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Alberto Quininde Júnior

Agostinho Lourinho Augusto


Dias Augusto Chipura
João Bassa
Felisberto Hilário Fernando
Rose Da Dilenia Bove
Celsa Fátima A. D. Mulandeza

Resolução nº 56/2004 de 31 de Dezembro

Sobre Poluentes Orgânicos Persistente

Licenciatura em Direito

Universidade Pedagógica

Beira

2018
Alberto Quininde Júnior
Agostinho Lourinho Augusto
Dias Augusto Chipura
João Bassa
Felisberto Hilário Fernando
Rose Da Dilenia Bove
Celsa Fátima A. D. Mulandeza

Resolução nº 56/2004 de 31 de Dezembro

Sobre Poluentes Orgânicos Persistente

Trabalho investigativo do curso a ser entregue na


Faculdade de Ciências Sociais e Filosófica, a ser
apresentado no curso de Direito, Delegação da Beira
para obtenção de classificação.

Docente Dr. Paulo de Sousa

Universidade Pedagógica

Beira

2018
3

Resumo
O presente trabalho tem como o escrúpulo abordar sobre a ratificação feira pelo Estado
Moçambicano a respeito da Convenção de Estocolmo 56/2004 de 31 de Dezembro sobre
Poluentes Orgânicos e Persistentes. Visto que os mesmos possuem substancias toxicas, sendo
capazes a resistentes a degradação e a propagação através de ar, da agua e das espécies
4

migratórias. Consciente de que os poluentes orgânicos persistentes tem efeitos


transfronteiriços e da consequente necessidade de se adotarem medidas a nível global,
concretamente ao nosso belo Moçambique sobre esta matéria.

PALAVRAS-CHAVE: Poluente, Orgânicos, Persistente

Introdução
O presente trabalho de Direito Internacional do Ambiente, de carácter meramente
investigativo, tem como o escrúpulo abordar de uma forma aprofundada em correlação aos
Poluentes Orgânicos, Pressupondo as preocupações com as ações e os consequentes impactos
da actividade humana ao meio ambiente pode ser considerado recente. Os discursos sobre o
tema aconteceram nas últimas décadas devido a gravidade da situação, com a produção
urbano industrial que tem provocado a poluição ambiental das águas, do solo e do ar.
Tornando assim necessário fazer um estudo a respeito com vista a minimizar alguns danos
futuramente.
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 Objectivos Gerais:
 Compreender o estudo de poluentes orgânicos e a resolução erguida pela Republica de
Moçambique

 Objectivos Específicos:
 Analisar o impacto dos poluentes orgânicos
 Avaliar a ratificação feita pelo Estado Moçambicano

Capitulo I Referencia Teórica

As emissões e descargas de poluentes orgânicos persistentes (POP’s) cujas propriedades são


toxicas, tem causado sérios problemas a saúde pública e ao ambiente devido ao elevado risco
de sua acumulação dos tecidos biológicos.
Havendo necessidade, por um lado de reduzir ou eliminar tais descargas percorreste, são dessa
forma a saúde e o meio ambiente por outro lado invocando-se um dos princípios da
declaração do rio sobre o meio ambiente e desenvolvimento a qual Moçambique a parte
integrante, que exige a quem pois o dever de arcar com os custos da referida contaminação a
ratificação da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos e Persistentes revela-se de
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extrema relevância para o ordenamento jurídico moçambicano, uma vez que torna mais eficaz
o sistema normativo e propõem a utilização de processos e substancias químicas afirmativas
ambientalmente sustentáveis.
Assim e com vista a fortalecer a cooperação internacional sobre poluentes Orgânicos e
Persistentes e ao abrigo do disposto na alínea f) do nº 1 do artigo 153 da Constituição da
Republica e do Conselho de Ministros determina.
Único é ratificada a Convenção de Estocolmo sobre poluentes orgânicos e Persistente adotada
em 23 de Maio de 2001 em Estocolmo Suécia, cujo texto em inglês e respetiva tradução em
língua portuguesa seguem em anexos a presente Resolução e dela são parte integrante
Aprovada pelo Conselho de Ministros ao 15 de Novembro de 2004.
Publique-se
A primeira-Ministra Luísa Dias Diogo

CONVENÇÃO DE ESTOCOLMO SOBRE POLUENTES ORGÂNICOS E


PERSISTENTES

As Partes da presente Convenção:


Reconhecendo que os poluentes orgânicos persistentes possuem propriedades tóxicas, são
resistentes à degradação, são bioacumuláveis e são propagados, através do ar, água e espécies
migratórias, para além das fronteiras internacionais e depositados longe dos locais de
libertação, onde se acumulam nos ecossistemas aquáticos e terrestres;

Conscientes das preocupações de saúde pública, nomeadamente nos países em


desenvolvimento, resultantes da exposição, a nível local, aos poluentes orgânicos persistentes,
em particular do seu impacte nas mulheres e, através delas, nas gerações futuras;

Reconhecendo que o ecossistema ártico e as comunidades indígenas estão particularmente


ameaçadas devido à bio amplificação dos poluentes orgânicos persistentes e que a
contaminação dos alimentos tradicionais destas populações é uma questão de saúde pública;

Conscientes da necessidade de se adotarem medidas a nível global relativas aos poluentes


Orgânicos persistentes; Atentas à Decisão n.º 19/13 C, do conselho de administração do
Programa das Nações Unidas para o Ambiente, de 7 de Fevereiro de 1997, que visa dar início
a ações internacionais destinadas à proteção da saúde humana e do ambiente, através de
7

medidas De redução e ou eliminação das emissões e descargas de poluentes orgânicos


persistentes

Lembrando as disposições pertinentes das convenções internacionais relevantes em matéria de


ambiente, em especial a Convenção, de Roterdão, Relativa ao Procedimento de Prévia
Informação e Consentimento para Determinados Produtos Químicos e Pesticidas Perigosos no
Comércio Internacional e a Convenção, de Basileia, sobre o Controlo dos Movimentos
Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e Sua Eliminação, incluindo os acordos regionais
concluídos ao abrigo do seu artigo 11.º;

Lembrando também as disposições relevantes da Declaração do Rio sobre Ambiente e


Desenvolvimento e da Agenda 21;
Declarando que a precaução está subjacente às preocupações de todas as Partes e é manifesta
na presente Convenção Reconhecendo que a presente Convenção e outros acordos
internacionais no domínio do comércio e do ambiente visam o mesmo objectivo;

