Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
São Paulo
2001
LUÍS ALBERTO MONTEIRO DE BARROS
São Paulo
2001
REITOR DA UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
Professor Doutor Claudio Salvador Lembo
Passados dois anos e meio de tanto esforço e privação, hoje entendo o que motivou e con-
tinua motivando tantos estudiosos a repetir os mesmos clichês de agradecimentos aos seus
familiares mais próximos, por ocasião do término de suas obras. Definitivamente essa não é
Por isso, agradeço aos meus filhos Diogo e Rafael pelas tantas vezes em que resignada-
mente não puderam contar comigo para jogar uma simples partida de futebol na pracinha do
bairro, fizeram silêncio nas horas em que eu precisei concentrar-me, ou mesmo acordaram
de madrugada para tomar um copo d’água e, ao perceberem a minha presença na sala, es-
Agradeço à minha esposa Izabella pelo incentivo que predominou entre as dificuldades en-
frentadas durante a longa gestação deste estudo. Ela, mais do que ninguém, sabe que não
se tratou de uma simples batalha pela obtenção de um título mas sim de uma guerra pela
Agradeço à minha mãe pelo amor que, mesmo longe, sempre me dispensou, pelo exemplo
de integridade, respeito ao próximo e lealdade que sempre me passou, e que me tem guia-
do os rumos na vida pessoal, profissional e acadêmica. Sem o seu cuidado e as suas inte-
rações, o futuro para mim teria sido apenas uma palavra obscura.
Agradeço também ao meu pai por ter, nos infelizmente raros momentos em que estivemos
verdadeiramente juntos, confiado em mim, investido em mim, mostrado, mesmo à sua ma-
neira, que eu tinha todas as condições de superar as dificuldades da vida e me tornar al-
guém.
Concluindo, agradeço ao Moisés, meu orientador, que teve a habilidade de trabalhar o pro-
todos os mestres e amigos que formei durante o período em que perdurou o curso.
RESUMO
concordância das empresas para com esses argumentos teóricos, e objetiva a ampliação do
gerar hipóteses que expliquem o reduzido percentual de idéias que se tornam inovações de
sucesso.
estatística básica, e a coleta de dados primários foi feita através de questionários estrutura-
dos contendo perguntas fechadas aos gestores de P&D de 17 empresas do setor brasileiro
da indústria eletro-eletrônica.
O resultado das análises efetuadas mostrou que 70% das manifestações das empresas
teoria em análise promoveu com sucesso a elaboração de novas hipóteses acerca das cau-
The vast set of works researched during the preparation of this study’s theoretical basis re-
context of innovation development. This research asks, then, what is the level of agreement
of the companies with the referred theoretical basis, and aims at the expansion of the exist-
ating hypotheses that explain the low number of ideas that become successful innovations.
This exploratory study used quantitative method with statistical analysis techniques, and the
primary data gathering process was made through structured questionnaires containing
The result of the completed analyses revealed that 70% of the consulted companies’ mani-
festations, regarding the studied theoretical basis, were of agreement with the concepts,
characteristics, recommendations and others particularities that are part of the theoretical
basis of innovation, competitiveness and their respective relations, which confirmed the stat-
ed research hypothesis. The observation and the questioning process of some disagree-
ments to the theory in analysis successfully promoted the elaboration of new hypotheses
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO 14
2 PROBLEMA DE PESQUISA 16
3 OBJETIVO DA PESQUISA 17
4 REFERENCIAL TEÓRICO 18
4.1 Introdução 19
4.2 Desenvolvimento 23
4.2.1 Competitividade 23
4.2.2 Inovação 45
5 A INDÚSTRIA ELETRO-ELETRÔNICA 91
6 METODOLOGIA 92
6.1 Hipóteses da pesquisa 93
6.2 Variáveis 94
7 RESULTADOS 106
10 CONCLUSÃO 117
APÊNDICE 133
empresarial 190
LISTA DE FIGURAS
Tabela 14 – Descentralização 70
Tabela 23 – Resumo dos escores do questionário obtidos por cada empresa 111
Tabela 24 – Distribuição de freqüência dos escores das empresas por afirmação 112
Tabela 25 – Moda, média e desvio padrão dos escores obtidos pelas empresas 114
1 INTRODUÇÃO
pesquisa tais como o Marketing Science Institute (MSI), o Institute for Study of Business
Markets (ISBM) e o Journal of Marketing Research (Chandy & Tellis, 1998). Ao mesmo tem-
po, a inovação é considerada como sendo importante recurso para a sobrevivência futura
das organizações (Engel et al, 1993: 723-765; Kotler, 1997: 307; Rea & Kerzner, 1997: 25-
26; Robertson, 1999), elemento chave para o sucesso de uma empresa em um mercado
mento de inovações tem sido motivo de detalhados estudos tais como os de Ansoff (1967),
Drucker (1985), Mintzberg (1998), Porter (1989), Quinn (1985), Prahalad e Hamel (1990),
dentre muitos outros citados ao longo deste trabalho, os quais, somados, demonstram a im-
contexto em que cada um dos estudos foi produzido. O desenvolvimento desse capítulo di-
resumo da pesquisa bibliográfica efetuada acerca dos conceitos, das medidas e das fontes
como árbitro do grau de competitividade das empresas. A segunda parte apresenta um re-
15
sumo dos conceitos, das medidas, e dos níveis de inovação definidos pelos trabalhos pes-
quisados, bem como uma síntese do pensamento dos autores acerca dos riscos de inovar e
desse segmento como fonte da qual se extraiu a população estudada, assim como apresen-
ta-se as características gerais do setor tais como a sua participação no Produto Interno Bru-
A maneira como se investigou o problema aqui enunciado e como foram atingidos os objeti-
vos geral e específicos deste trabalho está descrita no Capítulo 6 – Metodologia, onde foram
apresenta também o perfil das empresas que contribuíram com as informações solicitadas.
mentas de coleta e tratamento dos dados, bem como das análises das informações proveni-
A conclusão, por fim, disposta no Capítulo 10, apresenta o desfecho do trabalho que conso-
2 PROBLEMA DE PESQUISA
contexto do desenvolvimento da inovação, definido por Mintzberg e Quinn (1998: 308) como
aquele “... no qual a organização lida com tecnologias ou sistemas complexos sob condi-
Nesse contexto particular, os produtos atuais são mais vulneráveis às mudanças nos dese-
jos e necessidades dos consumidores, às novas tecnologias e aos ciclos de vida dos produ-
tos cada vez menores (Cooper, 2000). Conseqüentemente, os riscos inerentes ao processo
riscos de não se inovar, uma vez que se sabe que inovar implica em investimentos de recur-
sos cujos retornos não são garantidos (Kotler, 1997: 308), e que é grande a probabilidade
de insucesso de uma inovação (Engel et al, 1993: 721). Contudo, da inovação depende o
Para fazer frente a essas dificuldades, as organizações que almejam desenvolver com su-
cesso inovações sofisticadas precisam, entre outros fatores, apresentar configurações dife-
rentes das propostas por empresas tradicionais (Mintzberg, 1998: 309), tais como aquelas
que são voltadas para a eficiência de custo (Grant, 1998: 288) ou possuem estruturas buro-
cráticas (Galbraith & Kazanjian, 1986). Precisam elas estimular, e não inibir, o progresso
mais assuntos relacionados, abordados neste estudo. Como, entretanto, esses e os demais
que inovam, com as indicações teóricas de que, por exemplo, uma configuração organizaci-
onal inovadora deve considerar que a inovação é uma atividade de cooperação que emerge
da integração de múltiplas perspectivas (Galbraith & Lawler III, 1995) e que, portanto, requer
17
zação (Grant, 1998)? Ou será que as empresas discordam? No primeiro caso, existe con-
Portanto, dados um segmento science based, assim definido pela sua destacada atividade
3 OBJETIVO DA PESQUISA
tais como reputação de qualidade, suporte do produto, serviço ao cliente, entre outras (Aa-
(Kotler, 1997: 308) promove uma busca cada vez mais acentuada por maiores níveis de
que pode ser utilizado por empresas de todos os portes e segmentos de atuação para so-
poder produzir competitividade (Ansoff, 1993; Porter, 1989: 179-185; Prahalad & Hamel,
1990; Ohmae, 1988; Grant, 1998: 265-294; Engel et al, 1993: 723-765; Schewe & Hiam,
1998: 255; Fahey, 1994: 3-4; Aaker, 1998: 199), inovação é produto do conhecimento
(Drucker, 1999c: 181) que, numa economia global, pode ser considerada a maior fonte de
existentes (Nonaka & Takeuchi, 1998: 14-15). Neste trabalho, portanto, buscou-se o conhe-
ses que expliquem, ainda que parcialmente, o reduzido percentual de idéias que se tor-
Acredita-se que uma eventual indicação de discordância ou não concordância, por parte das
dades que permeiam a base teórica da inovação, da competitividade, e suas relações, pode
vir a sinalizar com alguma hipótese ou caminho no sentido de se explicar, mesmo que de
4 REFERENCIAL TEÓRICO
competitividade e suas relações foi executada por ocasião da elaboração do referencial teó-
rico deste trabalho, através de uma revisão bibliográfica da literatura que direta ou indireta-
mente trata do assunto, preferencialmente em fontes primárias, e seguiu em sua base o ro-
19
teiro de análise de conteúdo proposto por Azevedo (1992: 27-38), que compreende três fa-
ses:
produção bibliográfica relativa ao tema, e indica o contexto em que cada estudo foi pro-
duzido;
4.1 Introdução
Tendo em vista os objetivos do presente trabalho, a revisão da literatura a que se refere este
gócios empresariais. Com base nessas premissas, iniciou-se uma leitura de inspeção que
presarial podem ser encontrados dispersos em textos dos mais diversos segmentos da Ad-
estratégia empresarial, assim como para delimitá-la, optou-se pelo estudo dos textos de
diferentes contextos (Mintzberg et al, 1998: 354-359), como o simples, estável e idealmente
controlável da escola do planejamento, da qual faz parte Ansoff; o simples, estável e madu-
20
ro, da escola do posicionamento, da qual faz parte Porter; o complexo, dinâmico e imprevi-
sível, da escola do aprendizado, da qual fazem parte Hamel, Prahalad e Quinn; o divisor e
maligno do ponto de vista micro e ao mesmo tempo controlável ou cooperativo na visão ma-
cro, da escola do poder, da qual faz parte Pfeffer; e o categórico, da escola da configuração,
Diferentes autores identificam também diferentes abordagens. Para Whittington (1993), Por-
ter e Ansoff enfatizam a racionalidade e a análise no que ele denomina de abordagem clás-
Jones (1998: 425-426) resume, por sua vez, essas perspectivas em um continuum de abor-
dagens em torno do grau de racionalidade, que vai desde o que ele denominou de escola
clássica, de Ansoff, que enfatiza com mais intensidade a racionalidade, passando ao longo
interesse da empresa (da preocupação com a unidade da empresa até a preocupação com
setores isolados), de tal forma que quanto mais preocupada com a unidade e com procedi-
De forma similar a Jones, Grant (1998: 18) resume as abordagens em torno da estratégia
empresarial em uma escala temporal. Para ele, nos anos 50 a preocupação era com o pla-
jamento corporativo, de Ansoff. Nos anos 70, diz Grant, a ênfase ficava por conta da estra-
tégia corporativa, enquanto que do final dos anos 70 e até o início dos anos 80, onde se
competição. No período que se iniciou no final dos anos 80 e até o início dos anos 90, fase
em que se enquadrariam Prahalad e Hamel, diz ele, predominou a busca por vantagem
competitiva, enquanto que no final dos anos 90 voltou-se para a inovação estratégica.
recente delas denominada de teoria dos gurus (tradução do autor), composta de: executivos
Ressalte-se que, quando se trata do estudo da estratégia empresarial nenhum autor pode
ser, a rigor, classificado em uma única e específica categoria, escola ou abordagem, apesar
patíveis podem vir a ser utilizadas conjuntamente em uma situação prática (Jones, 1998:
so dinâmico e contínuo de evolução que faz com que, por exemplo, seja possível que um
pressuposto considerado como válido hoje possa vir a se tornar impraticável amanhã (Druc-
ker, 1999b: 4). O mesmo Segal-Horn apresenta uma outra classificação similar às demais
racional e dirigida para a maximização dos lucros, da qual Porter e Ohmae são participantes
mais atuais; Henderson faz parte da escola evolucionária, que enxerga o planejamento raci-
onal como freqüentemente irrelevante diante das constantes turbulências ambientais; Mintz-
berg é o representante mais ilustre da escola processual, que enxerga a estratégia como um
processo que nem sempre reflete o ponto de vista da alta administração mas sim os com-
e Grant fazem parte da recente escola conhecida como baseada nos custos, que emergiu
res devem desenvolver e trabalhar para atingir os seus objetivos estratégicos (Segal-Horn,
22
1998: 10-12).
Assim, tendo em vista a área de estudo deste trabalho, buscou-se percorrer a literatura
clássica em torno do tema, enriquecida dos estudos realizados pelos expoentes que repre-
como os trabalhos de Fahey; Day; Rea & Kerzner; e Aaker, entre outros, complementados
por recentes artigos e pesquisas, como os trabalhos de Stevens; Valenzuela & Villacorta;
Hodgetts; Tracey, Vonderembse & Jeen-Su; Krugman; Armitage, entre outros estudos aca-
O primeiro, trata-se da visão da teoria do marketing acerca do tema, aqui representado por
acadêmicos como Kotler, Schewe e Hiam e consultores como Booz, Allen e Hamilton, entre
tos objeto do presente estudo, nas obras de Robertson, Gatignon, Engel, Blackwell e Mini-
ard entre outros, também complementados por recentes estudos acadêmicos desenvolvidos
em torno do assunto em tela, tais como os trabalhos de Cooper; Jonash; e Chandy & Tellis,
entre outros.
tema inovação e competitividade ganharam muito mais importância nos últimos anos, na
área do marketing, especialmente no que se refere à questão da inovação, muitos têm sido
mais recentes trabalhos na área do marketing têm, cada vez mais, enfatizado a necessidade
de se desenvolver inovações para obter competitividade (Booz-Allen & Hamilton, 2000). Isso
4.2 Desenvolvimento
4.2.1 Competitividade
440), adjetivo que é relativo a, caracterizado por ou baseado no substantivo feminino com-
petição, que tem a sua origem etimológica datada do ano de 1605 no latim competitio, que
por sua vez tem a sua origem etimológica no latim competere, que significa competir (Merri-
ou mais partes atuando de forma independente para assegurar o negócio com uma terceira
parte através da oferta de melhores termos; uma disputa entre rivais (Merrian-Webster On-
Line, 2000).
O substantivo feminino vantagem indica a qualidade do que está adiante ou é superior; su-
perioridade (Ferreira, 1986: 1752), e tem a sua origem etimológica datada do ano de 1523,
do inglês advantage, que deriva do francês avant, que advém do latim abante (Merrian-
vidade é uma qualidade do competitivo, pode-se dizer que uma empresa que possui vanta-
gem competitiva possui superioridade com competitividade. Com base nisso, neste trabalho
utilizar-se-á o termo competitividade como sendo uma qualidade de quem possui vantagem
competitiva.
Enquanto não se observou qualquer citação que sinalizasse com um entendimento contrário
aos pressupostos acima, várias foram as menções encontradas e que vão ao encontro des-
se raciocínio, no qual uma empresa que possui vantagem competitiva possui competitivida-
nomic policy circles in Washington and most European capitals [...] On both
24
continents, senior managers, who started to wrestle with these issues long
before politicians got hold of then, search actively for successful models to
follow, for examples of how best to play the new competitive game. With
few exceptions, the models they have found and the examples they are
1988: 61)
change; they energize their organizations continuously [...] They are pre-
pared to sacrifice the easy life for difficulty and, ultimately, sustained com-
petitive advantage. That must be the goal, for both nations and companies:
1990: 195)
“In the long run, competitiveness derives from an ability to build, at lower
cost and more speedily than competitors, the core competencies that
No âmbito dos negócios, competitividade é um conceito que pode ser enxergado em dois
econômicos em cada país, mas seu conceito ainda não é aceito por todos os estudiosos
(Porter, 1990: 165-169). Os países não se assemelham às empresas, não competem entre
25
si da mesma maneira que as empresas, e não fecham as portas como as empresas. Como
3-22).
165-169). Mesmo quando aplicado às nações, o termo competitividade pode ser definido de
considerada como fonte de vantagem competitiva (Drucker, 1991: 155), para mensurar a
posição competitiva relativa de uma nação (Krugman, 1997). Apesar disso, diz Krugman
(1999: 6), a definição mais em voga para a competitividade das nações é a de Tyson (1992),
que diz que competitividade é a “nossa capacidade de produzir bens e serviços que passem
Quando se trata da competição no nível das empresas, fala-se acerca do que acontece den-
tro das organizações, enquanto que quando se fala da competitividade das nações, o foco
passa a ser na economia como um todo, com as regras econômicas nacionais exercendo a
influência predominante (Porter, 1998: 197). Existe, porém uma terceira dimensão da com-
mentos relacionados e instituições associadas, ou os clusters, que também podem ser defi-
todo são maiores do que as somas de suas partes (Porter, 1998), e cujo escopo geográfico
pode variar desde uma simples cidade ou estado até um país ou mesmo um grupo de paí-
ses vizinhos (Enright, 1993). Nesse contexto, a competitividade advém do aumento da ca-
Apesar da falta de uma definição aceita para o termo competitividade no nível das nações,
26
1990: 165), e mais fácil do que para uma nação (Krugman, 1997). Quanto mais baixos forem
os custos de uma empresa em relação aos seus competidores, ou quanto maior for a quali-
dade dos produtos de uma empresa, para um dado nível de custo de produção, relativamen-
te aos seus concorrentes, mais competitiva será a organização (Krugman, 1997). O ponto
principal no caso de uma empresa, diz Krugman, é a diferença entre as vendas e os custos,
ou seja: o lucro (Krugman, 1997). Quando se diz que uma empresa não é competitiva, o que
se quer dizer é que a sua posição no mercado é insustentável, e que se ela não melhorar o
Competitividade no âmbito dos negócios empresariais é o que faz uma empresa mais lucra-
tiva do que outra (Hamel & Prahalad, 1993: 35), e competitividade global é um objetivo es-
líderes mundiais no setor em que atuam, sob pena de deixarem de existir (Drucker, 1999b:
58-63). Para que isso não aconteça, as empresas necessitam adquirir competitividade atra-
Vantagem competitiva é uma medida relativa, que indica a posição de uma empresa em re-
lação aos seus concorrentes. Dessa forma, mesmo uma empresa que possui um produto de
baixa qualidade, mas que é reconhecido como a melhor oferta disponível pelos clientes,
sível existir uma empresa que oferta um produto de alta qualidade mas que posiciona-se em
A Tabela 01 abaixo apresenta um resumo das abordagens apresentadas pelos autores pes-
quisados neste trabalho acerca do conceito de competitividade, de onde se extrai que, nos
negócios empresariais, o termo competitividade é uma medida relativa, que deriva da posse
tras, na arena de competição, de tal forma que uma empresa é considerada como possuin-
rentes, qualquer que seja a medida utilizada para a avaliação. Competitividade, seguindo
essa linha de raciocínio é, então, a qualidade que uma empresa possui e que a distingue
Contexto
Conceito de Competiti-
Autor Mintzb Whit- Jones Grant Segal- Outros vidade
erg tington Horn
Merrian-Webster Dicio- Qualidade de quem
nário possui vantagem com-
petitiva
Ferreira Dicio- Qualidade de quem
nário possui vantagem com-
petitiva
Hamel & Praha- Escola Abor- Racio- Vanta- Base É o que faz uma em-
lad do dagem nal gem nos presa mais lucrativa do
Apren- Pro- Com- Custos que outra
dizado cessual petitiva
Rea & Kerzner Inova- Medida relativa que in-
ção dica a posição competi-
Estra- tiva de uma empresa
tégica em relação à concor-
rência
Krugman Inova- Diferença entre as ven-
ção das e os custos
Estra-
tégica
Fonte: o autor deste trabalho
Quando a demanda pelos produtos da empresa é crescente e não se percebe qualquer tipo
de turbulência importante, a posição competitiva dessa empresa pode ser determinada pela
mais turbulento, a participação relativa no mercado precisa considerar outras variáveis como
uma empresa pode requerer investimentos em recursos nas linhas atuais mas para preve-
nir-se contra eventuais turbulências ambientais, é necessário investir em modelos que ga-
fundamentos do objetivo mais perseguido pelas organizações: altos lucros (Quinn, 1985:
332).
