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MSV1 27/10/2022 T9

João Victor Silva de Carvalho

Tema: Ductility Dip Cracking

Ductility-dip cracking (DDC) é um fenômeno de craqueamento em estado sólido


em elevadas temperaturas, observado em metais de solda austeníticos, como
defeito de solda em ligas Níquel-Cromo. Essas ligas são muito importantes pois
são usadas em sistemas de energia nuclear devido à sua alta resistência à
corrosão em geral, porém também são os mais sucetíveis ao DDC, que é um
defeito de solda. O craqueamento por imersão da ductilidade (DDC) é uma
temperatura intermediária, estado sólido fenômeno de fragilização do contorno
de grão que tem sido observado em metais de solda a base de Ni,
particularmente aqueles com altos níveis de Cr. O mecanismo preciso de DDC
não é claro, embora tamanho de grão grande, grão longo e reto o seu
acontecimento é mais comum. Os contornos de grão “migrados” no metal de
solda foram mostrados para aumentar a suscetibilidade. O efeito da
composição do metal de adição e a natureza relacionada dos fenômenos de
precipitação no contorno de grão são elementos-chave no entendimento da
DDC. Esse defeito é intergranular e pode ser conectado à superfície, o que é
normalmente uma condição inaceitável em componentes aonde a fadiga ou
outras formas onde a trinca pode acontecer. O teste strain-to-fracture (STF)
provou ser um método eficiente e eficaz para quantificar a suscetibilidade à
DDC e tem sido usado para comparar uma série de cargas de alto Cr, Ni-base
metais.
O nome desse defeito vem do fato da relação dessa trinca com a diminuição da
ductilidade, como determinado em testes de tensão à altas temperaturas, entre
0.4 e 0.9𝑇𝑠. Esse defeito tem sido observado em várias ligas, incluindo aços
inoxidáves austeníticos, ligas à base de níquel, e em ambas as ligas de quase
α e α+β ligas a base de titânio. Nas ligas de níquel-cromo, o DDC se manifesta
como trinca intergranular de um grão ou de menor comprimento, com um
mínimo de ductilidade de tração em torno de 870 °C. . Esforços consideráveis
têm sido realizados para investigar a DDC induzida por soldagem em
superligas à base de Ni, nos metais de adição reaquecidos ou nas zonas
afetadas pelo calor (ZTAs) dos metais básicos, sob a influência de uma ampla
gama de efeitos, como composição, segregação de elementos, formação de
precipitados, orientação de cristais, parâmetros de soldagem, deslizamento de
contorno de grão. É geralmente aceito que DDC ocorre quando a deformação
acumulada nos contornos de grão excede a ductilidade inerente do material e
tem sido proposto que as discordâncias são prontamente bloqueadas e
empilhadas em contornos de grão de alto ângulo, embora o movimento das
discordâncias ainda não está intimamente associado ao fenomeno.
Para se descobrir a suscetibilidade de uma certa liga ao DDC é necessário
contar as trincas observadas em seções metalográficas a nível sub-granular.
As técnicas mais usadas são TEM (microscópio eletrônico de transmissão),
EBSD (difração de elétrons retro-espalhados) e µXRD (difração micro de raio
x), e além disso, a técnica TEM é boa para visualizar as discordâncias também.
O DDC especialmente nas ligas de Ni-Cr é causado pela combinação de
tensões térmicas macroscópicas e tensões causadas pela solidificação durante
a soldagem e tensões locais causados pela migração do contorno de grão.

Figura 1: trinca a quente DDC

Figura 2: Ductilidade de soldagem em função da temperatura e duas regiões de T diferente onde trincas ocorrem
em ligas a base de Ni

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