Reafirmando que os Estados têm, conforme consignado na Carta das Nações Unidas e nos
princípios do direito internacional, o direito soberano à exploração dos seus próprios recursos,
de acordo com as suas políticas de ambiente e desenvolvimento, e a responsabilidade de
assegurar que as actividades realizadas sob a sua jurisdição ou controlo não causem danos ao
ambiente de outros Estados ou a áreas fora da jurisdição nacional;
Tendo em conta as circunstâncias e as necessidades específicas dos países em
desenvolvimento, em particular dos menos desenvolvidos, e dos países com economias em
transição, e especialmente a necessidade de reforçar as suas capacidades nacionais de gestão
de substâncias químicas, nomeadamente através da transferência de tecnologia, do
fornecimento de ajuda financeira e assistência técnica e da promoção da cooperação entre as
Partes; Tomando plenamente em consideração o Programa de Acção para o Desenvolvimento
Sustentável dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, adoptado nos Barbados em
6 de Maio de 1994

Constatando as respetivas capacidades dos países desenvolvidos e dos países em


desenvolvimento, assim como as responsabilidades comuns mas diferenciadas dos Estados, de
acordo com o princípio 7 da Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento
Reconhecendo a importante contribuição que o sector privado e as organizações não-
8

governamentais podem dar para a redução e ou eliminação das emissões e descargas de


Poluentes orgânicos persistentes Realçando a importância de os fabricantes de poluentes
orgânicos persistentes assumirem responsabilidades pela atenuação dos efeitos nocivos
causados pelos seus produtos e disponibilizarem informações aos utilizadores, aos governos e
ao público sobre as propriedades perigosas destas substâncias químicas

Conscientes da necessidade de adopção de medidas para prevenir os efeitos adversos


provocados pelos poluentes orgânicos persistentes em todos os estádios do seu ciclo de vida;
Reafirmando o princípio 16 da Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento, que
estabelece que as autoridades nacionais devem esforçar-se por promovera internacionalização
dos custos da proteção do ambiente e a utilização de instrumentos económicos, tendo em
conta a abordagem de que é o poluidor que deve, em princípio, assumir o custo da poluição,
com o devido respeito pelo interesse público e sem distorções do comércio internacional e do
investimento Encorajando as Partes que não possuam esquemas regulamentares e de avaliação
relativos a pesticidas e substâncias químicas industriais a desenvolverem-nos; Reconhecendo
a importância do desenvolvimento e utilização de processos e substâncias químicas de
substituição que respeitem o ambiente; Determinados a proteger a saúde humana e o ambiente
dos impactes nocivos dos poluentes orgânicos persistentes.

Capitulo II Enquadramento Jurídico da ratificação erguida pelo Estado Moçambicano.

