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Automatus Didática 
didatica@automatus.net 

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Manual De Treinamento 

Kit Didático Chave De Partida Estática 

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Este manual de treinamento desenvolvido pela Automatus Didática, através 
de  uma  equipe  de  profissionais  com  capacitação  e  experiência  didático‐
pedagógica,  tem  como  principal  objetivo  auxiliar  na  educação  técnica  em 
ambientes  de  ensino  aprendizagem.  Através  de  uma  linguagem  simples  e 
objetiva, este manual visa facilitar o processo de ensino aprendizagem para 
instrutores e alunos, formando profissionais competentes para o mercado de 
trabalho  ou  agregando  conhecimento  para  profissionais  atuantes.  Os 
assuntos  abordados  são  referentes  a  chave  de  partida  estática,  incluindo 
informações  sobre  sistemas  de partida  para  motores,  conexões elétricas  da 
partida  estática,  parametrização,  a  estrutura  do  kit  didático  simulador  e 
exercícios. 

Caxias do Sul – RS – Brasil 

 
– 3 –
 

ÍNDICE 

1  Introdução .................................................................................................................................. 5 
2  Conexões .................................................................................................................................. 10 
3  Parametrização......................................................................................................................... 16 
4  Partes Do Kit Didático ............................................................................................................... 26 
5  Observações Importantes ......................................................................................................... 31 
6  Exercícios ................................................................................................................................. 32 

 
– 4 –
 

1 INTRODUÇÃO 

1.1 SISTEMAS DE PARTIDA PARA MOTOR  deve ser igual ao valor de tensão da rede. 


TRIFÁSICO   O  sistema  atua  conectando  os  terminais  do 
motor,  no  momento  da  partida,  para  receber  a  maior 
Os sistemas de partida para motores trifásicos 
tensão  (ligação  estrela),  mas  o  motor  recebe  a  tensão 
são  classificados  basicamente  como  partida  direta  e 
da rede elétrica. Após estabilizar a corrente de partida, 
partida indireta. 
o  sistema  modifica  a  ligação  para  a  menor  tensão 
O  sistema  de  partida  direta  atinge  valores 
(ligação  triângulo)  onde  o  motor  permanece  em 
elevados  de corrente,  resultando  em  queda  de tensão 
funcionamento normal. 
na rede elétrica de alimentação. Devido a este efeito as 
concessionárias de energia elétrica determinam limites 
de potência máxima dos motores para cada tensão de 
rede,  sendo  em  alguns  casos  5CV  para  redes 
220/127Vca e 7,5CV para 380/220Vca. 
Nos  casos  em  que  não  seja  adequada  a 
utilização  de  partida  direta,  deve  ser  utilizada  uma 
Partida
partida indireta, ou partida com tensão reduzida, como  Direta
partida  estrela‐triângulo,  partida  compensadora  ou 
partida estática.  Partida
estrela-triângulo
       
1.2 PARTIDA DIRETA     Figura 1.1 ‐ Corrente de partida da estrela‐triângulo 

Este  sistema  de  partida  pode  ser  aplicado  a  Com  esse  sistema,  a  corrente  de  partida  do 
qualquer  motor  trifásico,  desde  que  o  mesmo  seja  motor é reduzida para 33% quando comparada a uma 
compatível com a tensão da rede elétrica trifásica.  partida  direta,  atingindo  valores  de  1,6  a  2,8  vezes  a 
Este  sistema  consiste  em  energizar  o  motor  a  corrente  nominal  do  motor.  Na  mesma  proporção 
plena tensão desde o momento inicial, permanecendo  ocorre  a  redução  do  conjugado,  devendo  o  conjugado 
em pleno funcionamento.  da carga ser inferior ao conjugado de partida do motor. 
Este  sistema  é  o  que  oferece  o  maior 
conjugado de partida no momento de acionamento do  1.4 PARTIDA COMPENSADORA 
motor, mas a corrente atinge valores de 4 a 8 vezes a  Este  sistema  de  partida  com  tensão  reduzida 
corrente nominal do motor.  pode  ser  aplicado  a  qualquer  motor  trifásico,  desde 
  que  o  mesmo  seja  compatível  com  a  tensão  da  rede 
1.3 PARTIDA ESTRELA‐TRIÂNGULO (Y‐)  elétrica  trifásica.  O  sistema  atua  aplicando  no  motor, 
Este sistema de partida com tensão reduzida é  no  momento  da  partida,  uma  tensão  reduzida  através 
utilizado  em  motores  de  6  terminais  que  possibilitem  de  um  autotransformador.  Esta  tensão  pode  ser 
duas  ligações,  para  duas  tensões,  como  por  exemplo  ajustada, no próprio autotransformador, em 50%, 65% 
220/380V ou 380/660V, onde o menor dos dois valores  ou  80%  da  tensão  nominal  da  rede.  Após  estabilizar  a 

 
– 5 –
 

corrente  de  partida,  o  sistema  conecta  o  motor   


diretamente  na  rede  elétrica,  desligando  o 
autotransformador,  e  o  motor  permanece  em 
funcionamento normal. 

 
  Figura 1.3 ‐ Partida estática Altistart 48 

Partida
direta A  partida  estática  é  um  equipamento 
eletrônico controlado por seis tiristores montados dois 
Partida a  dois  em  antiparalelo  que,  controlando  as  três  fases, 
      compensadora
regulam  a  tensão  e  a  corrente  durante  a  partida  e  a 
   Figura 1.2 ‐ Corrente de partida da compensadora  parada  de  motores,  assíncronos  de  rotor  tipo  gaiola, 
realizando o controle do conjugado. 
Com  esse  sistema,  a  corrente  de  partida  do 
motor é reduzida para 25% a 64%, atingindo valores de   
1,7 a 4 vezes a corrente nominal do motor, conforme a 
 
porcentagem de saída do autotransformador. 

Tabela 1.1 ‐ Saída do autotransformador X corrente na rede 

Saída de tensão no  Corrente de partida 
autotransformador  reduzida para... 

