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BR MD Transferencia e Estocagem
BR MD Transferencia e Estocagem
1
Transferência e Estocagem
2
Transferência e Estocagem
TRANSFERÊNCIA E ESTOCAGEM
ADAIR MARTINS
Equipe Petrobras
Petrobras / Abastecimento
UN´s: Repar, Regap, Replan, Refap, RPBC, Recap, SIX, Revap
3
CURITIBA
2002
Transferência e Estocagem
Módulo
Transferência e Estocagem
Ficha Técnica
Apresentação
Nome:
Cidade:
Estado:
Unidade:
5
Transferência e Estocagem
Sumário
1 PETRÓLEO 8
1.1 Composição ........................................................................................................................................................................................... 8
1.2 Origem .................................................................................................................................................................................................. 8
2 TRANSPORTE DE PETRÓLEO ................................................................................................................................................................... 9
2.1 Do Poço aos Terminais ......................................................................................................................................................................... 9
2.2 Armazenamento nos Terminais ............................................................................................................................................................. 9
2.3 Transferência por Oleodutos ............................................................................................................................................................... 10
2.3.1 Acompanhamento Operacional .............................................................................................................................................. 10
2.3.2 Comunicação .......................................................................................................................................................................... 11
2.3.3 Separação de produtos ............................................................................................................................................................ 11
2.3.4 Rastreamento ........................................................................................................................................................................... 11
2.4 Armazenamento de Petróleo nas Refinarias ....................................................................................................................................... 11
3. TANQUES DE ARMAZENAMENTO ....................................................................................................................................................... 12
3.1 Tipos de Tanques de Armazenamento ................................................................................................................................................... 12
3.1.1 Tanques com Teto Fixo ........................................................................................................................................................... 12
3.1.2 Tanques com Teto Flutuante ................................................................................................................................................... 12
3.1.3 Tanques Esféricos ................................................................................................................................................................... 13
3.2 Classificação dos Tanques em Função da Finalidade ......................................................................................................................... 13
3.2.1 Tanques de Cru ....................................................................................................................................................................... 13
3.2.2 Tanques de produtos intermediários ....................................................................................................................................... 14
3.2.3 Tanques de resíduos ................................................................................................................................................................ 14
3.2.4 Tanques de mistura ................................................................................................................................................................. 14
3.2.5 Tanques de Produtos Finais .................................................................................................................................................... 14
3.3 Liberação de Tanques à Manutenção .................................................................................................................................................. 14
4. ROTINAS NA PREPARAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO DE TANQUES .................................................................................................... 15
4.1 Homogeneização ................................................................................................................................................................................. 15
4.2 Repouso ............................................................................................................................................................................................... 15
4.3 Determinação do Volume do Líquido ................................................................................................................................................. 15
4.3.1 Medição do Nível do Tanque .................................................................................................................................................. 15
4.3.2 Medição de Temperatura ........................................................................................................................................................ 16
4.4 Drenagens ............................................................................................................................................................................................ 16
4.5 Amostragem ........................................................................................................................................................................................ 17
4.5.1 Coleta de amostragens em tanques, recipientes e equipamentos de amostragem .................................................................. 17
4.5.2 Pontos de Amostragens e Manuseio das Amostras ................................................................................................................ 17
4.5.3 Testes de Laboratório .............................................................................................................................................................. 17
4.6 Alinhamentos ...................................................................................................................................................................................... 17
4.7 Polegada .............................................................................................................................................................................................. 18
4.8 Controle da Tancagem (acompanhamento operacional) .................................................................................................................... 18
4.9 Controle de Qualidade ........................................................................................................................................................................ 19
4.10 Especificação de Produtos .................................................................................................................................................................. 19
4.11 Principais Operações Realizadas na Área de Transferência e Estocagem ......................................................................................... 21
5 PRODUTOS DERIVADOS DO PETRÓLEO ............................................................................................................................................. 22
5.1 Gás Combustível ................................................................................................................................................................................. 22
5.2 GLP (Gás Liqüefeito de Petróleo) ....................................................................................................................................................... 22
5.3 Nafta ................................................................................................................................................................................................. 22
5.4 Gasolina .............................................................................................................................................................................................. 23
5.5 Solventes ............................................................................................................................................................................................. 23
5.6 Querosene ............................................................................................................................................................................................ 23