Artigo 1.º que tenha sido devidamente autorizada, de acordo com


Objectivo os seus procedimentos internos, a
Conscientes da abordagem de precaução consignada assinar, ratificar, aderir, aprovar ou aceitar a mesma;
no princípio 15 da Declaração do Rio c) «Partes presentes e votantes» significa Partes
Sobre Ambiente e Desenvolvimento, o objectivo da presentes e que votem afirmativa ou
presente Convenção é proteger a saúde negativamente.
Humana e o ambiente dos poluentes orgânicos Artigo 3.º
persistentes. Medidas para reduzir ou eliminar libertações de
Artigo 2.º produções e utilizações deliberadas
Definições 1 - Cada Parte compromete-se a:
Para os fins da presente Convenção: a) Proibir e ou adoptar as medidas legais e
a) «Parte» significa um Estado ou organização administrativas necessárias para eliminar:
regional de integração económica que tenha i) A produção e utilização das substâncias químicas
consentido ser vinculado pelas disposições da presente inscritas no anexo A de acordo com as
Convenção e em relação ao qual a disposições desse anexo; e
Convenção tenha entrado em vigor; ii) As importações e exportações das substâncias
b) «Organização regional de integração económica» químicas inscritas no anexo A de acordo
significa uma organização constituída com as disposições do n.º 2; e
por Estados soberanos de uma determinada região, b) Restringir a produção e utilização das substâncias
para a qual os respectivos Estados químicas inscritas no anexo B de acordo
membros tenham transferido competências em com as disposições desse anexo.
assuntos regidos pela presente Convenção e 2 - Cada Parte adoptará medidas para assegurar que:
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a) Uma substância química inscrita no anexo A ou no pesticidas ou novas substâncias químicas industriais
anexo B seja importada apenas com adoptará medidas de regulamentação
vista a: destinadas a prevenir a produção e utilização de novos
i) Eliminação de uma forma que respeite o ambiente, pesticidas ou de novas substâncias
como previsto no n.º 1, alínea d), do químicas industriais que, tendo em consideração os
artigo 6.º; ou critérios do n.º 1 do anexo D,
ii) Utilização ou finalidade autorizada à respectiva apresentem as características de poluentes orgânicos
Parte em virtude do anexo A ou do anexo persistentes.
B; b) Uma substância química inscrita no anexo A que 4 - Cada Parte que aplique um ou mais esquemas de
beneficie de uma derrogação específica regulamentação e avaliação a novos
relativa à sua produção ou utilização, ou uma pesticidas ou novas substâncias químicas industriais
substância química inscrita no anexo B que deve, ao proceder a uma avaliação dos
beneficie de uma derrogação específica relativa à sua pesticidas ou das substâncias químicas industriais
produção, utilização ou finalidade actualmente em utilização, ter em
aceitável, apenas seja exportada, tendo em conta todas consideração nestes esquemas, se apropriado, os
as disposições pertinentes dos critérios indicados no n.º 1 do anexo D.
instrumentos internacionais em vigor sobre a prévia 5 - Salvo disposição em contrário da presente
informação e consentimento: Convenção, os n.os 1 e 2 não se aplicam às
i) Com vista a uma eliminação que respeite o quantidades de uma substância química destinadas a
ambiente como previsto no n.º 1, alínea d), do utilização em investigação laboratorial
artigo 6.º; ou como padrões de referência.
ii) Para uma Parte autorizada a utilizar essa substância 6 - Qualquer Parte que beneficie de uma derrogação
química nos termos previstos no específica ao abrigo do anexo A, ou de
anexo A ou no anexo B; ou uma derrogação específica ou de uma finalidade
iii) Para um Estado que não seja Parte da presente aceitável, ao abrigo do anexo B, deverá
Convenção que tenha fornecido um adoptar as medidas adequadas para garantir que
certificado anual à Parte exportadora. Este certificado qualquer produção ou utilização ao abrigo
deve especificar a utilização prevista dessa derrogação ou finalidade seja utilizada de uma
da substância química e incluir uma declaração em forma que previna ou minimize a
como o Estado de importação se exposição humana e a libertação para o ambiente. No
compromete, em relação a essa substância química, a: caso de utilizações a título de
a) Proteger a saúde humana e o ambiente adoptando as derrogações ou de finalidades aceitáveis que
medidas necessárias para minimizar envolvam, em condições de utilização normais,
ou prevenir libertações; libertações deliberadas no ambiente, estas libertações
b) Respeitar as disposições do n.º 1 do artigo 6.º; e serão reduzidas ao mínimo
c) Respeitar, quando apropriado, as disposições do n.º indispensável, tendo em consideração eventuais
2 da Parte II do anexo B.
normas e linhas de orientação aplicáveis
O certificado incluirá também toda a documentação de
apoio apropriada, nomeadamente
legislação, instrumentos regulamentares ou linhas de artigo 4
orientação administrativas ou políticas. Registo de derrogações específicas
A Parte exportadora enviará a certificação ao 1 - É pela presente criado o registo para fins de
Secretariado 60 dias após a sua recepção; identificação das Partes que beneficiam de
c) Uma substância química inscrita no anexo A, derrogações específicas previstas no anexo A ou no
relativamente à qual uma Parte já não anexo B. Este registo não identificará as
beneficie de derrogações específicas relativas à Partes que recorrem às disposições do anexo A ou do
produção e utilização, não seja exportada anexo B, de que todas as Partes se
por essa Parte, excepto com vista à sua eliminação em possam prevalecer. O registo será mantido pelo
respeito pelo ambiente, tal como Secretariado e disponibilizado ao público.
previsto no n.º 1, alínea d), do artigo 6.º; d) Para os 2 - O registo incluirá:
fins da presente alínea, o termo «Estado que não seja a) Uma lista dos tipos de derrogações específicas
Parte da presente previstas no anexo A e no anexo B;
Convenção» inclui, relativamente a uma determinada b) Uma lista das Partes que beneficiem de uma
substância química, qualquer Estado derrogação específica prevista no anexo A ou
ou organização regional de integração económica que no anexo B; e
não tenha consentido ser vinculado às c) Uma lista das datas de termo de cada derrogação
disposições da presente Convenção em relação a essa específica registada.
substância química. 3 - Ao tornar-se Parte qualquer Estado pode, por meio
3 - Cada Parte que aplique um ou mais esquemas de de uma notificação escrita dirigida ao
regulamentação e avaliação a novos
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Secretariado, registar um ou mais tipos de derrogações substâncias químicas inscritas no anexo C e a facilitar
específicas previstas no anexo A ou a implementação das alíneas b) a e).
no anexo B. O plano de acção incluirá os seguintes elementos:
4 - A não ser que a Parte indique uma data anterior no i) Uma avaliação das libertações actuais e projectadas,
registo, ou que seja concedida uma incluindo o desenvolvimento e
prorrogação ao abrigo do n.º 7, todos os registos de manutenção de inventários de fontes e estimativas de
derrogações específicas terminam cinco libertações, tendo em consideração as
anos após a data de entrada em vigor da presente categorias de fontes identificadas no anexo C;
Convenção relativamente a uma ii) Uma avaliação da eficácia da legislação e políticas
determinada substância química. da Parte em relação à gestão destas
5 - Na sua primeira reunião, a Conferência das Partes libertações;
decidirá sobre o processo de iii) Estratégias para o cumprimento das obrigações
reavaliação das inscrições no registo. estabelecidas na presente disposição,
6 - Antes da reavaliação de uma inscrição no registo, a tendo em consideração as avaliações previstas nas
Parte interessada enviará ao subalíneas i) e ii);
Secretariado um relatório que justifique a sua iv) Medidas destinadas à promoção da educação e
necessidade de manter o registo dessa formação em relação a estas estratégias e
derrogação. O Secretariado distribuirá esse relatório a sensibilização para as mesmas;
todas as Partes. A reavaliação de uma v) Uma revisão quinquenal destas estratégias e do seu
derrogação será efectuada com base em todas as sucesso quanto ao cumprimento das
informações disponíveis, após o que a obrigações estabelecidas na presente disposição. Estas
Conferência das Partes pode apresentar à Parte revisões devem ser incluídas nos
interessada todas as recomendações que relatórios apresentados ao abrigo do artigo 15.º;
considere apropriadas. vi) Um calendário para a implementação do plano de
7 - A Conferência das Partes pode, a pedido da Parte acção, incluindo as estratégias e
interessada, decidir prorrogar uma medidas aqui identificadas;
derrogação específica por um período máximo de
cinco anos. Ao tomar esta decisão, a Artigo 5.º
