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O Imperador De Nova Iorque
W. W. Shols
Tradução
Richard Paul Neto
Digitalização
Denize
Revisão
Gandalf01
Formatação
ÐØØM SCANS
2
A Terceira Potência, dirigida por Perry
Rhodan — uma feliz combinação da energia
humana com a supertecnologia arcônida —
pode apresentar, nos seus anos de existência,
uma história muito movimentada, cheia de
dramáticos altos e baixos.
Mas os acontecimentos mais recentes dão
a impressão de que, ao se encontrar com os
saltadores ou mercadores galácticos, Perry
Rhodan passou a se defrontar com um poder
que tem a intenção e a capacidade de des-
truir a Terra para eliminar um possível con-
corrente no comércio interestelar.
Há oito mil anos os saltadores detêm o
monopólio do comércio galático, isso porque
sempre reprimiram no nascedouro qualquer
concorrência que se esboçasse.
A Terra e a Solar System, dois cruzadores
espaciais da Terceira Potência, juntamente
com o grupo de Julian Tifflor, que se encon-
tra no planeta de gelo, dão muito trabalho
aos saltadores no sistema de Beta-Albíreo,
impedindo-os de se lançarem a um ataque di-
reto contra a Terra. Acontece que os saltado-
res já dispõem de uma quinta-coluna em nos-
so planeta, composta de inúmeros agentes
que procuram conquistar as bases da Tercei-
ra Potência.
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O IMPERADOR DE NOVA IORQUE é um
desses perigosos agentes...
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Personagens Principais:
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***
***
Paciência!
Esse pedido de Rhodan representou uma
dura provação para todos. Até para ele mesmo.
Faltavam doze horas para o pouso na Terra.
O que não poderia acontecer nesse tempo?
Os agentes estranhos eram robôs que inte-
gravam suas próprias fileiras. Mas robôs com a
programação modificada.
Na sala de comando não discutiam muito.
Sempre que o chefe da Terceira Potência se
encontrasse presente, guardava-se um respeito
espontâneo, embora todos soubessem que
Perry Rhodan era um homem acessível a qual-
quer idéia razoável.
Um homem que raras vezes guardava silên-
cio era o representante de Rhodan, Reginald
Bell.
Bell encontrou a palavra adequada para des-
fazer o clima de tensão.
— Até parece que vocês estão sendo leva-
dos para a forca. O que importa que faltem al-
gumas horas para o pouso? Ao menos conhe-
cemos a situação. Afinal, os robôs enlouqueci-
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dos já estão andando há semanas pelas áreas
que estão sob nosso controle. E, apesar do tra-
balho secreto que talvez já tenham feito, a Ter-
ra continua de pé. Quando estivermos na Ter-
ra, não demoraremos a dar um fim a isso. Acho
que ainda vamos atrapalhar os cálculos dessa
gente.
Bell se calou. Um ou outro dos circunstantes
respondeu com um aceno de cabeça. Mas não
chegou a se estabelecer a conversa que ele de-
sejaria. Perry Rhodan transmitiu algumas or-
dens para os observadores e solicitou um con-
trole de rota.
Concluída essa operação de rotina, o silên-
cio voltou a se instalar na sala. Os pensamentos
voltaram a caminhar pelo futuro e pelo passa-
do.
A Good Hope-IX, com o comandante e os
cadetes, caíra nas mãos dos saltadores. A essa
hora, porém, já se sabia que Tifflor e seus com-
panheiros haviam conseguido chegar a um pla-
neta de gelo, onde se mantinham escondidos.
Rhodan enviara Gucky, um estranho ser pelu-
do, para ajudá-los; graças aos seus múltiplos
dons parapsicológicos, Gucky representava
uma ajuda substancial. No momento era só o
que podia fazer pelo grupo. A qualquer mo-
mento teria que contar com a vinda de reforços
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para o inimigo. Suas naves eram unidades dota-
das do acabamento arcônida. Para se manter
diante desse inimigo dotado de iguais recursos
técnicos teria que procurar alcançar uma superi-
oridade em outra parte. E essa outra parte só
poderia se situar no planeta Peregrino, o plane-
ta da vida eterna.
