A esperança mais louca que o pagão pode nutrir é: rolam.
“ Meus pecados não vão ser descobertos". 23.22 No meu conselho. É uma exigência básica para alguém
23.17 Paz. Resultado da grande ênfase sobre o amor e a lon- ser profeta.
JEREMIAS 23.23 1092
23.24
23 Acaso, sou Deus apenas de perto, diz o nenhum trouxeram a este povo, diz o
oIRs 8.27;
Senhor, e não também de longe? Am 9.2-3 Se n h o r /
24 Ocultar-se-ia alguém em esconderijos, 33 Quando, pois, este povo te perguntar,
de modo que eu não o veja? — diz o ou qualquer profeta, ou sacerdote, dizendo:
Senhor; porventura, não encho eu os céus e Qual é a sentença pesada do S e n h o r ? Então,
a terra? — diz o Senhor.0 lhe dirás: Vós sois o peso, e eu vos arrojarei,
25 Tenho ouvido o que dizem aqueles diz o S e n h o r . c
23.27 f>|z 3.7
profetas, proclamando mentiras em meu
34 Quanto ao profeta, e ao sacerdote, e
nome, dizendo: Sonhei, sonhei.
ao povo que disser: Sentença pesada do
26 Até quando sucederá isso no coração
S e n h o r , a esse homem eu castigarei e a sua
dos profetas que proclamam mentiras, que
casa.
proclamam só o engano do próprio coração?
27 Os quais cuidam em fazer que o meu 23.30 35 Antes, direis, cada um ao seu compa­
povo se esqueça do meu nome pelos seus cDt 18.20 nheiro e cada um ao seu irmão: Que respon­
sonhos que cada um conta ao seu compa­ deu o S e n h o r ? Que falou o S e n h o r ?
nheiro, assim como seus pais se esqueceram 36 Mas nunca mais fareis menção da sen­
do meu nome, por causa de Baal.b tença pesada do S e n h o r ; porque a cada um
28 O profeta que tem sonho conte-o como lhe servirá de sentença pesada a sua própria
apenas sonho; mas aquele em quem está a 23.32 <(Sf 3.4 palavra; pois torceis as palavras do Deus
minha palavra fale a minha palavra com ver­ vivo, do S e n h o r dos Exércitos, o nosso
dade. Que tem a palha com o trigo? — diz o Deus.
Senhor. 37 Assim dirás ao profeta: Que te respon­
29 Não é a minha palavra fogo, diz o deu o S e n h o r ? Que falou o S e n h o r ?
Senhor, e martelo que esmiuça a penha? 23.33 ejr 1.39 38 Mas, porque dizeis: Sentença pesada
30 Portanto, eis que eu sou contra esses
do S e n h o r , assim o diz o S e n h o r : Porque
profetas, diz o Senhor, que furtam as minhas
dizeis esta palavra: Sentença pesada do
palavras, cada um ao seu companheiro.c
S e n h o r (havendo- v o s eu proibido de dizer-
31 Eis que eu sou contra esses profetas,
des esta palavra: Sentença pesada do
diz o Senhor, que pregam a sua própria pala­
23.39 f|r 4.33 S e n h o r ),
vra e afirmam: Ele disse.
32 Eis que eu sou contra os que profeti­ 39 por isso, levantar-vos-ei e vos arrojarei
zam sonhos mentirosos, diz o Senhor, e os da minha presença, a vós outros e à cidade
contam, e com as suas mentiras e leviandades que vos dei e a vossos pais.f
fazem errar o meu povo; pois eu não os en­ 40 Porei sobre vós perpétuo opróbrio e
viei, nem lhes dei ordem; e também proveito 23.40 9|r 20.11 eterna vergonha, que jamais será esquecida. 5

23.23 Deus está imanente e transcendentemente presente "suspenso". Quer literal, quer figuradamente, uma sentença e
em tudo. alguma coisa "suspensa" dos lábios, uma declaração solene
23.27 Esqueça do meu nome. Esquecimento do caráter santo ou "oráculo" (3 3-4 0 ). Usado em ambos os sentidos, como
daquele que tem esse nome de "Santo de Israel" (Is 41.14). uma carga pesada para o profeta pronunciar e um peso para
o Senhor.
23.28 Palha.. . os sonhos dos falsos profetas. Trigo. A palavra
de Deus. 23.34 Os falsos são a sentença do Senhor e Ele livrar-se-á <u
23.29 Minha palavra. É comparada com muitas coisas na Bí­ carga de tais homens. O homem desobediente é pior pese
blia: fogo (20.8,9); martelo que espatifa a rocha (corações de para Deus do que as maiores exigências da palavra Dele se­
pedra); semente que traz a Vida Eterna (Lc 8.11); espelho que riam para os homens.
reflete a glória de Deus e a nossa pecaminosidade (2 Co 3.18;
23.36 Torceis. Eles davam sentido oposto às palavras do Se­
Tg 1.25); água da vida e purificação (Ef 5.26; |o 4.14); espada
nhor, e punham-nas sob uma impressão ridícula. • N. Hom
do Espírito que desnuda os pensamentos dos corações huma­
O capítulo 23 ensina-nos sobre os falsos profetas: são a causa
nos (Hb4.12).
da desgraça da nação inteira (9 -1 0 ), e de si mesmos, 12
23.30 Visto que os profetas falsos não tinham mensagem da
Alguns pregam uma teologia errada, 13; outros, pelo se-j
parte de Deus, furtavam as palavras dos profetas autênticos.
comportamento errado, dão uma desculpa para os pagãos
23.32 Leviandades. Ousadia desavergonhada, arrogância, não se converterem, 14. Seu erro básico é não falar segunde
jactância. a vontade de Deus (16,18,21), e ainda, falar em nome d í
23.33 Sentença pesada. No heb massa, algo "elevado" ou Deus aquilo que lhes ocorre à mente, 2 5-3 2 .
1093 JEREMIAS 25.8
.4 visão dos dois cestos de figos 24.1 provérbio, escárnio e maldição em todos os
íi2Rs 24.12-16;
^ A Fez-me ver o Senhor, e vi dois ces- 2Cr 36.10 lugares para onde os arrojarei.1
tos de figos postos diante do templo 10 Enviarei contra eles a espada, a fome e
do Senhor, depois que Nabucodonosor, rei a peste, até que se consumam de sobre a terra
da Babilônia, levou em cativeiroh a Jeconias, que lhes dei, a eles e a seus pais.
2 4.6'Jr 12.15
filho de Jeoaquim, rei de Judá, e os príncipes
Setenta anos de cativeiro
de Judá, e os artífices, e os ferreiros de Jerusa­
lém e os trouxe à Babilônia. C Palavra que veio a Jeremias acerca de
2 Tinha um cesto figos muito bons, como
24.7 ÍDt 30.6; todo o povo de Judá, no ano quarto
Ez 11.19
os figos temporãos; mas o outro, ruins, que, de Jeoaquim™, filho de Josias, rei de Judá,
de ruins que eram, não se podiam comer. ano que era o primeiro de Nabucodonosor, rei
da Babilônia,
3 Então, me perguntou o Senhor: Que
24.8 *Jr 29.17 2 a qual anunciou Jeremias, o profeta, a
vês tu, Jeremias? Respondi: Figos; os figos
todo o povo de Judá e a todos os habitantes de
muito bons e os muito ruins, que, de ruins que
Jerusalém, dizendo:
?ão, não se podem comer.
24.9 'Dt 28.25; 3 Durante vinte e três anos, desde o dé­
4 A mim me veio a palavra do Senhor,
1Rs 9.7; cimo terceiro de Josias, filho de Amom, rei de
dizendo: 2Cr 7.20; Judá, até hoje, tem vindo a mim a palavra do
5 Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: SI 44.13-14
S e n h o r , e, começando de madrugada, eu vo-
Do modo por que vejo estes bons figos, assim la tenho anunciado; mas vós não escutastes.”
favorecerei os exilados de Judá, que eu enviei 4 Também, começando de madrugada,
deste lugar para a terra dos caldeus. 25.1 m2Rs24.1; vos enviou o S e n h o r todos os seus servos, os
6 Porei sobre eles favoravelmente os 2Cr 36.5-7;
Dn 1.1-2 profetas, mas vós não os escutastes, nem in-
olhos e os farei voltar para esta terra; edificá- clinastes os ouvidos para ouvir,0
'os-ei e não os destruirei, plantá-los-ei e não 5 quando diziam: Convertei-vos agora,
os arrancarei.' cada um do seu mau caminho e da maldade
7 Dar-lhes-ei coração para que me conhe­ 25.3 "|r1.2
das suas ações, e habitai na terra que o
çam que eu sou o Senhor; eles serão o meu S e n h o r vo s deu e a vossos pais, desde os
povo, e eu serei o seu Deus; porque se volta­ tempos antigos e para sempre.P
rão para mim de todo o seu coração./ 25.4°|r7.13 6 Não andeis após outros deuses para os
8 Como se rejeitam os figos ruins, que, de servirdes e para os adorardes, nem me provo­
ruins que são, não se podem comer, assim queis à ira com as obras de vossas mãos; não
•jatarei a Zedequias, rei de Judá, diz o 25.5 vos farei mal algum.
Se n h o r , e a seus príncipes, e ao restante de p 2Rs 17.13; 7 Todavia, não me destes ouvidos, diz o
Jerusalém, tanto aos que ficaram nesta terra |n 3.8
S e n h o r , mas me provocastes à ira com as
como aos que habitam na terra do Egito.*1 obras de vossas mãos, para o vosso pró­
9 Eu os farei objeto de espanto, calami­ prio mal.?
dade para todos os reinos da terra; opróbrio e 25.7 <íDt 32.21 8 Portanto, assim diz o S e n h o r dos Exér-

24.2 Figos temporãos. Figos que raramente apareciam na pri­ 24.10 O Senhor não deixa dúvidas em nossa mente sobre o
mavera, antes das folhas. Depois, surgiam as folhas que pro­ fato que Ele controla os acontecimentos da história.
duziam a ceifa dos figos no outono. Eram um prato saboroso 25.1 Ano quarto de leoaquim. Cerca de 606 a.C., antes da
que não aparecia com regularidade em cada ano. O tempo chegada de notícias sobre a vitória de Nabucodonosor em
próprio para os figos era em agosto. Alguns crêem que a frase Carquemis. A vitória foi em junho de 605 a.C., e colocou a
hebraica, neste caso, significa "primeiros frutos maduros", Babilônia em primeiro lugar como império.
não havendo distinção quanto à estação do ano. Os figos
25.3 Vinte e três anos. Entre 626 e 604 a.C., dezessete anos
bons são aqueles que foram levados para o exílio e cujos
sob Josias, três meses sob jeocaz, seis anos sob |oaquim.
corações Deus sabia que se tinham mantido fiéis a Ele. Foram
restaurados à terra e à prosperidade, depois do exílio, por 25.4 De madrugada. Desde o princípio da história da nação;
causa da lealdade a Ele. Os figos ruins são aqueles que perma­ e também durante cada momento da vida dos profetas
neceram na terra com Zedequias e que fugiram depois para o (Is 50.4).
Egito, contra o mandado de Deus (2 Rs 23.34; ]r 4 2-4 3 ). 25.5 Convertei-vos. Apelo constantemente feito no livro de
24.7 O cativeiro teve um efeito de separação da influência da Jeremias.
idolatria de Canaã. Os outros serão destruídos por sua indife­ 25.6 Me provoqueis. A referência é à fabricação de ídolos, e à
rença voluntária para com o castigo de Deus. sua adoração (Êx 2 0.4 -6; Is 4 4.15-17).
JEREMIAS 25.9 1094
citos: Visto que não escutastes as minhas pa­ 25.9 ris 44.28 O cálice da ira de Deus contra as nações
lavras, 25.10 sjr 7.34; 15 Porque assim me disse o S e n h o r , o
9 eis que mandarei buscar todas as tribos 16.9; Ap 18.23 Deus de Israel: Toma da minha mão este cá­
do Norte, diz o S e n h o r , como também a lice do vinho do meu furor e darás a beber
25.11
Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo, <20 36.21; dele a todas as nações às quais eu te enviar.w
e os trarei contra esta terra, contra os seus Jr 29.10; Dn 9.2 16 Para que bebam, e tremam, e enlouque­
moradores e contra todas estas nações em re­ çam, por causa da espada que eu enviarei para
25.12
dor, e os destruirei totalmente, e os porei por u2Rs24.1;
o meio delas."
objeto de espanto, e de assobio, e de ruínas 2 0 36.21-22; 17 Recebi o cálice da mão do S e n h o r e
perpétuas/ Is 13.19; Dn 9.2 dei a beber a todas as nações às quais o
10 Farei cessar entre eles1 a voz de fol­ S e n h o r me tinha enviado:
25.14 ''Jr 27.7
guedo e a de alegria, e a voz do noivo, e 18 a Jerusalém, às cidades de Judá, aos
a da noiva, e o som das mós, e a luz do can­ 25.15 seus reis e aos seus príncipes, para fazer deles
«'Jó 21.20; uma ruína, objeto de espanto, de assobio e
deeiro. Is 51.17
11 Toda esta terra virá a ser um deserto e maldição, como hoje se vê;»'
25.16 *|r 51.7; 19 a Faraó, rei do Egito, a seus servos, a
um espanto; estas nações servirão ao rei da
Na 3.11 seus príncipes e a todo o seu povo;z
Babilônia setenta anos'.
20 a todo misto de gente, a todos os reis da
12 Acontecerá, porém, que, quando se 25.18 y\r 24.9
terra de Uz, a todos os reis da terra dos filis-
cumprirem os setenta anos, castigarei a ini­
25.19 zjr 46.2 teus, a Asquelom, a Gaza, a Ecrom e ao resto
qüidade do rei da Babilônia e a desta nação,
de Asdode;0
diz o S e n h o r , como também a da terra dos 25.20 ajó 1.1; 21 a Edom, a Moabe e aos filhos de
caldeus; farei deles ruínas perpétuas.u Jr 25.24
Amom;*
13 Farei que se cumpram sobre aquela 22 a todos os reis de Tiro, a todos os reii
25.21 ^Jr 48.1
terra todas as minhas ameaças que proferi de Sidom e aos reis das terras dalétr
contra ela, tudo quanto está escrito neste li­ 25.22 cjr 47.4 do mar;c
vro, que profetizou Jeremias contra todas as 23 a Dedã, a Tema, a Buz e a todos os que
25.23 rfjr 49.8
nações. cortam os cabelos nas têmporas;d
14 Porque também eles serão escravos de 25.24 24 a todos os reis da Arábia e todos os r e ii
muitas nações e grandes reis; assim, lhes re­ * 2 0 9.14;
Ez 30.5
do misto de gente que habita no deserto;6
tribuirei segundo os seus feitos e segundo as 25 a todos os reis de Zimri, a todos os re:;
obras das suas mãos.1' 25.25 f\r 49.34 de Elão e a todos os reis da Média;f

25.9 Meu servo. Predicativo geralmente usado para aqueles trib o aramaica que vivia a leste e nordeste de E o o r
que adoram a Deus, mas também os próprios reis e nações (Cn 10.23). Asdode. Cidade da Filístia. 0 povo que sobm.
estão sujeitos ao comando e ao serviço de Deus para realiza­ após um cerco de 29 anos pelo rei egípcio Psamético I (resro.
rem Sua vontade. de 666 a 610 a.C.).

25.10 Mós. As pedras do moinho que eram ouvidas diaria­ 25.22 Terras dalém do mar. Terras costeiras, lit, onde os n-sr-
mente nas vilas, um dos sinais perenes de vida (Ap 18.22). nheiros buscam descanso e refúgio. Expressão usada para di­
Candeeiro. Assim como a mó era um sinal de rotina diurna, o ferir-se às colônias implantadas pelos fenícios nas praias x
candeeiro era, obviamente, um sinal noturno de que havia Mediterrâneo.
pessoas num local. 25.23 Dedã. Uma tribo que descendia de Abraão por
25.11 Setenta anos, 29.10; Dn 9.2. A queda de Jerusalém e o esposa Quetura (Cn 10.7), e que vivia a sudeste de EcKix
cativeiro ocorreram em 587 a.C., o novo templo da Restaura­ Suas caravanas mantinham comércio entre Tiro e a A r*> *
(Ez27.15, 20; 38.13). Tema. Modernamente Teimá, a *31
ção foi construído em 516 a.C.
quilômetros a sudeste de Edom, ismaelitas (Gn 25.15). i u :
25.16 Bebam. Assim como a Babilônia escravizara a Judá, se­ Gn 22.21; Jó 32.2. Cabelos. Vd 9.26n.
melhantemente, Deus escravizará e abolirá. Tremam. Um sinal
25.24 Reis da Arábia. Os líderes de várias tribos do norte m
de espanto e impotência, confusão e desmaio.
Arábia, visto que o termo do AT para Arábia não se esteoz* ■
25.19 Faraó. Na escrita hieroglífica egípcia é a palavra Perâa, toda a moderna Arábia. Misto, vd v 20. Este grupo viva m
que significa "casa grande". Posteriormente, isso se tornou deserto.
título do próprio governante. 25.25 Zimri. Há incerteza, ainda que possivelmente fosse up
25.20 Misto. Estrangeiros que viviam no Egito. Aqueles que povo no nordeste da Assíria. Elão. Mais para o leste, c e ro m
vivem num país estrangeiro por motivos comerciais, ou ou­ 300 quilômetros a leste da Babilônia, do outro lado o r wi
tros motivos, sem perder sua própria nacionalidade. Uz. Uma Tigre (Dn 8.22; At 2.9).
1095 JEREMIAS 26.4
26 a todos os reis do Norte, os de perto e 25.26 9|r 50.9 midade da terra; não serão pranteados, nem
os de longe, um após outro, e a todos os recolhidos, nem sepultados; serão como es­
reinos do mundo sobre a face da terra; e, 25.27 Ms 51.21 terco sobre a face da terra.m
depois de todos eles, ao rei da Babilônia.9 34 Uivai, pastores, e clamai; revolvei-vos
27 Pois lhes dirás; Assim diz o Senhor na cinza, vós, donos dos rebanhos, porque já
25.29
dos Exércitos, o Deus de Israel: Bebei, embe- se cumpriram os vossos dias de matardes e
'Pv 11.31;
bedai-vos e vomitai; caí e não tomeis a levan­ Ez 9.6; dispersardes, e vós mesmos caireis como jar­
tar-vos, por causa da espada que estou Ob 16.1-21; ros preciosos."
1Pe 4.17
enviando para o vosso mcio.h 35 Não haverá refúgio para os pastores,
28 Se recusarem receber o cálice da tua nem salvamento para os donos dos rebanhos.
mão para beber, então, lhes dirás: Assim diz 25.30/1 Rs 9.3; 36 Eis o grito dos pastores, o uivo dos
o Senhor dos Exércitos: Tereis de bebê-lo. Is 16.9; Jl 3.16 donos dos rebanhos! Porque o Senhor está
29 Pois eis que na cidade que se chama destruindo o pasto deles.
pelo meu nome começo a castigar; e ficareis 25.31 *ls 66.16; 37 Porque as suas malhadas pacíficas se­
vós de todo impunes? Não, não ficareis impu­ |l 3.2 rão devastadas, por causa do brasume da ira
nes, porque eu chamo a espada sobre todos os do Senhor.
moradores da terra, diz o Senhor dos Exér­ 38 Saiu da sua morada como o filho de
25.32 'Jr 23.19
citos.1 leão; porque a terra deles foi posta em ruínas,
30 Tu, pois, lhes profetizarás todas estas por causa do furor da espada e por causa do
palavras e lhes dirás: O Senhor lá do alto 25.33 mSI 79.3; brasume da ira do Senhor.0
Jr 8.2
rugirá e da sua santa morada fará ouvir a sua
voz; rugirá fortemente contra a sua malhada, Jeremias ameaçado de morte
com brados contra todos os moradores da 25.34 "Jr 4.8 / - ) / T No princípio do reinado de Jeoa-
terra, como o eia! dos que pisam as uvasJ quimP, filho de Josias, rei de Judá,
31 Chegará o estrondo até à extremidade veio esta palavra do Senhor:
25.38 o SI 76.2
da terra, porque o Senhor tem contenda com 2 Assim diz o Senhor : Põe-te no átrio da
as nações, entrará em juízo contra toda carne; Casa do Senhor e dize a todas as cidades de
os perversos entregará à espada, diz o 26.1 Judá, que vêm adorar à Casa do Senhor,
p2Rs 23.36-24.6;
Senhor. * todas as palavras que eu te mando lhes digas;
2Cr 36.5-7
32 Assim diz o Senhor dos Exércitos: não omitas nem uma palavra sequer. <7
Eis que o mal passa de nação para nação, e 3 Bem pode ser que ouçam e se conver­
grande tormenta se levanta dos confins da 26.2 <?Jr 19.14; tam, cada um do seu mau caminho; então, me
Mt 28.20
terra.' arrependerei do mal que intento fazer-lhes
33 Os que o Senhor entregar à morte na­ por causa da maldade das suas ações/
quele dia se estenderão de uma a outra extre­ 26.3 fJr 18.8 4 Dize-lhes, pois: Assim diz o Senhor :

25.26 Todos os reinos. Realmente os anos que se seguiram cipais e mais ricos das nações, que deveriam ter sido repre­
marcaram a destruição de quase todas as nações então co­ sentantes de Deus e guias espirituais do povo, mas, que em
nhecidas pelos exércitos da Babilônia, conforme profetizado lugar disso são objetos de Seu furor a ponto de não poderem
em Is cap 1 3-24; Ez cap 2 5-3 2 . encontrar lugar de refúgio.
25.29 Cidade. Jerusalém é a cidade de Deus, e é a primeira 25.35 Refere-se à malfadada tentativa do rei Zedequias, de
a enfrentar sua especial responsabilidade. Comp Am 3.2; escapar e fu g ir com alguns de seus guerreiros (2 Rs 25.4 -7).
1 Pe4.17. 25.37 Brasume. Furor, fúria, calor de ira, abrasamento (4.8,-
25.30 Rugirá. Como o rugido aterrorizante de um leão 26; 12.13; 30.24; 49.37; 51.45). Uma palavra m uito comum
(Am 1.2). Um contraste com aquele que é o "Bom Pastor". nos escritos de Jeremias.
Malhada. Alojamento, residência, símbolo da Terra Santa, in­ 25.38 Tendo-se transformado em desolação, Judá foi neces­
cluindo Jerusalém e o templo. Ciai Um term o técnico próprio sariamente abandonada pelo Senhor, assim como um leão
para o grito dos pisadores de uvas (Is 16.10; Ap 14.14-20), abandona sua vítima quando seu esconderijo é destruído
ou para o grito ao se começar a batalha. (26.1 -2 4 ). O sermão foi feito (7 .1 -1 5 ) talvez durante a festa
25.32 Crande tormenta. Uma grande tempestade que teve dos Tabernáculos (setembro a outubro), 609 a. C.
início no horizonte, vinda dos limites extremos da terra, pas­ 26.2 Átrio. O átrio exterior, lugar onde o povo podia reunir-
sando de nação a nação. Esses versículos ultrapassaram qual­ se. Todas as cidades. O povo dessas cidades reunia-se no
quer coisa cumprida nos tempos de Nabucodonosor ou átrio, e assim podiam levar a mensagem de volta para as
desde então. Têm aterrorizante mensagem apocalíptica. cidades.
25.34 Donos dos rebanhos. Isso nos lembra dos homens prin­ 26.3 Me arrependerei. Veja 18.8n.
JEREMIAS 26.5 1096
Se não me derdes ouvidos para andardes na 26.4 sLv 26.14 13 Agora, pois, emendai os vossos cami­
minha lei, que pus diante de vós,s nhos e as vossas ações e ouvi a voz do
5 para que ouvísseis as palavras dos meus S e n h o r , v o s s o Deus; então, se arrependerá
servos, os profetas, que, começando de ma­ o S e n h o r do mal que falou contra vós
26.5 tjr 7.13
drugada, vos envio, posto que até aqui não me outros.w
ouvistes,1 14 Quanto a mim, eis que estou nas vossas
6 então, farei que esta casa seja como mãos; fazei de mim o que for bom e reto
Silóu e farei desta cidade maldição para todas 26.6 ujs 18.1; segundo vos parecer.*
as nações da terra. SI 78.60; 15 Sabei, porém , com certeza que, se me
7 Os sacerdotes, os profetas e todo o povo Jr 7.12-14
matardes a m im , trareis sangue inocente sobre
ouviram a Jeremias, quando proferia estas pa­ vós, sobre esta cidade e sobre os seus m ora­
lavras na Casa do S e n h o r . dores; porque, na verdade, o S e n h o r m e en­
8 Tendo Jeremias acabado de falar tudo v iou a vós outros, para m e ouvirdes dizer-vos
26.11 ^Jr 38.4
quanto o S e n h o r lhe havia ordenado que dis­ estas palavras.
sesse a todo o povo, lançaram mão dele os
16 Então, disseram os príncipes e todo o
sacerdotes, os profetas e todo o povo, di­
povo aos sacerdotes e aos profetas: Este ho­
zendo: Serás morto.
26.13 w|r 7.3 mem não é réu de morte, porque em nome do
9 Por que profetizas em nome do S e n h o r ,
S e n h o r , nosso Deus, nos falou.
dizendo: Será como Siló esta casa, e esta ci­
17 Também se levantaram alguns dentre
dade, desolada e sem habitantes? E ajuntou-
os anciãos da terra e falaram a toda a congre­
se todo o povo contra Jeremias, na Casa do 26.14 *Jr 38.5 gação do povo, dizendo:)'
Se n h o r .
10 Tendo os príncipes de Judá ouvido es­ 18 Miquéias, o morastita, profetizou nos
tas palavras, subiram da casa do rei à Casa do dias de Ezequias, rei de Judá, e falou a todo
S e n h o r e se assentaram à entrada da Porta
o povo de Judá, dizendo: Assim disse o
26.17 yAt 5.34
S e n h o r dos Exércitos: Sião será lavrada-'
Nova da Casa do S e n h o r .
11 Então, os sacerdotes e os profetas fala­ como um campo, Jerusalém se tomará em
ram aos príncipes e a todo o povo, dizendo: montões de ruínas, e o monte do templo,
Este homem é réu de morte, porque profeti­ 26.18 ^Mq 3.12 numa colina coberta de mato.
zou contra esta cidade, como ouvistes com os 19 Mataram-no, acaso, Ezequias, rei de
vossos próprios ouvidos.1' Judá, e todo o Judá? Antes, não temeu este ao
12 Falou Jeremias a todos os príncipes e a S e n h o r , não implorou o favor do S e n h o r '
todo o povo, dizendo: O S e n h o r me enviou 26.19 E o Se n h o r não se arrependeu do mal que
oÊx 32.14;
a profetizar contra esta casa e contra esta ci­ 2Sm 24.16;
falara contra eles? E traríamos nós tão grande
dade todas as palavras que ouvistes. 2Cr 32.26 mal sobre a nossa alma?0

26.5 De madrugada. Veja 25.4n. caminhos do mal, pois, se abandonasse o mal, Deus alterara
seus planos de destruição; mas, se o matasse, o julgamentc
26.6 Siló. Vd nota em 7.1-15. A comparação com Siló e sua
contra ele incluiria seu sangue inocente. Estaria lutando con­
desolação tornou-se o motivo do aprisionamento de Jere­
tra Deus e não somente contra Jeremias (cf Camaliel, err
mias (9).
At 5.39).
26.8 A pregação fiel da palavra de Deus sempre desperta
26.13 Esta é a soma do ensinamento dado em 18.7-11.
atitudes firmes, sejam favoráveis ou contrárias.
26.16 Os príncipes não encontraram motivos justos para le-
26.9 Ajuntou-se. Isto é, constituíram-se em assembléia legal.
remias ser executado.
26.10 Príncipes. Oficiais de justiça escolhidos dentre os cabe­ 2 6 .1 7-1 9 Anciãos. Não um grupo de oficiais eleitos, mas l t t
ças do povo. Não eram membros da família real, mas seme­ grupo de homens, cuja idade e conselho eram respeitaocE
lhantes aos mencionados no cap 36. Porta Nova. devido à sua grande experiência. Apelaram para Mq 3.12 *
Provavelmente o portão que dava acesso ao átrio superior ligaram as reformas de Ezequias à pregação de Miquéias, em­
(interno) edificado por Jotão, cerca de um século antes. Possi­ bora as escrituras não houvessem feito previamente essa i-
velmente o mesmo que em 20, 2 . gação.
26.11 Sacerdotes.. . profetas. É provável que a maioria dos 26.18 Morastita. Habitante de uma pequena aldeia perto »
profetas também fosse de sacerdotes. Cate, cerca de 37 quilômetros a sudoeste de Jerusalém. É i
26.1 2-1 5 A defesa pessoal de Jeremias é que Deus lhe dera única citação nominal e literal da mensagem de outro p ro fe i
a mensagem a pregar, e que o povo deveria abandonar os em todas as escrituras proféticas.
1097 JEREMIAS 27.10
A execução do profeta Urias 26.24 Tiro e ao rei de Sidom, por intermédio dos
*2Rs 22.12;
2 0 Também houve outro homem, Urias, Jr 39.14 mensageiros que vieram a Jerusalém ter com
filho de Semaías, de Quiriate-Jearim, que Zedequias, rei de Judá.
profetizava em nome do S e n h o r e profetizou 4 Ordena-lhes que digam aos seus senho­
contra esta cidade e contra esta terra, segundo res: Assim diz o S e n h o r dos Exércitos, o
todas as palavras de Jeremias. Deus de Israel: Assim direis a vossos se­
21 Ouvindo o rei Jeoaquim, e todos os 27.1 nhores:
c2Rs 24.18-20; 5 Eu fiz a terra, o homem e os animais que
seus valentes, e todos os príncipes as suas
2 0 36.11-13
palavras, procurou o rei matá-lo; mas, ou­ estão sobre a face da terra, com o meu grande
vindo isto Urias, temeu, fugiu e foi para o poder e com o meu braço estendido, e os dou
Egito. àquele a quem for justo.e
22 O rei Jeoaquim, porém, enviou a El- 6 Agora, eu entregarei todas estas terras
natã, filho de Acbor, ao Egito e com ele ou­ 27.2 d\r 28.10; ao poder de Nabucodonosor, rei da Babilônia,
tros homens. Ez4.1 meu servo; e também lhe dei os animais do
23 Eles tiraram a Urias do Egito e o trou­ campo para que o sirvam/
xeram ao rei Jeoaquim; este mandou feri-lo à 7 Todos as nações servirão a ele, a seu
espada e lançar-lhe o cadáver nas sepulturas filho e ao filho de seu filho, até que também
da plebe. chegue a vez da sua própria terra, quando
24 Porém a influência de Aicão, filho de 27.5 muitas nações e grandes reis o fizerem seu
«S1115.15-16;
Safa, protegeu a Jeremias, para que o não Dn 4.17,25,32 escravo. s
entregassem nas mãos do povo, para ser 8 Se alguma nação e reino não servirem o
morto.b mesmo Nabucodonosor, rei da Babilônia, e
não puserem o pescoço debaixo do jugo do rei
Os canzis simbólicos da Babilônia, a essa nação castigarei com es­
No princípioc do reinado de Zede- 27.6 f)r 25.9; pada, e com fome, e com peste, diz o
Z / quias, filho de Josias, rei de Judá, Dn 2.38 S e n h o r , até que eu a consuma pela sua mão.
veio da parte do S e n h o r esta palavra a Je­ 9 Não deis ouvidos aos vossos profetas e
remias: aos vossos adivinhos, aos vossos sonhadores,
2 Assim me disse o S e n h o r : Faze cor­ aos vossos agoureiros e aos vossos encanta­
reias e canzis e põe-nos ao pescoço.d dores, que vos falam, dizendo: Não servireis
27.7
3 E envia outros ao rei de Edom, ao rei de 92Cr 36.20; o rei da Babilônia.
Moabe, ao rei dos filhos de Amom, ao rei de Dn 5.26 10 Porque eles vos profetizam mentiras

26.20 Quiriote-jearím. É, modernamente, Karyet el Inab, na 27.8 Se... não servirem. Algumas dentre as nações conquis­
estrada de Jafa, cerca de 12 quilômetros a noroeste de leru­ tadas se rebelaram e conspiraram contra Nabucodonosor,
salém. sendo que esta revolta teve início pelo exército babilônico de
26.23 A primeira perseguição de um profeta por um rei de dezembro de 595 a janeiro de 594 a.C., e mediante a ascen­
judá se verificou três séculos antes (2 Cr 16.7-10). são de Psamético II, do Egito, em 594 a.C. Talvez a advertên­
cia de Jeremias tenha ajudado Zedequias a resolver não se
26.24 Aicão. Pai de Cedalias, governante da província ju­
unir na revolta, dessa forma salvando Judá da campanha pu­
daica, nomeado pelos babilônios (586 a 581 a.C.), e também
nitiva de Nabucodonosor no ano seguinte. Zedequias revol-
amigo de Jeremias (39.14; 40.5,6). Aicão foi um dos mensa­
tou-se sem sucesso entre 597 e 589 a.C.
geiros enviados por Josias para perguntar à profetiza Hulda
sobre o que fazer, depois que foi descoberto o rolo de Deute-
ronômio em 621 a.C. (2 Rs 22.3,12). • N. Hom. O capítulo 27.9 Agoureiros. Agiram de maneira secreta, observando os
26 mostra que o ser humano anda tão rebelde contra Deus, tempos; eram mágicos. Encantadores, praticantes da magia,
que qualquer mensagem que os profetas falam por Sua inspi­ feiticeiros, sussurradores de adivinhação. Ambos sobrevive­
ração é rejeitada, se não fica de acordo com os desejos carnais ram na superstição popular como adivinhos do futuro e cu­
dos homens, 7 -9 ; 2 0 -2 4 . Felizmente, sempre há uma m ino­ randeiros.
ria que respeita mais à palavra de Deus do que à palavra dos
homens, como aconteceu no caso destes príncipes, 12-19.
27.10 Os falsos profetas estavam fazendo a obra do próprio
27.1 597 a.C.
Satanás, ensinando coisas que levariam o povo à rebelião e à
27.2 Correias. Usadas para amarrar juntos os canzis, for­ destruição. Decerto que não o faziam deliberadamente, mas
mando, assim, o jugo (Lv 26.13). só o fato de não se entregarem plenamente à obra de pregar
27.3 Jr 28.10 mostra que o jugo não foi entregue aos cinco a palavra de Deus, fez com que fossem instrumentos do Ma­
reis. ligno - não havia nem há um meio termo.
JEREMIAS 27.11 1098
para vos mandarem para longe da vossa terra, 27.10 h|r 27.14
citos acerca das colunas, do mar, dos suportes
e para que eu vos expulse, e pereçais.h e dos restantes utensílios que ficaram na
11 Mas a nação que meter o pescoço sob cidade,m
o jugo do rei da Babilônia e o servir, eu a 27.12 Í|r 28.1 20 os quais Nabucodonosor, rei da Babilô­
deixarei na sua terra, diz o S e n h o r , e lavrá- nia, não levou, quando deportou, de Jerusa­
la-á e habitará nela. lém para a Babilônia, a Jeconias, filho de
12 Falei a Zedequias, rei de Judá, segundo 27.13 ÍEz 18.31 Jeoaquim, rei de Judá, assim como a todos os
todas estas palavras, dizendo: Metei o pes­ nobres de Judá e de Jerusalém;n
coço no jugo do rei da Babilônia, servi-o, a 21 sim, isto diz o Senhor dos Exércitos,
ele e ao seu povo, e vivereis/ 27.14 ‘ Jr 14.14 o Deus de Israel, acerca dos utensílios que
13 Por que morrerias tu e o teu povo, à ficaram na Casa do Senhor, e na casa do rei
espada, à fome e de peste, como o S e n h o r de Judá, e em Jerusalém:
disse com respeito à nação que não servir ao 27.16
22 à Babilônia serão levados, onde ficarão
rei da Babilônia?) 120 36.7; até ao dia em que eu atentar para eles, diz o
14 Não deis ouvidos às palavras dos pro­ Jr 28.3 Senhor; então, os farei trazer e os devolvere:
fetas, que vos dizem: Não servireis ao rei da a este lugar.0
Babilônia. E mentira o que eles vos profe­
tizam.* 27.19 A luta de Jeremias
15 Porque não os enviei, diz o S e n h o r , e ">2Rs 25.13 com o falso profeta Hananias
profetizam falsamente em meu nome, para O Q N° mesmo ano, no princípioP do rei-
que eu vos expulse e pereçais, vós e eles que Á* O nado de Zedequias, rei de Judá, isto
vos profetizam. 27.20 é, no ano quarto, no quinto mês, Hananias
"2Rs 24.14-15
16 Também falei aos sacerdotes e a todo filho de Azur e profeta de Gibeão, me falos.
este povo, dizendo: Assim diz o S e n h o r : na Casa do Senhor, na presença dos sacerdo­
Não deis ouvidos às palavras dos vossos pro­ tes e de todo o povo, dizendo:
fetas que vos profetizam, dizendo: Eis que os 27.22 2 Assim fala o Senhor dos Exércitos, i
°2Rs25.13;
utensílios da Casa do S e n h o r voltarão em 2Cr 36.18,21; Deus de Israel, dizendo: Quebrei o jugo do re
breve da Babilônia. É mentira o que eles vos Jr 29.10 da Babilônia. <?
profetizam.' 3 Dentro de dois anos, eu tomarei a trazer
17 Não lhes deis ouvidos, servi ao rei da a este lugar todos os utensílios da Casa òc
Babilônia e vivereis; por que se tomaria esta 28.1 Senhor, que daqui tomou Nabucodonosor
cidade em desolação? p2Rs 24.18-20; rei da Babilônia, levando-os para a Babi­
2 0 36.11-13
18 Porém, se são profetas, e se a palavra lônia/
do S e n h o r está com eles, que orem ao 4 Também a Jeconias, filho de Jeoaquirr.
S e n h o r dos Exércitos, para que os utensílios rei de Judá, e a todos os exilados de Judá, qit
que ficaram na Casa do S e n h o r , e na casa do 28.2 q\r 27.12 entraram na Babilônia, eu tomarei a trazer í
rei de Judá, e em Jerusalém não sejam leva­ este lugar, diz o Senhor ; porque quebrei c
dos para a Babilônia. jugo do rei da Babilônia.
19 Porque assim diz o S e n h o r dos Exér­ 28.3 r\r 27.16 5 Então, respondeu Jeremias, o profeta, ac

