Você está na página 1de 2

Amazon: The Lord of The Rings

O que esperar sobre a maior série televisiva de todos os tempos?

Há 20 anos atrás a indústria cinematográfica era surpreendida pelo primeiro episódio


daquilo que viria a ser, não somente a maior trilogia da história do Cinema moderno,
mas também a primeira obra de fantasia a receber o Oscar de Melhor Filme. Sim,
estamos falando da trilogia dirigida por Peter Jackson e baseada na obra de J. R. R.
Tolkien, O Senhor dos Anéis. Para além de nos apresentar um mundo Antigo e mágico,
a trilogia trouxe ao palco principal um pequeno país, de um continente distante de nós,
cujas paisagens são dignas de um mundo fantástico. Agora, cerca de 14 anos depois da
estreia de ‘O Retorno do Rei’, a Nova Zelândia retorna aos holofotes, como casa
daquela que, sem mesmo uma sinopse, e apenas duas imagens oficiais, já pode ser
considerada a maior série de todos os tempos.
‘Amazon: The Lord of The Rings’ como ainda é conhecida, já é considerada a série de
maior investimento da história, cuja primeira temporada recebera um valor estimado em
450 milhões de dólares. Mas deixemos os números e as cifras de lado para nos
concentrarmos naquilo que realmente importa: o que podemos esperar da série que
revisitará a Terra-Média?
Num primeiro momento, é importante destacarmos para nossos leitores com pouco
contato com o Imaginarium de Tolkien, que diferentemente das duas trilogias anteriores
(The Lord of the Rings e The Hobbit) a série não nos mostrará os clássicos personagens
como Bilbo (Ian Holm e Martin Freeman), Gandalf (Ian McKellen) ou mesmo Legolas
(Orlando Bloom). A série toma corpo numa Era mais distante, uma Era ainda de glória
para a raça dos Homens, onde os grandes guerreiros, Humanos e Elfos, ainda eram dois
povos unidos contra um mesmo mal. Para sermos mais exatos, a série adaptará os anos
da 2ª Era do Sol e da Lua, desde a criação da Ilha de Númenor, por Ilúvatar, logo após a
queda de Morgoth na Guerra da Ira, até momentos próximos a grande Batalha da Última
Aliança entre Homens e Elfos, na defesa dos povos livres contra a corrupção de Sauron.
Como observado por aqueles que vem acompanhando de perto o noticiário cultural,
pouca coisa foi liberada sobre a série. Temos informações sobre o elenco, sobre alguns
personagens que estarão presentes (inclusive, podemos nos preparar para vermos uma
Galadriel mais jovem e mais poderosa do que antes), e uma certa especulação acerca da
sinopse dessa 1ª temporada. Entretanto, com base naquilo que já foi informado, e
tomando como norte os livros que serão utilizados para a roteirização (O Silmarillion, e
os apêndices de O Retorno do Rei) podemos especular sobre, não somente o que
provavelmente aparecerá, mas também sobre aquilo que queremos ver na telinha.
Dada a natureza dos escritos de Tolkien e o acordo assinado entre a produtora e a
instituição que gere os direitos autorais sobre a obra (a Tolkien State), podemos afirmar
que haverá, sim, um respeito diferenciado aos escritos em relação àquilo que veremos,
porém nem todas as lacunas historiográficas e cronológicas estão preenchidas, o que
garante uma certa liberdade criativa controlada, para que a produtora possa nos
apresentar novos personagens, e foco para outros lugares. Isso é bom, ao mesmo tempo
que preocupante.
De acordo com uma suposta sinopse oficial publicada pelo site TheOneRing.net,
podemos esperar uma ambientação em torno da Ilha de Númenor, das Montanhas da
Névoa, e na capital do último grande Reino Élfico, Lindon. Com essas informações, e
levando em consideração que esta Era fora a de maior duração dentro da concepção de
Tolkien, é fato que adaptações serão necessárias. Por mais que sua estrutura seja
pensada em episódios épicos, com cerca de 1 hora de duração, e num formato de
múltiplas temporadas (a 2ª já está confirmada, antes mesmo da estreia da 1ª), não
podemos deixar de entrar em alerta a respeito das pessoas que estão por trás da
produção; e longe de incutir demérito em suas escolhas, para a maioria dos fãs da saga,
o fator mais preocupante é que não teremos mais o olhar de fã que Peter Jackson e
Philippa Boyens cuidadosamente aplicaram ao produzirem o roteiro da trilogia original.

Você também pode gostar