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Poder Judiciário
Central de Apoio Multidisciplinar da Comarca de Vitória
Equipe 1ª Vara Especializada em Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher
Apresentação
2 - maiores de 18 anos;
Atualizado em 05/08/2015
Estado do Espírito Santo
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2 – Análise do pedido pela Juíza que encaminha o processo para avaliação da equipe
multidisciplinar;
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Contudo, cabe registrar que até o momento, a maioria das solicitações de concessão do
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Importante frisar ainda que todos os dispositivos entregues até o momento, foram
deferidos no âmbito das medidas protetivas, independente da existência de sentença
condenatória na ação penal.
5%
Até 17 anos
21%
De 18 a 28 anos 41%
De 29 a 39 anos
40 a 59 anos
33%
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No que se refere a idade das participantes, cabe registrar que a faixa etária de 29 a 59
anos reuniu 45 mulheres (74%), representando portanto o público adulto
aproximadamente ¾ das participantes do Projeto.
5.2 Renda
De 0 a ½ SM 16%
Acima de ½ a 1 SM 26%
Acima de 1 a 3 SM 33%
Acima de 3 SM 8%
Não informado 5%
Registra-se que 11% das mulheres não possuem nenhuma fonte de renda e 42% das
mulheres relatam possuir rendimentos de até 1 salário mínimo, renda que, se considerada
a composição familiar, as inclui no perfil de acesso a benefícios assistenciais. Este dado
demonstra uma importante e necessária interseção com a política de assistência social
para um atendimento integral destas mulheres.
Registra-se que estes dados são referentes à renda individual das mulheres atendidas.
Não sendo possível, no momento, levantar a renda familiar das requerentes.
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5.3 Escolaridade
No que se refere à escolaridade, a maior parte das mulheres relataram possuir ensino
médio completo ou incompleto (42%), enquanto, 27% relataram ter concluído alguns anos
ou integralmente o ensino fundamental. Chama a atenção o fato de muitas mulheres
possuírem poucos anos de estudo (18%). O gráfico abaixo mostra a inserção das
mulheres nas diferentes faixas de escolarização.
Não Informado 7%
Os bairros com maior número de DSP entregues foram Jardim da Penha, Jardim Camburi
e Santa Marta (com 04 dispositivos cada um), seguidos de Santo Antônio, São Pedro,
Centro e Praia do Canto (com 03 dispositivos cada).
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Total 61
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Parental 8%
Ex-afetiva 8%
Afetiva 8%
Ex-conjugal 45%
Conjugal 31%
Como é possível verificar no gráfico acima, 76% das mulheres que receberam o DSP
mantinham relações conjugais ou ex-conjugais na época da solicitação das medidas
protetivas.
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O tipo de violência mais citado foi a física, seguida da violência psicológica e de ameaças.
A violência sexual foi relatada por duas mulheres, sendo uma adolescente e outra adulta.
100%
90%
79%
80%
70%
60% 52% 49%
50%
40%
30% 26%
20% 15%
10% 3%
0%
Física Moral Patrimonial Psicológica Sexual Ameaça
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Nas ocasiões, foi aplicado um questionário com o intuito de melhor entender as condições
de utilização do dispositivo, bem como identificar possíveis impactos deste projeto na vida
das mulheres. Os resultados deste levantamento seguem abaixo.
Do total das mulheres que responderam o questionário, apenas 27% relataram que,
quando estão fora de casa, utilizam o dispositivo no cinto que acompanha o
equipamento, conforme orientado pelo INTP.
Outro
37%
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Já quando estão em sua residência, a maioria das mulheres deixa o botão sobre algum
móvel, e apenas 10% junto ao corpo. Tal comportamento pode ser compreendido em
função das mulheres se sentirem mais seguras dentro de suas residências e pelo fato de
ser pouco viável para a mulher estar em constante estado de vigilância.
