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Teatro: Expressões da questão social

Do assistencialismo a reconceituação da profissão

Protagonistas:
Deficiente Físico – Nathalia
Acompanhante deficiente físico – Marilene
Idoso – Silvia
Assistente Social visão assistencialista – Simone
Réporter: Thais
Assistente Social pós reconceituação da profissão – Cristianny

Cena 1
Entra o deficiente físico com acompanhante indignado:
O acompanhante entra falando: - Eu não acredito nisso, não é possível, olha
como as pessoas olham para nós, parece que somos de outro mundo, e olha para você,
sem emprego, sem contar aquele ônibus, passou direto quando nos viu, e o pior de tudo,
não podemos fazer nada.
Quando o acompanhante termina de falar, o deficiente abaixa a cabeça, triste
pela situação.
Cena 2

Entra a idosa desabafando: - Oiá só,”mar” que coisa, eu disse pros ceis, aqui no
Brasil ninguém se lembra de “nois” não, ninguém vem me ver, nenhum cadinho de
parente, meus fi já me abandonou, só pensam em me internar, mas ajudar, ninguém
quer... só pensam em pegar meu dinheirinho, não vejo um tustão.
Queria tanto ser lembrada de uma forma diferente, acho que vou morrer assim!
Não sei o que fazer... nem sei quais são meus direitos, se é que tenho...
Cena 3

Entra o Assistente Social contando suas histórias: -


Nossa estou tão feliz, acabei de ajudar um portador de deficiência, ah! Ajudei o
mendigo também, tadinho, precisa tanto de ajuda. Eu amo ajudar as pessoas, faço
assistencialismo mesmo, é tão bom ver as pessoas felizes com isso, e nos meus
atendimentos, dou cesta básica mesmo, remédio, e ainda dou folhetinho da igreja,
afinal, o Serviço Social surgiu da igreja. Sou conservadora, e ninguém vai mudar minha
opinião.
Cena 4

Entra repórter segurando um cartaz: Manchete fresquinha


Reconceituação do Serviço Social. Nada de assistencialismo, agora o conceito é outro.

Cena 5
Entra Assistente Social com código de ética e lei de regulamentação, olha para a
plateia e continua caminhando de encontro ao palco, sorri e começa a falar: - Hoje é um
dia muito importante para nós; assistentes sociais. Um novo marco para profissão, a
reconceituação do Serviço Social, ou seja, um agir profissional com identidade própria.
Rompemos com o assistencialismo, e passamos a lutar pela ampliação e consolidação
dos direitos sociais.
Ninguém é “coitadinho”! É preciso olhar para a ontologia do sujeito,
objetivando o seu empoderamento.
A nobreza do nosso ato está em acolher qualquer pessoa por inteiro, em
conhecer sua história, em saber como chegou a esta situação e como é possível construir
com ela formas de superação deste quadro.

Fim...

Autora: Cristianny Abrandes

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