Mas, para encontrar o Peregrino, não basta-
ria uma navegação de rotina. Os anuários astro-
náuticos e as tabelas de efemérides não adianta-
riam nada. O planeta da vida eterna era um
mundo sem sol. Era um solitário que jazia nos
campos gravitacionais da Via Láctea, mas podia
alterar sua rota independentemente dos mes-
mos, segundo a vontade e os caprichos de seu
senhor.
O cérebro positrônico altamente desenvolvi-
do estava em condições de obter dados sobre a
posição do planeta; e estes dados se revestiam
de razoável teor de probabilidade. O cérebro
“mais inteligente” de que dispunha a Terceira
Potência estava instalado em Vênus.
Esse fato bastara para levar Perry Rhodan a
se afastar do sistema de Beta-Albíreo. Precisava
dos dados sobre a posição em que o Peregrino
se encontrava no momento, pois ali iria buscar
aquilo de que necessitava para alcançar superio-
ridade sobre os mercadores.
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Concluiu-se que a notícia alarmante transmi-
tida pelos cruzadores em patrulha não corres-
pondia ao programa. Apesar disso, Rhodan
conseguiu extrair o que havia de melhor nesse
fato.
Finalmente obtivera algum indício sobre a
ação a ser empreendida na Terra. Na verdade,
a origem daquela situação que envolvia todos
estava no seu planeta natal. Por semanas a fio
não conseguiram pôr as mãos no inimigo invisí-
vel. Só agora, através da atuação de Tifflor,
descobrira-se que a causa de tudo aquilo não
eram seres vivos, mas robôs.
O novo dado constituía motivo suficiente
para desistir por enquanto do pouso em Vênus.
De nada valeriam as vitórias que fossem alcan-
çadas lá fora, na galáxia, se a Terra, que era a
base da Humanidade, ia passando progressiva-
mente ao controle do inimigo.
Rhodan preferiu não transmitir para Terrâ-
nia os fatos que haviam acabado de chegar ao
seu conhecimento. Seria melhor chegar de sur-
presa. Não queria que qualquer dos agentes do
inimigo soubesse antes da hora que sua identi-
dade havia sido descoberta.
Na altura da órbita de Júpiter, a Stardust-III
expediu o primeiro aviso. Tratava-se de uma
mensagem lacônica e rotineira, que informava a
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base de Gobi de que o pouso de Rhodan estava
previsto para breve.
A confirmação de Terrânia veio pela voz do
próprio coronel Freyt.
— Ainda bem que está chegando, chefe.
Muita coisa aconteceu na sua ausência.
— Não me aborreça, coronel — disse Rho-
dan com um sorriso, a fim de confundir eventu-
ais escutas do inimigo. — As notícias que lhe
trago também não são muito agradáveis. Espe-
ro que ao menos tenha descoberto os agentes
do inimigo durante minha ausência.
— Reivindico o direito de não ser mais inteli-
gente que você e seu Exército de Mutantes —
respondeu o coronel Freyt em tom distante. —
Elaboramos um relatório detalhado sobre as
ações por nós empreendidas. Com sua permis-
são, o mesmo lhe será apresentado logo após
sua chegada.
— Não faça tanto drama. Afinal, qual foi o
resultado?
— Os tais dos agentes inimigos não existem.
Muito obrigado, coronel. Fique com esse
tipo de surpresa para si. Seria justo que uma
pessoa que volta para casa só recebesse notí-
cias agradáveis. Acho que você não levará mais
de dez anos para aprender isso...
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— Gostaria de saber onde está Tako — dis-
se Rhodan. — Afinal, ele não podia deixar de
perceber o que aconteceu no quarteirão J-D III.
— Como teleportador não terá o menor
problema em escapar ao cerco — afirmou Ma-
noli. Não compreendia como o chefe poderia
ter esquecido esse fato.
— Ele poderá. Mas não conseguirá tirar Go-
ratchim de lá.
— Então seu segredo foi esse Goratchim —
gemeu Reginald Bell. — Por que não nos lem-
bramos logo de recorrer a ele? Era uma idéia
tão simples. Será que há algo de errado com
nossa capacidade de reação? Eric, o que me
diz?
— Quer que eu responda na qualidade de
médico?
