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Rodovias e Autopistas

Na escavação de rodovias e autopistas os seguintes tipos de desmontes são necessários: em trincheira (1) e a
meia encosta (2).

Este tipo de obra pode ser executado segundo três procedimentos:

- Furos verticais paralelos ou em leque;

- Furos verticais e horizontais;

- Furos horizontais ou de levante.

Os desmontes em ambos os casos podem ser realizados de uma única vez, entretanto quando as alturas são
grandes (> 15 m) recomenda-se efetuar a escavação por fase. Outros fatores que podem influenciar na execução da
obra são:

- Segurança na operação;

- Limitação das perturbações ambientais (onda aérea e vibrações);

- Velocidade de avanço;

- Dimensões dos equipamentos de carregamento e transporte.

A figura acima mostra as seguintes situações em obras de meia encosta:

- Não há necessidade de desenvolvimento, pois existe área para a perfuratriz perfurar;


- Há necessidade de desenvolvimento, isto é, uma escavação prévia na região (A), pois não existi área para a
perfuratriz perfurar;
- Há a necessidade de desenvolvimento por não existir área para a perfuratriz atuar. Como o volume de rocha
para os furos da frente se fragmentarem é muito grande, sugere-se um desenvolvimento (A) e furos de
levante (furos horizontais e sub-horizontais).
- Como a topografia é muito acidentada, o que geraria instabilidade para a perfuratriz, sugere-se um
desenvolvimento (A) e furos de levante.

Quando se utilizam furos horizontais ou de levante, a seguinte equação é adotada para o cálculo do espaçamento
(E):

Onde: D = diâmetro do furo (m) e L = longitude do furo (m).

Se a altura do banco for < 5m, emprega-se somente uma linha de furos; entre 5m e 8m, duas linhas; e > 8m, três
linhas ou mais.

Dada a importância da estabilidade da rocha nos taludes residuais, especialmente em alturas elevadas, é normal
terminar a escavação com desmonte de contorno, o qual constitui outra razão para limitar a altura do corte entre
10m e 12m, pela necessidade de manter a precisão da perfuração

Os diâmetros de perfuração oscilam entre 65mm e 125mm. É habitual realizar os desmontes com diâmetros
de entre 89 e 125 mm e os de contorno entre 65 e 75 mm. Como o diâmetro de perfuração é influenciado pela
altura do banco, deve-se utilizar a seguinte relação na seleção do diâmetro (D) ou da profundidade da escavação (H):
D = H/60.

As longitudes dos furos (L) dependem da altura do banco, da inclinação - que varia de 0° a 20° - e da
subperfuração em função da resistência da rocha:

Distribuição da carga e tampão: Nesse tipo de desmonte utilizam-se colunas de explosivos seletivas com
carga de fundo de explosivos gelatinosos ou emulsões e cargas de coluna de ANFO.
Na tabela 17 são indicadas as longitudes recomendadas das cargas de fundo (Lf) e tampão (T) para diferentes
tipos de rocha. As alturas da carga de coluna são calculadas pela diferença entre as longitudes dos furos e a soma
das cargas de fundo e dos tampões.

Esquemas de perfuração: São sempre realizadas com furos verticais, e conforme seja a relação “H/D” dois
casos se distinguem:

- Se H > 100D: É mais habitual para bancos de 10 a 12 m de altura. Os valores do afastamento (A) e do
Espaçamento (E) são calculados a partir da tabela 18.

- Se H < 100D: Nestes casos o afastamento é calculado a partir da expressão:

Onde: Qf = carga total por furo (Kg); H = altura do banco; E/A = relação entre espaçamento e afastamento; CE =
consumo específico de explosivos.

Esquema de iniciação: Os esquemas mais utilizados são:

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