A posição competitiva de uma empresa em relação aos seus concorrentes nesses casos,
então, pode ser definida como sendo função do seu retorno sobre o investimento (ROI), em
comparação com o ROI considerado ótimo para o setor, representado pelo concorrente de
maior êxito (Ansoff, 1993). Essa relação é determinada através da multiplicação dos coefici-
lação entre o nível de investimento da empresa e o ótimo do setor; a taxa de relação entre o
nível de estratégia da empresa e o nível ótimo do setor; e a taxa de relação entre o nível de
potencialidade da empresa e o nível ótimo do setor, segundo a qual, é necessário que o ROI
Existem variadas formas financeiras e não financeiras (Aaker, 1998: 25) de medir o desem-
penho de uma empresa, dependendo do contexto do segmento em que atua (Fahey, 1999:
12). Essas medidas de desempenho são índices críticos que ajudam a organização a moni-
torar os seus passos em direção à atingir os seus objetivos (Rea & Kerzner, 1997: 8), bem
como revelam quem está vencendo e quem está perdendo no jogo competitivo dos negócios
são a fatia de mercado e a lucratividade, que estão intimamente relacionados entre si, a
despeito das divergências existentes acerca da origem dessa correlação (Day, 1997a: 60).
29
Entretanto, a maioria dos indicadores utilizados pelas empresas apenas conseguem captar
o desempenho atual da organização, como o resultado das suas ações passadas (Fahey,
do mercado e de uma linha de produtos atuais (Aaker, 1998: 25), mas são incapazes de an-
tecipar desempenhos que derivam da criação de um novo jogo estratégico, através do de-
clientes e da implantação de uma nova maneira de fazer negócios (Fahey, 1999: 21).
duced, market share gained, and financial returns achieved […] indicators
such as these only reveal who is winning and losing to date: they capture
of results must go beyond who has won or lost it: it must access which
row – and how they are planning to do so – before the results or outcomes
Para ele, muito mais importante do que medir o nível de competitividade atual da organiza-
ção, é trabalhar com indicadores que identifiquem o nível de competitividade futura da em-
presa, ou seja, verificar quais são os parâmetros tecnológicos, financeiros e de mercado que
antecipam o sucesso futuro, que derivam de um novo jogo estratégico e que geram novos
produtos, novas necessidades para os clientes e novas maneiras de fazer negócios (Fahey,
1999: 21).
das. Entretanto, para alguns, a fatia de mercado produz lucratividade, enquanto para outros,
o contrário ocorre. O mais provável é que ambos os mecanismos ocorram ao mesmo tempo,
30
apesar do fato de que a importância relativa de um ou de outro pode variar de acordo com o
Medidas não econômicas de desempenho como satisfação e lealdade dos clientes têm sido
cada vez mais utilizadas pelas empresas, tendo em vista o fato de que elas têm a proprie-
dade de expressar o posicionamento dos clientes em relação aos produtos ofertados e, des-
sa forma, também podem ser vistas como indicadores de mudanças no mercado e na lucra-
tividade das empresas, a despeito do fato de que a satisfação ou a lealdade dos clientes é
difícil de ser medida e de que simplesmente manter os clientes ativos não necessariamente
Mesmo assim, os indicadores não econômicos de performance muitas das vezes oferecem
melhores medidas da saúde da empresa no longo prazo (Aaker, 1998: 25), estando estrei-
tamente relacionadas com a lucratividade das organizações no longo prazo (Aaker, 1998:
115-122).
mente quais as áreas nas quais a empresa possui desempenho distintivo, o que não acon-
tece quando as organizações focam em retornos sobre as vendas de uma forma global (Ho-
dgetts, 1999). As empresas, ao utilizar medidas como receitas e unidades, conduzem a sua
lucratividade além das linhas de produtos e contas de clientes, promovendo distorções que
podem fazer com que algumas empresas possam ser lucrativas em uma pequena parte de
parte, não lucrativa quando considerados os negócios como um todo (Hodgetts, 1999). A
definição deve ser operacional e precisa ser obrigatoriamente mensurável, particular para
Uma empresa existe para obter resultados e desempenhos econômicos, e muitas opções de
negócios advém de propostas que projetam altos retornos sobre o capital ou esforço des-
pendido mas agregam pouco valor ao negócio da empresa como um todo, que é o que re-
31
almente importa (Drucker, 1964). Essa é a maneira de pensar das empresas ocidentais que
visam a ganhar mais dinheiro, enquanto que o instinto japonês conduz as suas empresas
para a obtenção de mercado a qualquer custo, o que é errado, pois competir simplesmente
para ter a posse de uma fatia do mercado não é um alvo atrativo (Ohmae, 1988: 65), pois o
competidor que realmente possui vantagem competitiva sobre os seus concorrentes não de-
tém apenas uma fatia do mercado em que atua, mas é capaz de oferecer um benefício extra
aos proprietários da organização, através de crescentes ou maiores retiradas, uma vez que
possui uma margem suficientemente larga entre os seus preços de venda e de custo (Hen-
Por outro lado, mesmo considerando que os lucros da empresa advém da posse de uma
sólida fatia de mercado, os administradores não podem depender apenas desse recurso pa-
medidas não financeiras (Drucker, 1999b: 58-63). Historicamente, as empresas têm se utili-
os objetivos traçados (Mintzberg, 1984: 203). No curto prazo, a competitividade de uma or-
ganização advinha das características de desempenho e preço dos seus produtos (Prahalad
& Hamel, 1990: 281). Hoje, entretanto, cresceu a importância das questões sociais (Mintz-
As empresas que desejarem ser competitivas no futuro precisam investir nas suas capaci-
dades gerenciais (Prahalad & Hamel, 1990: 281), na organização, seus funcionários e como
trabalham, os quais são fatores determinantes do seu êxito competitivo (Pfeffer, 1994: 1-28).
É impossível obter vantagem competitiva duradoura fazendo aquilo que qualquer outra pes-
mesmo que de uma forma limitada. O problema é que os objetivos sociais não são facilmen-
A empresa é uma instituição social sujeita a interesses inclusive antagônicos dos mais di-
ta em um crescente aumento da complexidade (Grant, 1998: 33). Para evitar essa comple-
xidade, as empresas têm utilizado o lucro, a mais importante medida do desempenho com-
petitivo das organizações (Stevens, 1999), como o único e exclusivo objetivo, inclusive pelo
O que se quer dizer com isso é que apesar de as organizações atenderem aos anseios dos
dos se os clientes tiverem sido bem atendidos de forma a produzir lucro para os proprietá-
Todavia, não obstante todas as empresas buscarem maximizar os seus retornos sobre os
investimentos com o objetivo de pagar maiores dividendos aos acionistas, para se tornarem
empresas competitivas, elas devem pagar uma porção menor de seus lucros como dividen-
dos aos acionistas, e investir mais em pessoas, produtos e em suas plantas (Armitage,
competitividade das empresas, tendo em vista que uma empresa lucrativa tem maiores faci-
lidades de acesso a capital para investimentos do que aquelas empresas que tiverem expe-
rimentado prejuízos ou redução dos seus níveis de lucratividade (Aaker, 1998: 65).
distribuição entre os acionistas, e pode ser calculado de diversas maneiras, sejam elas con-
tábeis ou financeiras (Grant, 1998: 34-36). É a recompensa que as organizações obtém pela
vantagem competitiva do passado, uma vez que ela depende de ações efetuadas anterior-
33
mente, não sendo considerada conclusiva como medida das vantagens competitivas atuais,
nhia opte, por exemplo, por sacrificar investimentos na busca de aumentar o seu nível de
lucratividade presente ou, de maneira inversa, pode indicar problemas quando na verdade a
empresa está apenas trocando lucros por fatia de mercado, em uma estratégia de penetra-
O retorno sobre o ativo, que é a mais comum medida de lucratividade, precisa ser compara-
do com o custo de capital da organização para que se possa saber se a empresa está adici-
onando valor aos seus acionistas, e possui limitações decorrentes da sua metodologia de
ções tais como a não observação de ativos intangíveis como as marcas (Aaker, 1998: 25).
que determinam a concorrência no setor (Porter, 1989: 1-27). A estratégia deve definir pre-
cisamente o que fará com que a empresa obtenha desempenho superior ao da concorrên-
resultados mesmo com poucos recursos, o que é considerado essencial para a obtenção de
ganhos ou lucros superiores aos dos seus competidores, para a maximização do retorno
sobre os recursos internos e para a proteção das vantagens estratégicas de fatia de merca-
Algumas empresas são mais rentáveis do que outras, independente do nível de rentabilida-
presa está abaixo ou acima da média do setor, de tal forma que a empresa com bom nível
de competitividade é aquela que consegue obter altas taxas de retorno mesmo que a renta-
Contexto
Medida de Competitivi-
Autor Mintzb Whit- Jones Grant Segal- Outros dade
erg tington Horn
Ansoff Escola Abor- Extre- Plane- Escola Retorno sobre o inves-
do Pla- dagem ma- jamen- Clássi- timento
neja- Clássi- mente to Cor- ca
mento ca Racio- porati-
nal vo
Drucker Guru Produtividade
Aca-
dêmico
Porter Escola Abor- Extre- Análise Escola Guru Rentabilidade, lucrativi-
do Po- dagem ma- da In- Clássi- Aca- dade
sicio- Clássi- mente dústria ca dêmico
namen- ca Racio- e da
to nal Com-
petição
Portanto, com relação à medida do nível de competitividade das organizações, diversas são
as sugestões encontradas na literatura. Existem aqueles autores que, como Drucker (1999b:
das organizações. Outros, como Fahey (1999: 3-24), entendem ser possível utilizar a fatia
de mercado com esse fim. Alguns textos citam ainda indicadores como a qualidade (Armita-
ge, 1999); o ganho por ação (Stevens, 1999); o EVA – Economic Value Added (Grant, 1998:
29-50); medidas sociais (Mintzberg, 1984); o retorno sobre o investimento (Ansoff, 1993);
fato de serem mais facilmente quantificáveis (Mintzberg, 1984). Das medidas econômicas, a
mais citada entre os autores pesquisados é a medida do lucro das organizações, sugerida
por Porter (1989: 1-27), Quinn (1985: 332), Pfeffer (1998), Hamel e Prahalad (1993), Ohmae
(1988), Grant (1998: 29-50), Henderson (1989), Schewe e Hiam (1998: 25-26), Day (1997a:
61), Rea e Kerzner (1997: 23), Aaker (1998: 115-122), Valenzuela e Villacorta (1999) e
Krugman (1997), o que vai ao encontro do que indica a pesquisa de Stevens (1999), na qual
tivos passados e futuros da organização. A análise da bibliografia estudada indica que toda
vez que palavras como sustentação da vantagem competitiva e futuro são mencionadas, as
reira da objetividade para avaliarem informações menos tangíveis tais como: a forma atra-
vés da qual as organizações gerenciam seus funcionários (Pfeffer, 1994: 1-28); a habilidade
dos gerentes de produzir competências adequadamente (Hamel & Prahalad, 1990); o de-
novos produtos que melhor atendam aos novos desejos e necessidades dos clientes, ou a
implantação de novas maneiras de sucesso de fazer negócios (Fahey, 1999: 3-24); a satis-
fação e lealdade dos clientes (Day, 1997a: 48-75; Aaker, 1998: 25; Armitage, 1999); a quali-
1998: 25).
as suas origens ou fontes, cujas abordagens também variam de acordo com o contexto da
de recursos naturais ou ainda como função das regras de proteção de mercado institucio-
nais (Porter, 1990: 165-169). Competitividade, entretanto, não é obtida apenas através de
165-169). Uma nova teoria sobre esse assunto deve reconhecer que hoje em dia as empre-
sas não competem globalmente apenas por vendas mas também por investimentos estran-
rar a produtividade de uma nação e, como conseqüência, o padrão de vida dos seus cida-
Hooley & Saunders (1996: 113-137) citam como fontes de recursos para superar a concor-
Entretanto, poucas vantagens duram para sempre, mas algumas bases de vantagens são
mais protegidas do que outras (Hooley & Saunders, 1996: 290). Fontes tradicionais de êxito
portante e o fator que hoje efetivamente diferencia é a organização, seus funcionários e co-
Para que as organizações obtenham maiores retornos do que os seus concorrentes no lon-
forma a reunir um grupo de práticas gerenciais de difícil imitação, que são efetivamente uma
obtidos no longo prazo (Pfeffer, 1998). Mostra disso são os resultados obtidos em pesquisa
recente, na qual se indica que as empresas que investem em tecnologia avançada de manu-
fatura, e que desenvolvem mecanismos para que os gerentes de manufatura participem nos
competitivas melhores do que aquelas empresas que não o fazem. Suas análises concluem
que a relação entre as práticas das empresas nessas duas áreas e as suas capacidades
De certa forma também ligada às práticas gerenciais citadas por Pfeffer acima, a inclusão de
pode representar também uma importante fonte de vantagem competitiva, obtida através da
percepção, efetuada pelos clientes, de uma melhor qualidade dos produtos, e imagem da
Outras formas de se obter competitividade também podem ser observadas nas empresas
capital intensivo com vantagens de custo obtidas através de economias de escala e escopo;
nejar e alocar recursos para as atividades futuras, rapidamente dominam os seus segmen-
39
tos e continuam dessa maneira por décadas. O entrante inicial (tradução do autor) possui
concorrentes, tendo em vista que estes precisarão construir plantas de tamanho comparável
ao do entrante inicial, criar sistemas de distribuição e vendas para obter uma fatia do mer-
cado onde o entrante inicial já está estabelecido, e recrutar equipes de gerentes para com-
petir com aqueles que já estão treinados com as tarefas de produção, distribuição e pesqui-
perderá mercados e lucros para aquelas, de outras nações ou mesmo de outros segmentos,
O que se extrai dessas afirmações é que o porte da organização também pode ser um fator
de obtenção de vantagem competitiva. Ghemawat (1998: 31) afirma que os mercados são
finitos e, portanto, uma vez que uma empresa torna-se suficientemente grande para atender
receio de exceder a oferta de produtos, o que concede à organização uma vantagem pelo
seu porte.
Além do porte, Ghemawat (1998: 29-41) ainda cita outras fontes de vantagem competitiva,
muitas delas comungadas pelos demais autores pesquisados, tais como as economias de
de um estudo realizado com gerentes de 248 empresas de serviços, de alta tecnologia e ou-
tras áreas, acerca do nome que ele dariam para as suas respectivas vantagens competitivas
Segmento
Alta
Vantagens Competitivas Sustentáveis Total
tecnolo- Serviços Outras
gia
1 Reputação de qualidade 26 50 29 105
2 Suporte do produto / serviço ao cliente 23 40 15 78
3 Nome de destaque na praça 8 42 21 71
4 Boa equipe de gerenciamento e engenharia 17 43 5 65
5 Produção de baixo custo 17 15 21 53
6 Recursos financeiros 11 26 14 51
7 Orientação p/o cliente / feedback / pesquisa MKT 13 26 9 48
8 Extensão da linha de produtos 11 23 13 47
9 Superioridade técnica 30 7 9 46
10 Base instalada de clientes satisfeitos 19 22 4 45
11 Segmentação / foco 7 22 16 45
12 Característica dos produtos / diferenciação 12 15 10 37
13 Contínua inovação de produtos 12 17 6 35
14 Fatia de mercado 12 14 9 35
15 Tamanho e localização da distribuição 10 11 13 34
16 Oferta de alto custo-benefício 6 20 6 32
17 Conhecimento do negócio 2 25 4 31
18 Vanguarda / pioneirismo no segmento 11 11 6 28
19 Produção e oper. eficientes, flexíveis e adaptáveis 4 17 4 25
20 Efetiva força de vendas 10 9 4 23
21 Habilidades gerais de marketing 7 9 7 23
22 Compartilhamento da cultura e da visão 5 13 4 22
23 Objetivos estratégicos 6 7 9 22
24 Poder da bem conhecida controladora 7 7 6 20
25 Localização - 10 10 20
26 Imagem e propaganda eficientes 5 6 6 17
27 Capacidade empreendedora 3 3 5 11
28 Boa coordenação 3 2 5 10
41
O acima referido estudo de Aaker mostrou ainda, como se pode ver, que, na média, as em-
presas pesquisadas possuíam não apenas uma mas cerca de quatro fontes distintas de
competitividade ao mesmo tempo, resultado que foi balizado por uma segunda entrevista,
realizada de forma independente, com novos gerentes das mesmas empresas, dos quais
cerca de 80% ofereceram as mesmas respostas dos primeiros. Algumas vezes, diz Aaker
(1998: 146), um negócio é descrito em termos de uma única competência mas o fato é que
esse estudo indica que isso não é suficiente para basear uma estratégia: “... pode ser ne-
A Tabela 04 a seguir consolida as diversas abordagens tratadas neste capítulo para o con-
junto de afirmações encontradas com relação aos fatores que produzem vantagem competi-
atuam.
Contexto
Fonte de Competitivi-
Autor Mintzb Whit- Jones Grant Segal- Outros dade
erg tington Horn
Booz-Allen & Market- Inovação
Hamilton ing
Chandler Escola Escola Economias de escala e
da Clássi- escopo em indústrias
Confi- ca tecnologicamente
gura- avançadas e de capital
ção intensivo
42
Conforme visto, a competitividade é uma medida relativa, que deriva da posse de vantagem
dos clientes (Armitage, 1999). Assim, o objetivo da estratégia competitiva é criar valor para
os clientes (Ohmae, 1988: 66), pois eles são os principais componentes dos grupos de inte-
resse das organizações (Rea & Kerzner, 1997: 23). Esse é o motivo pelo qual, em termos
competitivos, valor é o montante que os clientes estão dispostos a pagar por aquilo que uma
Contexto
Relação da competitivi-
Autor Mintzb Whit- Jones Grant Segal- Outros dade com o cliente
erg tington Horn
Hooley & Saun- Marke- Os clientes são os úni-
ders ting cos árbitros do grau de
perfeição do atendi-
mento proporcionado
pela organização
Porter Escola Abor- Extre- Análise Escola Guru Em termos competiti-
do Po- dagem ma- da In- Clássi- Aca- vos, valor é o montante
sicio- Clássi- mente dústria ca dêmico que os clientes estão
namen- ca Racio- e da dispostos a pagar por
to nal Com- aquilo que uma empre-
petição sa lhes fornece
texto competitivo através dos olhos dos clientes (Green & Krieger, 1997: 367). Não importa o
quão bem concebida e executada é a estratégia de uma organização: a não ser que os cli-
entes desejem fazer negócio com a firma ao invés de fazê-lo com os seus competidores,
qualquer sucesso que a empresa atinja terá vida curta (Fahey, 1994: 42). Os clientes são,
zação. A qualidade dos bens e serviços oferecidos no mercado são julgados pelos clientes
com base no grau da qualidade de atendimento das suas necessidades e desejos (Hooley &
Saunders, 1996: 25), e com base no que eles percebem que cada firma oferece, em compa-
ração com o que as concorrentes oferecem (Day, 1997b: 3). Assim, possuindo várias op-
45
ções de escolha, o cliente adquirirá os produtos daquela organização que o atender pronta-
4.2.2 Inovação
O substantivo feminino inovação tem a sua origem etimológica no século XV, e significa a
introdução de algo novo; uma nova idéia, método ou produto (Merrian-Webster On-Line,
2000).
