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FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO

A nutrição está diretamente relacionada com a reprodução -> Nutrição, sanidade, conforto
térmico (BEA)

BEA – medidas de manejo que promovem condição de conforto, seja nutricional, de manejo,
de instalações, de modo eu se diminua o estresse dos animais.

Medidas quantitativas de BEA: quantidade de cortisol no sangue ou a nível de fezes, pois o


cortisol está relacionado ao estresse.

Estresse interfere diretamente na reprodução. Animal estressado não cicla.

Fêmeas: férteis, ciclando, bem nutridas


Machos: boa libido, bom perímetro escrotal

Fertilidade: Fêmeas colocadas em reprodução


Prolificidade: Mede o número de crias (animais) por parto

Indução do aumento de ovulações sem hormônios


Efeito Flushing: aumento do aporte energético durante determinado período (15, 20 dias
antes de entrarem em reprodução). Caprinos e ovinos respondem ao aumento de aporte
energético com o aumento da taxa de ovulação. Importante para aumentar o número de
ovulações por parto e, consequentemente, aumento da prolificidade.

Principais causas de morte em animais jovens:


Matrizes sem condições sanitárias adequadas – sem chance de bom aleitamento e criação dos
filhotes, não proporcionando aporte nutricional para resistir a parasitas e doenças.

Fêmeas parindo em bom escore corporal, fêmeas parindo bem, produzem mais leite, colostro
de qualidade, taxa de crescimento acelerada, animais nascendo mais gordos, desmamando
mais pesados.

Sanidade, nutrição e BEA

Substituição de matrizes

Recomendado: taxa de 15 a 20% ao ano, para manter animais jovens no rebanho, altas taxas
de reprodução e produção, bom trabalho de melhoramento genético.

Relação reprodutor x matriz: 1:60


Reprodutores com avaliações em dia podem permitir aumentar essa relação.

Fatores que interferem na produção: nutrição, sanidade, manejo e ambiente, genética e


melhoramento e reprodução animal.

Para que um programa de manejo reprodutivo seja eficiente e seus objetivos alcançados,
devemos cumprir exigências como: levantamento das condições sanitárias e alimentares,
capacitação da mão de obra e eficiência na identificação dos animais.
Manejo reprodutivo: conjunto de medidas voltadas para a melhoria do desempenho
zootécnico e econômico do rebanho.

Puberdade - é definida como a idade ou fase em que o animal torna-se capaz de reproduzir,
havendo liberação dos primeiros gametas (macho - quando encontramos espermatozoides no
ejaculado) relacionado a hormônio.

Puberdade Fisiológica - relaciona-se com a raça, peso corporal, estação de nascimento e


época do ano, que é obtida em aproximadamente, 140 dias.

Puberdade Zootécnica - evidencia-se, quando os animais atingem determinado peso


corporal em relação aos animais adultos que é alcançado em torno de 200 dias. (70% do
peso do adulto, ou seja, cerca de 35Kg – no caso da raça santa inês, por exemplo, onde a
média de peso é 50Kg.

Quando nos baseamos apenas na puberdade fisiológica, os animais entram em reprodução


muito cedo, muitas vezes com 25Kg, impactando no próprio crescimento da fêmea, que para
não atrasar o crescimento dessa haverá um alto custo com alimentação, certamente terá
dificuldade de parir, irá alimentar mal a cria por ter pouco leite. A puberdade zootécnica é
uma relação maior com o desenvolvimento do animal, para que se leve a gestação a termo
com qualidade.

O peso corporal é mais importante do que a idade no desenvolvimento dos órgãos sexuais e
início da atividade reprodutiva.

Puberdade - momento em que o animal mostra capacidade de se reproduzir, podendo ser:


fisiológica ou zootécnica. A puberdade fisiológica ocorre na idade de três a quatro meses (40
50% do peso adulto), em criatórios com manejo adequado. A puberdade zootécnica ocorre
quando os animais estão aptos para a reprodução ao atingirem a idade de 10 a 12 meses (1ª
muda, 65-70% do peso adulto).

Maturidade sexual - momento em que o animal alcança sua completa capacidade


reprodutiva. Nos machos a idade ideal para reprodução é de no mínimo um ano a um ano e
meio para as raças mais tardias.

Um parto ao ano - início 90 a 100 dias antes do começo do período de inverno, dispensando
dessa maneira os cuidados com a nutrição da matriz, pré e após o parto. Preocupação com a
alimentação das crias após o desmame deverá existir.

Três partos em dois anos - período das estações de monta deverá ser alicerçado pelas
condições regionais, não esquecendo de adotar um adequado manejo sanitário e nutricional
antes e durante as épocas de cobertura. Cuidados especiais devem ser dados ao terço final da
estação e após o parto. Esse sistema visa a um melhor aproveitamento do potencial
reprodutivo das fêmeas através da redução do intervalo entre partos, de 12 para 8 meses.
Recomenda-se a estação de monta com duração de 42 a 45 dias e o desmame das crias aos 90
dias de idade.