5.7 Óleo Diesel .......................................................................................................................................................................................... 23
5.8 Gasóleo Leve ....................................................................................................................................................................................... 23
5.9 Gasóleo Pesado (GOP) ........................................................................................................................................................................ 23
5.10 Óleo Desasfaltado ............................................................................................................................................................................... 23
5.11 Resíduo de Vácuo ............................................................................................................................................................................... 24
5.12 Óleo Combustível ............................................................................................................................................................................... 24
5.13 Resíduo Asfaltico (RASF) .................................................................................................................................................................. 24
5.14 Asfaltos ............................................................................................................................................................................................... 24
5.14.1 Cimento Asfáltico ................................................................................................................................................................... 24
5.14.2 Asfaltos Diluídos .................................................................................................................................................................... 24
5.15 Óleos Lubrificantes ............................................................................................................................................................................. 25
6. EMED ESTAÇÃO DE MEDIÇÃO .............................................................................................................................................................. 26
6.1 Medidor tipo turbina ........................................................................................................................................................................... 26
6.2 Medidores de Deslocamento Positivo ................................................................................................................................................. 26
6.3 Aferição dos Medidores ...................................................................................................................................................................... 27
7 Tratamento de Resíduos ............................................................................................................................................................................... 28
7.1 Emulsões ............................................................................................................................................................................................. 28
7.2 Borras ................................................................................................................................................................................................. 28
7.3 Área de Recuperação de Óleo ............................................................................................................................................................. 29
7.3.1 Principais Sistema de Coleta de Efluentes Hídricos .............................................................................................................. 29
7.3.2 Separador de Água e Óleo ...................................................................................................................................................... 29
7.4 Unidade de tratamento de despejos industriais .................................................................................................................................. 29
7.4.1 Tratamento primário ............................................................................................................................................................... 29
7.4.2 Tratamento secundário ............................................................................................................................................................ 29
8 SISTEMA DE TOCHAS .............................................................................................................................................................................. 30
8.1 Conceitos básicos ................................................................................................................................................................................ 30
8.2 Vasos de Separação ............................................................................................................................................................................. 30
6 8.3 Vasos de Selagem ................................................................................................................................................................................ 30
8.4 Pilotos ................................................................................................................................................................................................. 31
8.5 Linhas de Mistura ou Acendedores (Ignitores) ................................................................................................................................... 31
8.6 Fluxo Mínimo de Gás ......................................................................................................................................................................... 31
8.7 Selo Molecular .................................................................................................................................................................................... 31
8.8 Injeção de Vapor nos bicos Queimadores das Tochas ........................................................................................................................ 32
8.9 Bico Queimador .................................................................................................................................................................................. 33
EXERCÍCIOS ............................................................................................................................................................................................... 34
Transferência e Estocagem
Introdução
7
Transferência e Estocagem
Petróleo 1
uma graxa. Há tipos leves e claros como a ga-
1.1 Composição
solina, outros marrons, amarelos, verdes, ver-
O petróleo, substância oleosa, menos den- de-escuros ou, ainda, pretos.
sa do que a água, é constituído essencialmen-
te pela mistura de milhares de compostos de
carbono e hidrogênio, chamados de hidrocar-
1.2 Origem
bonetos. É encontrado em profundidades variáveis,
tanto do subsolo terrestre como do marítimo.
Dependendo dos tipos de hidrocarbone- Segundo os geólogos, sua formação é o resul-
tos predominantes em sua composição, o pe- tado da ação da própria natureza, que trans-
tróleo pode ser classificado como de: formou em óleo e gás, o material orgânico de
Base Parafínica – Nesta classe, estão os restos de animais e de vegetais, depositados
óleos leves, fluidos ou de alto ponto de flui- há milhões de anos no fundo de antigos mares
dez, com densidade inferior a 0,85. São exce- e lagos.
lentes para produção de querosene de aviação Além do petróleo extraído dos campos
(QAV), diesel, lubrificantes e parafinas. A produtores, existe, também, uma rocha que
maior parte destes petróleos é produzida no pode fornecer um óleo semelhante ao petró-
Nordeste Brasileiro. leo: trata-se do “xisto” (folhelho pirobetumi-
Base Naftênica – Nesta classe, enquadra- noso). A Petrobras produz óleo de xisto, em
se um número muito pequeno de óleos. Apre- São Mateus do Sul, no Paraná.
sentam baixo teor de enxofre e são originados
da alteração bioquímica de óleos parafínicos
e parafínicos-naftênicos. Produzem frações
significativas de gasolina, nafta petroquímica,
QAV e lubrificantes. Alguns óleos da Améri-
ca do Sul, da Rússia e do Mar do Norte per-
tencem a esta classe.
Base Aromática – Compreende óleos fre-
qüentemente pesados, com teor de enxofre
acima de 1 % e densidade usual acima de 0,85.
Indicado para a produção de gasolina, solven-
tes e asfalto. Provem do Oriente Médio, Áfri-
ca Ocidental, Venezuela, Califórnia e Medi-
terrâneo.
Quando não há predominância de um tipo
de composto sobre o outro, o petróleo é clas-
sificado como de “Base Mista”.
8 As características físicas, como fluidez,
odor e cor, variam de acordo com sua compo-
sição e com o campo de onde foi extraído. Pode
ser, portanto, encontrado sob forma fluida,
semifluida ou com consistência aproximada de Cavalo de Pau para prospecção de Petróleo em terra.