Existem muitas definições do que seja uma inovação mas a mais comumente aceita, embo-
que uma inovação é qualquer idéia ou produto que é percebido pelo consumidor potencial
zados e possam satisfazer aos desejos e necessidades chave dos clientes melhor do que os
Uma inovação é um produto ou serviço que é percebido pelos consumidores como tendo
efeitos além daqueles modelos de consumo então estabelecidos (Robertson & Gatignon,
1991), ou ainda uma idéia que é percebida por alguém como sendo uma novidade. A idéia
pode ser antiga mas é uma inovação para a pessoa que a enxerga como nova (Kotler 1997:
46
335).
A inovação pode ser ainda definida como sendo um processo que gera algo novo, seja ele
A inovação não tem tido o seu constructo ou sequer a sua definição operacional consisten-
temente definidos nas pesquisas da área (Robertson & Gatignon, 1991). Muitas pesquisas
por exemplo os produtos recentemente introduzidos e que tenham atingido menos do que
no sentido da introdução de algo novo, uma nova idéia, materializada na forma de um novo
produto.
Para Ohmae, é muito importante oferecer aos consumidores algo diferente do tradicional.
Operando dessa maneira, a empresa muda as regras do jogo a seu favor e faz com que os
diz ele, não trata de derrotar a concorrência mas sim trabalhar duro para entender as neces-
sidades específicas dos consumidores e então repensar os seus produtos, de tal forma que
produto concorrente, mas sim o produto que melhor atenda as necessidades dos clientes
(Ohmae, 1988).
A Tabela 06 abaixo apresenta um resumo das abordagens apresentadas pelos autores pes-
quisados neste trabalho acerca do conceito de inovação, de onde se conclui que, nos negó-
cios empresariais, inovar significa iniciar a comercialização de algo que, na visão dos clien-
tes, seja novo, tal como uma nova idéia, método ou produto, obtido através do rompimento
47
de novo conhecimento.
Contexto
Autor Mintzb Whit- Jones Grant Segal- Outros Conceito de Inovação
erg tington Horn
Merrian-Webster Dicio- Introdução de algo no-
nário vo; uma nova idéia, mé-
todo ou produto
Ansoff Escola Abor- Extre- Plane- Escola Decorrência do proces-
do Pla- dagem ma- jamen- Clássi- so de evolução tecno-
neja- Clássi- mente to Cor- ca lógica
mento ca Racio- porati-
nal vo
Drucker Guru Aplicação do conheci-
Aca- mento para produção
dêmico de novo conhecimento
Porter Escola Abor- Extre- Análise Escola Guru Decorrência do proces-
do Po- dagem ma- da In- Clássi- Aca- so de evolução tecno-
sicio- Clássi- mente dústria ca dêmico lógica
namen- ca Racio- e da
to nal Com-
petição
Mintzberg Escola Abor- Racio- Análise Escola Guru Romper com os mode-
da dagem nal da In- Pro- Aca- los pré-estabelecidos
Confi- Pro- dústria cessual dêmico
gura- cessual e da
ção Com-
petição
Da mesma forma que se fez com a variável competitividade, após apresentar as várias
da organização são diretas, as medidas do grau de inovação de uma empresa são mais dif í-
ceis de se operacionalizar, motivo pelo qual utilizam-se medidas indiretas tais como: o per-
centual de vendas obtidos dos produtos introduzidos nos últimos cinco anos; o percentual
dos gastos com pesquisa e desenvolvimento em relação aos gastos totais da organização; e
o percentual dos gastos com treinamento em relação aos gastos totais da organização (Rea
Drucker (1999a: 109) escreveu que todas as organizações precisam inovar e desenvolver
uma maneira de registrar e avaliar a sua produção inovadora, o que é feito através da com-
49
paração do seu desempenho inovador com o desempenho inovador das demais empresas
empresa com o que seria considerado normal para a posição da empresa no mercado; a
seus respectivos motivos; identificação das razões que levaram a empresa a não enxergar
produto comercial.
objetivos que deverão ser alcançados pela organização, através desses esforços, em rela-
ção às suas estratégias mais amplas, tais como o percentual dos lucros obtidos pela empre-
Ao analisar os retornos sobre as inovações, Grant sugere que se deve saber: qual a exten-
são da vantagem competitiva produzida através da relevância dos fatores chave de sucesso
inovação e/ou o poder de barganha necessário para assegurar para si a maior parte da pro-
50
dução de valor, benefícios e lucros produzidos pela inovação (Grant, 1998: 265-294).
A ANPEI – Associação Nacional de P, D&E das Empresas Inovadoras, entidade sem fins
cadores que podem ser reunidos em três grupos: os indicadores de nível de atividade ino-
sas com engenharia não rotineira, as despesas com P&D&E, os investimentos em ativos
Dos indicadores da configuração organizacional orientada para a inovação citados pela AN-
PEI, fazem parte o pessoal em P&D, o pessoal em engenharia não rotineira, o pessoal em
patentes obtidas no País e/ou no exterior, as receitas advindas da venda de tecnologia para
teórico pesquisado.
Contexto
Autor Medida Inovação
Grant Outros
Drucker Guru Aca- Percentual de inovações bem-sucedidas
dêmico em relação ao total de inovações bem-
sucedidas do Setor
Inovar, então, como se viu, significa iniciar a comercialização de algo que, na visão dos cli-
entes, seja percebido como uma nova idéia, método ou produto. Entretanto, dada a subjeti-
vidade da definição, faz-se mister exemplificar as inovações dentro das várias classificações
Para (Ansoff, 1967: 206), a partir dos anos 50 a tecnologia passou a ter uma importância
maior em relação ao futuro estratégico das organizações, muitas das vezes transformando-
se no que ele denomina de força motriz, capaz de determinar os próximos passos a serem
dados pela empresa. Segundo ele, existem três níveis de turbulência tecnológica possíveis.
A tecnologia estável refere-se a produtos competidores similares, de vida longa, cuja con-
do que propriamente a avanços tecnológicos, tais como os automóveis “rabo de peixe” dos
anos 40 a 60. A tecnologia fértil refere-se a produtos de vida mais curta, concorrendo com
cendo uma grande pressão, entre os competidores, pela inovação, como no caso do setor
talmente diferente da antiga, promovendo a substituição dos produtos anteriores por outro
totalmente novo, como no caso das válvulas eletrônicas em relação aos transistores, dos
O ambiente empresarial, diz Ansoff (1993: 56), pode ser classificado em cinco níveis de tur-
52
tal repetitiva, é mais comum em organizações sem fins lucrativos que normalmente prescin-
dem de alterar os seus produtos e serviços, gerando uma agressividade estratégica estável,
agressividade estratégica reativa, com base na experiência, através da redução dos custos
e da cobrança de menores preços junto aos seus clientes. O nível 3 representa a turbulência
A tecnologia, então, evolui de forma diferente em cada segmento, sendo ela tanto uma res-
posta a incentivos criados pela estrutura do setor como também modeladora dessa estrutu-
ra, de tal forma que a evolução tecnológica resulta do fato de: que à medida que a escala da
cer; que com a aprendizagem alcançada ao longo do tempo acerca do produto, resultam
alterações na tecnologia adotada; que à medida que o tempo passa, as empresas reduzem
o nível de incertezas acerca dos desejos dos clientes, tendendo à padronização e à imita-
ção; que a tecnologia é difundida através de diversos mecanismos; e que depois de atingir
O grau de inovação de uma nova tecnologia obtida através do trabalho de pesquisa e de-
por pesquisa pura ou ciência, até algumas formas de desenvolvimento nas quais os conhe-
A evolução tecnológica, segundo Porter (1989, 182), poderia ser classificada em contínua e
produto cada vez mais padronizado, são ditas evoluções tecnológicas contínuas, enquanto
De forma parecida, uma divisão que tem sido extensivamente utilizada no marketing é a que
723-765), onde Robertson & Gatignon (1991) classificam as inovações como contínua, di-
plos incluem a adição de flúor ao creme dental, a introdução de novos modelos de automó-
de um produto antes existente mas geralmente não altera uma norma de conduta do cliente
Em outra forma de classificar as inovações, Booz, Allen, & Hamilton (1982) identificaram
seis categorias de novos produtos em termos da sua inovação para a companhia e para o
mercado: produtos novos para o mundo são os produtos que criam um mercado inteiramen-
te novo; novas linhas de produtos são novos produtos que permitem à empresa entrar em
um mercado já estabelecido pela primeira vez; incrementos para linhas de produtos existen-
tes são produtos novos que complementam linhas de produtos estabelecidos da organiza-
ção, tais como tamanho da embalagem, sabores, etc.; melhorias e revisões de produtos
existentes são produtos novos que proporcionam melhor desempenho ou maior valor perce-
bido, e substituem produtos existentes; reposicionamentos são produtos existentes que são
Na mesma linha, Schewe & Hiam classificam os novos produtos como modificações, inova-
ções menores e inovações maiores, sendo que uma inovação maior refere-se a um produto
o qual nunca antes havia sido comercializado por qualquer outra organização, tal como os
Searle. Para Schewe & Hiam, serviços também são produtos (Schewe & Hiam, 1998: 245-
254).
Para Rothberg (1981), os novos produtos podem ser classificados segundo os seus objeti-
reforçado, cujo objetivo é aumentar as vendas para os atuais clientes da companhia; b) novo
encontrar novas classes de clientes que possam utilizar os produtos atuais da organização;
lhorada e de um mercado reforçado, cujo objetivo é ampliar o uso dos produtos atuais da
objetivo é acrescentar novas classes de clientes através da modificação dos produtos atuais
danças, cujo objetivo é encontrar novos e melhores ingredientes ou fórmulas para os produ-
tos atuais da organização, em tecnologia não empregada por ela; g) extensão de linha de
dir a atual linha de produtos, ofertada aos clientes da organização, através de nova tecnolo-
mentos técnicos.
Tendo em vista o fato de que a habilidade dos gerentes em consolidar tecnologias corporati-
gicas de negócios irão somente tirar proveito daquelas oportunidades geradas por inova-
ções que estiverem adjacentes, tais como extensões marginais de linhas de produtos ou ex-
Conclui-se, portanto, que uma idéia, método ou produto pode se apresentar em diversos ní-
veis de inovação, desde o menos radical, que pode ser uma modificação de um produto an-
tes existente, e aquele que promove modificações radicais na cadeia de valores observada
Contexto
Autor Mintzb Whit- Jones Grant Segal- Outros Níveis de inovação
erg tington Horn
Ansoff Escola Abor- Extre- Plane- Escola Repetitiva; ampliação;
do Pla- dagem ma- jamen- Clássi- mudança; descontínua;
neja- Clássi- mente to Cor- ca e surpreendente
mento ca racio- porati-
nal vo
Porter Escola Abor- Extre- Análise Escola Guru Contínua e descontínua
do Po- dagem ma- da In- Clássi- Aca-
sicio- Clássi- mente dústria ca dêmico
namen- ca racio- e da
to nal Com-
petição
Tendo visto em que consiste, como se apresenta e como se mede o nível da inovação de
Muitos novos produtos fracassam enquanto que apenas alguns deles se traduzem em proje-
tos bem-sucedidos. Aproximadamente cinco mil novos produtos são colocados nas pratelei-
ras dos supermercados a cada ano mas cerca de oitenta por cento deles acaba rejeitado
(Engel et al, 1993: 721). A taxa de rejeição de um produto varia de acordo com o segmento
lançadas, apenas uma se configura em um novo produto de sucesso (Booz, Allen & Hamil-
ton, 1984).
ção é mais dispendioso do que o anterior (Booz, Allen & Hamilton, 1984). Assim, as organi-
zações precisam otimizar as suas ações nas análises que determinam quais idéias são per-
tinentes e merecem um estudo mais detalhado; assim como nas análises financeiras, de ris-
co e de acesso aos mercados, para eliminar aquelas idéias de limitado potencial antes que
(ibid.).
Quanto maior o grau de inovação da tecnologia do produto, maiores são as incertezas asso-
tecem de forma probabilística, de tal forma que nenhuma empresa consegue saber se um
determinado resultado técnico poderá ser atingido e se o produto em referência será bem
Além do mais, existe uma tendência à comoditização dos produtos, onde a competição se
dá com base nos preços praticados pelo mercado, tendo em vista que nunca foi tão fácil co-
dem relativo diferencial, e o ciclo de vida dos produtos está diminuindo cada vez mais. A In-
ternet tem aumentado a competição global pela rápida e crescente aproximação dos clientes
às várias opções do mercado. Nesse contexto, as empresas que não atualizarem os seus
mos dos seus potenciais de lucro, apesar de exigirem altos níveis de investimentos e possu-
írem grande grau de risco associado (Grant, 1998: 265-294). Apesar disso, estudos empíri-
cos indicam que tanto a intensidade com que as empresas investem em pesquisa e desen-
volvimento quanto a taxa de introdução de novos produtos no mercado, efetuados pelas or-
(Buzzel & Gale, 1987). A conclusão que se tira, diz Grant, é que os retornos sobre as inova-
segmentos. Muitas das vezes, continua, o inovador é suficientemente hábil para concentrar
a maior parte da produção de valor, benefícios e lucros para si, enquanto que outras vezes,
grande parte do valor, dos benefícios e dos lucros acabam divididos com os clientes, forne-
cedores e imitadores. O ponto central dessa discussão, segundo Grant (1998: 265-294), é a
Em estudo realizado recentemente com 160 empresas, Cooper (2000) encontrou que atu-
tégias de novos produtos para serem bem-sucedidas. Segundo Cooper, “Arriscar a inovação
de um produto sem uma estratégia é a mesma coisa que ir à guerra sem uma estratégia mi-
59
litar. Sem um rumo a seguir, o resultado será sempre insatisfatório” (tradução do autor). Isso
acontece, na sua opinião, pelo fato de que a empresa acaba alocando recursos em iniciati-
vas sem importância estratégica ou perde o foco em mercados e produtos sem relação com
Considerando o aumento da competição interna e externa, aquelas empresas que forem in-
capazes de desenvolver novos produtos estarão se colocando em grandes riscos, uma vez
que os produtos atuais são vulneráveis às mudanças nos desejos e necessidades dos con-
sumidores, às novas tecnologias e aos ciclos de vida dos produtos cada vez menores. En-
organização, pois é alto o percentual de novos produtos que não redundam em sucesso,
com os recursos investidos muitas das vezes não promovendo qualquer retorno à organiza-
ção (Kotler, 1997: 308). A liderança competitiva no longo prazo requer das empresas que
produzam inovações radicais de forma contínua, sob pena de serem sobrepujadas pela
O desenvolvimento de novos produtos exige das empresas construir uma estrutura eficaz no
a possibilidade de uma boa idéia não dar certo, da mesma maneira que deve evitar que uma
má idéia possa vir a ser desenvolvida (Kotler 1997: 307-342). Os altos custos inerentes à
de curto prazo, e de que os custos para a obtenção de fundos são elevados (Schewe & Hi-
am, 1998: 255). Entretanto, o desenvolvimento de novos produtos tem o potencial de reno-
var a imagem desgastada de uma empresa, uma vez que os produtos antigos perdem o bri-
lho e são excluídos do mercado; de reduzir o risco geral da organização; e de abrir novos
60
muitas das vezes transformando radicalmente a natureza da oferta efetuada para os clientes
e causando profundas mudanças no segmento, da mesma forma que quando ocorrem mu-
danças nos desejos e necessidades dos consumidores, quando nova tecnologia é desen-
vel repensar os seus credos e pressupostos tendo em vista a inaplicabilidade no novo con-
texto, desenvolver novos processos operacionais e novas maneiras de executar as suas ta-
refas, alterando sua estrutura, sistemas e o seu processo decisório; e c) as empresas deve-
inovar porque da inovação depende o futuro de sua organização (Fahey, 1994: 3-4). Entre-
tanto, tanto existem riscos pela não inovação como pela inovação, já que inovar também é
sinônimo de investimentos de recursos cujos retornos não são garantidos (Kotler, 1997:
308).
Contexto
Autor Mintzb Whit- Jones Grant Segal- Outros Inovação e risco
erg tington Horn
Quinn Escola Racio- Análise Escola A probabilidade de erro
do nal da In- Pro- aumenta exponencial-
Apren- dústria cessual mente com a complexi-
dizado e da dade, assim como os
Com- custos e os riscos ine-
petição rentes
61
Como se mostrou acima, o desenvolvimento de novos produtos exige das empresas cons-
307-342). Como se verá a seguir, o porte da organização pode vir a ser um fator de desta-
te. Em empresas grandes, por outro lado, o inovador pode estar distante vários níveis hie-
rárquicos do líder de quem se espera decidir acerca da estratégia, e pode ainda necessitar
vender a sua idéia para vários outros funcionários que executam a mesma função. Recen-
temente Mintzberg escreveu acerca da organização inovadora (1998), ocasião em que ex-
62
pôs que quanto mais sofisticada é a inovação, mais ela requer uma estrutura organizacional
equipes de projeto. Se a empresa escolher uma estrutura inovadora para si, deve evitar al-
tanto, essa escolha em geral é feita de acordo com o ambiente mais apropriado para cada
organização, de tal forma que se uma empresa prefere se estruturar como uma burocracia,
provavelmente optará por ambientes estáveis, enquanto que aquelas empresas que preferi-
rem formas inovadoras, certamente atuarão em ambientes dinâmicos onde os desejos e ne-
Para Quinn (1985), as pequenas empresas tendem a obter melhor desempenho em termos
res através de técnicas que imitam ou melhoram as práticas de seus órgãos menores. Nes-
de valores das suas empresas de forma a promover inovação contínua através de visões de
longo prazo claras e que possam ir além de simples medidas econômicas; conectar suas
dos clientes; montar estruturas horizontais e equipes de projeto pequenas; incentivar o de-
clima de premiação dos desempenhos superiores tenha o projeto sido vencedor ou não; imi-
tar as pequenas empresas no que se refere à maneira de trabalhar em grupos, sem a inter-
de forma a proteger os retornos atuais e futuros. Dois outros importantes aspectos da inova-
ção que os executivos precisam aceitar, segundo Quinn, são: o fato de que o processo da
inovação é inerentemente incremental, uma vez que a tecnologia avança lentamente e ne-
nhuma abordagem deve ser abandonada antes que a solução definitiva seja alcançada; e
de que o caos desejado do ambiente que estimula a inovação precisa ser adequadamente
cimento de alguns limites críticos e pontos de decisão para intervenção, ao invés da imple-
Em pesquisa realizada no final desta década com um grande número de diretores de em-
presas de três segmentos de alta tecnologia, Chandy & Tellis (1998) propõem uma explica-
ção alternativa àquela a qual eles consideram ser a mais freqüentemente utilizada pelos es-
tudiosos do assunto, ou seja, a de que a inovação radical estaria relacionada com o porte
efeito do porte das empresas na inovação radical indicam que houve muito pouco progresso
Contexto
Inovação e o porte da
Autor Mintzb Whit- Jones Grant Segal- Outros organização
erg tington Horn
Quinn Escola Racio- Análise Escola As pequenas empresas
do nal da In- Pro- tendem a obter melhor
Apren- dústria cessual desempenho em ter-
dizado e da mos de inovação mas
Com- grandes empresas
petição também obtém sucesso
em empreendimentos
inovadores através de
técnicas que imitam ou
melhoram as práticas
de seus órgãos meno-
res
64
Mintzberg Escola Abor- Racio- Análise Escola Guru Nas pequenas organi-
da dagem nal da In- Pro- Aca- zações as inovações
Confi- Pro- dústria cessual dêmico podem ser incorpora-
gura- cessual e da das na estratégia mais
ção Com- rápida e facilmente
petição
Mintzberg (1998: 309) escreve que existem diversas formas de organizações, em relação
tipo que requer pesquisas em alta tecnologia. A criatividade requer uma estrutura organiza-
cional e um sistema de gerenciamento que é muito diferente daqueles que são voltados pa-
(Galbraith & Lawler III, 1995: 74). Inovações sofisticadas, então, requerem configurações do
tipo que é capaz de reunir experts de diferentes áreas em equipes de trabalho funcionais
Mesmo considerando uma mesma organização, funções operacionais tais como produção e
vendas, devem ser organizadas de forma diferente das funções de tecnologia e desenvolvi-
inevitáveis. Os inovadores assustam-se com a rotina e reagem contra o status quo. Quanto
competitiva, ou o surgimento de uma oportunidade tal como uma ruptura tecnológica (Aaker,
1998: 291). Assim, a inovação é uma atividade de cooperação que requer interação e cola-
Contexto
Autor Mintz- Whit- Jones Grant Segal- Outros Recomendação
berg tington Horn
Mintzberg Escola Abor- Racio- Análise Escola Guru Inovações sofisticadas
da dagem nal da In- Pro- Aca- requerem configura-
Confi- Pro- dústria cessual dêmico ções que reúnam espe-
gura- cessual e da cialistas de diferentes
ção Com- áreas em equipes de
petição trabalho funcionais
mútuo entre os seus muito bem treinados e altamente especializados experts, para a sua
coordenação, o que é estimulado pelo uso intensivo de recursos de conexão tais como ge-
berg, 1998: 159), uma abundante rede de contatos que cruzam as barreiras funcionais, con-
Concordando com esse pensamento, Galbraith e Kazanjian (1986) colocam que a estrutura
controle hierárquico, enquanto que a organização inovadora é horizontal, sem controle hie-
A criatividade parece ser estimulada através da interação humana (Grant, 1998: 287). O de-
uma vez que cria um ambiente de questionamento, libera os pensamentos das restrições
67
das idéias e estruturas, a uma distância segura da realidade (Grant, 1998: 287).
