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INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

Licenciatura em Eng.ª Informática e de Telecomunicações – LEIT

Ficha de apoio Engenharia de Software

Projectos Académicos – Engenharia de Software 1 de 5 Ag-19


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Procedimentos para a contagem dos pontos de Função:

1. Para a contagem dos pontos de função deve-se primeiro avaliar os cinco tipos de funções ou
componentes lógicos da aplicação:

a. Arquivos Lógicos Internos – ALI

São definidos como sendo um grupo logicamente relacionado de dados, capaz de ser
identificado pelo utilizador, cuja a manutenção (Inserção, Alteração ou remoção) é feita
dentro da fronteira da aplicação. Como por exemplo, tabelas da base de dados da
aplicação.

b. Arquivos da Interface Externa – AIE

É o grupo logicamente relacionado de dados, capaz de ser identificado pelo utilizador,


cuja a manutenção é feita fora da fronteira da aplicação, ou seja, a partir de outra
aplicação. Por exemplo, tabelas acedidas em outra aplicação

c. Entradas Externas – EE

Função que processa dados gerados por uma fonte externa à aplicação e cujo o objectivo
principal é manter um ou mais ALI’s e/ou alterar o comportamento do sistema. Por
exemplo os formulários de inserção, alteração de ALI’s.

d. Saídas Externas – SE

É a função que tem como objectivo apresentar informação ao utilizador ou à uma


aplicação externa.

Resulta da combinação de entrada/saída de dados onde uma entrada de dados causa uma
recuperação e saída de dados correspondentes.

Utiliza cálculos para processar essas informações, podendo manter ALI’s e alterar o
comportamento do sistema. Como por exemplo, relatórios e gráficos gerados a partir de
cálculos ou autenticação com criptografia.

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e. Consultas Externas – CE

Função que tem como objectivo apresentar informação ao utilizador ou à uma aplicação
externa.

Resulta da combinação de entrada/saída de dados onde uma entrada de dados causa uma
recuperação e saída de dados correspondentes. Não utiliza cálculos para processar essas
informações, não mantém ALI’s e não altera o comportamento do sistema. Por exemplo,
consultar lista de trabalhadores cadastrados num determinado sistema.

2. Classificação das funções

O segundo passo consiste em determinar e classificar cada uma das funções quanto ao nível
de complexidade (baixa, média ou alta), dependendo do número de elementos de dados e do
número de tipos de arquivos referenciados.

a. Para ALI e AIE

 Elemento de dado: é um campo único reconhecido pelo utilizador, presente em cada


ALI ou AIE;

 Elemento de registo: é um subgrupo de dados reconhecido pelo utilizador em um ALI


ou AIE, por exemplo, a generalização ou especialização de classes.

Caso o ALI ou AIE não possua subgrupos de dados, conta-se apenas um elemento de
registo.

b. Para EE, CE ou SE

 Elemento de dado: é cada campo lido e/ou mantido pela função de transação

 Tipo de arquivo: é o total de ALI’s e AIE’s utilizados pela função de transação.

ALI e AIE
Elementos de Elementos de dados
Registo 1 a 19 20 a 50 51 ou mais
1 Baixa Baixa Média
2a5 Baixa Média Alta

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6 ou mais Média Alta Alta


SE e CE
Tipos de Arquivos Elementos de dados
1a5 6 a 19 20 ou mais
0 ou 1 Baixa Baixa Média
2a3 Baixa Média Alta
4 ou mais Média Alta Alta
EE
Tipos de Arquivos Elementos de dados
1a4 5 a 15 16 ou mais
0 ou 1 Baixa Baixa Média
2a3 Baixa Média Alta
3 ou mais Média Alta Alta

3. Distribuição dos pesos:

O terceiro passo consiste na distribuição dos pesos de complexidade a cada tipo de função,
dependendo do nível de complexidade indicado no ponto anterior.

Após a contagem dos Pontos de função, os mesmos já podem ser convertidos em Linhas de
Código previstas para o sistema.

Elementos de Registo Elementos de dados


Baixa Média Alta
Arquivo lógico interno 7 10 15
Arquivo de Interface Externa 5 7 10
Entrada Externa 3 4 6
Saída Externa 4 5 7
Consulta Externa 3 4 6

4. Cálculo dos Pontos de Função

O último passo da contagem consiste na determinação do número total dos pontos de Função
que é obtido através da soma de todos os pesos de contagem obtidos no ponto 3.

5. Conversão dos Pontos de Função em Linhas de Código:

Para determinar o tamanho de software deve-se converter os Pontos de Função não ajustados
em Linhas de Código, consoante a linguagem de programação a ser utilizada. A tabela que

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segue representa a relação Linhas de Código/Pontos de Função brutos para algumas


linguagens de programação.

Linguagem LOC/UPF
Assembly - Basic 320
C 128
C++ 55
Fortran 77 107
Fortran 95 71
Java 53
Pascal 91
Visual Basic 5.0 29
Visual C++ 34

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