Você está na página 1de 2

Curso de Gestão de Recursos Humanos

Cadeira: Economia Social e Cooperativismo

Parte 1

"A economia social, centrando-se sobre o aspecto organizacional, não foi capaz de contrariar o
isomorfismo institucional criado pela divisão e complementaridade entre mercado e Estado social.
Centrada no sucesso económico das empresas que a compõem, a economia social deixou de lado as
mediações políticas. É, na verdade, como reação aos efeitos perversos dessa focalização na dimensão
económica que as experiências das últimas décadas reforçaram a dimensão política de iniciativas que
pretendem ser tanto cidadãs como empresariais. Estas não poderão ter alcance se não forem capazes
de promover a democracia, tanto no seu funcionamento interno como na sua expressão externa."
(Laville, 2009a: 42)

A Economia Solidária apresenta, para além de um projecto económico plural, em que as organizações
de Economia Solidária devem ter em conta a pluralidade dos princípios económicos, um projeto
político de democracia. Apesar de não ser consensual, é geralmente aceite que a dimensão económica
da economia solidária está subordinada à dimensão política. Esse projeto político assume que o
mercado deve ser regulado com normas discutidas publicamente, pelo que não se trata de rejeitar o
conceito de mercado, antes sim, regulá-lo. Um projeto político de democracia, que não reduz a sua
importância à democracia interna (1 pessoa, 1 voto), devendo existir um processo participativo e
deliberative permanente, quer interno, quer externo, assegurando a mobilização dos cidadãos no
espaço público.

1 - O que distingue a economia social da economia solidária? Os dois conceitos serão passíveis de ser
integrados numa única economia social e solidária?

Para obter resposta à primeira questão, será necessário articular o conhecimento da economia social
e da economia solidária, analisar os pontos de convergência e os que limitam uma visão integrada,
com o objetivo de avaliar a capacidade duma potencial posição única, por forma a viabilizar uma
economia com futuro. Para tal deverá ser usado como base para a análise, os conceitos da visão que
Jean Louis Laville transmite nos seus trabalhos e nas intervenções que faz, recorrendo também a
outros autores, para complementar essa visão, como é o caso de Jacques Defourny, entre outros.

2 - Em Moçambique, as práticas das Instituições Particulares de Solidariedade Social-IPSS, permitirão


considerar estas organizações na nova economia social e solidária? Que evolução é necessária para
tal?

Ao abordar a segunda questão, deve-se assumir o conceito de economia social e solidária; analisadas
as limitações apontadas à acção das IPSS (e da economia social) e as formas como estas limitações
podem ser ultrapassadas pelas organizações. Para este efeito pode-se recorrer a Pedro Hespanha,
como autor de referência, usado a autora Sílvia Ferreira como complemento à análise (pode-se usar
outros autores com mesma linha de pensamento).

Parte 2

3 - As necessidades das pessoas são ilimitadas e os recursos produtivos são limitados. Disto resulta o
problema da escassez, isto é, de que não há quantidades suficientes de um produto ou serviço para
satisfazer os desejos de todos. Desse problema central, surgem três outros problemas fundamentais
estudados em economia. Com base nisso, cite e comente os três problemas básicos da ciência
econômica.

4 - Os economistas, muitas vezes, utilizam modelos para explicar a realidade socioeconômica. Vimos
que fazem parte da economia os chamados agentes econômicos, que são: as famílias, as empresas, o
governo e o resto do mundo. Com base em seus estudos, descreva a função de cada um destes agentes
na economia.

Tutor: Aristides Manuel

Você também pode gostar