Contexto
Autor Mintzb Whit- Jones Grant Segal- Outros Recomendação
erg tington Horn
Quinn Escola Racio- Análise Escola Empresa horizontal
do nal da In- Pro- com equipes de desen-
Apren- dústria cessual volvimento com apenas
dizado e da 6 ou 7 pessoas
Com-
petição
1985: 328).
A produtividade da área de P&D depende muito das condições organizacionais que estimu-
lam inovações (Grant, 1998: 286). Para promover a inovação, as empresas devem implantar
e controles de longo prazo que proporcionem, ao invés de inibir, a produção e o uso de no-
Os executivos das empresas inovadoras de sucesso devem criar um ambiente que desta-
que o desempenho de alta qualidade tanto dos projetos vencedores quanto dos perdedores,
quando trabalhando em regime de competição interna. Nesse sentido devem eles reintegrar
Contexto
Autor Mintz- Whit- Jones Grant Segal- Outros Recomendação
berg tington Horn
Quinn Escola Racio- Análise Escola Reintegrar rapidamente
do nal da In- Pro- as pessoas nas suas
Apren- dústria cessual respectivas especiali-
dizado e da dades ou em novos
Com- projetos, aceitar e es-
petição perar o revezamento
entre grupos e tarefas
ção das unidades de negócios pequenas são recursos que têm sido utilizados com sucesso
por grandes corporações, tais como a Hewlett-Packard, a Johnson & Johnson e a Asea
que as unidades de negócio pequenas estão mais próximas dos clientes e das tendências;
podem ser mais ágeis; e motivam os empregados que se sentem responsáveis pelas opera-
Os problemas das grandes organizações tais como o lento processo decisório podem ser
as, representando todas as funções importantes, juntam-se para criar um produto ou um ne-
gócio e o acompanham através de todos os estágios de sua vida. Muitas vezes localizados
ma que eles podem passar por cima do processo habitual de decisão e resistir às pressões
para estar de acordo com as restrições formais e informais existentes (Aaker, 1998: 291-
292).
rápidas e desprovidas de regras, e incute um alto nível de identidade e lealdade nesses pe-
quenos grupos, pelo fato de que seus elementos são colocados juntos sem qualquer interfe-
70
to de novos conhecimentos ou, mais tipicamente, através de uma nova combinação de co-
Tabela 14 – Descentralização
Contexto
Autor Mintz- Whit- Jones Grant Segal- Outros Recomendação
berg tington Horn
Quinn Escola Racio- Análise Escola Skunk works favorecem
do nal da In- Pro- a eliminação de buro-
Apren- dústria cessual cracias; permite as co-
dizado e da municações rápidas e
Com- desprovidas de regras;
petição e incute um alto nível
de identidade e lealda-
de nesses pequenos
grupos
Aaker Inova- Skunk works - peque-
ção nos grupos autônomos
Estra- de pessoas, represen-
tégica tando todas as funções
importantes, juntam-se
para criar um produto
ou um negócio
Tushman & Descentralização e
O’Reilly III manutenção das unida-
des de negócios pe-
quenas
Fonte: o autor deste trabalho
Uma inovação, por outro lado, é o início da comercialização de uma invenção pela produção
Muitas invenções não chegam a se concretizar em inovações e uma inovação pode ser
composta de uma ou mais invenções, de tal forma que algumas inovações podem decorrer
de pouca ou mesmo nenhuma nova tecnologia mas sim da associação de uma série de tec-
71
Nessas empresas inovadoras, dizem Galbraith e Kazanjian (1986), os processos são volta-
novos projetos.
divertir, uma orientação de forte controle organizacional limita as ações e inibem o desen-
ado. Criatividade, por outro lado, requer algumas qualidades pessoais: pesquisas demons-
tram que as pessoas criativas têm em comum alguns traços de personalidade: são curiosas,
Contexto
Autor Mintzb Whit- Jones Grant Segal- Outros Recomendação
erg tington Horn
Grant Abor- Racio- Base A inovação é funda-
dagem nal nos mentalmente um produ-
Pro- Custos to do conhecimento e
cessual da criatividade
72
As pessoas orientadas de forma criativa respondem de forma diferente aos habituais incen-
tivos que motivam os demais membros da organização (Grant, 1998: 287). Eles desejam
trabalhar em uma cultura igualitária com espaço e recursos suficientes para suprir a oportu-
nidade de ser espontâneo, livre e de se divertir com o desempenho de uma tarefa que, para
eles, faz diferença para a performance estratégica da organização. Para essas pessoas, a
Assim, dos funcionários, espera-se que sejam geradores de idéias – o que combina o co-
nhecimento técnico requerido com a personalidade criativa – e dos gerentes, espera-se que
ajam como promotores e maestros do processo (Galbraith & Kazanjian, 1986). Desse modo,
novos produtos e concluiu que todas as falhas tinham em comum a ausência de um campe-
ão de produto voluntário (Peters & Waterman, 1982). Uma característica comum das empre-
identificar e alocar esses campeões de produtos dentro da organização (Grant, 1998: 290).
cidade inovadora para o aproveitamento das melhores oportunidades do mercado que são
Nesse sentido, estudos dão conta de que, da mesma forma que o indivíduo-chave é a base
criativa da invenção, o indivíduo parece ser a origem dos esforços da comercialização bem-
(Grant, 1998: 290). Assim concluíram Schon (1963) que afirmou que, das duas uma, ou a
nova idéia encontra um campeão ou morre; e ainda Rothwell et al (1974), que disseram que
Para Quinn (1985: 330), introduzir um novo produto no mercado é como no crescimento
saudável de uma criança: ela precisa de uma mãe (o campeão), que a ama; de um pai (a
figura da autoridade com os recursos) para apoiar; e pediatras (especialistas) para acompa-
nhá-la durante as horas difíceis. Segundo ele, “o projeto pode sobreviver somente nas mãos
dos especialistas mas as suas chances de sucesso são remotas” (tradução do autor).
Os empresários-inventores, assim denominados por Quinn (1985: 324), tendem a ser orien-
tados pelos objetivos ou pela necessidade, o que vai ao encontro das palavras de Grant
74
(1998: 288), o qual diz que a criatividade precisa ser estimulada por e dirigida para as ne-
espontânea dos tecnólogos mas sim da solução de problemas práticos, o que faz da neces-
sidade a mãe das invenções e explica, segundo ele, o porquê de serem os clientes uma fér-
til fonte de inovações: eles estão mais próximos dos produtos e serviços atualmente existen-
Contexto
Autor Mintzb Whit- Jones Grant Segal- Outros Recomendação
erg tington Horn
Quinn Escola Racio- Análise Escola Para introduzir um novo
do nal da In- Pro- produto no mercado é
Apren- dústria cessual necessário o campeão,
dizado e da a figura da autoridade
Com- com os recursos para
petição apoiar e especialistas
para acompanhar
Hamel & Praha- Escola Abor- Racio- Vanta- Base A habilidade dos geren-
lad do dagem nal gem nos tes em gerar compe-
Apren- Pro- Com- Custos tências distintivas é que
dizado cessual petitiva permite que a organi-
zação expanda a sua
capacidade inovadora
para o aproveitamento
das melhores oportuni-
dades de inovação do
mercado
Grant Abor- Racio- Base Curiosas, imaginativas,
dagem nal nos aventureiras, asserti-
Pro- Custos vas, divertidas, confian-
cessual tes, dispostas a assu-
mir riscos, reflexivas e
desinibidas. Desejam
cultura igualitária, es-
paço, recursos, ser es-
pontâneos, livres e se
divertir com o desem-
penho de uma tarefa
que, para eles, faz dife-
rença para a perfor-
mance estratégica da
organização.
Campeões de produtos
75
senvolver e fazer com que sejam aceitos pelos clientes novos produtos, que são fundamen-
tais para a sobrevivência no atual contexto de negócios. Existem duas razões para que uma
mento dos lucros, ofertando e vendendo um número adicional de produtos aos consumido-
importante na obtenção de superioridade competitiva que, por sua vez, permite à organiza-
ção buscar a liderança do segmento em que atua e, dessa forma, obter retornos sobre os
Em um artigo dos anos 80 específico sobre o assunto, Drucker (1985: 53-64), diz que todos
inovação. A maioria das inovações, especialmente as de sucesso, diz ele, provém da busca
por oportunidades de inovação que são encontradas dentro ou fora da organização ou seg-
que não inovam não sobrevivem (Ansoff, 1993: 56). A inovação é o principal recurso para a
sobrevivência futura das organizações (Kotler, 1997: 307), ferramenta vital para a sobrevi-
vência futura das organizações, de tal forma que as empresas que desejam ser bem-
de produto cada vez mais curtos e ciclos de penetração dos produtos cada vez mais rápidos
produtos, fazendo com que a inovação se torne a chave para o sucesso de uma empresa
em um mercado competitivo (Schewe & Hiam, 1998: 255), fundamental para a sobrevivência
das organizações, de tal forma que as empresas devem continuar crescendo e desenvol-
para atendê-los. Existem duas formas de adicionar novos produtos à sua carteira: através
da aquisição – que pode ser com a compra de outras empresas, com a compra de patentes
77
senvolvimento de novos produtos – que pode ser conseguida nos próprios laboratórios da
processo inovador das organizações. Disse ele que a empresa que antecipasse transforma-
ções tecnológicas poderia vir a melhorar a sua posição competitiva no segmento em que
atua. Em seguida, Porter (1990: 191-192) publicou artigo ressaltando a importância da ino-
vação para a competitividade das organizações e nações. Naquela ocasião, Porter expôs
que a inovação advém da pressão e do desafio, os quais as empresas devem buscar, de-
senvolvendo o ímpeto por inovar, e não evitar. Nesse novo enfoque, Porter destacou a im-
portância do líder para diferenciar os caminhos mais fáceis em busca de inovações modes-
tas, principalmente com o objetivo de reduzir custos, dos caminhos que efetivamente condu-
zem a uma melhor posição competitiva, através de verdadeiras inovações. Os líderes, disse
ele, devem estimular a atualização das habilidades e o aumento da produtividade dos em-
Sustentar a vantagem competitiva relativa aos concorrentes no longo prazo, para Grant, não
significa apenas proteger a posição da empresa contra os imitadores mas também assegu-
rar que a vantagem competitiva não se torne obsoleta em conseqüência das mudanças no
ambiente no qual a empresa compete (Grant, 1998: 241-263). As empresas precisam de-
to dos novos produtos na batalha competitiva, e que conterá os objetivos que deverão ser
alcançados pela organização, através desses esforços, em relação às suas estratégias mais
amplas, tais como o percentual dos lucros obtidos pela empresa que advém da introdução
de novos produtos no mercado (Cooper, 2000). As empresas que demonstram alto nível de
78
tecnologia para o negócio. A grande maioria das empresas não indicaram possuir uma es-
A relação entre a inovação radical e a performance das organizações pode não ser direta
radicais aparentemente conduzem a altos lucros e fatia de mercado para as empresas pio-
neiras, enquanto que no longo prazo, muitas empresas que se dedicaram ao desenvolvi-
atuais e criar categorias e mercados inteiramente novos (Jonash, 2000). Para Jonash, “... a
qualidade dos inovadores líderes está em antecipar para onde o mercado caminha e ser o
primeiro a chegar lá” (tradução do autor). Todavia, o que diferencia uma empresa que pro-
duz inovações radicais de sucesso daquelas que não produzem, é a sua disposição para
Na Tabela 17, a seguir, apresenta-se um resumo das idéias centrais dos autores pesquisa-
Como se observa, uma expressiva quantidade de autores escreve que a inovação não só
das organizações. Os riscos de se inovar, ou não, existem, e fazem parte do contexto das
organizações, mas certamente que o sucesso competitivo das organizações passa pela ati-
Contexto
Relação entre Inovação
Autor Mintzb Whit- Jones Grant Segal- Outros e Competitividade
erg tington Horn
Ansoff Escola Abor- Extre- Plane- Escola A chave do sucesso da
do Pla- dagem ma- jamen- Clássi- organização está na
neja- Clássi- mente to Cor- ca inovação, único recurso
mento ca racio- porati- que a organização pos-
nal vo sui para garantir o su-
cesso competitivo
Drucker Guru Toda empresa precisa
Aca- inovar para sobreviver
dêmico
Porter Escola Abor- Extre- Análise Escola Guru As empresas devem
do Po- dagem ma- da In- Clássi- Aca- reconhecer os funda-
sicio- Clássi- mente dústria ca dêmico mentos da inovação
namen- ca racio- e da para a obtenção e sus-
to nal Com- tentação de vantagem
petição competitiva
Mintzberg Escola Abor- Racio- Análise Escola Guru Quanto maior a turbu-
da dagem nal da In- Pro- Aca- lência do setor, maior o
Confi- Pro- dústria cessual dêmico grau de inovação ne-
gura- cessual e da cessário à organização
ção Com-
petição
Hamel & Praha- Escola Abor- Racio- Vanta- Base Verdadeiras oportuni-
lad do dagem nal gem nos dades só são possíveis
Apren- Pro- Com- Custos através da expansão da
dizado cessual petitiva capacidade de inovar
Ohmae Racio- Escola É muito importante ofe-
nal Clássi- recer aos consumidores
ca algo diferente do tradi-
cional
80
O que se depreende do levantamento bibliográfico efetuado é que as pesquisas até aqui re-
alizadas em torno dos temas inovação e competitividade conduzem muitas das vezes a
conclusões que são comungadas pela maioria dos autores, tais como a de que a inovação
ganização. Entretanto, como se verá a seguir, nem só de unanimidade vive a teoria da ob-
indicadores e formas de se medir uma e outra variável, além de uma gama de definições
a competição presume a existência de pelo menos duas partes disputando uma terceira
(Merrian-Webster On-Line, 2000), assim como dois países ou duas empresas disputando
vidade empresarial são diferentes (Porter, 1990: 165-169; Krugman, 1999: 3-22).
sobre os seus concorrentes (Ferreira, 1986; Merrian-Webster On-Line, 2000), cujos desem-
penhos são comparados para que se saiba quem é mais competitivo (Hamel e Prahalad,
1993: 35; Rea e Kerzner, 1997: 1-34), podendo ser conceituado matematicamente como a
que se referem.
Schewe & Hiam, 1998); a rentabilidade; o lucro (Day, 1997a: 60; Stevens, 1999; Henderson,
1989: 6; Schewe & Hiam, 1998); as vendas (Schewe & Hiam, 1998); a fatia de mercado
(Ansoff, 1993; Day, 1997a: 60); o ganho por ação e o EVA (Stevens, 1999). Entre as não
sumidor (Fahey, 1999: 21); a qualidade (Armitage, 1999); a satisfação e lealdade dos clien-
têm sido cada vez mais utilizadas pelas empresas (Day, 1997a: 62) pois muitas das vezes
oferecem melhores medidas da saúde da empresa no futuro (Aaker, 1998: 25), estando,
83
Entretanto, não obstante em geral apenas conseguirem captar o desempenho atual da or-
ganização, como o resultado das suas ações passadas (Fahey, 1999: 21), as medidas eco-
nômicas de competitividade são as preferidas das empresas, pelo fato de serem mais facil-
de US$ 100 milhões (Stevens, 1999), utilizada como medida principal por 89% das grandes
empresas estudadas por Aaker (1998: 118), tendo sido também a medida mais citada entre
os autores pesquisados, a despeito de não ser considerada conclusiva como medida das
Para ser competitiva no futuro, todavia, toda empresa deve desenvolver novos produtos, no-
vas necessidades para os clientes e novas maneiras de fazer negócios. Para que isso acon-
que antecipam o que está por vir, e servem como indicadores do posicionamento competiti-
vo futuro das organizações (Fahey, 1999: 21). A introdução de novos produtos no mercado,
é, portanto, resultado da correta utilização passada desses parâmetros, e que pode ser me-
tes obtidas no País e/ou no exterior, do volume de receitas advindas da venda de tecnologia
para terceiros, e do faturamento gerado por produtos novos (ANPEI, 1999: 54).
lação às fontes de vantagem competitiva a diversidade é ainda maior. Trabalhos dão conta
Nesse sentido, recursos como a inovação (Aaker, 1989), o porte da organização (Ghema-
wat, 1998), economias de escala (Hooley & Saunders, 1996; Pfeffer, 1994) e escopo (Pfef-
fer, 1994; Chandler, 1990; Ghemawat, 1998), a qualidade dos produtos (Aaker, 1989; Armi-
tage, 1999; Hooley & Saunders, 1996), mercados protegidos ou regulamentados (Pfeffer,
1994; Ghemawat, 1998), marcas (Hooley & Saunders, 1996) e a tecnologia avançada (Tra-
cey et al, 1999; Pfeffer, 1994) foram apresentados entre os tantos outros fatores listados que
de competitividade (Armitage, 1999; Drucker, 1999b; Porter, 1990), apesar de outras have-
rem sido citadas tais como as reservas de recursos naturais, as regras de proteção de mer-
e tornam-se menos importante a cada dia, por serem de mais fácil imitação. O que se evi-
dencia é que o fator que efetivamente diferencia é a organização, seus funcionários e como
Nesse contexto competitivo em que cada um dos concorrentes procura sobrepujar os de-
mais com a utilização das fontes de vantagem competitiva que dispõem, o referencial teórico
pesquisado indicou que as empresas devem observar o ambiente através dos olhos dos cli-
entes (Green & Krieger, 1997: 367), pois eles são os únicos árbitros do grau de perfeição do
atendimento da organização, uma vez que escolhem os produtos com base no que eles
Assim, para manter o nível de competitividade, as empresas precisam atender aos anseios
va para criação de valor para os clientes, conforme recomenda Ohmae (1988: 66) pois, em
termos competitivos, valor é o montante que os clientes estão dispostos a pagar por aquilo
Apesar disso, sabe-se que é preciso atender aos anseios e necessidades dos clientes mas
sido bem atendidos de forma a produzir lucro para os proprietários da empresa (Rea &
Kerzner, 1997: 23), inclusive pelo fato de que os administradores trabalham em prol do inte-
Com relação à questão conceitual da inovação, diz a literatura observada que Inovar é rom-
1998) que é percebido pelos consumidores como sendo novo (Kotler, 1997), como tendo
efeitos além daqueles modelos de consumo até então existentes (Robertson & Gatignon,
1991). Inovação, portanto, é um produto, serviço ou idéia que é percebida pelo consumidor
como sendo uma novidade que possui efeitos além daqueles modelos de consumo até en-
e não é fruto do acaso, requerendo esforços sistemáticos e organizados para ser obtida
(Drucker, 1999c). Trata-se de um método criativo de obter novas aplicações para o conhe-
ação de uma nova habilidade ou de novas soluções (Galbraith & Lawler III, 1995).
aborda a maneira através da qual se mede a atividade inovadora, o que se constata pelas
de uma empresa são difíceis de se operacionalizar, motivo pelo qual utilizam-se medidas
Utilizando-se os critérios adotados pela ANPEI (1999), as medidas da variável inovação po-
inovador.