50%  25%  Figura 1.4 ‐ Diagrama de potência da partida estática 

O  aumento  progressivo  da  tensão  na  partida 


65%  42%  permite,  em  função  do  momento  e  do  ângulo  de 
disparo  dos  tiristores,  fornecer  uma  tensão  que 
80%  64%  aumenta  progressivamente  mantendo  a  freqüência 
fixa. 

Na mesma proporção que a corrente ocorre a       
 = ângulo de disparo
redução do conjugado, devendo  o conjugado da carga 
  
ser inferior ao conjugado de partida do motor.     
 
1.5 PARTIDA ESTÁTICA   
 
 
 
     
    Figura 1.5 ‐ Controle da tensão por ângulo de disparo 

A subida progressiva da tensão de saída pode 
ser controlada pelo valor da corrente de limitação. 

 
– 6 –
 

     Na  mesma  proporção  ocorre  a  redução  do 


     conjugado,  devendo  o  conjugado  da  carga  ser  inferior 
  ao conjugado de partida do motor. 
 
 
  1.5.1 BENEFÍCIOS DA PARTIDA ESTÁTICA 
 
  É  aconselhável  a  utilização  de  partidas 
Partida
Direta
  estáticas para: 
Partida
  estática  Limitar o conjugado do motor, visando a proteção de 
  pessoas e das partes mecânica dos equipamentos. 
Figura 1.6 ‐ Corrente de partida da partida estática 
 Reduzir  picos  de  corrente  de  corrente  durante  a 
A  corrente  de  limitação  é  um  valor  pré‐ partida. 
determinado  na  parametrização  da  partida  estática   Aceleração e desaceleração suave de motores. 
(veja  Menu  Regulagens  SEt  na  página  18),  podendo   Eliminação de golpes de aríete em bombas. 
estar entre 150 e 700% da corrente nominal do motor,   Reduzir as quedas de tensão na linha. 
ou seja, 1,5 a 7 vezes, mas com limite máximo de 500%   
da corrente da partida estática.  1.5.2 ESCOLHA DA PARTIDA ESTÁTICA 

Exemplo:  A  escolha  da  partida  estática  deve  ser 


conforme  a  potência  do  motor  e  o  tipo  de  serviço, 
Corrente nominal do motor: 22A 
standard  ou  severo.  O  tipo  de  serviço  é  considerado 
Limitação desejada: 300%  severo  quando  a  partida  do  motor  é  muito  pesada  e 
longa, ou muito freqüente. 
Corrente limitada na partida = ILt 
 
ILt  22x300%  66A  
 
Na partida ocorre uma redução do conjugado, 
praticamente igual ao quadrado da divisão da corrente   
limitada na partida pela corrente de partida direta. 
 
Exemplo: 
 
Corrente de partida do motor: 132A 
 
Corrente limitada na partida: 66A 
 
Conjugado de partida = Cp 
 
Conjugado reduzido = Cr 
 
2
 66 
  Cp  0,5   Cp  0,25  Cp  
2
Cr  
 132 

 
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Tipo de  Funções realizadas Corrente  Tempo


Aplicação 
máquina 
pela partida estática  de partida  de partida 
Bomba  Standard  Desaceleração (redução do golpe de aríete). 300  5 a 15
centrífuga 
Proteção contra a subcarga ou a inversão do 
sentido de rotação das fases. 

Ventilador  Standard Severo  Detecção contra a sobrecarga por atrito ou a  300  10 a 40 


se > 30s  subcarga (transmissão motor/ventilador 
quebrado). 

Conjugado de frenagem na parada. 

Compressor  Standard  Proteção, mesmo para motores especiais  300  5 a 10 


de 
refrigeração 

Compressor a  Standard  Proteção contra a inversão do sentido de rotação  300  3 a 20 


parafuso  das fases. 

Contato para descarga automática na parada. 

Compressor  Standard  Proteção contra a inversão do sentido de rotação  350  10 a 40 


centrífugo  das fases. 
Severo se > 30s 
Contato para descarga automática na parada. 

Compressor a  Standard  Proteção contra a inversão do sentido de rotação  350  5 a 10 


pistão  das fases. 

Contato para descarga automática na parada. 

Transportador  Standard  Controle de sobrecarga para detecção de incidente  300  3 a 10 


ou de subcarga para detecção de ruptura. 

Rosca sem fim  Standard  Controle de sobrecarga para detecção de ponto  300  3 a 10 


duro ou de subcarga para detecção de ruptura. 

Teleférico  Standard  Controle de sobrecarga para detecção de  400  2 a 10 


travamento ou de subcarga para detecção de 
ruptura. 

Serra circular,  Standard  Frenagem por parada rápida.  300  10 a 60 


serra de fita 
Severo se > 30s 

 
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Tipo de  Funções realizadas Corrente  Tempo


Aplicação 
máquina 
pela partida estática  de partida  de partida 

Agitador  Standard  A visualização da corrente forrnece a densidade  350  5 a 20 

do material. 

Elevador  Standard  Controle de sobrecarga para detecção de  350  5 a 10 


travamento ou de subcarga para detecção de 
ruptura. 

Partida constante com carga variável. 

Guilhotina  Severo  Controle do conjugado na partida.  400  3 a 10 

Misturador  Standard  A visualização da corrente forrnece a densidade  350  5 a 10 

do material. 

Triturador  Severo  Frenagem para limitar as vibrações durante a  450  5 a 60 


parada, controle de sobrecarga para detecção de 
travamento. 

Moinho  Severo  Frenagem para limitar as vibrações durante a  400  10 a 40 


parada, controle de sobrecarga para detecção de 
travamento. 

Refinaria  Standard  Controle do conjugado na partida e na parada.  300  5 a 30 

Prensa  Severo  Frenagem para aumentar o número de ciclos.  400  20 a 60 

(fonte: Schneider Electric) 

 
– 9 –
 

2 CONEXÕES 

As  conexões  elétricas  de  partidas  estáticas  de 


diversas  marcas  são  semelhantes,  porém,  cada  qual 
possui suas particularidades.  4 
Entre  estas  particularidades  estão,  1 
principalmente,  as  conexões  de  comando  e  as 
conexões  para  redes  de  comunicação.  Este  capítulo 
será  baseado  no  modelo  Altistart  48,  o  qual  integra  o 
kit didático da partida estática. 
 