27.16 Sacerdotes. Haviam-se aliado aos falsos profetas contra 28.1 Isto aconteceu pouco depois do capítulo anterior, en­
Jeremias, e sentiam-se inclinados a favorecer os profetas quanto Jeremias ainda estava usando o jugo que Hanan-s
(26.8ss). Utensílios, feitos de ouro e de metais preciosos por haveria de quebrar a fim de dramatizar sua falsa profec*.
Salomão (Dn 5.3). Foram restituídos por Ciro (2 Cr 36.22), e v 10 . O povo de outras cidades continuava ali, e deve 'j r
foram levados de volta a Jerusalém por Esdras em 458 a.C. no levado para as suas vilas as duas profecias contraditórias, - r-
tempo do fim do cativeiro (Ed 1 .7-11). nanias. Profeta do partido nacionalista, um daqueles que
27.19 Colunas. Feitas de bronze, estavam defronte do tem ­ ram uma provação para Jeremias. Cibeom. Hoje se chama £
plo (1 Rs 7.15). Do mar, uma grande bacia de bronze no átrio |ib, cerca de 8 quilômetros a noroeste de Jerusalém. Uma c a
do tem plo (1 Rs 7.23-26). Suportes. Objetos sobre rodas, cidades dos sacerdotes (Js 21.17).
descritos em 1 Rs 7.27-37. Veja as Notas dos trechos citados.
28.3 A profecia não se cumpriu; ele morreu dois meses a x *
Os babilônios davam valor a esses objetos por causa do metal
ter feito tal predição.
de que eram feitos. Por causa do seu peso foram cortados em
pedaços para serem levados com maior facilidade para a Babi­ 28.4 leconias. Embora exilado, deve ter contado com l t t
lônia (52.17). Quando o povo não é fiel ao culto de Deus, o grupo leal a ele, pois só isso explicaria por que Hananias fora-
valor dos objetos do tem plo é comparável à sucata. ria tal profecia perante o governador real.
1099 JEREMIAS 29.4
profeta Hananias, na presença dos sacerdotes 28.6 Sl Rs 1.36 citos, o Deus de Israel: Jugo de ferro pus
e perante todo o povo que estava na Casa do sobre o pescoço de todas estas nações, para
Se n h o r . servirem a Nabucodonosor, rei da Babilônia;
6 Disse, pois, Jeremias, o profeta: Amém! e o servirão. Também lhe dei os animais do
Assim faça o S e n h o r ; confirme o S e n h o r as 28.9 (Dt 18.22 campo.w
tuas palavras, com que profetizaste, e tome 15 Disse Jeremias, o profeta, ao profeta
ele a trazer da Babilônia a este lugar os uten­ Hananias: Ouve agora, Hananias: O Se n h o r
sílios da Casa do S e n h o r e todos os exi­ não te enviou, mas tu fizeste que este povo
lados.5 confiasse em mentiras."
7 Mas ouve agora esta palavra, que eu falo 28.10 ujr 27.2
16 Pelo que assim diz o S e n h o r ; Eis que
a ti e a todo o povo para que ouçais: te lançarei de sobre a face da terra; morrerás
8 Os profetas que houve antes de mim e este ano, porque pregaste rebeldia contra o
antes de ti, desde a antigüidade, profetizaram S e n h o r .)'
guerra, mal e peste contra muitas terras e 17 Morreu, pois, o profeta Hananias, no
28.11 ''Jr 27.7
grandes reinos. mesmo ano, no sétimo mês.
9 O profeta que profetizar paz, só ao cum­
prir-se a sua palavra, será conhecido como
A carta de Jeremias
profeta, de fato, enviado do S e n h o r . ‘
aos cativos da Babilônia
10 Então, o profeta Hananias tomou os 28.14
canzis do pescoço de Jeremias, o profeta, e os wDt 28.48 Q São estas as palavras da carta que
quebrou;u Z í y Jeremias, o profeta, enviou de Jerusa­
11 e falou na presença de todo o povo: lém ao resto dos anciãos do cativeiro, como
Assim diz o S e n h o r : Deste modo, dentro de também aos sacerdotes, aos profetas e a todo
dois anos, quebrarei o jugo de Nabucodono­ o povo que Nabucodonosor havia deportado
28.15 *Jr 29.31
sor, rei da Babilônia, de sobre o pescoço de de Jerusalém para a Babilônia,
todas as nações. E Jeremias, o profeta, se foi, 2 depois que saíram de Jerusalém o rei
tomando o seu caminho.v Jeconias, a rainha-mãe, os oficiais, os prínci­
12 Mas depois que Hananias, o profeta, pes de Judá e Jerusalém e os carpinteiros e
quebrou os canzis de sobre o pescoço do pro­ 28.16 rDt 13.5 ferreiros.z
feta Jeremias, veio a este a palavra do 3 A carta foi mandada por intermédio de
Se n h o r , dizendo: Elasa, filho de Safã, e de Gemarías, filho de
13 Vai e fala a Hananias, dizendo: Assim Hilquias, os quais Zedequias, rei de Judá, ti­
diz o S e n h o r : Canzis de madeira quebraste. nha enviado à Babilônia, a Nabucodonosor,
29.2*0-2)
Mas, em vez deles, farei canzis de ferro. 2Rs 24.12-16; rei da Babilônia, e dizia:
14 Porque assim diz o S e n h o r dos Exér­ 2 0 36.10 4 Assim diz o S e n h o r dos Exércitos, o

28.6 O amor de Jeremias por Jerusalém era tal que ele pôde povo tinha de decidir-se, aceitando ou rejeitando a mensa­
dizer "am ém " à profecia de Hananias, embora a mesma con­ gem de Jeremias.
tradissesse sua própria mensagem da parte do Senhor e seu 28.13 Canzis. Postos nos pescoços dos bois e segurados por
cumprimento significava que Jeremias ficaria desacreditado tiras de couro.
como verdadeiro profeta. Quer dizer: "Oxalá a situação fosse
28.14 O jugo de madeira, quebrado, exigia reforço da outra
assim. Este é o desejo de todos nós".
profecia, a de Deus para demonstrar que um jugo de ferro
28.8 As profecias de Hananias falavam sobre paz e bênção tipificava melhor o cativeiro e sua duração. Vd 27.6. Jeová
incondicionais; Jeremias apela para a tonalidade geral dos havia dado ao Seu povo outra oportunidade para desviar-se
profetas passados, que falaram sobre guerras, males e pesti­ da falsidade e abraçar a verdade, do paganismo para a adora­
lência, já que o comportamento do povo sempre trazia tais ção divina, mas poucos deram ouvidos à mensagem.
desgraças. 0 povo, conforme o conhecimento que tinha das 28.17 Sétimo mês. Dentro de mais dois meses, compare v 1.
escrituras, deveria entender que Jeremias tinha razão.
29.1 Cativeiro. A primeira leva 597 a.C., vd 2 Rs 24.10-16. O
28.9 Jeremias estabelece o método de verificar a veracidade restante do povo foi levado cativo dez anos mais tarde em
da mensagem dos profetas. Ele baseia seu caso na espera para 587 a.C. (2 Rs 25.1 -7).
ver o que sucederia. Nesse ínterim, o verdadeiro arrependi­ 29.2 Rainha-mãe. Neústa, 13.18.
mento, a prática da justiça, e o abandono à idolatria seriam o
29.3 Safã.. . Hilquias. Seus pais foram os homens que encon­
curso mais sábio a seguir (D t 13.1-5).
traram as escrituras no tem plo (2 Rs 22.10). Safã era irmão de
28.11 Se foi. Suas profecias baseavam-se na palavra de Jeová; Aicã (26.24) que tomou o lado de Jeremias nas questões polí­
suas provas de veracidade haviam sido apresentadas. Agora o ticas.
JEREMIAS 29.5 1100
Deus de Israel, a todos os exilados que eu 29.5 ojr 29.28 13 Buscar-me-eis9 e me achareis quando
deportei de Jerusalém para a Babilônia: me buscardes de todo o vosso coração.
5 Edificai casas e habitai nelas; plantai po­ 14 Serei achado de vós, diz o Senhor, e
29.7 í>Ed 6.10;
mares e comei o seu fruto.0 ITm 2.2 farei mudar a vossa sorte; congregar-vos-ei
6 Tomai esposas e gerai filhos e filhas, de todas as nações e de todos os lugares para
tomai esposas para vossos filhos e dai vossas onde vos lancei, diz o Senhor, e tomarei a
29.8 cjr 14.14 trazer-vos ao lugar donde vos mandei para o
filhas a maridos, para que tenham filhos e
filhas; multiplicai-vos aí e não vos diminuais. exílio.h
7 Procurai a paz da cidade para onde vos 15 Vós dizeis: O Senhor nos suscitou
29.9 <t\r 29.31
desterrei e orai por ela ao Senhor; porque na profetas na Babilônia.
sua paz vós tereis paz.41 16 Mas assim diz o Senhor a respeito do
29.10 rei que se assenta no trono de Davi e de todo
8 Porque assim diz o Senhor dos Exérci­
«2Cr 36.21; o povo que habita nesta cidade, vossos ir­
tos, o Deus de Israel: Não vos enganem os |r 25.11; Dn 9.2 mãos, que não saíram convosco para o exílio:
vossos profetas que estão no meio de vós,
17 assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis
nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos
29.12 fOn 9.3
que enviarei contra eles a espada, a fome e a
aos vossos sonhadores, que sempre sonham
peste e fá-los-ei como a figos ruins, que, de
segundo o vosso desejo;c
ruins que são, não se podem comer.'
9 porque falsamente vos profetizam eles 18 Persegui-los-ei com a espada, a fome
29.13 sDt 4.29
em meu nome; eu não os enviei, diz o e a peste; fá-los-ei um espetáculo horrendo
Senhor. d para todos os reinos da terra; e os porei por
10 Assim diz o Senhor: Logo que se 29.14 fiDt 4.7; objeto de espanto, e de assobio, e de opróbrio
cumprirem para a Babilônia setenta anose, Is 55.6
entre todas as nações para onde os tiver ar­
atentarei para vós outros e cumprirei para rojado;/
convosco a minha boa palavra, tomando a 29.17 í|r 24.8 19 porque não deram ouvidos às minhas
trazer-vos para este lugar. palavras, diz o Senhor, com as quais, come­
11 Eu é que sei que pensamentos tenho a çando de madrugada, lhes enviei os meus ser­
vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos 29.18 vos, os profetas; mas vós não os escutastes.
/Dt 28.25;
de paz e não de mal, para vos dar o fim que 2 0 29.8
diz o Senhor. k
desejais. 20 Vós, pois, ouvi a palavra do Senhor.
12 Então, me invocareis, passareis a orar a todos os do exílio que enviei de Jerusalém
mim, e eu vos ouvirei/ 29.19 *Jr 25.4 para a Babilônia.

2 9.S -7 Deus queria que Seu povo fosse uma parte útil e versão por "m udar a sorte". Exílio, no heb galah, desnudar
necessária da comunidade onde se encontrava. Orai. Um m i­ em sentido mau, pois os exilados eram usualmente despop-
nistério espiritual que beneficiaria os seus captores na expec­ dos de suas riquezas. O objetivo de Deus com o cativeiro en
tativa de voltarem. construtivo, para levar ao arrependimento e à santificaçãc
29.5 Uma amostra da presença da verdadeira religião entre o uma nação restaurada.
povo também se vê no progresso de todos. Deus quer acres­ 2 9 .1 5 -2 0 A presença do tem plo e do rei governador e*r
centar todas as coisas desejáveis àqueles que buscam em pri­ Jerusalém encorajavam o povo dando uma base para os faísoE
meiro lugar o Seu reino e a Sua justiça, e quer que Seus profetas dizerem que o cativeiro seria breve, pelo que Jere­
crentes sejam amorosos ao ponto de construí-las em benefí­ mias profetizou sua dispersão.
cio de todos os seus vizinhos.
29.15 O versículo 21 mostra o que Jeová faria com os falsa
29.10 Cumprirem para a Babilônia. Refere-se à duração do
profetas na Babilônia, que estavam iludindo o povo, e que
império 605 -5 3 9 a.C., e só secundariamente à duração do
criam em suas próprias profecias sobre o breve cativeiro. É i
cativeiro, que terminou pouco depois do fim do domínio
situação que Ezequiel enfrentou até à destruição de Jerusaierr
mundial da Babilônia. Os setenta anos de Israel, sendo nação
com o tem plo (Ez cap 4,5 e 7-10).
religiosa, se contam para a época quando não existia templo,
5 8 7 -5 1 6 a.C. 29.17 Figos ruins. Derivado da raiz heb que quer dizer ha~-
29.13 Uma chave da religião é reconhecer que Deus se re­ vel ou bravio, ou seja, ofensivos ou vis. Abomináveis, horroro­
vela na nossa vida somente quando estamos prontos a Lhe sos. Ruins. Algo estragado física ou moralmente. Compaq
entregar tudo o que somos e que temos. 24.1-10.

29.14 Sorte. Para restaurar as circunstâncias. A raiz dessa pa­ 29.18 Assim como as maravilhas que Deus realizara por Is.-*
lavra é um dos vocábulos usados para o cativeiro, pois deriva foram comentadas pelas nações, assim aqui o povo que ree-
da palavra que significa levar, liderar, expulsar, ou transportar tou estas bênçãos se tornava alvo de zombaria por parte am
para o cativeiro. Essa frase é coerentemente traduzida nesta nações.
1101 JEREMIAS 30.7
21 Assim diz o S e n h o r dos Exércitos, o 29.22 30 Então, veio a palavra do S e n h o r a Je­
'Gn 48.20;
Deus de Israel, acerca de Acabe, filho de Co- Dn 3.6 remias, dizendo:
laías, e de Zedequias, filho de Maaséias, que 31 Manda dizer a todos os exilados: As­
vos profetizam falsamente em meu nome: Eis sim diz o S e n h o r acerca de Semaías, o nee­
que os entregarei nas mãos de Nabucodono­ lamita: Porquanto Semaías vos profetizou,
sor, rei da Babilônia, e ele os ferirá diante dos 29.23 mjr 23.14 não o havendo eu enviado, e vos fez confiar
vossos olhos. em mentiras,1?
22 Daí surgirá nova espécie de maldição 32 assim diz o S e n h o r : Eis que castigarei
entre os exilados de Judá que estão na Babilô­ a Semaías, o neelamita, e à sua descendência;
29.25
nia: o S e n h o r te faça como a Zedequias e "2Rs 25.18 ele não terá ninguém que habite entre este
como a Acabe, os quais o rei da Babilônia povo e não verá o bem que hei de fazer ao
assou no fogo;'
meu povo, diz o S e n h o r , porque pregou re­
23 porquanto fizeram loucuras em Israel,
beldia contra o S e n h o r /
cometeram adultérios com as mulheres de 29.26
o2Rs9.11;
seus companheiros e anunciaram falsamente
At 26.24
em meu nome palavras que não lhes mandei Deus promete trazer
dizer; eu o sei e sou testemunha disso, diz o do cativeiro o seu povo
Se n h o r .™ O A Palavra que do S e n h o r veio a Jere-
24 A Semaías, o neelamita, falarás, 29.28 Pjr 29.5 J U mias, dizendo:
dizendo: 2 Assim fala o S e n h o r , Deus de Israel:
25 Assim diz o S e n h o r dos Exércitos, o Escreve num livro todas as palavras que eu
Deus de Israel: Porquanto enviaste no teu disse.
nome cartas a todo o povo que está em Jerusa­ 29.31 9jr 28.15
3 Porque eis que vêm dias, diz o S e n h o r ,
lém, como também a Sofonias, filho de Maa­
em que mudarei a sorte do meu povo de Israel
séias, o sacerdote, e a todos os sacerdotes,
e de Judá, diz o S e n h o r ; fá-los-ei voltar para
dizendo:"
29.32 ')r 28.16 a terra que dei a seus pais, e a possuirão.5
26 O S e n h o r te pôs por sacerdote em lu­
4 S ã o estas as palavras que disse o
gar do sacerdote Joiada, para que sejas encar­
S e n h o r acerca de Israel e de Judá:
regado da Casa do S e n h o r sobre todo
5 Assim diz o Se n h o r : Ouvimos uma voz
homem fanático que quer passar por profeta, 30.3 sjr 16.15;
para o lançares na prisão e no tronco.0 Am 9.14-15 de tremor e de temor e não de paz.
27 Agora, pois, por que não repreendeste 6 Perguntai, pois, e vede se, acaso, um
a Jeremias, o anatotita, que vos profetiza? homem tem dores de parto. Por que vejo,
28 Pois nos enviou mensageiros à Babilô­ pois, a cada homem com as mãos na cintura,
30.6 t)r 4.31 como a que está dando à luz? E por que se
nia para nos dizer: Há de durar muito o exílio;
edificai casas e habitai nelas; plantai pomares tomaram pálidos todos os rostos?'
e comei o seu fruto, p 7 Ah! Que grande é aquele dia, e não há
29 Sofonias, o sacerdote, leu esta carta aos 30.7 «Dn 12.1; outro semelhante! E tempo de angústia para
ouvidos do profeta Jeremias. Am 5.18 Jacó; ele, porém, será livre dela.u

29.21,22 Colaías. Maldição, no heb, Celalah, assou, no heb, neste ponto, assinalam uma mudança de entonação na men­
calah. Um jogo de palavras consciente, conforme o estilo tí­ sagem de Jeremias, que até agora fora inteiramente melancó­
pico de jeremias. lica, o que contribui para seu apelido popular de "profeta
29.23 Loucuras. A palavra heb mostra um estado mental ou chorão''. Esta seção, porém, contempla a futura restauração
uma ação, assinalados por desconsideração total pelos senti­ do povo de Deus.
mentos morais ou espirituais. Atos grosseiros de imoralidade 30.2 Mais uma indicação que os livros dos profetas foram
(Cn 34.7; 2 Sm 13.12). escritos sob a direção de Deus, na época à qual se referem
29.25 Sofonias. O sumo sacerdote em exercício era favorável (cf Êx 17.14; 24.4; Dt 31.9; Hc 2.2).
a jeremias, e mostrou a carta de Semaías a jeremias, o que 30.4 Uma profecia concernente aos dois reinos de judá e
provocou a sua resposta (Pasur, 21.1), Israel, que ainda será cumprida com uma promessa de con­
29.26 Fanático. No heb, delirar por desequilíbrio mental, es­ clusão: "Nos últimos dias, entendereis isto" (24).
tar louco ou fingir loucura. É a mesma palavra que aparece 3 0 .5 -7 Aquele dia. Será um tem po de angústia, em que os
nas referências nos livros de Reis e Oséias. Quer passar por homens sofrerão dores agonizantes, mas com a promessa de
profeta. Fazer tal papel agindo de maneira excitada, como um que jacó, apesar de também sofrer horrivelmente, será, afinal,
dervixe a bracejar freneticamente. Nota: Os capítulos 30 a 33, livrado dos tormentos.
JEREMIAS 30.8 1102
8 Naquele dia, diz o Senhor dos Exérci­ 30.9 v|s 55.3-4;
veiro; os que te despojam serão despojados,
Os 3.5; At 2.30
tos, eu quebrarei o seu jugo de sobre o teu e entregarei ao saque todos os que te sa­
pescoço e quebrarei os teus canzis; e nunca 30.10 wls 41.13 queiam. c
mais estrangeiros farão escravo este povo, 17 Porque te restaurarei a saúde e curarei
9 que servirá ao Senhor, seu Deus, como 30.11 *SI 6.1; as tuas chagas, diz o Senhor; pois te chama­
também a Davi, seu rei, que lhe levantarei.v Jr 4.27
ram a repudiada, dizendo: É Sião, já ninguém
10 Não temas, pois, servo meu, Jacó, diz o pergunta por ela.d
30.12
Senhor, nem te espantes, ó Israel; pois eis V20 36.16 18 Assim diz o Senhor: Eis que restaura­
que te livrarei das terras de longe e à tua rei a sorte das tendas de Jacó e me compade­
descendência, da terra do exílio; Jacó voltará 30.13 z]r 8.22 cerei das suas moradas; a cidade será
e ficará tranqüilo e em sossego; e não haverá reedificada sobre o seu montão de ruínas, e o
quem o atemorize.w 30.14
°JÓ 13.24; palácio será habitado como outrora.e
11 Porque eu sou contigo, diz o Senhor, Lm 1.2 19 Sairão deles ações de graças e o júbilo
para salvar-te; por isso, darei cabo de todas dos que se alegram. Multiplicá-los-ei, e não
as nações entre as quais te espalhei; de ti, 30.15 *Jr 15.18
serão diminuídos; glorificá-los-ei, e não se­
porém, não darei cabo, mas castigar-te-ei rão apoucados/
30.16
em justa medida e de todo não te inocen­
c h 23.22; 20 Seus filhos serão como na antigüidade,
tarei.* Jr 10.25
e a sua congregação será firmada diante
12 Porque assim diz o Senhor; Teu mal é
30.17 d\t 33.6
de mim, e castigarei todos os seus opres­
incurável, a tua chaga é dolorosa, y
sores. 9
13 Não há quem defenda a tua causa; para
30.18 21 O seu príncipe procederá deles, do
a tua ferida não tens remédios nem em- eSH02.13 meio deles sairá o que há de reinar; fá-lo-ei
plasto.^
14 Todos os teus amantes se esqueceram aproximar, e ele se chegará a mim; pois querr
30.19 Íls 35.10;
de ti, já não perguntam por ti; porque te feri Zc 10.8 de si mesmo ousaria aproximar-se de
com ferida de inimigo e com castigo de cruel, mim? — diz o Senhor. h
30.20 eis 1.26 22 Vós sereis o meu povo, eu serei c
por causa da grandeza da tua maldade e da
multidão de teus pecados.0 vosso Deus.1
30.21
15 Por que gritas por motivo da tua fe­ hGn 49.10 23 Eis a tempestade do Senhor ! O furcr
rida? Tua dor é incurável. Por causa da gran­ saiu, e um redemoinho tempestuou sobTe i
deza de tua maldade e da multidão de teus 30.22 íjr 24.7 cabeça dos perversos./
pecados é que eu fiz estas coisas.* 24 Não voltará atrás o brasume da ira
30.23
16 Por isso, todos os que te devoram se­ ;|r 23.19-20 Senhor, até que tenha executado e cumpnac
rão devorados; e todos os teus adversários os desígnios do seu coração. Nos último»
serão levados, cada um deles para o cati­ 30.24 *Cn 49.1 dias, entendereis isto.*1

30.8,9 Nunca m ais.. . escravo (Ez 37.26). O povo hebreu ha­ perturbação em seu pasto (Is 17.2, e do povo, Lv 26-í
veria de ver o jugo das nações do mundo tirado de seu pes­ Ez 39.26; Mq 4.4).
coço. Seu ju g o .. . teu pescoço. Em ambos os casos, terceira 30.11 Cm justa medida. Punição para restaurar, não para ó s -
pessoa, o que é uma referência ao futuro livramento de Israel, tru ir (cf 2 Co 7 .8-10).
e não uma referência ao Israel dos dias de Jeremias.
30.14 Amantes. Aliados de Judá, especialmente o Egrr
Os capítulos 3 0-3 3 esboçam os detalhes do reinado de
( |r 22 .20).
Cristo; 1) O Messias seria rei sobre Israel (30.9; 33.15-17);
2) Israel será restaurada à terra da Palestina (30.1,18-20; 30.17 Saúde. A pele nova que se forma sobre um ferimerm
31.1 0-1 4 ,2 3 -38 ; 32.15,37; 33.7); 3) Israel converter-se-á ao sarar, prova de que a ferida sarara (8.22; 23.6).
ao Senhor (30.22; 31.11,31-34; 32.28-40; 33.11); 4) Israel 30.18 Vd 29.14. Significa coerentemente a transformação *
viverá em segurança com alegria do Senhor como sua porção adversidade e miséria em prosperidade e consolo. Montão,
(30.10; 33.11); 5) O reino milenar de Cristo (Ap 20.6) assina­ heb, tel, e que se refere ao costume de reedificar a cidao?
lará o cumprimento das promessas feitas a Israel. Essas pro­ sobre o monte de suas antigas ruínas. Muitas cidades têm 2
messas estão estabelecidas no eterno amor de Deus e palavra "te l" como prefixo ao seu nome. E.g., Telassar
descansam seguramente sobre a Sua fidelidade (3 1.1 -3 ; (2 Rs 19.12), Tel-Abibe (Ez 3.15).
33.14). 30.21 Reinar.. . chegará a mim. Esse príncipe será tanto re
30.10 Atemorize, ou "perturbe-o". A expressão é comu- como sacerdote (Ez 45.17). Seu príncipe, lit, seu poderoso ( «
mente usada para ovelhas tranqüilas que estão deitadas sem Jacó).
1103 JEREMIAS 31.18
Lamento transformado em júbilo J1.1 '|r 30.22 10 Ouvi a palavra do Senhor, ó nações, e
O 1 Naquele tempo, diz o Senhor, serei anunciai nas terras longínquas do mar, e di­
J l o Deus de todas as tribos de Israel, e 31.2 zei: Aquele que espalhou a Israel o congre­
mNm 10.33; gará e o guardará, como o pastor, ao seu
elas serão o meu povo.' SI 95.11
2 Assim diz o Senhor: O povo que se rebanho.u
livrou da espada logrou graça no deserto. Eu 11 Porque o Senhor redimiu a Jacó e o
31.3 "Os 11.4;
irei e darei descanso a Israel.m livrou da mão do que era mais forte do
Rm 11.28-29
3 De longe se me deixou ver o Senhor, que ele.v
dizendo: Com amor etemo eu te amei; por 12 Hão de vir e exultar na altura de Sião,
31.4°Êx 15.20;
radiantes de alegria por causa dos bens do
isso, com benignidade te atraí." SI 149.3
Senhor, do cereal, do vinho, do azeite, dos
4 Ainda te edificarei, e serás edificada, ó
cordeiros e dos bezerros; a sua alma será
virgem de Israel! Ainda serás adornada com 31.5 pis 65.21
como um jardim regado, e nunca mais desfa­
os teus adufes e sairás com o coro dos que
lecerão. w
dançam.0 31.6 <jls 2.3 13 Então, a virgem se alegrará na dança, e
5 Ainda plantarás vinhas nos montes de
também os jovens e os velhos; tomarei o seu
Samaria; plantarão os plantadores e gozarão
31.7 ris 12.5-6 pranto em júbilo e os consolarei; transforma­
dos frutos.P
rei em regozijo a sua tristeza.
6 Porque haverá um dia em que gritarão 14 Saciarei de gordura a alma dos sacer­
31.8 s|r 3.12;
os atalaias na região montanhosa de Efraim: Ez 20.34,41 dotes, e o meu povo se fartará com a minha
Levantai-vos, e subamos a Sião, ao Senhor, bondade, diz o Senhor.
nosso Deus!1? 15 Assim diz o Senhor: Ouviu-se um
31.9 (Ex 4.22;
7 Porque assim diz o Senhor: Cantai com Is 35.8 clamor* em Ramá, pranto e grande lamento;
alegria a Jacó, exultai por causa da cabeça das era Raquel y chorando por seus filhos e in­
nações; proclamai, cantai louvores e dizei: consolável por causa deles, porque já não
31.10 uls 40.11
Salva, Senhor, o teu povo, o restante de existem.
Israel/ 16 Assim diz o Senhor: Reprime a tua
31.11 v|s 44.23
8 Eis que os trarei da terra do Norte e os voz de choro e as lágrimas de teus olhos;
congregarei das extremidades da terra; e, en­ porque há recompensa para as tuas obras, diz
tre eles, também os cegos e aleijados, as mu­ 31.12
"'Is 35.10;
o Senhor, pois os teus filhos voltarão da
lheres grávidas e as de parto; em grande Os 3.5 terra do inimigo.z
congregação, voltarão para aqui.5 17 Há esperança para o teu futuro, diz o
9 Virão com choro, e com súplicas os le­ 31.15 *Mt 2.18 Senhor, porque teus filhos voltarão para os
varei; guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por vGn 35.16-19 seus territórios.
caminho reto em que não tropeçarão; porque 18 Bem ouvi que Efraim se queixava, di­
sou pai para Israel, e Efraim é o meu primo­ 31.16 ^Ed 1.5; zendo: Castigaste-me, e fui castigado como
gênito.' Os 1.11 novilho ainda não domado; converte-me, e

31.1 Naquele tempo. Esta expressão é semelhante a "Dia do destas, que também se chamavam; "Israel" e "Samaria".
Senhor", no sentido de ser época futura bem definida na
31.10 Senhor. Quem espalhará o Seu povo será Aquele que o
mente de Deus, mas sem data humana marcada. A promessa
restaurará à sua terra.
para o futuro está misturada nestes versículos com alusões à
iibertação que Deus operou na época do Êxodo. 31.12 Vd 35.1,2. Um quadro sobre a condição de Israel
quando regressar para ficar.
31.6 O cisma entre o reino do norte (Israel) e as tribos do sul
terminará. 31.14 Alma. Aqui se emprega como sede dos desejos, parti­
31.7 Cabeça das nações. Israel, por ter sido especialmente cularmente do apetite ( N m l l . 6; Jo 33.20; M q 7.1). Vd
escolhido (D t 7.6; 2 Sm 7.23), se encontra entre as mais exal­ 1 1 .20 n.
tadas das nações (D t 26.19). 31.15 Ramá. A oito quilômetros ao norte de Jerusalém; local
31.8 Cegos.. . aleijados.. . grávidas. Até mesmo aqueles que onde Raquel, mãe de José, e, portanto, das tribos de Efraim e
teriam maior dificuldades em viajar, retornarão à Palestina. de Manassés lamenta poeticamente a morte e a separação no
Congregação, no heb, qãlãl. Palavra técnica que, no Penta- exílio.
teuco, indica a nação de Israel. 31.18 N ovilho ... não domado. Não disciplinado, nem trei­
31.9 Efraim. )acó tratou Efraim como a um neto favorito, com nado para usar a canga ou para produzir trabalho útil. Con­
a bênção do primogênito (Gn 48.1 3-2 0 ). Como tribo maior verte. .. convertido, voltar, retornar; lit "im pele-m e a retornar
das dez tribos do norte, passou a ser um dos nomes coletivos (voltar-m e) a fim de que eu possa retornar" (Rm 8.30).
JEREMIAS 31.19 1104
serei convertido, porque tu és o S e n h o r , meu 31.18 oLm 5.21 25 Porque satisfiz à alma cansada, e saciei
D eu s.0 31.19 í>Dt 30.2 a toda alma desfalecida.
19 Na verdade, depois que me converti, 26 Nisto, despertei e olhei; e o meu sono
31.20
arrependi-me; depois que fui instruído, bati cDt 32.36; fora doce para mim.
no peito; fiquei envergonhado, confuso, por­ Os 11.8 27 Eis que vêm dias, diz o S e n h o r , em
que levei o opróbrio da minha mocidade.b 31.21 djr 50.5 que semearei a casa de Israel e a casa de Judá
20 Não é Efraim meu precioso filho, filho com a semente de homens e de animais.h
31.22 c|r 2.18
das minhas delícias? Pois tantas vezes quan­ 28 Como velei sobre eles, para arrancar,
tas falo contra ele, tantas vezes ternamente 31.23 para derribar, para subverter, para destruir e
me lembro dele; comove-se por ele o meu '51122.5-8; para afligir, assim velarei sobre eles para edi-
Zc 8.3
coração, deveras me compadecerei dele, diz o ficar e para plantar, diz o S e n h o r .'
S e n h o r .0 31.24 29 Naqueles dias, já não dirão: Os pais co­
Pjr 33.12-13
21 Põe-te marcos, finca postes que te meram/ uvas verdes, e os dentes dos filhos é
guiem, presta atenção na vereda, no caminho 31.27 que se embotaram.
fEz 36.9-11;
por onde passaste; regressa, ó virgem de Is­ 30 Cada um, porém, será morto pela sua
Zc 10.9
rael, regressa às tuas cidades.d iniqüidade; de todo homem que comer uvas
22 A té quando andarás errante, ó filha re­ 31.28 i]r 1.10 verdes os dentes se embotarão.k
belde? Porque o S e n h o r criou coisa nova 31.29/Ez 18.2
na terra: a mulher infiel virá a requestar um Firmada nova aliança com Israel
31.30 kCI6.5
h om em .5 31 Eis aí vêm dias, diz o S e n h o r , em que
23 Assim diz o S e n h o r dos Exércitos, o 31.31 firmarei nova aliança' com a casa de Israel e
'Mt 26.28;
Deus de Israel: Ainda dirão esta palavra na Mc 14.24;
com a casa de Judá.
terra de Judá e nas suas cidades, quando eu Lc 22.20; 32 Não conforme a aliança que fiz com
lhe restaurar a sorte: O S e n h o r te abençoe, ó ICo 11.25; seus pais, no dia em que os tomei pela mão,
2Co 3.6
morada de justiça, ó santo monte !f para os tirar da terra do Egito; porquanto eles
24 Nela, habitarão Judá e todas as suas 31.32m D tl.3l anularam a minha aliança, não obstante eu os
cidades juntamente, como também os lavra­ 31.33 haver desposado, diz o Se n h o r ." 1
dores e os que pastoreiam os rebanhos. 9 "Hb 10.16-17 33 Porque esta é a aliança" que firmarei