Entre os indicadores do nível de atividade inovadora citados nos trabalhos estudados encon-
tram-se as despesas em P&D (ANPEI, 1999; Rea & Kerzner, 1997); com serviços tecnológi-
cos; com aquisição de tecnologia; com engenharia não rotineira; com P&D&E; os investi-
mentos em ativos fixos; em ativos intangíveis (ANPEI, 1999); e os gastos com treinamento
tes obtidas no País e/ou no exterior; as receitas advindas da venda de tecnologia para ter-
ceiros (ANPEI, 1999); o faturamento (ANPEI, 1999; Rea & Kerzner, 1997) e o lucro (Cooper,
2000) gerado por produtos novos; bem como o percentual de inovações bem-sucedidas em
novidade do produto, estágios esses que se relacionam com os diferentes níveis de turbu-
lência tecnológica ao qual as empresas estão sujeitas que, assim, produzem diferentes res-
Os níveis de inovação variam de nome de acordo com o autor pesquisado mas, de uma
forma geral, vão desde a re-introdução de um mesmo produto com um novo uso (Rothberg,
contínua (Porter, 1989; Robertson & Gatignon, 1991), reposicionamentos (Booz, Allen &
Hamilton, 1982), ou modificações (Schewe & Hiam, 1998), até o produto genuinamente novo
(Fahey, 1999), também denominado inovação descontínua (Porter, 1989; Robertson & Gati-
87
gnon, 1991), produtos novos para o mundo (Booz, Allen & Hamilton, 1982), inovações maio-
Nem todas as formas de inovação, entretanto, são consideradas pela bibliografia como pos-
Quanto maior a complexidade (Quinn, 1985) e o grau de inovação, então, maiores são as
chances de se obter vantagem competitiva sustentável (Fahey, 1999), fazendo com que os
investimento, tendam a ser mais atrativos em termos de potencial de lucro (Grant, 1998).
Contudo, maiores são também as incertezas associadas a essa inovação e, portanto, maio-
Inovar é uma atividade de risco pois a probabilidade de insucesso é grande (Engel et al,
1993: 721) e nunca foi tão fácil copiar uma inovação (Jonash, 2000). Paradoxalmente, não
inovar também implica em sérios riscos para a organização pois o ciclo de vida dos produtos
está diminuindo cada vez mais e os produtos antigos perdem o brilho e são excluídos do
to de novos produtos tem ainda o potencial de reduzir o risco geral da organização e de abrir
termos de inovação (Mintzberg, 1987; Quinn, 1985) mas grandes empresas também obtém
Contribui para isso o fato de que, nas pequenas organizações, as inovações podem ser in-
corporadas na estratégia mais rápida e facilmente, tendo em vista que nelas o implementa-
88
dor da estratégia é o mesmo que a formula ao passo que nas empresas grandes o inovador
pode estar distante vários níveis hierárquicos do líder de quem se espera decidir acerca da
estratégia (Mintzberg, 1987: 407). Conflitando com essa afirmação, Chandy & Tellis (1998)
defendem que revisões em décadas de pesquisas acerca do efeito do porte das empresas
na inovação radical indicam muito pouco progresso na compreensão das verdadeiras cau-
(Quinn & Mueller, 1963), entretanto, emerge uma certeza entre os autores pesquisados: a
o que inclui a necessidade de uma maior interação e colaboração entre especialistas de vá-
1998), uma vez que a inovação é uma atividade de cooperação que emerge da integração
Para promover essa integração necessária entre os variados setores da organização, a em-
presa deve estimular recursos de conexão tais como: gerentes de integração; comitês per-
manentes; grupos de trabalho; estrutura matricial (Mintzberg, 1998); estrutura horizontal; re-
controles de longo prazo (Quinn & Mueller, 1963), aceitar e estimular o revezamento entre
grupos e tarefas (Quinn, 1985: 329), bem como estimular as atitudes dos administradores
em direção às inovações (Quinn & Mueller, 1963). Além disso, com o objetivo de manter o
vos dos projetos encerrados, sejam eles vencedores ou perdedores, reintegrando os profis-
89
sionais nas suas especialidades de origem ou em novos projetos (Quinn, 1985: 329).
nas, uma vez que os funcionários sentem-se desincumbidos das exigências da burocracia
central, pelo fato de estarem mais próximos dos clientes e das tendências, e sentirem-se
Utilizando o mesmo princípio, Aaker (1998) sugere também a utilização dos chamados
o desenvolvimento de um novo produto, negócio ou idéia, o que tem produzido bons resul-
tados com inovações tendo em vista que, como coloca Quinn (1985), a sua utilização favo-
de identidade e lealdade entre os componentes que são colocados juntos sem qualquer in-
mento e da criatividade (Grant, 1998) e considerando que a empresa orientada com forte
fazer as coisas; e que se conceda a ele autonomia no seu trabalho (Galbraith & Lawler III,
1995), onde os planos estratégicos são flexíveis, os controles financeiros e operacionais são
Nesse processo de geração de inovações, as pessoas têm papel relevante: para introduzir
tendo em vista o seu comprometimento voluntário com o projeto (Peters & Waterman, 1982),
o que faz com que a habilidade das organizações em identificar e alocar esses campeões
de produtos seja de importância crucial para o seu sucesso inovador (Grant, 1998: 290).
tas são as pessoas que acompanham o projeto (Quinn, 1985) desde a sua concepção e até
a conclusão, dos quais espera-se possuam personalidade criativa o que significa serem cu-
Os inovadores também se caracterizam por serem profissionais que desejam cultura iguali-
tária na organização, espaço, recursos, ser espontâneos, livres, e se divertir com o desem-
penho de uma tarefa que, para eles, faz diferença para a performance estratégica da orga-
Cabe aos gerentes monitorar as variáveis estruturais acima descritas, desenvolvendo habili-
dades capazes de gerar competências distintivas que permitam que a organização expanda
Por fim, o estudo da teoria ensina que a inovação pode produzir competitividade (Ansoff,
1993; Porter, 1989: 179-185; Prahalad & Hamel, 1990; Ohmae, 1988; Grant, 1998: 265-294;
Engel et al, 1993: 723-765; Schewe & Hiam, 1998: 255; Fahey, 1994: 3-4; Aaker, 1998: 199)
e dela depende o futuro da organização (Fahey, 1994: 3-4) mas implica em investimentos
cujos retornos não são garantidos (Kotler, 1997: 308), pois é grande a probabilidade de in-
sucesso de uma inovação (Engel et al, 1993: 721). Apesar disso, a liderança competitiva no
91
longo prazo requer das empresas que produzam inovações radicais de forma contínua, sob
Essa exigência aumenta quando são maiores a complexidade (Quinn, 1985) e o grau de
inovação, ocasião em que são maiores as chances de se obter vantagem competitiva sus-
tentável (Fahey, 1999), fazendo com que os segmentos mais turbulentos tecnologicamente
tendam a ser mais atrativos em termos de potencial de lucro (Grant, 1998). Mesmo assim,
estudos empíricos indicam que, na média, tanto a intensidade com que as empresas inves-
Para lidar com esse ambiente de riscos e incertezas, as empresas devem reconhecer os
1990: 191-192) e desenvolver estratégias que conduzam os seus esforços em torno do de-
5 A INDÚSTRIA ELETRO-ELETRÔNICA
Ansoff (1993) relaciona o nível de inovação das empresas ao nível de turbulência do ambi-
ente ao qual estão inseridas, de tal forma que quanto maior for o grau de turbulência, mais
mais inovação para as empresas. O nível mais baixo na classificação de Ansoff diz respeito
a instituições pouco criativas, como algumas entidades sem fins lucrativos. No nível mais
alto, situam-se empresas que costumam investir muito em P&D (pesquisa e desenvolvimen-
lação a ser investigada deve-se basicamente ao fato de ser este um segmento altamente
como de grande turbulência, viabilizando a observação mais evidente dos eventuais con-
92
tante setor da economia brasileira, com destacada participação no PIB (Produto Interno Bru-
De acordo com o divulgado pela ABINEE – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Ele-
ca de R$ 41,5 bilhões) em 1999 participou com 4,0% do PIB nacional, contra 4,2% em 1998.
Em 2000, o faturamento total foi de R$ 50,6 bilhões (ABINEE, 2001), com participação de
O Setor respondeu em 1999 por cerca de 134 mil empregos diretos no Brasil (ABINEE,
2000) e em 2000 o total de empregos diretos proporcionados pelo segmento cresceram para
139,9 mil (ABINEE, 2001), a despeito da tendência de queda evidenciada durante quase
Anos
Indicador
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Faturamento do Setor / PIB (%) 4,7 4,3 4,5 4,4 4,2 4,0 4,6
Fonte: ABINEE (2000) e (ABINEE, 2001)
Durante o ano de 2000 as exportações do setor cresceram 39% em relação ao ano anterior,
atingindo a marca de US$ 4.423 milhões. Para o ano de 2000, espera-se um crescimento
ainda menor, tendo em vistas as recentes crises cambiais e de energia (ABINEE, 2001).
ora apresentada.
6 METODOLOGIA
servações feitas ao longo de todo o presente trabalho, e após a breve apresentação das ca-
na média dos segmentos de atuação das empresas, de cada sessenta idéias lançadas,
apenas uma se configura em um novo produto de sucesso (Booz, Allen & Hamilton,
D&E, especialmente profissionais de nível superior, mas uma baixa média de doutores e
que estudos anteriores dão conta de que tanto a intensidade com que as empresas in-
neste trabalho admitiu-se, como hipótese, conforme instrui Richardson (1999: 105-116), que:
laridades que permeiam a base teórica em estudo, alguns casos de graus mais baixos e
6.2 Variáveis
valores numéricos em quantidade mínima de dois (Kerlinger, 1979: 44-45). As variáveis são
rentes valores que assumem (Köche, 1997: 112). Na classificação de Kerlinger, (1979: 24),
dância para com cada um dos conceitos, características, recomendações e demais particu-
ram sintetizadas em afirmações (ou itens), cujos graus de concordância avaliados pelos
respondentes configuraram:
mais à frente).
Portanto, como se pode verificar na Tabela 19 seguinte, a fim de permitir a consecução dos
Níveis de Variáveis
1 2 3
Afirmação
Agrupamento (série) Total
(item)
1
A - Conceito de competitividade
2
3
4 B - Medida de competitividade
5
6
7 C - Fontes de competitividade
8
9
D – A competitividade e o cliente
10
11
E - Conceito de inovação
12
13
F - Medida de inovação
14
15
G - Níveis de inovação L - Concordância com os fundamentos teóricos
16
17
H - Os riscos de inovar
18
19
I - A inovação e o porte da organização
20
21
22
23
J - A organização inovadora
24
25
26
27
28 K - Relação entre a inovação e a competi-
29 tividade
30
Fonte: o autor deste trabalho
97
Essas afirmações foram submetidas uma a uma à avaliação do grau de concordância dos
uma escala ordinal, conforme definido na apresentação dos instrumentos de coleta de da-
tão, corresponde ao nível de anuência dos gestores de P&D das empresas pesquisadas, em
diosos acadêmicos, consideradas de forma individual ou global, e foi aqui definida como
Quando os fenômenos e problemas que se está estudando não apresentam ainda um sis-
rio do fenômeno que se deseja estudar de forma mais detalhada e estruturada posterior-
mente (Oliveira, 1999: 134-135; Gil, 1995: 45), e então procurar explicações para as suas
causas e conseqüências (Richardson, 1999: 326). Proporcionam visão geral, de tipo apro-
ximativo, acerca de determinado fato, especialmente quando o tema escolhido é pouco ex-
plorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis (Gil,
1995: 45).
Como se viu na exposição do referencial teórico deste trabalho pouco tem sido o progresso
dos estudos anteriores relacionados com o presente tema, que incluem conclusões contradi-
Estudiosos têm encontrado dificuldade para operacionalizar a variável inovação (Rea &
Kerzner, 1997: 25-26; Robertson & Gatignon, 1991), em muitas pesquisas científicas defini-
dade não tem sido diferente: a diversidade de conceitos e unidades de medida, aliados à
falta de tangibilidade dos indicadores não financeiros (Pfeffer, 1994: 1-28; Prahalad & Ha-
mel, 1990; Schewe & Hiam, 1998: 25-26; Fahey, 1999: 3-24; Day, 1997a: 48-75; Aaker,
99
1998: 25; Armitage, 1999; Rea & Kerzner, 1997: 23; Grant, 1998: 29-50) tem provocado difi-
Com base nesses fatos, no presente trabalho optou-se por um método de investigação ex-
sando pela definição da população e da amostra a ser estudada, e encerrando com as téc-
Quanto aos fins, tomando-se por base o critério de classificação de pesquisa proposto por
Vergara (1998: 44-48), o presente trabalho consiste em um estudo exploratório e quanto aos
meios, de uma pesquisa de campo, que buscou responder ao problema lançado, testar as
hipóteses enunciadas e atingir aos objetivos geral e específicos propostos, através da utili-
zação dos instrumentos de coleta e tratamento de dados aqui sugeridos para a investigação
gicamente diante do fenômeno que deseja estudar, apresentando os princípios através dos
quais tem a intenção de conduzir o trabalho científico (Richardson, 1999: 32-54). Assim, o
método a ser utilizado para atingir aos objetivos aqui propostos será o indutivo, fundamen-
tando-se a pesquisa, dessa maneira, nos princípios do positivismo lógico que parte de pre-
missas de fatos observados para chegar a uma conclusão sobre fatos ou situações não ob-
Uma das condições fundamentais para se observar bem no estudo científico é limitar e def i-
nir com precisão o que se deseja observar para que se garanta a validade do trabalho (Ru-
dio, 1990: 33). Com esse objetivo, limitou-se a população deste estudo às empresas partici-
pantes do setor da indústria eletro-eletrônica brasileiro, que também fizessem parte da Re-
D&E das Empresas Inovadoras, entidade que considera esse segmento como sendo scien-
ce based por sua destacada atividade no desenvolvimento de inovações (ANPEI, 1999: 5).
Empresas Informantes da Base de Dados da ANPEI adveio do fato de que esta monitora
cadores de intensidade do esforço inovador, os quais, dessa forma, poderão vir a ser cruza-
Considerando a classificação de Selltiz (1967), a amostragem utilizada foi do tipo não pro-
babilístico acidental, uma vez que considerou apenas os questionários que foram devolvidos
pelos sujeitos da pesquisa, pelo menos até que a amostra proporcionasse um grau de conf i-
O cálculo da amostra mínima que atendesse a essa exigência (17 para o universo de 34)
utilizou a sugestão de Rea e Parker (2000: 132) para escalas ordinais e pequenas popula-
ções, com base no erro padrão obtido como conseqüência da aplicação dos pré-testes.
A pesquisa foi realizada durante o mês de abril e maio do ano de 2001, e os sujeitos da
pesquisa – pessoas que fornecem os dados necessários (Vergara, 1998: 50-51) – foram os
de novos produtos da organização, selecionados pelos seus esperados domínios das estra-
tégias de novos produtos, atendendo-se, dessa maneira, à exigência apontada por Rudio
(1990: 95) da necessidade de se ter certeza de que o entrevistado teria condições de res-
101
Cada um dos sujeitos foi contatado diretamente, através de telefonemas efetuados pelo au-
tor deste trabalho, antes de receberem os questionários para serem respondidos. Na abor-
dagem inicial apresentou-se os objetivos acadêmicos da pesquisa; o motivo pelo qual a em-
presa havia sido selecionada; antecipou-se o formato do questionário, que seria encaminha-
do posteriormente, e a sistemática de devolução do mesmo, que foi desenhado para ser en-
caráter sigiloso, confidencial ou que representasse qualquer risco para as suas respectivas
suas empresas, bem como de enviar, ao final, uma cópia do resumo do estudo contendo as
de modelos no Apêndice ao final deste trabalho). A data limite para a devolução dos questi-
Não tendo a amostra atingido, no dia 30 de abril do mês citado, o número mínimo de questi-
tendo esta previsto uma amostragem do tipo não probabilístico acidental, novo contato tele-
fônico e nova correspondência nominal (vide cópia no Apêndice deste trabalho) foi encami-
nhada aos sujeitos, encorajando aqueles que ainda não o haviam feito a devolver os questi-
onários respondidos até o dia 18 do mês seguinte quando atingiu-se o número de 17 em-
presas necessário.
O instrumento utilizado para obter o grau de concordância das empresas com os fundamen-
petitividade Empresarial, conforme cópia no Apêndice, ao final deste trabalho), cujas afirma-
ções avaliadas foram geradas a partir das conclusões do referencial teórico deste trabalho,
O questionário oferece algumas vantagens em relação à entrevista, que vão desde questões
apresentadas (Mason & Bramble, 1997: 316). As técnicas de escalas tal qual a Likert, por
sua vez, são muito utilizadas em pesquisas educacionais e comportamentais para medir ati-
tudes, julgamentos, opiniões e outras características particulares que produzem um tipo es-
pecífico de comportamento (Mason & Bramble, 1997: 308-309), motivo pelo qual a adotou-
se neste estudo para medir o grau de concordância das empresas pesquisadas com as ba-
O questionário tipo Likert foi planejado com base nos procedimentos sugeridos por Selltiz et
conclusão do referencial teórico e transformados nas trinta afirmações que foram avaliadas
pelos respondentes; bem como no envio do questionário para ser respondido pelo sujeito
A opção por questões fechadas – onde os respondentes são requisitados a escolher aquela
categoria que mais se aproxima da sua resposta – se deu em função do fato de que elas
são mais fáceis de responder e de codificar com confiabilidade (Schwab, 1999: 58), o que
vai ao encontro de Rudio (1878: 92), que diz ser essa a opção preferida dos pesquisadores
resse pelo volume de questões. Sobre esse assunto, Vergara (1998: 53) sugere que um
questionário precisa ter um número de questões que seja adequado à obtenção da resposta
ao problema que se busca, mas não deve cansar o respondente. As questões inicialmente
formuladas passaram então por um processo de seleção que visou a manutenção somente
daquelas que fossem mais relevantes, de modo a justificar o trabalho do sujeito para res-
Richardson (1999: 271) sugere que os questionários do tipo Likert contenham afirmações
positivas e negativas a serem avaliadas pelos sujeitos da pesquisa. Seguindo o que diz Ri-
chardson, o questionário referente a este estudo foi desenhado com dezesseis afirmações
positivas (cujas concordâncias totais dos sujeitos correspondem ao escore máximo) e qua-
torze afirmações negativas (cujos sentidos foram invertidos e, dessa forma, as discordâncias
abaixo.
104
Uma escala do tipo Likert possui categorias de alternativas de resposta que variam entre
105
cinco, sete e nove pontos, e funciona particularmente bem no contexto de uma série de
afirmações que procuram obter informações sobre um determinado assunto (Rea & Parker,
2000: 70). Assim sendo, neste estudo optou-se por cinco categorias de alternativas de res-
e agrupou-se as afirmações do questionário Likert em séries que variaram desde duas até
seis afirmações, conforme detalhado na Tabela 20 acima. Dentro, portanto, dos padrões su-
geridos por Rea & Parker (2000: 70-71) que é de dois a dez itens.
