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Ler para os PdJ:

O grupo é enjaulado em uma gaiola de


ferro e amarrados nos pés e mãos
enquanto são transportados como anim
ais em uma carroça carregada por
enormes bisões de pelagem marrom esc
ura. A comitiva de condenados
carregava os feridos e prisioneiros do
combate que iam sobrevivendo como
podiam, uma verdadeira coro de gemido
s e lamentações davam o tom da
comitiva. Assim que as cordilheiras iam
se aviltando no horizonte mais
condenados se juntavam a trilha de lama
pegajosa, como um rio de lama
negra de suor, sangue e excrementos
fluindo para o famoso mercado de
escravos de Kezankian.
As horas se tornam dias, que se tornam
semanas e meses até que um ano
inteiro se passe. Esse tempo de sofr
imento e humilhação são como flaches
de memórias numa zona incerta entre
consciente e o inconsciente. Os
sobreviventes são vendidos as Minas
de Zath, condenados a uma vida de
danação e sofrimento de trabalhos for
çados nas terríveis minas de
Kezankian, por onde tiveram uma amo
stra do inferno na Terra por quase
um ciclo solar inteiro.
Então mais um dia, tarde, noite, nas ent
ranhas da montanha não era
possível saber, o soar dos tambores anu
nciavam mais uma jornada de
insuportável labuta forçada nas escu
ras e frias minas de Kezankian. Os
prisioneiros iam se amontoando nas filas
próximos às pesadas correntes
que desciam e içavam o elevador do Fos
so do Hálito Pútrido, a única
entrada para as celas subterrâneas.
O clangor das correntes anunciava a
descida do grande elevador de bronze
de forma de concha, que os
prisioneiros chamavam de ‘a Tigela do
DemônioÕ . A tigela ia descendo até
atingir o solo das cavernas prisões enqu
anto a multidão de escravos se
amontoando.

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