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Academia de Ciências Policiais

Curso de Mestrado em Ciências Policiais

Ética e Direitos Humanos

Eficácia do Gabinete de Atendimento á Família Menor Vítima de Violência, na


prevenção do Crime de Violência Doméstica no Bairro Guava- área de Jurisdição do
Posto Policial da PRM-Guava, no período compreendido entre os anos 2015- 2017

Turma: B

Discentes: Hélio Ngulele

Docente: PhD Imeldina Matimbe

Michafutene, Novembro de 2023


Eficácia do Gabinete de Atendimento á Família Menor Vítima de Violência, na
prevenção do Crime de Violência Doméstica no Bairro Guava- área de Jurisdição
do Posto Policial da PRM-Guava, no período compreendido entre os anos 2015-
2017.

Hélio Ngulele1

Resumo

O presente trabalho, tem como objectivo analisar a eficácia do Gabinete de


Atendimento a Mulher e Menor Vítima de Violência Doméstica do Posto Policial da
PRM- Guava, na prevenção de crime de violência Doméstica no bairro Guava no
período 2015- 2017, onde para tal procurou Identificar os crimes de violência
Doméstica mais registados no bairro Guava, no período em Estudo; Mencionar os
factores que contribuem para a ocorrência de crime de violência Doméstica no
Bairro Guava no período em estudo e Identificar as estratégias implementadas pelo
Gabinete de Atendimento a família e Menores Vítimas de violência Doméstica
(GAFMVVD) na prevenção de crimes de violência Doméstica no bairro Guava no
período em estudo. Para se responder o objectivo geral foi usada uma abordagem
qualitativa, onde para a análise e colecta de dados optou-se pelas técnicas de
pesquisa bibliográfica, análise documental e entrevista, para a colecta de dados foi
ministrado um guião de entrevista e um questionário à 34 indivíduos, membros do
Posto Policial da PRM- Guava e População Local. Os resultados do estudo
revelaram que o Gabinete de Atendimento a Mulher e Menor Vítima de Violência
Doméstica do Posto Policial da PRM- Guava, é na prevenção de crime de violência
Doméstica no bairro Guava, contudo precisam de melhorias, primeiro nas
infraestruturas e intensificar as palestras no bairro em matéria de violência
Doméstica.

Palavra Chave: Violência Doméstica e Violência contra Mulher.

Introdução
1
Mestrando em ciências Policiais, e licenciado em ciências Policiais pela ACIPOL
Nos termos do artigo 35 da lei n° 1/2018 de 12 de junho (CRM), Todos os cidadãos são
iguais perante a lei, gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos aos mesmos deveres,
independentemente da cor, raça, sexo, origem étnica, lugar de nascimento, religião, grau
de instrução, posição Social, estado Civil dos pais, profissão ou opção política. no
entanto

Segundo Pelembe (2022), em Moçambique, a violência Doméstica em particular a


violência conta Mulher, esta atingir proporções Alarmantes chegando muitas vezes a
limitar a participação activa das mulheres nas diversas áreas da esfera Social e tem a sua
origem em diferentes crenças culturais, onde não existe uma única explicação para as
causas da violência, contudo existem algumas causas apontados frequentemente como
causas da violência domestica, nomeadamente: aspectos culturais, ciúmes antecedentes
de Violência na família, dependência financeira da Mulher e seropositividade2

É nesta senda que surge o presente estudo com o objectivo de Analisar a eficácia do
Gabinete de Atendimento a família e menores Vítimas de violência Doméstica
(GAFMVVD), do Posto Policial da PRM- Guava, na prevenção de crime de violência
Doméstica no bairro Guava no período 2015- 2017 e de uma forma especifica visa
identificar os crimes de violência Doméstica mais registados no bairro Guava, no
período em estudo e mencionar os factores que contribuem para a ocorrência de crime
de violência Doméstica no Bairro Guava no período em estudo.