2.1 PARTES DA PARTIDA ESTÁTICA 
A  partida  estática  possui,  basicamente,  7 
terminais  de  potência,  bornes  de  controle,  display, 

teclas de função e porta RJ45. 

1 Terminais de potência: alimentação 

2 Terminais de potência: saída para motor 

3 Terminais de potência: by‐pass 
5  6 
4 Terminais de potência: terra da partida estática  3  2 

5 Bornes de controle: alimentação e saídas a relé   

6 Bornes de controle: entradas e saídas     Figura 2.1 ‐ Partes da partida estática ATS48D17Q 

 
7 Display para parametrização e visualização 

8 Teclas de função  2.2 CONEXÃO DA ALIMENTAÇÃO 


9 Porta de comunicação RS485 Modbus 
Na  parte  superior  da  partida  estática  há  os 
  terminais  1/L1,  3/L2  e  5/L3  para  alimentação  da 
potência e o terminal   (terra). 

 
– 10 –
 

A  entrada  deste  contator  deve  ser  conectada 


aos terminais 1/L1, 3/L2 e 5/L3, e a saída aos terminais 
A2, B2 e C2. 

 
   Figura 2.2 ‐ Terminais de alimentação 
 
2.3 CONEXÃO DE SAÍDA PARA MOTOR 

Na  parte  inferior  da  partida  estática  há  os 


terminais  2/T1,  4/T2  e  6/T3  para  conexão  do  motor 
trifásico e o terminal   (terra).   
   Figura 2.4 ‐ Terminais de conexão do by‐pass 

Neste  sistema,  o  motor  parte  através  do 


controle eletrônico e, ao acionar o contator, a corrente 
circula por um caminho alternativo liberando a partida 
estática. Através do sistema by‐pass e possível realizar 
uma partida direta, porém deve‐se verificar qual será o 
pico de corrente na partida do motor. 

2.5 BORNES DE CONTROLE 
 
   Figura 2.3 ‐ Terminais de saída para o motor  Na  parte  inferior  da  partida  estática  há  dois 
 
conectores dos bornes de controle. 
2.4 CONEXÃO DE BY‐PASS 
O  sistema  by‐pass  é  constituído  por  um 
contator  de  potência  em  paralelo  com  a  partida 
estática  acionado,  no  fim  da  partida  do  motor,  para 
evitar  desperdício  de  energia  térmica  nos  tiristores 
durante longos períodos de funcionamento. O contator 
 
de by‐pass é controlado pela própria partida estática e 
   Figura 2.5 ‐ Bornes de controle 
as  suas  medições  de  corrente  e  as  proteções 
permanecem ativas.  O  conector  a  esquerda  possui  as  seguintes 

 
– 11 –
 

funções: 

 CL1  e  CL2:  alimentação  do  circuito  de  controle 


interno  (220  a  400V  para  as  partidas  ref. 
ATS48Q). 
 R1A e R1C: contato NA do relé programável r1 (1,8A 
para 230Vca ou 30Vcc). 
 R2A e R2C: contato NA do relé fim de partida r2 (1,8A 
para 230Vca ou 30Vcc). 
 R3A e R3C: contato NA do relé programável r3 (1,8A 
para 230Vca ou 30Vcc). 
 
O  conector  a  direita  possui  as  seguintes 
funções: 
   
 STOP: entrada de parada, quando receber menos de       
   Figura 2.6 ‐ Display e teclas de função 
5V.   
 RUN: entrada de liga, quando receber mais de 11V, e 
Escala  Exemplo 
se STOP estiver habilitado. 
 LI3 e LI4: entrada programável 24V.  0,1 a 99,9  05.5 significa 05,5 
 24V: fonte de alimentação para as entradas. 
 LO+: alimentação das saídas lógicas.  1 a 999  055 significa 055 
 LO1  e  LO2:  saída  a  transistor,  até  200mA  em  24V,  100 a 999  555 significa 555 
programável. 
 AO1:  saída  analógica  programável,  0  a  20mA  ou  4  a  1000 a 9990  5.55 significa 5550 
20mA.  10000 a 99900  55.5 significa 55500 
 COM: comum 0V das entradas e saídas. 
 PTC1 e PTC2: entrada para sensor PTC (750 a 25°C).  As  teclas  de  função  são  utilizadas  para  ajuste 
  dos  parâmetros  da  partida  estática,  conforme 
2.6 DISPLAY E TECLAS DE FUNÇÃO  mostrado a seguir: 

A partida estática possui, em sua parte frontal,  Tecla  Função 


um  display  composto  por  três  caracteres  de  sete 
segmentos e quatro teclas de função.  Passa para menu anterior. 
Os  valores  mostrados  no  display  devem  ser 
interpretados conforme a escala máxima do parâmetro 
▲  Passa para parâmetro anterior. 
que está sendo visualizado. 
  Aumenta valor visualizado. 

Passa para menu seguinte. 

▼  Passa para parâmetro seguinte. 

Diminui valor visualizado. 

 
– 12 –
 

Sai do menu atual. 

ESC 
Sai do parâmetro atual sem salvar o 
valor modificado. 

Seleciona o menu visualizado. 

Seleciona o parâmetro visualizado. 
ENT 
Memoriza o valor modificado no 
parâmetro atual. 

 
 
2.7 PORTA DE COMUNICAÇÃO 

A  comunicação  entre  a  partida  estática  ref. 


