Máscaras.
identidade (psicologia)
Pode-
se designar, num sentido lato, a identidade pelo desenvolvimento dosentido daquilo que
se é, ou seja, do carácter do que é único. Este termoremete para a identidade individual
e pessoal de cada indivíduo. A identidade é uma construção dinâmica da unidade da con
sciência de si,através das relações subjetivas, das comunicações, da linguagem e dasexp
eriências sociais. É um processo ativo, afetivo e cognitivo derepresentação de si no amb
iente envolvente, o que implica a existência deum sentimento subjetivo de permanência
e de continuidade. É indispensávelainda a existência de funções de regulação tais como
a coerência e a estabilidade que são necessárias a uma adaptação às mudanças.
Este desenvolvimento é interrompido de vez em quando por crises, aschamadas crises d
e identidade, particularmente no período da adolescência,quando o sentido de identidade
está sujeito a uma certa tensão. Assim, o choque entre os sentimentos instintivos e
a obrigação social pode levar a uma perda da identidade pessoal.
Identidade Vs Personalidade
Na categoria Curiosidades
Publicado a 7 de Março de 2013
Muito se fala e se confundem os conceitos de personalidade e identidade, mas
quais são as principais semelhanças e diferenças?
A personalidade é:
O que nos faz únicos e exclusivos do resto das pessoas são muito mais que
características psicológicas. A identidade é o conjunto de características,
psicológicas, físicas, culturais, etc. Não existe uma identidade perfeita, mas sim
uma identidade mais ou menos adaptada ao meio envolvente.
A Identidade é o que nos define quem somos, bem como a nossa missão. Ela
diz aos outros e a nós, quem somos e para onde vamos. Identidade é única e
absoluta em si mesmo. Não tem sentido encontrar duas pessoas com
identidades semelhantes, podemos encontrar pessoas que partilham a mesma
cultura, de personalidades semelhantes, fisicamente semelhantes, etc. mas não
a entidade.
análise, como uma construção social, marcada por polissemias que devem ser
entendidas circunscritas ao contexto que lhe conferem sentido. Neste artigo, procurou-se
abordar a identidade associada à multiplicidade de sentidos e terminologias que
atravessam a configuração do termo ao longo da história e num mesmo período
apresentados não segundo Marx em Para Crítica da Economia Política (1978b) em seu
método de exposição, mas na forma de “leis”, como delineadas por Gadotti (1983), pois
categoria de análise - a identidade social, por constituir-se numa lente que regerá todo o
processo de pensamento e construção do conhecimento desse fenômeno psicológico.
Logo, a identidade não é inata e pode ser entendida como uma forma sócio-
utilizado para expressar, de certa forma, uma singularidade construída na relação com
outros homens.
qual surge o conceito de si e a imagem de si, de caráter mais restrito. Seria mais sensato
um papel social, como o de pai, por exemplo, está "introjetado" neste pai a dimensão
social em sua totalidade, desde a formação da palavra pai e sua suposta função, bem
como a dimensão individual, que por sua vez se constitui no social.
Não há uma separação, mas sim uma articulação, em que os limites, se é que
realmente existem, entre o social e o individual se confundem. Para existir um, são
(1984) há muito tem se dedicado ao estudo da identidade, norteado por uma concepção
analisar seu próprio processo de construção. Por exemplo, a resposta à pergunta “quem
está envolvido. Por isso, a afirmação de Marx (1978b) “O homem é no sentido mais
literal, um zoon politikon, não só animal social, mas animal que só pode isolar-se em
sociedade”. (p.104).
situá-la como “[...] apropriação da natureza pelo indivíduo, no interior e por meio de
consumo são idênticos, mas que todos são elementos de uma totalidade, diferenças
dentro de uma unidade” (Marx, 1978b, p. 115).
objetos. Ao produzir, o homem consome parte de suas forças vitais, bem como consome
os meios empregados para a produção de um determinado produto.
leis, tais como as expostas por Gadotti (1983), e procure enfatizar a diferença entre
1) tudo se relaciona;
2) tudo se transforma;
3) mudança qualitativa;
pretende preservar, e nesse processo procura criar condições objetivas que garantam a
possibilidade de recriar no futuro, essas experiências; caso contrário pode criar novas
ocultação. Perante determinadas condições objetivas é revelada a uma dada pessoa uma
personagem e ocultadas outras.
A identidade é também desumanização no sentido da
impossibilidade de novas concretizações. O indivíduo desenvolve atividades
que o negam como ser humano ou é forçado a repor personagens
reproduzindo as condições que o desumaniza. Nesse movimento, o homem
não se reconhece no produto de sua atividade, e isto se dá, segundo Marx
(1983), pois o homem se relaciona com o produto de seu trabalho como um
objeto alienado, “[...] a apropriação do objeto aparece como alienação a tal
ponto que quanto mais objetos o trabalhador produz tanto menos pode
possuir e tanto mais fica dominado pelo seu produto, o capital” (Marx, 1983,
p. 91). O homem ao transformar a natureza transforma a si mesmo e nesta
relação, produz-se como homem alienado, produzindo as condições de sua
própria escravização:
QUESTÕES CONTEXTUAIS
relações interpessoais: “as rotinas que são estruturadas por sistemas abstratos têm um
caráter vazio, amoralizado – isto vale também para a idéia de que o impessoal
submerge cada vez mais o pessoal”. (Giddens, 1991 p. 122). A preocupação de Giddens
explicitar novas bases sobre as quais se desenvolve essa relação, onde situações tão
modernidade (PM) e, sintetiza suas idéias afirmando sua convicção no poder do homem
em se apropriar da vida cotidiana, apesar das perdas que sofre. Acredita, ainda, em
do homem na vida em sociedade requer uma análise e um projeto político, de forma que
Notas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Marx, K. & Engels, F. (1979) A ideologia alemã (2 ed), São Paulo: Ciências
Humanas.
_______________
© Direitos reservados à PSI -REVISTA DE PSICOLOGIA SOCIAL E
INSTITUCIONAL.
[URL: http://www2.uel.br/ccb/psicologia/revista/textov2n13.htm]
RESUMO
The aim of this article is discuss how the historical-cultural psychological approach
understands the terms. Subjectivity is understood as the process in which
something become constitutive and belonged to individual in a singular form. It is
the basic process that allows building the psyche. Individuality refers to an
individual biological inheritance, one of the bases of the personality's development.
Personality is the entire psychological system that enable to individual formation.
Identity is comprehended as individual metamorphosis, and it was a Brazilian
elaboration in attempt to replace the term personality, because this term would be
contaminated by reactionary practices and theories produced inside psychological
science.
RESUMEN
A tese de que o reflexo psíquico da realidade é sua imagem subjetiva indica que a
imagem pertence ao sujeito real da vida. Mas o conceito de subjetividade da imagem no
sentido de seu pertencimento ao sujeito da vida, implica a indicação de sua atividade.
(p. 46)
Optou-se por colocar várias citações, mesmo que extensas, para melhor referendar
a posição aqui defendida em relação à subjetividade. Em todas elas, Leontiev
aponta que a subjetividade é o que permite a particularidade do indivíduo, seja nas
esferas constitutivas das funções psíquicas, da atividade, da consciência, seja nas
da própria personalidade.
Ora, dado que a relação do homem com a espécie humana é, desde o início,
formada e mediatizada por categorias sociais (como trabalho, linguagem,
intercâmbio, etc.); dado que, por princípio, não pode ser "muda", mas se realiza
apenas em relações e vínculos que operam em nível da consciência; dado isso, tem
lugar no interior do gênero humano, que a princípio é também um ente que existe
apenas em-si, realizações parciais concretas que, no desenvolvimento da
consciência genérica, assumem o lugar desse em-si precisamente através de sua
parcialidade e particularidade concreta. Ou seja: a genericidade universal biológico-
natural do homem, que existe em-si e que deve continuar ineliminavelmente a
persistir como em-si, só se pode realizar como gênero humano na medida em que
os complexos sociais existentes, precisamente em sua parcialidade e
particularidade concreta, façam sempre com que o "mutismo" da essência genérica
seja superado pelos membros de tal sociedade, uma superação que os torne
conscientes, no quadro desse complexo, da sua genericidade enquanto membros
desse complexo. (Lukács, 1979, p.145)
Em 2004, Duarte organiza uma coletânea de textos que versavam sobre a Crítica
ao fetichismo da individualidade, em que vários autores, inclusive Duarte, expõem
como na sociedade atual (capitalista) as explicações e responsabilidades para os
fatos contemporâneos recaem nas individualidades que são
fetichizadas,4desconsiderando as determinações históricas, sociais e a sociedade
dividida em classes sociais.