Conferência das Partes tomará devidamente em Medidas para reduzir ou eliminar libertações de
consideração as circunstâncias especiais das produções não deliberadas
Partes constituídas por países em desenvolvimento e Cada Parte adoptará, no mínimo, as seguintes medidas
por países com economias em para reduzir as libertações totais de
transição. cada uma das substâncias químicas inscritas no anexo
8 - Uma Parte pode retirar, a qualquer momento, uma C originárias de fontes
inscrição do registo referente a uma antropogénicas, com o objectivo da sua continuada
derrogação específica através de uma notificação minimização e, quando possível, da sua
escrita dirigida ao Secretariado. A retirada efectiva eliminação:
produz efeitos na data indicada na notificação. a) Desenvolvimento de um plano de acção ou, quando
9 - Quando já nenhuma Parte estiver registada para apropriado, de um plano de acção
um determinado tipo de derrogação regional ou sub-regional no prazo de dois anos após a
específica, não será aceite qualquer novo registo para entrada em vigor da presente
essa derrogação. Artigo 5.º Convenção e sua implementação subsequente como
Medidas para reduzir ou eliminar libertações de Parte do seu plano de implementação
produções não deliberadas especificado no artigo 7.º, destinado a identificar,
Cada Parte adoptará, no mínimo, as seguintes medidas caracterizar e tratar a libertação de
para reduzir as libertações totais de substâncias químicas inscritas no anexo C e a facilitar
cada uma das substâncias químicas inscritas no anexo a implementação das alíneas b) a e).
C originárias de fontes O plano de acção incluirá os seguintes elementos:
antropogénicas, com o objectivo da sua continuada i) Uma avaliação das libertações actuais e projectadas,
minimização e, quando possível, da sua incluindo o desenvolvimento e
efectiva eliminação: manutenção de inventários de fontes e estimativas de
a) Desenvolvimento de um plano de acção ou, quando libertações, tendo em consideração as
apropriado, de um plano de acção categorias de fontes identificadas no anexo C;
regional ou sub-regional no prazo de dois anos após a ii) Uma avaliação da eficácia da legislação e políticas
entrada em vigor da presente da Parte em relação à gestão destas
Convenção e sua implementação subsequente como libertações;
Parte do seu plano de implementação iii) Estratégias para o cumprimento das obrigações
especificado no artigo 7.º, destinado a identificar, estabelecidas na presente disposição,
caracterizar e tratar a libertação de tendo em consideração as avaliações previstas nas
subalíneas i) e ii);
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iv) Medidas destinadas à promoção da educação e ii) Para novas fontes, nas categorias de fontes inscritas
formação em relação a estas estratégias e na Parte III do anexo C, em relação
sensibilização para as mesmas; às quais uma Parte não o tenha feito ao abrigo da
v) Uma revisão quinquenal destas estratégias e do seu alínea d).
sucesso quanto ao cumprimento das Ao aplicar as melhores técnicas disponíveis e as
obrigações estabelecidas na presente disposição. Estas melhores práticas ambientais, as Partes
revisões devem ser incluídas nos tomarão em consideração as orientações gerais sobre
relatórios apresentados ao abrigo do artigo 15.º; medidas de prevenção e de redução
vi) Um calendário para a implementação do plano de de libertações do anexo C e as linhas de orientação
acção, incluindo as estratégias e sobre as melhores técnicas disponíveis e
medidas aqui identificadas; as melhores práticas ambientais a adoptar por decisão
b) Promoção da aplicação de medidas disponíveis, da Conferência das Partes;
exequíveis e práticas que possam f) Para os fins da presente disposição e do anexo C:
alcançar, de forma rápida, um nível realista e i) Por «melhores técnicas disponíveis» entende-se o
significativo de redução das libertações ou de estádio mais eficaz e avançado no
eliminação das fontes; desenvolvimento das actividades e dos seus métodos
c) Promoção do desenvolvimento e, quando de operação que demonstrem a
apropriado, exigência da utilização de materiais, adequação prática de técnicas específicas destinadas a
produtos e processos modificados ou alternativos, a proporcionar, em princípio, a base
fim de prevenir a formação e libertação para limitação das libertações, a fim de prevenir e,
das substâncias químicas inscritas no anexo C, tendo quando tal não seja possível, reduzir, de
em conta as orientações gerais sobre forma geral, a libertação das substâncias químicas
medidas de prevenção e de redução de libertações inscritas na Parte I do anexo C e o seu
constantes do anexo C e as linhas de impacte no ambiente no seu conjunto, neste contexto;
orientação a serem adoptadas por decisão da ii) «Técnicas» incluem as tecnologias utilizadas e a
Conferência das Partes; forma como a instalação é concebida,
d) Promoção e, de acordo com o calendário de construída, mantida, explorada e desmantelada;
implementação do seu plano de acção, iii) Por técnicas «disponíveis» entende-se as técnicas
exigência da utilização das melhores técnicas que são acessíveis ao operador e
disponíveis para novas fontes dentro de cada desenvolvidas a uma escala que permita a sua
categoria de fontes que a Parte tenha identificado implementação no sector industrial
como merecedoras desse tratamento no pertinente, sob condições económicas e técnicas
âmbito do seu plano de acção, com uma atenção viáveis, tendo em consideração os seus
inicial especial para as categorias de fontes custos e vantagens;
identificadas na Parte II do anexo C. Em qualquer iv) Por «melhores» entende-se as técnicas mais
caso, o requisito de utilização das eficazes para se alcançar um nível geral
melhores técnicas disponíveis para novas fontes nas elevado de protecção do ambiente no seu conjunto;
categorias inscritas na Parte II do v) Por «melhores técnicas ambientais» entende-se a
referido anexo será introduzido logo que possível e, o aplicação da combinação mais
mais tardar, quatro anos após a apropriada de estratégias e medidas de controlo
entrada em vigor, para essa Parte, da presente ambiental; e
Convenção. Relativamente às categorias vi) Por «nova fonte» entende-se qualquer fonte cuja
identificadas, as Partes promoverão a utilização das construção ou alteração substancial
melhores práticas ambientais. Ao tenha sido iniciada pelo menos um ano após a data de:
aplicarem as melhores práticas disponíveis e as a) Entrada em vigor da presente Convenção para essa
melhores práticas ambientais, as Partes Parte; ou
devem ter em consideração as orientações gerais sobre b) Entrada em vigor, para essa Parte, das emendas ao
medidas de prevenção e de redução anexo C quando a nova fonte se
de libertações contidas no referido anexo, bem como encontre sujeita às disposições da presente Convenção
as linhas de orientação sobre as apenas em virtude dessa emenda;
melhores técnicas disponíveis e as melhores práticas g) Uma Parte pode utilizar os valores limite de
ambientais a adoptar por decisão da libertação, ou os padrões de desempenho,
Conferência das Partes; para cumprimento das suas obrigações em relação às
e) Promoção, de acordo com o seu plano de acção, da melhores técnicas disponíveis ao
utilização das melhores técnicas abrigo da presente disposição.
disponíveis e das melhores práticas ambientais: Artigo 6.º
i) Para as fontes existentes, nas categorias de fontes Medidas para reduzir ou eliminar libertações de
inscritas na Parte II do anexo C, e nas material armazenado e de resíduos
categorias de fontes como as constantes da Parte III do 1 - Cada Parte compromete-se a assegurar que o
referido anexo; e material armazenado constituído por, ou
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contendo, substâncias químicas inscritas no anexo A iv) Não sejam objecto de movimentos
ou no anexo B e resíduos, incluindo transfronteiriços sem que sejam tidas em
produtos e artigos reduzidos ao estado de resíduos, consideração as regras, normas e linhas de orientação
constituídos, contendo ou estando internacionais relevantes;
contaminados por substâncias químicas inscritas nos e) De esforços no sentido do desenvolvimento de
anexos A, B ou C seja gerido de forma estratégias apropriadas com vista à
que proteja a saúde humana e o ambiente, através: identificação de locais contaminados por substâncias
a) Do desenvolvimento de estratégias apropriadas para químicas inscritas nos anexos A, B ou
identificar: C. Caso seja empreendida a descontaminação destes
i) O material armazenado constituído por, ou locais, esta será efectuada de uma
contendo, substâncias químicas inscritas no forma que respeite o ambiente.
anexo A ou no anexo B; e 2 - A Conferência das Partes cooperará de forma
ii) Os produtos e artigos em utilização e resíduos estreita com os órgãos competentes da
constituídos, contendo ou estando Convenção, de Basileia, sobre o Controlo dos
