FERRITINA ELEVADA

A ferritina é uma proteína produzida, principalmente pelo fígado, que tem

como função básica acumular o ferro e liberá-lo de forma controlada no
organismo tendo como função de mediador do processo inflamatório.
Se o ferro está em excesso, podemos ter altos níveis dela. Essa situação é conhecida como
hemocromatose, onde o ferro vai se acumulando em vários tecidos do corpo e que pode causar
diabetes, problemas no fígado e no coração e a manifestação de sintomas como

 Cansaço
 Fraqueza
 Queda de cabelo
 Impotência
 Perda de peso
 Dor abdominal
 Dor nas articulações
 Arritmias
 Inchaço entre outros.
Mas existem situações em que ferritina está elevada sem qualquer relação com o ferro, existem
algumas condições que geram intensa inflamação no organismo podendo elevar
significativamente os níveis como:

 Hemocromatose (origem genética);

 Excesso de peso;
 Aumento de gordura no fígado;
 Consumo exagerado de bebidas alcóolicas;
 Alguns tipos de cânceres, infecções e síndrome metabólica;

O que a ferritina alta pode causar?

 Aterosclerose
 Alzheimer
 Câncer
 Envelhecimento Precoce
 Resistência insulínica
 Hiperinsulinemia
 Diabetes
 Esteatose hepática
 Estatohepatite
 Cirrose
 Hipertensão arterial

CONDUTA NUTRICIONAL
O primeiro passo para reduzir a ferritina pela alimentação é saber se essa elevação é de origem
genética ou não, abaixo algumas condutas nutricionais;

1. Origem Genética:

 Evite carne vermelha, fígado e vísceras em geral;

 Reduza o consumo de feijões e vegetais verde-escuros;
 Não tome suplementos que contenham ferro nem vitamina C;
 Consuma café, chás escuros (preto, mate e verde) ou leite antes e /ou imediatamente
depois das refeições para diminuir a absorção do ferro;
 Coma frutas cítricas (laranja, acerola, abacaxi, limão, kiwi, morango,
mexerica/tangerina) nos intervalos das grandes refeições (lanches);
 Coma sobremesas a base de iogurtes/leites ou frutas não cítricas (banana, mamão,
melão, manga, maçã, abacate, coco);
 Não consuma frutos do mar crus, pois podem conter a bactéria Vibrio vulnificus, que
pode ser fatal para pessoas com excesso de ferro;

2. Origem Metabólica:
Além dos cuidados acima siga também os cuidados abaixo:

 Tenha uma alimentação com no máximo 7% de valor calórico proveniente de gordura

saturada;
 Consuma baixa quantidade de frutose e açúcares simples – reduza refrigerantes,
sucos de caixinha, doces, mel, frutas em excesso e produtos industrializados que
tenham xarope de milho;
 Prefira carboidratos complexos – como arroz, batatas, mandioca, milho, inhame;
 Consuma alimentos ricos em fibras: feijão, aveia, linhaça, chia, verduras, legumes,
frutas, carboidratos integrais;
 Consuma uma grande variedade de verduras e legumes – para garantir uma boa
oferta de antioxidantes;
 Não consuma bebidas alcóolicas;
 Não use panela de ferro para cozinhar;
 Realizar exercícios aeróbicos e resistidos;

Sempre tenha em mente: uma orientação nutricional precisa levar em conta diversos aspectos do
metabolismo do fígado, composição dos alimentos e análise de exames. Então antes de se
autodiagnosticar e “cortar” diversos alimentos da sua alimentação, procure a ajuda de um
profissional e seja sempre acompanhado por um nutricionista.