Nessa obra, a individualidade é entendida, de forma geral, como aquilo que se
refere à singularidade do indivíduo, sem qualquer distinção entre subjetividade e
personalidade. É importante destacar que não era objetivo do autor fazer tal
distinção, tampouco poderia ser sua preocupação, tendo em vista que tais
diferenciações se referem à psicologia e não à educação, objeto central das
investigações de Duarte.
Dessa forma, não se nasce personalidade, chega-se a ser personalidade por meio
da socialização e da formação de uma endocultura, através da aquisição de hábitos,
atitudes e formas de utilização de instrumentos. A personalidade é um produto da
atividade social e suas formas poderão ser explicadas somente nestes termos.
(Leontiev, 2004, p. 129)
De acordo com Martins (ibid., p. 107) "em sua gênese, a personalidade resulta de
relações dialéticas entre fatores externos e internos sintetizados na atividade social
do indivíduo". Por fatores externos a autora entende as condições sociais
(materiais) do indivíduo, desde suas relações mais imediatas com outros indivíduos
àquelas que se estabelecem com o gênero humano. Os fatores internos (as
condições subjetivas) se referem à materialidade biológica e psicológica do
indivíduo, que se desenvolveram em decorrência da atividade social deste (ibid.).
Nesse sentido pode-se entender a personalidade tal como Séve (1979, p. 390)
propõe: "um sistema de processos" objetivos e subjetivos, resultado da luta entre
indivíduo e sociedade, em que o primeiro se diferencia do segundo a partir da sua
atividade e de seu modo de existência, marcada na contemporaneidade pela luta de
classes sociais.
Assim, não há atividade sem motivo, que pode até ser desconhecido pelo próprio
indivíduo, mas que nesses casos encontra-se no reflexo psíquico como um tono
emocional, conferindo a positividade e/ou negatividade a satisfação das
necessidades. Logo, o estudo das emoções pressupõe o estudo da atividade. Sem
emoção, não haveria necessidade como elemento ativo na consciência, pois
também não existiria a motivação, a mobilização nem a regulação da atividade
(Leite, 1999). As reações emocionais têm sua materialidade nas funções cerebrais,
mas são condicionadas e reguladas pela experiência individual do homem.
[...] como resultado da divisão de funções dos motivos, que se opera durante o
desenvolvimento da atividade humana. Essa divisão ocorre porque a atividade se
torna necessariamente polimotivada, isto é, responde ao mesmo tempo a dois ou
vários motivos (1978b, p. 157).
A criança mais perde o que conseguiu antes do que adquire algo novo. O advento
da idade crítica não se distingue pelo aparecimento de novos interesses, de novas
aspirações, de novas formas de atividade, de novas formas de vida interior. A
criança, ao entrar nos períodos de crises, se distingue melhor por traços contrários:
perde os interesses que antes orientavam toda sua atividade, que antes ocupava a
maior parte de seu tempo e atenção, e agora diria que estão vazias as formas de
suas relações externas, assim como sua vida interior. (1996, p. 257)
Mas, o autor ainda completa que por "trás de cada sintoma negativo se oculta um
conteúdo positivo que consiste, quase sempre, num passo de uma forma nova e
superior" (ibid., p. 259) no desenvolvimento. No caso da crise dos três anos, ela
possibilita melhor compreensão da realidade e principalmente de si, tanto que, em
geral, é nessa idade que a criança deixa de usar o próprio nome para referir a si
mesma e passa a utilizar a primeira pessoa do pronome pessoal.
Para Vigotski, tanto quanto para Leontiev (1978b), a personalidade não pode ser
desenvolvida, tampouco compreendida, independentemente dos elementos da
individualidade, das funções psíquicas, das emoções, sentimentos, da consciência e
do modo de vida do indivíduo.
Vale ressaltar, ainda, que como bem apontou Duarte (2000, p. 164) Leontiev
ampliou a estrutura de análise proposta por Vigotski, "estabelecendo uma relação
entre a estrutura da atividade humana e a estrutura da consciência humana".
Leontiev (1978b) aponta que é necessário conhecer os elementos constitutivos da
consciência, algo que é possível, entre outros, por meio da apreensão do sentido e
significado por meio da linguagem. Segundo Lane (1984), a melhor forma de
compreender o indivíduo é investigar não só a linguagem e o pensamento, mas,
também, a atividade do sujeito, buscando apreendê-lo em sua totalidade, ou seja,
em sua indissolúvel relação com a realidade objetiva.
[...] o livre arbítrio não consiste em estar livre dos motivos, mas consiste na
tomada de consciência da criança da situação, tomada de consciência da
necessidade de escolher, qual é o motivo que se impõe, e que sua liberdade, neste
caso dado, como diz a definição filosófica, é uma necessidade gnosiológica.
É claro que numa sociedade que tem como modo de produção e organização o
capitalismo, as possibilidades para o desenvolvimento de uma individualidade e
personalidade para-si estão tolhidas, principalmente para a maioria das pessoas
que são desprovidas de condições materiais adequadas e necessários para o
desenvolvimento mais pleno do indivíduo. Mas, apesar de restritas, essas
possibilidades estão postas e é nelas e por elas que se devem planejar as ações,
seja de indivíduos como profissionais (nas mais diferentes áreas de atuação e do
saber) e/ou como militantes políticos.
Não será já tempo de pôr termo à vacuidade teórica flagrante de uma certa
mitologia biológica do gênio, interrogando-nos sobre a existência dos grandes
homens, das personalidades que se realizaram, não seria a prova de que o estádio
de desenvolvimento alcançado pela sociedade torna regra geral, possível esta
autorrealização, e, se, por consequência, o fato de a enorme massa dos indivíduos
permanecerem embotados não advirá de que estes são impedidos de se
desenvolverem, ao mesmo tempo que tal é permitido a outros, devido às relações
sociais desumanas, no sentido histórico concreto do termo, que anulam, no que
lhes respeita, as possibilidades de um desenvolvimento integral implicadas pelo
nível geral das forças produtivas e da civilização? Os grandes homens, exceções de
uma época na exata medida em que a imensa maioria dos outros homens é
embotada pelas condições sociais, não seria, num certo sentido, os homens
normais dessa épica, e não seria, precisamente, a regra comum do embotamento a
exceção que seria necessário explicar? (p. 284)
O último termo proposto para análise neste artigo é de identidade, uma categoria
elaborada teoricamente por Antonio da Costa Ciampa na década de 1980. Ciampa
fazia parte do grupo de pesquisas e estudo coordenado por Silvia Lane, no
Programa de Estudos Pós-Graduados da PUC-SP, na época, um dos principais
centros de pesquisa em psicologia social no Brasil e de estudos dos autores
soviéticos, especialmente Leontiev e Vigotski.
Por essa compreensão, e pelo fato de a personalidade ser um termo tão caro à
psicologia, Ciampa, orientando de Lane, elabora a categoria identidade como
substituto à personalidade, mas que explicava (e explica) a constituição do eu de
forma dinâmica, numa abordagem psicológica mais crítica.
[...] identidade é identidade de pensar e ser (...). O conteúdo que surgirá dessa
metamorfose deve subordinar-se ao interesse da razão e decorrer da interpretação
que façamos do que merece ser vivido. Isso é busca de significado, é invenção de
sentido. É autoprodução do homem. É vida.
A partir de Habermas, Ciampa (ibid., p. 212) afirma que "a reprodução da vida
precisa ser mediatizada pela interpretação do que merece ser vivido, sob as
condições dadas", sendo um dos elementos básicos para compreender o agir
comunicativo. Ciampa ainda prossegue afirmando que
[...] o programa de Psicologia Social, sob a batuta de Sílvia Lane, estava muito
mais preocupado com as mudanças de conteúdo da Psicologia Social e suas
decorrências metodológicas, ou seja, com mudanças ontológicas, epistemológicas e
políticas, do que com mudanças formais na grade curricular. Além disso, não havia
uma indicação expressa em buscar no marxismo o solo privilegiado para dar a
grande guinada ontológica, mesmo porque a obra clássica de Marx (Marx, 1978)
não comportava e não expunha nenhuma teoria psicológica, embora fosse baseada
numa antropologia crítica e filosófica do trabalho alienado.