Rhodan interrompeu o debate com um ligei-
ro movimento de mão.
— Se é que você procura uma explicação
psicológica, Bell, esta só pode ser uma. Em
nosso subconsciente confiamos demais na ori-
entação estratégica fornecida pelo cérebro P.
Todo este alarma complicado foi previamente
programado. Mas nesse alarma não havia lugar
para Goratchim, porque o cérebro não o incluía
em seus cálculos. Nossa programação de alar-
ma já tem algum tempo. Acontece que Gorat-
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chim só veio para junto de nós há pouco.
O quarteirão J-D III estava praticamente cer-
cado pelo exército de robôs. Rhodan interrom-
peu sua exposição. Todos sabiam que naquele
momento o importante era agir. E o curso que
os acontecimentos tomaram nos próximos mi-
nutos realçou ainda mais a necessidade de
ação.
O coronel Friedrichs lançou helicópteros ar-
mados contra o quarteirão J-D III. Bell imediata-
mente deu contra-ordem.
— Será que o senhor ficou louco, coronel?
O senhor está atirando para uma área cheia de
civis.
— As frentes estão misturadas. Se quiser-
mos poupar a vida de nossa gente a qualquer
preço, já não poderemos atingir os robôs.
— Peço-lhe que deixe a decisão desse tipo
de problema por minha conta. Instrua seus ho-
mens a chegar mais perto do inimigo. Procure
atingir os robôs um por um. Mas não extermine
a inteligência da Terceira Potência.
Todos compreenderam que a decisão de
Bell transformava o grupo de helicópteros num
comando suicida. Os robôs já haviam derrubado
três aparelhos. E o raio antigravitacional, que
representava a arma mais perigosa, tinha que
ser utilizado em escala cada vez maior. Em to-
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dos os pontos as frentes se misturavam numa
luta corpo a corpo. Quem fosse subtraído à
ação da gravitação terrestre, passaria a rodopi-
ar no ar. Com isso o caos seria completo.
— Bell para o coronel Friedrichs. Concentre
uma onda de ataque com todas as forças aéreas
disponíveis exclusivamente sobre o quarteirão
J-D III. A área tem que ser libertada de qualquer
maneira.
Por três minutos permaneceram em silêncio
diante da tela do videofone. A ordem de Bell
causou uma alteração instantânea na ordem de
batalha.
O ataque concentrado contra o quarteirão J-
D III transformou a área num verdadeiro infer-
no. Mas percebia-se pelo emprego rigoroso do
fogo dirigido que as perdas dos homens meca-
nizados eram muito maiores. Os fugitivos pude-
ram respirar, e conseguiram recuar um pedaço.
A cunha dos robôs revoltados perdeu tempo
e energia. Até parecia que os indivíduos ciber-
néticos se impressionaram com a tática. Por um
instante davam a impressão de não saber como
as coisas iriam continuar.
Bell exultou:
— Estão confusos. Friedrichs! Retire imedia-
tamente os reforços e concentre-os no quartei-
rão H-G VII. Repita a manobra.
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— Se você tiver alguma objeção contra mi-
nhas disposições intuitivas, Rhodan, avise logo
— prosseguiu Bell, Voltando-se para o amigo.
— Ainda não sei o que houve com Kakuta e
Goratchim e não tenho a menor idéia do que
você pretende fazer com eles.
— Continue assim, Bell. É só por meio de
uma série de mudanças táticas que você conse-
guirá confundir os robôs, se é que isso se torna
possível.
Ninguém falou nas próprias perdas, muito
embora Friedrichs tivesse perdido mais quatro
helicópteros.
Finalmente Tako transmitiu um aviso pelo
telecomunicador portátil.
— Acordei Goratchim, Rhodan. Ainda esta-
mos na casa dele. O ataque maciço valeu ouro.
Poderia mandar para cá o tanque mais próxi-
mo? Ivã é um atacante de primeira, mas suas
defesas contra um ataque à traição são muito
débeis.
— Está bem. Continue no interior da casa.
Mandaremos uma máquina com um forte cam-
po energético.
— Obrigado.