Segundo Chissano (2020 ) A violência domestica apresenta-se até aos dias de hoje
como um problema mundial e constitui um dos principais entraves para a construção de
um mundo de harmonia, respeito pela igualdade de direitos entre homens e mulheres no
contexto de famílias estáveis na promoção de um crescimento e desenvolvimento
sustentável do País, e em Moçambique o fenómeno de violência já atingiu proporções
significativas, sendo as mulheres as maiores vítimas das diversas formas de violência,
sobretudo aquela que é perpetrada pelos homens, muitas vezes conhecidos e parentes da
própria vítima.

2
Seropositividade; quando um dos Cônjuges toma conhecimento da infeção do seu parceiro ou obrigar a
parceira a manter relações sexuais sem o uso do preservativo. ( Pelembe, 2022, P.6)
Nesta senda o Governo Moçambicano e a sociedade Civil Moçambicana, representada
por varias associações e organizações não governamentais, tais como a liga dos Direitos
,a Associação das Mulheres de carreira Jurídica, o Fórum Mulher, Mulher lei e
desenvolvimento, entre outras tem desencadeados acções com vista a prevenir e
combater a ocorrência da violência domestica, onde por seu turno o estado
moçambicano cria Leis com vista a prevenir e combater este fenómeno, o exemplo da
Lei n° 29/2009, de 29 de Setembro- Lei sobre violência Domestica, entre outas e de
uma forma especifica no seio da PRM., tem-se na sua estrutura o Departamento de
Atendimento à Família e Menores Vítimas de Violência, que coordenam os
GAFMVVD, com as seguintes funções : Garantir o atendimento e apoio integrados às
vítimas de violência doméstica, crianças e idosos; b) Propor metodologias e acções que
permitam mitigar os efeitos da violência doméstica, contra crianças e idosos; c) Propor
medidas de prevenção e combate à delinquência juvenil e da criança em conflito com a
lei; d) Coligir, sistematizar e analisar a informação relativa a casos de violência
doméstica, bem como elaborar estudos e propor medidas que contribuam para a sua
prevenção e combate.nos termos do numero 1 do artigo 20 do Decreto n.º 58/2019 de 1
de Julho.

Segundo Chissano (2020) Como forma de responder às denúncias de violência


doméstica praticada contra as mulheres, foram criados em 1999, nas cidades de Maputo
e da Beira, os primeiros Gabinetes de Atendimento à Mulher e Criança Vítimas da
Violência Doméstica (GAMCVVD) - hoje denominados Gabinete de Atendimento à
Família e Menor Vítimas da Violência Doméstica (GAFMVVD) -, visando criar um
espaço seguro onde as mulheres e crianças vítimas de violência, abuso e exploração
pudessem denunciar essa situações e receber o atendimento necessário bem como o
devido encaminhamento e aconselhamento jurídicos.

“Apesar de haver instrumentos jurídicos que sancionam os actos de violência


doméstica praticados contra a mulher, a sua ocorrência ainda é significativa e
alarmante. Segundo estudo do Ministério da Mulher e Acção Social (MMAS)
(2004), somente 10% das mulheres denunciam a violência sofrida. Isto ocorre
porque socialmente a mulher denunciante é desprezada. Por outro lado, a
construção social da mulher como dependente cria insegurança, mesmo na
condição de principal provedora do lar e com capacidades para resolver a sua
situação da economia familiar. Também são apontados outros factores como o
desconhecimento da lei e dos seus direitos bem como o medo da reacção do
parceiro agressor” ( Chissano, 2020 P. 2).

Segundo dados do Comando Distrital da PRM- Marracuene, o GAFMVVD, no Bairro


de Guava, foi implementado no ano 2007 junto ao Posto Policial da PRM – Guava, com
vista a garantir o atendimento e apoio integrados às vítimas de violência doméstica,
crianças e idosos, onde operam agentes formados em matéria de violência domestica,
não obstantes as agentes do GAFMVVD do posto Policial da PRM- Guava, reclama a
falta de infra estrutura adequado para trabalhar, pois eles compartilham a mesma sala
com os oficiais de permanência, e dado a delicadeza dos casos da violência Domestica,
as vitimas não tem se sentido à-vontade para falar dos seus problemas perante a muita
gente, facto que dificulta as agentes em saber como aconselhar ou ajudar as vitimas e
não obstante a isso, o posto policial em referencia, no período em estudo tem registado
um numero crescente dos casos criminais de violência Domestica, onde no ano de 2015,
registou109 casos, nom ano de 2016 registou 120 casos , com um subida de 10%,
comparado ao ano anterior, no ano 2017 registou 170 casos criminais com uma subida
de 29% em relação ao ano anterior, ambos anos tiveram como destaque os crimes de
agressões físicas.