Essa afirmação explica o fato de Carone ter buscado na teoria crítica da escola de
Frankfurt os fundamentos para compreender a psicologia, e Ciampa, em Habermas,
os fundamentos para a categoria identidade. Vale frisar que ambas fazem parte do
conjunto de teorias críticas da psicologia em geral e da psicologia social em
específico. No entanto, não podemos denominar essas teorias legitimamente
marxistas, como se pretende na teoria histórico-cultural e naqueles que a
denominam sócio-histórica.
Referências
MARX, K.; ENGELS, F. (1984). A ideologia alemã - 1o. capítulo seguido das Teses
contra Feuerbach. São Paulo: Moraes.
VAN DER VEER, R.; VALSINER, J. (1996). Vygotsky: uma síntese. São Paulo.
O OLHAR DA PSICOLOGIA
A identidade em crise
Cada pessoa tem a sua própria identidade, que é diferente da de todos os outros seres
humanos, por isso, dizemos que cada pessoa é única e irrepetível, ou seja, possui
características próprias que a distinguem de todas as outras pessoas. Podemos também
afirmar que o conceito de identidade está fundamentalmente relacionado com a história de vida
de cada pessoa, com as características da sua personalidade, os seus sonhos, etc.
Deve ter-se em conta que o processo de construção de identidade é contínuo e só termina
aquando à morte pois, nesse momento, deixamos de ser uma pessoa com um projecto de vida,
com sonhos ou ambições. Ao longo deste processo podemos deparar-nos com situações que
nos superam e termos aquilo a que se chama uma “crise de identidade”.
Certamente, todos nós, alunos do 12º ano, estamos a passar uma fase de grande pressão,
porque chegamos àquele momento em que temos finalmente de tomar uma decisão acerca do
curso que pretendemos seguir e da profissão que iremos ter, pois bem, esta etapa da nossa
vida pode levar-nos a colocar algumas questões a nós próprios tais como “afinal quem sou
eu?”, “andei tantos anos a estudar e agora não consigo encontrar um curso adequado para
mim!” Estas perguntas que teimam em existir constantemente no nosso pensamento pode
causar-nos uma crise de identidade. Esta situação provoca-nos uma sensação de angústia,
tristeza e até mesmo de desespero.
A crise de identidade deve-se, principalmente, a dois factores: a exigência social e a
insegurança pessoal. Relativamente à exigência social, podemos dizer que ela revela grande
importância pois todos nós queremos ter uma profissão digna, respeitada e imprescindível para
a sociedade e, sobretudo, bem remunerada pois hoje em dia não nos podemos dar ao luxo de
tomar uma decisão baseada apenas no nosso desejo. Por outro lado, coloca-se a questão da
insegurança pessoal pois, apesar de o dinheiro ser extremamente importante, a nossa
realização pessoal também o é.
Resta apenas referir que este é apenas um dos muitos exemplos que nos podem levar a uma
crise de identidade pois são inúmeros os factores que contribuem para tal. Estamos numa
idade em que qualquer problema que surja é, para nós, considerado o fim do mundo!
Bibliografia:
Identidade
Enfim, personalidade é…
Uma organização dinâmica de partes interligadas, que vão evoluindo do
recém-nascido biológico até o adulto biopsicossocial, em um ambiente de
outros indivíduos e produtos culturais.
Identidade e Personalidade
Identidade: é pessoal e social, acontece de forma interativa entre o
indivíduo e o meio em que está inserido.
Não deve ser vista como algo estável e imutável, como se fosse uma
armadura para a personalidade, mas como algo em constante movimento.
Pela identidade nos apresentamos ao mundo.
Personalidade: nela estão todas as nossas qualidades e essas qualidades
são expressas ao mundo através de nossa identidade.
PSICOLOGIA
Definição do conceito de identidade, o que é subjetividade, subjetividade
humana, a formação de identidade,
COMPARTILHE
http://brasilesco.
CURTIDAS
0
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A Identidade
...........• Identidade pessoal: é um processo activo que decorre até ao fim da nossa vida e
designa o conjunto de percepções e sentimentos que temos em relação a nós próprios,
que nos permitem reconhecer e ser reconhecido socialmente; neste processo actuam
factores psicológicos e sociais
Características da identidade:
- continuidade
- estabilidade
- unicidade
- diversidade
- realização
- auto-estima
• Identidade social: designa a consciência social que temos de nós próprios que,
consequentemente, resulta do conjunto de interacções que estabelecemos com os outros
ao longo da nossa vida; a construção da identidade social decorre no processo de
interacção social.
• Identidade cultural: designa o conjunto de valores que o sujeito partilha com a
comunidade a que pertence que, inevitavelmente, permitem que ele se reconheça nos
mesmos sabendo a que comunidade pertence
....................................................................................................Nádia, 12ºB
“…O que nos torna diferente? Quais características definem uma pessoa como cristão? Está
escrito “e outra vez vereis a diferença entre o justo e o ímpio” mas que diferença é essa?..”
“A marca de um santo não é a perfeição, mas a consagração. Um santo não é um homem sem
faltas, mas um homem que se deu sem reservas a Deus.”
Bishop Westcott
Todos possuem uma identidade ou característica peculiar, segundo definições de terceiros “na
identidade ou RG (registro geral), através das impressões digitais existentes nele indica quem nós
somos, é a única identificação que diferencia um indivíduo do outro. E um dos maiores
problemas desta geração é a falta de identidade.”
Quando pensamos em identidade de alguém ou povo é necessário entender que a sociedade pode
ser vista como um grupo de pessoas com semelhanças étnicas, culturais, políticas e/ou religiosas
ou mesmo pessoas com um objetivo comum. Somos povo escolhido, nação santa, forasteiros
neste mundo, cidadãos dos céus, porém em que somos diferentes?
Dizer que a nossa diferença está no coração, amor, trato pessoal, mansidão, honestidade, coisas
só no interior não são suficiente, pois encontramos essas qualidades também em várias pessoas
que não servem a Deus. Santo quer dizer separado, mas se participamos das mesmas coisas e
vestimos as mesmas roupas, como o mundo poderá enxergar uma diferença nítida em nós? Qual
a diferença no exterior?
“Ser membro de uma igreja não faz de alguém um cristão, da mesma forma que ter um piano
não faz de alguém um músico.” Autor desconhecido
Diferenciamos grupos, raças ou nações pelo sotaque, modo de vestir, cor, semelhanças étnicas
(Paulista, Carioca, Mineiro, Americano e etc.). Na bíblia encontramos várias referências sobre
que tipo de roupa, comportamentos, cultura entre outros (Elias, JoãoBatista, Pedro), qual a
revelação ou importância para vida presente?
Está escrito “O próprio Deus vos santifique em tudo em vosso espírito, alma e corpo e sede
irrepreensíveis….”1 Ts 5.23, sinceramente o que quer dizer isto?
Uma das questões mais relevantes da vida, a meu ver, gira em torno da compreensão da
identidade de cada um de nós. Somos criados por Deus, o artista mais criativo do
universo, que nos fez a cada um com um design único.
Somos obra de Deus, criados com uma identidade própria para cumprir um propósito
aqui na terra. A partir do conhecimento de Deus, conseguimos compreender a nossa
identidade e o propósito pelo qual somos como somos, e para qual finalidade existimos.
Neste texto, eu gostaria de compartilhar um pouco a respeito desse assunto, e por isso
gostaria de citar três questões cruciais que estão interligadas dentro desse tema:
1. Quem sou eu?
3. Como unir estas questões com vistas à identificação e cumprimento do meu propósito de vida?
Ao escrever sobre este assunto, me lembrei da Escola Adorando que realizamos no ano
de 2007. Na reunião de abertura da escola, por um direcionamento de Deus, eu deixei
para os alunos estas três perguntas acima , e disse a eles: se ao final da escola vocês
tiverem estas três simples questões esclarecidas, certamente vocês irão avançar muito
na vida e ministério de vocês.