O capitão Klein tomou suas providências
sem aguardar uma ordem expressa. No quartei-
rão J-D IX havia dois tanques de setenta tonela-
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das. Klein mandou que seguissem imediatamen-
te para a residência de Goratchim.
— Um dos dois tem que dar um jeito de pas-
sar. Protejam-se mutuamente.
— Às ordens, capitão — disse o primeiro-
tenente em tom seco e interrompeu a comuni-
cação.
O ataque contra o quarteirão H-G VII não
produziu tanto efeito. Talvez fosse porque os
robôs já se haviam adaptado ao plano de Bell.
— Temos que pensar em outra coisa.
A constatação foi bastante deprimente. A
concentração das forças sobre dois pontos tam-
bém trouxera suas desvantagens. Dentro de
poucos minutos as duas tenazes que os robôs
estendiam para o norte conseguiram realizar
um grande avanço.
— Esses patifes aproveitam qualquer chance
— resmungou Bell. — Deviam supor que os
pontos em que nossa defesa é mais forte são
aqueles em que ficam os objetivos mais impor-
tantes. Será que isso é inteligência?
— Na minha opinião — interveio Dr.Manoli
— o mais importante será descobrirmos de que
forma se comunicam entre si. Só assim podere-
mos descobrir seus planos.
— Não diga tolices. Sabemos perfeitamente
como se comunicam. Mas não sabemos quem
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os comanda.
— Pois é isso.
— Consegui. Querem fazer o favor de ficar
quietos por um instante?
Todos olharam para Tanaka Seiko, que até
então não dissera praticamente nada. Entre os
mutantes aquele japonês esbelto e delicado
sempre fora conhecido como um homem quie-
to e introvertido. Esse traço de caráter teria que
se cristalizar forçosamente com base na capaci-
dade parapsicológica da goniometria. Perscruta-
va seu interior com uma intensidade muito mai-
or que um telepata. Seu sexto sentido consistia,
sob o ponto de vista puramente técnico, num
aparelho de rádio extremamente complicado,
cuja sofisticação ainda não havia sido alcançada
pela mão do homem ou dos arcônidas. Seiko
ouvia as ondas de rádio. Além disso, estava em
condições de realizar espontaneamente a deter-
minação de uma freqüência de ondas, que lhe
revelava com toda nitidez o conteúdo da trans-
missão que desejasse captar.
Aquela concentração, que perdurava por vá-
rios minutos, sempre resultava em certa debili-
dade física.
Sentado numa poltrona, manteve-se de
olhos fechados.
— Conseguiu o quê, Tanaka?
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Seiko fez um gesto de recusa, que fez com
que mesmo Bell e Rhodan se calassem. Obedi-
entes, mantiveram-se à espera.
O zumbido do videofone se fez ouvir. Justa-
mente no momento mais impróprio! Bell se li-
mitou a girar o botão de recepção, que elimina-
va imagem e som. Pegando o microfone, cochi-
chou:
— Aguarde um instante. No momento a re-
cepção é impossível.
O interlocutor do outro lado protestou com
veemência. Mas não chegou a ser ouvido.
O que fora conseguido por Tanaka? A ques-
tão mais importante era esta.
Pouco depois Tanaka se descontraiu.
— Consegui captar uma das freqüências pe-
las quais os robôs se comunicam. Os saltadores
devem ter modificado seu mecanismo de radio-
comunicação. Temos que sair daqui, Rhodan.
— Por quê? Afinal, os robôs não têm força
aérea e ainda se encontram a um quilômetro e
meio daqui.
— Um dos seus espiões descobriu que o
quartel-general de nossas forças de defesa fica
aqui, no escritório do capitão Klein. Até aqui
acreditavam que ficasse no edifício da sede do
governo.
— Está bem. Procure captar novas mensa-
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gens, Tanaka. E esforce-se para não perder a
freqüência. Se nós o incomodarmos, fique na
sala ao lado.
— Acho que seria o melhor.
Seiko se retirou.
— ...recuso toda e qualquer responsabilida-
de. Com todo respeito que lhes dedico.
O súbito berreiro saiu do videofone, que Bell
voltara a regular para o volume máximo. Na
tela viu-se o rosto furioso do coronel Friedrichs.
— Agora chegou sua vez, coronel.