Transferência e Estocagem
Transporte de
Petróleo 2
A água, principalmente a água salgada, é
2.1 Do Poço aos Terminais
Conforme a região, a existência de petró- dos subprodutos, o mais problemático das eta-
leo pode ocorrer a poucos metros de profundi- pas de extração, tratamento, armazenamento
dade, entretanto, na maioria dos casos, é ne- e transporte. Além de gerar processos de cor-
cessária a perfuração de poços, que atualmen- rosão nos equipamentos em geral, pode che-
te atingem a marca de até 2 mil metros de lâ- gar até aos tanques de armazenamento das re-
mina d´água e de até 5 mil metros de perfura- finarias causando dificuldades operacionais na
ções terrestres. programação de petróleo para produção ou
O petróleo é trazido para a superfície, quer problemas na unidade de processo.
naturalmente, através do aproveitamento da
pressão no reservatório, ou artificialmente, 2.2 Armazenamento nos Terminais
mediante o uso de bombas e de injeção de água O petróleo proveniente dos poços terres-
ou gás. O petróleo necessita, quase sempre, tres ou plataformas submarinas é transporta-
de tratamento na área de produção, antes de do através de navios ou por oleodutos até os
ser transportado, pois sai geralmente do poço terminais, portos especiais para carga e des-
misturado com gás, água e sólidos (tais como carga de petróleo e derivados, ou diretamente
areia), em diversas proporções. para as refinarias.
Os meios de produção e tratamento remo-
vem aquilo que se denomina “água e sedimen- Capacidade de Armazenamento dos terminais portuá-
to” (BSW – Bottom Sediment Water), e sepa- rios da Petrobrás (Tancagem)
ram o óleo e o gás. A água ocorrerá geralmen-
te sob duas formas: a água livre, que se separa Terminal Quantidade de Tanques Total (m3)
do óleo com bastante rapidez, e a água em for- DTBASA 49 826.759
ma de emulsão. A emulsão, uma mistura em DTCS 171 4.360.625
que gotículas de uma substância ficam suspen- DTNEST 45 237.078
sas em outra substância, na produção de óleo, DTSUL 55 1.313.013
tipicamente, consiste em uma suspensão de DTSE 66 2.113.884
gotículas de água em óleo. TOTAL 386 8.851.359
Anotações
11
Transferência e Estocagem
Tanques de
Armazenamento
No presente item, será feito um detalha-
3
ração, cerca de 430 m3 anuais. Outro proble-
mento sobre tanques de armazenamento, de- ma é a emanação de vapores específicos como
vido ao fato destes serem equipamentos bási- o sulfeto de hidrogênio (H2S), um gás altamen-
cos da área de transferência e estocagem. te tóxico, bem como de vapores inflamáveis
Embora os tanques pareçam simples, de petróleo e derivados.
deve-se tomar extremo cuidado em seu projeto Nas refinarias, são usados tanques de teto
e construção. A fundação do tanque precisa ser fixo (geralmente cônico) para produtos pesa-
capaz de suportar o peso do tanque, seu conteú- dos como asfalto, resíduo de vácuo, gasóleo,
do e qualquer quantidade de água acumulada. óleo diesel e querosene.
O costado do tanque é construído com chapas
metálicas soldadas, com espessuras crescen-
tes à medida que se encontram mais próximas
ao fundo do tanque. Cada tanque é cercado por
um dique (talude) de terra, que cria um espaço
semelhante a uma bacia em torno do tanque.
O dique é suficientemente alto para conter toda
a capacidade de armazenamento do tanque em
caso de ruptura.
3.1 Tipos de Tanques de Armazenamento Tanque de armazenamento de teto fixo para produtos
Há três tipos de tanques de armazenagem armazenados à temperatura ambiente.
Rotinas na Preparação e
Movimentação de Tanques
A seguir serão abordadas as principais ro-
4
a fim de que água e sedimentos decantem e
tinas presentes na maioria das movimentações possam ser drenados. O período de repouso
da Área de Transferência e Estocagem. pode variar de acordo com o petróleo e/ou de-
rivado.
4.1 Homogeneização
Após recebimentos de diferentes volumes 4.3 Determinação do Volume do Líquido
de petróleo e/ou derivados nos tanques, pode 4.3.1 Medição do Nível do Tanque
ocorrer a separação de produtos (estratificação) O volume de líquido em um tanque de ar-
devido a densidades diferentes. Com o objeti- mazenagem é determinado:
vo de homogeneizar o produto, alguns tanques – através de medições manuais ou auto-
são providos de misturadores (agitadores), cuja máticas.
finalidade é movimentar a massa líquida e evi- Para medições manuais, utiliza-se uma tre-
tar a sedimentação de impurezas no fundo do na de aço graduada em milímetros. Dois mé-
tanque. O período de agitação de um determi- todos são utilizados para medição manual:
nado tanque pode variar de acordo com o tipo a) A medição direta: Este método deter-
e características do produto nele contido. mina a distância entre o fundo do tan-
que e a superfície do líquido, isto é,
determina o espaço cheio.
b) A medição indireta: Este método de-
termina a distância entre a superfície
do líquido e o topo do tanque (altura
de referência), determinando o espaço
vazio. Neste caso parte do prumo que
penetrar no líquido deverá ser subtraí-
da da leitura de trena, pois ponto zero
corresponde a ponta do prumo. Este
método é ideal para medição de produ-
tos viscosos.