Salmos 139:14-17
Este salmo expressa muito bem sobre o assunto da nossa reflexão e nos traz uma
fundamentação importante sobre a qual eu gostaria de ressaltar dois pontos:
Identidade e propósito:
1.Fomos criados por Deus;
Espero ter contribuído de alguma forma para você que tem lutado com estas
questões. Gostaria de deixar um vídeo de uma ministração que fala do nosso lugar em
Deus.
Everson Barbosa
10 de fevereiro de 2011
Compartilhar no Facebook
Tweet no Twitter
Procure responder três perguntas a respeito da sua identidade e
propósito nesta terra:
Lembre-se: “O que você é define o que você faz. O que você faz é fruto
do que você é.” A identidade de alguém é constante independente do
lugar onde está ou do momento vivido. Então, o que devem ser os
cristãos? Discípulos de Jesus.
“O que as pessoas vão pensar quando ouvirem que eu sou um maluco por Jesus?
O que as pessoas vão fazer quando virem que isso é verdade?
Eu não me importo se eles me rotulam de Maluco por Jesus
Pois não há como esconder a verdade
As pessoas dizerem que sou estranho faz de mim um estranho?
Meu melhor amigo nasceu em uma manjedoura”.
– dc Talk, “Jesus Freak”
Ser um seguidor de Jesus é ser um “maluco”, alguém que é diferente do padrão
do mundo. Se dizemos que somos cristãos, mas ninguém que convive ao nosso
redor percebe que somos cristãos, então há algum problema. O cristão é alguém
que vive de maneira diferente, que anda na contramão, e as pessoas percebem.
“Mas eu lhes digo: Qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já
cometeu adultério com ela no seu coração” (Mateus 5:28).
“Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os
perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus”
(Mateus 5:44,45).
Romanos 12.2: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos
pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus”.
Existe uma filosofia de vida no mundo que é destruidora e não podemos nos
submeter a ela (o mundo jaz no maligno). Nosso estilo de vida não pode ser
confundido com as práticas do mundo. Existe um contraste muito grande entre o
filho de Deus e o ímpio. No próprio texto de Romanos, Paulo nos mostra isto. Há
um contraste entre as palavras “conformar” e “renovar”. A mente conformada é
uma mente obscurecida pela filosofia do mundo. O conformismo nos faz aprovar
e praticar as ações do mundo. Começamos a pensar que nosso estilo de vida é
aceitável, normal. Isso nos impede de vivermos a boa vontade de Deus. Uma
mente mundana, conformada, é como um espelho empoeirado: enquanto ele não
for limpo de toda a sujeira, não poderá refletir a luz do sol.
Então, um cristão não se adequa aos padrões deste mundo. Este mundo, na
verdade, é apenas um lugar de passagem. Somos forasteiros.
A comida e a bebida que Daniel recusou não eram preparadas de acordo com a
lei e, provavelmente, eram consagradas a ídolos. Daniel decidiu não se envolver
com o mundo. Daniel foi ousado e andou na contramão. Ele foi fiel a Deus.
1João 2.15 diz: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém
amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a
concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não
procede do Pai, mas procede do mundo”.
Deus quer que sejamos santos, que sejamos separados do mundo. As pessoas
saberão que somos cristãos com a nossa santidade e piedade.
Que sentido faz eu dizer que torço para o Palmeiras, mas me comporto como um
torcedor do Corinthians? Visto a camisa do Corinthians, me sento na
arquibancada do Corinthians no estádio etc. Se sou palmeirense, essa minha
identidade deve ficar clara a todos. Do mesmo modo, se somos filhos de Deus,
temos que vestir a camisa de Cristo e não a do mundo. De nada adianta dizermos
que somos cristãos se nossas atitudes não demonstram isso.
Não é fácil andar na contramão, mas é bom. Como G. K. Chesterton disse uma
vez: “Uma coisa morta pode seguir a correnteza, mas somente uma coisa viva
pode contrariá-la”.
Se realmente entendemos quem é Jesus e o que Ele fez por nossas vidas, não
devemos nos envergonhar o evangelho.
Em Atos, vemos que os apóstolos tinham tanto orgulho de serem cristãos que
estavam prontos a sofrerem grande violência por causa disso.
Em contraste com essa cena de Atos, nós também nos deparamos com Pedro que
negou a Jesus por três vezes. Pedro, porém, foi restaurado e se tornou um grande
apóstolo.
Se realmente entendemos quem é Jesus e o que Ele fez por nossas vidas, não
devemos nos envergonhar do evangelho. Isso faz parte de andarmos na
contramão.
………………………….
Muitas pessoas dizem que não se adequam aos padrões do mundo moderno e se
revoltam, criando suas ideologias. Quando essas pessoas fazem isso, porém,
estão fazendo por motivos que pertencem a este mundo. Com os cristãos é
diferente. Dizemos que não nos adequamos aos padrões do mundo moderno
porque sequer pertencemos a este mundo. Somos apenas forasteiros e peregrinos
por aqui.
Devemos olhar para o eterno, para a cruz de Cristo. Cristo entregou sua vida por
nós, pagou um alto preço, para que vivêssemos de um modo digno daquilo que
Ele nos ensinou (Ef 4.1), para que não nos conformássemos com este mundo,
mas que fôssemos sal, o tempero dele.
É fácil fazer isto? Não é. C. S. Lewis uma vez disse: “Se eu fosse te recomendar
uma religião para lhe fazer sentir confortável certamente não lhe recomendaria o
Cristianismo”. A verdade nem sempre é fácil.
Seja sal na sua escola, no seu trabalho, na sua família. Viva uma vida santa para
Deus e não deixe sua identidade ser confundida com a do mundo. Ser cristão é
andar na contramão.
LIÇÃO 05 – A IDENTIDADE DO
ESPÍRITO SANTO
Comentário da Lição Bíblica para o fim de semana com o Pr.
Jairo Teixeira
Texto:(Jo 14.15-18,26)
INTRODUÇÃO
Vemos claramente na Bíblia a exposição do ESPÍRITO SANTO como DEUS,
coexistindo na trindade com o Pai e com o Filho, numa mesma substância. É
clara sua identidade, sua deidade, sua personalidade, suas obras, suas
reações e seus atributos. Os primeiros cristãos não tiveram dificuldades em
reconhecer tudo isto, mas vieram outras gerações que não conheceram os
primeiros apóstolos e Paulo. Como no tempo dos hebreus, após a morte de
Moisés e Josué, o povo se corrompeu, a igreja também, após os apóstolos,
deixaram que heresias penetrassem em seu meio e a doutrina verdadeira foi
corrompida. A partir do Concílio de Niceia. Iniciou-se uma tentativa de
formulação da doutrina pneumatológica e na segunda metade do século IV foi
mais desenvolvida para corrigir os heréticos de então. Nesta lição,
estudaremos sobre quem é o Espírito Santo, destacando Sua personalidade e
divindade; pontuaremos Sua atuação no Antigo e Novo Testamento; falaremos
sobre alguns nomes que recebe na Bíblia; e, por fim, trataremos sobre sua
atuação na experiência humana.
I - QUEM É O ESPÍRITO SANTO
Nosso credo diz: O ESPÍRITO SANTO, é a terceira pessoa da Santíssima
Trindade, consubstancial com o Pai e o Filho, Senhor e Vivificador; que
convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo; que regenera o pecador;
que falou por meio dos profetas e continua guiando o seu povo (2 Co 13.13; 2
Co 3.6,17; Rm 8.2; Jo 16.11; Tt 3.5; 2 Pe 1.21 e Jo 16.13).
O nome Espírito Santo vem do hebraico “ruah kadosh” e do grego “pneuma
hagios”. Ele é Deus, igual com o Pai e o Filho, e juntos os três formam uma só
divindade, pois eles são “allos” - palavra grega que denota “da mesma
natureza, da mesma espécie e da mesma qualidade”; diferente
de “heteros”que denota “ser de espécie diferente”. Desta forma, Ele não é
uma força ou um raio cósmico, mas uma pessoa como o Pai e o Filho o são (Mt
28.19; 2Co 13.13). “Quando se fala a respeito do Espírito Santo como
terceira Pessoa da Trindade, isso não significa terceiro numa hierarquia
[...]. As três Pessoas são iguais e não há entre elas primeiro e
último” (SOARES, 2017, pp. 77,78). Textos em que o Espírito Santo é citado
em primeiro lugar (Is 61.1; 1Co 12.4-6; Ef 4.4-6); em segundo (Mt 3.16,17; 1Co
12.12,13; 1Pd 1.2); e em terceiro (Mt 28.19; At 10.38; 2Co 13.13).
