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ÊNFASE NO DISCIPULADO

ÊNFASE NO DISCIPULADO

John Wesley disse certa vez: “Dê-me 100 homens que odeiam o pecado acima de tudo e
amam a Deus com todo o seu coração e eu vou impactar o mundo para Jesus”. No final
de sua vida, John Wesley havia convertido um grupo de crentes em um exército de
10.000 células e uma igreja de 100.000 membros.

Líderes de célula bem-sucedidos olham além da urgência presente para as futuras


células filhas e, devido a essa paixão, gastam seu tempo prioritário discipulando a nova
liderança. Essa paixão para levantar novos líderes leva líderes de célula bem-sucedidos
a gastar tempo qualitativo com líderes em potencial. Essa paixão converte membros
comuns das células em novos líderes visionários. Líderes de célula bem-sucedidos
refletem a paixão de John Maxwell: “Meu alvo não é formar seguidores que resultem
em uma multidão. Meu alvo é desenvolver líderes que se transformem em um
movimento”.

Infelizmente, essa paixão permanece escondida em muitos líderes de célula e igrejas.


Frequentemente os líderes focalizam em liderar o grupo e vê-lo crescer em número. O
grupo pequeno é soberano. Todos os recursos e discipulado focalizam a vida do grupo –
não em discipular líderes para grupos futuros. Os grupos pequenos tornam-se fins em si
mesmos.

O verdadeiro sucesso da liderança depende da sua resposta a esta pergunta: Quantos


líderes têm sido descobertos, discipulados e enviados? Sucesso no discipulado de
futuros líderes é um estilo bíblico de vida. Moisés discipulou Josué, e Elias discipulou
Eliseu. Os apóstolos foram recrutados e discipulados por Jesus. Barnabé discipulou
Paulo que, por sua vez, discipulou Timóteo. Líderes de célula precisam desenvolver os
líderes que os seguirão a todo custo.

Em Mateus 28:18-20 Jesus estabeleceu ordens claras de marcha para a sua nova igreja.
Uma análise desses versículos demonstra que, dos quatro verbos principais que
aparecem aqui, apenas “fazer discípulos” é usado no imperativo. Os outros três verbos
complementam a tarefa principal de fazer discípulos. A ordem de Cristo é clara. Somos
chamados para guiar cada novo-convertido na fé até que alcance a maturidade. Então,
SA discípula o SS, que discípula o LC, semanalmente.

Paulo entendeu muito bem esse processo de discipulado. Ele gastou toda a sua vida
preparando outros para levar avante o ministério de Jesus. A paixão pelo
desenvolvimento de liderança impulsionou Paulo a aconselhar Tito a ficar em Creta
para que “você pusesse em ordem o que ainda faltava e constituísse presbíteros em cada
cidade, como eu o instruí” (Tito 1:5). O cristianismo que havia começado em Creta não
estava ainda estabelecido especialmente pela falta de liderança. Paulo havia passado por
aquela região antes, mas não pôde completar o trabalho naquele tempo. Por quê? Não
havia líderes. Por isso ele pediu que Tito, seu discípulo, completasse o trabalho
apontando bons líderes.

No final de sua vida, ele exortou seu próprio discípulo Timóteo: “E as coisas que me
ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie a homens fiéis que sejam
também capazes de ensinar outros” (2 Timóteo 2:2). Observe aqui a questão da
confiança. O trabalho de passar o bastão para gerações sucessivas de liderança não pode
parar devido a algum elo ruim na corrente. O desenvolvimento de liderança deve
continuar a todo custo. A principal tarefa de um líder de célula deve ser, portanto,
procurar discipular os membros de sua célula para liderarem o grupo.

– Extraído do Livro “Multiplicando a líderança”, Joel Comiskey

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