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O IMPACTO DO USO EXCESSIVO DE TECNOLOGIA, SMARTPHONES E

REDES SOCIAIS NO DESEMPENHO DOS ESTUDOS EM UNIVERSITÁRIOS


DA ÁREA DA SAÚDE NA FUPAC UBÁ
Anna Júlia Costa Andrade

Talita Meireles Vieira da Silva

INTRODUÇÃO:

A rápida evolução da tecnologia nas últimas décadas trouxe inúmeras facilidades e


benefícios para a sociedade. Entre as diversas definições de tecnologia podemos
destacar que ela é um conjunto de conhecimentos que uma sociedade dispõe sobre
ciências e artes industriais, considerando os fenômenos sociais e físicos assim como
aplicação desses conhecimentos para produzir bens e serviços (AGUIAR, 2012).
No entanto, o crescente uso de dispositivos tecnológicos, como smartphones e o
acesso constante às redes sociais, tem suscitado preocupações sobre o seu impacto na
saúde mental e desempenho acadêmico dos universitários.
Segundo as autoras Silva e Silva (2017), o uso excessivo de tecnologias expõe as
pessoas a uma grande quantidade de informações que são transmitidas rapidamente por
meio de vários aplicativos abertos simultaneamente. Isso resulta em problemas de
ansiedade e dificuldade em concentrar a atenção, tornando os usuários mais distraídos e
imediatistas.
As autoras também explicam que o grande volume de informações recebidas
diariamente pelo cérebro, como textos, imagens e vídeos, leva a uma sobrecarga da
memória de trabalho, o que impede a formação de uma memória de longo prazo.
Portanto, a informação não é processada adequadamente, o que dificulta a busca por
uma melhor compreensão.
De acordo com Pereira et al. (2018), essa exposição excessiva do cérebro a dados
hipertextuais prejudica o desenvolvimento da leitura efetiva e o armazenamento
permanente da memória. Além disso, a tecnologia desempenha as funções básicas da
memória, não estimulando o exercício de buscar informações por conta própria.
O constante fluxo de informações, a comparação social e a necessidade de
validação online podem contribuir para o desenvolvimento de ansiedade, depressão e
outros problemas psicológicos e físicos como lesões por movimentos repetitivos como
dores musculoesqueléticas e bem como enxaquecas e dormência devido ao uso
constante do telefone celular (ALSALAMEH et al., 2019).
Considerando a importância de uma formação acadêmica de boa qualidade para o
futuro profissional desses estudantes, é crucial compreender os impactos do uso
excessivo de tecnologia, redes sociais e smartphones no desempenho nos estudos.
Compreender os mecanismos subjacentes a esses efeitos negativos pode fornecer
insights valiosos para o desenvolvimento de estratégias e intervenções adequadas que
visem minimizar os danos causados pelo uso descontrolado da tecnologia.

OBJETIVOS

Avaliar o tempo gasto em tecnologia, redes sociais e smartphones, a influência


do uso excessivo de tecnologia e redes sociais no tempo dedicado aos estudos e nas
práticas de estudo dos universitários.

Analisar o impacto desse excesso de uso na concentração e na atenção durante as


atividades acadêmicas incluindo notas, participação em sala de aula e envolvimento
com atividades extracurriculares.

Explorar as percepções dos universitários sobre os efeitos do uso excessivo de


tecnologia, redes sociais e smartphones em seu desempenho acadêmico e na sua saúde
mental, assim como propor estratégias e intervenções para que possam ajudar os
estudantes a lidar de forma saudável e equilibrada com o uso dos smartphones, de modo
a melhorar seu desempenho nos estudos.

MÉTODO

Para realizar nossa pesquisa, utilizamos sites como Scielo e PubMed realizando
buscas bibliográficas relacionadas ao tema, a fim de embasar nosso estudo. O presente
trabalho se trata de um estudo transversal descritivo, cujo objetivo é descrever
características, comportamentos, condições de saúde ou outros aspectos de uma
população em um determinado momento. Para coletar os dados, optamos por utilizar
questionários por meio do Google Formulários, contendo perguntas pertinentes ao tema,
direcionadas ao público-alvo composto por estudantes universitários da Faculdade
FUPAC Ubá. Após a coleta dos dados, realizaremos a tabulação e análise, para em
seguida apresentar os resultados obtidos.

REFERÊNCIAS

AGUIAR, R. R. S. (2012). Tecnologias da Informação e Educação: uma relação


necessária. http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/
Pedagogia2/atecnologiaeed.pdf
Alsalameh, A. M., Harisi, M. J., Alduayji, M. A., Almutham, A. A., & Mahmood, F. M.
(2019). Evaluating the relationship between smartphone addiction/overuse and
musculoskeletal pain among medical students at Qassim University. Journal of family
medicine and primary care, 8(9), 2953–2959.
https://doi.org/10.4103/jfmpc.jfmpc_665_19

Pereira, F. C., Azevedo, D. P. G. D., Almeida, A. S., Felício, C. B., Risse, L. S., &
Moreira, L. B. (2018). Funções cognitivas e os impactos das tecnologias digitais na
memória. Temas em Saúde. 18(4).
https://temasemsaude.com/wp-content/uploads/2018/12/18412.pdf

Silva, C. F. S. (2017). Os efeitos do uso de smartphones por estudantes de graduação do


Centro de Ciências Humanas da Universidade Federal do Maranhão. Departamento de
Psicologia. https://monografias.ufma.br/jspui/bitstream/123456789/3019/1/CAMILA-
SILVA.pdf

Silva, T.O., & Silva, L. T. G. (2017). Os impactos sociais, cognitivos e afetivos sobre a
geração de adolescentes conectados às tecnologias digitais. Revista Psicopedagogia.
34(103), 87-97. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v34n103/09.pdf

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