II - A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO
Uma pessoa é um ser consciente, com arbítrio próprio e, por isso, partindo do
princípio que apresenta plena capacidade mental, é responsável pelos seus
atos. Alguns sinônimos da palavra pessoa são: personagem, personalidade,
indivíduo ou ser. Embora que algumas seitas heréticas tentem negar a
personalidade do Espírito Santo, afirmando que Ele é apenas uma energia,
ou uma força ativa de Deus, as Escrituras Sagradas desmentem essa falsa
teoria. A Bíblia ensina que o Espírito Santo é uma pessoa, pois possui
características pessoais: sentimento (emoção), intelecto (inteligência) e
vontade (arbítrio).
Vejamos:
Ele fala (2Sm 23.2; Ap 2.7, 11, 17);
Ele guia (Jo 16.13; At 8.29; Rm 8.14);
Ele pode ser resistido (At 7.51);
Ele intercede (Rm 8.26);
Ele impede (At 16.6,7);
Pode-se mentir a Ele (At 5.3,4);
Ele testifica (Jo 15.26; Rm 8.16);
Ele tem vontade (Jo 3.8; 1Co 12.11);
Ele tem emoções (Is 63.10; Ef 4.30);
Ele ama (Rm 15.30);
Ele lembra (Jo 14.26);
Pode-se blasfemar contra Ele (Mt 12.31,32);
Ele ensina (Ne 9.20; Jo 14.26; 1Co 2.13);
Ele convence (Ne 9.30; Jo 16.7,8);
Ele realiza milagres (At 8.39);
Ele se revela (At 10.19-21; Ef 1.17);
Ele lidera (Jo 16.13,14);
Ele pode ser ultrajado (Hb 10.29);
Ele escolhe (At 13.2; 20.28);
Ele julga (At 15.28);
Ele advoga (At 5.32);
Ele clama (Gl 4.6);
Ele envia missionários (At 13.2-4);
Ele convida (Ap 22.17);
Ele tem inteligência (Is 11.2);
Ele consola (Jo 14.16, 15.26);
Ele é bom (Sl 143.10).
III - A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO
A asseidade do Espírito Santo “designa o atributo divino segundo o qual
Ele existe por si próprio”. Assim como o Pai e o Filho, o Espírito Santo é
auto-existente. Ou seja: não depende de nada fora de si para existir. Ele
sempre existiu; é um ser incausado; “[...] pelo Espírito eterno” (Hb 9.14). Em
toda a Bíblia, podemos ver claramente que o Espírito Santo é Deus; pois, além
de possuir atributos divinos, Ele faz coisas que somente Deus pode fazer.
Vejamos alguns atributos incomunicáveis:
Ele é o Espírito de Deus (1Co 6.11; 2Co 3.3);
Ele é criador (Gn 1.2; Jó 26.13; 33.4; Sl 104.24,25,30);
Ele é o Espírito de Cristo (At 16.7; Rm 8.9).
Ele foi o autor da concepção virginal de Jesus (Lc 1.35);
Ele é Eterno (Hb 9.14);
Ele é Deus (At 5:3,4);
Ele é Onipotente (Lc 1.35; 1Co 12.11);
Ele é visto junto com o Pai e o Filho (Mt 28.19; 2Co 13.13);
Ele é Onipresente (Sl 139.7-10);
Ele é doador de vida (Jó 33.4; Sl 104.30);
Ele é Onisciente (Is 40.13; 1Co 2.10-12);
Ele inspirou a Bíblia (1Pe 1.11; 2Pe 1.21; 2Tm 3.16).
IV – A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO
O Espírito Santo está presente em toda a Bíblia. Na criação, no planejamento e
na construção do universo (Gn 1.2; Sl 104.30), e na formação do homem (Jó
33.4). A Bíblia descreve a atuação do Espírito Santo no AT. Vejamos algumas:
4.1 O Espírito Santo na Criação. A primeira referência ao Espírito Santo no
AT é em Gn 1.2, onde a Bíblia diz que “... o Espírito de Deus se movia sobre
a face das águas”. Assim, desde o princípio, o Espírito Santo estava ativo na
criação, junto com o Pai e o Filho (Jó 26.13; 33.4; Sl 33.6; 104.30).
4.2-O Espírito Santo nos líderes de Israel. No AT o Espírito Santo atuava
principalmente na vida dos juízes, profetas, sacerdotes e reis (Nm 27.18-21; Jz
3.9-10; Gn 41:38-40; Êx 35.30-31; Nm 11.16,17; Jz 6.34, 11.29; 13.24,25; 1Sm
10.6; 1Sm 16.13). Podemos entender, então, que Ele atuava de maneira
específica e temporária, sobre pessoas específicas, e para obras específicas.
Encontramos no AT três expressões utilizadas para a atuação do Espírito
Santo nas pessoas: a) Ele revestia alguém: “O Espírito de Deus revestiu de
Zacarias”(2Cr 24:20); b) Ele repousava sobre alguém: “O Espírito repousou
sobre eles”(Nm 11.25), e, c) Ele enchia alguém: “Eu o enchi do Espírito de
Deus” (Êx 31.3).
V - A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DE JESUS
Com exceção da Segunda e Terceira Epístola de João, todos os livros do NT
contém referências à pessoa e obra do Espírito Santo, onde podemos ler sobre
a ação Dele na vida de Cristo, dos pecadores e, principalmente dos servos de
Deus. Vejamos alguns exemplos. Notemos: a) no seu nascimento (Mt 1.20; Lc
1.35), b) no seu batismo (Mt 3.16; Mc 1.10; Lc 3.22; Jo 1.32,33), c) no seu
ministério (Mc 1.12; Lc 4.18,19; At 10.38), d) na sua morte (Hb 9.14), e, e) na
sua ressurreição (Rm 1:4; 8:11). Em suma, podemos afirmar que Jesus foi
concebido pelo Espírito (Lc 1.35); guiado pelo Espírito (Lc 4.1); ungido pelo
Espírito (Lc 4.18; At 10:38); revestido com poder pelo Espírito (Mt 12.27, 28);
ofereceu a Si mesmo pelos nossos pecados, pelo Espírito (Hb 9:14); foi
ressuscitado pelo Espírito (Rm 8.11); e deu mandamentos por intermédio do
Espírito (At 1.2).
VI – ALGUNS NOMES DO ESPÍRITO SANTO
Em Lucas 11.20, o Espírito Santo é chamado de “O dedo de Deus”; em
Apocalipse 19.10, de “Espírito de Profecia”; e, em Isaías 11.2, Ele é descrito
com diversos títulos que representam a Sua plenitude. A Bíblia descreve
diversos Nomes e Títulos atribuídos ao Espírito Santo, os quais revelam, além
de sua personalidade e divindade, Seus atributos, natureza, bem como as
Suas obras. Vejamos alguns:
· Espírito Santo. Assim como Deus é santo (1Pe 1.16) e Jesus é santo (At
2.27), o Espírito também o é (Sl 51.11; Is 63.10,11; Mt 1.18,20; 3.11; Lc 1.35;
Jo 14.26; 1Ts 4.7-8). É chamado de Espírito Santo porque sua obra principal é
a santificação (Jo 3.5-8, 16.8; Rm 15.16; 1Co 6.11; 2Ts 2.13; 1Pe 1.1,2).
· Espírito de Deus. Este nome aparece em diversos textos, tanto no AT
quanto no NT (Gn 1.2; Êx 35.31; Jó 33.4; Mt 3.16; 12.28; Rm 15.19; I Co 2.11).
É natural que o Espírito Santo seja chamado Espírito de Deus, visto que ele é
enviado por Deus (Jo 15.26). A Bíblia também o chama de Espírito de Deus,
porque Deus age através dEle (Jo 6.44; Rm 8.14).