ATS48D17Q e a IHM ref. XBTNU400 utiliza o meio físico 
RS485 e o protocolo Modbus.  
O  protocolo  Modbus  foi  criado  pela  Modicon  XBTZ938

do grupo Schneider Electric, na década de 1970, é um 
dos  mais  antigos  protocolos  de  comunicação  utilizado   
em redes industriais para automação.Como meio físico,    Figura 2.7 ‐ Comunicação entre partida estática e IHM 
o  Modbus  utiliza  RS232,  RS485  ou  Ethernet 
(Modbus/TCP).  Atualmente  este  é  um  protocolo  Para comunicar a partida estática com a IHM, 
aberto,  ou  seja,  suas  especificações  e  normas  são  de  é  necessário  utilizar  o  cabo  de  comunicação  ref. 
domínio  público,  o  que  diminui  o  custo  de  XBTZ938.  Este  cabo  possui  em  uma  de  suas 
implementação  de  protocolo  nos  equipamentos  e  de  extremidades  um  conector  RJ45,  para  conexão  no 
interligação dos equipamentos em rede.  inversor  de  freqüência,  e  na  outra  um  conector  DB25 
macho, para conexão na IHM. 

 
– 13 –
 

2.8 CIRCUITO ELÉTRICO DO KIT DIDÁTICO 

   Figura 2.8 ‐ Circuito elétrico do kit didático 
 
2.8.1 IDENTIFICAÇÕES  2.8.2 CIRCUITO DE FORÇA 
 
Referência  Componente O circuito de força do kit didático possui, além 
A  Amperímetro da partida estática ref. ATS48D17Q: 
A1  IHM   Coordenação  tipo  1  conforme  IEC947‐4‐1,  ou  seja, 
H1  Sinalizador painel energizado  disjuntor‐motor para proteção contra curto‐circuito 
H2  Sinalizador falha  e sobrecarga. 
H3  Chave de Partida OK   Voltímetro  para  medição  da  tensão  de  linha  do 
H4  Sinalizador Motor Energizado  motor. 
KA1  Contatora Auxiliar  Amperímetro  para  medição  da  corrente  de  linha  do 
KM1  Contator by‐pass  motor através de transformador de corrente (TC). 
M1  Motor trifásico
QM1  Disjuntor‐motor  2.8.3 CIRCUITO DE COMANDO 
Q2  Disjuntor monopolar 
Q3  Disjuntor monopolar    O circuito de comando possui, além da própria 
S0  Emergência  placa de comando da partida estática: 
S1  Liga/Desliga Partida Direta   Uma  botoeira  tipo  soco  para  desenergização  do 
S2  Seleciona Partida Direta ou Suave circuito de comando; 
S3  Liga/Desliga Partida Suave   Uma  botoeira  comutadora  de  duas  posições  para 
T1  Transformador 24Vca  selecionar o tipo de partida (direta ou suave); 
TC1  Transformador de corrente   Uma  botoeira  pulsante  com  duplo  comando  para 
U1  Partida estática  ligar e desligar o motor em partida direta; 
U2  Fonte 220Vca/24Vcc   Uma  botoeira  pulsante  com  duplo  comando  para 
V  Voltímetro  ligar e desligar o motor em partida suave; 

 
– 14 –
 

 Um  sinalizador  ótico,  cor  branca,  para  indicação  de 


painel energizado; 
 Um sinalizador ótico, cor vermelha, para indicação de 
erro disjuntor; 
 Um  sinalizador  ótico,  cor  verde,  para  indicação  de 
chave de partida OK; 
 Dois sinalizadores ótico, cor verde, para indicação  
de motor energizado; 
 Uma  IHM  para  visualização  e  ajuste  de  parâmetros.

 
– 15 –
 

3 PARAMETRIZAÇÃO 

3.1 TECLAS DE PROGRAMAÇÃO  3.2 ACESSO AOS MENUS 

A  partida  estática  possui  quatro  teclas  para 


navegação e ajuste dos parâmetros. 

Tabela 3.1 ‐ Teclas de função da partida estática 
Tecla  Função 

Passa para menu anterior. 

▲  Passa para parâmetro anterior. 

Aumenta valor visualizado. 

Passa para menu seguinte. 

▼  Passa para parâmetro seguinte. 

Diminui valor visualizado. 

Sai do menu atual. 
ESC  Sai do parâmetro atual sem salvar o 
(1) O valor "XXX" visualizado segue as seguintes regras:

valor modificado. 
Valor visualizado  Condição 
ENT  Seleciona o menu visualizado. 
Código de falha (veja 
Seleciona o parâmetro visualizado.  item Códigos De Falha na  Equipamento em falha. 
página 5) 
Memoriza o valor modificado no 
parâmetro atual. 
Equipamento parado 
nLP 
sem alimentação. 
 

 
– 16 –
 

que está sendo visualizado. 
Valor visualizado  Condição 
Tabela 3.2 ‐ Valores do display conforme a escala 

Equipamento parado  Escala Exemplo


rdY  com alimentação na 
potência.  0,1 a 99,9 05.5 significa 05,5

Retardo na partida não  1 a 999 055 significa 055


tbS 
transcorrido. 
100 a 999 555 significa 555
Aquecimento do motor 
HEA 
em execução.  1000 a 9990 5.55 significa 5550

Parâmetro de supervisão  10000 a 99900 55.5 significa 55500


escolhido pelo usuário 
Equipamento com 
no menu SUP. Na 
ordem de partida. 
regulagem de fábrica: 
corrente do motor. 

Equipamento em 
brL 
frenagem. 

Esperando um comando 
Stb 
RUN ou STOP. 

(2) O menu St2 só é visível se a função "segundo conjunto


de parâmetros do motor" estiver configurada.

3.3 ACESSO AOS PARÂMETROS 

O valor modificado no parâmetro visualizado é 
gravado  quando,  ao  pressionar  a  tecla  ENT,  o  display 
piscar. 

Os  valores  mostrados  no  display  devem  ser 


interpretados conforme a escala máxima do parâmetro 

 
– 17 –
 

3.4 MENU REGULAGENS SET 

A modificação dos parâmetros de regulagens só é possível durante parada do equipamento. 

3.5 MENU DE PROTEÇÃO PRO 

 
– 18 –
 

A modificação dos parâmetros de proteção só é possível durante parada do equipamento. 

3.6 CONFIGURAÇÃO DAS ENTRADAS/SAÍDAS IO 

A modificação dos parâmetros de configuração das entradas/saídas é possível somente durante a parada. 

