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O Senhor dos Anéis (The Lord of the Rings, no original) é um livro de alta fantasia, escrito

pelo escritor britânico J. R. R. Tolkien. Escrita entre 1937 e 1949, com muitas partes criadas
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durante a Segunda Guerra Mundial, a saga é uma continuação de O Hobbit (1937). Embora
Tolkien tenha planejado realizá-la em volume único, a obra foi originalmente publicada em três
volumes (The Fellowship of the Ring, The Two Towers e The Return of the King) entre 1954 e
1955, com cada volume contendo dois livros cada, e foi assim, em três volumes, que se tornou
popular. Desde então, a obra foi reimpressa várias vezes e traduzida para mais de 40 línguas,
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vendendo mais de 160 milhões de cópias, tornando-se um dos trabalhos mais populares da
literatura do século XX.
O "Um Anel" é o elemento central da saga. No anel, em inscrições no alfabeto Tengwar com
versos na língua proibida de Mordor, pode-se ler: "Um Anel que a todos rege, Um Anel para
achá-los, Um Anel que a todos traz, para na escuridão atá-los". Palavras em contínuo tanto na
parte de dentro do anel, como na parte externa do anel. Isso se apresenta no início do livro, na
apresentação da trilogia, no original em primeira edição em Inglês. Na saga, os vilões se
autodestroem pelo próprio porte do anel.
A primeira edição em português, publicada no Brasil pela extinta editora Artenova do Rio de
Janeiro— com a tradução de Antônio Rocha e Alberto Monjardim —, era constituída por seis
volumes (tendo sido cada um dos três livros da série dividido em dois tomos, vendidos
separadamente). Eram intitulados "Terra Mágica", "O Povo do Anel" (que formavam A
Sociedade do Anel), "As Duas Torres", "A Volta do Anel" (que formavam As Duas Torres), "O
Cerco de Gondor" e "O Retorno do Rei" (que fechavam a série formando o terceiro e último
volume original, O Retorno do Rei). Todos esses seis livros foram lançados no país entre 1974 e
1979. A segunda edição em português foi editada e publicada em Portugal durante os anos
1980, pela editora Europa América, com os três volumes em separado. Uma terceira e por ora a
última edição em língua portuguesa foi realizada pela brasileira editora Martins Fontes em 1991
e publicada em 1994. Nessa nova edição, a Martins Fontes corrigiu o "erro" da editora anterior
em publicar seis tomos, unindo-os como publicado originalmente na Grã-Bretanha, sob os
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mesmos títulos, devidamente traduzidos. A atual detentora dos direitos de publicação das
obras do Tolkien no Brasil é a Harpercollins Brasil. Muitos fãs ficaram chocados com algumas
alterações feitas pela nova tradução. Porém, a tradução da Harpercollins é a mais fiel e a mais
condizente com o que o Tolkien queria. Um exemplo dessas alterações é a mudança da palavra
anões para anãos. A explicação para essa mudança é que em inglês anões significa dwarfs,
porém, Tolkien usava o termo mais arcaico dessa palavra (Dwarves). Então, na nova tradução,
decidiu-se usar o termo arcaico da palavra Anões, ou seja, Anãos. Outras alterações foram a
mudança de Goblins para Gobelins, Orcs para Orques, e Floresta das Trevas para Trevamata.
Todas essas alterações foram feitas para condizer mais com o que o Tolkien desejava. No caso
de Orques e Gobelins, é porque o Tolkien dizia que se fosse para traduzir os termos Orc e
Goblin, deve-se traduzir de acordo com a forma que se é pronunciado em cada país. O motivo
de Floresta das Trevas ter virado Trevamata é simples. Trevamata é uma tradução mais
acertada do termo em inglês, Mirkwood (Mirk= Trevas, wood= Mata, floresta, madeira).
A história de O Senhor dos Anéis ocorre num tempo e espaço imaginário, a Terceira Era da
Terra Média, que é um mundo inspirado na Terra real, mais especificamente, segundo Tolkien,
numa Europa mitológica, habitado por Humanos e por outras raças: Elfos, Anãos (anteriormente
"Anões"), Hobbits e Orques (anteriormente "Orcs"). Tolkien nomeou esse lugar com uma palavra
do inglês moderno, Middle-earth (Terra-Média), derivado do inglês antigo, Middangeard, o reino
onde humanos vivem na mitologia Nórdica e Germânica. O próprio Tolkien disse que pretendia
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ambientá-la na nossa Terra, há aproximadamente 6 000 anos, embora a correspondência com
a geografia e a história do mundo real fosse frágil.

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