31.19 Bati no peito. Coxa, gesto de tristeza, terror ou horror, mente aos que sofrem (v 8), e será um segundo paraíso,
contrição (Ez21.4). Opróbrio. A vergonha que atrai contra v 12. A nova aliança selará estas bênçãos, 31-37.
mim mesmo por meio dos pecados cometidos nos primeiros
anos como uma nação, a mocidade. 31.31 Nova aliança. Vd nota em 11.2, os dois reinos compar­
31.20 Filho das minhas delícias. Uma criança que alguém tilharão juntos dessa aliança ( eterna aliança, 32.40). Vd
afaga e ama. 31.31,34; 32.37-41; H b 8 .7 -1 3 ; 10.15-18. As condições
31.21 Prestai atenção à maneira como fostes para o exílio dessa aliança são: 1) Substituirá a antiga aliança que Israel
para que possais traçar vossos passos. havia quebrado (31.32; Hb 8.7,8); 2) Uma aliança de graça e
31.22 Sião, em lugar de manter-se afastada e de esperar ser não de obras (31.32; Hb 8.6); 3) A nova aliança promete o
buscada por seu marido (jeová) apegar-se-á afetuosamente a novo nascimento mediante a qual a lei de Deus é escrita nos
Ele como nunca o fizera antes (Os 2.19). corações de Seu povo (31.33; 32.39; H b8.10; 10.16); 4) A
nova aliança promete a conversão da nação de Israel a Deus
31.23 Santo monte. O lugar central de Judá era o monte do
(31.33-34; 32.38; H b8.10); 5) A nova aliança promete o
templo, mais especificamente, onde estava a rocha, no átrio
perdão dos pecados (31.34; H b8.12; 10.17); 6) A nova
que Salomão consagrou como altar (1 Rs 8.64), o ponto mais
aliança promete a vinda de bênçãos de Deus sobre Israe
alto de judá.
(32.39,40); 7) A nova aliança é um pacto eterno (32.40*
31.26 Revela-se aqui a maneira pela qual a vontade de Deus 8) Embora a nova aliança tivesse sido expressamente fe ia
se revelou ao profeta em sonhos e visões. com os filhos de Israel, a epístola aos Hebreus aplica os bene­
31.28 Velei. A mesma palavra que em 1.12. Visto que |eová fícios da graça, que fluem dessa nova aliança, à Igreja. O atua'
mantém zelosamente Sua palavra. Ele amará e cuidará ainda ministério de nosso Senhor baseia-se em Seu ofício media­
da Israel restaurada para abençoá-la, m ultiplicá-la e edificá- neiro de Seu melhor pacto (Hb 8.6). O privilégio dos crentes
la. durante nosso tempo, de entrar no Santo dos Santos atravé
31.30 Nova ênfase sobre as responsabilidades do indivíduo do sangue de jesus, diz respeito a essa nova aliam;»
para com jeová e sobre a necessidade de prestar-lhe contas (Hb 10.14-22). A ceia do Senhor baseia-se sobre a now
em tem po de transgressão. • N. Hom. O cap 31 descreve aliança (Lc 22.20). Isso não significa que a nova aliança de%»
uma restauração que depende da obra do próprio Deus, e ser entendida como declaração de que as promessas milena­
portanto real (v 4), na qual não haverá mais a angústia de res a Israel não tenham de ser observadas. Essas promessas
trabalhar em vão, v 5. Esta restauração se estenderá especial­ serão cumpridas (cf Rm 11.26).
1105 JEREMIAS 32.9
com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz 31.34 0(31-34) Jeremias compra um campo em Anatote
Hb 8.8-12
o Senhor : Na mente, lhes imprimirei as mi­ O Palavra que veio a Jeremias da parte
nhas leis, também no coração lhas inscreve­ J Á j do Se n h o r , no ano décimo1' de Ze­
rei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu 31.35 dequias, rei de Judá, ou décimo oitavo de
pCn 1.16;
povo. Is 51.15 Nabucodonosor.
34 Não ensinará jamais cada um ao seu 2 Ora, nesse tempo o exército do rei da
próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Babilônia cercava Jerusalém; Jeremias, o pro­
31.36
Conhece ao Senhor, porque todos me conhe­ <?S! 148.6;
feta, estava encarcerado no pátio da guarda
cerão, desde o menor até ao maior deles, diz Jr 33.20 que estava na casa do rei de Judá.w
o Senhor. Pois perdoarei as suas iniqüidades 3 Pois Zedequias, rei de Judá, o havia en­
e dos seus pecados jamais me lembrarei.0 cerrado, dizendo: Por que profetizas tu que o
31.37 r|r 33.22
35 Assim diz o Senhor, que dá o sol para S e n h o r disse que entregaria esta cidade nas
a luz do dia e as leis fixas à lua e às estrelas mãos do rei da Babilônia, e ele a tomaria/
31.38 JNe 3.1 4 que Zedequias, rei de Judá, não se livra­
para a luz da noite, que agita o mar e faz
bramir as suas ondas; Senhor dos Exércitos ria das mãos dos caldeus, mas infalivelmente
é o seu nome.P 31.39'Ez 40.8 seria entregue nas mãos do rei da Babilônia,
36 Se falharem estas leis fixas diante de e com ele falaria boca a boca, e o veria face
mim, diz o Senhor, deixará também a des­ a face;»'
31.40
cendência de Israel de ser uma nação diante u2Cr 23.15;
5 e que ele levaria Zedequias para a Babi­
Jl 3.17 lônia, onde estaria até que o S e n h o r se lem­
de mim para sempre. <?
brasse dele, como este disse; e, ainda que
37 Assim diz o Senhor; Se puderem ser
pelejásseis contra os caldeus, não serieis bem
medidos os céus lá em cima e sondados os 32.1
v2Rs25.1-7 sucedidos?2
fundamentos da terra cá embaixo, também eu
6 Disse, pois, Jeremias: Veio a mim a pa­
rejeitarei toda a descendência de Israel, por
lavra do Se n h o r , dizendo:
tudo quanto fizeram, diz o Senhor/ 32.2 wNe 3.25
7 Eis que Hananel, filho de teu tio Salum,
38 Eis que vêm dias, diz o Senhor, em
virá a ti, dizendo: Compra o meu campo que
que esta cidade será reedificada para o 32.3 *Jr 34.2 está em Anatote, pois a ti, a quem pertence o
Senhor, desde a Torre de Hananel até à direito de resgate, compete comprá-lo.0
Porta da Esquina.s 8 Veio, pois, a mim, segundo a palavra do
32.4 y\r 34.3
39 O cordel de medir estender-se-á para S e n h o r , Hananel, filho de meu tio, ao pátio
diante, até ao outeiro de Garebe, e virar-se-á da guarda e me disse: Compra agora o meu
para Goa.! 32.5 z|r 21.4 campo que está em Anatote, na terra de Ben­
40 Todo o vale dos cadáveres e da cinza e jamim; porque teu é o direito de posse e de
todos os campos até ao ribeiro Cedrom, até à 32.7 resgate; compra-o. Então, entendi que isto era
esquina da Porta dos Cavalos para o oriente, o Lv 25.24-25; a palavra do S e n h o r .
serão consagrados ao Senhor. Esta Jeru­ Ru 4.4
9 Comprei, pois, de Hananel, filho de meu
salém jamais será desarraigada ou destruí­ tio, o campo que está em Anatote; e lhe pesei
da.u 32.9 6Gn 23.16 o dinheiro, dezessete siclos de prata.b

31.35-37 Jeová reafirma a continuação de Israel como um sioneiros não considerados suficientemente perigosos para se­
oovo que não será completamente rejeitado. rem lançados na cova comum. A razão do aprisionamento
31.36 Leis fixas. Refere-se àquilo que chamamos de "Lei da (ver 3 -5).
Natureza", sendo que a ciência nada mais é senão a tentativa
32.3 Secretamente, o rei respeitava o profeta (37.3), mas,
do homem de observar acuradamente as leis fixas que Deus
como Nicodemos, era ameaçado pela máquina política
mprimiu no universo.
(Jo 3.1; 7.50).
31.38-40 Jerusalém será reedificada e expandida a ponto de
incluir até mesmo lugares considerados imundos. Depois do 32.8 Hananeet tinha tanta fome pelo dinheiro, que forçou
cumprimento dessa promessa de reedificação, ela nunca mais um pobre prisioneiro a cum prir o dever do resgate de um
será destruída. terreno inútil.
32.1 A narrativa chegou ao ano 588 a.C., o últim o ano do 32.9 O campo estava então na posse do exército babilônico.
reino de Judá; já se emprega a data internacional do império Jeremias provou sua fé nas promessas de |eová, de que judá
da Babilônia. seria restaurada, ao comprar um campo ainda sob controle
32.2 Pátio da guarda. Um lugar cercado, guardado para pri­ de um exército estrangeiro (15).
JEREMIAS 32.10 1106
10 Assinei a escritura, fechei-a com selo, 32.12 cIs 8.2
19 grande em conselho e magnífico em
chamei testemunhas e pesei-lhe o dinheiro obras; porque os teus olhos estão abertos so­
numa balança. 32.15 d], 32.37 bre todos os caminhos dos filhos dos homens,
11 Tomei a escritura da compra, tanto a para dar a cada um segundo o seu proceder,
selada, segundo mandam a lei e os estatutos, segundo o fruto das suas obras.9
como a cópia aberta; 32.17 20 Tu puseste sinais e maravilhas na terra
eCn 18.14;
12 dei-a a Baruque, filho de Nerias, filho 2Rs 19.15; do Egito até ao dia de hoje, tanto em Israel
de Maaséias, na presença de Hananel, filho de Lc 1.37 como entre outros homens; e te fizeste um
meu tio, e perante as testemunhas, que assina­ nome, qual o que tens neste dia.h
ram a escritura da compra, e na presença de 21 Tiraste o teu povo de Israel da terra do
32.18 f(x 20.6;
todos os judeus que se assentavam no pátio da Is 9.6 Egito, com sinais e maravilhas, com mão po­
guarda.c. derosa e braço estendido e com grande
13 Perante eles dei ordem a Baruque, espanto;'
dizendo: 32.19 22 e lhe deste esta terra, que com jura­
9|ó 34.21;
14 Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Pv 5.21; Jr 16.17 mento prometeste a seus pais, terra que mana
Deus de Israel: Toma esta escritura, esta es­ leite e mel./
critura da compra, tanto a selada como a 23 Entraram nela e dela tomaram posse,
aberta, e mete-as num vaso de barro, para que 32.20 ^Êx 9.16; mas não obedeceram à tua voz, nem andaram
lCr 17.21;
se possam conservar por muitos dias; Dn 9.15
na tua lei; de tudo o que lhes mandaste que
15 porque assim diz o Senhor dos Exér­ fizessem, nada fizeram; pelo que trouxeste
citos, o Deus de Israel: Ainda se comprarão sobre eles todo este mal.*1
casas, campos e vinhas nesta terra.d 32.21 <Ex 6.6; 24 Eis aqui as trincheiras já atingem a ci­
2Sm 7.23;
1Cr 17.21
dade, para ser tomada; já está a cidade entre­
Jeremias pede esclarecimentos a Deus gue nas mãos dos caldeus, que pelejam contra
16 Depois que dei a escritura da compra a ela, pela espada, pela fome e pela peste.
Baruque, filho de Nerias, orei ao Senhor, 32.22/Êx 3.8; O que disseste aconteceu; e tu mesmo o
Jr 11.5
dizendo: vês.(
17 Ah! Senhor Deus, eis que fizeste os 25 Contudo, ó Senhor Deus, tu me dis­
céus e a terra com o teu grande poder e com 32.23 *Ne 9.26; seste: Compra o campo por dinheiro e chama
o teu braço estendido; coisa alguma te é de­ Dn 9.10-14 testemunhas, embora já esteja a cidade entre­
masiadamente maravilhosa.e gue nas mãos dos caldeus."1
18 Tu usas de misericórdia para com mi­
32.24 /Jr 14.12
lhares e retribuis a iniqüidade dos pais nos A resposta de Deus
filhos; tu és o grande, o poderoso Deus, cujo 26 Então, veio a palavra do Senhor a Je­
nome é o Senhor dos Exércitos/ 32.25 mjr 32.24 remias, dizendo:

32.11 Escritura. Sempre era feita uma cópia de um docu­ cheq, ou no seio, na bainha, no regaço, no peito. As vestes
mento de compra. O documento original continha os termos orientais tinham na altura do peito numerosas dobras que
e as condições da compra, e era selado pelo lado de fora. A serviam de bolso. Isso explica o derramar no seio das vestes
cópia, que apresentava o fato da compra, era deixada aberta como retribuição contra a iniqüidade, que assim era levaca
para servir de prova imediata. Lei... estatutos. Termos legais ou carregada. Senhor dos Exércitos. O mesmo que foi visto po'
técnicos; pela Lei, os vendedores cediam a posse da proprie­ Isaías, e ao qual também chamou de Rei (Is 6.5).
dade; pelos estatutos, davam as condições mediante as quais 32.19 O fruto. É a doutrina definida em Gl 6 .7 -8 .
a propriedade fora adquirida pelo comprador.
32.20 Um nome. É a revelação de Deus na vida humana.
52.12 Baruque (3 6 .4 -8 ; 4 5 .1 -5 ). Significa "bem -aventu-
32.21 Grande espanto. O terror que se propagou entre as
rado". Devotado amigo e "escrivão" de Jeremias. De 51.59
nações circunvizinhas (Êx 15.14; 23.27; D t 2.5; Js 5.1).
em diante, parece que Seraías, camareiro-mor de Zedequias,
era irmão de Baruque. Era neto de Maaséias, "governador da 32.24 Trincheiras. Vd em 6.6n. Montão de terra ajuntadi
cidade" (2 Cr 34.8). Tranqueira que se faz para o assédio contra uma cidade. C
cerco da cidade estava praticamente realizado. A cidade es­
32.14 Vaso de barro, para guardá-la da umidade. Jarros de
tava completamente bloqueada, e o povo passava fome.
barro, contendo tais contratos, têm sido desenterrados pelos
3 2 .2 6-4 4 A resposta de Jeová à declaração de fé que Jere­
arqueólogos.
mias tinha contida nos w 16-2 5 : Israel podia culpar apena;
32.17 Esta oração de adoração é semelhante à de a si mesmo por seu castigo (2 6-3 5 ); num dia futuro, Israe
Rm 11.33-36. compraria campos com todas as formalidades legais, con­
32.18 Nos filhos. Expressão omitida na tradução do hebraico forme Jeremias havia efetuado sua compra.
1107 JEREMIAS 32.41
27 Eis que eu sou o Senhor, o Deus de 32.27 ensinava, eles não deram ouvidos, para rece­
"N m 16.22
todos os viventes; acaso, haveria coisa dema­ berem a advertência.'
siadamente maravilhosa para mim?" 32.28
34 Antes, puseram" as suas abominações
28 Portanto, assim diz o Senhor: Eis que °2Rs 25.1 -11; na casa que se chama pelo meu nome, para a
entrego esta cidade nas mãos0 dos caldeus, 2Cr 36.17-21 profanarem.
nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilô­ 35 Edificaram os altos de Baal, que estão
32.29 f>]r 19.13
nia, e ele a tomará. no vale do filho de Hinom, para queimarem1'
29 Os caldeus, que pelejam contra esta ci­ a seus filhos e a suas filhas a Moloque, o que
32.30 ?Jr2.7
dade, entrarão nela, porão fogo a esta cidade nunca lhes ordenei, nem me passou pela
e queimarão as casas sobre cujos terraços 32.31 mente fizessem tal abominação, para fazerem
queimaram incenso a Baal e ofereceram liba- r2Rs 23.27 pecar a Judá.
ções a outros deuses, para me provocarem 36 Agora, pois, assim diz o Senhor, o
32.32 sIs 1.4; Deus de Israel, acerca desta cidade, da qual
à ira.P Dn 9.8
vós dizeis: Já está entregue nas mãos do rei
30 Porque os filhos de Israel e os filhos de
da Babilônia, pela espada, pela fome e pela
Judá não fizeram senão mal perante mim, 32.33 t|r2.27
peste.w
desde a sua mocidade; porque os filhos de
32.34 37 Eis que eu os congregarei de todas as
Israel não fizeram senão provocar-me à ira u2Rs 23.10; terras, para onde os lancei na minha ira, no
com as obras das suas mãos, diz o Senhor. <? Jr 7.30-31;
19.1-6
meu furor e na minha grande indignação; tor­
31 Porque para minha ira e para meu furor narei a trazê-los a este lugar e farei que nele
me tem sido esta cidade, desde o dia em que habitem seguramente. *
32.35 ^Lv 18.21
a edificaram e até ao dia de hoje, para que eu 38 Eles serão o meu povo, e eu serei o seu
a removesse da minha presença/ 32.36 "'Ir 32.24 Deus.»'
32 por causa de toda a maldade que fize­ 39 Dar-lhes-ei um só coração e um só
ram os filhos de Israel e os filhos de Judá, 32.37 *D t 30.3; caminho, para que me temam todos os dias,
para me provocarem à ira, eles, os seus reis, Ez 37.21
para seu bem e bem de seus filhos.z
os seus príncipes, os seus sacerdotes e os seus 40 Farei com eles aliança eterna, segundo
32.38 /Jr 24.7
profetas, como também os homens de Judá e a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e
os moradores de Jerusalém.1 32.39 ^Jr 24.7 porei o meu temor no seu coração, para que
33 Viraram-me as costas e não o rosto; nunca se apartem de mim.0
ainda que eu, começando de madrugada, os 32.40 o Is 55.3 41 Alegrar-me-ei por causa deles e lhes

32.29 Jerusalém se tornara completamente rebelde, e por nacional dos amonitas. Foi expressamente proibido aos israe­
isso merecia o mesmo castigo das antigas cidades cananitas litas adorá-lo (Lv 18.21; 2 0 .2 -5); condenado como clímax
(D t 3.6; Js 6.24; 8.28). da iniqüidade (D t 12.31; 18.10-13). Visto que Salomão per­
32.30 Sua mocidade. O tem po em que Israel esteve no Egito m itiu a adoração a M oloque, o reino foi dividido
era considerado o tempo de sua juventude (2.2; 31.19; (1 Rs 11.3 1-3 3 ). Havia um sacerdócio pagão a servi-lo
Os 11.1). (Jr4 9 .3 ;S f 1.4,5).
32.31 Ira .. . esta cidade. Jerusalém tornou-se a carga da ira 3 2 .3 6 -4 4 Promessas proféticas feitas à cidade sitiada:
de Deus, um objeto que o provocara à ira e o levara a exibi- 1) Jeová reunirá seus cidadãos das terras para onde os espa­
la. • N. Hom. O cap 32 encerra uma lição de fé e de obe­ lhara em sua ira, 37; 2) Jeová fará com que habitem em segu­
diência: 1) A situação desesperadora, 1 -5 ; 2) Escutando a rança, sendo Seu povo, 37,38; 3) Ele lhes dará um coração e
Palavra de Deus, 6 -7 ; 3) Obedecendo à Palavra de Deus, um caminho, 39. A unidade sempre é representada como uma
8 -1 2 ; 4) A consolação e inspiração que brotam desta obe­ das características do reino messiânico (Sf 3.9; Zc14.9);
diência, 13-1 5 ; 5) O resultado final: poder para distinguir os 4) Sua aliança será eterna, 40; 5) Ele continuamente fará o
tempos do presente (2 6-3 5 ), e do futuro (3 6-4 4 ), para ser bem por eles, 40; 6) Eles nunca o abandonarão, 40; 7) Serão
um verdadeiro profeta de Deus. firmemente fixados na terra prometida, 41; 8) Mais uma vez
32.33 Advertência. Lição, instrução, castigo, reprimenda, mo­ comprarão campos para cultivá-los, campos que são uma
ral e ética. A mesma palavra é traduzida no livro de Provérbios aliança incondicional, na qual Jeová é o agente ativo.
por "instrução" (4.1); "ensino" (5.13; 8.10,33); "disciplina"
(5.23; 6.23). É uma das palavras-chaves de Provérbios. 32.38 Descreve-se uma teocracia na qual a vida particular e
o governo civil refletem a plenitude da vontade divina re­
32.34 Abominações. No heb, shiqquts, sujeira, falsidade,
velada.
ídolo. Neste sentido, aparece em Dn 11.31; cf M t2 4 .1 5 . A
raiz significa desgosto. Profanarem. Sujar, afetar. 32.39 A união dos irmãos na fé, vinculados pelo tem or de
32.35 Abominação. No heb, to'eivah, imundícia, sujeira, abo­ Deus, seguindo uma mesma vocação é o que produz a verda­
minação. Moloque, (vd notas 2.23; 7.31; 19.6). Era o deus deira Igreja.
JEREMIAS 32.42 1108
farei bem; plantá-los-ei firmemente nesta 32.41 t>Dt 30.9; 6 eis que lhe trarei a ela saúde e cura e os
Am 9.15
terra, de todo o meu coração e de toda a mi­ sararei; e lhes revelarei abundância de paz e
nha alma.41 segurança.k
32.42 cjr 31.28
42 Porque assim diz o Senhor: Assim 7 Restaurarei a sorte de Judá e de Israel e
como fiz vir sobre este povo todo este grande os edificarei como no princípio.1
32.43 d)r 32.15
mal, assim lhes trarei todo o bem que lhes 8 Purificá-los-ei de toda a sua iniqüidade
estou prometendo.c com que pecaram contra mim; e perdoarei
43 Comprar-se-ão campos nesta terra, da 32.44 e|r 17.26 todas as suas iniqüidades com que pecaram e
qual vós dizeis: Está deserta, sem homens transgrediram contra mim.m
nem animais; está entregue nas mãos dos 33.1 f\r 32.2-3 9 Jerusalém me servirá por nome, por lou­
caldeus.d vor e glória, entre todas as nações da terra que
44 Comprarão campos por dinheiro, e la­ 33.2gEx 15.3; ouvirem todo o bem que eu lhe faço; espan-
vrarão as escrituras, e as fecharão com selos, Am 5.8
tar-se-ão e tremerão por causa de todo o
e chamarão testemunhas na terra de Benja­ bem e por causa de toda a paz que eu lhe
mim, nos contornos de Jerusalém, nas cidades 33.3 *SI 91.15 dou.n
de Judá, nas cidades da região montanhosa, 10 Assim diz o Senhor : Neste lugar, que
nas cidades das planícies e nas cidades do 33.4 'jr 32.24 vós dizeis que está deserto, sem homens nem
Sul; porque lhes restaurarei a sorte, diz o animais, nas cidades de Judá e nas ruas de
Senhor. e 33.5 /Jr 32.5 Jerusalém, que estão assoladas, sem homens,
sem moradores e sem animais, ainda se
Promessas de paz e prosperidade 33.6 *|r30.17 ouvirá0
O Q Veio a palavra do Senhor a Jere- 11a voz de júbilo e de alegria, e a voz de
J J mias, segunda vez, estando ele ainda 3 3 .7 'Is 1.26 noivo, e a de noiva, e a voz dos que cantam:
encarcerado no pátio da guarda, dizendo:f Rendei graças ao Senhor dos Exércitos, por­
2 Assim diz o Senhor que faz estas coi­ 33.8 mJr 31.34; que ele é bom, porque a sua misericórdia dura
sas, o Senhor que as forma para as estabele­ Mq 7.18; para sempre; e dos que trazem ofertas de
Hb 9.13-14
cer (Senhor é o seu nome):s ações de graças à Casa do Senhor; porque
3 Invoca-me, e te responderei; anunciar- restaurarei a sorte da terra como no princípio,
33.9 n Is 60.5 diz o Senhor,p
te-ei coisas grandes e ocultas, que não
sabes.h 12 Assim diz o Senhor dos Exércitos:
33.10 ojr 32.43 Ainda neste lugar, que está deserto, sem ho­
4 Porque assim diz o SENHOR, o Deus de
Israel, a respeito das casas desta cidade e das mens e sem animais, e em todas as suas cida­
casas dos reis de Judá, que foram derribadas 33.11 p Lv 7.12; des, haverá morada de pastores que façam
1016.8,34;
para a defesa contra as trincheiras e a 2Cr5.13;
repousar aos seus rebanhos.1)
espada:' S1107.22; 13 Nas cidades da região montanhosa, e
5 Quando se der a peleja contra os cal­ jr 7.34 nas cidades das planícies, e nas cidades do
deus, para que eu as encha de cadáveres de Sul, na terra de Benjamim, e nos contornos de
homens, feridos por minha ira e meu furor, 33.12 <7ls 65.10 Jerusalém, e nas cidades de Judá, ainda passa­
porquanto desta cidade escondi o meu rosto, rão os rebanhos pelas mãos de quem os conte,
por causa de toda a sua maldade,/ 33.13 f Lv 27.32 diz o Senhor/

33.1 O apóstolo Paulo também era embaixador em cadeias 33.8 Purificá-los-ei. Isso dará estabilidade e permanência i
(Ef 6.20). prosperidade (cf S1127.1).
33.3 Ocultas. A raiz, no heb, é cortar ou aparar, isto é, isolar, 33.11 Rendei graças... bom. Uma forma litúrgica usada nos
tornar inacessível devido à altura ou às fortificações (Is 48.6). cultos do tem plo (1 Cr 16.34; 2 Cr 5.13; 7.3,6; E d 3 .ll.
Coisas que estão além dos limites das forças humanas. S1106.1; 107.1; 118.1,29). Sorte. Vd em 29.14n.
33.4 Trincheiras. Vd notas em 32.24 e 6.6. 33.12 Morada, ou pastagens, incluindo os acampamentos
33.6 Saúde. Vd nota em 30.17. (vd Nm 35.2n).
33.7 Princípio. Como nos tempos antigos, como nos dias an­ 33.13 Conte. As bênçãos do Senhor sobre a terra possibilita­
teriores (Is 1.26). Tempos do reino ainda não dividido, o rão o pasto de rebanhos, com o nos tempos antigos
firm e estabelecimento de sua prosperidade civil por meio da Os pastores contavam seus rebanhos depois de conduzi-los
segura posse e do desfrutar das coisas boas da terra. ao pasto e depois que voltavam para o aprisco.
1109 JEREMIAS 34.3
Repetição da promessa do Renovo de Davi 33.14 sjr 23.5 23 Veio ainda a palavra do S e n h o r a Je­
J r 2 3 .5 -6 remias, dizendo:
33.15 íIs 4.2
14 Eis que vêm dias, diz o Se n h o r , em 24 Não atentas para o que diz este povo:
que cumprirei a boa palavra que proferi à casa As duas famílias que o S e n h o r elegeu, agora
33.16 "(14-16)
de Israel e à casa de Judá.5 Jr 23.5-6
as rejeitou? Assim desprezam a meu povo,
15 Naqueles dias e naquele tempo, farei que a seus olhos já não é povo.a
brotar a Davi um Renovo de justiça; ele exe­ 33.17 25 Assim diz o Se n h o r : Se a minha
cutará juízo e justiça na terra.f
>-2Sm 7.12-16; aliança com o dia e com a noite não permane­
1Rs 2.4;
cer, e eu não mantiver as leis fixas dos céus e
16 Naqueles dias, Judá será salvo e Jeru­ 1017.11-14
da terra,b
salém habitará seguramente; ela será chamada
26 também rejeitarei a descendência de
S e n h o r , Justiça Nossa.u 33.18
“ 'Nm 3.5-10 Jacó e de Davi, meu servo, de modo que não
17 Porque assim diz o S e n h o r : Nunca
tome da sua descendência quem domine sobre
faltará a Davi homemv que se assente no
33.20 a descendência de Abraão, Isaque e Jacó; por­
trono da casa de Israel; *SI 89.37;
que lhes restaurarei a sorte e deles me apie-
18 nem aos sacerdotes levitas faltará1who­ Jr 31.25,36
darei.c
mem diante de mim, para que ofereça holo­
33.21 ySI 89.34
causto, queime oferta de manjares e faça Prediz-se a sorte de Zedequias
sacrifício todos os dias.
33.22 O A Palavra que do Se n h o r veio a Jere-
19 Veio a palavra do Se n h o r a Jeremias, ^Cn 13.16 J i mias, quando Nabucodonosor^, rei
dizendo: da Babilônia, e todo o seu exército, e todos os
20 Assim diz o Senhor: Se puderdes in­ 33.24 reinos da terra que estavam debaixo do seu
validar a minha aliança com o dia e a minha °Jr 33.21-22
poder, e todos os povos pelejavam contra Je­
aliança com a noite, de tal modo que não haja rusalém e contra todas as suas cidades,
33.25
nem dia nem noite a seu tem po/ dizendo:
<>Cn 8.22;
21 poder-se-á também invalidar a minha J r31.35-36 2 Assim diz o S e n h o r , Deus de Israel:
aliança com Davi, meu servo, para que não Vai, fala a Zedequias, rei de Judá, e dize-lhe:
tenha filho que reine no seu trono; como tam­ 33.26 cEd 2.1 Assim diz o S e n h o r : Eis que eu entrego esta
bém com os levitas sacerdotes, meus mi­ cidade nas mãos do rei da Babilônia, o qual a
nistros.)' 34.1
queimará.e
d2Rs 25.1-11;
22 Como não se pode contar o exército 2 0 36.17-21 3 Tu não lhe escaparás das mãos; pelo
dos céus, nem medir-se a areia do mar, assim contrário, serás preso e entregue nas suas
tomarei incontável a descendência de Davi, 34.2 ejr 21.10 mãos; tu verás o rei da Babilônia face a face,
meu servo, e os levitas que ministram diante e ele te falará boca a boca, e entrarás na Babi­
de mim.z 34.3 >\r 32.4 lônia/

33.1 4-1 8 Mostra que os ofícios de rei e de sacerdotes serão Ez 4 0 -4 3 dá uma elaborada descrição do novo templo,
restabelecidos. Is 66.21, no tem po da restauração, fala sobre sacerdotes e
33.15 Davi. A aliança com Davi (2 Sm 7 .8-17). Promessas: levitas. Estão ligados à plena confirmação de Deus (20-26),
1) Te fará casa, isto é, família, posteridade. Vd também semelhante a Davi.
Is 1.26; 2) Para sempre o trono do seu reino, autoridade real;
33.22 Exército dos céus. Referência às estrelas, aos planetas,
3) Reino, isto é, uma esfera de governo; 4) Para sempre, per-
ao Sol e à lua. A promessa está sendo feita com as mesmas
petuidade; 5) Com uma condição: a desobediência resultará
palavras que selaram a Aliança com Abraão (Cn 22.17-18).
em castigo, mas não em ab-rogação da aliança
(2 Sm 7.15,16; SI 89.20-37; Is 24.5; 54.3). A aliança foi con­ 33.24 Este povo. Os duvidosos entre os cativos, que duvida­
firmada à Maria (Lc 1.31—33; A t2 .2 9 -3 2 ; 15.14-17). Vd ram da futura restauração. • N. Hom. Cap 33 nos ensina
33.20-26. Uma forte confirmação à aliança davídica. que, mesmo no meio da destruição pronunciada contra o
33.16 Senhor, Justiça Nossa. Comparar com 23.5,6. Aqui o povo desobediente (4 -5 ), o arrependimento e a invocação
título se refere a Jerusalém e não somente ao Messias, que dá de Deus trará da parte do Senhor as bênçãos de sabedoria
seu nome a ela, Ap 3.12. Vd também Is 1.26. (3); saúde (6); segurança (6); restauração (7); purificação (8);
e júbilo (11). A garantia destas promessas amoráveis é a pró­
33.18 Levitas. No futuro, serão cumpridas estas promessas a
pria pessoa do Senhor Jesus Cristo, que nos justifica pela
eles. 1) Gordura (31.14); 2) Haverá ofertas de ações de graças
aliança eterna (14-26).
(33.11); 3) Nem faltarão levitas; 4) Holocaustos, queime oferta
de manjares.. . todos os dias. Ofertas pelo pecado não são 34.1 Todos os povos. Quase todo o m undo é conhecido pelos
mencionadas, mas apenas ofertas de ações de graças. orientais.
JEREMIAS 34.4 1110
4 Todavia, ouve a palavra do Senhor, ó 34.5 voltar os servos e as servas que haviam despe­
g2Cr 16.14;
Zedequias, rei de Judá: Assim diz o Senhor Dn 2.46 dido forros, e os sujeitaram por servos e por
a teu respeito: Não morrerás à espada. servas.*
5 Em paz morrerás, e te queimarão perfu­ 12 Veio, pois, a palavra do Senhor a Je­
mes a ti, como se queimaram a teus pais, que, 34.7
remias, da parte do Senhor, dizendo:
como reis, te precederam, e te prantearão, di­ *2Rs 18.13; 13 Assim diz o Senhor, Deus de Israel:
zendo: Ah! Senhor! Pois eu é que disse a 2Cr 11.5,9 Eu fiz aliança com vossos pais, no dia em que
palavra, diz o S e n h o r . 9 os tirei da terra do Egito, da casa da servidão,
6 Falou Jeremias, o profeta, a Zedequias, dizendo:
rei de Judá, todas estas palavras, em Jeru­ 34.8 'Ex 21.2; 14 Ao fim de sete anos', libertareis cada
salém, Jr 25.14
um a seu irmão hebreu, que te for vendido a
7 quando o exército do rei da Babilônia ti e te houver servido seis anos, e despedi-lo-
pelejava contra Jerusalém e contra todas as ás forro; mas vossos pais não me obedeceram,
cidades que restavam de Judá, contra Laquis 34.9 nem inclinaram os seus ouvidos a mim.
/Lv 25.39-46
e contra Azeca; porque só estas ficaram das 15 Não há muito, havíeis voltado a fazer o
cidades fortificadas de Judá.h que é reto perante mim, apregoando liberdade
cada um ao seu próximo; e tínheis feito pe­
As ameaças de Deus 34.11 *Jr 34.21 rante mim aliança, na casa que se chama pelo
por causa da escravatura meu nome;m
8 Palavra que do Senhor veio a Jeremias, 16 mudastes, porém, e profanastes o meu
depois que o rei Zedequias fez aliança com 34.14 ^Ex 21.2; nome, fazendo voltar cada um o seu servo e
Dt 15.12
todo o povo de Jerusalém, para lhes apregoar cada um, a sua serva, os quais, deixados à
a liberdade:1 vontade, já tínheis despedido forros, e os su-
9 que cada um despedisse forro o seu jeitastes, para que fossem vossos servos e
34.15 servas."
servo e cada um, a sua serva, hebreu ou he-
” >2Rs 23.3;
bréia, de maneira que ninguém retivesse jr 7.10 17 Portanto, assim diz o Senhor: Vós não
como escravos hebreus, seus irmãos./ me obedecestes, para apregoardes a liberdade,
10 Todos os príncipes e todo o povo que cada um a seu irmão e cada um ao seu pró­
haviam entrado na aliança obedeceram, des­ ximo; pois eis que eu vos apregôo a liberdade,
34.16 "Ex 20.7
pedindo forro cada um o seu servo e cada um diz o Senhor, para a espada, para a peste e
a sua serva, de maneira que já não os retive­ para a fome; farei que sejais um espetáculo
ram como escravos; obedeceram e os despe­ horrendo para todos os reinos da terra.0 •
34.17
diram. oDt 28.25;
18 Farei aos homens que transgrediram a
11 Mas depois se arrependeram, e fizeram Jr 29.18; Gl 6.7 minha aliança e não cumpriram as palavras da

34.4 Zedequias. Morreu na prisão, na Babilônia, depois que raó. Porém, quando o perigo do cerco foi aliviado, os possu-
seus olhos foram arrancados por Nabucodonosor, em Ribla, dores de escravos renunciaram seu voto solene e incorrerar-.
no sul da Síria, ao norte da Palestina (39.7; 52 8 -1 1 ; na ira de Jeová contra eles.
2 Rs 2 5 .5 -7). 34.10 Despediram durante o cerco de Jerusalém.
34.5 Fala sobre as cerimônias honoríficas nas quais eram 34.11 Se arrependeram. O pecador se arrepende de fa2*r
queimadas especiarias, como parte do sepultamento de reis o bem.
falecidos. 34.16 Profanastes. Renegaram seu solene voto feito a Jeovi
34.7 Laquis. Atualmente Tel-el-Hesy, cerca de 37 quilôme­ no templo, profanando, assim, o Seu nome. Deixados à yot-
tros a sudoeste de Jerusalém. A destruição violenta desta ci­ tade. Lit segundo sua alma. Ao escravo era dado pela lei :
dade relata-se em inscrições babilônicas daquela época. direito de escolher entre ser libertado ou permanecer come
Azeca. Provavelmente cerca de 24 quilômetros a sudoeste de escravo do senhor, no fim do tempo prescrito de seis anos <*
Jerusalém (Js 10.11; 15.35; 1 Sm 17.1; Ne 11.30). serviço, quando a própria lei ordenava a sua libertação.