· Espírito de Cristo. O Espírito Santo é chamado o Espírito de Cristo (Rm 8.9;
1Pd 1.11). Jesus disse que a vinda do Espírito Santo para habitar nos corações
dos crentes seria a vinda do próprio Cristo (Jo 14.16-20). Podemos afirmar que
o Espírito é chamado de “Espírito de Cristo” porque é enviado em nome de
Cristo e por Ele (Jo 14.26; 16.7).
· Espírito da Promessa. O Espírito Santo é assim chamado (Ef 1.13) porque
sua manifestação e poder são prometidos no AT (Jo 2.28,29). A prerrogativa
mais elevada de Cristo, ou do Messias, era a de conceder o Espírito; e esta
prerrogativa Jesus a reivindicou quando disse: "Eis que sobre vós envio a
promessa de meu Pai" (Lc 24.49).
· Espírito da Verdade. A Bíblia diz que Deus é a verdade (Jr 10.10); Jesus é a
verdade (Jo 14.6) e o Espírito Santo também é a verdade (1Jo 5.6). Ele veio
para nos guiar em toda a verdade (Jo 16.13,14).
· Espírito de Adoção. Quando a pessoa é salva, não somente lhe é dado o
nome de filho de Deus (Jo 1.12), e adotada na família divina (Ef 2.19), mas
também recebe dentro de sua alma o conhecimento de que participa da
natureza divina (Rm 8.15). Assim como Cristo é nossa testemunha no céu;
aqui na terra, o Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus
(Rm 8.16).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
Quem é Deus e quem é você? Hoje, lendo uma passagem simples na bíblia
entendi mais uma vez, e tive vontade de compartilhar o quanto uma coisa está
intimamente ligada a outra.
Tenho percebido ao longo dos anos que não entender quem Deus é nos
conduz a muitas doutrinas e teologias, e que sempre nos afastará Dele.
Tenho percebido também que não saber quem você é, ou se esquecer disso,
faz com que você retorne ao vômito e se afunde nele.
Veja a passagem que li: “E vocês?”, perguntou ele. “Quem vocês dizem que
eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.”
Respondeu Jesus: “Feliz é você, simão, filho de Jonas! Porque isto não lhe foi
revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos deus. E eu lhe
digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as
portas do Hades não poderão vencê-la. Eu lhes darei a chave do Reino dos
céus; o que você ligar na terra terá sido ligado nos céus, e o que você
desligar na terra terá sido desligado nos céus.” Mateus 16:15-19
A busca sobre quem somos não está dentro de nós. Nem está nas igrejas. Está
na palavra de Deus, mais especificamente em nos relacionarmos com Jesus.
Satanás trabalha para as pessoas não saibam quem são, e portanto, são
paralisadas. Também trabalha para que, através de feridas de pessoas
religiosas, aqueles que sabiam quem eram, esqueçam, e assim, voltam a ser
paralisados.
Essa não é a vontade de Deus. Crer em Jesus não é crer que Ele viveu, mas
crer em seu testemunho e em sua palavra. Reconhecer que o testemunho Dele
é verdadeiro, nos faz entender que Ele veio para nos salvar de nossos pecados,
e vivermos uma vida limpa e com intimidade em Deus.
Não somente isto, nos faz entender que somos filhos, discípulos e com uma
missão clara: anunciar esta palavra a outras vidas, e fazer outros discípulos.
Infelizmente passei alguns anos sendo ferido e afligido, e esqueci, por assim
dizer, de quem eu sou em Cristo.
Mediante a maravilhosa Graça de Deus, Ele não só me relembrou, como
resolveu me direcionar para que eu mergulho no verdadeiro evangelho. Mas
qual seria esse? Bem, o que está exatamente descrito na bíblia.
Saber quem você é, é entender que é salvo, livre do pecado, e com uma
missão importante: anunciar o Reino de Deus através do Poder do Espírito
Santo. Viver as mesmas coisas que os discípulos viveram na igreja primitiva,
como lido no Livro de Atos.
A palavra diz que foi dado a chave do Reino junto com a revelação de quem
ele era: tudo que ligares na terra, será ligado nos céus, e o inverso também.
Em breve vou começar a escrever sobre tudo que tenho aprendido. Aprenderá
que todo aquele que crê em Jesus precisa se arrepender de seus pecados, ser
batizado em Cristo e batizado com o Espírito Santo. Ter uma vida cristã de
discípulo e de fazer discípulos. De fazer tudo que Cristo fez e ainda coisas
maiores, porque Ele foi para o Pai. Aprender que você, que já recebeu tudo
isso, tem tudo o que é necessário para sair e fazer o que seu coração sempre
ardeu para fazer. Se você nasceu de novo, você está pronto.
Identidade
por André Persil | Comente
Aprendemos que o desenho das impressões digitais é único para cada ser
humano e que isto faz parte da nossa identidade. Mas não somos apenas
linhas nas pontas dos dedos, código genético ou números em estatísticas.
A humanidade busca pela própria identidade desde que a mesma foi revelada
para si e percebeu o absurdo que é o mundo. Que o diga o Eclesiastes!
E é certo de que isto vale para todos! Afinal, os outros podem ser para nós o
que não são para si. Talvez os consideremos melhores do que são. Ou não!
Talvez sejam muito melhores do que consideramos.
No fim, entre quem acreditamos que somos e quem somos de verdade, entre
nós e os outros, não há nada além de mais um ser humano, falho, medíocre e
incompleto. É quando nos perdemos entre o reflexo em nossos espelhos e os
rótulos que recebemos dos outros que nos descobrimos almas viventes feitas
de pó da terra, com fôlego emprestado.
No espaço entre quem achamos que somos e o que os outros acham que
somos, Deus é o único que sabe de fato, quem somos, quais são as nossas
responsabilidades, quais é a nossa missão, qual é o nosso lugar e qual é o
algo maior que fazemos parte.
Graças a Deus, por sua Graça que nos permite livre acesso em confiança por
meio da fé que temos em Jesus Cristo [Efésios 3:10-12]. Fé que nos faz vencer
a existência neste mundo para um dia termos revelada a nossa verdadeira
identidade, no dia em que receberemos de Deus um novo nome [Apocalipse
2:17].
dentidade, conclusão
por André Persil | (4) comentários
Mas, ainda assim, estaremos em uma condição temporária, pois quando vier o
que é perfeito [1 Coríntios 13:9,10] veremos a Cristo face a face [1 Coríntios
13:12], seremos remidos de toda maldade [Tito 2:14] e conheceremos nosso
novo e verdadeiro lar preparado por Jesus [João 14:1-4].
Leia também:
QUEM SOU EU?
Uma das questões mais relevantes da vida, a meu ver, gira em torno da compreensão da
identidade de cada um de nós. Somos criados por Deus, o artista mais criativo do
universo, que nos fez a cada um com um design único.
Somos obra de Deus, criados com uma identidade própria para cumprir um propósito
aqui na terra. A partir do conhecimento de Deus, conseguimos compreender a nossa
identidade e o propósito pelo qual somos como somos, e para qual finalidade existimos.
Neste texto, eu gostaria de compartilhar um pouco a respeito desse assunto, e por isso
gostaria de citar três questões cruciais que estão interligadas dentro desse tema:
3. Como unir estas questões com vistas à identificação e cumprimento do meu propósito de vida?
Ao escrever sobre este assunto, me lembrei da Escola Adorando que realizamos no ano
de 2007. Na reunião de abertura da escola, por um direcionamento de Deus, eu deixei
para os alunos estas três perguntas acima , e disse a eles: se ao final da escola vocês
tiverem estas três simples questões esclarecidas, certamente vocês irão avançar muito
na vida e ministério de vocês.
Salmos 139:14-17
Este salmo expressa muito bem sobre o assunto da nossa reflexão e nos traz uma
fundamentação importante sobre a qual eu gostaria de ressaltar dois pontos:
Identidade e propósito:
1.Fomos criados por Deus;
Espero ter contribuído de alguma forma para você que tem lutado com estas
questões. Gostaria de deixar um vídeo de uma ministração que fala do nosso lugar em
Deus.
Aos 15 anos, tudo o que Ana Luiza quer é ser compreendida. Na espiral de emoções que vive, a
estudante vivencia uma crise em busca da própria identidade. Veste-se de preto e, às vezes, se
enclausura no quarto e chora. Em outros momentos, ignora a mãe e só consegue se sentir confortável
perto dos amigos, que nem sempre entendem o que se passa na cabeça da amiga. Luiza está
experimentando modelos de vida. Não quer ser chamada de “patricinha”, mas também se assusta com
suas atitudes quando deseja ser rebelde. Da última vez, em meio a um ataque de raiva, chorou ao ouvir
uma música. Ficou tão triste que cortou o braço com uma gilete. Queria morrer.
