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Muitos dos nossos problemas não têm origem na psicologia, mas sim na
filosofia. Não são os traumas que causam esses problemas, mas sim a falta de
compreensão do sentido da vida.
A filosofia pode ser uma ferramenta importante nesse aspecto, pois
quando pensamos e refletimos, podemos mudar nossas crenças e nossa forma
de viver.
A autora segue uma escola filosófica específica, chamada "filosofia da
existência", desenvolvida por Martin Heidegger e Hannah Arendt. Para Arendt,
é necessário dar uma forma narrativa aos eventos da vida para lidarmos com
eles.
Nossa existência pessoal não é apenas uma série de eventos
desconexos, mas sim uma história. Ao percebermos o padrão dessa história,
nos tornamos mais capazes de fazer mudanças em nossas vidas.
Segundo Critelli, esse padrão existencial é baseado em frases que
ouvimos dos outros ou repetimos para nós mesmos. Ela chama essas frases
de "relatos". Quando trazemos esses relatos para a consciência e os
questionamos, podemos nos libertar do poder paralisante deles.
Portanto, devemos substituir esses relatos fragmentados e acríticos por
uma história pessoal construída com reflexão.
Espera-se que ao abraçarmos essa história, nos tornemos mais
empoderados e deixemos de ser vítimas de uma suposta fatalidade para nos
tornarmos senhores de nossa própria vida.
É importante entender que não existimos em um mundo cheio de
significado em si mesmo. É a nossa linguagem que dá significado ao mundo.
A finitude é a única coisa que ganhamos e que não podemos modificar.
Entretanto, podemos explorar e descobrir o que realmente dá sentido à nossa
própria vida, pois não estamos destinados a viver o sentido ensinado ou
imposto por outros.
O sentido da vida é uma questão complexa e subjetiva, variando de
pessoa para pessoa. Muitas pessoas encontram propósito e significado na vida
através das experiências e influências recebidas desde o nascimento. A família
e o ambiente em que crescemos desempenham um papel significativo na
formação de nossa identidade e visão de mundo. A família nos transmite
valores, tradições e crenças, enquanto o meio em que vivemos - sociedade,
cultura, educação, oportunidades - também influencia o sentido que atribuímos
à nossa vida.
Esse sentido pode evoluir e mudar ao longo do tempo, à medida que
crescemos e adquirimos novas experiências. É importante estarmos abertos a
explorar e descobrir o que realmente dá sentido à nossa própria vida, pois
somos capazes de modificar nossa história, apesar de herdarmos o seu início.