34.8,9 Lei da libertação de escravos (Êx 21.2. O escravo he­34.17 A retirada da graça de Deus nos deixaria nas mãos tk
breu do sexo masculino deveria ser solto após seis anos de Maligno.
serviço; Dt 15.12 estende a lei a mulheres hebréias escravas). 34.18 Passando.. . porções. Uma cerimônia que ratifica»*
Apregoar a liberdade. Expressão usada para se referir a liberta­ simbolicamente o acordo em torno de um pacto. As paras
ção de escravos no ano de Jubileu (Lv 25.10). Libertar os es­ contratantes passavam entre os pedaços divididos do anima
cravos hebreus provavelmente era plano do rei. O resultado invocando, sobre si mesmo, uma sorte semelhante, se deix»-
foi que o exército babilônico se afastou para defrontar-se sem de cum prir as condições estipuladas. A frase sobre a íe-
com o aliado de Judá, que se aproximava, o exército do Fa­ tura da aliança é, lit, 'cortar um pacto", o que, possivelmerat
1111 JEREMIAS 35.12
aliança que fizeram perante m im c o m o eles 34.18 dos filhos de Hanã, filho de Jigdalias, homem
pGn 15.10
fizeram c o m o bezerro que dividiram em duas de Deus, que está junto à câmara dos prínci­
partes, passando eles p elo m eio das duas pes e sobre a de Maaséias, filho de Salum,
porções ;P guarda do vestíbulo;1'
19 os príncipes de Judá, os príncipes de 34.20 <)Jr 7.33 5 e pus diante dos filhos da casa dos reca­
Jerusalém, os oficiais, os sacerdotes e todo o bitas taças cheias de vinho e copos e lhes
povo da terra, os quais passaram por meio das disse: Bebei vinho.
porções do bezerro, 6 Mas eles disseram: Não beberemos vi­
20 entregá-los-ei nas mãos de seus inimi­ 34.21 r|r 37.5 nho, porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso
gos e nas mãos dos que procuram a sua morte, pai, nos ordenou: Nunca jamais bebereis vi­
e os cadáveres deles servirão de pasto às aves nho, nem vós nem vossos filhos;lv
dos céus e aos animais da terra, i 34.22 sjr 9.11
7 não edificareis casa, não fareis semen­
21 A Zedequias, rei de Judá, e a seus prín­ teiras, não plantareis, nem possuireis vinha
cipes, entregá-los-ei nas mãos de seus inimi­ alguma; mas habitareis em tendas todos os
gos e nas mãos dos que procuram a sua morte, vossos dias, para que vivais muitos dias sobre
nas mãos do exército do rei da Babilônia, que 35.1 a terra em que viveis peregrinando.*
já se retiraram de vós/ f 2Rs 23.36-24.6; 8 Obedecemos, pois, à voz de Jonadabe,
2Cr 36.5-7
22 Eis que eu darei ordem, diz o Se n h o r , filho de Recabe, nosso pai, em tudo quanto
e os farei tomar a esta cidade, e pelejarão nos ordenou; de maneira que não bebemos
contra ela, tomá-la-ão e a queimarão; e as vinho em todos os nossos dias, nem nós, nem
cidades de Judá porei em assolação, de sorte 35.2 «1 Rs 6.5; nossas mulheres, nem nossos filhos, nem nos­
que ninguém habite nelas.5 2Rs 10.15; sas filhas;
1Cr 2.55
9 nem edificamos casas para nossa habita­
A fidelidade dos recabitas ção; não temos vinha, nem campo, neip
O ^ Palavra que do S e n h o r veio a Jere- semente.
J J mias, nos dias de Jeoaquim', filho 35.4 v2Rs 12.9; 10 Mas habitamos em tendas, e, assim,
de Josias, rei de Judá, dizendo: 1Cr 9.18-19 obedecemos, e tudo fizemos segundo nos or­
2 Vai à casa dos recabitas, fala com eles, denou Jonadabe, nosso pai.
leva-os à Casa do S e n h o r , a uma das câma­ 11 Quando, porém, Nabucodonosor, rei da
ras, e dá-lhes vinho a beber.u Babilônia, subia a esta terra, dissemos: Vinde,
35.6
3 Então, tomei a Jazanias, filho de Jere­ »2Rs 10.15
e refugiemo-nos em Jerusalém, por causa do
mias, filho de Habazinias, aos irmãos, e a exército dos caldeus e dos siros; e assim fica­
todos os filhos dele, e a toda a casa dos reca­ mos em Jerusalém.
bitas; 12 Então, veio a palavra do S e n h o r a Je­
4 e os levei à Casa do Se n h o r , à câmara 35.7 *Ex 20.12 remias, dizendo:

se refere ao costume acima. Gn 1 5.8 -17 é a aliança mais dote, em 52.24. Guarda do vestíbulo. Havia três oficiais, um
notável deste tipo. • N. Hom. O cap 34 nos mostra que até para cada portão do templo. Só eram menos importantes que
a sorte dos reis depende da sua obediência à vontade de Deus o sumo sacerdote e seu representante (52.24). Estavam en­
(1 -5 ), e que esta vontade deve, em geral, imperar nas leis carregados de cuidar do dinheiro destinado à restauração do
cívicas da nação, 8 -1 1 ; a chave da compaixão humana é o templo (2 Rs 12.9).
amor que o próprio Deus mostra para com pessoas fracas e 3 5.6 -1 0 Vd 2 Rs 10.15-28. Os recabitas afirmavam que a
escravizadas, 12-2 2 . Nos capítulos 3 5 -3 6 regressamos ao vida fácil em Canaã impedia a pureza de adoração a Jeová.
reinado de Jeoaquim. Cronologicamente, seguem-se ao capí­ Portanto, voltaram ao modo de vida no deserto, vivendo em
tulo 26. tendas, sendo pastores, e abstendo-se do vinho por motivos
35.2 Recabitas. Vd 2 Sm 4.2. Eram descendentes de Hobabe, simbólicos (não por convicções religiosas). O uso que Jere­
cunhado de Moisés. Eram queneus, não eram adoradores de mias fez deles, como uma ilustração, tinha a intenção de mos­
ídolos, mas foram com Israel para Canaã. Estabeleceram-se trar como alguns homens são mais fiéis às doutrinas humanas
no sul de judá, perto do deserto de Cades. Eram nômades do que Israel o era aos mandamentos de Jeová.
()z 1.16; Sm 15.6; 27.10). Câmaras. Arranjadas em torno dos 35.6 lonadabe.. . nosso pai. Usada no mesmo sentido que os
átrios do templo, como despensas; parcialmente como resi­ discípulos dos profetas eram chamados de "filhos dos pro­
dências para sacerdotes (1 Cr 9.27; Ez40.17; Ne 10.37-39). fetas".
35.4 Homem de Deus, refere-se a Hanã como "profeta" 35.11 Siros. Eram os arameus que, após a rebelião de Jeoa­
(1 Rs 12.22). Maaséias. Provavelmente pai de Sofonias (21.1; quim contra Nabucodonosor, invadiram Judá para tornar de­
29.25; 37.3), o qual é mencionado como o segundo sacer­ solada a nação (2 Rs 24.2; Jz 10.6; Gn 25.20).
JEREMIAS 35.13 1112
13 Assim diz o S e n h o r dos Exércitos, o 35.13 yjr 32.33 todos os seus preceitos, e tudo fizestes se­
Deus de Israel: Vai e dize aos homens de Judá gundo vos ordenou,
e aos moradores de Jerusalém: Acaso, nunca 19 por isso, assim diz o S e n h o r dos Exér­
aceitareis a minha advertência para obedecer- 35.14 citos, o Deus de Israel: Nunca faltará homem
des às minhas palavras? — diz o S e n h o r , y ^ 2 0 36.15 a Jonadabe, filho de Recabe, que esteja na
14 As palavras de Jonadabe, filho de Re- minha presença.c
cabe, que ordenou a seus filhos não bebessem
vinho, foram guardadas; pois, até ao dia de 0 rolo de Jeremias é lido no templo
35.15 o|r 7.25
hoje, não beberam; antes, obedecem às ordens n t N° quarto ano de Jeoaquimd, filho
de seu pai; a mim, porém, que, começando de «D U de Josias, rei de Judá, veio esta pala­
madrugada, vos tenho falado, não me obede­ vra do S e n h o r a Jeremias, dizendo:
35.17 i>Pv 1.24;
cestes.2 2 Toma um rolo, um livro, e escreve nele
lr 7.13
15 Começando de madrugada, vos tenho todas as palavras que te falei contra Israel,
enviado todos os meus servos, dizendo: Con­ contra Judá e contra todas as nações, desde o
dia em que te falei, desde os dias de Josias até
vertei-vos agora, cada um do seu mau cami­ 35.19 cjr 15.19 hoje.e
nho, fazei boas as vossas ações e não sigais a
3 Talvez ouçam os da casa de Judá todo o
outros deuses para servi-los; assim ficareis na
mal que eu intento fazer-lhes e venham a
terra que vos dei a vós outros e a vossos pais;
36.1 d2Rs 24.1; converter-se cada um do seu mau caminho, e
mas não me inclinastes os ouvidos, nem me
2 0 36.5-7; eu lhes perdoe a iniqüidade e o pecado/
obedecestes a mim.0 Dn 1.1-2
4 Então, Jeremias chamou a Baruque, fi­
16 Visto que os filhos de Jonadabe, filho lho de Nerias; escreveu Baruque no rolo, se­
de Recabe, guardaram o mandamento de seu gundo o que ditou Jeremias, todas as palavras
pai, que ele lhes ordenara, mas este povo não que a este o Se n h o r havia revelado. 9
36.2 eis 8.1;
me obedeceu, Ez2.9 5 Jeremias ordenou a Baruque, dizendo:
17 por isso, assim diz o S e n h o r , o Deus Estou encarcerado; não posso entrar na Casa
dos Exércitos, o Deus de Israel: Eis que trarei do Se n h o r .
sobre Judá e-sebre todos os moradores de 6 Entra, pois, tu e, do rolo que escreveste.
3 6 .3 'Ir 18.8
Jerusalém todo o mal que falei contra eles; segundo o que eu ditei, lê todas as palavras
pois lhes tenho falado, e não me obedeceram, do S e n h o r , diante do povo, na Casa do
clamei a eles, e não responderam.b S e n h o r , no dia de jejum; e também as lerás
36.4 g|r 32.12
18 A casa dos recabitas disse Jeremias: diante de todos os de Judá que vêm das suas
Assim diz o Se n h o r dos Exércitos, o Deus cidades.h
de Israel: Pois que obedecestes ao manda­ 7 Pode ser que as suas humildes súplicas
mento de Jonadabe, vosso pai, e guardastes 36.6 hLv 16.29 sejam bem acolhidas pelo S e n h o r , e cada um

35.13 Vai. Essas palavras seguintes não foram proferidas nas cativeiro. O rei procurou destruir a palavra de Deus (36.23)
câmaras, mas provavelmente, em um dos átrios do templo, mas Deus a preservou (36.28,32). Na sua inspiração, a pala­
perante o povo reunido. vra era de Deus; a boca que proferira as palavras fora a de
Jeremias; a pena que as registrou fora a de Baruque (32.12.
35.14 Até ao dia de hoje, ou 300 anos ininterruptos de fideli­
cf 4.4). josias, até hoje, as profecias de 23 anos de ministério.
dade aos ensinos de jonadabe. Este gozava de alta estima
desde os tempos de Jeú, em 841 a.C. • N. Hom. O cap 35 36.5 Encarcerado, não na prisão (19,26). A mesma palavra
ensina-nos a fé combinada com a obediência, que formam a que ocorre em 33.1. Talvez tivesse sido proibido entrar na
soma chamada "fidelidade". Preceitos humanos, porém com área do tem plo, desde o sermão do tem plo (7 .1 -15
intentos de uma adoração mais pura de Deus, seguiram-se à 26.1 -6 ), ou por causa de impureza cerimonial.
risca durante muitos séculos, 6 -1 1 . A família dos recabitas viu 36.6 Dia de jejum. Provavelmente um dia especialmente de­
nisto sua razão de ser. M uito mais, pois, o povo de Deus, signado, devido a uma crise ou seca. Tempo, 604 a.C
fundamentado sobre as alianças de Deus, especialmente a quando Nabucodonosor avançava contra Asquelom. O Mis-
nova aliança firm ada na pessoa de Jesus Cristo hnah diz que nenhuma chuva havia caído até o primeiro día
(cf 1 Co 11.25) deve refletir a natureza e a vontade de Cristo de Quisleu (novembro-dezembro), quando um jejum de três
em toda a sua doutrina, suas atitudes e suas ações dias foi observado; jeremias aproveitou uma ocasião quando
(comp 13-17, com Jo 14.15; 15.10). havia grande número de pessoas no templo. Na lei, o único
36.3 Escreve. Este capítulo registra o ato de escrever pelo me­ jejum fixado era o dia da Expiação, no sétimo mês.
nos parte do livro de jeremias. Por Dn 9.2, sabemos que Da­ 36.7 Bem acolhidas, lit "suas súplicas cairão", isto é, cairãc
niel leu alguns dos escritos de Jeremias, no fim dos 70 anos de perante os olhos de |eová, sendo ouvidas e aceitas por Ele.
1113 JEREMIAS 36.24
se converta d o seu mau cam inho; porque 36.7 'jr 36.3 Baruque, filho de Nerias, tomou o rolo consi­
grande é a ira e o furor que o S e n h o r tem go e veio ter com eles.
manifestado contra este p o v o .1
' 15 Disseram-lhe: Assenta-te, agora, e lê-o
8 Fez Baruque, filho de Nerias, segundo para nós. E Baruque o leu diante deles.
tudo quanto lhe havia ordenado Jeremias, o 16 Tendo eles ouvido todas aquelas pala­
profeta, e leu naquele livro as palavras do vras, entreolharam-se atemorizados e disseram
S e n h o r , na Casa do S e n h o r . a Baruque: Sem dúvida nenhuma, anunciare­
9 No quinto ano de Jeoaquim, filho de Jo­ mos ao rei todas estas palavras.
sias, rei de Judá, no mês nono, apregoaram 17 E perguntaram a Baruque, dizendo: De-
jejum diante do S e n h o r a todo o povo em clara-nos, como escreveste isto? Acaso, te di­
Jerusalém, como também a todo o povo que tou o profeta todas estas palavras?
vinha das cidades de Judá a Jerusalém. 18 Respondeu-lhes Baruque: Ditava-me
10 Leu, pois, Baruque naquele livro as pa­ pessoalmente todas estas palavras, e eu as es­
lavras de Jeremias na Casa do S e n h o r , na crevia no livro com tinta.
câmara de Gemarias, filho de Safã, o escriba, 19 Então, disseram os príncipes a Baruque:
no átrio superior, à entrada da Porta Nova da Vai, esconde-te, tu e Jeremias; ninguém saiba
Casa do S e n h o r , diante de todo o povo./ onde estais.
36.10 i|[ 26.10 O rei lança o rolo no fogo
O rolo é lido diante dos príncipes
20 Foram os príncipes ter com o rei ao átrio,
11 Ouvindo Micaías, filho de Gemarias, depois de terem depositado o rolo na câmara
filho de Safã, todas as palavras do Senhor, de Elisama, o escrivão, e anunciaram diante
naquele livro, do rei todas aquelas palavras.
12 desceu à casa do rei, à câmara do escri­ 21 Então, enviou o rei a Jeudi, para que trou­
vão. Eis que todos os príncipes estavam ali xesse o rolo; Jeudi tomou-o da câmara de
assentados: Elisama, o escrivão, Delaías, fi­ Elisama, o escrivão, e o leu diante do rei e de
lho de Semaías, Elnatã, filho de Acbor, Ge­ todos os príncipes que estavam com ele.
marias, filho de Safã, Zedequias, filho de 22 O rei estava assentado na casa de inver­
Hananias, e todos os outros príncipes. no, pelo nono mês, e diante dele estava um
13 Micaías anunciou-lhes todas as pala­ braseiro aceso.k
vras que ouvira, quando Baruque leu o livro 23 Tendo Jeudi lido três ou quatro folhas
diante do povo. do livro, cortou-o o rei com um canivete de
14 Então, todos os príncipes mandaram escrivão e o lançou no fogo que havia no bra­
Jeudi, filho de Netanias, filho de Selemias, seiro, e, assim, todo o tolo se consumiu no
filho de Cusi, dizer a Baruque: O rolo que fogo que estava no braseiro.
leste diante do povo, toma-o contigo e vem. 36.22 *Am 3.15 24 Não se atemorizaram, não rasgaram as

36.9 Mês nono. O mês que se iniciou a 4 de dezembro de 36.16 Entreolharam-se ou espantaram-se. Pelas expressões e
605 a.C. Os meses israelitas sempre começam em dias dife­ gestos, e por suas palavras, demonstram temor mútuo.
rentes quando comparados com o nosso calendário. (Vd
36.18 Tinta. Feita de uma mistura de negro cor de fumo com
Nota de 2 Cr 5.3).
goma aquosa. As cartas de Laquis mostram uma tinta cujo
36.10 Câmara de Gemarias. Vd 35.2. Gemarias era um dos teste exibe possíveis sinais de ferro, seiva de carvalho e cobre.
escribas particulares dos reis, um importante ministro de Es­ Livro. Naquela época, era na forma de um rolo de pergami­
tado (1 Rs 4.3; Is 37.2). Era príncipe, e provavelmente irmão nho, feito de couro de ovelhas.
de Aicã, filho de Safã (amigo e protetor de Jeremias. Vd
36.20 Átrio. Um átrio aberto, no interior do palácio.
26.24n). Safã foi aquele que, 18 anos antes, havia trazido e
lido o rolo de Deuteronômio a |osias, depois que fora desco­ 36.22 Casa de inverno. A parte mais bem abrigada da casa
berto pelo sumo sacerdote Hilquias, no tem plo era chamada "casa de inverno", e a parte mais ventilada era
(2 Rs 22.8-10). Porta Novae príncipes, 12 Vd 26.10n. chamada "casa de verão". Durante o frio e o mês chuvoso de
dezembro, um braseiro com brasas era posto no centro do
36.12 Câmara do escrivão.. . Elisama. O Secretário de Estado,
aposento para aquecê-lo.
seu escritório era ponto de reunião dos príncipes.
36.14 jeudi. É incomum que três gerações se tivessem dedi­ 36.23 Cortou-o. O verbo subentende uma ação repetida: "fi­
cado a esse cargo secundário. Possivelmente porque Cusi cou cortando". O rei queim ou-o pedaço a pedaço.
(que quer dizer "etíope") deixa inferido que ele era de origem 36.24 Registra-se aqui o endurecimento do coração de um
etíope, que adorava a Jeová. Nesse caso, ele ou seus pais se povo que, ao ouvir a palavra de Deus, não se sente comovido
tinham tornado judeus naturalizados. nem arrependido.
JEREMIAS 36.25 1114
vestes, nem o rei nem nenhum dos seus ser­ 36.24 Judá, queimara; e ainda se lhes acrescentaram
I2 R S 2 2 .U
vos que ouviram todas aquelas palavras.' muitas palavras semelhantes.
25 Posto que Elnatã, Delaías e Gemarias
tinham insistido com o rei que não queimasse Jeremias na prisão
o rolo, ele não lhes deu ouvidos. O '“l Zedequias, filho de Josias e a quem
26 Antes, deu ordem o rei a Jerameel, fi­ / Nabucodonosor, rei da Babilônia,
36.30 m|r 22.19
lho de Hameleque, a Seraías, filho de Azriel, constituíra rein na terra de Judá, reinou em
e a Seletnias, filho de Abdeel, que prendes­ lugar de Conias, filho de Jeoaquim.
sem a Baruque, o escrivão, e a Jeremias, o 2 Mas nem ele, nem os seus servos, nem o
profeta; mas o Senhor os havia escondido. povo da terra deram ouvidos às palavras do
Senhor que falou por intermédio de Jere­
37.1
Baruque reescreve o rolo mias, o profeta.0
"2Rs 24.17;
27 Então, veio a Jeremias a palavra do 2Cr 36.10 3 Contudo, mandou o rei Zedequias a Ju-
Senhor, depois que o rei queimara o rolo cal, filho de Selemias, e ao sacerdote Sofo-
com as palavras que Baruque escrevera dita­ nias, filho de Maaséias, ao profeta Jeremias,
das por Jeremias, dizendo; para lhe dizerem: Roga por nós ao Senhor.
28 Toma outro rolo e escreve nele todas as nosso Deus.P
palavras que estavam no original, que Jeoa­ 37.2 °2Cr 36.12 4 Jeremias andava livremente entre o
quim, rei de Judá, queimou. povo, porque ainda o não haviam encar­
29 E a Jeoaquim, rei de Judá, dirás: Assim cerado.
diz o Senhor; Tu queimaste aquele rolo, di­ 5 O exército de Faraó saíra do Egito; e.
zendo: Por que escreveste nele que certa­ quando os caldeus, que sitiavam Jerusalém,
mente viria o rei da Babilônia, e destruiria 37.3 P|r 21.1-2 ouviram esta notícia, retiraram-se dela.1?
esta terra, e acabaria com homens e animais 6 Então, veio a Jeremias, o profeta, a pala­
dela? vra do Senhor:
30 Portanto, assim diz o Senhor, acerca 7 Assim diz o Senhor, Deus de Israel-
de Jeoaquim, rei de Judá: Ele não terá quem Assim direis ao rei de Judá, que vos enviou a
se assente no trono de Davi, e o seu cadáver 37.5 <j2Rs 24.7; mim, para me consultar: Eis que o exército de
será largado ao calor do dia e à geada da Ez 17.15 Faraó, que saiu em vosso socorro, voltara
noite.m para a sua terra, no Egito/
31 Castigá-lo-ei, e à sua descendência, e 8 Retomarão os caldeus, pelejarão contra
aos seus servos por causa da iniqüidade deles; esta cidade, tomá-la-ão e a queimarão.5
sobre ele, sobre os moradores de Jerusalém e 9 Assim diz o Senhor: Não vos enganes
sobre os homens de Judá farei cair todo o mal 37.7'Ir21.2 a vós mesmos, dizendo: Sem dúvida, se iiãc
que tenho falado contra eles, e não ouviram. os caldeus de nós; pois, de fato, não se reti­
32 Tomou, pois, Jeremias outro rolo e o rarão.
deu a Baruque, filho de Nerias, o escrivão, o 10 Porque, ainda que derrotásseis a todo c-
qual escreveu nele, ditado por Jeremias, todas exército dos caldeus, que pelejam contra vós
as palavras do livro que Jeoaquim, rei de 37.8 sjr 34.22 outros, e ficassem deles apenas homens mor-

36.26 Silenciar a voz que quer talar à consciência é o cami­ acontecimentos deste capítulo seguem os do cap 21,
nho falso dos pagãos, que pensam em obter assim a paz de qual o mensageiro se aproximou de Jeremias, quando o exc-
espírito. cito de Nabucodonosor se avizinhava de Jerusalém. Agorí :
cerco já havia começado e fora suspenso quando Nabucoc»
36.28 A palavra de Deus não se deixa emudecer por meios
nosor se afastou para o sul, saindo ao encontro do exém n
humanos.
egípcio que se aproximava. As esperanças do povo de o l í
36.30 Vd nota em 22.24,30. Ceada. É comum na altitude de seria livrado haviam sido excitadas por essa retirada.
Jerusalém, no inverno.
37.5 Faraó. Conhecido como Hofra (44.30). O historiadx
37.1 Comp com o capítulo 21. Zedequias. 5 9 7 -5 8 7 a.C.; foi grego, Heródoto, chamava-o de Apries, enquanto em m ont-
colocado no trono depois que os líderes do povo de Judá mentos, seu nome aparece como "Uah-ab-Ra".
foram levados ao cativeiro (2 Rs 24.10-19). 3 7.6 -1 0 A mensagem de Jeremias não seria popular, mas * n
37.3 Maaséias. Vd 35.4n. jucal. Em 38.4 ele propôs, junta­ a verdade que não dependia de aparências externas, nen- *
m ente com outros, que Jeremias fosse m orto. Os desejos humanos.
1115 JEREMIAS 38.4
talmente feridos, cada um se levantaria na sua 37.10 tjr 21.4-5 19 Onde estão agora os vossos profetas,
tenda e queimaria esta cidade.' que vos profetizavam, dizendo: O rei da Ba­
11 Tendo-se retirado o exército dos cal­ bilônia não virá contra vós outros, nem contra
deus de Jerusalém, por causa do exército de esta terra?
Faraó,u 37.11 ujr 37.5 20 Agora, pois, ouve, ó rei, meu senhor:
12 saiu Jeremias de Jerusalém, a fim de ir Que a minha humilde súplica seja bem aco­
à terra de Benjamim, para receber o quinhão lhida por ti, e não me deixes tomar à casa de
de uma herança que tinha no meio do povo. Jônatas, o escrivão, para que eu não venha a
13 Estando ele à Porta de Benjamim, morrer ali.
37.15 vjr 38.26
achava-se ali um capitão da guarda, cujo 21 Então, ordenou o rei Zedequias que pu­
nome era Jerias, filho de Selemias, filho de sessem a Jeremias no átrio da guarda; e, cada
Hananias, capitão que prendeu a Jeremias, o dia, deram-lhe um pão da Rua dos Padeiros,
profeta, dizendo: Tu foges para os caldeus. até acabar-se todo pão da cidade. Assim ficou
14 Disse Jeremias: É mentira, não fujo 37.16 w|r 38.6 Jeremias no átrio da guarda. *
para os caldeus. Mas Jerias não lhe deu ouvi­
dos; prendeu a Jeremias e o levou aos prín­ O etíope Ebede-Meleque
cipes. salva Jeremias da cisterna
15 Os príncipes, irados contra Jeremias, O Q Ouviu, pois, Sefatias, filho de Matã,
açoitaram-no e o meteram no cárcere, na casa
37.21 *Jr 32.2
.3 O e Gedalias, filho de Pasur, e Jucal,
de Jônatas, o escrivão, porque a tinham trans­ filho de Selemias, e Pasur, filho de Malquias,
formado em cárcere.v as palavras que Jeremias anunciava a todo o
16 Tendo Jeremias entrado nas celas do povo, dizendo:)'
calabouço, ali ficou muitos dias.*v 38.1 yjr 21.1 2 Assim diz o Senhor: O que ficar nesta
17 Mandou o rei Zedequias trazê-lo para cidade morrerá à espada, à fome e de peste;
sua casa e, em secreto, lhe perguntou: Há mas o que passar para os caldeus viverá; por­
alguma palavra do Senhor? Respondeu Jere­ que a vida lhe será como despojo, e viverá.z
mias: Há. Disse ainda: Nas mãos do rei da 3 Assim diz o Senhor: Esta cidade infali­
38.2 ^Jr 21.9
Babilônia serás entregue. velmente será entregue nas mãos do exército
18 Disse mais Jeremias ao rei Zedequias: do rei da Babilônia, e este a tomará.0
Em que pequei contra ti, ou contra os teus 4 Disseram os príncipes ao rei: Morra este
servos, ou contra este povo, para que me pu- homem, visto que ele, dizendo assim estas
sesses na prisão? 38.3 ojr21.10 palavras, afrouxa as mãos dos homens de

37.12 Herança. Possivelmente o que ele comprara (32.9), em cerca de 604 a.C. Os deste capítulo pertencem a 588 até
Anatote, no território benjamita, ou para assegurar sua parti­ 586 a.C.
lha numa redistribuição das terras comunais ou produtos das 37.16 Celas. Ocorre na Bíblia somente neste versículo. A pa­
terras dos sacerdotes. lavra significa abóbada, barraca, lojas. Trata-se de construção
37.13 Porta de Benjamim. No muro norte da cidade, que le­ subterrânea.
vava ao território de Benjamim. Capitão da guarda. Um senti­ 37.17 Secreto. Sinal da impopularidade de Jeremias perante
nela, encarregado do dever de observar aqueles que os príncipes que controlavam o rei. Em 38.5, o rei entrega o
passavam pelo portão. Sua posição, apropriada para os que profeta nas mãos dos poderosos príncipes. Em 38.7, o rei dá
queriam entregar-se aos caldeus, sujeitou Jeremias à acusação ouvidos ao apelo de um etíope em favor da vida de Jeremias.
de traição (21.9).
37.21 Um pão. Um bolo chato e arredondado, de farinha
37.15 Cárcere. Jeremias experimentou cinco tipos de aprisio-
inferior, com cerca de 23 centímetros de diâmetro e 2,5 cen­
namento: 1) Foi aprisionado sob a falsa acusação de traição
tímetros de espessura, semelhante aos pães sírios que existem
e lançado na cova (37.11-15); 2) Foi-lhe permitido sair da
na praça. Rua dos Padeiros. Na antiga Jerusalém, como atual­
cova para permanecer na corte com guardas (21); 3) Foi
mente, dentro dos muros, certas ruas eram separadas para
posto na cova lamacenta de Malaquias (38.6); 4) Novamente
determinadas atividades.
foi solto e mantido no pátio da prisão (38.10-13); 5) Foi
levado para fora da cidade, em cadeias, por Nebuzaradã, ca­ 38.1 O mesmo Pasur de 21.1. Gedalias, provavelmente filho
pitão da guarda, e finalmente solto em Ramá (40.1-4). E de Pasur, que pusera Jeremias no tronco (20.1 ss). O novo
também esteve aprisionado no tronco (20.2). Príncipes.. . jô- aprisionamento de Jeremias facilitou uma vez mais a propaga­
natas, o escrivão. Esses não são os príncipes amigos, e Safã, ção de sua mensagem (comp Fp 1.12-14).
que aparecem no capítulo anterior, que mui provavelmente 38.4 "Por que ninguém mata a Jeremias?", ele afrouxa as
estavam exilados na Babilônia ou haviam m orrido. mãos. A última frase encontra-se nas cartas de Laquis, escritas
Os acontecimentos do capítulo anterior se desenrolaram em 18 meses antes dos acontecimentos deste capítulo. A carta de
JEREMIAS 38.5 1116
38.4 bjr 26.11 13 Puxaram a Jeremias com as cordas e o
guerra que restam nesta cidade e as mãos de
todo o povo; porque este homem não procura tiraram da cisterna; e Jeremias ficou no átrio
o bem-estar para o povo, e sim o mal.tl da guarda.e
5 Disse o rei Zedequias: Eis que ele está
nas vossas mãos; pois o rei nada pode contra 38.6 cjr 37.21
Zedequias consulta o profeta
vós outros. 14 Então, o rei Zedequias mandou trazer o
6 Tomaram, então, a Jeremias e o lança­ profeta Jeremias à sua presença, à terceira
ram na cisterna de Malquias, filho do rei, que entrada na Casa do Se n h o r , e lhe disse:
estava no átrio da guarda; desceram a Jere­ Quero perguntar-te uma coisa, nada me en­
mias com cordas. Na cisterna não havia água, 38.7 d]r 39.16
cubras.
senão lama; e Jeremias se atolou na lama.c
15 Disse Jeremias a Zedequias: Se eu ta
7 Ouviu Ebede-Meleque, o etíope, eunuco
disser, porventura, não me matarás? Se eu te
que estava na casa do rei, que tinham metido
aconselhar, não me atenderás.
a Jeremias na cisterna; ora, estando o rei as­
38.13 e|r 37.21 16 Então, Zedequias jurou secretamente a
sentado à Porta de Benjamim/
Jeremias, dizendo: Tão certo como vive o
8 saiu Ebede-Meleque da casa do rei e lhe
S e n h o r , que nos deu a vida, não te matarei,
falou:
nem te entregarei nas mãos desses homens
9 Ó rei, senhor meu, agiram mal estes ho­
que procuram tirar-te a vida.f
mens em tudo quanto fizeram a Jeremias, o
profeta, que lançaram na cisterna; no lugar
3 8 .1 6 'Is 57.16 17 Então, Jeremias disse a Zedequias: As­
onde se acha, morrerá de fome, pois já não há sim diz o S e n h o r , o Deus dos Exércitos,
pão na cidade. Deus de Israel: Se te renderes voluntaria­
10 Então, deu ordem o rei a Ebede-Mele­ mente aos príncipes do rei da Babilônia, en­
que, o etíope, dizendo: Toma contigo daqui tão, viverá tua alma, e esta cidade não se
38.17
trinta homens e tira da cisterna o profeta Jere­ s2Rs 24.12 queimará, e viverás tu e a tua casa. 9
mias, antes que morra. 18 Mas, se não te renderes aos príncipes
11 Tomou Ebede-Meleque os homens do rei da Babilônia, então, será entregue esta
consigo, e foi à casa do rei, por debaixo da cidade nas mãos dos caldeus, e eles a queima­
tesouraria, e tomou dali umas roupas usadas e rão, e tu não escaparás das suas mãos.'1
38.18 f>|r 32.4
trapos, e os desceu a Jeremias na cisterna, por 19 Disse o rei Zedequias a Jeremias: Re­
meio de cordas. ceio-me dos judeus que se passaram para os
12 Disse Ebede-Meleque, o etíope, a Jere­ caldeus; não suceda que estes me entreguem
mias: Põe agora estas roupas usadas e estes nas mãos deles, e eles escarneçam de mim.'
trapos nas axilas, calçando as cordas; Jere­ 38.19
20 Disse Jeremias: Não te entregarão;
mias o fez. ilSm 31.4 ouve, te peço, a palavra do S e n h o r , segundo

um capitão do exército ao seu comandante, queixando-se do como Juiz supremo do povo, ou observando as defesas da
efeito da carta do rei que enfraquecia os ânimos ou as mãos. cidade sitiada.
Restam. Depreende-se desse versículo e do v 19, que muitos 38.12 Axilas. As cordas foram postas onde mais provavel­
já haviam passado para o lado dos caldeus. Comp 26.11. mente cortariam o profeta em resultado do peso de seu
corpo.
38.6 Cisterna, lerusalém tinha muitas cisternas que eram usa­ 38.14 Terceira entrada. Provavelmente idêntica à que é cha­
das para conservar água de chuva para os meses secos de mada de "entrada real" (2 Rs 16.18). Provavelmente uma en­
maio a outubro. Neste caso, a ocasião foi pouco antes dos trada particular, do palácio para o templo. Perguntar-te.
babilônios terem feito uma brecha nos muros de lerusalém, Muitos consultam aos servos de Deus mas poucos querem
em agosto de 587 a.C. A morte era o objetivo dos príncipes, seguir à risca seus conselhos.
ainda que, talvez, não quisessem a culpa de terem derramado
38.15 Não me atenderás. Jeremias estava familiarizado com o
o sangue de Jeremias (cf M t 23.37 e Cn 37.22).
caráter fraco do rei, especialmente ao enfrentar a oposição
dos príncipes (exemplo, o v 5).
38.7 Ebede-Meleque. Tal nome significa escravo do rei. Estes
escravos particulares tinham muita influência (Ne 2.1 -6 ). Seu 38.16 Secretamente. Vd 37.17n.
dever, provavelmente, consistia em cuidar do pátio e do ha­ 38.19 Receio-me. Era um rei assaltado por temores que o
rém, segundo o costume oriental. Ironicamente, um profeta forçavam a ter encontros secretos com o profeta, que o leva­
foi salvo por um escravo estrangeiro de morrer nas mãos dos vam a temer que seus súditos já tivessem rendido. Esses te­
próprios compatriotas, eles que eram reputados por povo es­ mores imobilizavam-no de tal m odo que ele não podia seguir
colhido de Deus. Assentado à Porta. O rei estava assentado ali o conselho de Deus.
1117 JEREMIAS 39.7
a qual eu te falo; e bem te irá, e será poupada 38.23 /)r 39.6 Nabucodonosor toma Jerusalém
a tua vida. 2Rs 24.20-25.12; 2Cr 36.17-21; Jr 52.1-16
21 Mas, se não quiseres sair, esta é a pala­ O Q Foi tomada Jerusalém. Era o ano
vra que me revelou o S e n h o r : J y nono de Zedequias, rei de Judá, no
22 Eis que todas as mulheres que ficaram mês décimo, quando veio Nabucodonosor, rei
na casa do rei de Judá serão levadas aos prín­ 38.26 kjr 37.15
da Babilônia, e todo o seu exército, contra
cipes do rei da Babilônia, e elas mesmas di­ Jerusalém, e a cercaram;m
rão: Os teus bons amigos te enganaram e
2 era o undécimo ano de Zedequias, no
prevaleceram contra ti; mas, agora que se ato­
quarto mês, aos nove do mês, quando se fez
laram os teus pés na lama, voltaram atrás.
uma brecha na cidade.
23 Assim, a todas as tuas mulheres e a 3 8 .2 8 1Ez 33.21 3 Então, entraram todos os príncipes do
teus filhos levarão aos caldeus, e tu não esca-
rei da Babilônia e se assentaram na Porta do
parás das suas mãos; antes, pela mão do rei da
Meio: Nergal-Sarezer, Sangar-Nebo, Sarse-
Babilônia serás preso; e por tua culpa esta
quim, Rabe-Saris, Nergal-Sarezer, Rabe-Ma-
cidade será queimada./
gue e todos os outros príncipes do rei da
24 Então, disse Zedequias a Jeremias:
39.1 Babilônia.0
Ninguém saiba estas palavras, e não morrerás. '"2Rs 15.1-4
25 Quando, ouvindo os príncipes que falei 4 Tendo-os visto Zedequias, rei de Judá,
contigo, vierem a ti e te disserem: Declara- e todos os homens de guerra, fugiram e, de
nos agora o que disseste ao rei e o que ele te noite, saíram da cidade, pelo caminho do jar­
disse a ti, nada nos encubras, e não te mata­ dim do rei, pela porta que está entre os dois
remos, muros; Zedequias saiu pelo caminho da
39.3 " ]r 38.17 campina.0
26 então, lhes dirás: Apresentei a minha
humilde súplica diante do rei para que não me 5 Mas o exército dos caldeus os perseguiu
fizesse tomar à casa de Jônatas, para mor­ e alcançou a Zedequias nas campinas de Je­
rer ali.* rico; eles o prenderam e o fizeram subir a
27 Vindo, pois, todos os príncipes a Jere­ Ribla, na terra de Hamate, a Nabucodonosor,
mias, e, interrogando-o, declarou-lhes se­ 39.4 °2Rs 25.4 rei da Babilônia, que lhe pronunciou a sen­
gundo todas as palavras que o rei lhe havia tença. p
ordenado; e o deixaram em paz, porque da 6 O rei da Babilônia mandou matar, em
conversação nada transpirara. Ribla, os filhos de Zedequias à vista deste;
28 Ficou Jeremias no átrio da guarda, até também matou a todos os príncipes de Judá.
ao dia em que foi tomada Jerusalém'. 39.5 p2Rs 23.33 7 Vazou os olhos a Zedequias e o atou