 
– 19 –
 

3.7 REGULAGENS AVANÇADAS DRC 

A modificação dos parâmetros de regulagens avançadas só é possível durante parada do equipamento. 

3.8 PARÂMETROS DO 2º MOTOR ST2 

A modificação dos parâmetros do 2º motor é possível somente durante a parada.

 
– 20 –
 

Os  parâmetros  do  1º  ou  2º  motor  são  A  ativação  do  segundo  conjunto  de 
selecionados  a  partir  da  entrada  lógica  LI3  ou  LI4  que  parâmetros do motor permite partir e desacelerar dois 
estiver configurada como função LIS no menu IO (veja  motores diferentes, um de cada vez, ou um motor com 
o  item  Configuração  Das Entradas/Saídas  IO na página  duas  configurações  diferentes,  com  uma  única  partida 
19).  estática. 

3.9 COMUNICAÇÃO COP 

A  modificação  dos  parâmetros  do  menu  comunicação  é  possível  somente  durante  a  parada.  O  protocolo 
interno utilizado é Modbus. 

3.10 PARÂMETRO VISUALIZADO SUP 

A modificação do parâmetro a ser visualizado é possível durante a parada ou durante o funcionamento. 

 
– 21 –
 

3.11 RETORNO ÀS REGULAGENS DE  3.12 CONFIGURAÇÃO DA COMUNICAÇÃO 


FÁBRICA  SERIAL 

É  possível,  de  maneira  simples  e  rápida,  Após  retornar  os  parâmetros  da  partida 
retornar todos os parâmetros da partida estática a seus  estática a seus valores de fábrica (veja o item Retorno 
valores de fábrica.  Às  Regulagens  De  Fábrica  na  página  22),  é  necessário 
No  menu  de  regulagens  avançadas  drC,  configurar  o  endereço  do  equipamento  para  a  ligação 
programe  o  parâmetro  FCS  com  o  valor  YES.  Para  serial RS485. 
confirmar a recarga dos valores de fábrica, pressione a  Na comunicação serial do kit didático, a IHM é 
tecla  ENT  por  aproximadamente  2  segundos  até  o  o  mestre  (master)  e  a  partida  estática  é  o  escravo 
display piscar.  (slave).  O  equipamento  mestre  deve  possuir  o 
Ao pressionar ESC para sair do parâmetro FCS,  endereço  0  (zero)  e  o  equipamento  escravo  deve 
o retorno ao valor no ocorre automaticamente.  possuir  o  endereço  1  (um).  Sendo  que  a  IHM  está 
  configurada  como  endereço  0  e  o  valor  de  fábrica  da 
  partida  estática  também  é  0,  ocorrerá  um  conflito  na 
  comunicação.  Assim  é  necessário,  através  do  menu 
  COP, modificar o valor do parâmetro Add para 1. 
 
3.13 CÓDIGOS DE FALHA 
 

Falha Causa provável Solução


mostrada

 Falha interna.  Cortar e restabelecer a alimentação do controle.


InF Se a falha persistir, enviar o equipamento à
Schneider Electric para reparos.

 Sobrecorrente.  Desenergizar o equipamento.

 Curto-circuito "impedante" na saída da partida  Verificar os cabos de ligação e o isolamento do


estática. motor.
OCF
 Curto-circuito interno.  Verificar os tiristores.

 Contator de by-pass colado.  Verificar o contator de by-pass (contato colado).

 Subdimensionamento da partida estática.  Verificar o valor do parâmetro bSt no menu drC.

 Inversão de fases.

 Inverter duas fases da rede ou selecionar no no


PIF  A seqüência de fases da rede está em
parâmetro PHr.
desacordo com a seleção feita em PHr no
menu PrO.

 
– 22 –
 

Falha Causa provável Solução


mostrada

 Cortar e restabelecer a alimentação do controle.


EEF  Falha de memória interna. Se a falha persistir, enviar o equipamento à
Schneider Electric para reparos.

 Retornar à regulagem de fábrica no menu drC.


CFF  Configuração inválida na energização.
 Reconfigurar o equipamento.

 Configuração inválida.
 Verificar a configuração previamente transmitida.
CFI  A configuração transmitida ao equipamento,
 Transmitir uma configuração compatível.
 pela ligação serial, é incompatível.

 Rotor bloqueado em regime permanente.

 Esta falha é ativada em regime permanente


com contator de by-pass da partida estática.  Verificar a mecânica (desgaste, folga mecânica,
LrF
lubrificação, bloqueio, etc.).
 Ela é detectada se a corrente em uma fase for
superior ou igual a 5xIn, durante mais de
0,2s.

 Verificar a rede.
 Freqüência da rede fora de tolerância.

FrF  Verificar se a configuração do parâmetro FrC do


 Esta falha é configurável no parâmetro FrC do
menu drC é compatível com a rede utilizada
menu drC.
(grupo gerador, por exemplo).

 Verificar a rede, a ligação do equipamento e os


dispositivos de isolamento eventualmente
 Perda de uma fase da rede.
situados entre a rede e o equipamento
(contator, fusíveis, disjuntor, etc.).

 Verificar a ligação do motor e os dispositivos de


 Perda de uma fase do motor.
PHF isolamento eventualmente situados entre o
 Se a corrente do motor se tornar inferior a um equipamento e o motor (contatores, disjuntores,
nível regulável PHL em uma fase durante etc.).
0,5s ou nas três fases durante 0,2s.
 Verificar o estado do motor.
 Esta falha é configurável no parâmetro PHL
 Verificar se a configuração do parâmetro PHL é
do menu PrO.
compatível com o motor utilizado.

 
– 23 –
 

Falha Causa provável Solução


mostrada

 Falha de alimentação da potência em uma  Verificar a tensão e o circuito de alimentação da


USF
ordem de partida. potência.

CLF  Perda de alimentação do controle.  Corte superior a 200 ms em CL1/CL2.

SLF  Falha na ligação serial.  Verificar a ligação do conector RS485.

EtF  Falha externa.  Verificar a falha considerada.