Exemplo de conversão da medição indi-
reta em direta:
Tanque com agitador. – Diminue-se da altura de refêrencia os
milimetros de espaço vazio encontrado;
4.2 Repouso Altura de Referência 14.700 mm 14.700
O petróleo, mesmo passando por tratamen- Altura de Trena 2.600 mm 2.600
to na origem, pode chegar aos tanques das re-
finarias com a presença de água e sedimentos Corte do Prumo 113 mm (soma) 113
em quantidades variáveis de acordo com a fon- Altura do nível de líquido 12.213
te de produção dos mesmos. Do processo de
tratamento, os tanques podem receber soda As medições manuais por trena são usa-
cáustica arrastada, sólidos suspensos, partícu- das para confirmar e verificar as medições 15
las de catalisador, água, etc. Devido a isso, é automáticas ou para medir os líquidos nas tran-
necessário um tempo de repouso entre o final sações de venda de derivados quando a medi-
do recebimento e/ou agitação (homogeneiza- ção em linha (através de instrumentos ins-
ção) e o envio para processamento ou venda, talados na tubulação) não é feita.
Transferência e Estocagem
As leituras automáticas são realizadas por do tanque, o que, no caso de tanques de petró-
medidores de nível instalados nos tanques, leo, pode ocorrer em grandes volumes. O en-
estes indicam o nível junto ao tanque e trans- vio acidental desta água para as unidades de
mitem os dados para a Casa de Controle. produção pode causar sérios acidentes, danos
Para a determinação do volume de produ- a equipamentos, assim como levar à perda de
to no tanque a partir da altura do líquido, são especificações de produto e a uma Parada de
utilizadas tabelas especiais chamadas “tabe- Emergência da Unidade.
las de arqueação”. Estas tabelas, construídas A presença de água em tanques ocasiona
individualmente para cada tanque, compensam outro problema que é o desenvolvimento de
eventuais irregularidades no formato cilíndri- colônias de microorganismos na interface
co do tanque. água-hidrocarbonetos. Estes microorganismos
As medições corretas garantem a fideli- alimentam-se dos hidrocarbonetos, transfor-
dade dos volumes recebidos e expedidos en- mando-os em um produto de odor desagradá-
volvendo o faturamento de uma refinaria. É vel, características ácidas e corrosivas e, ain-
de suma importância a correta medição dos da, a propriedade de reter pequenas gotas de
produtos movimentados, pois envolve interes- água no produto, formando o que se denomi-
ses financeiros do sistema e do cliente com- na “borra”.
prador. A “borra”, de aspecto marrom ou preto,
Observação: Para medição de tanques há quando presente no óleo diesel, causa proble-
normas de segurança que serão tratadas em mas como entupimento de telas e filtros e des-
curso específico. gastes nos componentes da bomba injetora
devido à sua característica corrosiva.
No querosene de aviação, estas colônias
de microorganismos podem chegar aos tanques
de combustíveis de aeronaves, causando pro-
cessos corrosivos, que levam ao entupimento
de filtros.
Ao eliminar a água dos tanques de deriva-
dos, impede-se o desenvolvimento de colônias
de microorganismos.
A drenagem é uma das operações que o
operador mais executa na Área de Transferên-
cia e Estocagem, portanto, é de extrema im-
Trena de Aço para medição manual de tanques.
portância o cuidado do operador na execução
da mesma. Em função disto, importante des-
tacar algumas orientações gerais:
4.3.2 Medição de Temperatura As drenagens exigem acompanhamento
A medição do volume de líquido em um permanente do operador e deverão ser inter-
tanque sempre envolve a medição da tempe- rompidas caso o operador necessite ausentar-
ratura do líquido. Lembre-se dos efeitos da se, mesmo que por um curto período de tempo.
temperatura sobre líquidos: expandem quan- Antes de iniciar qualquer drenagem, o
do aquecidos e contraem quando resfriados. operador deve ter conhecimento da natureza
Na Petrobras, os volumes normalmente são do produto a ser drenado, produtos voláteis,
referenciados a 20°C. quentes, viscosos, emulsionado, produto quí-
Para medir a temperatura, os operadores mico, produto contaminado com H2S, teores
usam um termômetro, que é submerso no pro- de benzeno, amônia,etc.
duto, são feitas leituras de temperatura em di- Uma atenção especial deve ser dada para
versos níveis do tanque uniformemente espa- drenos que possam esguichar o produto da dre-
çadas e calculada a média dos resultados. nagem sobre outros equipamentos (bombas,
turbinas, plataformas, passadiços, escadas,
16 4.4 Drenagens corredores de passagem de pessoas, etc.) e para
A presença de água nos tanques pode ocor- aqueles que possam espalhar o produto por
rer pela decantação da água presente em emul- grandes áreas, o que poderia colocar em risco
são, ou por infiltrações através do selo do teto outros trabalhos executados longe do local de
flutuante. A água tende a se acumular no fundo drenagem.
Transferência e Estocagem
A drenagem torna-se mais difícil, quanto 4.5.1 Coleta de amostragens em tanques,
mais próxima for a densidade do produto à recipientes e equipamentos de amostragem
densidade da água. A vazão de drenagem não
As amostras são coletadas de um tanque
deve ser muito alta pois a velocidade do líqui-
em vários níveis. O operador abaixa um cilin-
do provoca vórtice interno causando arraste de
dro de metal pesado com tampa apropriada a
produto. Para facilitar este tipo de drenagem,
ser aberta em diversos níveis do tanque.
os tanques passaram a ter um dispositivo deno-
Os recipientes para recolhimento e trans-
minado dreno-sifão com chapa quebra-vórtice.
porte de produtos amostrados são de material
Durante as drenagens deve ser evitado, ao
próprio ao derivado e às características a se-
máximo, o envio de produtos para o sistema
rem determinadas (metálicos, vidro claro ou
de esgoto oleoso e, em hipótese alguma, deve-
âmbar, de plástico, etc). O material não deve
se drenar produtos de alto ponto de fluidez ou
proporcionar alteração do produto. Os dispo-
muito viscoso, pois os mesmos poderão obs-
sitivos de fechamento devem proporcionar
truir o sistema de drenagem.
uma boa vedação para não incorporar conta-
minantes às amostras.