Os dados coletados através do questionário acima descrito foram analisados através da uti-
lização de técnicas estatísticas que estivessem de acordo com o tipo de informação que se
estava manipulando, para se evitar erros de interpretação comuns tais como a utilização de
médias aritméticas para indicar a tendência central de dados ordinais (Levin, 1987: 48).
Nessa linha de raciocínio e tendo em vista o caráter exploratório do estudo, evitou-se a apli-
para o fim a que se destinam (Richardson, 1999: 322), buscando, entretanto, esgotar as
pia no Apêndice, ao final deste trabalho) foram analisados através dos procedimentos que
consistiram:
apreciação da distribuição de freqüência dos escores das empresas por item (afirma-
do desvio padrão para o item, com vistas à elaboração das eventuais generalizações
na análise agrupada das questões (séries), através da comparação dos escores possí-
veis de terem sido obtidos pelas empresas com os efetivamente alcançados por elas e
pela análise da distribuição de freqüência dos escores das empresas por série (agru-
comparação dos escores possíveis de terem sido obtidos pelas empresas com os efeti-
vamente alcançados por elas e pela análise da distribuição de freqüência dos escores
totais das empresas, com vistas à elaboração das eventuais generalizações possíveis e
7 RESULTADOS
A Tabela 21 a seguir consolida as informações da etapa deste estudo que tratou das con-
A CONCEITO DE COMPETITIVIDADE
Competitividade é um conceito relativo que só faz sentido quando diz respeito a pelo
1 menos duas partes tais como empresas ou nações, já que quem possui vantagem
possui vantagem sobre outrem
Competitividade empresarial é a qualidade da organização que possui vantagem
2
competitiva sobre os seus concorrentes
107
B MEDIDA DE COMPETITIVIDADE
O lucro é apontado como sendo uma das mais utilizadas medidas do desempenho
3 competitivo passado da organização, mas pode também ser um indicador de falta de
competitividade no futuro
Apesar da dificuldade para serem mensuradas, as medidas não econômicas de de-
4 sempenho têm sido cada vez mais utilizadas pelas empresas pois muitas das vezes
oferecem melhores medidas da saúde da empresa no futuro
Para vencer a batalha competitiva, as empresas precisam dominar os parâmetros
5 tecnológicos, financeiros e de mercado que antecipam o futuro, e desenvolver novos
produtos, novas necessidades para os clientes e novas maneiras de fazer negócio
C FONTES DE COMPETITIVIDADE
D A COMPETITIVIDADE E O CLIENTE
E CONCEITO DE INOVAÇÃO
F MEDIDA DE INOVAÇÃO
G NÍVEIS DE INOVAÇÃO
H OS RISCOS DE INOVAR
J A ORGANIZAÇÃO INOVADORA
dice deste trabalho) que foi avaliado pelos sujeitos das empresas consultadas com relação
ções.
questões apresentadas.
la 22 adiante. Nessa tabela, as firmas estão organizadas em ordem alfabética (em ordena-
ção diferente da utilizada no capítulo da discussão dos resultados, a qual foi também utiliza-
da na Tabela 23 seguinte), para garantir o sigilo das informações prestadas pelas empresas,
compromisso assumido pelo autor por ocasião do convite efetuado aos sujeitos da pesquisa.
110
8 Gisamar Ind. Com. Peças Servs. Tornos Ltda São Paulo (SP) Sudeste
lho, as pontuações referentes às respostas ao questionário aplicado junto aos sujeitos sele-
cionados, consideradas cada uma das empresas e questões, foram as a seguir resumidas
na Tabela 23.
111
Na tabela acima, conforme dito anteriormente, os valores dos escores obtidos pelas empre-
xima foi concedida para as empresas que manifestaram concordância total para com as
afirmações positivas e para as empresas que manifestaram discordância total para com as
afirmações negativas.
A análise individual e agrupada das respostas devolvidas pelos sujeitos da pesquisa, efetu-
ada, conforme previsto no capítulo de coleta e tratamento dos dados, através da apreciação
da distribuição de freqüência dos escores das empresas por item (afirmação) do questioná-
rio (vide Análise Individual das Respostas no Apêndice deste trabalho), permitiu a constata-
por conta das afirmações 5, 11, 18 e 21, nas quais, respectivamente, 100%, 100%, 94% e
os itens ali descritos, configurando, nos termos das definições efetuadas nos instrumentos
A observação da moda (Tabela 25) revelou, por outro lado, que a opção de resposta mais
ra com as afirmações em estudo, sendo que naquela última (questão 30), 53% dos respon-
bela 26).
se Agrupada das Questões (vide Apêndice deste trabalho), a análise das séries, efetuada
através da comparação dos escores possíveis de terem sido obtidos pelas empresas com
os efetivamente alcançados por elas e pela análise da distribuição de freqüência dos esco-
res das empresas por agrupamento permitiu a natural constatação de igual predominância
teóricos estudados.
Tabela 25 – Moda, média e desvio padrão dos escores obtidos pelas empresas
Estatística
Afirmação
Moda Média Desvio Padrão
1 Conceito de competitividade 1 4 3,6 1,19
2 Conceito de competitividade 2 4 3,9 0,80
Total A 8 7,6 1,46
3 Medida de Competitividade 1 2 3,1 0,94
4 Medida de Competitividade 2 2 3,2 1,39
5 Medida de Competitividade 3 4 4,4 0,48
Total B 11 10,6 2,00
6 Fontes de Competitividade 1 4 3,6 0,84
7 Fontes de Competitividade 2 4 3,4 1,19
8 Fontes de Competitividade 3 4 3,8 1,10
Total C 13 10,8 1,73
9 A Competitividade e o Cliente 1 4 4,0 1,08
10 A Competitividade e o Cliente 2 4 3,8 1,16
Total D 9 7,8 1,96
11 Conceito de Inovação 4 4,4 0,49
12 Conceito de Inovação 4 3,1 1,28
Total E 9 7,5 1,38
13 Medida de Inovação 4 3,2 0,92
14 Medida de Inovação 4 4,1 0,73
Total F 6 7,2 1,21
15 Níveis de Inovação 4 4,2 0,64
16 Níveis de Inovação 4 3,9 0,94
Total G 8 8,2 1,42
17 Os Riscos de Inovar 4 3,5 0,92
18 Os Riscos de Inovar 5 4,5 0,78
Total H 8 8,0 1,28
19 Inovação e o Porte da Organização 4 3,2 0,98
20 Inovação e o Porte da Organização 4 3,7 0,89
Total I 8 6,9 1,74
21 Organização Inovadora 5 4,5 0,61
22 Organização Inovadora 4 3,7 0,75
115
que apenas o agrupamento G apresentou concordância intensa por parte das empresas.
comparação dos escores possíveis de terem sido obtidos pelas empresas com os efetiva-
mente alcançados por elas e pela análise da distribuição de freqüência dos escores totais
das empresas (vide Tabelas 24, 25 e 26 acima e os estudos efetuados na Análise Agrupada
das Questões, no Apêndice deste trabalho) permitiu a constatação de que 70% das respos-
adotados, significa um grau de concordância no limite extremo do aqui definido como mo-
Tendo em vista que a presente pesquisa limitou-se ao estudo da relação entre inovação e a
Uma vez que se identificou, no referencial teórico, um grande volume de informações sob
certo ponto contraditórias, sugere-se ainda a elaboração de trabalho similar a este, mas com
A escala do tipo Likert, aqui utilizada, não pretende ser, como dizem Selltiz at al (1987: 63),
“... mais do que uma escala ordinal ...”, que permite a ordenação de indivíduos através da
favorabilidade de sua atitude com relação ao objeto em estudo, porém não apresenta base
para dizer o quanto um determinado indivíduo é mais favorável do que um outro, o que se
trata de uma limitação que certamente contribui para distorções nos resultados alcançados.
Importante ainda citar que sempre é possível se questionar a integridade das respostas ao
questionário do tipo Likert ou qualquer outro, no que diz respeito à possibilidade de o sujeito
10 CONCLUSÃO
O objetivo geral proposto para este trabalho consistiu na ampliação do conhecimento exis-
tente acerca da inovação como fator de competitividade, de forma que se permitisse a pro-
O problema lançado para ser esclarecido, ao início do estudo, questionava qual seria o grau
Os resultados das análises efetuadas nos dados das empresas, mediante as regras dese-
nhadas por ocasião da elaboração dos arranjos metodológicos permitiram que se concluísse
que 70% (concordância modesta) das manifestações das empresas da indústria eletro-
eletrônica brasileira, para com o total dos fundamentos teóricos estudados, foram de con-
cos, financeiros e de mercado que antecipam o futuro, e desenvolver novos produtos, novas
necessidades para os clientes e novas maneiras de fazer negócio (Fahey, 1999); assim co-
mo com a afirmação de que Inovação é um produto, serviço ou idéia que é percebida pelo
consumidor como sendo uma novidade que possui efeitos além daqueles modelos de con-
Todavia, apesar de, na análise global, 70% das manifestações das empresas terem sido de
cordância mais baixo encontrado foi de apenas 35%, em uma afirmação relacionada com as
medidas de competitividade, onde o referencial teórico dizia que o lucro, é apontado como
sendo uma das mais utilizadas medidas do desempenho competitivo passado da organiza-
ção, mas que pode, entretanto, ser também um indicador de falta de competitividade no f u-
turo.
119
A maior discordância manifestada pelas empresas (53%) foi evidenciada em relação à po-
lêmica, mas ostensivamente citada, afirmação de Buzzel e Gale (1987) de que o lucro rela-
ciona-se negativamente tanto com a intensidade com que as empresas investem em pes-
Do outro lado, a afirmação de que a inovação é uma atividade de cooperação, que emerge
da integração de múltiplas perspectivas (Galbraith & Lawler III, 1995), e que requer intera-
1998) não recebeu qualquer manifestação de discordância por parte das empresas.
Sugeria a hipótese de pesquisa lançada no início deste estudo ainda, que na análise indivi-
meiam a base teórica em estudo, alguns casos de graus mais baixos e mais altos de con-
cordância e discordância eventualmente, seriam verificados. Com base nos resultados ex-
vimento de inovações, já que nenhuma empresa pode pagar o preço de parar de inovar.pois
o ciclo de vida dos produtos está diminuindo cada vez mais e os produtos antigos perdem o
Uma inovação, segundo a teoria endossada pelas empresas estudadas, é um produto, ser-
viço ou idéia que é percebida pelo consumidor como sendo uma novidade que possui efei-
tos além daqueles modelos de consumo até então estabelecidos. é vital para a sobrevivên-
cia futura das organizações, importante recurso para a obtenção e sustentação de vantagem
são recursos competitivos de difícil imitação, que não se deterioram facilmente ao longo do
tempo.
Para medir o desempenho inovador, é consenso que se pode utilizar indicadores tais como
gerado pela venda de novos produtos; bem como o percentual de inovações bem-sucedidas
suas relações.
Ainda com esse fim, buscou-se também a identificação de eventuais consensos ou discor-
Acreditava-se que uma eventual indicação de discordância ou não concordância, por parte
das empresas, com a base teórica da inovação e da competitividade, poderia vir a sinalizar
com alguma hipótese ou caminho no sentido de se explicar, mesmo que de forma parcial, o
idéia de que o lucro é apontado como sendo uma das mais utilizadas medidas do desempe-
nho competitivo passado da organização, mas que pode, entretanto, ser também um indica-
que vai contra o que fazem a maioria das empresas (Stevens, 1999); ou não reconhecem a
fragilidade do uso do lucro com esse fim (Day, 1997a); ou ainda ambas as opções anterio-
121
res.
Como visto, o lucro relaciona-se negativamente tanto com a intensidade com que as empre-
forma análoga ao dito há pouco, pelo menos uma das seguintes opções é verdade: ou as
empresas não entendem ser o lucro uma medida de competitividade ou entendem que ino-
var garante o sucesso competitivo. O cruzamento dessas duas informações induz que se
suponha que:
Hipótese 1: As empresas inovadoras não entendem que o lucro é uma medida de desempe-
nho competitivo passado da organização e que pode ser também um indicador de falta de
competitividade no futuro. Dessa forma, também não entendem a relação da inovação com
o lucro.
Outro exemplo de sinalização residiu na observação de que se, por um lado, as empresas
concordam com a tese de que a inovação é uma atividade de cooperação que emerge da
organizacional tende a inibir a criatividade (Galbraith & Lawler III, 1995), com o que se evi-
Vale destacar, também, que um não tão expressivo número de respostas de empresas
(58%) concordou de alguma forma com a afirmação de que inovar é uma atividade de risco
pois a probabilidade de insucesso é grande (Engel et al, 1993) e nunca foi tão fácil copiar
uma inovação (Jonash, 2000). Considerando que algumas vezes o inovador não é hábil pa-
122
ra concentrar a produção de valor somente para si, acabando por dividir parte dos benef í-
cios gerados pela inovação com imitadores (Grant, 1998), torna-se oportuno sugerir que:
dessa forma, permitem a divisão do seu sucesso competitivo inovador com imitadores.
Para finalizar, tendo sido confirmada no campo a grande maioria dos fundamentos teóricos
atingido aos objetivos exploratórios almejados, tem-se a nítida certeza de que o pequeno
progresso obtido em relação ao conhecimento antes detido permitirá alçar vôos mais ousa-
dos à frente.
Apesar de este trabalho não ter tido nenhuma pretensão de esgotar o tema, espera-se que
ele possa vir a contribuir de alguma maneira para clarear os ainda obscuros caminhos da
obtenção de vantagem competitiva através do cada dia mais importante recurso da inova-
ção.
123
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AAKER, David A. Developing Business Strategies. 5.ed. New York: Wiley, 1998.
AAKER, David A. Managing assets and skills: the key to a sustainable competitive ad-
vantage. California Management Review. Winter 1989. p.91-106. apud AAKER, David A.
Business Review. Boston: HBS Press, Nov./Dec. 1967. apud ANSOFF, Igor; McDON-
p.206
ARMITAGE, Kenneth P. What is competitiveness ... and who competes?. The British Journal
AZEVEDO, Israel Belo. O prazer da produção científica. 6.ed. Piracicaba: Unimep, 1998.
BOOZ, ALLEN & HAMILTON. Management of new products. 1984. apud. REA, Peter;
BOOZ, ALLEN & HAMILTON. New product management for the 1980s. New York: Booz,
Allen & Hamilton, 1982. apud KOTLER, Philip. Marketing management: analysis, plan-
ning, implementation and control. 9.ed. New Jersey: Prentice-Hall, 1997. p.307.
BOOZ, ALLEN & HAMILTON. Powering competitive advantage in the 21 st century [on line].
Campus, 1999.
BUZZEL, R. D.; GALE, B. T. The PIMS principles: linking strategy to performance. New York:
124
CABRAL, Álvaro; NICK, Eva. Dicionário técnico de Psicologia. São Paulo, Cultrix, 1997.
CHANDLER, Alfred D. The enduring logic of industrial success. Mar./Apr. 1990. In: MONT-
GOMERY, Cynthia A.; PORTER, Michael (Eds.). Strategy: seeking and securing com-
CHANDY, Rajesh K.; TELLIS, Gerard J. Organizing for radical product innovation: the over-
looked role of willingness to cannibalize. Journal of Marketing Research [on line], Chica-
2000.
DAY, George. Maintaining the competitive edge: creating and sustaining advantages in dy-
namic competitive environments. In: DAY, George; REIBSTEIN, David J.; GUNTHER,
Robert E. (Eds.). Wharton on dynamic competitive strategy. New York, Wiley, 1997a.
p.48-75.
DAY, George; REIBSTEIN, David J.; GUNTHER, Robert E. (Eds.). Wharton on dynamic
DRUCKER, Peter. Management Challenges for the 21st Century. New York: Harper Collins,
1999b.
DRUCKER, Peter. Managing for results. New York: Harper & Row, 1964.
125
DRUCKER, Peter. Sociedade pós-capitalista. São Paulo: Pioneira; São Paulo: Publifolha,
1999c.
DRUCKER, Peter. The discipline of innovation. May/Jun. 1985. In: DRUCKER, Peter. On the
DRUCKER, Peter. The new productivity. Nov./Dec. 1991. In: DRUCKER, Peter. On the pro-
ENGEL, James; BLACKWELL, Roger D.; MINIARD, Paul W. Consumer behavior. 7.ed. Or-
ENRIGHT, M. The geographic scope of competitive advantage. In: DIRVEN, J.; GROE-
FAHEY, Liam. Strategic management: today’s most important business challenge. In:
FAHEY, Liam; RANDALL, Robert M (Eds.). The portable MBA in strategy. New York:
FAHEY, Liam. Competitors: outwitting, outmaneuvering and outperforming. New York: Wiley,
1999.
FERREIRA, Aurélio B. H. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 2.ed. Rio de Janei-
FRY, Louis W.; SAXBERG, Borje O. Homo ludens: playing man and creativity in innovation
and processes. 2.ed. St. Paul: MN, 1986. apud GRANT, Robert M. Contemporary Strat-
126
GALBRAITH, Jay R.; LAWLER III. Organizando para competir no futuro: estratégia para ge-
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1995.
GREEN, Paul E.; KRIEGER, Abba M. Using conjoint analysis to view competitive interaction
through the customer’s eyes. In: DAY, George; REIBSTEIN, David J.; GUNTHER, Rob-
ert E. (Eds.). Wharton on dynamic competitive strategy. New York, Wiley, 1997. p.343-
367.
HAMEL, Gary; PRAHALAD, C. K. Strategy as stretch and leverage. Mar./Apr. 1993. In: SE-
GAL-HORN, Susan (Ed.). The strategy reader. Oxford: Blackwell, 1998. p.35-49.
James Brian (Eds.). Readings in the Strategy Process. 3.ed. New Jersey: Prentice-Hall,
1998. p.199-202.
HENDERSON, Bruce. The origin of strategy. Nov./Dec. 1989. In: MONTGOMERY, Cynthia
A.; PORTER, Michael (Eds.). Strategy: seeking and securing competitive advantage.
tional Dynamics [on line], New York, Summer 1999. Disponível em:
127
manter uma estratégia de marketing no mercado. São Paulo, Makron Books, 1996.
HUCZYNSKI, Andrzej A. Management gurus: what makes them and how to become one.
1993. In: SEGAL-HORN, Susan (Ed.). The strategy reader. Oxford: Blackwell, 1998.
p.430-437.
JONASH, Ron. Product innovation: staying ahead of competition. USA Today [on line], New
2000.
JONES, Geoff. Perspectives on strategy. In: SEGAL-HORN , Susan (Ed.). The strategy rea-
KRUGMAN, Paul R. Competitiveness [on line]. s.l.: s.e, 1997. Disponível em:
2000.
KRUGMAN, Paul R. Internacionalismo pop. Rio de Janeiro: Campus; São Paulo: Publifolha,
1999.
LEVIN, Jack. Estatística aplicada a ciências humanas. 2.ed. São Paulo: Harbra, 1987.
LEVINE, David M.; BERENSON, Mark L.; STEPHAN, David. Statistics for managers: using
128
LOBO, Haddock. Psicologia geral e aplicada à Administração. São Paulo: Atlas, 1969.
MASON, Emanuel J.; BRAMBLE William J. Research in education and the behavioral sci-
MINTZBERG, Henry; AHLSTRAND, Bruce; LAMPEL, Joseph. Strategy safari: a guided tour
through the wilds of strategic management. New York: The Free Press, 1998.
MINTZBERG, Henry. Crafting strategy. July/Aug. 1987. In: MONTGOMERY, Cynthia A.;
PORTER, Michael (Eds.). Strategy: seeking and securing competitive advantage. Bos-
MINTZBERG, Henry. The innovative organisation. In: MINTZBERG, Henry; QUINN, James
Brian (Eds.). Readings in the Strategy Process. 3.ed. New Jersey: Prentice-Hall, 1998.
p.309-323.