 Verificar a mecânica (desgaste, folga mecânica,


lubrificação, bloqueio, etc.).

 Verificar o dimensionamento da partida estática e


do motor em relação à necessidade mecânica.

OLF  Falha térmica no motor.  Verificar o valor do parâmetro tHP no menu PrO,
e o do parâmetro In no menu SEt.

 Verificar o isolamento elétrico do motor.

 Aguardar o resfriamento do motor antes de


religar.

 Verificar a mecânica (desgaste, folga mecânica,


lubrificação, bloqueio, etc.).

StF  Partida excessivamente longa.  Verificar o valor do parâmetro tLS no menu PrO.

 Verificar o dimensionamento da partida estática e


do motor em relação à necessidade mecânica.

 Verificar a mecânica (desgaste, folga mecânica,


lubrificação, bloqueio, etc.).
OLC  Sobrecarga de corrente.
 Verificar o valor dos parâmetros LOC e tOL no
menu PrO.

 
– 24 –
 

Falha Causa provável Solução


mostrada

 Verificar a mecânica (desgaste, folga mecânica,


lubrificação, bloqueio, etc.).

 Verificar o dimensionamento da partida estática e


 Falha térmica do motor detectada pelas
OtF do motor em relação à necessidade mecânica.
sondas PTC.
 Verificar o valor do parâmetro PtC no menu PrO.

 Aguardar o resfriamento do motor, antes de


religar.

 Verificar o circuito hidráulico.

ULF  Subcarga do motor.


 Verificar o valor dos parâmetros LUL e tUL no
menu PrO.

 Verificar a mecânica (desgaste, folga mecânica,


lubrificação, bloqueio, etc.).

 Verificar o dimensionamento da partida estática e


do motor em relação à necessidade mecânica.

 Verificar o funcionamento do ventilador, se o a


OHF  Falha térmica no equipamento. partida estática utilizada o possuir, assim como
a livre passagem do ar e a limpeza do
dissipador. Assegurar-se de que as precauções
de montagem (conforme manual de operação)
sejam respeitadas.

 Aguardar o resfriamento do equipamento antes


de religar.

 
– 25 –
 

4 PARTES DO KIT DIDÁTICO 

4.1 VISUALIZAÇÃO E PARAMETRIZAÇÃO  cabo  a  ser  medido  no  kit  didático  passa  duas  vezes 
dentro  do  transformador  de  corrente,  utilizando 
 
princípios  de  eletromagnetismo  e  corrigindo  esta 
4.1.1 VOLTÍMETRO 
diferença. 
O  voltímetro,  com  escala  de  0  a  500V,  é 
utilizado para medição da tensão de linha do motor. 
2A
 
4.1.2 AMPERÍMETRO 
O  amperímetro,  com  escala  de  0  a  25A,  é 
utilizado  para  medição  da  corrente  de  linha  do  motor 
através de um transformador de corrente (TC). 
A  escala  do  amperímetro  possui  uma  relação  10A
de  25/5,  ou  seja,  a  cada  5A  medidos  o  instrumento 
 
mostrará 25A. O TC possui uma relação 50/5, ou seja, a 
   Figura 4.1 ‐ Conexão TC ‐ amperímetro do kit didático
cada  50A  medidos  o  TC  fornecerão  5A.  Sendo  que  o 
amperímetro e o TC devem possuir a mesma relação, o 

4.1.3 IHM 

A IHM ref. XBTNU400 é utilizada para supervisão e ajuste de alguns parâmetros, os quais são parte integrante 
dos menus SUP, SEt e drC da partida estática ref. ATS48D17Q. 

Tabela 4.1 ‐ Parâmetros disponíveis na IHM 

Descrição  Unidade  Parâmetro  Menu  Endereço  Supervisão  Ajuste 

Corrente do motor  A  LCr  SUP  %W4062  Sim  Não 

Estado térmico do motor  %  tHr  %W4064 

Fator de potência (Cos )    COS  %W4067 

Torque do motor  %  Ltr  %W4063 

 
– 26 –
 

Potência ativa  KW  LAP  %W4073 

Última falha (veja Códigos De    LFt  %W4200 


Falha na página 22) 
Aceleração  s  ACC  SEt  %W4043  Sim 

Desaceleração  s  DEC  %W4044 

Torque inicial  %  tqO  %W4037 

Tipo de parada    StY  %W4029 

Corrente nominal  A  In  %W4026 

Limite de corrente  %  ILt  %W4039 

Tensão de linha  V  ULn  drC  %W4055 

Freqüência  Hz  FrC  %W4056 

Proteção térmica    tHp  %W4034 

Limite de torque  %  tLI  %W4036 

Tensão boost  %  bSt  %W4028 

Teste motor menor    SSt  %W4057 

Nas  telas  da  IHM  o  item  ,   ou   que  estiver  piscando  estará  habilitado  para  receber  um  comando  de 
troca de tela ou de modificação de valor. 

 
  Figura 4.2 ‐ Telas da IHM do kit didático 
 
As  modificações  realizadas  através  da  IHM  devem  ser  gravadas  na  tela  inicial,  selecionando  o 
 
– 27 –
 

campo   através  da  tecla  MOD  e  selecione  a  opção  S 


Tecla Função
através  das  teclas  ▼  ou  ▲,  confirmando  com  a  tecla 
ENTER. 
Caso a gravação das modificações dos valores  Sai do parâmetro que está sendo
não forem gravados na tela inicial, estas terão validade  modificado sem gravar o valor.
somente  enquanto  o  kit  didático  estiver  energizado. 
Para  que  as  modificações  sejam  mantidas,  a  DEL Apaga o valor que está piscando.
confirmação deverá obrigatoriamente ser feita. 
  ENTER Grava valor que foi modificado.
 
   
 
Tabela 4.2 ‐ Teclas de função da IHM   
4.2 SINALIZADORES 
Tecla Função
Os  sinalizadores  óticos  do  kit  didático  são 
▼▲ Seleciona o item que será modificado: utilizados para: 

 ou : troca de tela.  H1: indicação de painel energizado (cor branca). 