4.5 Amostragem
O conteúdo de um tanque geralmente é 4.5.2 Pontos de Amostragens e Manuseio das
constituído de produtos com mais de uma
batelada, incluindo os derivados de misturas Amostras
feitas no próprio tanque, resultando assim, em Recolhem-se amostras em linhas ou tubu-
um produto com características diferentes da- lações, tanques de armazenamento, vagões e
quelas dos seus componentes originais. É atra- caminhões-tanques, navios petroleiros, barca-
vés das amostragens e seus resultados que se in- ças, tambores, etc. Cuidado extremo e bom
dica a qualidade dos petróleos e derivados. senso são, fundamentalmente, os principais
A responsabilidade do operador da área pontos a serem observados durante a obten-
de Transferência e Estocagem é de fundamen- ção e manuseio de amostras. Cuidados:
tal importância para a confiança da represen- – Luvas limpas;
tatividade das amostras colhidas, pois, basean- – Evitar inalação de vapores;
do-se nos resultados de suas análises, são – Encher e drenar o equipamento de
efetuadas as programações dos petróleos a se- amostragem antes de enchê-lo com o
rem processados, as vendas para o mercado produto a ser enviado para análise;
nacional e internacional, as tomadas de deci- – Recolher amostras de produtos voláteis
sões, assim como, a boa imagem do sistema em recipientes refrigerados com gelo e
Petrobrás junto aos clientes. com técnica que evite as perdas por
vaporização;
“Uma amostragem incorreta invalida qual-
quer conclusão que se queira tirar sobre a – Proteção à luz para produtos sensíveis
qualidade de um produto com base em sua a ela;
análise”. – Proteção, quando necessária, contra
umidade e poeira;
Uma amostra mal tirada poderá acarretar
– Nunca encher totalmente o recipiente;
sérios prejuízos à produção,tais como:
– Distúrbios no funcionamento das Uni- – Arrolhar bem os frascos;
dades em função das características er- – Identificar as amostras imediatamente
radas de um petróleo, como viscosida- após a operação de amostragem;
de, teor parafínico entre outras;
– Correção desnecessária, que interfere 4.5.3 Testes de Laboratório
na qualidade de outros produtos origi- Uma vez que as amostras são colhidas (ou
nários da mesma unidade; coletadas da casa de amostragem) são levadas
– Desvio de produto para reprocessa- para um laboratório local para a realização das
mento (tanque de refugo), ocasionan- análises.
do custos desnecessários; 17
– Tempo e material gastos na repetição 4.6 Alinhamentos
das análises; Os alinhamentos consistem basicamente
– Atraso na entrega de produtos para os em estabelecer o caminho para o fluxo de pro-
clientes, afetando a imagem da empresa. dutos nas tubulações de um ponto a outro.
Transferência e Estocagem
Com o tanque pronto, o operador efetua o Observação: Os tempos de agitação, re-
alinhamento, que, apesar de parecer rotineiro, pouso, o modo de se fazer a “polegada” e ti-
é uma operação de grande importância.Um pos de amostragem são referenciais, que po-
alinhamento errado pode ocasionar parada de dem ser alterados, conforme o processo de cada
Unidade, contaminações nos produtos movi- refinaria.
mentados, aquecimento ou resfriamento inde-
vidos causando rompimento de tubulações e 4.8 Controle da Tancagem (acompanhamento
juntas devido a pressões acima do especifica- operacional)
do, vazões menores que às desejadas, resul- Os sistemas de controle da Área de Trans-
tando em danos às instalações, agressão ao meio ferência e Estocagem são a combinação de
ambiente, prejuízos financeiros podendo com- componentes de computador, programas, ter-
prometer o abastecimento do mercado. minais de vídeo e equipamentos de comuni-
Os principais equipamentos envolvidos na cações que permite, a partir da sala de contro-
execução de alinhamentos na Transferência e le, monitorar e controlar todas as movimenta-
Estocagem são: tanques, linhas, bombas, per- ções realizadas nos tanques de armazenamento.
mutadores, filtros, válvulas, instrumentos. O controle de vazão é a variante que mais se
Qualquer modificação de alinhamento destaca, através dela, é possível controlar e
deve ser realizada com muita atenção. O ope- monitorar:
rador deve cultivar o hábito de rever os ali- – volumes enviados ou recebidos;
nhamentos executados, de modo a verificar e – desempenho de bombas;
testar a estanqueidade das válvulas das inter- – parada de bombeios;
ligações do sistema. – controle de interfaces;
Muitas ocorrências anormais operacionais – polegadas e troca de envio;
são provocadas por falta de atenção e planeja- – carga das Unidades;
mento dos alinhamentos envolvidos. – injeções nas cargas;
– troca de tanques em recebimento;
– aferições de instrumentos de vazão.
