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“Tanto o Severino do poema, quanto a Severina de carne-e-osso são típicos. Típicos não só
como nordestinos que migram, mas típicos como brasileiros que são violentados, como seres
humanos que são explorados em nossa sociedade capitalista. Nem todos somos nordestinos
ou migrantes. Mas, em nossa sociedade de classes, somos todos explorados e violentados-
alguns mais, outros menos. Principalmente somos por ver barradas possibilidades de
concretizar nossa humanidade. Neste sentido, até mesmo poderosos, privilegiados, são
também impedidos de se humanizem. Talvez as ações mais desumanas em nossa sociedade
partem desses segmentos da população. Em contraentes, a violência e a exploração que
alguém, como o marido da Severina, é capaz de realizar são insignificantes em termos de
amplitude e eficácia. Mas é terrível na medida em que está mediatizando a violência social no
caso particular. A exploração e a violência sociais se concretiza, através de mediações, sempre
no particular, que é a unidade do singular e do universal. Coletivamente, constitui o conjunto
das relações sociais, que no nosso caso, materializa um mundo: nosso mundo capitalista. “
( Ciampa, 126-127).
Cada indivíduo encarna as relações sociais, configurando uma identidade pessoal. Uma hsitória
de vida. Um projeto de vida. Uma vida que nem sempre é vivida, no emaranhado das relações
sociais.
Interiorizamos aquilo que os outros nos atribuem de tal forma que se torna algo nosso. A
tendência é nós predicarmos coisas que os outros nos atribuem. P.131
p.163
Ruy Fausto: O homem no capitalismo, não e um verdadeiro sujeito, em todos os juízos em que
o sujeito é gramatical é o homem, ele deve se refletir no seu predicado’. P. 178
p.171
O educador social expressa o que a ideologia dominante, o que o capitalismo espera dele. Sua
totalidade é mais ampla, mas complexa.
p.176
p.182
185