 H2: indicação de erro disjuntor (cor vermelha). 
 : modificação de parâmetros.
 H3: indicação chave de partida OK (cor verde). 
 H4: indicador de motor energizado (cor verde). 
◄ Troca de tela quando o item  
estiver piscando.
4.3 COMANDO 

► Troca de tela quando o item As  botoeiras  de  comando  do  kit  didático  são 
estiver piscando. utilizadas para: 

 S0: desenergização do circuito de comando. 
MOD Habilita o campo para ser  S2: seleção do tipo de partida (direta ou suave). 
modificado.
 S1.2/S1.1: desligar e ligar o motor em partida direta. 
 S3.2/S3.1: desligar e ligar o motor em partida suave. 
ESC Retorna para a tela inicial.  S4: seleção de partida suave (normal ou by‐pass) 
 
   

 
– 28 –
 

4.4 SINÓTICO 

 
Figura 4.3 ‐ Sinótico do Kit Didático 
   
O  sinótico  localizado  na  parte  frontal  do 
 
quadro de comando representa o esquema elétrico, de 
força  e  de  comando,  do  kit  didático  chave  de  partida 
estática. 
Neste sinótico há aproximadamente 30 pontos 
de  medição  possibilitando  testes  de  tensão  e/ou 
continuidade,  e  auxiliando  em  tarefas  de  análise  de 
defeitos. 
Os pontos de medição de cor preta são Vca, os 
pontos de cor verde são condutores de aterramento e 
os pontos de cor vermelha são 24Vcc.  Entrada
Saída de ar de ar
 
4.5 SIMULADOR DE CARGA  
  Figura 4.4 ‐ Ventilador sirocco 
O ventilador siroco, tipo I‐08 de 4CV e 2 pólos, 
 
está instalado na base do kit didático para simulação de 
carga na partida estática. A entrada de ar do ventilador 
4.6 MÓDULO DE INSERÇÃO DE DEFEITOS 
possui uma tampa móvel que possibilita regulagem do 
fluxo de ar, atingindo vazão máxima de 55m³/min.  O  kit  didático  possui,  dentro  do  quadro  de 
comando,  um  módulo  de  inserção  de  defeitos  para 
  análise e localização de possíveis defeitos que venham 
a  ocorrer  em  um  circuito  elétrico,  de  força  ou  de 

 
– 29 –
 

comando, de uma partida estática. 
Os  defeitos  são  inseridos  ou  retirados  do 
circuito elétrico através de chaves comutadoras, sendo 
que  estas  chaves  podem  ser  trancadas  para  que  o 
aluno aprendiz não tenha acesso as mesmas. 

Módulo de
inserção de
defeitos

   Figura 4.5 ‐ Módulo de inserção de defeitos 
 

 
– 30 –
 

5 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 
 

  O Kit Didático Chave de Partida Estática está configurado de fábrica para operar em rede 380V 
trifásica. 

 
– 31 –
 

6 EXERCÍCIOS 

6.1 RETORNO ÀS REGULAGENS DE 
FÁBRICA 

Utilizando  o  display  e  as  teclas  de  função  da 


partida  estática,  execute  o  procedimento  padrão  para 
retornar  os  valores  dos  parâmetros  aos  originais  de 
fábrica.  Após,  configure  o  parâmetro  referente  ao 
endereço  de  rede  para  comunicação  serial  RS485. 
Descreva os passos a serem seguidos para a realização 
desta tarefa. 

Descrição

 
– 32 –
 

Parâmetro Faixa de Valor de

regulagem ajuste

6.2 PARÂMETROS DO MOTOR 

Através da IHM, localizada na porta do quadro 
Limite de torque  10 a 200%
de  comando  do  kit  didático,  ajuste  os  parâmetros  das 
telas  Ajustes  e  DRC  com  base  nas  características  de   OFF
placa do motor do ventilador siroco.  Tensão boost  50 a 100%

 OFF
Parâmetro Faixa de Valor de Teste com motor  On
menor
regulagem ajuste
 OFF

Aceleração 1 a 60s

Desaceleração 1 a 60s

Torque inicial 0 a 100% de Cn

Tipo de parada  d

 b

 F

Corrente nominal 0,4 a 1,3 x ICL

Limite de corrente 150 a 700% de


In

Tensão de linha 170 a 460 V

Freqüência  50

 60

 AUt

Proteção térmica  OFF

 2

 10

 15

 20

 20

 30

 
– 33 –
 

Aceleração:  É  o  tempo  de  elevação  do  inércia elevada. 


conjugado  de  partida  entre  0  e  o  conjugado  nominal, 
 F: Parada por inércia. Nenhum conjugado é aplicado 
ou  seja,  a  inclinação  da  rampa  de  aumento  do 
ao motor pela partida estática. 
conjugado. 
Corrente nominal: Regular o valor da corrente 
nominal indicado na placa do motor. 

Limite de corrente: A corrente de limitação é a 
corrente  máxima  que  se  deseja  permitir  durante  a 
partida do motor. 
 
Tensão de linha: Este parâmetro é utilizado no 
Desaceleração:  Este  parâmetro  só  é  acessível 
cálculo  da  potência  visualizada  (parâmetros  LPr  e  LAP 
se o tipo de parada selecionado for d. Permite regular 
do  menu  SUP  ou  Potência  ativa  da  tela  Supervisão  da 
um  tempo  para  passar  do  conjugado  estimado  ao 
IHM). 
conjugado  nulo,  adaptando  a  progressão  da 
desaceleração  e  evitando  os  choques  hidráulicos  nas  Freqüência:  Neste  parâmetro  é  configurada  a 
aplicações com bombas.  freqüência  da  rede  elétrica  em  que  a  partida  estática 
irá ser conectada. 