contaminados por substâncias químicas inscritas nos Movimentos Transfronteiriços de Resíduos
anexos A, B ou C; Perigosos e Sua Eliminação com vista a,
b) Da identificação, na medida do possível, do nomeadamente:
material armazenado constituído por, ou a) Estabelecer os níveis de destruição e transformação
contendo, substâncias químicas inscritas no anexo A irreversível necessários para
ou no anexo B com base nas estratégias assegurar que estes não apresentem características dos
referidas na alínea a); poluentes orgânicos persistentes
c) Da gestão do material armazenado, conforme enumerados no n.º 1 do anexo D;
apropriado, de uma forma segura, eficiente b) Determinar quais os métodos que consideram
e que respeite o ambiente. O material armazenado de constituírem formas de eliminação que
substâncias químicas inscritas no respeitam o ambiente, conforme supramencionado;
anexo A ou no anexo B que já não beneficiem de c) Desenvolver trabalhos destinados a estabelecer,
autorização de utilização ao abrigo de conforme apropriado, os níveis de
derrogação específica prevista no anexo A ou de concentração das substâncias químicas inscritas nos
derrogação específica ou finalidade aceitável anexos A, B e C com vista a definir o
previstas no anexo B, com excepção do material baixo teor de poluentes orgânicos persistentes referido
armazenado cuja exportação é permitida na subalínea ii) da alínea d) do n.º 1.
nos termos previstos no n.º 2 do artigo 3.º, deve ser Artigo 7.º
considerado um resíduo e gerido Planos de implementação
conforme estabelecido na alínea d); 1 - Cada Parte compromete-se a:
d) Da adopção de medidas adequadas para assegurar a) Elaborar e esforçar-se por executar um plano de
que esses resíduos, incluindo os implementação das suas obrigações ao
produtos e artigos reduzidos ao estado de resíduos: abrigo da presente Convenção;
i) Sejam manipulados, recolhidos, transportados e b) Transmitir o seu plano de implementação à
armazenados de uma forma que respeite Conferência das Partes até dois anos após a
o ambiente; data de entrada em vigor da presente Convenção para
ii) Sejam eliminados de forma que o seu teor de essa Parte; e
poluentes orgânicos persistentes seja c) Rever e actualizar, conforme apropriado, o seu
destruído ou irreversivelmente transformado, a ponto plano de implementação, periodicamente e
de não apresentarem características de acordo com as modalidades a especificar em
de poluentes orgânicos persistentes, ou destruídos de decisão da Conferência das Partes.
outra forma que respeite o ambiente, 2 - As Partes devem, quando apropriado, cooperar
quando a destruição ou transformação irreversível não directamente ou através de organizações
seja a opção ambientalmente globais, regionais ou sub-regionais e consultar os
preferível ou o teor de poluentes orgânicos interessados a nível nacional, incluindo
persistentes seja baixo, tendo em consideração grupos de mulheres e grupos envolvidos na saúde
as regras, normas e linhas de orientação infantil, por forma a facilitar o
internacionais, incluindo as que possam vir a ser desenvolvimento, execução e actualização dos planos
desenvolvidas nos termos do n.º 2, e os regimes de implementação.
regionais e mundiais de gestão de resíduos 3 - As Partes esforçar-se-ão, quando apropriado, por
perigosos relevantes; utilizar e, se necessário, criar os meios
iii) Não possam ser sujeitos a operações de eliminação para a integração dos planos nacionais de
susceptíveis de conduzirem à implementação relativos aos poluentes orgânicos
recuperação, reciclagem, regeneração, reutilização persistentes nas suas estratégias de desenvolvimento
directa ou utilizações alternativas dos sustentável.
poluentes orgânicos persistentes; e Artigo 8.º
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Inscrição de substâncias químicas nos anexos A, B técnicos e, tendo em consideração estes comentários,
eC completar o perfil de risco.
1 - Uma Parte pode apresentar ao Secretariado uma 7 - Se, com base no perfil de risco estabelecido de
proposta de inscrição de uma acordo com o anexo E, o Comité decidir:
substância química nos anexos A, B e ou C. Esta a) Que a substância química é susceptível de, devido à
proposta deve conter a informação sua propagação a longa distância no
especificada no anexo D. Uma Parte pode ser assistida ambiente, ter efeitos nocivos na saúde humana e ou no
por outras Partes e ou pelo ambiente que justifiquem a adopção
Secretariado na elaboração da sua proposta. de medidas a nível mundial, a proposta deverá ter
2 - O Secretariado verificará se a proposta contém a seguimento. A falta de certeza científica
informação especificada no anexo D. Se absoluta não impedirá que seja dado seguimento à
o Secretariado considerar que a proposta contém estas proposta. O Comité solicitará, através do
informações, deverá transmiti-la ao Secretariado, a todas as Partes e aos observadores que
Comité de Revisão dos Poluentes Orgânicos forneçam as informações relativas
Persistentes. aos elementos enunciadas no anexo F. O Comité
3 - O Comité examinará a proposta e aplicará os preparará então uma avaliação da gestão
critérios de selecção previstos no anexo D dos riscos que inclua uma análise de eventuais
de uma forma transparente e flexível, tomando em medidas de controlo da substância química,
consideração toda a informação de acordo com o referido anexo;
fornecida, de forma integrada e equilibrada. b) Que a proposta não deve ter seguimento, colocará,
4 - Caso o Comité decida que: através do Secretariado, o perfil de
a) A proposta satisfaz os critérios de selecção, deverá risco à disposição de todas as Partes e dos
então, através do Secretariado, observadores e rejeitará a proposta.
colocar a proposta e a avaliação do Comité à 8 - Relativamente a qualquer proposta rejeitada nos
disposição de todas as Partes e dos termos da alínea b) do n.º 7, uma Parte
observadores e convidá-los a apresentarem a pode solicitar à Conferência das Partes que examine a
informação especificada no anexo E; ou possibilidade de encarregar o Comité
b) A proposta não satisfaz os critérios de selecção, de recolher informações suplementares da Parte que
deverá, através do Secretariado, informar apresentou a proposta e de outras
todas as Partes e os observadores e colocar a proposta Partes durante um período não superior um ano. Após
e a avaliação do Comité à disposição esse período, e com base nas
de todas as Partes, sendo a proposta rejeitada. informações recebidas, o Comité reanalisará a
5 - Qualquer Parte pode voltar a submeter ao Comité proposta, ao abrigo do n.º 6, com uma
uma proposta que este tenha prioridade a decidir pela Conferência das Partes. Se,
rejeitado, nos termos do n.º 4. A representação pode na sequência deste procedimento, o
incluir eventuais preocupações da Comité voltar a rejeitar a proposta, a Parte pode
Parte, bem como os fundamentos para uma avaliação contestar a decisão do Comité e a
complementar pelo Comité. Se, após Conferência das Partes analisará o assunto na sessão
este procedimento, o Comité voltar a rejeitar a seguinte. A Conferência das Partes
proposta, a Parte pode contestar a decisão do pode decidir, com base no perfil de risco preparado
Comité e a Conferência das Partes examinará esta nos termos estabelecidos no anexo E, e
questão na reunião seguinte. A tendo em consideração a avaliação do Comité e
Conferência das Partes pode decidir, com base nos qualquer informação adicional fornecida por
critérios de selecção do anexo D e tendo uma Parte ou por um observador, que deve ser dado
em consideração a avaliação do Comité e qualquer seguimento à proposta. Se a
informação adicional fornecida pela Parte Conferência das Partes decidir que deve ser dado
ou por um observador, que deve ser dado seguimento seguimento à proposta, o Comité
à proposta. preparará então a avaliação da gestão dos riscos.
6 - Caso o Comité decida que os critérios de selecção 9 - O Comité recomendará, com base no perfil de
se encontram preenchidos ou a riscos referido no n.º 6 e na avaliação da
Conferência das Partes decida que deve ser dado gestão dos riscos referida na alínea a) do n.º 7 ou no
seguimento à proposta, o Comité deverá n.º 8, que uma substância química seja
proceder a uma revisão complementar da proposta, tida em consideração pela Conferência das Partes para
tendo em consideração toda a inscrição nos anexos A, B e ou C. A
informação adicional relevante recebida, e deverá Conferência das Partes, tendo em consideração as
preparar um projecto de perfil de risco de recomendações do Comité, incluindo
acordo com o estabelecido no anexo E. O Comité qualquer incerteza científica, decidirá, por precaução,
deverá, através do Secretariado, colocar o inscrever ou não uma substância
projecto à disposição de todas as Partes e dos química, e especificar as medidas de controlo
observadores, reunir os seus comentários associadas, nos anexos A, B e ou C.
14