— Já estava na hora. Minhas tropas já não
estão em condições de manter qualquer posi-
ção. Lançar homens contra robôs, isso é uma...
— Diga logo de que se trata, coronel! — tro-
vejou Bell.
— Minhas perdas já chegam a um total de
quatorze helicópteros. Preciso do apoio das for-
ças de terra.
— O apoio é o senhor, coronel. Sinto mui-
to. Não dispomos de outras máquinas e não te-
mos onde buscá-las. Por questões de segurança
a abóbada energética permanecerá fechada.
Retire suas unidades por dez minutos e rea-
grupe-se com os remanescentes. O Exército de
Mutantes lhe dará apoio. Aguarde novas instru-
ções.
— Dentro de dez minutos os robôs chegarão
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ao nosso quartel-general, se não forem ataca-
dos pelo ar. Peço permissão para transferir
meu estado-maior para o norte.
Bell lançou um olhar indagador para Rho-
dan. Este se limitou a acenar com a cabeça.
— Está bem. Retire-se para a quadra A-N
XII, coronel. Com isso chegará bem perto do
espaçoporto. Mas não se esqueça de que de-
pois disso sua posição não mais poderá ser mo-
dificada.
— Obrigado.
A comunicação foi interrompida com um es-
talo.
— Vamos aos mutantes, Rhodan! Não te-
mos outra alternativa.
Sem dizer uma palavra, Rhodan passou os
olhos pelo grupo que o cercava.
— Ishi, você é uma mulher e uma telepata.
Suas qualidades não podem ser utilizadas num
confronto com robôs. Gostaria que se retirasse
para a quadra administrativa.
Obediente, Ishi acenou com a cabeça.
— Imediatamente?
— Sim, faça o favor.
Ishi Matsu fechou seu traje arcônida e se
despediu. Decolou do telhado do edifício e de-
sapareceu, tornando-se invisível aos olhos de
qualquer robô.
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— Os outros ficarão aqui até que sejamos
cercados. Capitão Klein, avise o batalhão de
guardas sobre a nova situação. Mande que se
mantenham em rigorosa prontidão. Todos os
veículos que disponham de campo energético
próprio devem se reunir num grupo de defesa.
— Às ordens.
A tela já revelava o perigo da nova situação.
De início o plano dos robôs só se revelava va-
gamente. Mas Tanaka informou todas as pesso-
as que se encontravam no recinto sobre o obje-
tivo visado pelos movimentos das máquinas de
guerra. De repente concentraram quase um
quarto de seus efetivos num avanço para o les-
te. Já teriam percebido a fraqueza momentânea
das defesas humanas? Sem os ataques vindos
do ar praticamente não encontravam resistên-
cia. Despedaçavam blocos inteiros de prédios
quando numa rua alguém abria fogo sobre eles,
por mais reduzido que fosse. A três quadras do
quartel-general do capitão Klein defrontaram-se
com a primeira linha de defesa mais fortemente
estruturada. Três tanques enfileirados formavam
uma grande barreira energética, que cobria toda
a pista de rolamento. O fogo concentrado de
suas armas de impulsos abateu a energia defen-
siva de sete dos atacantes; sete robôs desfize-
ram-se na incandescência provocada pelos ti-
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ros.
Mas os robôs não conhecem medo.
Num fanatismo cego, a frente por eles for-
mada deslocou-se em direção aos tanques.
Naquele instante foi derrubado numa outra
rua o helicóptero que propiciava a transmissão
da imagem no sistema de videofone.
No quartel-general perdeu-se todo contato
ótico com os acontecimentos. Reginald Bell sol-
tou uma terrível praga.
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Numa ação maciça, as autoridades milita-
res da Terra conseguiram remover a ameaça
representada por seus próprios robôs, cuja
programação foi alterada. Mas a Terra só po-
derá se defender contra todos os clãs dos sal-
tadores se Perry Rhodan puder contar com
uma nova arma.
Essa arma lhe é dada durante seu VÔO
PARA O INFINITO.
VÔO PARA O INFINITO é o título do
próximo volume da série Perry Rhodan.
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ÐØØM SCANS
PROJETO FUTURÂMICA ESPACIAL
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