Face ao exposto surge a seguinte questão de partida: qual é a eficácia do Gabinete de


Atendimento a família e menores Vítimas de violência Doméstica (GAFMVVD), do
Posto Policial da PRM- Guava, na prevenção de crime de violência Doméstica no bairro
Guava no período 2015- 2017?

Metodologia

Segundo Rodrigues (2007) metodologia é um conjunto de abordagens, técnicas e


processos utilizados pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição
objectiva do conhecimento, de uma maneira sistemática, para a elaboração do presente
trabalho foi usada uma abordagem qualitativa, onde para obtenção de dados recorreu-se
as técnicas de pesquisa bibliográfica, analise documental e entrevista e para a colecta de
dados foram usados os seguintes instrumentos: Guião de entrevista e questionário. O
estudo teve como amostra 34 indivíduos, dentre eles, membros do GAFMVVD e
comunidade do bairro Guava.

Quadro conceptual

Violência Doméstica

Segundo o Instituto nacional de estatística (2017) cit in Silva (2020), violência


Doméstica “é toda acção de violação de direitos fundamentais do Homem, praticado
entre os membros que habitam num ambiente familiar e pode acontecer entre pessoas
com laços de sangue (pais e filhos), ou unidos de forma civil (marido e esposa ou genro
e sogro)”.

Em sentido lato, considera-se violência doméstica qualquer acto, conduta ou omissão


que sirva para infligir, reiteradamente e com intensidade, sofrimentos físicos, sexuais,
mentais ou económicos, de modo directo ou indirecto (por meio de ameaças, enganos,
coação ou qualquer outro meio) a qualquer pessoa que habite no mesmo agregado
doméstico privado (pessoas – crianças, jovens, mulheres adultas, homens adultos ou
idosos – a viver em alojamento comum) ou que, não habitando no mesmo agregado
doméstico privado que o agente da violência, seja cônjuge ou companheiro marital ou
ex-cônjuge ou ex-companheiro marital (Machado & Gonçalves, 2003).

Os autores não unanimes na ideia de que a violência doméstica ocorre no ambiente de


facto (membros unidos por união de facto ou casamento) e o conceito dos autores
(Machado & Gonçalves, 2003) é mais detalhado e abrangente em relação do conceito do
INE (2017), e podemos definir violência doméstica como toda acção ou omissão que
viola os direitos fundamentais do homem decorrente da relação familiar.

2.2 Violência Doméstica contra a Mulher

De acordo com Carvalho et al. (2012, p. 204),


a violência doméstica contra a mulher é qualquer acção de discriminação e agressão
realizada em ambiente doméstico pelo facto de a vítima ser mulher, causando dano,
constrangimento, sofrimento e até a morte. Neste contexto, a violência pode ocorrer
de diversas maneiras com diferenciados graus de rigorosidade. Estas formas de
violência não se realizam isoladamente, mas fazem parte de uma progressão
crescente de episódios, do qual o homicídio é a forma mais extrema da agressão
contra a mulher.

No mesmo diapasão, a Lei n° 29/2009, de 29 de setembro, no seu anexo referente ao


Glossário, conceitua a violência contra a mulher como “todos os actos perpetrados
contra a mulher e que cause, ou que sejam capazes de causar danos físicos, sexuais,
psicológicos ou económicos, incluindo a ameaça ou imposição de restrições ou a
privação arbitrária das liberdades fundamentais a vida privada ou pública

Os autores são unanimes na ideia de que a violência contra é uma violência baseada no
género e pode ser definida como toda violação dos direitos fundamentais da Mulher no
contesto doméstica, ou seja nas relações domésticas.