Artigo 9.º g) O desenvolvimento e a implementação de


Troca de informações programas educativos e de formação aos níveis
1 - Cada Parte facilitará ou desenvolverá a troca de nacional e internacional.
informações relevantes sobre: 2 - Cada Parte assegurará, dentro das suas
a) A redução ou eliminação da produção, utilização e possibilidades, que o público tenha acesso à
libertação de poluentes orgânicos informação pública referida no n.º 1 e que esta
persistentes; e informação seja mantida actualizada.
b) Alternativas aos poluentes orgânicos persistentes, 3 - Cada Parte encorajará, dentro das suas
incluindo informação relativa aos seus possibilidades, a indústria e os utilizadores
riscos, bem como aos seus custos económicos e profissionais a promoverem e facilitarem o
sociais. fornecimento das informações referidas no n.º 1
2 - As Partes trocarão as informações referidas no n.º ao nível nacional e, se apropriado, aos níveis sub-
1 directamente ou através do regional, regional e mundial.
Secretariado. 4 - Ao fornecer informação sobre os poluentes
3 - Cada Parte designará o ponto focal nacional para a orgânicos persistentes e respectivas
troca destas informações. alternativas, as Partes podem utilizar fichas técnicas
4 - O Secretariado servirá de centro de intercâmbio da de segurança, relatórios, meios de
informação sobre poluentes orgânicos comunicação social e outros meios de comunicação e
persistentes, incluindo a informação fornecida pelas estabelecer centros de informação a
Partes, organizações nível nacional e regional.
intergovernamentais e organizações não 5 - Cada Parte tomará em consideração o
governamentais. desenvolvimento de mecanismos, tais como
5 - Para os fins da presente Convenção, as registos de libertações e de transferência de poluentes,
informações relativas à saúde e segurança das para fins de recolha e disseminação
pessoas e do ambiente não serão consideradas de informações sobre as estimativas de quantidades
confidenciais. As Partes que troquem outras anuais das substâncias químicas
informações relativas a esta Convenção deverão inscritas nos anexos A, B ou C que são libertadas ou
proteger qualquer informação confidencial, eliminadas.
conforme mutuamente acordado. Artigo 11.º
Artigo 10.º Investigação, desenvolvimento e monitorização
Informação, sensibilização e educação do público 1 - As Partes encorajarão e ou empreenderão, de
1 - Cada Parte promoverá e facilitará, de acordo com acordo com as suas capacidades, ao nível
as suas capacidades: nacional e internacional, as actividades adequadas de
a) A sensibilização dos seus responsáveis políticos e investigação, desenvolvimento,
decisores relativamente aos poluentes monitorização e cooperação relativas aos poluentes
orgânicos persistentes; orgânicos persistentes e, quando
b) O fornecimento ao público de todas as informações apropriado, a respectivas, alternativas e potenciais
disponíveis sobre os poluentes poluentes orgânicos persistentes,
orgânicos persistentes, de acordo com as disposições nomeadamente no que respeita a:
do n.º 5 do artigo 9.º; a) Fontes e libertações no ambiente;
c) O desenvolvimento e a implementação de b) Existência, níveis e tendências nos seres humanos e
programas de educação e sensibilização do no ambiente;
público sobre poluentes orgânicos persistentes, c) Propagação no ambiente, destino e transformação;
particularmente para as mulheres, crianças e d) Efeitos na saúde humana e no ambiente;
pessoas com menos instrução, assim como sobre os e) Impactes sócio-económicos e culturais;
seus efeitos na saúde e no ambiente e f) Redução e ou eliminação das libertações; e
sobre as suas alternativas; g) Metodologias harmonizadas de inventariação das
d) A participação do público no tratamento a dar aos fontes de produção e técnicas analíticas
poluentes orgânicos persistentes e aos para a medição das libertações.
seus efeitos na saúde e no ambiente, bem como no 2 - Ao empreenderem acções ao abrigo do n.º 1, as
desenvolvimento de respostas Partes comprometem-se, na medida das
adequadas, incluindo oportunidades de contribuições suas capacidades, a:
nacionais relativas à aplicação da a) Apoiar e reforçar, conforme apropriado, programas,
presente Convenção; redes e organizações internacionais
e) A formação de trabalhadores, cientistas, professores destinados a definir, realizar, avaliar e financiar
e pessoal técnico e de direcção; investigação, recolha de dados e
f) O desenvolvimento e a troca de materiais monitorização, tendo em consideração a necessidade
educativos e de sensibilização aos níveis de minimizar a duplicação de esforços;
nacional e internacional; b) Apoiar os esforços nacionais e internacionais de
reforço das capacidades nacionais de
15

