O que o documentário nos mostra é que todos aprendemos a pré-julgar ou
criar estereótipos a partir do que escutamos desde sempre. O que aprendemos dentro do núcleo societário em que vivemos é o que acreditamos como sendo a verdade que nos ensinam, quando na verdade quem conhece realmente a verdadeira história é apenas quem a vivência. Cada um tem sua história particular e cada um tem a história do meio cultural em que está inserida, e nem sempre é o que as pessoas pensam ser. Grupos sociais são estereotipados, etnias são estereotipadas, classes sociais são estereotipadas. E esses estereótipos acontecem através do que aprendemos sobre cada grupo no decorrer de nossas vidas, e nos deparamos com outra realidade quando realmente entramos em contato com grupos com os quais temos uma opinião formada apenas pelo que ouvimos. Então começamos a perceber que o negro não é o pobre, que o rico não é o branco, que o morador da comunidade não é ladrão, e nos surpreendemos como estamos equivocados em achar que a única realidade é a que aprendemos a acreditar, e que a sociedade em que vivemos insiste em nos ditar. Percebemos então que nem toda história é única e tem um lado só. Que nem toda realidade é a apenas a que aprendemos a enxergar. Devemos nos abrir para o que realmente acontece ao nosso redor, que se tratado de realidade não existe apenas a verdade que aprendemos, e sim a que é vivida realmente. E que às vezes nos sentimos um peixe fora d’agua por não nos identificarmos em um grupo, mas que temos o poder de mudar a nossa situação da forma que nos faz sentir melhor por nos sentir acolhidos e nos identificar como pessoas reais dentro de uma cultura ou um grupo.