38.21 Revelou. Dado na forma de uma visão (24.1). 0 v 22 é assassinato de Evil-Merodaque (560 a.C.), se apoderou do
a visão das mulheres zombando do rei, ao deixarem o trono.
palácio.
3 9 .4 -1 0 Essa seção contém alguns acontecimentos que tive­
38.22 As mulheres que ficaram. Dez mil pessoas, inclusive sa­ ram lugar um mês mais tarde (1 Rs 25.8-12; 5 2.12-16).
cerdotes, técnicos, e autoridades, foram levadas juntamente
com Joaquim, em 597 a.C. 2 Rs 24.1 0-1 7 . Atolaram. Con­ 39.4 Porta.. . dois muros. No lado sul da cidade. O jardim do
forme sucedera há pouco a Jeremias, na cisterna. • N. Hom. rei ficava próxim o do poço de Siloé (Ne 3.15), sendo conhe­
O cap 38 nos mostra quantas vezes o interesse dos grandes cido como Porta da Fonte. Caminho da Campina, "Arabah". A
quer abafar a plenitude da mensagem de Deus (1 -6 ), en­ direção do profundo vale através do qual fluía o Jordão, e
quanto o desinteresse dos humildes pode salvar a situação onde fica o mar M orto (D t 1.1; 3.17).
com simples serviços práticos prestados na hora da necessi­ 39.5 Ribla. Entre as serras do Líbano e do Hermom, cerca de
dade (7 -1 3 ). A fidelidade à vocação sagrada acaba mere­ 160 quilômetros ao norte de Dã, e cerca de 130 quilômetros
cendo o respeito de reis (1 4-1 6 ), mas isto não é m otivo para ao sul de Hamate. Era uma planície fértil que oferecia abun­
um servo de Deus medir palavras em declarar toda a vontade dantes suprimentos. Pronunciou a sentença. Zedequias fizera
de Deus aos soberanos (17-23). juramento de lealdade a Nabucodonosor, mas quebrou o ju­
39.1,2 O cerco de Jerusalém, até sua captura, durou dezoito ramento (2 Cr 36.13). Foi por causa disso que Zedequias re­
meses. Undécimo ano. Ao completar dez anos no trono. cebeu um juízo terrível: 1) A morte de seus filhos (v 6); 2) A
39.3 Assentaram. Uma solene reunião de julgamento. Toma­ morte de seus nobres (v 6); 3) A perda dos olhos (v 7); 4) A
ram conta dos negócios da cidade capturada. Porta do Meio. perda da liberdade (v 7); 5) Seu exílio na Babilônia (v 7).
Um portão no muro que dividia a cidade de Sião da cidade 39.7 As profecias de Ezequiel e Jeremias, que predisseram,
baixa. Rabe. Um título oficial, "chefe dos oficiais". Nergal-Sa­ ambos, que Zedequias veria o rei da Babilônia, mas não a
rezer. Era um dos genros de Nabucodonosor, que, depois do capital da Babilônia, assim se cumpriram (Ez 12.13; Jr 32.4).
JEREMIAS 39.8 1118
com duas cadeias de bronze, para o levar à 39.7 <lEz 12.13 para bem; e se cumprirão diante de ti na-
Babilônia. <J quele dia.u
8 Os caldeus queimaram a casa do rei e as 17 A ti, porém, eu livrarei naquele dia, diz
casas do povo e derribaram os muros de Jeru­ 39.8 r2Rs 25.9
o Senhor, e não serás entregue nas mãos dos
salém/ homens a quem temes.
9 O mais do povo que havia ficado na ci­ 18 Pois certamente te salvarei, e não cai-
dade, os desertores que se entregaram a ele e rás à espada, porque a tua vida te será como
o sobrevivente do povo, Nebuzaradã, o chefe 39.9 52Rs 25.11 despojo, porquanto confiaste em mim.1'
da guarda, levou-os cativos para a Babi­
lônia.5 Jeremias e os restantes do povo
10 Porém dos mais pobres da terra, que ficam com Gedalias
39.14 í|r 26.24
nàda tinham, deixou Nebuzaradã, o chefe da A A Palavra que veio a Jeremias da parte
guarda, na terra de Judá; e lhes deu vinhas e T U do Senhor, depois que Nebuzaradã,
campos naquele dia. o chefe da guarda, o pôs em liberdade em
39.16 ujr 38.7; Ramá, estando ele atado com cadeias no meio
Nabucodonosor cuida de Jeremias Dn 9.12 de todos os do cativeiro de Jerusalém e de
11 Mas Nabucodonosor, rei da Babilônia, Judá, que foram levados cativos para a Babi­
havia ordenado acerca de Jeremias, a Nebuza­ lônia. w
radã, o chefe da guarda, dizendo: 2 Tomou o chefe da guarda a Jeremias e
39.18
12 Toma-o, cuida dele e não lhe faças ne­ *105.20; lhe disse: O Senhor, teu Deus, pronunciou
nhum mal; mas faze-lhe como ele te disser. jr 21.9 este mal contra este lugar;*
13 Deste modo, Nebuzaradã, o chefe da 3 o Senhor o trouxe e fez como tinha
guarda, ordenou a Nebusazbã, Rabe-Saris, dito. Porque pecastes contra o Senhor e não
Nergal-Sarezer, Rabe-Mague, e todos os obedecestes à sua voz, tudo isto vos
40.1 w|r 39.14
príncipes do rei da Babilônia sucedeu.)'
14 mandaram retirar Jeremias do átrio da 4 Agora, pois, eis que te livrei hoje das
guarda e o entregaram a Gedalias, filho de cadeias que estavam sobre as tuas mãos. Se te
Aicão, filho de Safã, para que o levasse para 40.2 *]r 50.7 apraz vir comigo para a Babilônia, vem, e eu
o seu palácio; assim, habitou entre o povo.' cuidarei bem de ti; mas, se não te apraz vir
15 Ora, tinha vindo a Jeremias a palavra comigo para a Babilônia, deixa de vir. Olha.
do Senhor, estando ele ainda detido no átrio toda a terra está diante de ti; para onde julga­
40.3
da guarda, dizendo: res bom e próprio ir, vai para aí.z
yDt 29.24-25
16 Vai e fala a Ebede-Meleque, o etíope, 5 Mas, visto que ele tardava em decidir-
dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos, se, o capitão lhe disse: Volta a Gedalias, filho
o Deus de Israel: Eis que eu trarei as minhas de Aicão, filho de Safã, a quem o rei da Babi­
palavras sobre esta cidade para mal e não 40.4 *Gn 20.15 lônia nomeou governador das cidades de

3 9 .1 1 -1 4 Nabucodonosor se preocupava com jeremias, sobrevivência. O crente não exige prosperidade num mundo
possivelmente porque sua mensagem ao povo era de que maligno.
deveriam submeter-se ao jugo babiiônico; não no sentido de 39.18 Despojo. Vd 21.9n. Expressão idiomática hebraica, que
colaborar com os invasores, mas sim com a sentença que denota segurança pessoal. Confiaste em mim. A fé em Deus
Deus pronunciara contra o povo de Judá. como condição da vida tipifica-se neste incidente, comp
Rm 3 .2 1 -31 . Os cap 4 0 -4 4 relatam os acontecimentos da
39.14 Gedalias. Seu pai, Aicão, vinte anos antes, fora o instru­ vida de Jeremias, após a captura de Jerusalém pelos caldeus,
mento da salvação da vida de jeremias (26.24). Ele o levara em 586 a.C., até ser levado para o Egito para o restante do
para o palácio do governador, a sede do que restava de go­ povo que para lá fugira depois de mais uma rebelião contra
verno para o povo daquela área. Era membro de uma proemi­ os caldeus.
nente família judaica. Provavelmente governara por cinco
40.1 Cadeias. Que prendiam juntas muitas pessoas. Ramá fi­
anos. A terceira deportação pode ter sido resultado do assassi­
cava a 8 quilômetros de Jerusalém. Ali era o ponto onde se
nato de Gedalias.
preparavam os cativos para serem levados à Babilônia. As
39.1 5-1 8 Forma um suplemento do capí 38. Estes versos re- mensagens de Jeremias favoráveis à Babilônia (39.11 n) sem
lacionam-se a um período anterior à captura de Jerusalém dúvida foram as razões de haver sido libertado ali, para ir para
(3 9.1 -1 4 ) e tratam de uma promessa ao etíope Ebede-Mele- onde quisesse.
que, o qual salvara sua vida da cisterna. Numa época de des­ 40.4 Cuidarei, "porei meus olhos sobre ti", ou eu te prote­
graça nacional, o mais alto prêmio que se oferece é a simples gerei.
1119 JEREMIAS 41.2
Judá, e habita com ele no meio do povo; ou, 40.5 °2Rs 25.22 meado governador sobre eles a Gedalias, fi­
se para qualquer outra parte te aprouver ir, lho de Aicão, filho de Safã;
vai. Deu-lhe o chefe da guarda mantimento e 12 então, voltaram todos eles de todos os
um presente e o deixou ir.° lugares para onde foram lançados e vieram à
6 Assim, foi Jeremias a Gedalias, filho de terra de Judá, a Gedalias, a Mispa; e colheram
Aicão, a Mispa; e habitou com ele no meio do 40.6 f>Jz 20.1
vinho e frutas de verão em muita abundância.
povo que havia ficado na terra.b
Ismael conspira contra Gedalias
7 Ouvindo, pois, os capitães dos exércitos
que estavam no campo, eles e seus homens, 13 Joanã, filho de Careá, e todos os prínci­
que o rei da Babilônia nomeara governador da pes dos exércitos que estavam no campo vie­
terra a Gedaliasc, filho de Aicão, e que lhe ram a Gedalias, a Mispa,
havia confiado os homens, as mulheres, os
40.7 14 e lhe disseram: Sabes tu que Baalis, rei
c2Rs 25.22-24
meninos e os mais pobres da terra que não dos filhos de Amom, enviou a Ismael, filho de
foram levados ao exílio, para a Babilônia, Netanias, para tirar-te a vida? Mas Gedalias,
filho de Aicão, não lhes deu crédito.e
8 vieram ter com ele a Mispa, a saber:
15 Todavia, Joanã, filho de Careá, disse a
Ismael, filho de Netanias, Joanã e Jônatas,
Gedalias em segredo, em Mispa: Irei agora e
filhos de Careá, Seraías, filho de Tanumete,
40.8 d|r41.l matarei a Ismael, filho de Netanias, sem que
os filhos de Efai, o netofatita, Jezanias, filho
ninguém o saiba; por que razão tiraria ele a
do maacatita, eles e os seus homens.d
tua vida, de maneira que todo o Judá que se
9 Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã,
tem congregado a ti fosse disperso, e viesse a
jurou a eles e aos seus homens e lhes disse:
perecer o resto de Judá?
Nada temais da parte dos caldeus; ficai na
16 Mas disse Gedalias, filho de Aicão, a
terra, servi ao rei da Babilônia, e bem vos irá. 40.14e|r 41.10 Joanã, filho de Careá: Não faças tal coisa,
10 Quanto a mim, eis que habito em porque isso que falas contra Ismael é falso.
Mispa, para estar às ordens dos caldeus que A 1 Sucedeu, porém, que, no sétimo mês,
vierem a nós; vós, porém, colhei o vinho, as T" _L veio Ismael, filho de Netanias, filho
frutas de verão e o azeite, metei-os nas vossas de Elisama, de família real, e dez homens,
vasilhas e habitai nas vossas cidades que to- capitães do rei, com ele, a Gedalias, filho de
41.1 '2Rs 25.25
mastes. Aicão, a Mispa; e ali comeram pão juntos, em
11 Da mesma sorte, todos os judeus que Mispa/
estavam em Moabe, entre os filhos de Amom 2 Dispuseram-se Ismaela, filho de Net
e em Edom e os que havia em todas aquelas nias, e os dez homens que estavam com ele e
terras ouviram que o rei da Babilônia havia feriram à espada a Gedalias, filho de Aicão,
deixado um resto de Judá e que havia no­ 41.2 9 2Rs 25.25 filho de Safã, matando, assim, aquele que o

40.6 Mispa (quer dizer "Ponto de vigia") ficava em Benja­ contra o povo de Judá. Ismael pertencia à família real judaica,
mim. Provavelmente o local dom inador atualmente chamado e considerava a subserviência de Gedalias como traição, além
"Neby Semwil", 7 quilômetros a noroeste de Jerusalém, ou de desejar governar pessoalmente a província de Judá,
"Tel en Nasbeh". Ali Samuel julgava ao povo e ali Saul foi mesmo em colaboração com os amonitas. • N. Hom. O
escolhido para ser rei (1 Sm 7.15ss; 10.17). Ficava a pouca cap 40 mostra o amor do servo de Deus para com Seu povo,
distância a sudoeste de Ramá. apesar de ter sido constrangido a recalcitrar contra os peca­
40.7 Capitães. Eram os vários líderes de bandos de judeus dos do seu ambiente (1 -6 ); tal servo esforça-se para o bem
que se mantiveram afastados, até que tivessem certeza do destas pessoas (7 -1 2 ; comp 2 9 .4 -9).
que o futuro lhes reservava.
40.8 Netofatita. Uma vila não distante de Jerusalém, a oeste 41.1 Vd os meses no índice de tópicos. Sétimo mês, setem-
de Belém. Maacatita. Uma terra e um povo a sudoeste de bro-outubro. No heb, Ethanim ou Tisri. A opinião está divi­
Hermom, a leste do lago de Genesaré (D t3 .1 4 ). Jezanias é dida se esse assassinato ocorreu dois meses após a destruição
considerado um estrangeiro (sírio) naturalizado. de Jerusalém, ou em setembro de 582 a.C. (5 anos depois),
quando, por alguma razão, Nabucodonosor fez uma terceira
40.9 Nada temais. Os caldeus tinham oficiais postados por
deportação de muitos hebreus. A morte de Gedalias, por­
toda a terra.
tanto, tornou-se causa de uma deportação para a Babilônia.
40.10 Sendo julho ou agosto, as uvas, figos e azeitonas esta­ Ismael. Era, ou o filho do secretário de Estado, em 36.12, ou,
vam maduros para a colheita. mais provavelmente, um descendente direto de Davi por
40.14 Amom. O rei de Amom não era amigo dos caldeus meio de seu filho Elisama. Em tal caso, Ismael seria um senhor
(27.3). Mesmo assim, usou suas oportunidades para se vingar real (2 Sm 5.6; 1 Cr 3.8; 14.7).
JEREMIAS 41.3 1120
rei da Babilônia nomeara governador da terra. 41.5 Joanã livra os cativos
H v 19.27-28;
3 Também matou Ismael a todos os judeus 1Sm 1.7; 11 Ouvindo, pois, Joanã, filho de Careá, e
que estavam com Gedalias, em Mispa, como 2Rs 25.9; Is 15.2 todos os príncipes dos exércitos que estavam
também aos caldeus, homens de guerra, que com ele todo o mal que havia feito Ismael,
se achavam ali. filho de Netanias,*
4 Sucedeu no dia seguinte ao em que ele 12 tomaram consigo a todos os seus ho­
matara a Gedalias, sem ninguém o saber, mens e foram pelejar contra Ismael, filho de
5 que vieram homens de Siquém, de Siló Netanias; acharam-no junto às grandes águas
41.9 il Rs 15.22;
e de Samaria; oitenta homens, com a barba 2Cr16.6 que há em Gibeão.1
rapada, as vestes rasgadas e o corpo reta­ 13 Ora, todo o povo que estava com Is­
lhado, trazendo consigo ofertas de manjares e mael se alegrou quando viu a Joanã, filho de
incenso, para levarem à Casa do S e n h o r . h Careá, e a todos os príncipes dos exércitos
6 Saindo-lhes ao encontro Ismael, filho de que vinham com ele.
Netanias, de Mispa, ia chorando; ao encontrá- 14 Todo o povo que Ismael levara cativo
41.10 /Jr 40.7
los, lhes disse; Vinde a Gedalias, filho de de Mispa virou as costas, voltou e foi para
Aicão. Joanã, filho de Careá.
7 Vindo eles, porém, até ao meio da ci­ 15 Mas Ismael, filho de Netanias, escapou
dade, matou-os Ismael, filho de Netanias, ele de Joanã com oito homens e se foi para os
e os que estavam com ele, e os lançaram num filhos de Amom.
poço. 41.11 ^Jr 40.7-8 16 Tomou, então, Joanã, filho de Careá, e
8 Mas houve dentre eles dez homens que todos os príncipes dos exércitos que estavam
disseram a Ismael: Não nos mates a nós, por­ com ele a todo o restante do povo que Ismael,
que temos depósitos de trigo, cevada, azeite e filho de Netanias, levara cativo de Mispa, de­
mel escondidos no campo. Por isso, ele desis­ pois de ter ferido a Gedalias, filho de Aicão.
tiu e não os matou como aos outros. isto é, os homens valentes de guerra, as mu­
41.12
9 O poço em que Ismael lançou todos os '2Sm 2.13 lheres, os meninos e os eunucos que havia
cadáveres dos homens que ferira além de Ge­ recobrado de Gibeão;
dalias é o mesmo que fez o rei Asa, na sua 17 partiram e pararam em Gerute-Quimã.
defesa contra Baasa, rei de Israel; foi esse que está perto de Belém, para dali entrarem
mesmo que encheu de mortos Ismael, filho de no Egito,m
Netanias.' 18 por causa dos caldeus; porque os te­
10 Ismael levou cativo a todo o resto do 41.17 miam, por ter Ismael, filho de Netanias, fe­
m2Sm 19.37-38
povo que estava em Mispa, isto é, as filhas do rido a Gedalias, filho de Aicão, a quem o rei
rei e todo o povo que ficara em Mispa, que da Babilônia nomeara governador da terra.'
Nebuzaradã, o chefe da guarda, havia con­
fiado a Gedalias, filho de Aicão; levou-os Jeremias exorta o povo a não ir ao Egito
cativos Ismael, filho de Netanias; e se foi para A Então, chegaram todos os capitães
passar aos filhos de Amonü 41.18 ^Jr 40.5 H " Á j dos exércitos, e Joanã, filho de Careá.

41.3 Os judeus, em seu regresso do exílio, costumavam ob­ 41.8 Depósitos. Referência a grandes covas subterrâneas, us*-
servar o terceiro dia do sétimo mês como um jejum, em me­ das para guardar cereais.
mória do assassinato de Gedalias por Ismael (Zc 7.5; 8.19). 41.9 O que os bons fazem para o bem do povo, os mais
Caldeus. Homens de guerra, as forças de ocupação babilôni- empregam para o crime.
cas, e guarda pessoal de Gedalias.
41.12 Águas.. . Cibeom. A menos de 2 quilômetros ao norte
41.5 Siquém.. . Silo.. . Samaria. Três cidades de Efraim. As­
de Mispa.
sim sendo, os 80 peregrinos eram descendentes e remanes­
centes do reino do norte. Remanescentes do norte haviam 41.17 Gerute-Quimã, "gerute", hotel, hospedaria. Lugar e~
ajudado josias a reparar o tem plo (2 Cr 34.9). Barba ra­ que se abrigavam os peregrinos, caravançará. Quimã ers
pada. . . vestes rasgadas. Sinais de lamentação por causa da filh o de Barzilai, o gileadita que deu apoio a D?»
destruição do templo. Corpo retalhado, uma forma pagã de (2 Sm 19.31-40), e possivelmente recebeu um trecho de
lamentação proibida ao povo de Deus (Lv 19.28). Vd 16.6n. terra da parte de Davi, perto de Belém. Foi numa hospedar»
Ofertas de manjares. Sacrifícios de animais não podiam mais semelhante que Jesus nasceu entre viajantes e seus animao.
ser efetuados no tem plo arruinado (D t 12.13-18), embora o 42.1 Vd 2 Rs 25.26. lezanias, aparentemente o mesmo Azs-
local continuasse aberto como lugar para trazer presentes. rias de 43.2. Jeremias e Baruque talvez estivessem entre aque­
41.6 Chorando. Traiçoeiramente fingiu lealdade a Gedalias. les que viviam em Mispa, e, assim, talvez tivessem skx:
1121 JEREMIAS 42.17
42.1 ojr 40.8 de Israel, a quem me enviastes para apresen­
e Jezanias, filho de Hosaías, e todo o povo,
desde o menor até ao maior,0 tar a vossa súplica diante dele:
2 e disseram a Jeremias, o profeta: Apre­ 42.2 pLv 26.22; 10 Se permanecerdes nesta terra, então,
sentamos-te a nossa humilde súplica, a fim de ISm 7.8; vos edificarei e não vos derribarei; plantar-
Tg 5.16
que rogues ao S e n h o r , teu Deus, por nós e vos-ei e não vos arrancarei, porque estou ar­
por este resto; porque, de muitos que éramos, rependido do mal que vos tenho feito."
só restamos uns poucos, como vês com os 42.3 <?Ed 8.21 11 Não temais o rei da Babilônia, a quem
teus próprios olhos ;P vós temeis; não o temais, diz o S enhor, por­
3 a fim de que o Senhor, teu Deus, nos 42.4 f 1Sm 3.18;
que eu sou convosco, para vos salvar e vos
mostre o caminho por onde havemos de andar 1Rs 22.14 livrar das suas mãos.v
e aquilo que havemos de fazer.? 12 Eu vos serei propício, para que ele te­
4 Respondeu-lhes Jeremias, o profeta: Já nha misericórdia de vós e vos faça morar em
42.5 sCn 31.50
vos ouvi; eis que orarei ao Senhor, vosso vossa terra.w
Deus, segundo o vosso pedido. Tudo o que o 13 Mas, se vós disserdes: Não ficaremos
Senhor vos responder, eu vo-lo declararei; 42.6 (Dt 6.3 nesta terra, não obedecendo à voz do
não vos ocultarei nada/ Senhor, v o s s o Deus/
5 Então, eles disseram a Jeremias: Seja o 42.10 14 dizendo: Não; antes, iremos à terra do
Senhor testemunha verdadeira e fiel contra uDt 32.36 Egito, onde não veremos guerra, nem ouvire­
nós, se não fizermos segundo toda a palavra mos som de trombeta, nem teremos fome de
com que o Senhor, teu Deus, te enviar a nós 42.11 vis 43.5 pão, e ali ficaremos,
outros.5 15 nesse caso, ouvi a palavra do Senhor,
6 Seja ela boa ou seja má, obedeceremos à ó resto de Judá. Assim diz o Senhor dos
42.12
voz do Senhor, nosso Deus, a quem te envia­ Exércitos, o Deus de Israel: Se tiverdes o
"S1106.45-46
mos, para que nos suceda bem ao obedecer­ firme propósito de entrar no Egito e fordes
mos à voz do Senhor, nosso Deus.( para morar,)'
7 Ao fim de dez dias, veio a palavra do 42.13 *jr 44.16 16 acontecerá, então, que a espada que
Senhor a Jeremias. vós temeis vos alcançará na terra do Egito, e
8 Então, chamou a Joanã, filho de Careá, 42.15 a fome que receais vos seguirá de perto os
e a todos os capitães dos exércitos que havia /D t 17.16; passos no Egito, onde morrereis.z
Lc 9.51
com ele, e a todo o povo, desde o menor até 17 Assim será com todos os homens que
ao maior, tiverem o propósito de entrar no Egito para
9 e lhes disse: Assim diz o Senhor, Deus 42.16 z í i 11.8 morar: morrerão à espada, à fome e de peste;

capturados por Ismael, e posteriormente soltos pelas forças cerem, serem bons cidadãos, e adorarem a jeová (29.1-14).
de joanã. Jeremias havia retornado em companhia de Geda­ Não pusera ênfase anteriormente sobre sua residência na Pa­
lias (40.6). lestina, embora expressasse a crença que a vida continuaria ali
42.2 Disseram a jeremias. Aqui temos mais um cumprimento (3 2.6 -1 5 ). Tal decisão, porém, não se baseou nos pronuncia­
da profecia de 15.11; no auge do desespero, o Senhor enco­ mentos anteriores de jeremias ou na predisposição, mas antes
rajou a jeremias. Outros exemplos em 38.14; 37.17. Humilde na orientação de jeová: "Assim diz jeová". A fuga seria com­
súplica, jeremias começa a ser ouvido só depois de haver um preendida pelos babilônios como confissão de culpa no assas­
cumprimento visível das suas palavras. A fé age sem exigir sinato de Gedalias e dos "caldeus, homens de guerra".
provas (Jo 20.25-29). 42.10 Arrependido. Mudei minha conduta para convosco. A
42.3 Caminho, direção, curso. Esperavam que o Senhor con­ punição foi suficiente; agora rege a compaixão. Palavra usada
firmasse o plano de fuga para o Egito, que haviam traçado. em relação a Jeová, mais por jeremias do que por qualquer
Pouco imaginavam que o Senhor não mostraria um caminho outro escritor (4.28; 8.6; 18.8n; 20.16; 26.3,13,19; 31.19;
ou direção preferível, mas antes diria "ficai onde estais", na 42.10).
Terra Prometida. A resposta foi uma surpresa para eles, mas,
42.12 Propício. Se eles permanecessem na Terra Prometida, o
na realidade, não estavam preparados para seguir o conselho
Senhor faria com que Nabucodonosor "tenha misericórdia de
de Deus, apesar do seu juramento de fidelidade ( w 5 e 6;
vós", embora o temessem. Jeová ser-lhes-ia "propício".
Lc 22.31-34, 6 3-6 5 ).
42.5 Testemunha.. . contra, isto é, punir-nos-á se deixarmos 42.13 A nação foi destruída por causa da desobediência à
de fazer nossa parte, obedecendo conforme prometemos so­ vontade de Deus, mas o remanescente ainda debatia se devia
lenemente. obedecer!

42.7 Dez dias. Jeremias distingue entre a sua opinião definida 42.16 Quem, ao fugir do perigo, fome, ou espada, sai fora
e a revelação da parte do Senhor, comp 1 Co 7.25,40. Escre­ do caminho que Deus lhe prepara, cai em situação pior no
vera aos exilados na Babilônia encorajando-os a se estabele­ próprio lugar em que confiava (Am 5.19 comp Rm 8.37-39).
JEREMIAS 42.18 1122
não restará deles nem um, nem escapará do 42.17 ojr 24.10 caldeus, a fim de nos matarem ou nos exila­
mal que farei vir sobre eles.0 rem na Babilônia.
18 Porque assim diz o Senhor dos Exér­ 4 Não obedeceu, pois, Joanã, filho de Ca­
citos, o Deus de Israel: Como se derramou a reá, e nenhum de todos os capitães dos exérci­
42.18 *Jr 7.20
minha ira e o meu furor sobre os habitantes de tos, nem o povo todo à voz do Senhor, para
Jerusalém, assim se derramará a minha indig­ ficarem na terra de Judá.
nação sobre vós, quando entrardes no Egito; 5 Antes, tomaram Joanã, filho de Careá, e
sereis objeto de maldição, de espanto, de des­ 42.19 todos os capitães dos exércitos a todo o resto
prezo e opróbrio e não vereis mais este cDt 17.16 de Judá que havia voltado dentre todas as
lugar.b nações para as quais haviam sido lançados,
19 Falou-vos o Senhor, ó resto de Judá: para morar na terra de Judá;9
Não entreis no Egito; tende por certo que vos 6 tomaram aos homens, às mulheres e aos
adverti hoje.c 42.20 d)r 42.2
meninos, às filhas do rei e a todos que Nebu-
20 Porque vós, à custa da vossa vida, a zaradã, o chefe da guarda, deixara com Geda­
vós mesmos vos enganastes, pois me envias- lias, filho de Aicão, filho de Safã; como
tes ao Senhor, v o s s o Deus, dizendo: Ora por também a Jeremias, o profeta, e a Baruque.
42.22 fjr 42.17
nós ao Senhor, nosso Deus; e, segundo tudo filho de Nerias;h
o que disser o Senhor, nosso Deus, declara- 7 e entraram na terra do Egito', porque
no-lo assim, e o faremos;d não obedeceram à voz do Senhor, e vieram
21 mas, tendo-vos declarado isso hoje, 43.2 Or 42.1 até Tafnes.
não destes ouvidos à voz do S e n h o r , v o s s o
Deus, em coisa alguma pela qual ele me en­
Jeremias profetiza a conquista
viou a vós outros.
do Egito por Nabucodonosor
22 Agora, pois, sabei por certo que morre- 43.5
reis à espada, à fome e de peste no mesmo í)r 40.11-12 8 Então, veio a palavra do Senhor a Jere­
lugar aonde desejastes ir para morar.c mias, em Tafnes, dizendo:
9 Toma contigo pedras grandes, encaixa-
Jeremias é levado ao Egito pelo povo as na argamassa do pavimento que está à en­
A Q Tendo Jeremias acabado de falar a 43.6 hJr 39.10 trada da casa de Faraó, em Tafnes, à vista de
todo o povo todas as palavras do homens judeus,
Senhor, seu Deus, palavras todas com as 10 e dize-lhes: Assim diz o Senhor dos
quais o Senhor, seu Deus, o enviara, Exércitos, o Deus de Israel: Eis que eu man­
43.7 '2Rs 25.26
2 então, falou Azarias, filho de Hosaías, e darei vir a Nabucodonosor, rei da Babilônia,
Joanã, filho de Careá, e todos os homens so­ meu servo, e porei o seu trono sobre estas
berbos, dizendo a Jeremias: E mentira isso pedras que encaixei; ele estenderá o seu bal-
que dizes; o Senhor, nosso Deus, não te en­ 43.10 /Jr 25.9
daquino real sobre elas./
viou a dizer: Não entreis no Egito, para 11 Virá e ferirá a terra do Egito; quem í
morar/ para a morte, para a morte; quem é para c
3 Baruque, filho de Nerias, é que te incita cativeiro, para o cativeiro; e quem é para -
contra nós, para nos entregar nas mãos dos 43.11 ^Jr 15.2 espada, para a espada/

43.2 Soberbos. Insolentes; pela raiz heb zud significa "cheios ministério, até morrer. Suas últimas predições diziam respete;
de si mesmos", "revoltosos". Homens dominadores cuja opi­ às nações que cercavam Israel (46-52).
nião prevaleceu. Mentira. A fim de livrarem-se da promessa 43.7 Tafnes. A fortaleza da fronteira egípcia, também conhe­
solene (42.5 e 6), negaram o fato de que Jeová expressara cida como Baal-Zefom, em grego. Dafne, ou m o d e r n a m e r -
Sua vontade por Jeremias, e culparam Baruque de haver in­ Tel-Defneh. Taínes (2.16). Atualmente é um cômoro deserta
fluenciado o profeta. Uma ruína descoberta foi chamada de "palácio das filhas <x
43.3 O fato de Jeremias ter escolhido ficar com os judeus, |udá". Talvez tivesse sido edificada pelo Faraó para as filhas x
recusando os favores dos caldeus, comprovou que não tinha Zedequias (41.10; 43.6).
sido traidor. Agora os que quiseram rejeitar a mensagem pro­ 43.9 Aqui o profeta está falando pelos gestos, como se nod
fética buscam outra desculpa. em 13.1-14; 19.10-11; 2 7.2-6.
43.5 Todo o resto. Composto dos judeus mencionados em 43.10 Baldaquino. Ou um tapete ricamente decorado onot
40.11,12. era colocado o trono, ou então um pavilhão por cima x
43.6 Jeremias foi levado para o Egito, e concluiu ali o seu mesmo. A raiz da palavra significa "reluzente".
1123 JEREMIAS 44.12
12 Lançará fogo às casas dos deuses do43.12 (Jr 46.25 Judá e nas ruas de Jerusalém, que se tomaram
Egito e as queimará; levará cativos os ídolos em deserto e em assolação, como hoje
e despiolhará a terra do Egito, como o pastor se vê. 9
despiolha a sua própria veste; e sairá dali 44.1 14.2; 7 Agora, pois, assim diz o Senhor, Deus
em paz.' Jr 43.7 dos Exércitos, o Deus de Israel: Por que fa­
13 Quebrará as colunas de Bete-Semes na zeis vós tão grande mal contra vós mesmos,
terra do Egito e queimará as casas dos deuses eliminando homens e mulheres, crianças e
do Egito. 44.2 "Jr 9.11 aqueles que mamam do meio de Judá, a fim
de que não vos fique resto algum?r
Repreendida a infidelidade 8 Por que me irritais com as obras de vos­
dos judeus no Egito sas mãos, queimando incenso a outros deuses
44.3 o Dt 13.6
A A Palavra que veio a Jeremias, acerca na terra do Egito, aonde viestes para morar,
I I de todos os judeus moradores da terra para que a vós mesmos vos elimineis e para
do Egito, em Migdol, em Tafnes, em Mênfis que vos tomeis objeto de desprezo e de opró­
e na terra de Patros, dizendo:m 44.4 brio entre todas as nações da terra?5
2 Assim diz o Senhor dos Exércitos, P2Cr 36.15 9 Esquecestes já as maldades de vossos
Deus de Israel: Vistes todo o mal que fiz cair pais, as maldades dos reis de Judá, as malda­
sobre Jerusalém e sobre todas as cidades de des das suas mulheres, as vossas maldades e
Judá; e eis que hoje são elas uma desolação, 44.6 9jr 42.18 as maldades das vossas mulheres, maldades
e ninguém habita nelas," cometidas na terra de Judá e nas ruas de Jeru­
3 por causa da maldade que fizeram, para salém?
me irarem, indo queimar incenso e servir a 10 Não se humilharam até ao dia de hoje,
44.7 rNm 16.38
outros deuses que eles nunca conheceram, não temeram, não andaram na minha lei nem
eles, vós e vossos pais.0 nos meus estatutos, que pus diante de vós e
4 Todavia, começando eu de madrugada, diante de vossos pais.'
lhes enviei os meus servos, os profetas, para 44.8 Jjr 25.6-7 11 Portanto, assim diz o Senhor dos
lhes dizer: Não façais esta coisa abominável Exércitos, o Deus de Israel: Eis que voltarei o
que aborreço.p rosto contra vós outros para mal e para elimi­
5 Mas eles não obedeceram, nem inclina­ 44.10 'Pv 28.14 nar a todo o Judá.u
ram os ouvidos para se converterem da sua 12 Tomarei o resto de Judá que se obsti­
maldade, para não queimarem incenso a ou­ nou em entrar na terra do Egito para morar,
tros deuses. onde será ele de todo consumido; cairá à es­
44.11
6 Derramou-se, pois, a minha indignação uLv 17.10; pada e à fome; desde o menor até ao maior
e a minha ira, acenderam-se nas cidades de Am 9.4 perecerão; morrerão à espada e à fome; e se-

43.12 Despiolhará. Isso demonstra a baixa opinião em que 44.4 Começando.. . profecias. A expressão inteira ocorre oito
Jeremias tinha o Egito, e a facilidade com que a Babilônia vezes em Jeremias, e em nenhum outro lugar. Era sinal do
poderia tirar as riquezas da terra, como um pastor tira os interesse especial de Deus por eles, embora tivessem dado
"piolhos" de sua capa protetora. pouca atenção aos profetas.