Por intermédio de leituras de medições,
pode-se controlar as vazões das unidades, expe-
dições e transferências internas. Tomam-se duas
medidas do tanque em um intervalo de tempo
determinado e, pela tabela do tanque ou fator
volumétrico do mesmo, calcula-se a vazão.
Exemplo:
a) Um tanque cujo fator seja 2,362 l/mm;
a primeira medição anotada foi de 9000 mm
Operador executando alinhamento na Tubovia.
e a segunda, 3,5 horas após, foi de 7500 mm.
Calcular a vazão em m3/d.
Produtos Derivados
do Petróleo
Nas refinarias, os diversos processos a
5
5.2 GLP (Gás Liquefeito de Petróleo)
que é submetido o petróleo têm por finalida- É a mistura formada basicamente por hi-
de fracioná-lo em diferentes produtos de in- drocarbonetos de 3 a 4 átomos de carbono, que
teresses do consumidor. Esses produtos, lo- embora gasosa à pressão atmosférica, é ven-
gicamente, são também misturas de hidrocar- dida sob pressão para manter-se na fase líqui-
bonetos e diferem entre si, pelo fato de con- da à temperatura ambiente. O craqueamento,
terem hidrocarbonetos, cujos pontos de ebu- devido à quebra de moléculas maiores, é o pro-
lição, encontram-se dentro de uma faixa de- cesso mais importante na produção de GLP,
terminada. Em função dessa faixa, os produ- razão principal do emprego generalizado des-
tos apresentam outras propriedades que os ca- se tipo de processo nas refinarias.
racterizam, tais como a densidade, o peso mo- Embora o GLP tenha a sua maior utiliza-
lecular, a pressão de vapor, a viscosidade a ção como combustível doméstico, ele pode ser
cor, etc. utilizado para combustível industrial, ser ma-
Desta forma são separadas ou preparadas téria-prima para Petroquímica, matéria-prima
misturas de hidrocarbonetos que possuem de- para obtenção de gasolina de aviação e, tam-
terminadas características. Estas misturas re- bém como veículo propelente para aerosóis.
cebem o nome de frações. As principais são: O GLP pode ser produzido tanto na desti-
gás combustível, GLP, gasolina, querosene, lação direta do petróleo quanto no craqueamen-
óleo diesel, óleo lubrificante, óleo combustí- to térmico ou catalítico.
vel e asfalto. No refino de petróleo, são elimi- Devido à baixa porcentagem de propanos e
nadas também as impurezas indesejáveis das butanos no petróleo, a produção de GLP nas uni-
diversas frações pelos chamados processos de dades de destilação direta é normalmente baixa.
tratamento.
Anotações
25
Transferência e Estocagem
EMED
Estação de Medição
A finalidade das Estações de Medição
6
determinado. Os medidores tipo turbina são
(EMED) é controlar e apurar quantidades de usados quase exclusivamente para medir os
produtos transferidos das Refinarias para as produtos entregues em “pontos A”.
Companhias Distribuidoras para efeito de fa- Os medidores tipo turbina conforme figu-
turamento. ra abaixo apresentam um equilíbrio fino e são
Os produtos que não são faturados pela mais apropriados.
EMED são os bombeios efetuados diretamen-
te para vagões e caminhões tanque. Nestes
casos, o faturamento é efetuado por peso car-
regado, medido através de balança.
Todos os dutos de venda para as Compa-
nhias Distribuidoras possuem um “Trem de
Medição”, composto por: filtro desaerador,
vaso condensador, estabilizador de fluxo,
turbina ou ainda medidor de deslocamento
positivo, indicadores de pressão e tempe-
ratura, válvulas controladoras, sensores
para adaptação dos pulsos e compensador
de temperatura.
Na transferência de volumes para o clien-
te, a Estação de Medição deve quantificar o
volume exato de líquido transportado. As Esta-
ções de Medição também são usadas para con-
trole operacional e detecção de vazamentos. À medida que o líquido flui através do medidor, a turbina gira
a uma velocidade proporcional à vazão.
Para medir, com precisão, os volumes
transferidos para os clientes, são usados me-
didores de vazão. Os dois tipos mais comuns 6.2 Medidores de Deslocamento
de medidores de vazão são Medidor tipo Tur- Positivo
bina e de deslocamento positivo. Os medidores de deslocamento positivo
estão entre os mais antigos dispositivos utili-
6.1 Medidor tipo turbina zados para medir líquidos, sendo ainda tidos
O medidor tipo turbina, também conheci- como confiáveis dentro de determinadas limi-
do como medidor por inferência, é constituí- tações. O medidor é composto de uma seção
do de um hélice que gira livremente ou “turbi- inferior com um rotor com palhetas ou impe-
na” montada sobre mancais axiais que ficam lidores (lóbulo); uma parte central com engre-
dentro de um duto de comprimento curto. Cada nagens que ligam o rotor com o registrador e,
pá da turbina tem um pequeno ímã na ponta. na parte superior, o registrador.