MINTZBERG, Henry. Who should control the corporation. Fall 1984. In: MINTZBERG, Henry;
QUINN, James Brian (Eds.). Readings in the Strategy Process. 3.ed. New Jersey: Pren-
Anpei 2000 [on line]. São Paulo: ANPEI, 2001. Disponível em:
OHMAE, Kenichi. Getting back to strategy. Nov./Dec. 1988. In: MONTGOMERY, Cynthia A.;
PORTER, Michael (Eds.). Strategy: seeking and securing competitive advantage. Bos-
OLIVEIRA, Silvio Luiz. Tratado de metodologia científica. 2.ed. São Paulo: Pioneira, 1999.
PETERS, Thomas J.; WATERMAN, Robert H. In search of excellence: lessons from Ameri-
129
ca’s best-run companies. New York, Harper and Row, 1982. p.203. apud AAKER, David
PFEFFER, Jeffrey. The human equation: building profits by putting people first. Boston: HBS
Press, 1998.
1994.
PORTER, Michael. Clusters and competition. 1998 In: PORTER, Michael. On competition.
PORTER, Michael. Competitive Strategy: techniques for analyzing industries and competi-
PORTER, Michael. The competitive advantage of nations. Mar./Apr. 1990. In: PORTER, Mi-
PRAHALAD, C. K.; HAMEL, Gary. The core competence of the corporation. May/Jun. 1990.
In: MONTGOMERY, Cynthia A.; PORTER, Michael (Eds.). Strategy: seeking and secur-
QUINN, James Brian. Managing innovation: controlled chaos. May/June 1985. In:
MINTZBERG, Henry; QUINN, James Brian (Eds.). Readings in the Strategy Process.
QUINN, James Brian. Strategies for change. 1980. In: MINTZBERG, Henry; QUINN, James
Brian (Eds.). Readings in the Strategy Process. 3.ed. New Jersey: Prentice-Hall, 1998.
p.3-10.
QUINN, James Brian; MUELLER, James A. Transferring research results to operations. Har-
vard Business Review, Jan.-Feb. 1963. Boston: HBS Press, 1963. apud REA, Peter;
QUINN, James Brian; HILMER, Frederick G. Core competencies and strategic outsourcing.
Summer 1994. In: MINTZBERG, Henry; QUINN, James Brian (Eds.). Readings in the
REA, Peter; KERZNER, Harold. Strategic Planning. New York: VNR, 1997.
RICHARDSON, Roberto Jarry et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3.ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
ROBERTSON, Thomas S. The process of innovation and the diffusion of innovation. Journal
of Marketing, Jan. 1967. p.14-19. apud ENGEL, James; BLACKWELL, Roger D.; MIN-
IARD, Paul W. Consumer behavior. 7.ed. Orlando: Driden Press, 1993. p.730.
ROTHBERG, Robert R. Corporate strategy and product innovation. 2.ed. Free Press, 1981.
p.192. apud REA, Peter; KERZNER, Harold. Strategic Planning. New York: VNR, 1997.
p.222.
ROTHWELL R. et al. SAAPHO updated – project SAAPHO phase II. Research Policy 3,
1974. p.258-291 apud GRANT, Robert M. Contemporary Strategy Analysis. 3.ed. Mal-
RUDIO, Franz Victor, Introdução ao projeto de pesquisa científica. 15.ed. Petrópolis: Vozes,
1986.
SCHEWE, Charles D.; HIAM, Alexander Watson. The portable MBA in marketing. 2.ed. New
SCHON, D. A. Champions for radical new inventions. Harvard Business Review, Mar-Apr.
1963. p.84 apud GRANT, Robert M. Contemporary Strategy Analysis. 3.ed. Malden:
SCHWAB, Donald P. Research methods for organizational studies. New Jersey: LEA, 1999.
SELLTIZ et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. 2.ed. São Paulo: EPU, 1987. v.2
SELLTIZ et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. 2.ed. São Paulo: Edusp, 1967.
Apud RUDIO, Franz Victor, Introdução ao projeto de pesquisa científica. 15.ed. Petrópo-
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 20.ed. São Paulo: Cortez,
1996.
STEVENS, Tim. Winning the world over. Industry Week [on line], Cleveland, Nov. 15 1999.
STEWART III, G. Bennett. The Quest for Value: The EVATM Management Guide. s.l.,
HarperCollins, 1990.
TRACEY, Michael; VONDEREMBSE, Mark A.; LIM, Jeen-Su. Manufacturing technology and
Journal of Operations Management [on line], Columbia, Jun. 1999. Disponível em:
TUSHMAN, Michael L.; O’REILLY III, Charles A. Winning through innovation: a practical
guide to leading organizational change and renewal. Boston, HBS Press, 1997. apud
132
AAKER, David A. Developing Business Strategies. 5.ed. New York: Wiley, 1998. p.291.
agement Review, Winter 1979. p.37-49 apud GRANT, Robert M. Contemporary Strategy
TYSON, Laura D’Andrea. Who’s bashing whom: trade conflict in high-technology industries.
Washington: Institute for International Economics, 1992. apud KRUGMAN, Paul R. In-
ternacionalismo pop. Rio de Janeiro: Campus; São Paulo, Publifolha, 1999. p.6.
VALENZUELA, Jose Luis Duran; VILLACORTA, Fernando Sanchez. The relationships be-
tween the companies and their suppliers. Journal of Business Ethics [on line], Dordrecht,
WITTINGTON, R. What’s strategy and does it matter? London: Routledge, 1993. apud
APÊNDICE
134
Questão 1
6%
24%
18% 5 pontos
4 pontos
6% 3 pontos
2 pontos
1 ponto
46%
O Gráfico 01 acima mostra que a maioria (70%) dos respondentes concordou com a afirma-
ção (item) de que competitividade é um conceito relativo, que só faz sentido quando diz res-
peito a pelo menos duas coisas tais como empresas ou nações, já que quem possui vanta-
gem, possui vantagem sobre outrem. Considerando o total dos sujeitos, 24% concordaram
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de concordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,6, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção concordo totalmen-
te.
O desvio padrão de 1,19, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
135
Questão 2
O Gráfico 02 abaixo mostra que a maioria (76%) dos respondentes concorda com a afirma-
vantagem competitiva sobre os seus concorrentes. Considerando o total dos sujeitos, 24%
proposta.
0%
6%
24%
18% 5 pontos
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
52%
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de concordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,9, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção concordo totalmen-
te.
O desvio padrão de 0,80, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média nessa questão.
136
Questão 3
Conforme se pode observar no Gráfico 03 a seguir, apenas 35% dos respondentes concor-
dou com a afirmação (item) de que o lucro é apontado como uma das mais utilizadas medi-
das do desempenho competitivo passado da organização mas pode também ser um indica-
dor de falta de competitividade no futuro, a despeito do fato de que não foi registrada ne-
(36%) retornou que discorda da afirmação. Considerando o total dos sujeitos, apenas 6%
0%
6%
5 pontos
36%
29% 4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
29%
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de discordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,1, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção concordo totalmen-
te.
O desvio padrão de 0,94, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
137
tão.
Questão 4
Nesta questão, apenas 47% dos respondentes respondeu que não concorda com a afirma-
ção (item) de que as medidas não econômicas da competitividade, tais como a satisfação e
a lealdade dos clientes, são mais fáceis de serem quantificadas porém não servem como
indicadores da saúde da empresa no longo prazo, e considerando o total dos sujeitos, 29%
la adotada. Outros 47% dos respondentes responderam que concordam ou concordam to-
6%
29% 5 pontos
4 pontos
41% 3 pontos
2 pontos
1 ponto
18%
6%
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de concordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,2, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção discordo totalmente.
O desvio padrão de 1,39, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
138
Questão 5
Nesta questão, a totalidade dos respondentes (100%) respondeu que concordou com a
afirmação (item) de que para vencer a batalha competitiva é preciso dominar os parâmetros
tos , novas necessidades para os clientes e novas maneiras de fazer negócio, e destes,
escala adotada.
0%
5 pontos
35%
4 pontos
3 pontos
2 pontos
65%
1 ponto
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de concordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 4,4, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção concordo totalmen-
te.
O desvio padrão de 0,48, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 6
Nesta questão, a maioria dos respondentes (59%) respondeu que concordou com a afirma-
139
ção (item) de que existe um grande número de fontes de competitividade, as quais podem
ser divididas entre aquelas de mais fácil imitação, mais sujeitas a um processo de decadên-
cia, e aquelas de difícil imitação, e considerando o total dos sujeitos, 12% foram mais enfáti-
12% 0% 12%
5 pontos
4 pontos
29% 3 pontos
2 pontos
47% 1 ponto
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de concordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,6, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção concordo totalmen-
te.
O desvio padrão de 0,84, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 7
Nesta questão, a maioria dos respondentes (58%) respondeu corretamente que discorda da
afirmação (item) de que inúmeras são as fontes tradicionais de competitividade, tais como
140
mercados regulamentados e marcas, e a cada dia essas fontes consolidam mais a sua força
enquanto recursos competitivos, e considerando o total dos sujeitos, 12% foram mais enfáti-
12% 12%
5 pontos
12%
4 pontos
3 pontos
2 pontos
18%
46% 1 ponto
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de discordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,4, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção discordo totalmente.
O desvio padrão de 1,19, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 8
Nesta questão, a grande maioria dos respondentes (82%) respondeu que discorda da afir-
mação (item) de que os funcionários e a forma com que as empresas os gerenciam são re-
cursos competitivos de fácil imitação, que deterioram com o passar do tempo, e consideran-
do o total dos sujeitos, 24% foram mais enfáticos e discordaram totalmente, obtendo a pon-
141
tuação máxima de 5 na escala adotada. 18% dos respondentes responderam que concor-
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de discordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,8, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção discordo totalmente.
6%
12% 24%
5 pontos
0% 4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
58%
O desvio padrão de 1,10, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 9
Nesta questão, a grande maioria dos respondentes (82%) respondeu que concordou com a
afirmação (item) de que o objetivo da estratégia competitiva é criar valor para os clientes
pois, em termos competitivos, valor é o montante que os clientes estão dispostos a pagar
por aquilo que uma empresa lhes fornece, e considerando o total dos sujeitos, 35% foram
tada. Apenas 12% dos respondentes responderam que discordam ou discordam totalmente
142
6%
6%
5 pontos
6% 35%
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
47%
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de concordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 4,0, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção concordo totalmen-
te.
O desvio padrão de 1,08, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 10
Nesta questão, a maioria dos respondentes (70%) respondeu que concordou com a afirma-
ção (item) de que é preciso atender aos clientes mas os objetivos da organização somente
serão considerados atingidos se os clientes tiverem sido bem atendidos de forma a produzir
lucro para os proprietários da empresa, e considerando o total dos sujeitos, 29% foram mais
6%
12%
29% 5 pontos
4 pontos
12% 3 pontos
2 pontos
1 ponto
41%
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de concordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,8, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção concordo totalmen-
te.
O desvio padrão de 1,16, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 11
Nesta questão, a totalidade dos respondentes (100%) respondeu que concordou com a
afirmação (item) de que inovação é um produto, serviço ou idéia que é percebida pelo con-
sumidor como sendo uma novidade que possui efeitos além daqueles modelos de consumo
até então estabelecidos, e destes, 41% foram mais enfáticos e concordaram totalmente, ob-
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de concordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 4,4, para uma
144
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção concordo totalmen-
te.
0%
5 pontos
41% 4 pontos
3 pontos
59% 2 pontos
1 ponto
O desvio padrão de 0,49, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 12
12% 12%
5 pontos
4 pontos
29% 3 pontos
2 pontos
41%
1 ponto
6%
Nesta questão, pouco mais da metade dos respondentes (53%) respondeu que discorda da
afirmação (item) de que a inovação decorre do processo de evolução natural das coisas,
145
sendo, muitas das vezes, função do acaso provocado pela necessidade do consumidor, e
considerando o total dos sujeitos, 12% foram mais enfáticos e discordaram totalmente, ob-
se neutros na questão.
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de discordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,1, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção discordo totalmente.
O desvio padrão de 1,28, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 13
0%
0%
5 pontos
35%
4 pontos
53% 3 pontos
2 pontos
1 ponto
12%
Nesta questão, pouco mais da metade dos respondentes (53%) respondeu que discordou
ção de tecnologia, ativos fixos e treinamento, indicam se uma firma é ou não bem-sucedida
no desenvolvimento de novos produtos, e destes, ninguém foi mais enfático e discordou to-
146
talmente, para obter a pontuação máxima de 5 na escala adotada. 35% dos respondentes
na questão.
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de discordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,2, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção discordo totalmente.
O desvio padrão de 0,92, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 14
6% 0%
6% 24%
5 pontos
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
64%
Nesta questão, a grande maioria dos respondentes (90%) respondeu que concordou com a
afirmação (item) de que a quantidade de projetos finalizados e patentes obtidas, assim como
o faturamento ou lucros gerados por produtos novos, são indicadores do desempenho ino-
vador da firma, e considerando o total dos respondentes, 24% foram mais enfáticos e con-
dos respondentes responderam que discordam da afirmação apresentada mas não se verifi-
147
questão.
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de concordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 4,1, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção concordo totalmen-
te.
O desvio padrão de 0,73, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 15
0%
12% 0%
5 pontos
35%
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
53%
Nesta questão, a grande maioria dos respondentes (88%) respondeu que concordou com a
escala adotada. Nenhum dos respondentes respondeu que discordava ou discordava total-
questão.
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de concordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 4,2, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção concordo totalmen-
te.
O desvio padrão de 0,64, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 16
Nesta questão, a maioria dos respondentes (76%) respondeu que concordou com a afirma-
ção (item) de que os níveis de inovação vão desde a re-introdução de um mesmo produto,
tal qual um novo uso ou uma nova aparência, até o produto genuinamente novo, e conside-
rando o total dos respondentes, 29% foram mais enfáticos e concordaram totalmente, para
obter a pontuação máxima de 5 na escala adotada. 12% dos respondentes retornaram que
12% 0%
29% 5 pontos
12%
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
47%
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
149
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de concordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,9, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção concordo totalmen-
te.
O desvio padrão de 0,94, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 17
Nesta questão, a maioria dos respondentes (58%) respondeu que discorda da afirmação
(item) de que inovar é uma atividade de risco pois a probabilidade de insucesso é grande
mas esse risco tem se reduzido pelo fato de que a cada dia fica mais difícil copiar uma ino-
vação, e considerando o total dos respondentes, 12% foram mais enfáticos e discordaram
totalmente, para obter a pontuação máxima de 5 na escala adotada. 18% dos respondentes
0% 12%
18%
5 pontos
4 pontos
3 pontos
24% 2 pontos
46% 1 ponto
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de discordo com a afirmativa e a média dos pon-
150
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,5, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção discordo totalmente.
O desvio padrão de 0,92, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 18
Nesta questão, a grande maioria dos respondentes (94%) respondeu que discorda da afir-
mação (item) de que não inovar é uma opção saudável para aquelas empresas que possu-
em marcas e produtos com mercado estabilizado e que não desejam assumir grandes riscos
no futuro, e considerando o total dos respondentes, 59% foram mais enfáticos e discorda-
ram totalmente, para obter a pontuação máxima de 5 na escala adotada. 6% dos respon-
dentes responderam que concordavam com a afirmação apresentada e nenhum dos res-
6%
0% 0%
5 pontos
4 pontos
35% 3 pontos
59% 2 pontos
1 ponto
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
dos pontos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 4,5, para
uma questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção discordo total-
151
mente.
O desvio padrão de 0,78, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 19
Nesta questão, a metade dos respondentes (52%) respondeu que discorda da afirmação
(item) de que as grandes empresas tendem a obter melhor desempenho em termos de ino-
vação, entretanto, considerando o total dos respondentes, nenhum foi mais enfático e dis-
cordou totalmente, para obter a pontuação máxima de 5 na escala adotada. 30% dos res-
0%
6%
5 pontos
24%
4 pontos
52% 3 pontos
2 pontos
1 ponto
18%
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de discordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,2, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção discordo totalmente.
O desvio padrão de 0,98, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
152
tão.
Questão 20
Nesta questão, a maioria dos respondentes (76%) respondeu que discorda da afirmação
(item) de que nas grandes organizações as inovações podem ser incorporadas na estratégia
mais rápida e facilmente do que nas pequenas, e considerando o total dos respondentes,
12% foram mais enfáticos e discordaram totalmente, para obter a pontuação máxima de 5
na escala adotada. Não se observou nenhuma concordância total mas 18% dos responden-
0% 12%
18%
5 pontos
6% 4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
64%
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de discordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,7, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção discordo totalmente.
O desvio padrão de 0,89, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
153
Questão 21
Nesta questão, a grande maioria dos respondentes (94%) respondeu que concorda com a
afirmação (item) de que a inovação é uma atividade de cooperação que emerge da integra-
questão.
0%
6% 0%
5 pontos
4 pontos
41% 53% 3 pontos
2 pontos
1 ponto
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de concordo totalmente com a afirmativa e a mé-
dia dos pontos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 4,5,
para uma questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção concordo
totalmente.
O desvio padrão de 0,61, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
154
Questão 22
Nesta questão, a maioria dos respondentes (76%) respondeu que discorda da afirmação
(item) de que a descentralização das decisões prejudica as inovações pelo fato de que os
o total dos respondentes, 6% foram mais enfáticos e discordaram totalmente, para obter a
pontuação máxima de 5 na escala adotada. 12% dos respondentes responderam que con-
relação à questão.
0%
12%
6%
5 pontos
12%
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
70%
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de discordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,7, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção discordo totalmente.
O desvio padrão de 0,75, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 23
Nesta questão, menos da metade dos respondentes (46%) respondeu que concorda com a
155
criatividade e a empresa orientada com forte controle organizacional tende a inibir a criativi-
dade, e considerando o total dos respondentes, 12% foram mais enfáticos e concordaram
totalmente, para obter a pontuação máxima de 5 na escala adotada. 30% dos respondentes
12% 12%
5 pontos
18% 4 pontos
3 pontos
34% 2 pontos
1 ponto
24%
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de concordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,2, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção concordo totalmen-
te.
O desvio padrão de 1,20, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 24
Nesta questão, a maioria dos respondentes (76%) respondeu que discorda da afirmação
(item) de que para estimular o desenvolvimento de inovações a empresa deve exigir dos
156
seus empregados o estrito, fiel e inflexível cumprimento das estratégias traçadas, e conside-
rando o total dos respondentes, 24% foram mais enfáticos e discordaram totalmente, para
concordavam com a afirmação apresentada mas nenhum concordou totalmente. 18% dos
0%
6%
24%
18% 5 pontos
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
52%
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de discordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,9, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção discordo totalmente.
O desvio padrão de 0,80, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 25
Nesta questão, a maioria dos respondentes (70%) respondeu que concorda com a afirma-
ção (item) de que para introduzir um novo produto no mercado é necessária a presença de
um líder que exerça o papel de promotor e maestro do processo, tendo em vista o seu com-
ram mais enfáticos e concordaram totalmente, para obter a pontuação máxima de 5 na es-
cala adotada. 18% dos respondentes responderam que discordavam da afirmação apresen-
tada mas nenhum discordou totalmente. 12% dos respondentes mostraram-se neutros em
relação à questão.
0%
18% 6%
5 pontos
4 pontos
12% 3 pontos
2 pontos
1 ponto
64%
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de concordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,6, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção concordo totalmen-
te.