“Quando estou triste, me corto. É como se a tristeza fosse embora. Dói ali e não dói a tristeza. A dor que
eu sentia por dentro era maior que a dor do braço – explica”.
Anelise Zanoni (ZR: 2008) apresenta, em seu artigo “Crise de identidade e tristeza recorrente são causas
de depressão em adolescentes” um exemplo da amplitude deste fenômeno que atinge pelo menos 350
milhões de pessoas no mundo. Segundo o site minha vida, a “depressão é um distúrbio afetivo que
acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza,
pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si”. É um mal.
Assim como Luiza, centenas de outras pessoas lutam contra a depressão, como Cristina, 35 anos.
“Depressão. O que dizer sobre esse assunto? É cinza, sem sabor, sem cor, sem brilho, sem vida. É o que
sentimos. Nada faz sentido, nada tem valor, nada é bonito, nada importa. A sensação da morte presente
sim é algo muito real, porque a gente se sente, morto-vivo e vivo-morto. E tudo que lembra a morte é mais
familiar e mais desejado que qualquer outra coisa. Sintomas? Dores terríveis, sensação de fim, uma
tristeza inexplicável, apatia total às coisas da vida, não se tem vontade de fazer absolutamente nada. Só
de morrer, devagarinho, pedindo que o mundo nos deixe em paz. Um sofrimento sem razão de ser, mas
com feridas profundas. De onde vem? Não sei explicar. Não tem explicação. Tudo é tristeza, tudo é um
vão. Um poço sem fundo”.
O que, de fato, faz com que pessoas de duas faixas etárias diferentes – uma adolescente e uma adulta de
35 anos – tenham constantes crises de identidade, de baixa autoestima? Vivemos dias difíceis, de
correria, de luta por sobrevivência. É típico da sociedade pós-moderna o individualismo, o egoismo, a
ausência de amor e companheirismo. Nas grandes cidades, pais não acompanham o crescimento dos
filhos. Os meios de comunicação – e especialmente as redes sociais – apresentam um homem diferente
daquele que conhecemos. Não somos tratados como indivíduos, como pessoas. Mas a algo maior que
aflige a humanidade, que está na raiz de todos os males, que é o pecado. O pecado nos distancia de
Deus (Romanos 3.23), gera morte e tristeza (6.12).
Devemos reconhecer tamanha mobilização e cuidado dedicado à coroa da criação. Isso revela a nossa
importância enquanto seres únicos. Fomos criados à imagem de Deus no sentido em que nos
identificamos com Ele. Somos a imagem de Deus, assim como Jesus o era por ocasião de sua vinda ao
mundo. “E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou” (João 14.6). Ao dotar o homem com sua
imagem, Deus permitiu que este pudesse ter comunhão com Ele, expressar seus sentimentos e alegria
por servi-lo. O pecado trouxe sérias consequências ao homem, como a perda momentânea de sua
comunhão com Deus. “Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos
pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não veja” (Isaías 59.2). A comunhão entre Deus e Adão
foi interrompida no momento em que este pecou.
O comentarista bíblico e evangelista norte-americano Dwight Lyman Moody (1837-1891) fala das
consequências da desobediência do homem e de sua posição (de privilégio) anterior ao pecado, ao dizer
que o homem “era uma criatura que o seu criador podia visitar e ter amizade e comunhão com ele. De
outro lado, o Senhor podia esperar que o homem lhe correspondesse e fosse digno de sua confiança. O
homem foi constituído possuidor do privilégio da escolha, até o ponto de desobedecer a seu criador, Ele
tinha de ser o representante e mordomo responsável de Deus sobre a terra, fazendo a vontade do seu
criador e cumprindo o propósito divino”. O pecado de fato estabeleceu uma barreira entre nós e o nosso
criador, mas em Cristo reencontraríamos o caminho.
Se pela imagem Adão tinha a possibilidade de identidade com Deus, de aproximação com Ele, de que
maneira podemos entender a expressão “conforme a nossa semelhança”? Temos aí uma mera expressão
repetitiva, uma reafirmação do fato de que o homem seria criado à imagem de Deus, ou algo mais
profundo, como uma semelhança de caráter, de confiabilidade, de imutabilidade? Sim, o homem recebeu
do criador parte de seus atributos morais, como amor, compaixão, caridade, benignidade e
longanimidade, mas também a imortalidade, ou seja, a capacidade de viver para sempre. Mas esse viver
para sempre estava atrelado à manutenção de sua santidade, do preservar a imagem de Deus, concedida
gratuitamente ao homem. Adão tinha uma grande responsabilidade pelo o fato de ter sido constituído por
Deus seu representante na terra.
Consegue compreender a complexidade da existência humana? O homem foi criado com o objetivo de
ser o embaixador de Deus, de ser seu representante, mas ao ceder ao pecado o homem escolheu trilhar
outro caminho. É claro que o homem não perdeu a imagem de Deus e nem muito menos a capacidade de
exercer os atributos morais, mas precisa urgentemente se voltar para Deus como forma de regeneração.
Agora, é verdade que a queda de Adão e Eva levou seus descendentes a degeneração, a um
distanciamento do paraíso que fez com que a imagem de Deus no homem fosse gradualmente
prejudicada, no sentido em que o pecado cria uma mancha na alma somente removida pelo sangue
purificador de Jesus Cristo. Casos como depressão e crise de identidade são consequências do pecado,
e que tem prejudicado muitas famílias.
O que temos feito com a imagem de Deus? Casos como a da jovem Luiza e da Cristina são exemplos de
como a humanidade caminha, como ela se distancia de Deus. A depressão tem a capacidade de fazer
com que adolescentes e adultos mutilem seus próprios corpos, seja quando da tentativa de suicídio ou
quando da entrega de seus corpos para a prostituição. Para reverter tal situação pecaminosa e destrutiva
é preciso, primeiro, que o homem reconheça seus pecados e peça perdão a Deus. Segundo, tem de
restabelecer sua comunhão com o criador por meio da oração. Dessa forma, o homem torna-se capaz de
retomar parte de suas prerrogativas atribuídas quando de sua criação. Terceiro, e mais importante: é
preciso reconhecer a nossa importância dentro do processo criativo de Deus, o nosso papel enquanto
representantes dEle entre os homens. Jesus morreu na cruz com o objetivo de permitir que cheguemos a
essa compreensão.
PALAVRA DO LEITOR
10 de julho de 2016
Visualizações: 468
comente!
+A
-A
compartilhar
Dupla identidade
Tweetar
“Aconteceu naqueles dias que, sendo Moisés já homem, saiu a seus irmãos, e atentou para
as suas cargas; viu que um egípcio feria um hebreu, homem de seus irmãos. Olhou a um e
outro lado, vendo que não havia ninguém, matou ao egípcio, e escondeu-o na areia.” Êx
2;11 e 12
A dupla identidade funciona em filmes de super-heróis, mas, na vida, mais dia, menos dia, o
que somos, digo, aquilo que prepondera em nosso ser, assoma, sobretudo, em momentos de
crise. Vulgarmente se diz: “A ocasião faz o ladrão”. Isso é falso! A ocasião é a crise que
manifesta o ladrão que habita no interior do homem ambíguo, que encena ser honesto, mas,
oculta um ladrão. O íntegro não sucumbe a ocasiões favoráveis, antes, mantém sua
integridade. Jamais vi a ocasião presa por roubo, sempre é o ladrão o culpado.