Crimes de violência Doméstica mais registados no bairro Guava, no período em


Estudo

Importa antes de elencar os crimes de violência doméstica mais registados no bairro


Guava, identificar os crimes de violência doméstica existentes no ordenamento jurídico
Moçambicano.
No ordenamento Jurídico Moçambicano a pratica de violência domestica constitui crime
e é punível nos termos da lei, especificamente na lei n° 29/2009 de 29 de Setembro, Lei
Sobre a violência domestica praticada contra Mulher, a qual prevê vários tipos de
violência nomeadamente: violência física simples ( artigo 13), violência física grave
(artigo 14) , violência Psicológica ( artigo15), violência moral (artigo 16), copula não
consentida ( artigo 17), copula com transmissão de doenças (artigo 18), violência
patrimonial ( artigo 19) e violência social (artigo 20).

Taela (2006) cit .in Chissano (2020) identifica os seguintes tipos de violência
Doméstica:
 Violência física – uso da força que provoca dano físico ou atente contra a sua
integridade física, tais como: empurrões e bofetadas.
 Violência verbal – palavras ofensivas, recriminação e críticas com o objectivo de
destruir a auto-estima.
 Violência psicológica - actos, condutas, omissões ou exposição a situações que
alterem ou possam alterar o estado afectivo necessário para o desenvolvimento
psicológico normal, tais como: insultos, ameaças, humilhações e isolamento.
 Violência sexual – toda a actividade dirigida a realização de actos sexuais contra
a vontade da mulher; esta vai desde qualquer tipo de contacto sexual não
desejado até a intenção de violar ou a própria violação.
 Violência económica – controlo e limitação de recursos económicos e acções
que impedem o acesso aos bens e serviços.
 Violência social – actos e comportamentos que limitam as relações sociais e
familiares, que isolam a mulher e não lhe permitem a utilização das redes de
apoio.

Dos 34 indivíduos inqueridos, questionados sobre o tipo de violência domestica que


mais se regista no bairro Guava no período em estudo, 45% responderam que o crime de
violência domestica que mais se regista no bairro em alusão é a violência física, 27%
defendem que se regista mais a violência patrimonial, 10% dos inqueridos defendem
que se regista mais violência Psicológica, 8% dos inqueridos defendem que se regista
mais a violência moral e 10% defendem que se regista mais a violência social. Dos
resultados podemos concluir que no bairro Guava se registam quase todo tipos de
violência domestica, mas com destaque para a violência física, seguido de violência,
Patrimonial, violência Social, Psicologia e violência moral. De referir que o facto de
nenhum dos inqueridos ter apontado a violência sexual não significa que não ocorra no
bairro Guava, mas pode se dar pelo sentimento de vergonha que as vítimas tem quando
sofre esse tipo de violência ou mesmo pelo desconhecimento da norma, algumas
mulheres assim como homens não sabem que a copula não consentida entre casal é
crime.

De realçar que as diferentes formas de violência domésticas nunca ocorrem de uma


forma insolada, a título de exemplo a violência sexual, é acompanhada de violência
física e consequentemente violência emocional ou psicológica.
Os crimes de violência física mais frequentes neste país são as agressões corporais
voluntárias, tais como, esbofetear, dar pontapés, morder ou esmurrar, assim como
agressões qualificadas, a exemplo de espancamentos com sangramento e ameaças à
integridade física e a violência praticada pelos homens contra as mulheres ocorre,
sobretudo, na faixa etária dos 25 a 34 anos, mas encontra-se presente, de modo geral,
em todas as idades e estratos sociais, (Maloa e Meque, 2021)

Factores que contribuem para a violência doméstica


Segundo a literatura são vários os factores que contribuem para a ocorrência de
violência doméstica no mundo dentre as mais mencionadas, citadas destacam-se as
seguintes sociocultural, económica, legal, política e institucional.