Caprinos e ovinos são poliéstricos estacionais de dias curtos (outono, inverno) – mais aptos a
reprodução.
Melhor época pra estação de monta: março, abril – quando se faz 1x ao ano.
Normalmente, a melhor época para cobertura é de março a abril, pois atendem de forma mais
adequada todos estes fatores citados. Com a cobertura nestes meses, as cabras irão parir
quando a oferta de alimentos é maior, as crias sofrerão menos, pois, o clima é mais quente
ocorrendo menor mortalidade, e podem ser vendidos com 20-30 Kg de PV para as festas de
fim de ano, onde normalmente os preço são maiores.

 Onde os espermatozoides são produzidos?


 Porque o testículo aumenta de tamanho ou diâmetro após a puberdade?

Quando o macho entra na puberdade, o testículo aumenta seu diâmetro. A explicação para
isso é que antes da puberdade os testículos possuem células de sertoli (que dão sustentação,
suporte nutrício al e hormonal aos túbulos seminíferos) e espermatogônias (células
progenitoras dos gametas masculinos). Portanto, os túbulos seminíferos não possuem
lúmen, com paredes fininhas por possuírem apenas esses dois tipos de células. A partir da
puberdade, as espermatogônias se diferenciam por efeito da testosterona, assim, a medida
que os níveis de testosterona aumenta, as espermatogônias se multiplicam, aumentando a
espessura da parede dos túbulos seminíferos e luz, geram o aumento dos testículos, sendo
todo esse processo induzido pelo aumento da testosterona (produzida pelas células de
Leydig).

Os espermatozoides são produzidos nos testículos, mais precisamente dentro dos túbulos
seminíferos, por meio de divisões mitóticas e meióticas das células germinativas
(espermatogônias), gerando espermatozoides imaturos, que passam por processo de
maturação enquanto se movem através dos túbulos em direção ao epidídimo, onde ficarão
armazenados e amadurecidos por completo antes da ejaculação.

Antes da puberdade, o prepúcio é preso a glande, dessa forma, não é possível expô-la, só
sendo possível realizar essa exposição após a puberdade do animal – teste simples para
determinar a puberdade do macho (pênis totalmente livre) e testículo com perímetro em
torno de 14cm.

Puberdade é um critério importante para se trabalhar na seleção?


Sim, quanto mais precoce for o animal, maior a produção, reprodução. Animais precoces
geram maiores ganhos, pois entram na fase reprodutiva mais cedo, gerando retorno mais
cedo, fazendo diferença nos gastos e lucros finais.

Os cuidados nutricionais com matrizes caprinas antes e depois do parto são essenciais para
garantir a saúde da mãe e o sucesso do processo reprodutivo. Aqui estão algumas orientações
gerais sobre os cuidados nutricionais durante esses períodos:

Pré-Parto:
1. Aumento gradual da quantidade de alimento: À medida que a gestação avança, é
importante aumentar gradualmente a quantidade de alimento fornecido à matriz. O objetivo é
atender às necessidades crescentes de energia e nutrientes durante o desenvolvimento fetal.

2. Alimentação de qualidade: É crucial fornecer uma alimentação balanceada e de alta


qualidade, que inclua alimentos concentrados (rações) e forragem adequada. A forragem deve
ser de boa qualidade, rica em nutrientes e livre de substâncias tóxicas.
3. Suplementação mineral: Verifique se a matriz está recebendo uma suplementação
adequada de minerais, como cálcio, fósforo e cobre. Esses minerais são especialmente
importantes para a saúde óssea, produção de leite e desenvolvimento adequado dos filhotes.

Pós-Parto:

1. Alimentação com dieta de lactação: Após o parto, a matriz entra na fase de lactação e
requer um aumento significativo na ingestão de nutrientes. Forneça uma dieta de lactação
balanceada, rica em proteínas, energia e minerais.

2. Água fresca e limpa: As matrizes em lactação precisam de acesso constante a água fresca e
limpa. Certifique-se de que haja sempre água disponível para evitar a desidratação.

3. Monitoramento da condição corporal: Acompanhe a condição corporal da matriz para


garantir que ela esteja mantendo um peso saudável. A perda excessiva de peso pós-parto pode
afetar negativamente a produção de leite e a saúde da matriz.

O período que compreende as 3 semanas que antecedem e 3 semanas após a parição é


conhecido como período de transição (Grummer, 1995). Esta fase é, talvez, a mais importante
para as cabras e ovelhas, não apenas pelas doenças metabólicas que podem advir durante esta
fase, mas por toda a influência que exerce sobre a sobrevivência das crias, a produção e
economicidade na lactação subseqüente, especialmente em animais com maior potencial
produtivo, bem como no retorno à atividade ovariana.