O desvio padrão de 0,84, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 26
Nesta questão, a maioria dos respondentes (53%) respondeu que discorda da afirmação
gerenciais, e considerando o total dos respondentes, 12% foram mais enfáticos e discorda-
158
ram totalmente, para obter a pontuação máxima de 5 na escala adotada. 29% dos respon-
dentes responderam que concordavam com a afirmação apresentada mas nenhum concor-
0% 12%
29% 5 pontos
4 pontos
3 pontos
41% 2 pontos
1 ponto
18%
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de discordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,4, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção discordo totalmente.
O desvio padrão de 1,03, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 27
Nesta questão, a grande maioria dos respondentes (82%) respondeu que discorda da afir-
mação (item) de que apesar de a inovação ser um importante recurso para a obtenção de
sucesso competitivo, para sobreviver, toda empresa precisa eventualmente parar de inovar
para realizar lucros, e considerando o total dos respondentes, 24% foram mais enfáticos e
discordaram totalmente, para obter a pontuação máxima de 5 na escala adotada. 18% dos
questão.
0%
18% 24%
5 pontos
0%
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
58%
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de discordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,9, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção discordo totalmente.
O desvio padrão de 0,96, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 28
Nesta questão, a maioria dos respondentes (64%) respondeu que concorda com a afirma-
ção (item) de que quanto maior a turbulência do setor, maiores são o grau de inovação ne-
mas nenhum discordou totalmente. 18% dos respondentes mostraram-se neutros em rela-
160
ção à questão.
0%
18% 24%
5 pontos
4 pontos
18% 3 pontos
2 pontos
1 ponto
40%
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de concordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 3,7, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção concordo totalmen-
te.
O desvio padrão de 1,02, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 29
Nesta questão, a grande maioria dos respondentes (88%) respondeu que concorda com a
batalha competitiva, e considerando o total dos respondentes, 24% foram mais enfáticos e
12% 0%
24%
5 pontos
4 pontos
3 pontos
2 pontos
1 ponto
64%
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de concordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 4,1, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção concordo totalmen-
te.
O desvio padrão de 0,58, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
Questão 30
Nesta questão, menos da metade dos respondentes (41%) respondeu que discorda da afir-
mação (item) de que na média das empresas os investimentos em P&D e a taxa de introdu-
ção de novos produtos são positivamente relacionados com a lucratividade, o que indica que
ram mais enfáticos e discordaram totalmente, para obter a pontuação máxima de 5 na esca-
relação à questão.
162
6% 6%
5 pontos
4 pontos
35%
3 pontos
47% 2 pontos
1 ponto
6%
A distribuição das respostas à questão acima apresentou que a opção de resposta mais se-
lecionada pelos respondentes (moda) foi a de concordo com a afirmativa e a média dos pon-
tos obtidos por estes na aplicação da escala neste trabalho adotada foi de 2,9, para uma
questão cuja pontuação máxima (5) seria obtida pela seleção da opção discordo totalmente.
O desvio padrão de 1,13, em torno da distribuição das respostas nesta questão, indica a va-
riabilidade das respostas fornecidas pelos respondentes em relação à média para a ques-
tão.
163
agrupamentos (séries), bem como a quantidade de respostas dos respondentes que obtive-
ram cada um dos escores (de 1 a 5, de acordo com a Tabela 20 citada na metodologia),
passa-se a descrever a seguir os resultados das análises dos grupos de questões, através
da comparação dos escores possíveis de serem pelas empresas obtidos com os efetiva-
mente alcançados por elas e da análise da distribuição de freqüência dos escores por em-
74% das respostas selecionadas pelos sujeitos da pesquisa para a série A – Conceito de
seguir.
de competitividade, apresentou uma moda de 8 pontos e um desvio padrão de 1,46 que re-
flete a dispersão dos dados em relação à média obtida pelas empresas, a qual foi de 7,6
164
pontos, em uma distribuição que apresentou uma amplitude total de 6 pontos (de um máxi-
mo de 8 possíveis).
A - Conceito de Competitividade
Empresa
1 2 Total (A)
5 5,00 5,00 10,00
8 5,00 5,00 10,00
2 5,00 4,00 9,00
1 4,00 4,00 8,00
6 4,00 4,00 8,00
7 5,00 3,00 8,00
9 4,00 4,00 8,00
10 4,00 4,00 8,00
12 3,00 5,00 8,00
14 4,00 4,00 8,00
16 4,00 4,00 8,00
3 2,00 5,00 7,00
15 4,00 3,00 7,00
17 4,00 2,00 6,00
4 2,00 4,00 6,00
11 2,00 4,00 6,00
13 1,00 3,00 4,00
Fonte: o autor deste trabalho
A análise horizontal da Tabela 28 acima indica que duas empresas (5 e 8) atingiram a pon-
tuação máxima possível (10 pontos), enquanto que a menor pontuação foi obtida pela em-
presa 13 (4 pontos, onde o mínimo possível era 2). Em um patamar intermediário, a empre-
61% das respostas selecionadas pelos sujeitos da pesquisa para a série B – Medida de
165
(12 + 19 = 31) e o total de respostas possíveis (51), segundo se pode observar na Tabela 29
a seguir.
reflete a dispersão dos dados em relação à média obtida pelas empresas, a qual foi de 10,6
pontos, em uma distribuição que apresentou uma amplitude total de 7 pontos (de um máxi-
mo de 12 possíveis).
B - Medida de Competitividade
Empresa
3 4 5 Total (B)
14 5,00 5,00 5,00 15,00
3 4,00 5,00 5,00 14,00
1 3,00 5,00 4,00 12,00
8 4,00 4,00 4,00 12,00
15 3,00 5,00 4,00 12,00
9 4,00 2,00 5,00 11,00
13 4,00 2,00 5,00 11,00
4 4,00 3,00 4,00 11,00
166
A análise horizontal da Tabela 30 acima indica que somente a empresa 14 atingiu a pontua-
ção máxima possível (15 pontos), enquanto que a menor pontuação foi obtida pelas empre-
sas 2, 11, 12 e 17 (8 pontos, onde o mínimo possível era 3). Em um patamar intermediário,
mente, a empresa 16 totalizou 9 pontos nas questões que tratam da medida de competitivi-
dade.
67% das respostas selecionadas pelos sujeitos da pesquisa para a série C – Fontes de
(26 + 8 = 34) e o total de respostas possíveis (51), segundo se pode observar na Tabela 31
acima.
reflete a dispersão dos dados em relação à média obtida pelas empresas, a qual foi de 10,8
pontos, em uma distribuição que apresentou uma amplitude total de 5 pontos (de um máxi-
mo de 12 possíveis).
C - Fontes de Competitividade
Empresa
6 7 8 Total (C)
8 4,00 5,00 4,00 13,00
13 4,00 5,00 4,00 13,00
14 4,00 4,00 5,00 13,00
17 4,00 4,00 5,00 13,00
2 4,00 4,00 4,00 12,00
3 4,00 4,00 4,00 12,00
12 3,00 4,00 5,00 12,00
5 4,00 3,00 4,00 11,00
11 3,00 4,00 4,00 11,00
1 5,00 1,00 4,00 10,00
9 3,00 3,00 4,00 10,00
15 2,00 4,00 4,00 10,00
6 4,00 3,00 2,00 9,00
7 3,00 4,00 2,00 9,00
10 3,00 1,00 5,00 9,00
4 2,00 2,00 4,00 8,00
16 5,00 2,00 1,00 8,00
Fonte: o autor deste trabalho
A análise horizontal da Tabela 32 acima indica que nenhuma empresa atingiu a pontuação
máxima possível (15 pontos), enquanto que a menor pontuação foi obtida pelas empresas 4
76% das respostas selecionadas pelos sujeitos da pesquisa para a série D – A Competitivi-
(11 + 15 = 26) e o total de respostas possíveis (34), segundo se pode observar na Tabela 33
a seguir.
A totalização dos pontos obtidos das respostas às questões 9 e 10, relacionadas à competi-
tividade e o cliente, apresentou uma moda de 9 pontos e um desvio padrão de 1,96 que re-
flete a dispersão dos dados em relação à média obtida pelas empresas, a qual foi de 7,8
pontos, em uma distribuição que apresentou uma amplitude total de 8 pontos (de um máxi-
mo de 8 possível).
ção máxima possível (10 pontos), enquanto que a menor pontuação foi obtida pela empresa
cliente.
D - A Competitividade e o Clien-
Empresa te
9 10 Total (D)
1 5,00 5,00 10,00
17 5,00 5,00 10,00
6 5,00 4,00 9,00
7 5,00 4,00 9,00
8 4,00 5,00 9,00
9 5,00 4,00 9,00
14 4,00 5,00 9,00
16 4,00 5,00 9,00
4 4,00 4,00 8,00
5 4,00 4,00 8,00
11 4,00 4,00 8,00
2 4,00 3,00 7,00
12 5,00 2,00 7,00
15 3,00 4,00 7,00
10 4,00 2,00 6,00
13 2,00 3,00 5,00
3 1,00 1,00 2,00
Fonte: o autor deste trabalho
Exatamente como no caso acima, 76% das respostas selecionadas pelos sujeitos da pes-
com as afirmações retiradas do referencial teórico, obtida da relação entre o número de res-
pode observar na Tabela 35 abaixo. A diferença ficou apenas pelo menor percentual de su-
170
jeitos que se manifestaram neutros com relação aos itens dessa série (3% contra 9% na an-
terior).
E - Conceito de Inovação
Empresa
11 12 Total (E)
6 5,00 4,00 9,00
7 5,00 4,00 9,00
8 5,00 4,00 9,00
11 5,00 4,00 9,00
13 4,00 5,00 9,00
14 4,00 5,00 9,00
3 4,00 4,00 8,00
4 4,00 4,00 8,00
17 4,00 4,00 8,00
1 5,00 2,00 7,00
5 4,00 3,00 7,00
10 5,00 2,00 7,00
16 5,00 2,00 7,00
2 4,00 2,00 6,00
12 4,00 2,00 6,00
9 4,00 1,00 5,00
15 4,00 1,00 5,00
Fonte: o autor deste trabalho
171
A totalização dos pontos obtidos das respostas às questões 11 e 12, relacionadas ao con-
ceito de inovação, apresentou uma moda de 9 pontos e um desvio padrão de 1,38 que refle-
te a dispersão dos dados em relação à média obtida pelas empresas, a qual foi de 7,5 pon-
tos, em uma distribuição que apresentou uma amplitude total de 4 pontos (de um máximo de
8 possíveis).
A análise horizontal da Tabela 36 acima indica que nenhuma empresa atingiu a pontuação
máxima possível (10 pontos), enquanto que a menor pontuação foi obtida pelas empresas 9
71% das respostas selecionadas pelos sujeitos da pesquisa para a série F – Medida de Ino-
24) e o total de respostas possíveis (34), segundo se pode observar na Tabela 37 acima.
Não se registrou nenhuma manifestação de discordância total com as afirmações desta sé-
172
rie.
A totalização dos pontos obtidos das respostas às questões 13 e 14, relacionadas à medida
de inovação, apresentou uma moda de 6 pontos e um desvio padrão de 1,21 que reflete a
dispersão dos dados em relação à média obtida pelas empresas, a qual foi de 7,2 pontos,
em uma distribuição que apresentou uma amplitude total de 4 pontos (de um máximo de 8
possíveis).
F - Medida de Inovação
Empresa
13 14 Total (F)
8 4,00 5,00 9,00
10 4,00 5,00 9,00
16 4,00 5,00 9,00
4 4,00 4,00 8,00
11 4,00 4,00 8,00
12 4,00 4,00 8,00
14 4,00 4,00 8,00
17 4,00 4,00 8,00
1 2,00 5,00 7,00
5 3,00 4,00 7,00
9 3,00 4,00 7,00
2 2,00 4,00 6,00
3 4,00 2,00 6,00
6 2,00 4,00 6,00
7 2,00 4,00 6,00
15 2,00 4,00 6,00
13 2,00 3,00 5,00
Fonte: o autor deste trabalho
A análise horizontal da Tabela 38 acima indica que nenhuma empresa atingiu a pontuação
máxima possível (10 pontos), enquanto que a menor pontuação foi obtida pela empresa 13
Aqui, uma expressiva parcela das respostas selecionadas pelos sujeitos da pesquisa para a
positivas retornadas (11 + 17 = 28) e o total de respostas possíveis (34), segundo se pode
A totalização dos pontos obtidos das respostas às questões 15 e 16, relacionadas aos níveis
de inovação, apresentou uma moda de 8 pontos e um desvio padrão de 1,42 que reflete a
dispersão dos dados em relação à média obtida pelas empresas, a qual foi de 8,2 pontos,
em uma distribuição que apresentou uma amplitude total de 4 pontos (de um máximo de 8
possíveis).
pontuação máxima possível (10 pontos), enquanto que a menor pontuação foi obtida pelas
da); e, finalmente, as empresas 5 e 15 obtiveram 7 pontos nas questões que tratam dos ní-
veis de inovação.
G - Níveis de Inovação
Empresa
15 16 Total (G)
6 5,00 5,00 10,00
7 5,00 5,00 10,00
8 5,00 5,00 10,00
10 5,00 5,00 10,00
16 5,00 5,00 10,00
1 5,00 4,00 9,00
2 4,00 4,00 8,00
3 4,00 4,00 8,00
4 4,00 4,00 8,00
11 4,00 4,00 8,00
14 4,00 4,00 8,00
17 4,00 4,00 8,00
5 4,00 3,00 7,00
15 3,00 4,00 7,00
9 4,00 2,00 6,00
12 4,00 2,00 6,00
13 3,00 3,00 6,00
Fonte: o autor deste trabalho
Nesta série, 76% das respostas selecionadas pelos sujeitos da pesquisa para a série H – Os
(12 + 14 = 26) e o total de respostas possíveis (34), segundo se pode observar na Tabela 41
a seguir. Como nas duas anteriores, não se registrou nenhuma manifestação de discordân-
A totalização dos pontos obtidos das respostas às questões 17 e 18, relacionadas aos riscos
175
de inovar, apresentou uma moda de 8 pontos e um desvio padrão de 1,28 que reflete a dis-
persão dos dados em relação à média obtida pelas empresas, a qual foi de 8,0 pontos, em
uma distribuição que apresentou uma amplitude total de 5 pontos (de um máximo de 8 pos-
síveis).
ação máxima possível (10 pontos), enquanto que a menor pontuação foi obtida pela empre-
H - Os Riscos de Inovar
Empresa
17 18 Total (H)
10 5,00 5,00 10,00
16 5,00 5,00 10,00
8 4,00 5,00 9,00
13 4,00 5,00 9,00
15 4,00 5,00 9,00
17 4,00 5,00 9,00
1 3,00 5,00 8,00
176
65% das respostas selecionadas pelos sujeitos da pesquisa para a série I – A inovação e o
radas do referencial teórico, obtida da relação entre o número de respostas positivas retor-
nadas (2 + 20 = 22) e o total de respostas possíveis (34), segundo se pode observar na Ta-
bela 43 a seguir.
A totalização dos pontos obtidos das respostas às questões 19 e 20, relacionadas à inova-
1,74 que reflete a dispersão dos dados em relação à média obtida pelas empresas, a qual
177
foi de 6,9 pontos, em uma distribuição que apresentou uma amplitude total de 6 pontos (de
um máximo de 8 possível).
A análise horizontal da Tabela 44 acima indica que nenhuma empresa atingiu a pontuação
máxima possível (10 pontos), enquanto que a menor pontuação foi obtida pela empresa 6 (3
pontos, onde o mínimo possível era 2). As empresas 1 e 8 obtiveram 9 pontos; as empresas
70% das respostas selecionadas pelos sujeitos da pesquisa para a série J – A Organização
178
ferencial teórico, obtida da relação entre o número de respostas positivas retornadas (19 +
seguir.
A totalização dos pontos obtidos das respostas às questões 21 a 26, relacionadas à organi-
zação inovadora, apresentou uma moda de 20 pontos e um desvio padrão de 2,88 que refle-
te a dispersão dos dados em relação à média obtida pelas empresas, a qual foi de 22,2 pon-
tos, em uma distribuição que apresentou uma amplitude total de 10 pontos (de um máximo
de 24 possíveis).
A análise horizontal da Tabela 46 a seguir indica que nenhuma empresa atingiu a pontuação
máxima possível (30 pontos), enquanto que a menor pontuação foi obtida pelas empresas 4
e 15 (18 pontos, onde o mínimo possível era 6). A empresa 16 obteve 28 pontos; a empresa
J - Organização Inovadora
Empresa
21 22 23 24 25 26 Total (J)
16 5,00 3,00 5,00 5,00 5,00 5,00 28,00
14 5,00 4,00 4,00 5,00 4,00 4,00 26,00
1 5,00 4,00 5,00 5,00 2,00 4,00 25,00
8 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 5,00 25,00
13 5,00 5,00 3,00 4,00 4,00 4,00 25,00
17 5,00 4,00 4,00 5,00 4,00 2,00 24,00
6 5,00 4,00 3,00 3,00 4,00 4,00 23,00
9 4,00 4,00 4,00 4,00 3,00 4,00 23,00
5 4,00 3,00 4,00 4,00 4,00 3,00 22,00
10 5,00 4,00 2,00 3,00 4,00 4,00 22,00
2 4,00 4,00 4,00 4,00 2,00 2,00 20,00
3 4,00 4,00 2,00 4,00 4,00 2,00 20,00
11 5,00 4,00 3,00 4,00 2,00 2,00 20,00
12 5,00 4,00 1,00 3,00 4,00 3,00 20,00
7 3,00 2,00 3,00 4,00 4,00 3,00 19,00
4 4,00 4,00 2,00 2,00 4,00 2,00 18,00
15 4,00 2,00 1,00 4,00 3,00 4,00 18,00
Fonte: o autor deste trabalho
Nesta série, 69% das respostas selecionadas pelos sujeitos da pesquisa para o agrupamen-
180
cordância total com as afirmações retiradas do referencial teórico, obtida da relação entre o
A totalização dos pontos obtidos das respostas às questões 27 a 30, referentes à relação da
de 2,20 que reflete a dispersão dos dados em relação à média obtida pelas empresas, a
qual foi de 14,6 pontos, em uma distribuição que apresentou uma amplitude total de 7 pon-
A análise horizontal da Tabela 48 acima indica que nenhuma empresa atingiu a pontuação
máxima possível (20 pontos), enquanto que a menor pontuação foi obtida pelas empresas 1,
181
5, 9 e 16 (12 pontos (moda), onde o mínimo possível era 4). A empresa 10 obteve 19 pon-
71% das respostas selecionadas pelos sujeitos da pesquisa foram de concordância ou con-
cordância total com as afirmações retiradas do referencial teórico, obtida da relação entre o
número de respostas positivas retornadas (109 + 251 = 360) e o total de respostas possíveis
Conforme explicado no capítulo da Metodologia, tendo em vista se tratar de uma escala or-
dinal, a relação do total de pontos somados pelos respondentes (1.894) com o máximo de
pontos possível de ser por eles obtido (2.550), que indicou uma pontuação média de 74% do
total de pontos possível de ser obtido na escala aqui adotada, foi aqui apenas utilizada como
pontos e um desvio padrão de 8,77 que reflete a dispersão dos dados em relação à média
obtida pelas empresas, a qual foi de 105 pontos, em uma distribuição que apresentou uma
A análise horizontal da Tabela 50 acima indica que nenhuma empresa atingiu a pontuação
máxima possível (150 pontos), enquanto que a menor pontuação foi obtida pela empresa 4
(102 pontos, onde o mínimo possível era 30). A empresa 8 obteve 132 pontos; a empresa
14 obteve 130 pontos; a empresa 17 obteve 118 pontos; a empresa 1 obteve 117 pontos; a
empresa 16 obteve 116 pontos, a empresa 10 obteve 115 pontos; a empresa 7 obteve 111
pontos; a empresa 13 obteve 110 pontos; as empresas 5 e 11 obtiveram 109 pontos; a em-
presa 9 obteve 107 pontos; a empresa 6 obteve 105 pontos; a empresa 2 obteve 104 pon-
empresarial
191
192
193