Quando o líquido flui pelo duto, a turbina gira Os medidores de deslocamento positivo
a um velocidade proporcional à vazão. À me- são mais adequados para produtos muito vis-
26 dida que ela gira, as pás da turbina passam por cosos como óleos combustíveis e para aque-
um detector eletromagnético ou indutivo que les que contêm parafina ou outros sedimen-
produz pulsos elétricos. Os pulsos são alimen- tos, porque são menos suscetíveis aos danos
tados para um contador eletrônico, a partir do causados por impurezas, em relação aos me-
qual o volume total passado pelo medidor é didores tipo turbina.
Transferência e Estocagem
6.3 Aferição dos Medidores
As linhas de venda estão interligadas com
um sistema aferidor em formato de um tubo
em “U”, de fluxo bidirecional ou unidirecional,
denominado “provador”.
O provador é um equipamento de volume
rigorosamente conhecido, aferido pelo
INMETRO, cuja finalidade é calibrar os medi-
dores de vazão instalados em linha.
É composto por um tubo em “U”, conten-
do em seu interior uma esfera de poliuretano
cheia de água, álcool ou glicerina. O processo
de aferição dos medidores chama-se corrida.
A corrida consiste em desviar o fluxo para
esse provador, a fim de que, a bola contida em
seu interior seja deslocada ao longo do tubo e
passe por sensores que disparam uma conta-
gem de pulsos (sinais elétricos) gerados pelo
medidor e encerrando a contagem ao passar
pelo segundo sensor. Através de cálculos, com-
para-se o volume passado pelo provador e vo-
lume quantificado pelo medidor.
Para os produtos faturados a 20ºC, os trens
de medições possuem compensadores de tem-
peratura que corrigem o volume à temperatu-
ra de bombeio para a temperatura de fatura-
mento. Para GLP e óleo combustível, fatura-
dos por peso, o trem de medição comporta um
densímetro em linha, o qual gera um sinal
multiplicado pelo volume bombeado resultan-
do em massa.
Anotações
27
Transferência e Estocagem
Tratamento
de Resíduos 7
A Geração de Resíduos é um dos grandes Caso gotículas de óleo estejam dispersas
problemas enfrentados pelas Indústrias de na água, a emulsão será do tipo óleo em água.
Refinação de Petróleo. A Petrobras está fazen- Se gotículas de água estiverem dispersas
do pesados investimentos no sentido de eli- em óleo, a emulsão será do tipo água em óleo.
minar passivos de resíduos assim como modi- Na indústria do petróleo, a emulsão mais co-
ficações em seus processos para reduzir os mum é do tipo água em óleo, para a qual são
impactos ambientais. empregados vários métodos com o objetivo
de rompê-la. Além do uso de produtos quí-
A contribuição da operação é de extre- micos desemulsificantes, os métodos abai-
ma importância neste processo. Na execução xo são empregados isoladamente ou em as-
das operações, o operador deve sempre ado- sociação:
tar os seguintes critérios em ordem de priori- – Decantação;
dade em relação à geração de resíduos: – Aquecimento ou destilação;
1. Eliminar a geração; – Centrifugação;
2. Diminuir a geração; – Filtração.
3. Reutilizar o resíduo;
7.2 Borras
Na maioria das refinarias, é na Área de Borra oleosa ou resíduo oleoso: Resí-
Transferência e Estocagem que são realizados duo constituído pela mistura de óleo, sóli-
a recuperação do óleo e o tratamento dos des- dos e água, com eventual presença de ou-
pejos industriais. tros contaminantes. Pode-se classificar as
O óleo recuperado e os restantes dos borras em:
efluentes hídricos passam por processos físico- – Borra Oleosa Limpa: Emulsão oleosa
químicos e biológicos antes de serem lançados líquida, pastosa ou sólida e isenta de
nos rios ou no mar. As borras e sedimentos são sólidos grosseiros como carepa de fer-
tratados em unidades de biodegradação natu- rugem, areia, terra e outros. Normal-
ral, nas quais microorganismos do solo degra- mente, é gerada na limpeza de tanques
dam os resíduos sólidos. Outros resíduos sóli- de petróleo e derivados, dessalgadoras
dos são enclausurados em aterros industriais e outros equipamentos;
constantemente controlados e monitorados. – Borra Oleosa Suja: Emulsão oleosa lí-
Os principais poluentes de uma refinaria quida, pastosa ou sólida que contém
são hidrocarbonetos, cloretos, fenóis, sulfetos, sólidos grosseiros como carepa de fer-
mercaptans, soda cáustica, amônia, cianetos e rugem, areia, terra e outros. Normal-
metais pesados. mente, é gerada quando da limpeza de
Como a maioria dos resíduos tratados são canaletas de águas oleosas, separado-
emulsões e “borras”, será feita uma aborda- res de água e óleo e tanques de petró-
gem mais detalhada sobre este assunto. leo e seus derivados
28 – Areia e Terra Oleosa: Resíduos oleo-
7.1 Emulsões sos, pastosos ou sólidos, constituídos
As emulsões são misturas de dois líqui- geralmente de mistura de óleo com terra
dos mutuamente imiscíveis, um dos quais está ou areia. Normalmente, é gerado nos
disperso como gotículas no outro líquido. casos de vazamento de óleo.