investigação científica e técnica, em particular nos para reforço das capacidades e para a transferência de
países em desenvolvimento e nos países tecnologia, a fim de auxiliar
com economias em transição, e de promoção do as Partes constituídas por países em desenvolvimento
acesso e da troca de dados e análises; e por países com economias em
c) Ter em conta as preocupações e necessidades, em transição no cumprimento das suas obrigações ao
especial no campo dos recursos abrigo da presente Convenção. A
técnicos e financeiros, dos países em desenvolvimento Conferência das Partes dará orientações suplementares
e dos países com economias em sobre esta matéria.
transição, e cooperar na melhoria das suas capacidades 5 - As Partes tomarão, no contexto do presente artigo,
de participação nas actividades plenamente em consideração as
referidas nas alíneas a) e b); necessidades específicas e situações especiais dos
d) Empreender trabalhos de investigação que visem países menos desenvolvidos e dos
atenuar os efeitos dos poluentes pequenos Estados insulares em desenvolvimento nas
orgânicos persistentes na saúde reprodutiva; suas acções relativas à assistência
e) Colocar os resultados das suas actividades de técnica.
investigação, desenvolvimento e Artigo 13.º
monitorização referidas no presente artigo à Recursos e mecanismos financeiros
disposição do público, em tempo útil e 1 - Cada Parte compromete-se a fornecer, de acordo
regularmente; e com as suas capacidades, incentivos e
f) Encorajar e ou empreender actividades de apoio de ordem financeira às actividades nacionais
cooperação relativas ao armazenamento e destinadas a alcançar os objectivos da
manutenção das informações resultantes da presente Convenção de acordo com os seus planos,
investigação, desenvolvimento e monitorização. prioridades e programas nacionais.
Artigo 12.º 2 - As Partes constituídas por países desenvolvidos
Assistência técnica fornecerão recursos financeiros novos e
1 - As Partes reconhecem que o fornecimento de suplementares a fim de permitir que as Partes
assistência técnica atempada e adequada, constituídas por países em desenvolvimento e
em resposta aos pedidos das Partes constituídas por por países com economias em transição possam
países em desenvolvimento e por países assumir a totalidade do aumento dos custos
com economias em transição, é essencial para o das medidas de implementação para cumprimento das
sucesso da implementação da presente suas obrigações ao abrigo da
Convenção. presente Convenção, como acordado entre a Parte
2 - As Partes cooperarão no fornecimento de beneficiária e uma entidade participante
assistência técnica atempada e adequada às no mecanismo descrito no n.º 6. Estes recursos
Partes constituídas por países em desenvolvimento e financeiros poderão ser fornecidos por outras
por países com economias em Partes, a título voluntário e na medida das suas
transição, a fim de os assistirem, tendo em conta as capacidades. Devem igualmente ser
suas necessidades particulares, no incentivadas contribuições de outras fontes. A
desenvolvimento e reforço das suas capacidades para implementação destes compromissos terá em
fins de cumprimento das suas consideração a necessidade de um financiamento
obrigações ao abrigo da presente Convenção. adequado, previsível e em tempo útil e a
3 - A este respeito, a assistência técnica a ser importância da partilha dos encargos entre as Partes
providenciada pelas Partes constituídas por contribuintes.
países em desenvolvimento, e outras Partes de acordo 3 - As Partes constituídas por países desenvolvidos e
com as suas capacidades, deverá outras Partes, de acordo com as suas
incluir, conforme apropriado e mutuamente acordado, capacidades e planos, prioridades e programas
o fornecimento de assistência técnica nacionais, podem também proporcionar às
para o reforço das suas capacidades relativas ao Partes constituídas por países em desenvolvimento e
cumprimento das suas obrigações ao abrigo por países com economias em transição
da presente Convenção. A Conferência das Partes dará a obtenção de recursos financeiros para os auxiliar na
orientações suplementares sobre esta implementação da presente
matéria. Convenção através de outras fontes e vias bilaterais,
4 - As Partes estabelecerão, conforme apropriado, multilaterais e regionais.
disposições destinadas ao fornecimento de 4 - A medida em que as Partes constituídas por países
assistência técnica e à promoção da transferência de em desenvolvimento implementarão
tecnologias para as Partes constituídas efectivamente os seus compromissos ao abrigo da
por países em desenvolvimento e por países com presente Convenção dependerá da
economias em transição, com vista à efectiva implementação dos compromissos assumidos
aplicação da presente Convenção. Estas disposições pelos países desenvolvidos, ao abrigo
incluirão centros regionais e subregionais
16

da presente Convenção, relativos a recursos c) Promoção de métodos, mecanismos e dispositivos


financeiros, assistência técnica e transferência de financiamento que utilizem várias
de tecnologias. O facto de o desenvolvimento fontes de financiamento;
económico e social sustentável e a erradicação d) Modalidades para a determinação, de uma forma
da pobreza constituírem prioridades primordiais das clara e previsível, do montante dos
Partes constituídas por países em recursos financeiros necessários e disponíveis para a
desenvolvimento será tido em consideração, dando a aplicação da presente Convenção,
devida importância à necessidade de tendo em conta o facto de que a eliminação dos
protecção da saúde humana e do ambiente. poluentes orgânicos persistentes requer um
5 - As Partes tomarão plenamente em consideração, financiamento sustentado, e condições em que este
nas suas decisões relativas ao montante será periodicamente revisto;
financiamento, as necessidades específicas e as e) Modalidades de fornecimento, às Partes
situações especiais dos países menos interessadas, de uma ajuda relativa à avaliação
desenvolvidos e dos pequenos Estados insulares em das necessidades e das informações sobre as fontes de
desenvolvimento. financiamento disponíveis e formas
6 - É pela presente definido um mecanismo para o de financiamento, por forma a facilitar a coordenação
fornecimento de recursos financeiros entre elas.
adequados e sustentados, a título de doação ou de 8 - A Conferência das Partes procederá à revisão, o
concessão, às Partes constituídas por mais tardar na sua segunda reunião e
países em desenvolvimento e por países com em seguida de forma periódica, da eficácia do
economias em transição, para os auxiliar na mecanismo estabelecido no presente artigo,
implementação da presente Convenção. Para os fins da sua capacidade para responder às necessidades em
da presente Convenção, o mecanismo evolução das Partes constituídas por
funcionará sob a autoridade e direcção da Conferência países em desenvolvimento ou das Partes com
das Partes, à qual prestará contas. A economias em transição, dos critérios e linhas
sua gestão será confiada a um ou mais organismos, de orientação referidos no n.º 7, do nível de
incluindo organismos internacionais financiamento, assim como da eficácia do
existentes, conforme venha a ser decidido pela desempenho das entidades institucionais encarregues
Conferência das Partes. O mecanismo poderá da gestão do mecanismo financeiro.
ainda incluir outros organismos que prestem Adoptará, se necessário e com base nesta avaliação, as
assistência financeira e técnica multilateral, medidas adequadas para melhorar a
regional e bilateral. As contribuições para o eficácia do mecanismo, nomeadamente através de
mecanismo devem ser acrescidas a outras recomendações e linhas de orientação
transferências financeiras das Partes constituídas por sobre medidas destinadas a assegurar recursos
países em desenvolvimento ou por financeiros adequados e sustentados que
países com economias em transição, nos termos e para correspondam às necessidades das Partes.
os efeitos do disposto no n.º 2. Artigo 14.º
7 - De acordo com os objectivos da presente Disposições financeiras provisórias
Convenção, e do n.º 6, a Conferência das A estrutura institucional do Fundo Mundial para o
Partes adoptará, na sua primeira reunião, linhas de Ambiente, gerida nos termos do
orientação adequadas relativas ao instrumento para a reestruturação do Fundo Mundial
mecanismo e acordará, com a entidade ou entidades para o Ambiente, será, a título
participantes no mecanismo financeiro, provisório, a principal entidade encarregue das
disposições para a sua aplicação. Estas linhas de operações do mecanismo de financiamento
orientação devem incidir, nomeadamente, referido no artigo 13.º, no período entre a data de
em: entrada em vigor da presente Convenção
a) Determinação das prioridades em matéria de e a primeira reunião da Conferência das Partes ou até
políticas, estratégias e programas, bem que a Conferência das Partes decida
como critérios e linhas de orientação claros e qual será a estrutura institucional a designar nos
detalhados relativos às condições exigidas para termos do artigo 13.º A estrutura
o acesso aos recursos financeiros e sua utilização, institucional do Fundo Mundial para o Ambiente
incluindo a monitorização e avaliação deverá desempenhar esta função através de
regulares desta utilização; medidas operacionais relacionadas especificamente
b) Apresentação à Conferência das Partes, pela com os poluentes orgânicos persistentes,
entidade ou entidades responsáveis, de tendo em consideração que poderão ser necessárias
relatórios periódicos sobre a adequação e a novas disposições nesta área.
sustentabilidade do financiamento das Artigo 15.º
actividades relevantes para a aplicação da presente Comunicação
Convenção; 1 - Cada Parte informará a Conferência das Partes das
medidas adoptadas para
17