As origens da violência situam-se na estrutura social e no complexo conjunto de


valores, tradições, costumes hábitos e crenças que estão intimamente ligados à
desigualdade sexual, onde a vítima da violência é quase sempre a mulher e o agressor,
quase sempre o homem, servindo-se das estruturas da sociedade de confirmação desta
desigualdade (ONU 2003, cit in Chissano 2020).

Quadro 1: Factores de ocorrência e perpetuação da violência doméstica contra as


mulheres
 Socialização diferenciada com base no sexo;
 Definição cultural dos papéis sociais;
 Crença numa inerente superioridade masculina;
Socioculturai  Normas que tratam a mulher como propriedade do homem;
s  Costumes ligados ao casamento (lobolo, dote);
 Expectativas sociais em relação a cada sexo;
 Aceitação da violência como forma de resolução de conflitos;
 Dependência económica da mulher em relação ao homem.
Económicos  Limitado acesso ao dinheiro e a crédito;
 Leis discriminatórias em relação a herança, direitos de
propriedade, uso de terras comunais, pensão após divórcio e
viuvez;
 Limitado acesso ao emprego nos sectores formal e informal;
 Limitado acesso a educação e a formação.
 Estatuto legal da mulher inferior;
 Leis em relação ao divórcio, custódia das crianças, pensões e
herança;
 Definição legal da violação e da violência doméstica;
Legais
 Baixo nível de conhecimento acerca da legislação por parte das
mulheres;
 Tratamento insensível as mulheres por parte da polícia e do
Sistema Judiciário.
 Baixa representação das mulheres no poder, na política, nos
mídia, no sistema legal e em profissões médicas;
 Violência doméstica não levada a sério;
Políticos  Noção da família como esfera privada e fora do controlo do
Estado;
 Limitada organização das mulheres como força política;
 Limitada participação das mulheres no sistema político.
Fonte: Chissano (2020)

As origens da violência podem ser associadas à estrutura social, às questões culturais


que formam valores, tradições, costumes, hábitos e crenças que se relacionam
diretamente à desigualdade sexual em que as vítimas da violência são maioritariamente
as mulheres e dependência econômica da mulher, levando à falta de recursos para a
satisfação das necessidades básicas, fato gerador de conflitos (MISAU et al. 2017;
Osório et al. 2000 e Macucua 2013, cit in Maloa e Meque 2021)

Os factores retomencionados não fogem a regra no bairro em estudo, também são


registados no Bairro Guava como factores que contribuem para a ocorrência de
violência Doméstica, às questões culturais que formam valores, tradições, costumes,
hábitos e crenças, resumidos em questões Politicas, socioeconómicas, Culturais e
Legais.
Conclusão

O presente estudo tinha como objectivo analisar a eficácia do Gabinete de Atendimento


a família e menores Vítimas de violência Doméstica (GAFMVVD), do Posto Policial da
PRM- Guava, na prevenção de crime de violência Doméstica no bairro Guava no
período 2015- 2017, onde para responder a esse objectivo procurou identificar os crimes
de violência Doméstica mais registados no bairro Guava, no período em estudo e
mencionar os factores que contribuem para a ocorrência de crime de violência
doméstica no Bairro Guava no período em estudo, tendo chegado as seguintes
conclusões: no período em estudo no bairro Guava se registam quase todo tipos de
violência domestica, mas com destaque para a violência física, seguido de violência,
Patrimonial, violência Social, Psicologia e violência moral e que constituem factores de
ocorrência de violência domestica as questões `associadas à estrutura social, às questões
culturais que formam valores, tradições, costumes, hábitos e crenças que se relacionam
diretamente à desigualdade sexual em que as vítimas da violência são maioritariamente
as mulheres e dependência econômica da mulher.

Para fazer face a este tipo de crime, o estado moçambicano deve expandir e melhorar os
serviços prestados às vítimas de violência, incluindo os serviços de assistência médica,
jurídica e psicológica e reforçar as capacidades institucionais e a educação e formação
do público em geral em assuntos de violência contra a mulher, o GAFMVVD em
particular deve intensificar as reuniões com as comunidades e fazer palestras em
matérias de violência doméstica.
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Vítima De Violência Doméstica: Departamento De Atendimento A Família E
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