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Existem mais de 

1,4 mil espécies de morcegos em todo o mundo, exceto na Antártica e em algumas


ilhas remotas. O que torna esses mamíferos voadores tão bem-sucedidos?
Ao longo de seus 50 milhões de anos de evolução, os morcegos desenvolveram soluções engenhosas
para os desafios da vida. Entre essas soluções estão um sistema sonar interno para encontrar
presas e asas ágeis, através das quais os morcegos mantêm o voo horizontal mais rápido do reino
animal.
“Ainda há muito a ser estudado, mas é evidente que os morcegos realmente têm superpoderes”,
afirma Rodrigo Medellín, ecologista do Instituto de Ecologia da Universidade Nacional Autônoma
do México e Explorador da National Geographic.
“Os morcegos estão nos ensinando a como ter uma vida melhor”, por exemplo, servindo como
modelos de vida saudável e longevidade.

Eco localização ou Sensor dos Morcegos: A ecolocalização é um mecanismo utilizado


principalmente por morcegos. Os morcegos utilizam essa sinalização para navegar pelo ambiente
evitando obstáculos e para encontrar alimento e para encontrar insetos parados ou em pleno voo!
Um som é emitido pelo animal, que quando chega a um objeto ou outro ser vivo, ecoa (“rebate”) de
volta ao emissor do som, que assim, localiza o objeto no ambiente, pois é baseado no eco. Quando
o eco retorna ao morcego, ele sabe dizer a distância que está do objeto. Como eles possuem hábitos
noturnos e visão pouco desenvolvida é uma capacidade primordial para os. Eles emitem estes sons
de ecolocalização com uma onda de alta frequência (que é inaudível para seres humanos), através
de seus focinhos grandes e dobrados, o que ajuda a focalizar os sons que rebate.
A emissão desses sons demanda uma grande quantidade de energia dos morcegos. Porém, durante
o voo, o custo é mínimo pois os mesmos músculos utilizados para bater as asas também são os que
realizam a ventilação pulmonar. Das 19 famílias de morcegos reconhecidas, 18 emitem
ecolocalização tonal produzida na laringe, enquanto espécies da família Pteropodidae emitem sons
pulsados produzidos através de estalos da língua ou asas . Por exemplo, grandes morcegos-marrons,
que são comuns por todas as Américas, usam seu sonar para traçar seu caminho em ambientes
barulhentos, como em florestas agitadas com sons de outros animais.

Dificuldade das Pessoas Cegas: A Imerai, empresa relativamente nova no mercado, sediada na
Incubadora da Escola de Negócios de Edimburgo, desenvolveu um sensor que utiliza Inteligência
Artificial (IA) para entender o mundo físico ao redor. O projeto, que é inspirado no mundo
natural, usa a ecolocalização em vez de luz para receber imagens. Funciona de forma semelhante
à maneira com que um morcego utiliza o som para entender os arredores. Concentrando-se
inicialmente em aplicações domésticas, a inovação, segundo a empresa, é essencial para a
privacidade residencial. No entanto, as aplicações do sensor são amplas e incluem até a facilitação
do distanciamento social em escritórios e apoio para pessoas com dificuldade de enxergar. A
ecolocalização ganhou destaque nos últimos anos como um recurso que alguns cegos utilizam
para mapear o que está a sua volta com uma precisão espantosa. Eles podem detectar a
localização de árvores, edifícios ou portas, fazendo "estalos" com a boca e ouvindo o eco.

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