Porém, agir de coração como hebreu e seguir com privilégios da Corte egípcia era quase
impossível; assim, “olhou a um e outro lado, vendo que não havia ninguém ali, matou ao
egípcio, e escondeu-o na areia.” Certificou-se de que não haveria testemunhas, depois,
ocultou o cadáver tentando enterrar com ele, seu feito. Acontece que, o próprio irmão que
defendera, espalhou a notícia. Tinham um defensor “egípcio”; “E tornou a sair no dia
seguinte, eis que dois homens hebreus contendiam; e disse ao injusto: Por que feres a teu
próximo? O qual disse: Quem te tem posto a ti por maioral e juiz sobre nós? Pensas matar-
me, como mataste o egípcio? Então temeu Moisés, e disse: Certamente este negócio foi
descoberto.” Vs 13 e 14
O anseio de ser bem quisto pelos dois povos ao mesmo tempo se revelara impossível, desde
então. Como, quem fica sobre o muro acaba levando pedradas de ambos os lados, não ficou
nem egípcio, nem hebreu, teve que fugir, acabou no deserto de Midiã. O que O Eterno fez
depois, com ele, é outra história; por agora estamos analisando a dupla identidade.
Quantos são “Crentes” acariciando a um ser mundano dentro de si, e, à crise de uma
tentação mais incisiva escandalizam a Obra de Deus? Ou, outros que, tendo sido salvos, por
uma picuinha qualquer, voltaram as costas pra igreja, não conseguem agir mais como
mundanos, levam uma vida dupla, nem ímpio, nem santo, apenas uma confusão que não
serve cabalmente ao inimigo, nem, presta pra obra de Deus?
Tiago fez da duplicidade o tema de sua epístola. “Peça-a, ( sabedoria ) porém, com fé, em
nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento,
lançada de uma para outra parte. Não pense, tal homem, que receberá do Senhor alguma
coisa. O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos.” 1;6 a 8 O
primeiro duplo, crente incrédulo, pede a coisa certa, e duvida. Não vai receber.
“Se alguém é ouvinte da palavra, não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao
espelho o seu rosto natural; porque contempla a si mesmo, vai-se, e logo esquece de como
era.” O segundo duplo, o não praticante. A Palavra é boa como teoria, mas, na prática,
prefere fazer as coisas do seu jeito mesmo.
Temos ainda o teórico, bom de propaganda e ruim de produto. “Meus irmãos, que aproveita
se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?” 2;14 Nos
lábios, amor, nos atos, indiferença.
O duplo de língua. “Com ela bendizemos a Deus Pai, com ela amaldiçoamos os homens,
feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus
irmãos, não convém que isto se faça assim.” 3;9 e 10
Enfim, todas essas duplicidades são traços de um, que, como Moisés, ansiava pertencer a
dois povos. Naquele caso era fisicamente mesmo. No nosso, a duplicidade possível é
espiritual; Tiago resume: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é
inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se
inimigo de Deus.” 4;4
Finalmente, uma tomada de posição: “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, ele fugirá
de vós. Chegai-vos a Deus, ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo
ânimo, purificai os corações.” Tg 4;7 e 8
Se nossa escolha é a ditosa sina de ovelhas, que nossa dieta não seja de lobos; teríamos que
comer a nós mesmos, numa autofagia espiritual.
Tweetar
Dupla Identidade
02/08/2017Paulo Raposo CorreiaDeixe um comentárioGo to comments
Certa mulher, ouvindo o pastor pregar, disse para quem estava ao seu lado: “– Esse é o
homem que eu gostaria de ter lá em casa; esse é o homem que eu sempre sonhei como
marido; e não aquele que vive lá em casa”. Porém, aquele pastor e pregador era o próprio
marido dela. No púlpito e na igreja era amável e atencioso; porém, em casa, egoísta e
agressivo. Ser íntegro é ser inteiro, ser completo, em todo o tempo e o tempo todo, como o
apóstolo: “E, quando se encontraram com ele, disse-lhes: Vós bem sabeis como foi que me
conduzi entre vós em todo o tempo, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia,” (At 20.18)
Neste estudo, desenvolveremos o tema proposto, tratando das motivações, dos
desdobramentos e consequências da dupla identidade, bem como das ações para se tratar
tal comportamento.
Às vezes esse nobre propósito pode ser o de salvar um reino, evitar uma tragédia
gigantesca. Não consigo me imaginar fazendo o que Husai, amigo e conselheiro do rei Davi
fez, quando Absalão se rebelou contra o rei, seu próprio pai, e pretendia matá-lo.
Reconheço, entretanto, que as circunstâncias extremamente graves demandaram dele tal
procedimento. Em vez de fugir com Davi, abandonando o palácio real, por sugestão deste
(2Sm 15.32-37) Husai retornou ao palácio e apresentou-se astutamente a Absalão com o fim
de servi-lo e ao povo, obtendo êxito nessa sua primeira investida (2Sm 16.15-19). Tendo
ouvido que Aitofel, o conselheiro oficial de Absalão, havia dado um conselho que certamente
provocaria a destruição de Davi e do povo que com ele estava, Husai apresentou-se, outra
vez, a Absalão para confundi-lo, dando outro conselho que acabou prevalecendo. Assim,
Husai salvou a Davi e provocou a derrota e morte de Absalão (2Sm 17).
– Vantagens financeiras.
Para muitos, a riqueza e tudo o que o dinheiro pode comprar é verdadeira fonte de
felicidade, não importando se os meios de obtenção forem ilícitos.
Essas coisas exercem um fascínio implacável sobre aqueles que não têm domínio sobre o
pecado e farão qualquer coisa para obtê-las: “Ao contrário, cada um é tentado pela sua
própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à
luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” (Tg 1.14-15). O problema do
crente com dupla identidade é que ele pretende ganhar o céu, a salvação eterna, sem abrir
mão dos seus pecados ocultos que, aparentemente podem lhe conferir certas vantagens ou
prazeres. Foi o que aconteceu com Acã (Josué 7). Ele (e todo o povo) estava avisado da
proibição divina quanto aos despojos de Jericó, mas achou que poderia dissimular, como se
fosse possível esconder algo de Deus (Js 6.17-19). A cobiça por riquezas ilícitas o atraiu e
seduziu (Js 7.21), levando-o à morte (Js 7.25).
O verdadeiro crente, nascido de novo, tem no Senhor e não nas coisas efêmeras desta vida,
a sua verdadeira fonte de prazer: “Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa
alguma podemos levar dele.” (1Tm 6.7)
b) Que consequências o pecado oculto tem na vida pessoal?
Ninguém peca por falta de aviso. Deus sempre deixa claro, através da sua Palavra e dos
seus mensageiros, o que lhe agrada e o que não lhe agrada. Mesmo quando a voz de Deus
não se manifestar de forma explícita, ele nos falará através da nossa consciência: “Estes
mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência
e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se,” (Rm 2.15). O fato é
que todos foram informados do que Deus havia determinado, inclusive Acã. O grande
problema é o ser humano dar ouvidos à voz de Deus quando a sedução da cobiça berra em
seus ouvidos.
Pecados ocultos trazem consequências desastrosas na vida do crente. Quebra a sua
comunhão com Deus e provoca a sua ira. Afeta, inevitavelmente, a sua família, podendo
desestruturá-la ou destruí-la. Quando os membros da família tomam conhecimento e nada
fazem, tornam-se coniventes ou cúmplices desse pecado oculto e assumem, coletivamente,
o ônus das consequências de seus atos. Há situações que também afetam a vida profissional
do crente, podendo ocasionar problemas no rendimento do trabalho, nos relacionamentos,
quebra de confiança e demissão.
Conclusão
Pode-se dizer que essa ideia de levar vantagem em tudo não é coisa tão recente assim, nem
é marca registrada do povo brasileiro. Acã, no Antigo Testamento; e, Ananias e Safira, no
Novo Testamento, são bons exemplos disso. É sempre oportuno cada um avaliar como tem
sido sua vida e suas práticas, dentro e fora da igreja. É preciso ser íntegro e inteiro, ter uma
só cara, diante de Deus e diante dos homens!
Finalmente, podemos concluir que os efeitos do pecado em nossa vida hoje são tão maléficos
como nos dias de Jericó. Quando o Espírito Santo é persistentemente ofendido, mostrará a
sua tristeza, retirando primeiramente o seu poder e, depois, o seu testemunho. Se isso não
for o suficiente para trazer de volta o crente inconstante, então é certo que virá o açoite da
correção divina.
Mas, se o joio está semeado entre o trigo, como é possível, então, a santificação da igreja?
Quanto ao joio, embora atrapalhe bastante, não faz parte da igreja. Entendemos que o
“rogo-vos” do apóstolo Paulo não foi e não é dirigido ao joio. Estes são parasitas que, a seu
tempo, serão cortados pelo Senhor.