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Graduando em Teologia com ênfase em Capelania pela Emil Brunner World University, com orientação
do Dr. Ítalu Bruno Colares de Oliveira com a temática: A Importância da Capelania no Auxílio do
Tratamento de Enfermos no Brasil. E-mail para contato: andremendoncamello@gmail.com
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Dr. Ítalu Bruno Colares de Oliveira - Pós Doutorado em Linguística pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro – UFRJ (2023); Pós Doutor em E-Learning pela Universidade Fernando Pessoa – UFP, no Porto
em Portugal (2019); PhD em Teologia pela California University, nos USA (2016); Doutor em Ciências da
Religião pela Universidad Evangelica del Paraguay – UEP (2015); Mestre em Teologia pela Gordon
University nos USA (2006); MBA em Gestão de Recursos Humanos (2012); Pós Graduado (lato sensu) em
Psicopedagogia Clínica pela Faculdade Einstein; Pós Graduado (lato sensu) em Psicanálise Clínica; Pós
Graduado (lato sensu) em Docência do Ensino Superior; Pós Graduado (lato sensu) em Teologia pela
Faculdade Darwin (2007); possui Extensão Universitária em Direito Arbitral pela Faculdade Darwin;
Extensão Universitária em Epístolas Paulinas pela Faculdade de Harvard nos USA; Extensão Universitária
em Empreendedorismo pelo Massachussetts Institute Technology – MIT; é Pedagogo pela FATEBOV
(2013); Licenciado em Filosofia pela Faculdade Pan-Americana (2015); Bacharel em Teologia pela
Faculdade de Ciências, Educação e Teologia do Norte do Brasil (2006); Curso Superior de Teologia
(Seminário) pela Faculdade de Filosofia e Teologia (2003); possui os títulos de Doutor Honoris Causa em
Humanidades pela Cambridge International University – UK; Doutor Honoris Causa em Teologia pela
Faculdade Einstein; Doutor em Filosofia de Santo Anselmo de Canterbury College – Chile; Doutor Honiris
Causa em Administração pela FIB. Teólogo, Pedagogo, Conferencista Internacional, Professor
Universitário, Psicanalista, Psicopedagogo, Escritor, Jornalista e Empresário.
Professor, Orientador e Reitor da Emil Brunner World University - EBWU.
INTRODUÇÃO
Há muito tem se falado sobre como o cérebro reage, e por consequência todo o
resto do corpo, em relação a fé e as comorbidades, doenças ou fatalidades acidentais que
o ser humano sofre durante sua vida. Sabe-se também que além do tratamento
convencional, o que é oferecido pelo médico com remédios, fisioterapias, entre outros,
há também uma força natural intrínseca ao ser humano que podemos chamar de fé.
A fé é uma força que nos faz crer em algo que não se vê no momento presente,
mas que se espera com todas as forças acontecer no futuro. Uma pessoa sem fé,
principalmente enferma, é uma pessoa que não possui forças para acreditar que, mesmo
na situação que ela se encontra, ela poderá evoluir para um quadro melhor.
Este trabalho não tem a intenção de fazer com que se force a crença de que a
obrigação da fé é trazer a cura de uma pessoa, mas esclarecer que o simples fato da
elevação da autoestima de uma pessoa enferma, é um fator auxiliar no tratamento de
enfermidades.
Uma pessoa sem fé fica entregue a si mesma e no que ela está vendo no presente,
sem uma perspectiva otimista de futuro.
A relação entre fé e saúde está ligada ao bem estar da pessoa como um todo, mente
e corpo trabalhando juntos para um melhor estilo de vida da pessoa. A relação entre fé e
ciência que está diretamente ligada a Hormônios, e como a fé pode afetar beneficamente
a harmonia de tudo que acontece internamente no cérebro e em todo o corpo. A figura do
Capelão pode ser um potencializador ou até mesmo um iniciador de espiritualidade,
fazendo com que a fé cresça ou até se inicie em momentos difíceis e cruciais na vida de
uma pessoa. Todos esses aspectos estão explanados nos capítulos adiante deste artigo.
Com o propósito de entender como a pessoa reage a estímulos de fé, ou
espiritualidade, através do trabalho do Capelão, elaborou-se este trabalho científico com
base em outros estudos já verificados em diversas universidades e hospitais no Brasil e
fora do Brasil através de pesquisas, questionários, formulários e testes práticos feitos com
todos os personagens que envolvem o tratamento do paciente.
Através deste compêndio de informações e estudos verificaremos os cenários da
Capelania no Brasil e fora dele e procurar enxergar qual a dificuldade deste trabalho em
se fixar como uma profissão dentro do país e não somente um trabalho voluntário, a não
ser os capelães das forças armadas que tem sua profissão regulamentada por lei.