Junto ao corpo
10%
Em alguma gaveta 23%
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Sensação de Segurança
63%
50%
Com as medidas
protetivas
30% 30% Após receber o
Botão do Pânico
20%
7%
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100%
90%
80% 77%
70%
70%
60%
60%
50%
50% 43% 43%
40%
30%
20% 13% 13% 13%
10% 7% 7%
0%
Proteção Coragem Tranquilidade Tensão Desconfiança
Segurança Liberdade Justiça Angustia Preocupação Vergonha
Cabe registrar que todas as mulheres apontaram pelo menos 01 sentimento positivo em
relação ao uso do dispositivo, e que as sensações e sentimentos positivos frente ao uso
do dispositivo são preponderantes. Contudo 06 mulheres, apesar de vivenciarem um ou
mais dos sentimentos positivos, apontaram outros sentimentos como angustia, medo,
preocupação, desconfiança e/ou vergonha.
Neste sentido, temos registro de que desde abril de 2013, 13 mulheres acionaram o
dispositivo de segurança preventiva pelo menos uma vez, por se sentirem ameaçadas.
Tais acionamentos ocorreram em função de aproximação e/ou tentativas de aproximação
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Chama a atenção o fato de duas mulheres terem relatado a esta equipe a tentativa de
acionar o botão do pânico sem êxito. Cabe contudo considerar que não temos
informações acerca do estado de bateria, área de cobertura ou condições do dispositivo
neste momento.
0 10 20 30 40 50 60
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esta equipe. Situações nas quais o requerido mandava mensagens via celular ou redes
sociais, telefonava, entrava em contato por meio de terceiros, caracterizam as situações
mais comuns de descumprimento de MPU´s, no qual o dispositivo não demonstrou
aplicabilidade.
9 – Dispositivos desligados
No mês de maio de 2015, fomos informados pelo INTP que 31 das 42 requerentes que
permaneciam com o Botão do Pânico encontravam-se com o equipamento desligado por
mais de 48h, o que representava aproximadamente 74% das mulheres que permaneciam
com o dispositivo.
Após análise de documentos, contatos telefônicos, atendimentos e visitas domiciliares
verificou-se situações diversas, conforme representado no gráfico abaixo:
Se recusa a devolver 3%
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Os casos avaliados por esta equipe durante o projeto, nos quais foram considerados a
aplicação do Botão do Pânico, consistiram em situações nas quais a vítima sofria com as
atitudes de agressores que, ainda representavam risco potencial para estas mulheres.
Durante a seleção das mulheres que receberiam o botão do pânico neste projeto, a
equipe multidisciplinar visou sempre a premissa de que a preservação da segurança e
direito da mulher, não deve desconsiderar aspectos peculiares a cada situação. Tal prática
é de suma importância, visto que muitas solicitações de medidas protetivas, podem tratar-
se de outros conflitos que não a violência doméstica em si, mas sim aspectos de conflitos
patrimoniais e financeiros, conflitos de guarda e visitação de filhos, que encontram na
aplicação de medidas protetivas um caminho para o alcance de outros objetivos que não
a segurança contra agressões.
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Cabe ressaltar que esta equipe considera de extrema importância a avaliação e análise
dos casos selecionados para a entrega do DSP, a fim de que o dispositivo seja uma
ferramenta efetiva na fiscalização das medidas protetivas e torne-se um instrumento de
mudança e impacto na vida das mulheres que o receberem.
Situações onde o dispositivo era mantido desligado por longos períodos, sem motivo
específico, foram frequentes e relevantes. Tais situações podem sinalizar um processo de
adaptação e indicar, em alguns casos, o empoderamento desta mulher à medida que
consegue seguir sua rotina sem o dispositivo, sobretudo ao tempo em que o risco diminui
e a necessidade de utilização do DSP deixa de ser premente. Contudo, tal fato chama a
atenção para a necessidade de regulamentação acerca da manutenção do dispositivo,
quando o tempo de inutilização mostra-se extenso e recorrente.
Assim esta equipe multidisciplinar considera que critérios objetivos seriam relevantes para
uma utilização mais eficaz e eficiente dos dispositivos. Assim sugerimos:
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manutenção do dispositivo;
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O Projeto Experimental Botão do Pânico tem contribuído para que as mulheres detentoras
de medidas protetivas se sintam mais seguras e tenham um atendimento policial, pela
Guarda Municipal de Vitória, mais ágil em caso de descumprimento de medidas
protetivas. Trata-se de um instrumento auxiliar na fiscalização das medidas de proteção
concedidas.
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