Transferência e Estocagem
Sistema de
Tochas 8
tes de equipamentos de alta e baixa
8.1 Conceitos básicos
O processamento de combustíveis a ele- pressão das unidades de processo e
vadas temperaturas e pressões, requer adoção transferência e estocagem.
de determinados procedimentos no projeto de – Tocha Química – Recebe o desvio de
refinarias, visando à segurança do pessoal, de gases ácidos da Unidade de Águas Áci-
equipamentos e do meio ambiente. Baseado das, gases desviados da Unidade de
nessas premissas, nas Unidades de Processa- Recuperação de Enxofre, entre outros.
mento, as torres, vasos e permutadores em O sistema de tocha exige uma série de
geral, dispõem de válvulas de segurança, cuja cuidados e dispositivos para uma operação
finalidade é descarregar, em emergências, os segura. Basicamente, o principal cuidado im-
gases e produtos combustíveis para um Siste- plica em não haver ar presente no sistema
ma Coletor que encaminhe a chaminé de se- quando os gases inflamáveis alcançarem os
gurança (tocha), onde são queimados. pilotos situados no topo das tochas.
Exemplos de emergências que resultam Os seguintes equipamentos são previstos
em elevação da pressão acima do valor da pres- para garantir a segurança:
são do projeto dos equipamentos e conseqüente
abertura de válvulas de segurança nas Unida-
des de Processo são: Incêndio, falta de energia 8.2 Vasos de Separação
elétrica, falta de vapor, falta de ar, falta de água de Destinam-se a separar o líquido arrastado
refrigeração, válvula bloqueada e queda do com- pelos gases. Os gases são direcionados para
pressor de gases da Unidade de Craqueamento. queimar na tocha, enquanto a fase líquida de-
O coletor geral é dimensionado para o canta nos vasos e é bombeada para tanques de
maior risco isolado de uma refinaria, isto é, a resíduo. Os vasos são equipados com serpen-
maior contribuição de uma única Unidade de tinas de vapor de baixa pressão, para impedir
Processo. Além das áreas de processo, áreas o congelamento de frações pesadas e vapori-
de armazenamento de gases liqüefeitos podem zar líquidos leves.
descarregar suas válvulas de segurança para o
coletor geral da refinaria, o que nem sempre é
viável também por razões econômicas.
8.3 Vasos de Selagem
Cada Sistema de Tochas foi projetado com O sistema de tocha convencional, possui
a possibilidade de usar duas chaminés para fins vasos de selagem com água onde o fluxo de
de flexibilidade operacional e de manutenção; gás descartado borbulha no líquido, seguindo
em condições normais, ambas as chaminés para o tubulão horizontal, tubulão vertical até
estarão operando. o selo molecular e bico queimador. Estes va-
As tochas devem sempre estar prontas para sos têm a função de impedir o retorno da cha-
receber e queimar os gases provenientes de ma do bico da tocha, se ocorrer esta eventuali-
emergências nas Unidades de Processo e áreas dade por falta de fluxo mínimo de gás, falta
de armazenamento de gases da refinaria. Para de vapor, falha dos selos moleculares ou outro
isso, é necessário que os pilotos permaneçam evento qualquer.
30 acesos ininterruptamente, garantindo a quei- A água de selagem é sempre mantida em
ma dos gases. nível adequado por controladores de nível, e
Nas refinarias, normalmente são encontra- indicação de campo e remota. Os vasos pos-
dos dois tipos de tochas: suem um dreno sifão que se projeta até o nível
– Tocha Convencional – Recebe descar- de 50% dentro do vaso.
Transferência e Estocagem
É previsto para ser usado nas seguintes condições:
– Drenar hidrocarbonetos eventualmente arrastados para o vaso de selagem;
– Drenar e renovar a água do vaso e, ao mesmo tempo, garantir um nível mínimo de selagem.
03. Qual a importância de se conhecer a com- 19. Cite três tipos de especificações (ensaios)
posição do petróleo? utilizadas para produtos de petróleo.
04. O que é interface na operação de dutos? 20. Qual a finalidade da Estação de Medição?
05. A finalidade do rastreamento em oleodu- 21. Explique com suas palavras o que é
tos é: emulsão.
06. Cite os tipos de tanques mais comuns en- 22. Qual o critério em ordem de prioridade que
contrados em uma refinaria e as diferenças o operador deve adotar em relação a geração
básicas entre eles. de resíduo?
07. Qual a utilização mais comum dos Tan- 23. Cite as principais fontes de envio de hi-
ques com Teto Fixo ? drocarbonetos para a Área de Recuperação de
Óleo.
08. Qual a finalidade dos Tanques com Teto
Flutuante? Cite 2 exemplos de produtos que 24. Porque os reatores biológicos necessitam
devem ser armazenados nestes tanques. de aeração (fornecimento de oxigênio)?
09. Qual a finalidade dosTanques Esféricos? 25. Explique com suas palavras o princípio de
funcionamento do selo molecular.
10. Qual o objetivo da homogeneização em
tanques e como é realizada? Anotações
11. Qual a finalidade do repouso em tanques
de petróleo e derivados?
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Transferência e Estocagem
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