43.13 Bete-Semes, "casa do Sol", cerca de 9 quilômetros a 44.7 A punição divina (v 2) provém tão-somente do pecado
nordeste da moderna Cairo, um famoso tem plo dedicado ao do povo, especialmente da idolatria (v 8).
Sol, com uma avenida de obeliscos defronte, edificado por 44.10 Humilharam. Mesma palavra que em Is 57.15;
Tutmose III, da XVIII dinastia, em cerca de 1500 a.C. Tam­ SI 51.17; se traduz por "con trito "; SI 34.18, "oprim ido";
bém era chamada Heliópolis ou Om. Queimará. Uma inscri­ Jó 22.9, "quebrados"; SI44;19; 51.8, "esmagares"; SI 89.10,
ção de Nabucodonosor afirma que em seu trigésimo sétimo "caicaste"; Jó 5.4, "espezinhados"; Lm 3.4, "pisar (debaixo)";
ano (567 a.C.) ele invadiu o Egito, derrotou Amasis, seu rei Is 53.5,10, "m oído"; SI 90.3, "reduzes a p ó"; Pv 22.22, "opri­
(568-525 a.C.), e abateu ou levou muitos soldados e cavalos. mas". A raiz da palavra significa "esmagar". Os judeus no
Egito, a despeito de tudo quanto o Senhor tinha feito para
44.1 Migdol. Atualmente Tel-el-Heir, ou a Magdol dos roma­
castigá-los, não tinham "ficado esmagados, apertados em es­
nos, a leste de Tafnes, na fronteira nordeste extrema do Egito
pírito, contritos ou pesarosos" ao relembrarem suas transgres­
(Ez 29.10). Mênfis. Nos dias de hoje, M it Rahneh, 22 quilôme­
sões passadas.
tros ao sul de Cairo (Jr 2.15). Patros. No Alto Egito, "terra do
sul", possivelmente uma colônia judaica já existisse ali, em 44.11 Judá. A profecia refere-se à parte de Judá que fugiu
Elefantina, de onde procedem inscrições daquela época, para o Egito.
agora em poder dos arqueólogos. Esse capítulo apresenta a 44.12 Opróbrio. Os sobreviventes em Elefantina logo forma­
última profecia de Jeremias relativa a Israel. ram uma seita herética e não participaram da restauração.
JEREMIAS 44.13 1124
rão objeto de maldição, espanto, desprezo e 4 4 .1 2
nha dos Céus e lhe oferecíamos libações.
42.15-18
opróbrio.1' acaso, lhe fizemos bolos que a retratavam e
13 Porque castigarei os que habitam na lhe oferecemos libações, sem nossos
terra do Egito, como o fiz a Jerusalém, com a maridos?0
espada, a fome e a peste,w
4 4 .1 5 w|r 43.11
14 de maneira que, dos restantes de Judá Jeremias prediz castigo
que vieram à terra do Egito para morar, não 20 Então, disse Jeremias a todo o povo,
haverá quem escape e sobreviva para tomar à aos homens e às mulheres, a todo o povo que
terra de Judá, à qual desejam voltar para mo­ 4 4 .1 4 *\r 44.28 lhe tinha dado esta resposta, dizendo:
rar; mas não tomarão senão alguns fugi­ 21 Quanto ao incenso que queimastes nas
tivos.* cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém, vós
e vossos pais, os vossos reis e os vossos prín­
Jeremias é contraditado 4 4 .1 6 yjr 6.16 cipes e o povo da terra, acaso, não se lembrou
15 Então, responderam a Jeremias todos disso o Senhor, nem lhe andou isso pela
os homens que sabiam que suas mulheres mente?
queimavam incenso a outros deuses e todas as 22 O Senhor já não podia por mais
mulheres que se achavam ali em pé, grande 4 4 .1 7 tempo sofrer a maldade das vossas obras, as
multidão, como também todo o povo que ha­ *Nm 30.12; abominações que cometestes; pelo que a
Jz 11.36
bitava na terra do Egito, em Patros, dizendo: vossa terra se tomou deserta, um objeto de
16 Quanto à palavra que nos anunciaste espanto e de desprezo e desabitada, como
em nome do S e n h o r , não te obedeceremos hoje se vê.b
a ti;K 23 Pois queimastes incenso e pecastes
4 4 .1 9 ojr 7.18
17 antes, certamente, toda a palavra que contra o Senhor, não obedecestes à voz do
saiu da nossa boca, isto é, queimaremos in­ Senhor e na sua lei e nos seus testemunhos
censo à Rainha dos Céus e lhe ofereceremos não andastes; por isso, vos sobreveio este
libações, como nós, nossos pais, nossos reis e mal, como hoje se vê.c
4 4 .2 2 Í>|r 25.6
nossos príncipes temos feito, nas cidades de 24 Disse mais Jeremias a todo o povo e
Judá e nas ruas de Jerusalém; tínhamos far­ a todas as mulheres: Ouvi a palavra do
tura de pão, prosperávamos e não víamos mal Senhor, v ó s , todo o Judá, que estais na terra
algum.1 4 4 .2 3
do Egito:d
18 Mas, desde que cessamos de queimar cDn 9.11-12 25 Assim fala o Senhor dos Exércitos, o
incenso à Rainha dos Céus e de lhe oferecer Deus de Israel, dizendo: Vós e vossas mulhe­
libações, tivemos falta de tudo e fomos con­ res não somente fizestes por vossa boca, se­
sumidos pela espada e pela fome. não também que cumpristes por vossas mãos
19 Quando queimávamos incenso à Rai­ 4 4 .2 4 dJr 43.7 os vossos votos, a saber: Certamente cumpri-

4 4 .1 4 Fugitivos, "aqueles q u e escaparem ". Deus sem pre teve ficial fora a reform a d e josias, além d e m ostrar a falta d e um
alguns poucos fiéis. verdadeiro apoio do povo ao reavivam ento d e Josias.
44 .1 7 Toda a palavra que saiu da nossa boca. Frase q u e indica 4 4 .1 9 Sem nossos maridos. Vd Nm 30.6. S om ente com a
ju ram en to solene. Nm 32.2,12; D t2 3 .2 3 . Haviam feito um aprovação do m arido é q u e a m ulher estava na o brigação d e
"voto" solene à Rainha dos Céus. Vd ta m b ém 7.18n. Fartura. cum prir um voto feito. Tal expressão significa q u e as m ulhe­
Criam q u e a rainha dos céus os havia a b e n ço ad o por causa de res gozavam da aprovação d e seus m aridos ao fazerem voto
sua fidelidade a ela. Aquela g en te se afastara ta n to q u e não e adorarem a deusa da fertilidade, a "Rainha dos Céus". A
mais podia reco n h ecer a b o n d ad e , a misericórdia e a longani- resposta delas a Jeremias, p o rta n to , foi: "Trate d o caso com
m id ad e d e jeová. Q u an d o um a renovação vem a m elhorar nossos m aridos".
um a situação pecam inosa, o povo diz q u e a reviravolta acon­
te ce p o r causa d a reform a, q u an d o realm ente é por causa da 44.21 Incenso, fum aça perfum ada dos sacrifícios. O ensina­
m ald ad e anterior. m e n to é q u e os pecados dos idólatras foram se a m o n to an d o
d e tal m o d o d u ran te o reinado d e M anassés q u e a nação já
4 4 .1 8 Esse versículo faz alusão ao te m p o en tre a m orte de
era co n d e n ad a antes de Josias destruir altares pagãos.
Josias, 609 a.C., e a fuga para o Egito talvez 25 anos mais
tarde. Os judeus, no Egito, culpavam a im potência d e Jeová 44.25 Vossas mãos. Eles cum priram suas prom essas com as
em p ro teg ê-lo s, p or falta de sorte, e o fato d e q u e as reformas próprias m ãos q u e haviam d ed icad o à Rainha dos Céus, com
d e josias, q u an d o a destruição dos altares d a Rainha do Céu suas bocas. Cumpri-os, dito com ironia. Se resistirdes e não
foi efetuada, atraíram o desprazer daquela deusa. A cegueira ouvirdes to d as as M inhas advertências, isto vos confirm ará
espiritual d o povo era total. Tudo isso dem o n stra q u ão super­ em vossos cam inhos pecam inosos.
1125 JEREMIAS 46.4
remos os nossos votos, que fizemos, de quei­ 44.25 ejr 44.15 A mensagem de Jeremias a Baruque
mar incenso à Rainha dos Céus e de lhe A C Palavra que falou Jeremias, o profeta,
oferecer libações. Confirmai, pois, perfeita­ 44.26 a Baruque, filho de Nerias, escre­
mente, os vossos votos, sim, cumpri-os.e 'Gn 22.16 vendo ele aquelas palavras num livro, ditadas
26 Portanto, ouvi a palavra do S e n h o r , por Jeremias, no ano quarto de Jeoaquimk,
vós, todo o Judá, que habitais na terra do 44.27 9)r 1.10
filho de Josias, rei de Judá, dizendo:
Egito: Eis que eu juro pelo meu grande nome, 2 Assim diz o S e n h o r , Deus de Israel,
diz o S e n h o r , que nunca mais será pronun­ acerca de ti, ó Baruque:
44.28 * Is 27.13 3 Disseste: Ai de mim agora! Porque me
ciado o meu nome por boca de qualqiier ho­
mem de Judá em toda a terra do Egito, acrescentou o S e n h o r tristeza ao meu sofri­
dizendo: Tão certo como vive o S e n h o r 44.29 iSI 33.11 mento; estou cansado do meu gemer e não
Deus.' acho descanso.
27 Eis que velarei sobre eles para mal e 4 Assim lhe dirás: Isto diz o S e n h o r : Eis
44.30 que estou demolindo o que edifiquei e arran­
não para bem; todos os homens de Judá que j2Rs 25.1-7
estão na terra do Egito serão consumidos à cando o que plantei, e isto em toda a terra.'
espada e à fome, até que se acabem de todo. 9 5 E procuras tu grandezas? Não as procu­
45.1 *2Rs 24.1; res; porque eis que trarei mal sobre toda
28 Os que escaparem da espada tomarão 2Cr 36.5-7;
carne, diz o S e n h o r ; a ti, porém, eu te darei
da terra do Egito à terra de Judá, poucos em Dn 1.1-2
a tua vida como despojo, em todo lugar para
número; e todos os restantes de Judá que vie­
onde fores.m
ram à terra do Egito para morar saberão se 45.4 íls 5.5
subsistirá a minha palavra ou a sua./' Profecia a respeito do Egito
29 Isto vos será sinal de que eu vos casti­ A /T Palavra do S e n h o r que veio a Jere-
45.5 mjr 21.9
garei neste lugar, diz o S e n h o r , para que T " \ J mias, o profeta, contra as nações."
saibais que certamente subsistirão as minhas 2 A respeito do Egito. Contra o exército
palavras contra vós outros para mal.' 46.1 njr 25.15 de Faraó-Neco, rei do Egito, exército que es­
30 Eis o sinal, diz o S e n h o r : E u entrega­ tava junto ao rio Eufrates em Carquemis; ao
rei o Faraó-Hofra, rei do Egito, nas mãos de qual feriu Nabucodonosor, rei da Babilônia,
46.2
seus inimigos, nas mãos dos que procuram a o2Rs 33.29; no ano quarto de Jeoaquim, filho de Josias, rei
sua morte, como entreguei Zedequias/, rei de 2Cr 35.29 de Judá:0
Judá, nas mãos de Nabucodonosor, rei da Ba­ 3 Preparai o escudo e o pavês e chegai-
bilônia, que era seu inimigo e procurava tirar- 46.3 vos para a peleja.P
lhe a vida. Pjr 51.11-12 4 Selai os cavalos, montai, cavaleiros, e

44.26 V 12 e sua nota. 45.5 Despojo, vd 21.9n. A vida de Baruque foi gasta servindo
44.29,30 Hofra (Apries, 5 8 8 -5 6 9 a.C., 37.5) foi deposto por em segundo lugar. A crise nacional era tal que ele não podia
uma revolução militar liderada por Amasis (5 69 -5 2 6 a.C.), esperar por recompensa nesta vida, embora, por sua lingua­
um ex-oficial da corte, co-regente de Hofra por três anos, e gem, tivesse o direito de uma alta posição política. Assim foi
fundador da XXVII dinastia (líbia). Amasis entregou Hofra nas a vida dos apóstolos: mereciam tempo para descansar, mas
mãos do povo, para ser julgado, o qual morreu sufocado. os necessitados do povo da época não paravam de se fazer
sentir (cf Mc 6.30-34).
4 5 .1 -5 O Senhor fala a Baruque por meio de Jeremias. Vd
32.12n. O próprio copista reconhece que está gravando a 46.2 Ano quarto. O primeiro ano de reinado de Nabucodo­
palavra de Deus no seu pergaminho. nosor (605 a.C.). A batalha de Carquemis, neste ano, foi o
45.3 Sofrimento. A queixa de Baruque; "acrescentou tristeza grande acontecimento daquela época. Carquemis foi a última
ao meu sofrimento", devia-se ao fato de ter reconhecido os capital da Assíria. O Faraó Neco (610 a 594 a.C., período de
pecados de seu povo, e estar sofrendo em espírito por causa seu reinado) foi perseguido por Nabucodonosor até às fron­
da pecaminosidade deles. Depois, escrevera para jeremias as teiras do Egito. Foi ele que marchou em ajuda à Assíria para
profecias de destruição que haviam aumentado ainda mais conservar o balanço do poder, tendo sido interrom pido no
sua tristeza. caminho pelo rei Josias, que assim causou sua derrota.

45.4 Demolindo.. . arrancando. A constante pecaminosidade 46.3 Preparai. Lit ponde em linha. Escudo. Pequeno e re­
do povo de Deus não deixara outra saída ao Senhor, senão a dondo, usado por tropas levemente armadas. Pavês. Um es­
de castigá-lo severamente. É o reverso do plano revelado a cudo que cobria o corpo inteiro, usado por tropas munidas
Jeremias, de demolir para depois edificar (1.10). As tentativas de pesado armamento (2 Cr 9.15n).
de edificação serão eliminadas até que os falsos alicerces do 46.4 Poli. A fim de remover a ferrugem e aguçar as lanças.
paganismo sejam totalmente derribados. Vesti-vos e preparai-vos para a batalha.
JEREMIAS 46.5 1126
apresentai-vos com elmos; poli as lanças, 46.5 9|r 6.25 donosor", rei da Babilônia, para ferir a terra
vesti-vos de couraças. do Egito:
5 Por que razão vejo os medrosos vol­ 46.6 rQn 11.19 14 Anunciai no Egito e fazei ouvir isto em
tando as costas? Estão derrotados os seus va­ Migdol; fazei também ouvi-lo em Mênfis e
lentes e vão fugindo, sem olhar para trás; há em Tafnes; dizei: Apresenta-te e prepara-te;
46.7 sis 8.7-8;
terror ao redor, diz o Senhor. 9 Dn 11.22
porque a espada já devorou o que está ao
6 Não fuja o ligeiro, nem escape o valente; redor de ti.*
para o lado do Norte, junto à borda do rio 15 Por que foi derribado o teu Touro? Não
46.9 tis 66.19 se pôde ter de pé, porque o Senhor o abateu.
Eufrates, tropeçaram e caíram/
7 Quem é este que vem subindo como o 16 O Senhor multiplicou os que tropeça­
Nilo, como rios cujas águas se agitam?5 46.10 vam; também caíram uns sobre os outros e
8 O Egito vem subindo como o Nilo,
"D t 32.42; disseram: Levanta-te, e voltemos ao nosso
Ez 39.17; Sf 1.7
povo e à terra do nosso nascimento, por causa
como rios cujas águas se agitam; ele disse:
da espada que oprime, v
Subirei, cobrirei a terra, destruirei a cidade e
46.11 v|s 47.1; 17 Ali, apelidarão a Faraó, rei do Egito, de
os que habitam nela. Ez 30.21 Espalhafatoso, porque deixou passar o tempo
9 Avançai, 6 cavaleiros, estrondeai, ó car­
adequado.
ros, e saiam os valentes; os etíopes e os de
46.13 18 Tão certo como vivo eu, diz o Rei, cujo
Pute, que manejam o escudo, e os lídios, que
" Ir 43.10-13 nome é Senhor dos Exércitos, certamente,
manejam e entesam o arco.f
como o Tabor é entre os montes e o Carmele
10 Porque este dia é o Dia do Senhor, o junto ao mar, assim ele virá.2
S e n h o r dos Exércitos, dia de vingança con­ 46.14 *Jr 46.3-4
19 Prepara a tua bagagem para o exílio, ó
tra os seus adversários; a espada devorará, moradora, filha do Egito; porque Mênfis se
fartar-se-á e se embriagará com o sangue de­ 46.16 vLv 26.37 tomará em desolação e ficará arruinada e sem
les; porque o Senhor, o S e n h o r dos Exérci­ moradores.0
tos tem um sacrifício na terra do Norte, junto 20 Novilha mui formosa é o Egito; mas
46.18 *ls 47.4
ao rio Eufrates.0 mutuca do Norte já lhe vem, sim, vem.b
11 Sobe a Gileade e toma bálsamo, ó vir­ 21 Até os seus soldados mercenários no
gem filha do Egito; debalde multiplicas remé­ 46.19 ols 20.4 meio dele, bezerros cevados, viraram as cos­
dios, pois não há remédio para curar-te.1' tas e fugiram juntos; não resistiram, porque
12 As nações ouviram falar da tua vergo­ 46.20 t>Jr 1.14 veio sobre eles o dia da sua ruína e o tempo
nha, e a terra está cheia do teu clamor; por­ do seu castigo.c
que, fugindo o valente, tropeçou no valente, e 22 Faz o Egito um ruído como o da ser­
46.21 cSI 37.13
ambos caíram juntos. pente que foge, porque os seus inimigos vêm
13 Palavra que falou o Senhor a Jere­ contra ele, com machados, quais derribadores
mias, o profeta, acerca da vinda de Nabuco- 46.22 d|s 29.4 de árvores.d

46.9 Valentes. As tropas mercenárias, que desde os dias de 46.17 Espalhafatoso. Em 25.31, "estrondo" é a mesma pala­
Psamético formavam a força principal dos exércitos egípcios. vra original. Também usada para indicar descanso luxuosc..
Pute. Somalilândia (Ez 30.5; Dn 11.43). Lídios. Os que viviam desordem. "Descuidado" que fica quieto numa época : *
na fronteira ocidental do Egito. caos. A palavra subentende vaidade, abandono, em s o r *
46.11 Os egípcios eram conhecidos por sua habilidade na "boa vida".
medicina. Ciro e Dario haviam mandado buscar médicos 46.18 Tabor. A montanha acima das planícies de |ezree 9 c
egípcios. Bálsamo. Vd 8.22n. se destacava na paisagem da área, assim como 0 C arrrw : m
46.14 Migdol. Era a cidade de fronteira do nordeste do Egito. elevava acima da costa marítima para sobressair na árm m
M ênfis... Tafnes, vd notas em 2.16 e 43.7. Apresenta-te, isto seu derredor. O inim igo do Egito será uma grande fc r ? m~
é, põe-te em guarda para resistir ao invasor (2 Sm 23.12). minadora.

46.15 Touro. Alusão a Ápis, o boi dos egípcios (SI 22.12b); os 46.19 Bagagem. "Reúne os bens de tua casa, os v e s ro o s * »
touros de Basã. Ápis era adorado em Mênfis, e os bois eram provisões, tudo de quanto vieres a necessitar no e x il* ’
chamados de "poderosos", assim como Jeová é chamado "o 46.20 Mutuca. Símbolo de Babilônia. Ela ferroava,
Poderoso de Israel". os egípcios a fugirem.
46.16 Voltemos. A vida luxuosa dos egípcios os debilitara, e 46.22 Serpente. Fazia parte importante da religião s a o s
os soldados alugados lutavam por eles. Quando a batalha se "Kneph" era 0 nome da serpente que adoravam. *
dava contra o Egito, os mercenários resolviam fugir para suas aqui recai sobre a fraqueza do Egito, como 0 sussurre a> m m
terras de origem. serpente em fuga.
1127 JEREMIAS 48.4
23 Cortarão o seu bosque, diz o Senhor, 46.25 e)z 6.5 marão os homens, e todos os moradores da
ainda que impenetrável; porque se multiplica­ 46.24 '|r 1.15 terra se lamentarão,1
ram mais do que os gafanhotos; são inume­ 3 ao ruído estrepitoso das unhas dos seus
46.25
ráveis. e fortes cavalos, ao barulho de seus carros, ao
<7jr 43.12-13;
24 A filha do Egito está envergonhada; foi Na 3.8 estrondo das suas rodas. Os pais não atendem
entregue nas mãos do povo do Norte/ aos filhos, por se afrouxarem as suas rnãos;m
46.26 »>(2-26)
25 Diz o Senhor dos Exércitos, o Deus 1$19.1-25;
4 por causa do dia que vem para destruir a
de Israel: Eis que eu castigarei a Amom de Ez 29.1-32.32 todos os filisteus, para cortar de Tiro e de
Nô, a Faraó, ao Egito, aos deuses e aos seus Sidom todo o resto que os socorra; porque o
46.27
reis, ao próprio Faraó e aos que confiam ' Is 41.13-14
Senhor destruirá os filisteus, o resto de Caf-
nele.s tor da terra do mar.”
26 Entregá-los-ei nas mãos dos que lhes 46.28 )|r 10.24 5 Sobreveio calvície a Gaza, Asquelom
procuram a morte, nas mãos de Nabucodono­ 47.1 *Jr 25.20; está reduzida a silêncio, com o resto do seu
sor, rei da Babilônia, e nas mãos dos seus Am 1.6-8 vale; até quando vós vos retalhareis?0
servos; mas depois será habitada, como nos 6 Ah! Espada d o Senhor, até quando dei-
47.2 'Is 8.7
dias antigos, diz o Senhor.h xarás de repousar? Volta para a tua bainha,
27 Não temas, pois, tu, servo meu, Jacó, 47.3 m|r 8.16 descansa e aquieta-te.P
nem te espantes, ó Israel; porque eu te livrarei 47.4
7 Como podes estar quieta, se o Senhor
do país remoto e a tua descendência, da terra "Gn 10.14; te deu ordem? Contra Asquelom e contra as
do seu cativeiro; Jacó voltará e ficará tran­ Ez 25.16 bordas do mar é para onde ele te dirige.1?
qüilo e confiante; não haverá quem o ate­ 47.5 o|r 16.6;
morize.' Mq 1.16; Zc 9.5 Profecia a respeito de Moabe
28 Não temas, servo meu, Jacó, diz o A Q A respeito de Moabe. Assim diz o
47.6 pDt 32.41
Senhor, porque estou contigo; darei cabo de T " O Senhor dos Exércitos, o Deus de Is­
todas as nações para as quais eu te arrojei; 47.71(1-7) rael: Ai de Nebo, porque foi destruída! Enver­
mas de ti não darei cabo; castigar-te-ei, mas Is 14.29-31;
gonhada está Quiriataim, já está tomada; a
Ez 25.15-17;
em justa medida; não te inocentarei de todo./ II 3.4-8; fortaleza está envergonhada e abatida/
Am 1.6-8; 2 A glória de Moabe já não é; em Hesbom
Profecia a respeito dos filisteus Sf 2.4-7;
tramaram contra ela, dizendo: Vinde, e elimi­
Zc 9.5-7
A 'H Palavra do Senhor que veio a Jere- nemo-la para que não seja mais povo; tam­
i / mias, o profeta, a respeito dos filis­
48.1 bém tu, ó Madmém, serás reduzida a silêncio;
'Nm 32.37-38;
teus, antes que Faraó ferisse a Gaza.* |r 25.21;
a espada te perseguirá.5
2 Assim diz o Senhor : Eis que do Norte Am 2.1-2 3 Há gritos de Horonaim: Ruína e grande
se levantam as águas, e se tomarão em torren­ destruição!'
48.2 Ms 15.4
tes transbordantes, e inundarão a terra e a sua 4 Destruída está Moabe; seus filhinhos fi­
plenitude, a cidade e os seus habitantes; cla­ 48.3 tjr 48.5 zeram ouvir gritos.

46.25 Amom de Nô. Amom significa "oculto", referindo-se 47.2 Águas, usadas como símbolo de um exército (Is 8.7).
aos movimentos invisíveis do vento. Associado com Rê, o
47.4 Caftor. 0 lugar original de habitação dos filisteus, que é
deus-Sol; era adorado em Nô ou Tebas, capital do Alto Egito
a Creta como se vê nas últimas descobertas arqueológicas
como Amom-Rê, deus supremo. Amom era também repre­
daquela ilha (D t 2.23; Am 9.7).
sentado por uma cabeça de carneiro em corpo de homem.
46.28 Castigar-te-ei. Isso, juntamente com uma mensagem 47.5 Gaza, Ascalom. Duas cidades dos filisteus.
de consolo, frisa o alvo de jeová, que era levá-los ao arrepen­ 48.1 Moabe. 0 rico planalto a leste do mar Morto. Nebo.
dim ento e à mudança de conduta. Seu propósito era constru­ Aqui se refere à cidade, e não à montanha (Nm 33.47;
tivo. • N. Hom. O cap 46 mostra a inutilidade de uma nação D t 34.1).
que vive longe da comunhão com Deus, preparou-se para a
guerra (2 -4 ), tentar expandir sua influência (7 -9 ), procurar 48.1 Quiriataim. Provavelmente "Kureyat", 16 quilômetros
seus ídolos nacionais, (15), dos seus líderes (17), e dos seus ao norte do mar Morto. Fortaleza. Um "alto refúgio", um
aliados (21). Cada cidadão deve abrir sua Bíblia e ver quais os "forte alto".
males nacionais que pode ajudar a sanear pela fé, pela ora­ 48.2 Hesbom. Uma antiga e famosa cidade moabita, cerca de
ção, pela ação. 21 quilômetros a leste do extremo superior do mar Morto;
47.1 Gaza, possivelmente ferida por Neco, em cerca de capital de Seom dos amorreus, denominada assim por causa
608 a.C. Era uma junção de estradas para caravanas vindas do rei Seom. Depois de ter caído por sorte a Rúben, caiu nas
do Egito e da Arábia. mãos dos moabitas ()s 13.17; Is 15.4). Madmém. Moabe.
JEREMIAS 46.5 1126
apresentai-vos com elmos; poli as lanças, 46.5 <?|r 6.25
donosor*v, rei da Babilônia, para ferir a terra
vesti-vos de couraças. do Egito:
5 Por que razão vejo os medrosos vol­ 46.6 rDn 11.19 14 Anunciai no Egito e fazei ouvir isto em
tando as costas? Estão derrotados os seus va­ Migdol; fazei também ouvi-lo em Mênfis e
lentes e vão fugindo, sem olhar para trás; há em Tafnes; dizei: Apresenta-te e prepara-te;
4 6.7 ! Is 8.7-8;
terror ao redor, diz o S e n h o r . í Dn 11.22 porque a espada já devorou o que está ao
6 Não fuja o ligeiro, nem escape o valente; redor de ti."
para o lado do Norte, junto à borda do rio 15 Por que foi derribado o teu Touro? Não
46.91 Is 66.19 se pôde ter de pé, porque o S e n h o r o abateu.
Eufrates, tropeçaram e caíram/
7 Quem é este que vem subindo como o 16 O Senhor multiplicou os que tropeça­
Nilo, como rios cujas águas se agitam?5 46.10 vam; também caíram uns sobre os outros e
uDt 32.42; disseram: Levanta-te, e voltemos ao nosso
8 O Egito vem subindo como o Nilo, Ez 39.17; Sf 1.7
como rios cujas águas se agitam; ele disse: povo e à terra do nosso nascimento, por causa
Subirei, cobrirei a terra, destruirei a cidade e da espada que oprime, v
os que habitam nela. 46.11 ''Is 47.1; 17 Ali, apelidarão a Faraó, rei do Egito, de
Ez 30.21 Espalhafatoso, porque deixou passar o tempo
9 Avançai, ó cavaleiros, estrondeai, ó car­
adequado.
ros, e saiam os valentes; os etíopes e os de
46.13 18 Tão certo como vivo eu, diz o Rei, cujo
Pute, que manejam o escudo, e os lídios, que
*vjr43.10-l3 nome é S e n h o r dos Exércitos, certamente,
manejam e entesam o arco. ‘
como o Tabor é entre os montes e o Carmelo
10 Porque este dia é o Dia do Senhor, o
junto ao mar, assim ele virá.2
S e n h o r dos Exércitos, dia de vingança con­ 46.14 *Jr 46.3-4
19 Prepara a tua bagagem para o exílio, ó
tra os seus adversários; a espada devorará,
moradora, filha do Egito; porque Mênfis se
fartar-se-á e se embriagará com o sangue de­ 46.16 rLv 26.37 tomará em desolação e ficará arruinada e sem
les; porque o Senhor, o S e n h o r dos Exérci­ moradores.0
tos tem um sacrifício na terra do Norte, junto 20 Novilha mui formosa é o Egito; mas
46.18 ^ls 47.4
ao rio Eufrates.u mutuca do Norte já lhe vem, sim, vem.b
11 Sobe a Gileade e toma bálsamo, ó vir­ 21 Até os seus soldados mercenários no
gem filha do Egito; debalde multiplicas remé­ 46.19 «Is 20.4
meio dele, bezerros cevados, viraram as cos­
dios, pois não há remédio para curar-te.'' tas e fugiram juntos; não resistiram, porque
12 As nações ouviram falar da tua vergo­ 46.20 í>|r 1.14 veio sobre eles o dia da sua ruína e o tempo
nha, e a terra está cheia do teu clamor; por­ do seu castigo.c
que, fugindo o valente, tropeçou no valente, e 22 Faz o Egito um ruído como o da ser­
46.21 cSI 37.13
ambos caíram juntos. pente que foge, porque os seus inimigos vêm
1 3 Palavra que falou o S e n h o r a Jere­ contra ele, com machados, quais derribadores
mias, o profeta, acerca da vinda de Nabuco- 46.22 d|s 29.4 de árvores.d

46.9 Valentes. As tropas mercenárias, que desde os dias de 46.17 Espalhafatoso. Em 25.31, "estrondo" é a mesma pala­
Psamético formavam a força principal dos exércitos egípcios. vra original. Também usada para indicar descanso luxuoso,
Pute. Somalilândia (Ez 30.5; Dn 11.43). Lídios. Os que viviam desordem. "Descuidado" que fica quieto numa época de
na fronteira ocidental do Egito. caos. A palavra subentende vaidade, abandono, em suma,
46.11 Os egípcios eram conhecidos por sua habilidade na "boa vida".
medicina. Ciro e Dario haviam mandado buscar médicos 46.18 Tabor. A montanha acima das planícies de Jezreel que
egípcios. Bálsamo. Vd 8.22n. se destacava na paisagem da área, assim como o Carmelo se
46.14 Migdol. Era a cidade de fronteira do nordeste do Egito. elevava acima da costa marítima para sobressair na área ao
M ênfis... Tafnes, vd notas em 2.16 e 43.7. Apresenta-te, isto seu derredor. O inimigo do Egito será uma grande força do-
é, põe-te em guarda para resistir ao invasor (2 Sm 23.12). minadora.

46.15 Touro. Alusão a Ápis, o boi dos egípcios (SI 22.12b); os 46.19 Bagagem. "Reúne os bens de tua casa, os vestidos e as
touros de Basã. Ápis era adorado em Mênfis, e os bois eram provisões, tudo de quanto vieres a necessitar no exílio".
chamados de "poderosos", assim como jeová é chamado "o 46.20 Mutuca. Símbolo de Babilônia. Ela ferroava, forçando
Poderoso de Israel". os egípcios a fugirem.
46.16 Voltemos. A vida luxuosa dos egípcios os debilitara, e 46.22 Serpente. Fazia parte importante da religião egípcia.
os soldados alugados lutavam por eles. Quando a batalha se "Kneph" era o nome da serpente que adoravam. A ênfase
dava contra o Egito, os mercenários resolviam fugir para suas aqui recai sobre a fraqueza do Egito, como o sussurro de uma
terras de origem. serpente em fuga.
JEREMIAS 48.5 1128
5 Pela subida de Luíte, eles seguem com 48.Su Is 15.5 14 Como dizeis: Somos valentes e ho­
choro contínuo; na descida de Horonaim, se mens fortes para a guerra?c
48.6 v]r 17.6
ouvem gritos angustiosos de ruína.u 15 Moabe está destruído e subiu das suas
6 Fugi, salvai a vossa vida, ainda que ve­ 48.7 cidades, e os seus jovens escolhidos desceram
nhais a ser como o arbusto solitário no "Nm 21.29; à matança, diz o Rei, cujo nome é S e n h o r
Is 46.1-2
deserto.1' dos Exércitos.d
7 Pois, por causa da tua confiança nas tuas 48.8 *|r 6.18 16 Está prestes a vir a perdição de Moabe,
obras e nos teus tesouros, também tu serás e muito se apressa o seu mal.
tomada; Quemos sairá para o cativeiro com 48.9 /SI 55.6 17 Condoei-vos dele, todos os que estais
os seus sacerdotes e os seus príncipes junta­ ao seu redor e todos os que lhe sabeis o nome;
48.10 z)z 5.23;
mente. w ISm 15.3,9;
dizei: Como se quebrou a vara forte, o cajado
8 Virá o destruidor sobre cada uma das 1Rs 20.42 formoso !e
cidades, e nenhuma escapará; perecerá o vale, 18 Desce da tua glória e assenta-te em
48.11 oSf 1.12 terra sedenta, ó moradora, filha de Dibom;
e se destruirá a campina; porque o S e n h o r o
porque o destruidor de Moabe sobe contra ti
disse." 48.13
fcjz 11.24; e desfaz as tuas fortalezas/
9 Dai asas a Moabe, porque, voando,
lR s ll.7 19 Põe-te no caminho e espia, ó moradora
sairá; as suas cidades se tomarão em ruínas, e
de Aroer; pergunta ao que foge e à que es­
ninguém morará nelas, y 48.14 cls 16.6
capa: Que sucedeu?®
10 Maldito aquele que fizer a obra do
48.15 d|r 46.18 20 Moabe está envergonhado, porque foi
S e n h o r relaxadamente! Maldito aquele que
abatido; uivai e gritai; anunciai em Amom
retém a sua espada do sangue !z 48.17 eis 9.4 que Moabe está destruído/
11 Despreocupado esteve Moabe desde a 21 Também o julgamento veio sobre a
sua mocidade e tem repousado nas fezes do 48.18
terra da campina, sobre Holom, Jasa e
'Nm 21.30;
seu vinho; não foi mudado de vasilha para Jr 15.8 Mefaate,1
vasilha, nem foi para o cativeiro; por isso, 22 sobre Dibom, Nebo e Bete-Diblataim,
conservou o seu sabor, e o seu aroma não se 48.19 gDt 2.36; 23 sobre Quiriataim, Bete-Gamul e Bete-
alterou.0 ISm 4.13,16
Meom,
12 Portanto, eis que vêm dias, diz o 48.20 24 sobre Queriote e Bozra, e até sobre to­
S e n h o r , em que lhe enviarei trasfegadores, í>Nm 21.13 das as cidades da terra de Moabe, quer as de
que o trasfegarão; despejarão as suas vasilhas longe, quer as de perto./
e despedaçarão os seus jarros. 48.21 i|r 48.8
25 Está eliminado o poder de Moabe, e
13 Moabe terá vergonha de Quemos, 48.24 /(r 48.41
quebrado, o seu braço, diz o S e n h o r . * 1
como a casa de Israel se envergonhou de Be­ 26 Embriagai-o, porque contra o S e n h o r
tei, sua confiança.b 48.25 *SI 75.10 se engrandeceu; Moabe se revolverá no seu

48.5 Luíte. Ficava numa colina. Horonaim. Ficava em um vale. caso de Moabe, nenhum cuidado semelhante seria tomado,
48.6 Arbusto. Heb Aroer, quer dizer "toco m orto", que é tam­ mas Moabe seria tratada violentamente.
bém o nome de uma cidade de Moabe (v 19). 48.15 Pouco depois da queda de Jerusalém, Nabucodonosor
48.7 Camos. Era o objeto da adoração nacional de Moabe invadiu a Moabe, talvez na expedição punitiva causada pela
(Nm 21.29; 1 Rs 11.7). Na qualidade de deus desta, era im ­ rebelião de Ismael (39.14n), e a nação nunca voltou a existir;
potente para impedir seu próprio cativeiro e o cativeiro de só existiam indivíduos conhecidos como moabitas (Ed 9.1;
seus adoradores. Ne 13.1,23).

