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Trabalho de

Sociologia

Biografia de Sérgio Buarque

Nome: Carolina Saltori Castellon Torrico N° 2

2° médio
Sérgio Buarque de Holanda nasceu em São Paulo, no dia 11 de julho de 1902. Filho de Cristóvão
Buarque de Holanda Cavalcanti, pernambucano, professor universitário e farmacêutico, e Heloísa Gonçalves
Moreira Buarque de Holanda, fluminense. Sua família era de classe média, porém Sérgio estudou nas
melhores escolas de São Paulo, entre elas a Escola Caetano de Campos e o Ginásio São Bento. Aos 18 anos
começou a escrever para o Correio Paulistano, e ingressou no movimento modernista, aproximando de
figuras de destaque na arte e na literatura, como Mario de Andrade e Oswald de Andrade. Em 1921, Sérgio
muda-se com sua família para o Rio de Janeiro, onde estuda direito na Universidade do Rio de Janeiro
(UFRJ). Em 1922 participa da semana da arte moderna, escrevendo suas ideias modernistas para a revista
Klaxon e para a revista Estética. Com a faculdade concluída, ele segue na carreira de jornalista, e em 1926
vai para Espírito Santo assumir o cargo de diretor do jornal O Progresso. No ano Seguinte retorna ao Rio e
passa a escrever para o Jornal do Brasil. Durante um período de um ano Sérgio torna-se correspondente dos
Diários Associados em Berlim, e depois muda-se para lá, a fim de fazer a cobertura jornalística dos
acontecimentos que se sucediam na Alemanha, Polônia e União Soviética. Deste modo, aprofundou seus
estudos em história e ciências sociais, também construiu uma ponte entre Brasil e Alemanha, tanto em
questões comerciais, através da Revista Duco, quanto em questões culturais, traduzindo livros e filmes
alemães para o português. Porém com a ascensão do Nazismo, ele retorna para o Rio de Janeiro em 1931 e
passa a lecionar história moderna e contemporânea na UFRJ. Em 1936, Sérgio casa-se com Maria Amélia
Alvim de Holanda, conhecida como Memélia, com quem permaneceu até o fim da vida e teve sete filhos:
Heloísa Maria (Miúcha), Sérgio, Álvaro, Augusto, Francisco (Chico), Maria do Carmo, Ana Maria e Maria
Cristina. Foi crítico literário, e foi presidente da Associação Brasileira dos Escritores, em 1942. Retornou
com a família para São Paulo, passou a lecionar na Escola Paulista de Sociologia e Política, e a dirigir o
Museu Paulista. Passou dois anos na Itália como professor de Estudos Brasileiros, na Universidade de
Roma. Em 1957, assumiu a cátedra de História da Civilização Brasileira na Universidade de São Paulo
(USP), e lá criou o Instituto de Estudos Brasileiros (IMB). Permaneceu na USP até 1969, quando saiu de seu
cargo em protesto ao Ato Institucional n°5, e à cassação de dois professores da universidade, assim fez parte
da oposição ao regime militar. Mesmo aposentado, Sérgio continuou atuando em jornais, como tradutor e
escritor. Foi professor convidado em universidades estrangeiras como a de Nova York, de Columbia, de
Yale e de Havard. No final da década de 70, ainda atuou na fundação do Partido dos Trabalhadores (PT). Ele
faleceu em 1982, com 69 anos.

Dentro da Sociologia, Sérgio Buarque é de suma importância, pois ele é junto de Gilberto Freyre
expoente da sociologia científica no Brasil, e isto devido a publicação do livro Raízes do Brasil, obra escrita
em 1936, e enriquecida por sua vigem a Berlim. Nesse livro, ele apresenta a história do Brasil e destaca as
mazelas da vida social e política no país, buscando no período colonial as origens dos problemas nacionais,
pois como o Brasil Colônia fora um período de pouca organização social, a consequência disso só poderia
ser um Brasil no qual a violência e o caos são frequentes. Sérgio também analisou o brasileiro como um
“homem cordial”, isto é, aquele que age pelo coração, que é dominado pelo sentimentalismo, preferindo
sempre as relações pessoais ao invés do cumprimento de leis e regras objetivas e imparciais, sendo este um
aspecto pertinente à política, na qual sempre existiram “cargos de confiança”. Foi ele o responsável por
introduzir os estudos de Max Weber (um os três pais da sociologia clássica) no Brasil, e através dos métodos
de Weber que Sérgio estruturou a análise apresentada acima do “homem cordial”. Também, desenvolveu
pensamentos acerca do futuro da nação, tentando presumir como ocorreria a Revolução Brasileira em
direção a uma verdadeira democracia política e social, e concluindo que isso só seria possível quando a
sociedade superasse a mentalidade colonial em todos os sentidos. O modo que Sérgio Buarque interpretou o
Brasil e seu povo foi responsável não só por explicá-lo, mas por construí-lo do modo como o vemos hoje.

Bibliografia

https://www.youtube.com/watch?v=GbEovBvCBxo

https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/sergio-buarque-de-holanda.htm

https://brasilescola.uol.com.br/biografia/sergio-buarque-holanda.htm

https://brasilescola.uol.com.br/biografia/sergio-buarque-holanda.htm

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