Neste período os animais estão submetidos a intensas alterações metabólicas relacionadas ao


final do período gestacional e início da produção de leite. Os principais objetivos nesta fase
devem ser: atender as exigências em nutrientes da fêmea, maximizar o consumo de matéria
seca, adaptar o rúmen à dieta de lactação (no caso de cabras e ovelhas leiteiras), evitar perdas
de condição corporal e prevenir doenças metabólicas (Head e Gulay, 2001).

Avaliação de escore: palpação nos processos transversos e dorsais do lombo do animal

No pré parto o consumo é reduzido e as exigências vão aumentando de acordo com o


crescimento fetal, enquanto no pós parto, a baixa ingestão e alta demanda nutricional. É
importante aumento na concentração das dietas, diminuição da fibra e maior oferecimento de
concentrado e volumoso de boa qualidade. Mantendo um bom escore corporal. Estudos
comprovam que restrição alimentar para fêmeas na fase final de gestação podem ser
prejudiciais para seu desempenho no pós.

Ciclo estral: intervalo entre uma ovulação e outra.


Estro: fase de receptividade sexual, diminuição dos níveis de estrógeno e aumento dos níveis
de progesterona.

Principais hormônios no ciclo estral: P4, E2, GnRH FSH e LH.

GnRH: Hormônio Liberador de Gonadotrofina, estimula a produção de LH e FSH, que são


gonadotrofinas por possuírem afinidade ou atuação nas gônadas.

Na ovulação a P4 esta baixo, E2 esta alto, no diestro é o oposto. O FSH atua na estimulação do
crescimento dos folículos, enquanto o LH induz a ovulação, estrutura do folículo, retomada da
maturação do oócito (retomada da meiose). O FSH produz o crescimento folicular, a medida o
folículo está crescendo, ele produz E2, assim, caso o folículo chegue a ovulação, aumenta o
nível de E2 na ovulação, esse E2 atua preparando a fêmea para a monta, preparando para
aceitação aumentando a lubrificação da mucosa da vagina, aumenta abertura de cérvix,
espessura de camada da vagina, entre outras alterações. Assim, o E2 prepara pra monta, o LH
promove a ruptura e maturação do folículo e ocorre a ovulação, assim quando o LH é liberado,
transforma as células da granulosa em células luteais. Já a P4 prepara a fêmea para a gestação.

PROESTRO – período em que a cabra mostra-se agitada, mas ainda não aceita a “monta”.
Antecede ao cio e tem duração média de 24 horas.

CIO OU ESTRO – período em que a fêmea aceita o macho e deixa-se montar. Tem duração
aproximada de 30 a 32 horas.

METAESTRO – tem início no momento em que a fêmea passa a recusar a monta. Nessa fase
ocorre a ovulação, de 12 a 36 horas após o início do cio. O final do metaestro corresponde à
formação de um ou mais corpos lúteos nos ovários.

DIESTRO - nessa fase a fêmea recusa a monta e corresponde ao período em que os corpos
lúteos permanecem funcionais, sendo a fase mais longa do ciclo estral (17 a 18 dias). Após esse
período, os corpos lúteos, normalmente, regridem. Os ovários sofrem novo estímulo e se
reinicia o ciclo com o proestro.

Eficiência reprodutiva = cordeiros desmamados no ano por matrizes acasaladas por ano

Produtividade = quantos emprenharam em função do número de animais em reprodução

fertilidade + prolificidade + sobrevivência dos cordeiros ao desmame

Fertilidade, prolificidade e sobrevivência dos cordeiros

Indução: Induz ciclo em animais que não estão ciclando (acíclicos). Meios hormonais, PGF2
alfa, etc.
Sincronização: Sincronizar os ciclos de animais cíclicos.

Protocolos naturais de sincronização de estro, não de ovulação: efeito macho e efeito


luminoso.

Efeito macho: bom efeito na sincronização do estro, se baseia na separação das fêmeas e do
macho por no mínimo de 60 dias, sem contato visual, auditivo, olfativo... A partir desse
período, o macho é introduzido entre as fêmeas novamente, assim, cerca de 90% dessas
entrarão em cio.

Efeito luminoso: garantir pelo menos 120 dias de período luminoso igual ao de período de
estação, reproduzir luminosidade de dias curtos – 30 de junho 16h de luz e o restante no
escuro, a partir dos 120 dias o animal começa a ciclar. + mão de obra
I.A

Inseminação vaginal, cervical profunda, cervical superficial, intra-uterina transcervical e


intrauterina laparoscópica

Limitações: pequeno nº de reprodutores com sêmen a venda, transposição da cervix em


ovinos, ausência de testes de progênie, crio resistência do sêmen ovino.

T.E

Aumenta participação da fêmea, permite exportar e importar material genético com maior
facilidade (1 embrião por paleta 1200 paletas em um botijão, podendo ser colocado mais de 1
embrião nas paletas – pensar na dificuldade que seria transportar todos esses animais vivos).

Limitações: não há garantia da passagem dos genes pois não há teste de progênie, custo
elevado, risco de endogamia.

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