48.8 Vale. Como em Js 13.11,27; provavelmente a larga de­ 48.17 Cajado formoso. É figura de força e autoridade. A glória
pressão em que se transforma o vale do jordão ao aproximar- nacional e o poder sobre outros (S1110.2; Is 14.29;
se do mar Morto. Campina. O planalto com cerca de 800 Ez 19.11,12,14).
metros acima do mar Mediterrâneo, onde se assediava a 48.18 Dibom. Ficava sobre colinas, cerca de 6 quilômetros ao
maioria das cidades moabitas (D t 3.10; js 13.9). norte do Arnom, e 23 quilômetros a leste do mar Morto.
48.11 Mocidade de Moabe. Datava do tem po da conquista Atualmente é uma ruína espantosa e sem qualquer coisa
dos emins aborígenes pelos moabitas (D t2 .1 0 ). Freqüente­ notável.
mente estavam em guerra, mas nunca haviam sido expulsos 48.19 Aroer. Seis quilômetros a suleste de Dibom, cerca de
de sua pátria original, que ficava ao sul do rio Arnom. 500 metros abaixo do rio Arnom.
48.12 Trasfegarão. Um processo efetuado lenta e cuidadosa­ 48.25 Eliminado, lit "o chifre de Moabe foi serrado". O chifre
mente para se proteger as jarras de barro e remover-se o era um dos símbolos de poder. O braço é sua influência inter­
vinho claro que deixava o sedimento no vaso original. No nacional.
1129 JEREMIAS 48.46
vômito e será ele também objeto de es­ 48.26 i\r 25.15 geme por causa dos homens de Quir-Heres;
cárnio. 1 porquanto já se perdeu a abundância que
48.27 rn)r 2.26
27 Pois Israel não te foi também objeto de ajuntou.1'
escárnio? Mas, acaso, foi achado entre la­ 48.28 37 Porque toda cabeça ficará calva, e toda
drões, para que meneies a cabeça, falando "SI 55.6-7; barba, rapada; sobre todas as mãos haverá
)r 55.9
dele?m incisões, e sobre os lombos, pano de saco. "
28 Deixai as cidades e habitai no rochedo, 48.29 o|s 16.6 38 Sobre todos os eirados de Moabe e em
ó moradora de Moabe; sede como as pombas todas as suas praças há pranto, porque fiz
que se aninham nos flancos da boca do 48.30 Pis 16.6 Moabe em pedaços, como vasilha de barro
abismo." que não agrada, diz o S e n h o r . Como está
29 Ouvimos falar da soberba de Moabe, 4 8 .il <)Is 15.5
desfalecido!*
que de fato é extremamente soberba, da sua 39 Como uivam! Como, de vergonha, vi­
48.32 rls 16.8-9
arrogância, do seu orgulho, da sua sobrance­ rou Moabe as costas! Assim, se tomou Moabe
ria e da altivez do seu coração.0 48.33 sls 16.10 objeto de escárnio e de espanto para todos os
30 Conheço, diz o S e n h o r , a sua insolên­ que estão em seu redor.
cia, mas isso nada é; as suas gabarolices nada 48.34 <ls 15.4-6
40 Porque assim diz o S e n h o r : Eis que
farão. P
48.35 u Is 15.2 voará como a águia e estenderá as suas asas
31 Por isso, uivarei por Moabe, sim, grita­
contra Moabe.)'
rei por todo o Moabe; pelos homens de Quir- 48.36 Ws 15.5 41 São tomadas as cidades, e ocupadas, as
Heres lamentarei.'?
fortalezas; naquele dia, o coração dos valen­
32 Mais que a Jazer, te chorarei a ti, ó vide 48.37
"Gn 37.34; tes de Moabe será como o coração da mulher
de Sibma; os teus ramos passaram o mar,
Jr 47.5 que está em dores de parto.2
chegaram até ao mar de Jazer; mas o destrui­
dor caiu sobre os teus frutos de verão e sobre 42 Moabe será destruído, para que não
48.38 *|r 22.28
a tua vindima/ seja povo, porque se engrandeceu contra o
48.40 S e n h o r .0
33 Tirou-se, pois, o folguedo e a alegria
vDt 28.49; 43 Terror, cova e laço vêm sobre ti, ó mo­
do campo fértil e da terra de Moabe; pois fiz |r 49.22; Os 8.1
cessar nos lagares o vinho; já não pisarão radora de Moabe, diz o S e n h o r . h
uvas com júbilo; o júbilo não será júbilo.5 48.41 ^Is 13.8; 44 Quem fugir do terror cairá na cova, e,
34 Ouve-se o grito de Hesbom até Eleale Mq 4.9 se sair da cova, o laço o prenderá; porque
e Jasa, e de Zoar se dão gritos até Horonaim trarei sobre ele, sobre Moabe, o ano do seu
48.42 o SI 83.4
e Eglate-Selisias; porque até as águas do Nin- castigo.c
rim se tomaram em assolação.1 48.43 45 Os que fogem param sem forças à som­
35 Farei desaparecer de Moabe, diz o 6|s 24.17-18 bra de Hesbom; porém sai fogo de Hesbom e
S e n h o r , quem sacrifique nos altos e queime labareda do meio de Seom e devora as têmpo­
48.44 c|r 11.23
incenso aos seus deuses.u ras de Moabe e o alto da cabeça dos filhos do
36 Por isso, o meu coração geme como 48.45
tumulto.d
flautas por causa de Moabe, e como flautas dNm 21.28 46 Ai de ti, Moabe! Pereceu o povo de

48.28 Boca do abismo. Quer dizer apenas "nos declives dos 48.36 Flautas geme. Eram usadas nos funerais, pelo que é um
penhascos". símbolo de lamentação.
48.29,30 O orgulho é a forma mais severa de resistência 48.37 Todas essas coisas são símbolos de lamentação. Vd
diante de Deus, uma vez que consiste na adoração do eu. 16.6n.
48.31 Quir-Heres. Is 16.7. É a atual Kerak, 29 quilômetros ao 48.40 Águia. Representa o adversário, isto é, Babilônia ou
sul do Arnom e 13 quilômetros a leste do mar Morto; uma Nabucodonosor (Ez 17.1 -1 7 ).
poderosa fortaleza numa colina m uito inclinada rodeada por 48.42 Destruído. Nabucodonosor subjugou a Moabe (605 a
ravinas. 562 a.C.), mas continuou existindo como raça até o primeiro
48.33 Júbilo. Vd nota sobre Eia! em 25.30. No hebraico, a século d.C., ainda que a existência como nação tanto para
palavra é a mesma. Assim sendo, o "Eia"! não era apenas dos Moabe como para Amom, parecia haver cessado m uito antes
pisadores de uvas, mas era também um grito de guerra. do tempo de Cristo.
48.34 Eleale. Menos de 2 quilômetros ao norte de Hesbom. 48.45 Hesbom. Refugiar-se ali era inútil visto que seria um
Ninrim, provavelmente é a moderna "Wadi Numeirah", no dos primeiros lugares a cair (2). Seom. Outro dos nomes de
extremo suleste do mar M orto. Assolação. As fontes de água Hesbom (vd nota em 48.2; Nm 21.26; Dt 2.26). Nesse tempo
seriam cortadas (2 Rs 3.25). era controlado pelos amonitas (49.3).
JEREMIAS 48.47 1130
Quemos, porque teus filhos ficaram cativos, e 48.46 6 Mas depois disto mudarei a sorte dos
eNm 21.29
tuas filhas, em cativeiro.e filhos de Amom, diz o Senhor.k
47 Contudo, mudarei a sorte de Moabe,48.47 '(1-47)
nos últimos dias, diz o Se n h o r . Até aqui o Is 15.1-16.14; Profecia a respeito dos edomitas
25.10-12;
juízo contra Moabe/ Ez 25.8-11; 7 A respeito de Edom. Assim diz o
Am 2.1-3;
Se n h o r dos Exércitos: Acaso, já não há sa­
Profecia a respeito dos amonüas Sf 2.8-11
bedoria em Temã? Já pereceu o conselho dos
/ j A A respeito dos filhos de Amom. As-
49.1 gEz 21.28; sábios? Desvaneceu-se-lhe a sabedoria?'
H " Zs sim diz o S e n h o r : Acaso, não tem Sf 2.8-9
8 Fugi, voltai, retirai-vos para as caver­
Israel filhos? Não tem herdeiro? Por que,
49.2 ^Ez 25.5 nas, ó moradores de Dedã, porque eu trarei
pois, herdou Milcom a Gade, e o seu povo
sobre ele a ruína de Esaú, o tempo do seu
habitou nas cidades dela?s 49 .3 'Is 32.11; castigo.™
2 Portanto, eis que vêm dias, diz o Am 1.15
9 Se vindimadores viessem a ti, não deixa­
S e n h o r , em que farei ouvir em Rabá dos
49.4/Jr 3.14 riam alguns cachos? Se ladrões, de noite, não
filhos de Amom o alarido de guerra, e tomar-
se-á num montão de ruínas, e as suas aldeias te danificariam só o que lhes bastasse?"
4 9 .6 * 0 -6 ) 10 Mas eu despi a Esaú, descobri os seus
serão queimadas; e Israel herdará aos que o Ez 21.28-32;
herdaram, diz o S e n h o r . h 25.1-7; esconderijos, e não se poderá esconder; está
3 Uiva, ó Hesbom, porque é destruída Ai;
Am 1.13-15; destruída a sua descendência, como também
5f 2.8-11
clamai, ó filhos de Rabá, cingi-vos de cilício, seus irmãos e seus vizinhos, e ele já não é .°
lamentai e dai voltas por entre os muros; por­ 49.7 'Is 19.11 ; 11 Deixa os teus órfãos, e eu os guardarei
que Milcom irá em cativeiro, juntamente com Aml.11 em vida; e as tuas viúvas confiem em mim.
os seus sacerdotes e os seus príncipes.' 12 Porque assim diz o S e n h o r : Eis que os
49.8 mJr 25.23
4 Por que te glorias nos vales, nos teus que não estavam condenados a beber o cálice
luxuriantes vales, ó filha rebelde, que confias 49.9 totalmente o beberão, e tu serias de todo ino­
"Ob 5.1-21 centado? Não serás tido por inocente, mas
nos teus tesouros, dizendo: Quem virá con­
tra mim?/ certamente o beberás.P
49.10 °ls 17.14
5 Eis que eu trarei terror sobre ti, diz o 13 Porque por mim mesmo jurei, diz o
Senhor, o S e n h o r dos Exércitos, de todos os 49.12 P \ t 25.29 S e n h o r , que Bozra será objeto de espanto, de
que estão ao redor de ti; e cada um de vós será opróbrio, de assolação e de desprezo; e todas
49.13
lançado em frente de si, e não haverá quem qCn 22.16;
as suas cidades se tomarão em assolações per­
recolha os fugitivos. Am 6.8 pétuas.?

48.47 Mudarei a sorte, vd 29.14n. Últimos dias. Nos tempos 49.7 Temã. Um distrito ao norte de Edom (|ó 2.11; Ez 25.13;
messiânicos (23.20), Moabe será'restaurada. Os sinais de sua Am 1.12). Modernamente, Tawilan, 5 quilômetros a leste de
restauração são evidentes, atualmente. Selá (Petra).

49.1 Milcom. Nome do deus nacional dos amonitas; "M olo­ 49.8 Dedã. Vizinhos de Edom no sudeste, a cujos moradores
que", "M ilcom ", "Melcarte" e "Malcau" são todos o equiva­ foi ordenado fugirem, se é que desejavam escapar da mesma
lente do hebraico "Meleque", o qual quer dizer "Rei" (1 Reis sorte de Edom (Is 21.13).
11.5; 2 Reis 23.13). 49.10 Esaú. Refere-se a Edom (Cn 25.30). Ladrões notum cí
e colhedores de uvas, usualmente deixam coisa para trás, maí
49.2 Rabá, atualmente "Amam", sua capital, no rio Jaboque,
o Senhor destruiria Edom totalmente. Seus irmãos. Eles se ha­
cerca de 22 quilômetros a nordeste de Hesbom, capital da
viam misturado com os amalequitas por meio do casamentr
lordânia. Em 1900, era uma pequena vila; em 1960 contava
(Gn 36.12), e também com os horeus (Gn 36.20ss), e os sidó-
com 200.000 habitantes.
nios (1 Cr 4.42).
49.3 Ai. Uma cidade amonita a leste do Jordão, mencionada
49.12 Se Israel, sendo escolhida e privilegiada, tinha de sc-
apenas aqui. Não é a cidade de Ai mencionada em |s 7 e 8.
frer a punição, então Edom não tinha possibilidade de escí-
Cingi-vos de cilício. Outro meio de lamentar-se ou de mostrar-
par ao juízo, por causa de suas iniqüidades. Do ponto de vista
se arrependimento (48.36,37; 16.6).
de jeová, o castigo de jerusalém era uma "obra estranha'
49.4 Luxuriantes vales. Uma larga planície aberta, a 850 me­ (Is 28.21).
tros acima do nível do mar. Era cercada de colinas por três 49.13 Essa área continua desolada até hoje. Bozra. Uma o
lados, e Rabá foi edificada nessa planície. dade ao norte de Edom, atualmente Busaireh, cerca de 32
49.6 Sorte. Vd 29.14 e 48.7. Essa nação tem sido restaurada quilômetros a sudeste do mar M orto (Is 34.6; 63.1; Am 1.1?
e sua capital fica no reino, em Amam. jr 48.24). Era grande cidade-fortaleza.
1131 JEREMIAS 49.29
Os pecados e o castigo de Edom 49.14 22 Eis que como águia subirá, voará e es­
rOb 1.2-3
14 Ouvi novas da parte do Senhor, e um tenderá as suas asas contra Bozra; naquele
mensageiro foi enviado às nações, para lhes 49.16 dia, o coração dos valentes de Edom será
dizer: Ajuntai-vos, e vinde contra ela, e le­ sjó 39.27; como o coração da mulher que está em dores
Ob 4.1-21
vantai-vos para a guerra/ de parto.)'
15 Porque eis que te fiz pequeno entre as 49.17 t|r 18.16
nações, desprezado entre os homens. Profecia a respeito de Damasco
49.18
16 O terror que inspiras e a soberba do teu "Gn 19.24-25 23 A respeito de Damasco. Envergonhou-
coração te enganaram. Tu que habitas nas se Hamate e Arpade; e, tendo ouvido más
fendas das rochas, que ocupas as alturas dos 49.19 novas, cambaleiam; são como o mar agitado,
vÊx 15.11;
outeiros, ainda que eleves o teu ninho como a Jr 12.5 que não se pode sossegar.2
águia, de lá te derribarei, diz o Senhor.5 24 Enfraquecida está Damasco; virou as
17 Assim, será Edom objeto de espanto; 49.20 w)r 50.45 costas para fugir, e tremor a tomou; angústia
todo aquele que passar por ele se espantará e e dores a tomaram como da que está de
49.21 *Jr 50.46
assobiará por causa de todas as suas pragas.1 parto. °
18 Como na destruição de Sodoma e Go- 49.22 y( 7-22) 25 Como está abandonada a famosa ci­
morrau e das suas cidades vizinhas, diz o Is 34.1-17; dade, a cidade de meu folguedo!b
63.1-6;
Senhor, assim não habitará ninguém ali, Ez 25.12-14; 26 Portanto, cairão os seus jovens nas suas
nem morará nela homem algum. 35.1-15; praças; todos os homens de guerra serão redu­
19 Eis que, como sobe o leãozinho da flo­ Am 1.11-12; zidos a silêncio naquele dia, diz o Senhor
Ob 1-14;
resta jordânica contra o rebanho em pasto Ml 1.2-5 dos Exércitos.c
verde, assim, num momento, arrojarei dali a 27 Acenderei fogo dentro do muro de Da­
Edom e lá estabelecerei a quem eu escolher. 49.23 *ls 17.1; masco, o qual consumirá os palácios de Ben-
2c 9.1-2
Pois quem é semelhante a mim? Quem me Hadade.d
pedirá contas? E quem é o pastor que me 49.24 ois 13.8
poderá resistir? v Profecia a respeito da Arábia
49.25 b|r 33.9
20 Portanto, ouvi o conselho do Senhor 28 A respeito de Quedar e dos reinos de
que ele decretou contra Edom e os desígnios 49.26 cjr 50.30 Hazor, que Nabucodonosor, rei da Babilônia,
que ele formou contra os moradores de Temã; feriu. Assim diz o Senhor: Levantai-vos,
certamente, até os menores do rebanho serão 49.27 <<(23-27) subi contra Quedar e destruí os filhos do
Is 17.1-3;
arrastados, e as suas moradas, espantadas por Am 1.3-5; Zc 9.1 Oriente.e
causa deles.w 29 Tomarão as suas tendas, os seus reba­
21 A terra estremeceu com o estrondo da 49.28 e\1 6.3; nhos; as lonas das suas tendas, todos os seus
Is 21.13
sua queda; e, do seu grito, até ao mar Verme­ bens e os seus camelos levarão para si; e lhes
lho se ouviu o som.x 49.29 f51120.5 gritarão: Há horror por toda parte!'

4 9 .1 4-2 2 Os pecados de Edom contra outros povos foram ovelhas mais incapazes (15.3).
apontados pelo profeta Amós, dois séculos antes,
Am 1.11-12. Acrescenta-se a isto o golpe traiçoeiro desferido 49.23 Damasco. Capital da Síria, usada para referir-se à na­
contra Jerusalém depois da sua destruição pelos caldeus em ção como um todo. Hamate, 176 quilômetros ao norte de
587 a.C. (S1137.7; Lm 4.21,22; Ez 25.12-14; 35.15; Jl 3.19), Damasco. Fica no rio Orontes. Arpade. Cento e cinqüenta de
quando tiraram vantagem da queda daquela nação vizinha. dois quilômetros ao norte de Hamate (2 Rs 18.34; 19.13;
Is 10.9). Cambaleiam, ou "de rre te m -se", com o em
49.16 Alturas. Uma alusão à topografia física de Edom. Petra,
Am 9.5,13; Na 1.5; ou como "esmorecem", cf Êx 15.15.
sua capital, ficava num anfiteatro de montanhas, acessível so­
mente através de uma estreita garganta serpenteante, cha­ 49.27 Ben-Hadade: Era o nome de diversos reis da Síria, e
mada Sik. significa "filho de Hadade" (2 Cr 16.2n).
49.18 Suas.. , vizinhas. Admá e Zeboim foram destruídas
49.28 Quedar. Uma rica tribo pastoral (Is 60.7), famosa por
juntamente com Sodoma e Gomorra (Gn 14.2,8; 19.28; vd
seus arqueiros (Is 21.17). Viviam em vilas (Is 42.11), no de­
também Jr 20.16n).
serto a leste e a sudeste da Palestina (Is 21.16,17; Jr 2.10),
49.19 Rebanho. Mesma palavra que malhada, em 25.30; vd sendo freqüentemente mencionados nas inscrições assírias.
nota. Pastores. Vd 10.21 n. Quem me pedirá contas? É a mesma Hazor, ou "estabelecimentos em vilas", provavelmente é um
expressão encontrada em |ó 9.19. substantivo coletivo, que se refere a tribos árabes, que viviam
49.20 Moradas. Mesma palavra que rebanho, no v 19. Arras­ em estabelecimentos ou vilas fixas. Não eram nômades como
tados. É a figura de cães ou feras agarrando e arrastando as outros árabes.
JEREMIAS 49.30 1132
30 Fugi, desviai-vos para mui longe, reti­ 49.30 9jr 49.8 38 Porei o meu trono em Elão e destruirei
rai-vos para as cavernas, ó moradores de Ha- dali o rei e os príncipes, diz o S e n h o r . 0
49.31
zor, diz o S e n h o r ; porque Nabucodonosor, fiNm 23.9;
39 Nos últimos dias, mudarei a sorte de
rei da Babilônia, tomou conselho e formou Ez 38.11 Elão, diz o S e n h o r .p
desígnio contra vós outros.9
31 Levantai-vos, 6 babilônios, subi contra 49.32 <Jr 5.36 Profecia a respeito da Babilônia
uma nação que habita em paz e confiada, diz C A Palavra que falou o S e n h o r contra a
o S e n h o r ; que não tem portas, nem ferro- 49.33 j|r 1.18 J U Babilônia e contra a terra dos cal­
lhos; eles habitam a sós.'’ deus, por intermédio de Jeremias, o profeta.1)
49.34 k]r 25.25
32 Os seus camelos serão para presa, e a 2 Anunciai entre as nações; fazei ouvir e
multidão dos seus gados, para despojo; espa­ arvorai estandarte; proclamai, não encubrais;
49.35 I Is 22.6
lharei a todo vento aqueles que cortam os dizei: Tomada é a Babilônia, Bel está confun­
cabelos nas têmporas e de todos os lados lhes dido, e abatido, Merodaque; cobertas de ver­
49.36 ">|r 49.32
trarei a ruína, diz o S e n h o r .' gonha estão as suas imagens, e seus ídolos
33 Hazor se tomará em morada de cha­ 49.37 " jr 9.16
tremem de terror/
cais, em assolação para sempre; ninguém ha­ 3 Porque do Norte subiu contra ela uma
bitará ali, homem nenhum habitará nela./ 49.38 °]r 43.10 nação que tomará deserta a sua terra, e não
haverá quem nela habite; tanto os homens
Profecia a respeito dos elamitas 49.39 Pjr 48.6 como os animais fugiram e se foram.5
34 Palavra do S e n h o r que veio a Jere­ 4 Naqueles dias, naquele tempo, diz o
mias, o profeta, contra Elão, no princípio do 50.1 9 Is 13.1 S e n h o r , voltarão os filhos de Israel, eles e os
reinado de Zedequias, rei de Judá, dizendo:k filhos de Judá juntamente; andando e cho­
35 Assim diz o S e n h o r dos Exércitos: 50.2 Ms 46.1 rando, virão e buscarão ao S e n h o r , seu
Eis que eu quebrarei o arco de Elão, a fonte Deus.'
50.3
do seu poder.' 5 Perguntarão pelo caminho de Sião, de
Jls 13.17-18;
36 Trarei sobre Elão os quatro ventos dos Jr 13.39-40 rostos voltados para lá, e dirão: Vinde, e
quatro ângulos do céu e os espalharei na dire­ unamo-nos ao S e n h o r , em aliança eterna
ção de todos estes ventos; e não haverá país 50.4 que jamais será esquecida.u
aonde não venham os fugitivos de Elão.m (Ed 3.12-13; 6 O meu povo tem sido ovelhas perdidas;
Jr 31.9; Zc 12.10
37 Farei tremer a Elão diante de seus ini­ seus pastores as fizeram errar e as deixaram
migos e diante dos que procuram a sua morte; 50.5 ujr 31.31
desviar para os montes; do monte passaram
farei vir sobre os elamitas o mal, o brasume ao outeiro, esqueceram-se do seu redil.1'
da minha ira, diz o S e n h o r ; e enviarei após 50.6 vls 53.6; 7 Todos os que as acharam as devoraram;
eles a espada, até que venha a consumi-los." 1Pe 2.25 e os seus adversários diziam: Culpa nenhuma

49.31 Babilônios. Entre 599 e 598 a.C., Nabucodonosor lide­ 50.2 Bel, "senhor". Uma divindade babilônica, originalmente
rou uma bem sucedida expedição contra as tribos árabes do o deus principal de Nipur. Merodaque; "M arduque". Deus su­
deserto, a leste da Síria-Palestina. Tais tribos não tinham for­ premo da Babilônia. Imagens, lit "blocos-ídolos" que algumas
talezas, e não podiam escapar do ataque em massa da Babilô­ vezes assumem forma de longos cones. Um termo de des­
nia. Isto foi antes da queda de Jerusalém, mas depois destas prezo, empregado 39 vezes por Ezequiel.
profecias, que pertencem ao período ativo de Jeremias.
50.3 Norte. A Média ficava a nordeste da Babilônia
49.34 Elão. A leste da Babilônia e do rio Tigre. A média ficava (51.11,28; Is 13.17). A Babilônia caiu sob o poder da Média
ao norte e a Pérsia ficava a leste. Foram espalhados entre as em outubro de 539 a.C.
nações por causa da ajuda que prestaram a Nabucodonosor.
Alguns deles ouviam o evangelho em seu idioma no dia de 50.4 A queda da Babilônia seria sinal do livramento e da
Pentecostes. Em cerca de 640 a.C., Elão foi subjugada por volta do penitente povo de Deus, então novamente unido
Assurbanípal. No fim do exílio, era uma província quando os (3.12,18,21-25).
judeus regressaram do exílio. Os elamitas procuraram impedir
50.5 Sião. Procurariam ser um povo cujas leis e justiça, e cuja
a reconstrução de Jerusalém (Ed 4.9). Estavam extintos pelo
prática religiosa seriam ao redor do Templo de Deus e da Sua
século XI de nossa era. Atualmente fazem parte da Pérsia sob
Palavra revelada.
o nome de Cuzistão. Foi-lhes prometida a restauração nos
"últimos dias". 50.6 Desviar para os montes. Uma referência definida aos lu­
49.38 Meu trono. A soberania de Deus seria revelada como gares altos, onde o povo apreciava a prática da idolatria, prá­
poder supremo naquela nação. Comp Dn 4.17; 5.17-31 (e tica essa encorajada pelos seus líderes. Redil, "pasto de
notas). justiça".
1133 JEREMIAS 50.23
teremos; porque pecaram contra o S e n h o r , a 50.7 *SI 22.4; terra os seus m uros; p ois esta é a vingança do
Dn 9.16
morada da justiça, e contra a esperança de S e n h o r ; v in g a i-v os dela; fa zei-lh e a ela o
seus pais, o S e n h o r . w 50.8 «Ap 18.4
que ela fe z .d
8 Fugi do meio da Babilônia* e saí da 16 Eliminai da Babilônia o que semeia e o
terra dos caldeus; e sede como os bodes que 50.9 y2Sm 1.22 que maneja a foice no tempo da sega; por
vão adiante do rebanho. causa da espada do opressor, virar-se-á cada
9 Porque eis que eu suscitarei e farei subir 50.10 um para o seu povo e cada um fugirá para a
contra a Babilônia um conjunto de grandes ^Ap 17.16 sua terra.e
nações da terra do Norte, e se porão em or­ 17 Cordeiro desgarrado é Israel; os leões
50.11 <J|s47.6
dem de batalha contra ela; assim será tomada. o afugentaram; primeiro, devorou-o o rei da
As suas flechas serão como de destro guer­ Assíria, e, por fim, Nabucodonosor o de-
50.13 i>|r 25.12
reiro, nenhuma tomará sem efeito.)' sossou/
10 A Caldéia servirá de presa; todos os 50.14 c]r 49.29
18 Portanto, assim diz o S e n h o r dos
que a saquearem se fartarão, diz o S e n h o r ;2 Exércitos, o Deus de Israel; Eis que castigarei
11 ainda que vos alegrais e exultais, ó sa­ 50.15 o rei da Babilônia e a sua terra, como casti­
queadores da minha herança, saltais como be­ d1Cr 29.24; guei o rei da Assíria.
2Cr 30.8;
zerros na relva e rinchais como cavalos 19 Farei tomar Israel para a sua morada, e
Jr 51.6,11,58;
fogosos,0 Ez 17.18 pastará no Carmelo e em Basã; fartar-se-á na
12 será mui envergonhada vossa mãe, será região montanhosa de Efraim e em Gileade.s
confundida a que vos deu à luz; eis que ela 50.16 e \s 13.14 20 Naqueles dias e naquele tempo, diz o
será a última das nações, um deserto, uma S e n h o r , buscar-se-á a iniqüidade de Israel, e
terra seca e uma solidão. 50.17 f2Rs 17.6 já não haverá; os pecados de Judá, mas não se
13 Por causa da indignação do Se n h o r , acharão; porque perdoarei aos remanescentes
não será habitada; antes, se tomará de todo 50.19 sis 65.10; que eu deixar.h
Ez 34.13-14
deserta; qualquer que passar por Babilônia se 21 Sobe, ó espada, contra a terra dupla­
espantará e assobiará por causa de todas as 50.20 n Is 1.9
mente rebelde, sobe contra ela e contra os
suas pragas.0 m oradores da terra de castigo; assola irremis-
14 Ponde-vos em ordem de batalha em 50.21 sivelm ente, destrói tudo após eles, d iz o
redor contra Babilônia, todos vós que mane- <2Sm 16.11; S e n h o r , e fa ze segun do tudo o que te
2Rs 18.25;
jais o arco; atirai-lhe, não poupeis as flechas; m andei.1
2Cr 36.23;
porque ela pecou contra o S e n h o r . c Jr 34.22 22 Há na terra estrondo de batalha e de
15 Gritai contra ela, rodeando-a; ela já se grande destruição./
rendeu; caíram-lhe os baluartes, estão em 50.22 /Jr 51.54 23 Como está quebrado, feito em pedaços

50.8 Bodes.. . rebanho. A semelhança das cabras que persis­ Os residentes estrangeiros fugirão para suas terras.
tentemente se põem à testa do rebanho, assim Israel seria a 50.17 Israel. Os hebreus ficaram enfraquecidos quando a As­
primeira das nações exiladas a abandonar a Babilônia. síria conquistou o reino do norte, e a Babilônia complemen­
50.9 Suscitarei despertarei a Jeová; o Senhor soberano move tou a obra, esmagando os ossos de Judá (significa lit "tirou os
as próprias nações para que o reconheçam, para que discipli­ ossos").
nem outras nações, incluindo Seu povo escolhido, Israel. Vd
50.18 A Assíria havia pago a penalidade por causa da cruel­
Habacuque, pois esse é o tema das perguntas de Habacuque. dade contra o povo escolhido de Jeová, como se vê na descri­
50.12 Vosso mãe. Babilônia, segundo o pensamento dos cal­ ção da queda de Nínive, a capital, em Na 2 e 3.
deus, era reputada mãe dos seus cidadãos, e os cidadãos
50.20 Essa promessa aponta para o tempo do Novo Pacto
eram seus filhos. Entre os israelitas, uma idéia semelhante se
(31.34; 33.8).
vê em Os 2.4; 4.5.
50.21 Duplamente rebelde. No heb, merathaim, sendo um
50.13 Babilônia não foi destruída pelos persas, nem caiu ar­
jogo de palavras com o lugar babilônico Merrátim, que signi­
ruinada senão em 482 a.C.; nos dias de Alexandre, o Grande;
fica "rio amargo", e o vocábulo hebraico de som semelhante
houve uma tentativa de restaurar a cidade, mas a obra foi
que significa "duplam ente rebelde" ou "duplam ente
abandonada em 312 a.C.
amargo". Terra de castigo, no heb, Pacad. Um jogo de pala­
50.14 Arco. Os medos são mencionados como excelentes ar­ vras com o nome do local babilônico chamado Puküdu; um
queiros (Is 13.18). povo a leste do rio Tigre, na fronteira persa. A palavra heb de
50.15 Rendeu, lit, "deu sua m ão". Geralmente usada como som semelhante significa "visitação" ou "castigo". Ambos os
sinal de fidelidade, amizade, ratificando assim uma promessa termos foram usados para mostrar a destruição total da Babi­
(2 Rs 10.15; Ez 17.18; Ed 10.19). lônia.
50.16 O trabalho agrícola cessaria. Fugirá. . . terra. 50.23 Martelo. Aplicado à Babilônia (51.20-23).
JEREMIAS 50.24 1134
o martelo de toda a terra! Como se tomou a 50.23 Ms 14.6 que veio o teu dia, o tempo em que te hei de
Babilônia objeto de espanto entre as nações!* castigar/
24 Lancei-te o laço, ó Babilônia, e foste 50.241|r 51.8; 32 Então, tropeçará o soberbo, e cairá, e
Dn 5.30-31
presa, e não o soubeste; foste surpreendida e ninguém haverá que o levante; porei fogo às
apanhada, porque contra o Senhor te entre- suas cidades, o qual consumirá todos os seus
50.25 m|s 13.5
meteste.í arredores/
25 O Senhor abriu o seu arsenal e tirou 33 Assim diz o Senhor dos Exércitos:
50.27
dele as armas da sua indignação; porque o "SI 22.12; Os filhos de Israel e os filhos de Judá sofrem
Senhor, o Senhor dos Exércitos, tem obra a Jr 46.21 opressão juntamente; todos os que os levaram
realizar na terra dos caldeus.™ cativos os retêm; recusam deixá-los ir;
26 Vinde contra ela de todos os confins da 50.28 34 mas o seu Redentor é forte, S e n h o r
terra, abri os seus celeiros, fazei dela montões ojr 51.10-11 dos Exércitos é o seu nome; certamente, plei­
de ruínas, destruí-a de todo; dela nada fique teará a causa deles, para aquietar a terra e
de resto. 50.29 pAp 18.6 inquietar os moradores da Babilônia/
27 Matai à espada a todos os seus touros, 35 A espada virá sobre os caldeus, diz o
aos seus valentes; desçam eles para o mata­ 50.30 qjr 49.26 Senhor, e sobre os moradores da Babilônia,
douro; ai deles! Pois é chegado o seu dia, o sobre os seus príncipes, sobre os seus
tempo do seu castigo.n 50.31 rjr 50.27 sábios.u
28 Ouve-se a voz dos que fugiram e esca­ 36 A espada virá sobre os gabarolas, e fi­
param da terra da Babilônia, para anunciarem 50.32 sjr 21.14 carão insensatos; virá sobre os valentes dela,
em Sião a vingança do Senhor, nosso Deus, e ficarão aterrorizados.''
a vingança do seu templo.0 50.34 tis 47.4 37 A espada virá sobre os seus cavalos, e
29 Convocai contra Babilônia a multidão sobre os seus carros, e sobre todo o misto de
dos que manejam o arco; acampai-vos contra 50.35 u Is 47.13 gente que está no meio dela, e este será como
ela em redor, e ninguém escape. Retribuí-lhe mulheres; a espada virá sobre os tesouros
segundo a sua obraP; conforme tudo o que 50.36 '-Is 44.25 dela, e serão saqueados.w
fez, assim fazei a ela; porque se houve arro­ 38 A espada virá sobre as suas águas, e
gantemente contra o Senhor, contra o Santo 50.37 estas secarão; porque a terra é de imagens de
>v|r 25.20; escultura, e os seus moradores enlouquecem
de Israel.
Ez 30.5
30 Portanto, cairão os seus jovens nas suas por estas coisas horríveis/
praças, e todos os seus homens de guerra se­ 39 Por isso, as feras do deserto com os
50.38* Is 44.27;
rão reduzidos a silêncio naquele dia, diz o Ap 16.12 chacais habitarão)' em Babilônia; também o-
Senhor, i avestruzes habitarão nela, e nunca mais será
31 Eis que eu sou contra ti, ó orgulhosa, 50.39 povoada, nem habitada de geração em ge­
diz o Senhor, o Senhor dos Exércitos; por­ PAp 19.12 ração,