CAPÍTULO I
Harold Koenig, da Universidade Duke, é destacado por Leão por suas pesquisas
que afirmam que negligenciar o espiritual do paciente é como ignorá-la socialmente e
psicologicamente, e que o pensamento positivo, a meditação e a oração não afetam só a
mente, mas todo o organismo é afetado por essas práticas.
Para Sérgio Felipe de Oliveira, neurocientista, o paciente não pode estar
estressado ao receber o medicamento, porque a adrenalina atrapalhará a sua eficácia,
sendo assim, o estado de espírito do paciente interfere na farmacocinética, ou seja, na
absorção e distribuição do remédio no organismo, sendo assim, se a oração e a fé têm o
poder de acalmá-lo, isso será muito importante para que a medicação tenha eficácia em
seus efeitos.
A reflexão científica sobre a espiritualidade é de extrema importância. Estudos,
testes, medições, acompanhamentos, e toda forma de se mostrar a realidade dos fatos que
se têm com pacientes que são submetidos a tratamentos acompanhados de fé e práticas
religiosas, ou simplesmente crenças em algo maior, são um degrau a mais na própria
medicina que antes se valia somente em aspectos físicos.
Fé e ciência estão interligadas e são complementares pois fazem parte de um
mesmo todo e dão o sentido integral à vida. A ciência não é a única fonte de conhecimento
e a fé vai além de valores dogmáticos religiosos e da moral.
CAPÍTULO III
Por volta do ano 360 fundou uma comunidade para monges nas redondezas de
Poitiers, construindo o primeiro mosteiro da França e da Europa ocidental, dedicando-se
aos pobres e aos doentes. Exerceu o bispado por 25 anos e morreu aos 81, sendo sepultado
na cidade de Tours, onde foi guardada em uma pequena igreja a metade da capa de San
Martinho, e muitos relicários cujas franjas alimentaram vários reliquiários. Surgiram
assim os capelães: os cuidadores dos que estavam sofrendo com intempéries.
Considerando que “Paliativo” vem do latim pallium que significa manto e que
capelania vem do latim capella e significa capa, o cuidado paliativo pressupõe a atenção
também através da capelania, sem prescindir da assistência espiritual.
3.3 – O que diz a Lei Brasileira sobre a Capelania
O serviço de assistência religiosa e espiritual a pessoas em situações específicas
de sofrimento visa à proteção e ao fortalecimento multidimensional do ser humano. No
Brasil, tal assistência é um direito resguardado por lei na Constituição Federal Art. 5º
Inciso VII que diz: “É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa
nas entidades civis e militares de internação coletiva”. Esta assistência deve ser prestada
também em consonância com a Lei nº 9.982, de 14/07/2000 que dispõe em seu Art. 1º:
“Aos religiosos de todas as confissões assegura-se o acesso aos hospitais da rede pública
ou privada, bem como aos estabelecimentos prisionais, civis ou militares, para dar
atendimento religioso aos internados, desde que em comum acordo com estes, ou com
seus familiares no caso de doentes que já não mais estejam no gozo de suas faculdades
mentais”.
O objetivo principal da assistência espiritual e religiosa é contribuir direta e
indiretamente para a promoção do bem-estar integral individual e/ou comunitariamente,
cuidando para que haja restabelecimento e aprimoramento das relações do ser humano
consigo, com outras pessoas, com o meio ambiente e com Deus.
Diante disto, a capelania é a sistematização desta assistência para um ambiente
público, ou seja, para fora das paredes da comunidade religiosa que pode ser organizada
onde se fizer necessário como por exemplo, no ambiente hospitalar, escolar, militar,
prisional, em desastres, para adictos, empresarial, etc., podendo ser exercido
voluntariamente ou não desde que tenha preparo para tal, uma vez que cada contexto
apresenta peculiaridades que lhes são próprias e muitas delas não são compartilháveis
com outras capelanias. O capelão, seja qual for a área de atuação, deve também estar
disponível para atender aos chamados o quanto antes nas mais diversas situações. Ele é
considerado um cuidador a curto, médio e longo prazo a depender das características
assistenciais e em muitas situações o capelão é um socorrista espiritual.
Infelizmente no Brasil o serviço de capelania ainda não é regulamentado como
profissão, a não ser nas instituições militares, estando o projeto de lei em análise para
regulamentação na esfera federal.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996.
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PANZINI, R.; ROCHA, N.; BANDEIRA, RUSCHEL, D.; FLECK, M. Qualidade de vida
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PERDAS E LUTO: 18 de Julho de 2018 por Nazaré Jacobucci.
https://perdaseluto.com/2018/07/18/capelania-a-importancia-do-cuidado-espiritual-em-
cuidados-paliativos/