 50: 50Hz 

 60: 60Hz 

   AUt:  reconhecimento  automático  da  freqüência  da 


rede. 
Torque inicial: Regulagem do conjugado inicial 
durante  a  partida,  varia  de  0  a  100%  do  conjugado  Proteção  térmica:  A  partida  estática  calcula 
nominal.  permanentemente  o  aquecimento  do  motor,  a  partir 
da corrente nominal regulada e da corrente realmente 
absorvida. O aquecimento pode ser provocado por uma 
sobrecarga,  baixa  ou  elevada,  de  longa  ou  curta 
duração. 

 OFF: sem proteção 
 
 2: subclasse 2 
Tipo  de  parada:  Três  tipos  de  parada  são 
possíveis:   30: classe 30 

 d: Parada desacelerada por controle do conjugado. A   25: classe 25 
partida estática aplica um conjugado motor a fim de 
desacelerar  progressivamente,  seguindo  a  rampa  e   20: classe 20 (aplicação severa) 
evitando  uma  parada  brusca.  Este  tipo  de  parada 
 15: classe 15 
reduz,  com  eficácia,  os  golpes  de  aríete  em  uma 
bomba.   10: classe 10 (aplicação standard) 

 b: Parada com frenagem dinâmica. A partida estática  Limite de  torque: Permite limitar a referência 


gera  um  conjugado  de  frenagem  no  motor,  para  de conjugado para evitar funcionamento hipersíncrono 
diminuir  o  tempo  de  desaceleração  nos  casos  de  nas aplicações com inércia elevada. 

 
– 34 –
 

 OFF: sem limitação. 

 10 a 200: regulagem da limitação em % do conjugado 
nominal. 

Tensão  boost:  Possibilita  aplicar  uma  tensão 


regulável durante 100 ms no momento da partida. 

Após  este  tempo,  a  partida  estática  retoma  a 


rampa  de  aceleração  padrão,  a  partir  do  valor  de 
conjugado inicial regulado. Esta função permite vencer 
um  eventual  conjugado  "de  partida"  (fenômeno  de 
aderência na parada ou jogo mecânico). 

 OFF: função inativa. 

 50  a  100  :  regulagem  em  %  da  tensão  nominal  do 


motor. 

Teste com motor menor: Utilizado para testar 
a  partida  estática  em  um  ambiente  de  testes  ou 
manutenção,  com  um  motor  de  potência  muito 
inferior, ao calibre do equipamento. 

 OFF: função inativa 

 On: função ativa 

Este  parâmetro  retorna  ao  estado  OFF,  assim 


que o comando for desenergizado. 

 
– 35 –
 

6.3 ANÁLISE DE DEFEITO 1 

 Acione a chave Def. 1 do módulo de inserção de defeitos. 

 Teste o funcionamento do circuito, através dos botões liga e desliga para partida suave e partida direta, com e 
sem by‐pass, observando seu comportamento. 

 Desenvolva um relatório contendo: 

a) Descrição do defeito apresentado. 

b) Descrição da forma correta de funcionamento. 

c) Descrição do procedimento utilizado para localização do defeito. 

 Assinale no circuito elétrico o ponto onde há defeito e identifique como Def. 1. 

Relatório

 
– 36 –
 

 
– 37 –
 

6.4 ANÁLISE DE DEFEITO 2 

 Acione a chave Def. 2 do módulo de inserção de defeitos. 

 Teste o funcionamento do circuito, através dos botões liga e desliga para partida suave e partida direta, com e 
sem by‐pass, observando seu comportamento. 

 Desenvolva um relatório contendo: 

a) Descrição do defeito apresentado. 

b) Descrição da forma correta de funcionamento. 

c) Descrição do procedimento utilizado para localização do defeito. 

 Assinale no circuito elétrico o ponto onde há defeito e identifique como Def. 2.

Relatório

 
– 38 –
 

 
– 39 –
 

6.5 ANÁLISE DE DEFEITO 3 

 Acione a chave Def. 3 do módulo de inserção de defeitos. 

 Teste o funcionamento do circuito, através dos botões liga e desliga para partida suave e partida direta, com e 
sem by‐pass, observando seu comportamento. 

 Desenvolva um relatório contendo: 

a) Descrição do defeito apresentado. 

b) Descrição da forma correta de funcionamento. 

c) Descrição do procedimento utilizado para localização do defeito. 

 Assinale no circuito elétrico o ponto onde há defeito e identifique como Def. 3. 

Relatório

 
– 40 –
 

 
– 41 –
 

6.6 ANÁLISE DE DEFEITO 4 

 Acione a chave Def. 4 do módulo de inserção de defeitos. 

 Teste o funcionamento do circuito, através dos botões liga e desliga para partida suave e partida direta, com e 
sem by‐pass, observando seu comportamento. 

 Desenvolva um relatório contendo: 

a) Descrição do defeito apresentado. 

b) Descrição da forma correta de funcionamento. 

c) Descrição do procedimento utilizado para localização do defeito. 

 Assinale no circuito elétrico o ponto onde há defeito e identifique como Def. 4. 

Relatório

 
– 42 –
 

 
– 43 –
 

6.7 ANÁLISE DE DEFEITO 5 

 Acione a chave Def. 5 do módulo de inserção de defeitos. 

 Teste o funcionamento do circuito, através dos botões liga e desliga para partida suave e partida direta, com e 
sem by‐pass, observando seu comportamento. 

 Desenvolva um relatório contendo: 

a) Descrição do defeito apresentado. 

b) Descrição da forma correta de funcionamento. 

c) Descrição do procedimento utilizado para localização do defeito. 

 Assinale no circuito elétrico o ponto onde há defeito e identifique como Def. 5. 

Relatório

 
– 44 –
 

 
– 45 –
 

6.8 ANÁLISE DE DEFEITO 6 

 Acione a chave Def. 6 do módulo de inserção de defeitos. 

 Teste o funcionamento do circuito, através dos botões liga e desliga para partida suave e partida direta, com e 
sem by‐pass, observando seu comportamento. 

 Desenvolva um relatório contendo: 

a) Descrição do defeito apresentado. 

b) Descrição da forma correta de funcionamento. 

c) Descrição do procedimento utilizado para localização do defeito. 

 Assinale no circuito elétrico o ponto onde há defeito e identifique como Def. 6. 

Relatório

 
 

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