50.24 Contra o Senhor. A destruição do templo era um pe­ dever era buscar vingança, ou servir de advogado como pro­
cado contra Deus, que tinha de ser vingado (21.14; Am 5.2). tetor geral. Trata-se de um título freqüentemente atribuído
Surpreendida. Ciro desviou as águas do rio Eufrates e entrou a Jeová em Isaías 43.14; 44.6; 47.4; 48.17; 49.7; 54.5. V ;
sob os muros da Babilônia, pelo leito seco do rio, apanhando Nm 35.12n.
os babilônios de surpresa. Sob Dario Histaspes, o traidor dos 50.36 Gabarolas. Eram os adivinhos e sábios babilônios que
caldeus, Zopiro, abriu os portões da cidade da Babilônia ao prometiam a permanência da Babilônia.
inimigo.
50.37 Misto de gente. Tropas mercenárias estrangeiras, e oe
50.25 Arsenal. Figura das nações que inconscientemente fize­ aliados.
ram sua vontade contra a Babilônia (Is 13.5). 50.39 Feras. Palavra árabe para "gato selvagem". Chacais, ir.
50.27 Touros. Jovens soldados babilônicos, os melhores do "criaturas uivantes". A previsão humana não podia prever que
exército (Is 34.7). a Babilônia seria varrida da face da terra, transformando-sé
em ruínas infestadas por feras, temida por causa das supersc-
50.28 Os judeus libertados afirmam que o Senhor vingara-se
ções dos árabes, com apenas uma pequena vila, próxima s i
dos babilônios por haverem incendiado o templo de Jeru­
sua área, para assinalar o local. Uma cidade com três mil ares
salém.
de história contínua, desde os dias de Ninrode, com pode^r-
50.31 Orgulhosa. Adjetivo usado como um nome próprio re­ sos reis, se exaltara contra Deus (Is 13.22). A passagem a r
ferente à Babilônia, assim como o Egito foi chamado de w 41 -4 3 é repetida de 6 .2 2 -2 4 com as alterações necessi-
"Raabe", arrogante. rias, adaptando-a de Judá à Babilônia, os citas sendo os i'” .'*-
50.34 Redentor. No heb goel. Título do parente próximo cujo sores na ocasião anterior, e agora os persas.
1135 JEREMIAS 51.10
40 como quando Deus destruiu a Sodoma, 50.40 Babilônia e contra os que habitam em Lebe-
zGn 19.24-25
e a Gomorra^, e às suas cidades vizinhas, diz Camai.9
o S e n h o r ; assim, ninguém habitará ali, nem 2 Enviarei padejadores contra a Babilônia,
morará nela homem algum. 50.41 ojr 6.22
que a padejarão e despojarão a sua terra; por­
41 Eis que um povo vem do Norte; grande que virão contra ela em redor no dia da cala­
nação e muitos reis se levantarão dos confins 50.42 i>ls 5.30
midade. h
da terra.0
3 O flecheiro arme o seu arco contra o que
42 Armam-se de arco e de lança; eles são 50.43 c|r 49.24
o faz com o seu e contra o que presume da sua
cruéis e não conhecem a compaixão; a voz
couraça; não poupeis os seus jovens, destruí
deles é como o mar, que brama; montam ca­ 50.44 djó 41.10 de todo o seu exército.1
valos, cada um posto em ordem de batalha
contra ti, ó filha da Babilônia.6 4 Caiam mortos na terra dos caldeus e
50.45 eis 14.24 atravessados pelas ruas!/
43 O rei da Babilônia ouviu a fama deles,
e desfaleceram as suas mãos; a angústia se 5 Porque Israel e Judá não enviuvaram do
apoderou dele, e dores, como as da mulher 50.46 fAp 18.9 seu Deus, do Senhor dos Exércitos; mas a
que está de parto.c terra dos caldeus está cheia de culpas perante
44 Eis que, como sobe o leãozinho da flo­ 51.1 SJ2Rs 19.7 o Santo de Israel.
resta jordânica contra o rebanho em pasto 6 Fugi do meio da Babilônia, e cada um
verde, assim, num momento, arrojá-la-ei dali 51.2 ^Jr 15.7 salve a sua vida; não pereçais na sua maldade;
e lá estabelecerei a quem eu escolher. Pois porque é tempo da vingança do SENHOR; ele
quem é semelhante a mim? Quem me pedirá 51.3 'jr 50.14 lhe dará a sua paga.*
contas? E quem é o pastor que me poderá 7 A Babilônia era um copo de ouro na
resistir? d
51.4/Jr 49.26 mão do S e n h o r , o qual embriagava a toda a
45 Portanto, ouvi o conselho do S e n h o r ,
terra; do seu vinho beberam as nações'; por
que ele decretou contra Babilônia, e os desíg­
51.6 fc)r 25.14 isso, enlouqueceram.
nios que ele formou contra a terra dos cal­
8 Repentinamente, caiu Babilônia e ficou
deus; certamente, até os menores do rebanho
serão arrastados, e as suas moradas, espanta­ 51.7 lAp 17.2-4;
arruinada; lamentai por ela, tomai bálsamo
das por causa deles.e 18.3 para a sua ferida; porventura, sarará.m
46 Ao estrondo da tomada de Babilônia, 9 Queríamos curar Babilônia, ela, porém,
estremeceu a terra; e o grito se ouviu entre as 51.8 m|s 21.9; não sarou; deixai-a, e cada um vá para a sua
Ap 14.8 terra; porque o seu juízo chega até ao céu" e
nações.f
se eleva até às mais altas nuvens.
O poder e a queda da Babilônia 51.9 "Ap 18.5 10 O Senhor trouxe a nossa justiça à luz;
Ç? 1 Assim diz o S e n h o r ; Eis que levan- vinde, e anunciemos em Sião a obra do
J JL tarei um vento destruidor contra a 51.10 »SI 37.6 Senhor, nosso Deus.0

50.41 Um povo. Os persas, aliados com os medos, no impé­ 51.2 Padejadores, que separam o cereal da palha, símbolo de
rio medo-persa. julgamento.
5 0 .4 4-4 6 Passagem repetida em 49.1 9-2 1 , com alterações 51.5 Enviuvaram. A figura em Is 54.4. A palavra aqui é mas­
necessárias, adaptando-a de Edom para a Babilônia. culina, contrária à figura na qual Israel é a esposa e Jeová é o
esposo. Cheia de culpas. Por causa de sua idolatria (50.2,38).
50.44 Leãozinho, não mais Nabucodonosor, mas Ciro, o
51.6 Fugi. Palavras dirigidas aos judeus que residiam na Babi­
persa. • N. Hom. O cap 50 mostra a derrota da idolatria
lônia (v 45; 50.6; Is 48.20; 52.6).
(2 -3 ), a conversão verdadeira do povo de Deus (4 -5 ), com a
conseqüente remoção do seu opróbrio (7). Isto envolve a der­ 51.7 Enlouqueceram. Estavam perplexos e impotentes pe­
rota dos perseguidores dos fiéis (9 -1 3 e 2 1 -3 2 ) enquanto rante o poder da Babilônia.
estes receberam a restauração física (19) e espiritual (20). 51.8 Arruinada, lit, "está quebrada", sem possibilidade de
Tudo isto depende da atividade do próprio Redentor (34) que reparo.
rege os destinos do m undo (39,41). 51.9 Queríamos curar. Não os judeus, mas as nações cujas
51.1 Lebe-Camai significa a Caldéia, nome do território da riquezas estavam ligadas com o dom ínio da Babilônia.
Babilônia. Significa lit "o coração daqueles que se levantam 51.10 Nossa justiça, lit, nossas justiças, não nossos atos de
contra m im ". É a forma heb igualmente usada em 25.26; retidão, mas antes, "punindo Babilônia, Ele justificara a causa
51.41. Outros significados são “ centro de" ou "m eio", ou dos judeus com o a Sua nação escolhida" (SI 37.6;
seja, o centro da hostilidade contra |eová. Is 62.1 b -2 ).
JEREMIAS 51.11 1136
11 Aguçai as flechas! Preparai os escu­ 51.11 P is 13.17 19 Não é semelhante a estas aquele que é
dos! O Senhor despertou o espírito dos reis a Porção de Jacó; porque ele é o criador de
dos medos; porque o seu intento contra a Ba­ 51.12 q Na 2.1 todas as coisas, e Israel é a tribo da sua he­
bilônia é para a destruir; pois esta é a vin­ rança; S e n h o r dos Exércitos é o seu nome/
gança do Senhor , a vingança do seu 51.13 rAp 17.1 20 Tu, Babilônia, eras meu martelo e mi­
templo, p nhas armas de guerra; por meio de ti, despe­
12 Arvorai estandarte contra os muros de 51.14 Sjr 49.13; dacei nações e destruí reis;K
Babilônia, reforçai a guarda, colocai sentine­ Na 3.15 21 por meio de ti, despedacei o cavalo e o
las, preparai emboscadas; porque o Senhor seu cavaleiro; despedacei o carro e o seu co­
intentou e fez o que tinha dito acerca dos 51.15 iCn 1.1; cheiro;
|ó 9.8; Is 40.22 22 por meio de ti, despedacei o homem e
moradores da Babilônia.
13 Ó tu que habitas sobre muitas águasr, a mulher, despedacei o velho e o moço, des­
rica de tesouros! Chegou o teu fim, a medida 51.16 “ SI 135.7 pedacei o jovem e a virgem;2
da tua avareza. 23 por meio de ti, despedacei o pastor e o
14 Jurou o S e n h o r dos Exércitos por si S1.17vjr 10.14 seu rebanho, despedacei o lavrador e a sua
mesmo, dizendo: Encher-te-ei certamente de junta de bois, despedacei governadores e
homens, como de gafanhotos, e eles cantarão 51.18 w |r 10.15 vice-reis.
sobre ti o eia! dos que pisam as uvas.5 24 Pagarei, ante os vossos próprios olhos,
15 Ele fez a terra pelo seu poder; estabele­ 51.19 *|r 10.16 à Babilônia e a todos os moradores da Caldéia
ceu o mundo por sua sabedoria e com a sua toda a maldade que fizeram em Sião, diz o
inteligência estendeu os céus. ' 51.20 Kls 10.5;
Se n h o r . 0
16 Fazendo ele ribombar o trovão, logo há Jr 50.23 25 Eis que sou contra ti, ó monte que des-
tumulto de águas no céu, e sobem os vapores tróis, diz o S e n h o r , que destróis toda a terra;
das extremidades da terra; ele cria os relâm­ 51.22 estenderei a mão contra ti, e te revolverei das
pagos para a chuva e dos seus depósitos faz ?2Cr 36.17 rochas, e farei de ti um monte em chamas.®
sair o vento.u 26 De ti não se tirarão pedras, nem para o
17 Todo homem se tomou estúpido e não 51.24 ojr 50.15 ângulo nem para fundamentos, porque te tor-
tem saber; todo ourives é envergonhado pela narás em desolação perpétua, diz o
imagem que esculpiu; pois as suas imagens 51.25 i>Is 13.2; Se n h o r . c
são mentira, e nelas não há fôlego.v Ap 8.8 27 Arvorai estandarte na terra, tocai trom-
18 Vaidade são, obra ridícula; no tempo beta entre as nações, consagrai as nações con­
do seu castigo, virão a perecer.w 51.26 Cjr 50.40 tra ela, convocai contra ela os reinos de

51.11 Medos. Vindosdas terras altas a leste da Babilônia. Aju­ domínio de Jeová. Trata-se de um nome favorito de Jeovi
daram Babilônia a conquistar Nínive, em 612 a.C. pois é usado 80 vezes por Jeremias, por Isaías (62 vezes) e por
51.13 Medido. Um term o dos tecelões, para indicar o mate­ Zacarias (53 vezes). Algumas dessas passagens se referem de­
rial terminado ou cortado. finitivamente a Jesus Cristo (Zc 14.4,9,16,17).

51.14 Gafanhotos. No estágio inicial do desenvolvimento. 51.20 Martelo, "esmagador", algo que reduz outros objetes
Eia!, vd 25.30n. a fragmentos. Usado na batalha pelos assírios e babilônios.
Aqui simboliza um mero instrumento de destruição.
5 1 .1 5 -1 9 Copiado palavra por palavra de 10.12-16. Vd no­
tas. O propósito era demonstrar a impotência dos ídolos da 51.23 Governadores e vice-reis. Ambas as palavras são de c r-
Babilônia contra Jeová, o criador todo-poderoso e operador gem assíria, e freqüentemente usadas nas inscrições a s s ra
de maravilhas. Na primeira vez, as palavras formaram um de governadores de cidade e províncias.
aviso profético, agora, depois da destruição de Jerusalém, a 51.24 Ante os vossos próprios olhos, isto é, os olhos aos
doutrina foi comprovada. judeus.
51.18 Vaidade. Vd 2.5n; nulidade, vazio, algo transitório e 51.25 Monte que destróis. Termo "m ontanha", na Bíblia, fre­
insatisfatório, substância etérea, vento, vacu idade, derivada qüentemente se refere a grandes nações. Aqui está em foce «
do verbo "tornar-se vão", "tom ar-se vil", "ficar tolo". Babilônia, embora venha a incendiar-se como um vulcão.
51.19 Senhor dos Exércitos. No heb, seba ou sabaoth, usado 51.27 Ararate. "U rartu" nas inscrições assírias, a nordeste dc
como )eová, (ou "Senhor" nesta versão), mas nunca para in­ lago Nam, que corresponde de m odo geral à moderna V
dicar "Adonai", o outro vocábulo traduzido como "Senhor". mènia. Mini ou "M anai" das inscrições, a sudeste do la x
A palavra "Exércitos" é usada para indicar os corpos celestes Urmia. Asquenaz. Os citas (nômades), todos derrotados pec*
e as forças terrenas (Gn 2.1), o exército de Israel (2 Sm 8.16), medos no início do século VI. Chefes. Alguns altos oficiais m í-
os seres celestiais (S1103.21; 148.2; D n4.35). Significa que tares (Na 3.17), ligados com o termo assírio que s ig n fta
todas as agências e forças criadas estão sob a liderança e o "escritor de tabuinhas" ou "escribas".
1137 JEREMIAS 51.47
Ararate, Mini e Asquenaz; ordenai contra ela 51.27 dls 13.2 gança que se tomou contra ti; secarei o seu
chefes, fazei subir cavalos como gafanhotos mar e farei que se esgote o seu manancial.1
eriçados.d 51.28 ejr 51.11 37 Babilônia se tomará em montões de
28 Consagrai contra ela as nações, os reis ruínas, morada de chacais, objeto de espanto
dos medos, os seus governadores, todos os 51.29 f)r 50.13 e assobio, e não haverá quem nela habite.™
seus vice-reis e toda a terra do seu domínio.* 38 Ainda que juntos rujam como leões e
29 Estremece a terra e se contorce em do­ 51.30 9ls 19.16; rosnem como cachorros de leões,
res, porque cada um dos desígnios do Lm 2.9; Na 3.13
39 estando eles esganados, preparar-lhes-
S e n h o r está firme contra Babilônia, para fa­ ei um banquete, embriagá-los-ei para que se
zer da terra da Babilônia uma desolação, sem 51.31 h]r 50.24 regozijem e durmam sono etemo e não acor­
que haja quem nela habite.f dem, diz o Se n h o r ."
30 Os valentes da Babilônia cessaram de 51.32 i|r 50.38 40 Fá-los-ei descer como cordeiros ao
pelejar, permanecem nas fortalezas, desfale­ matadouro, como carneiros e bodes.
ceu-lhes a força, tomaram-se como mulhe­ 51.33/Is 17.5; 41 Como foi tomada Babilônia, e apa­
res; estão em chamas as suas moradas, Jl 3.13; Mq 4.13;
Ap 14.15,18
nhada de surpresa, a glória de toda a terra!
quebrados, os seus ferrolhos.9
Como se tomou Babilônia objeto de espanto
31 Sai um correio ao encontro de outro
entre as nações!0
correio, um mensageiro ao encontro de outro 51.34 fcjr 50.17
42 O mar é vindo sobre Babilônia, co­
mensageiro, para anunciar ao rei da Babilônia
berta está com o tumulto das suas ondas.P
que a sua cidade foi tomada de todos os 51.36'Jr 50.34
43 Tomaram-se as suas cidades em deso­
lados;h
lação, terra seca e deserta, terra em que nin­
32 que os vaus estão ocupados, e as defe­ 51.37
sas, queimadas, e os homens de guerra, ame­ Is 13.22; guém habita, nem passa por ela homem
drontados.1' Ap 18.2 algum.
33 Porque assim diz o S e n h o r dos Exér­ 44 Castigarei a Bel na Babilônia e farei
citos, o Deus de Israel: A filha da Babilônia é 51.39 n|r 51.57 que lance de sua boca o que havia tragado, e
como a eira quando é aplanada e pisada; ainda nunca mais concorrerão a ele as nações; tam­
um pouco, e o tempo da ceifa lhe virá./ 51.41 °ls 13.19; bém o muro de Babilônia caiu/
34 Nabucodonosor, rei da Babilônia, nos Dn 4.30 45 Saí d o m eio dela, ó p o v o meu, e salve
devorou, esmagou-nos e fez de nós um objeto cada um a sua vida d o brasume da ira do
inútil; como monstro marinho, nos tragou, en­ 51.42 pis 8.7-8 S e n h o r .5
cheu a sua barriga das nossas comidas finas e 46 Não desfaleça o vosso coração, não te­
nos arrojou fora.* 51.43 ?Jr 50.29 mais o rumor que se há de ouvir na terra; pois
35 A violência que se me fez a mim e à virá num ano um mmor, noutro ano, outro
minha carne caia sobre a Babilônia, diga a 51.44 'Is 46.1 rumor; haverá violência na terra, dominador
moradora de Sião; o meu sangue caia sobre os contra dominador.'
moradores da Caldéia, diga Jerusalém. 51.45 s|r 50.8 47 Portanto, eis que vêm dias, em que cas­
36 Pelo que assim diz o Senhor: Eis que tigarei as imagens de escultura da Babilônia,
pleitearei a tua causa e te vingarei da vin­ 51.46 í2Rs19.7 toda a sua terra será envergonhada, e todos

51.33 Pisada. Endurecida pelos pés na preparação para a 51.44 Bel. Vd 50.2n. Tragado. A pilhagem e a destruição que
eira. Babilônia será inteiramente batida, como uma eira. foram feitas contra as nações subjugadas. Muro. Uma parede
51.34 Monstro marinho. Qualquer grande monstro do mar com cerca de 100 metros de altura, 30 metros de espessura,
ou dos rios, como o crocodilo (SI 74.13; Ez 29.3). e 96 quilômetros de comprimento, circulando a cidade (se­
51.36 Manancial. Provavelmente o lago feito por Nabucodo­ gundo Heródoto). Vd o v 58.
nosor para a defesa da cidade.
51.45 Este aviso se aplica à separação que também deve ha­
51.39 Vd Dn 5.1 -3 0 .
ver entre o crente e o mundanismo (2 Co 6.14-18).
51.41 Babilônia. É a primeira vez que aparece a palavra Shes-
hach ou Sesac, o nome de sua deusa "Shach", usado para 51.46 Rumor. Um após outro, que desencadeariam as revol­
referir-se à Babilônia. Foi durante os cinco dias de festa em tas e a queda final do império babilônico. Em 560 a.C., o rei
honra a essa deusa que Ciro capturou a cidade. Evil-Merodaque foi assassinado pelo usurpador Neriglissar
51.42 Mar. Refere-se a levas de soldados inimigos, que avas- (5 60 -5 5 6 a.C.) cujo filho foi deposto por Nabonido, porém
salariam a cidade (46.7; Is 17.12). logo fo i forçado a deixar seu filho Belsazar como regente.
51.43 Desolação. Vd 50.39n. (Vd Dn 5).
JEREMIAS 51.48 1138
51.47 Ujr 50.2 sábios, os seus governadores, os seus mcs-
os seus cairão traspassados no meio dela.u
48 Os céus, e a terra, e tudo quanto neles reis e os seus valentes; dormirão sono etemc
há jubilarão'' sobre Babilônia; porque do 51.48 e não acordarão, diz o Rei, cujo nome :
^Ap 18.20 S e n h o r dos Exércitos.d
Norte lhe virão os destruidores, diz o
Se n h o r . 58 Assim diz o S e n h o r dos Exército
49 Como Babilônia fez cair traspassados 51.49 Os largos muros de Babilônia totalmente sf-
"Ap 18.24
os de Israel, assim, em Babilônia, cairão tras­ rão derribados, e as suas altas portas >ers:
passados os de toda a terra abrasadas pelo fogo; assim, trabalharam >:
5 0 Vós que escapastes da espada, ide-vos, 51.50 x|r 44.28 povos em vão, e para o fogo se afadigarair is
não pareis; de longe lembrai-vos do S e n h o r , nações.0
e suba Jerusalém à vossa mente/ 51.51 59 Palavra que mandou Jeremias, o pr>
51 Direis: Envergonhados estamos, por­ /SI 44.15-16
feta, a Seraías, filho de Nerias, filho de M a-
que ouvimos opróbrio; vergonha cobriu-nos o séias, indo este com Zedequias, rei de Judi. i
rosto, porque vieram estrangeiros e entraram 51.52 ^Jr 51.47
Babilônia, no ano quarto do seu reinado. Se­
nos santuários da Casa do S e n h o r .)' raías era o camareiro-mor.
52 Portanto, eis que vêm dias, diz o 51.53 oJr49.16; 60 Escreveu, pois, Jeremias num li-~
S e n h o r , em que castigarei as suas imagens OÒ4.1-21
todo o mal que havia de vir sobre a Babilòmt
de escultura; e gemerão os traspassados em
a saber, todas as palavras já escritas contra i
toda a sua terra.2 51.54 b|r 50.22
Babilônia.
53 Ainda que a Babilônia subisse aos céus
61 Disse Jeremias a Seraías: Quando che-
e ainda que fortificasse no alto a sua fortaleza, 51.56 cSI 94.1 gares a Babilônia, vê que leias em voz alta
de mim viriam destruidores contra ela, diz o
todas estas palavras.
Se n h o r . 0
51.57 rfjr 46.18 62 E dirás: Ó S e n h o r ! Falaste a respeito
54 De Babilônia se ouvem gritos, e da
deste lugar que o exterminarias, a fim de
terra dos caldeus, o ruído de grande des­
truição; b 51.58 ejr 51.44 que nada fique nele, nem homem nem
55 porque o S e n h o r destrói Babilônia e animal, e que se tomaria em perpétuas assola-
faz perecer nela a sua grande voz; bramarão 51.62 ^Jr 50.3 ções J
as ondas do inimigo como muitas águas, ou- 63 Quando acabares de ler o livro, atá-lo-
vir-se-á o tumulto da sua voz, ás a uma pedra e o lançarás no meio do Eu-
51.63
56 porque o destruidor vem contra ela, gAp 18.21 frates;9
contra Babilônia; os seus valentes estão pre­ 64 e dirás; Assim será afundada a Babilô­
sos, já estão quebrados os seus arcos; porque 51.64 nia e não se levantará, por causa do mal que
o S e n h o r , Deus que dá a paga, certamente, íi (50.1-51.64) eu hei de trazer sobre ela; e os seus moradores
Is 13.1-14.23;
lhe retribuirá.0 47.1-15;
sucumbirão. Até aqui as palavras de Je­
57 Embriagarei os seus príncipes, os seus Ap 18.21 remias. h

51.49 Babilônia caiu por causa da destruição e sofrimento algo admirável e que inspirava respeito, nos detalhes de seu
que havia causado a Israel, o povo escolhido de Deus. Esta­ cumprimento. Ondas. Vd v 42.
vam colhendo o que haviam semeado. A queda final foi feita 51.57 Rei... Senhor dos Exércitos. Vd 5 1 .l9 n .
a 16 de outubro de 539 a.C. 51.58 Derribados, "desnudados". Os próprios alicerces foram
51.50 Fugi da iminente condenação da Babilônia e apressai descobertos. Altas portas. "N o circuito do muro há 100 por­
vossa volta a Jerusalém (50.5). Pensai nas coisas lá do alto, tas, todas de bronze, com vergas e ombreiras de bronze"
Cl 3.13. A solução dos problemas do íntimo é fixar a mente (Heródoto 1.179).
nas coisas de Deus. 51.59 Seraías. Sumo sacerdote no tem po do rei Zedequias
51.51 Opróbrio. Os judeus envergonhados e por demais hu­ (52.24), irmão de Baruque (32.12), ou talvez camareiro-mor.
milhados para obedecerem a estrangeiros que estavam na Sua responsabilidade durante a viagem era selecionar os luga­
posse dos lugares santos. res onde passariam as noites. Alguns eruditos sustentam que
51.55 Perecer... grande voz. Heródoto disse sobre a Babilô­ Zedequias foi à Babilônia em 594 -5 9 3 a.C., para limpar seu
nia que estava "ornamentada mais do que qualquer outra nome da suspeita de rebeldia naquele período.
cidade" que conhecera. Uma profecia sobre a destruição 51.60 Eis aqui a origem de vários capítulos do livro de Je­
dessa notável cidade com 30 séculos de história contínua era remias.
1139 JEREMIAS 52.18
A queda de Jerusalém 52.1 Í2RS 24 .1 8 9 Então, o tomaram preso e o fizeram su­
e o cativeiro de Judá bir ao rei da Babilônia, a Ribla, na terra "de
2Rs 24.18-25.22; 2Cr 36.10-21; Jr 39.1-10 Hamate, e este lhe pronunciou a sentença.'
^ O Tinha Zedequias a idade de vinte e 10 Matou o rei da Babilônia os filhos de
52.4 /Ez 24.2
J um anos, quando começou a reinar e Zedequias à sua própria vista, bem assim to­
reinou onze anos em Jerusalém. Sua mãe se dos os príncipes de Judá, em Ribla.m
chamava Hamutal e era filha de Jeremias, de 11 Vazou os olhos" de Zedequias, atou-o
Libna.1’ 52.7 *Ez 33.21 com duas cadeias de bronze, levou-o à Babi­
2 Fez ele o que era mau perante o lônia e o conservou no cárcere até ao dia da
S e n h o r , conforme tudo quanto fizera sua morte.
Jeoaquim. 12 No décimo dia do quinto mês, do ano
52.9 <)r 32.4 décimo nono de Nabucodonosor, rei da Babi­
3 Assim sucedeu por causa da ira do
Se n h o r contra Jerusalém e contra Judá, a lônia, Nebuzaradã, o chefe da guarda e servi­
ponto de os rejeitar de sua presença; Zede­ dor do rei da Babilônia, veio a Jerusalém.0
quias rebelou-se contra o rei da Babilônia. 13 E queimou a Casa do S e n h o r p e a
52.10
4 Sucedeu que, em o nono ano do reinado mEz 12.13 casa do rei, como também todas as casas de
de Zedequias, aos dez dias do décimo mês, Jerusalém; também entregou às chamas todos
Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio contra os edifícios importantes.
Jerusalém, ele e todo o seu exército, e se 14 Todo o exército dos caldeus que estava
acamparam contra elai, e levantaram contra 52.11 com o chefe da guarda derribou todos os mu­
"Ez 12.13
ela tranqueiras em redor. ros em redor de Jerusalém.
5 A cidade ficou sitiada até ao undécimo 15 Dos mais pobres do povo, o mais do
ano do rei Zedequias. povo que havia ficado na cidade, os deserto­
6 Aos nove dias do quarto mês, quando a 52.12 °|r 8.29 res que se entregaram ao rei da Babilônia e
cidade se via apertada da fome, e não havia o mais da multidão Nebuzaradã, o chefe da
pão para o povo da terra, guarda, levou cativos. <f
7 então, a cidade foi arrombada^, e todos 16 Porém dos mais pobres da terra deixou
os homens de guerra fugiram e saíram de 52.13p1Rs9.8 Nebuzaradã, o chefe da guarda, ficar alguns
noite pelo caminho da porta que está entre os para vinheiros e para lavradores.
dois muros perto do jardim do rei, a despeito 17 Os caldeus cortaram em pedaços as co­
de os caldeus se acharem contra a cidade em lunas de bronzer que estavam na Casa do
52.15 <7)r 39.8-9
redor; e se foram pelo caminho da campina. S e n h o r , como também os suportes e o mar
8 Porém o exército dos caldeus perseguiu de bronze que estavam na Casa do S e n h o r ;
o rei Zedequias e o alcançou nas campinas de e levaram todo o bronze para a Babilônia.
Jericó; e todo o exército deste se dispersou e 52.17 18 Levaram também as panelas, as pás, as
o abandonou. r1 Rs 7.15-45 espevitadeiras, as bacias, os recipientes de in-

5 2 .1 -3 Quase completamente idêntica a 2 Rs 2 4 .1 8-2 0 . nos muros, perm itindo a entrada dos babilônios em Jerusa­
'rata-se de um breve sumário e avaliação do reinado de Ze­ lém. Porta... dois muros. Vd nota em 39.4.
dequias. Este capítulo repete a história dos reis até 2 Rs 25.30. 52.8 Lm4.19ss pode referir-se a esse acontecimento. Assim
^ i um apêndice escrito não por |eremias, mas para demons- sendo, um grupo de caldeus seguiu e outro ficou postado na
r-ar que suas profecias foram cumpridas. planície. Comp Ez 12.13.
5Z1 Hamutal. Assim sendo, Zedequias era irmão genuíno de 52.11 Cárcere. A LXX diz "m oinho", indicação de uma possí­
,eoacaz, e irm ão de Jeoaquim por parte de pai vel tradição que diz que Zedequias passou seus últimos dias
2 Rs 23.31,36). jeremias. Trata-se de outro jeremias, cujos moendo grão, à semelhança de Sansão.
ntepassados eram da Libna. 52.12 Quinto mês. Vd Zc 7.3 quanto à festa comemorativa.
52.4 Décimo mês. Comp com Z c8.19 quanto ao jejum me­ 52.15 Multidão. Também tem sido traduzido por "artífice",
morial. Tranqueiras, diferente da palavra em 6.6 e 32.24. Aqui em Pv 8.30. A diferença na forma escrita das suas palavras é
são torres de batalha, uma espécie de bastião ou muro de mínima.
:erco, uma torre em forma de talude. É traduzida também 52.17 Vd 27.19n. Colunas e mar.
cor "baluarte" (Ez 21.22).
52.18 Panelas... pás. Eram usadas (Êx 27.3) no serviço do
52.6,7 Quarto mês. Em comemoração a essa data foi apon- altar ou das ofertas queimadas. Ambos os utensílios eram fei­
•_2do um jejum (Zc 8.19). Fome. Descrita em Lm 2.19ss; 4.3ss; tos de bronze. Espevitadeiras, para tirar os morrões queimados
5 10. Arrombada. Invadida à força. Foi aberta uma "brecha" das lâmpadas e candelabros (Êx 25.38; Nm 4.9). Bacias, lit
JEREMIAS 52.19 1140
censo e todos os utensílios de bronze, com 52.18 JÊx 27.3; 27 O rei da Babilônia os feriu e os matou
2Rs 25.14-16
que se ministrava.5 em Ribla, na terra de Hamate.
19 Tomou também o chefe da guarda os 28 Assim, Judá foi levado cativo para fora
copos, os braseiros, as bacias, as panelas, os de sua terra. Este é o povo que Nabucodono­
candeeiros, os recipientes de incenso e as ta­ 52.20 M Rs 7.47 sor levou para o exílio: no sétimo ano, três
ças, tudo quanto fosse de ouro ou de prata. mil e vinte e três judeus;*
20 Quanto às duas colunas, ao mar e aos 29 no ano décimo oitavo de Nabucodono­
suportes que Salomão fizera para a Casa do 52.21 sor, levou ele cativas de Jerusalém oitocentas
S e n h o r , o peso do bronze de todos estes uIRs 7.15; e trinta e duas pessoas;)'
utensílios era incalculável.' 2Rs 25.17;
2Cr 3.15 30 no ano vigésimo terceiro de Nabucodo­
21 Quanto às colunas, a altura de uma era nosor, Nebuzaradã, o chefe da guarda, levou
de dezoito côvados, um cordão de doze côva- cativas, dentre os judeus, setecentas e qua­
dos a cercava, e a grossura era de quatro de­ renta e cinco pessoas; todas as pessoas são
dos; era oca.u 52.23 vi Rs 7.20
quatro mil e seiscentas.
22 Sobre ela havia um capitel de bronze; a
altura de cada um era de cinco côvados; a
Libertado e honrado o rei Joaquim
obra de rede e as romãs sobre o capitel ao 52.24 2Rs 25.27-30
redor eram de bronze. w2Rs 25.18
23 Semelhante a esta era a outra coluna 31 No trigésimo sétimo ano do cativeiro
com as romãs. Havia noventa e seis romãs aos de Joaquim, rei de Judá, no dia vinte e cinco
lados; as romãs todas sobre a obra de rede ao do duodécimo mês, Evil-Merodaque, rei da
52.28 *2Rs 24.2 Babilônia, no ano em que começou a reinar,
redor eram cem.v
24 Levou também o chefe da guarda a Se­ libertou a Joaquim, rei de Judá, e o fez sair do
raías, sumo sacerdote, e a Sofonias, segundo cárcere.2
sacerdote, e aos três guardas da porta.w 52.29 y|r 39.9 32 Falou com ele benignamente e lhe deu
25 Da cidade tomou a um oficial, que era lugar de mais honra do que o dos reis que
comandante das tropas de guerra, e a sete estavam consigo em Babilônia.
homens dos que eram conselheiros pessoais 33 Mudou-lhe as vestes do cárcere, e Joa­
52.31
do rei e se achavam na cidade, como também ^Gn 40.13; quim passou a comer pão na sua presença,
ao escrivão-mor do exército, que alistava o 2Rs 25.27-30 todos os dias da sua vida.0
povo da terra, e a sessenta homens do povo do 34 E da parte do rei da Babilônia lhe foi
lugar, que se achavam na cidade. dada subsistência vitalícia, uma pensão diária,
26 Tomando-os Nebuzaradã, o chefe da 52.33 até ao dia da sua morte, durante os dias da sua
guarda, levou-os ao rei da Babilônia, a Ribla. °2Sm9.13 vida.

"vasos de lançar", isto é, de lançar (não aspergir) o sangue a rendição de |oaquim (597 a.C., 2 Rs 2 4.12-16), com a su­
dos sacrifícios contra o lado do altar (Lv 1.5,11; 3.2, etc). pressão da revolta de Zedequias (587 a.C.), e com a expedi­
52.19 Copos... braseiros... bacias, em 1 Rs 7.50 aparecem ção vingativa contra o assassinato de Gedalias (582 a.C.;
como objetos feitos de ouro. Eram taças para a mesa dos pães 40.7-41.18; 2 Rs 25.22-26).
da proposição (Êx 2 5.24-40).
52.31 Evil-Merodaque, "hom em de Merodaque". Ele sucedeu
52.20 Outras traduções incluem os doze bois de bronze que
a N abucodonosor e reinou durante dois anos
sustentavam o "m ar", embora tivessem sido removidos antes
(5 61 -5 5 9 a.C.). Acredita-se que Joaquim era considerado rei
disso pelo rei Acaz (2 Rs 16.7). No fim do cativeiro, Ciro tirou
legítimo pelos judeus no exílio. Libertou, lit, levantou ou exal­
esses utensílios dos templos idólatras de Nabucodonosor, nu-
tou a cabeça de Joaquim (Gn 40.13,20; SI 3.3). Pode ser tra­
m erou-os cuidadosamente e restituiu-os a Jerusalém
duzido por "libertou graciosamente", como nos w 31-3 4 . A
(Ed 1.7 -1 1).
presença desse material prova que a edição desta porção foi
52.25 Conselheiros. Uma classe privilegiada entre o povo (Et feita depois de 560 a.C., que é o trigésimo sétimo ano. A
1.14). Escrivão-mor, um oficial que registrava aqueles que ti­ restauração de Joaquim bem pode ter sido considerada por
nham servido no exército. seus contemporâneos como o início da restauração de Judá
5 2 .2 8-3 0 As três deportações aqui alistadas coincidem com (23.5,6).

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