implementação das disposições da presente Incumprimento


Convenção e da eficácia destas medidas na A Conferência das Partes desenvolverá e aprovará,
prossecução dos objectivos da Convenção. logo que seja possível, os procedimentos
2 - Cada Parte fornecerá ao Secretariado: e mecanismos institucionais para determinação do
a) Dados estatísticos sobre as quantidades totais de incumprimento das disposições da
produção, importação e exportação de presente Convenção e das medidas a tomar
cada uma das substâncias químicas inscritas nos relativamente às Partes que se encontrem em
anexos A e B ou uma estimativa plausível situação de incumprimento.
destas quantidades; Artigo 18.º
b) Na medida do possível, uma lista dos Estados de Resolução de conflitos
importação e de exportação de cada 1 - As Partes comprometem-se a resolver os conflitos
substância. relativos à interpretação ou aplicação
3 - Estas informações serão comunicadas da presente Convenção através de negociação ou de
periodicamente, de uma forma a decidir pela qualquer outro meio pacífico à sua
Conferência das Partes na sua primeira reunião. escolha.
Artigo 16.º 2 - Ao ratificar, aceitar, aprovar ou aderir à presente
Avaliação da eficácia Convenção, ou em qualquer momento
1 - Quatro anos após a data de entrada em vigor da posterior, uma Parte que não seja uma organização
presente Convenção, e periodicamente regional de integração económica pode
após essa data, a intervalos a determinar pela declarar, por comunicação escrita ao depositário que,
Conferência das Partes, a Conferência avaliará relativamente a qualquer conflito sobre
a eficácia da presente Convenção. a interpretação ou aplicação da presente Convenção,
2 - Por forma a facilitar esta avaliação, a Conferência reconhece como obrigatório um ou
das Partes iniciará, na sua primeira ambos dos seguintes meios de resolução de conflitos,
reunião, o estabelecimento de disposições que lhe em relação a qualquer Parte que aceite
permitam dispor de dados de a mesma obrigação:
monitorização comparáveis relativos à presença das a) Arbitragem, de acordo com os procedimentos a
substâncias químicas inscritas nos adoptar pela Conferência das Partes num
anexos A, B e C, bem como à sua propagação no anexo, logo que possível;
ambiente ao nível regional e mundial. Estas b) Submissão do conflito ao Tribunal Internacional de
disposições: Justiça.
a) Deverão ser implementadas pelas Partes, quando 3 - Uma Parte que seja uma organização regional de
adequado, numa base regional, de integração económica poderá fazer uma
acordo com as suas capacidades técnicas e financeiras, declaração análoga relativamente à arbitragem, de
utilizando, na medida do possível, os acordo com o procedimento referido na
programas e mecanismos de monitorização existentes alínea a) do n.º 2.
e favorecendo a harmonização das 4 - Uma declaração feita em conformidade com o n.º 2
abordagens; ou o n.º 3 manter-se-á em vigor até
b) Poderão ser complementadas, se necessário, ao termo do prazo nela previsto ou durante um
atendendo às diferenças entre regiões e às período de três meses após a data de
suas capacidades para implementação das actividades entrega de uma notificação escrita da sua revogação
de monitorização; e ao depositário.
c) Incluirão relatórios a apresentar à Conferência das 5 - A caducidade de uma declaração, a notificação de
Partes sobre os resultados das revogação ou uma nova declaração
actividades de monitorização ao nível regional e não afectará em nada os procedimentos em curso junto
global, a intervalos a determinar pela de um tribunal arbitral ou do
Conferência das Partes. Tribunal Internacional de Justiça, a menos que as
3 - A avaliação descrita no n.º 1 será efectuada com Partes em conflito acordem de outra
base nas informações científicas, forma.
ambientais, técnicas e económicas disponíveis, 6 - Se as Partes em conflito não tiverem aceite o
incluindo: mesmo ou algum dos procedimentos de
a) Relatórios e outras informações de monitorização resolução dos conflitos previstos no n.º 2 e se, nos 12
apresentados nos termos previstos no meses seguintes à notificação de uma
n.º 2; Parte à outra da existência de um conflito entre ambas,
b) Relatórios nacionais apresentados nos termos do não tiverem conseguido dirimir o
artigo 15.º; conflito, este será, a pedido de uma das Partes,
c) Informação sobre o incumprimento apresentada de submetido a uma comissão de conciliação. A
acordo com os procedimentos comissão de conciliação apresentará um relatório com
estabelecidos no artigo 17.º as recomendações. Procedimentos
Artigo 17.º
18

adicionais relativos à comissão de conciliação serão gestão de substâncias químicas, designados pelos
incluídos num anexo a adoptar pela governos. Os membros do Comité serão
Conferência das Partes o mais tardar na sua segunda nomeados com base numa repartição geográfica
reunião. equitativa;
Artigo 19.º b) A Conferência das Partes decidirá sobre o mandato,
Conferência das Partes organização e funcionamento do
1 - É pela presente estabelecida a Conferência das Comité; e
Partes. c) O Comité fará todos os esforços para adoptar as
2 - A primeira reunião da Conferência das Partes será suas recomendações por consenso. Se
convocada pelo director executivo do todos os esforços para a obtenção de um consenso se
Programa das Nações Unidas para o Ambiente o mais revelarem infrutíferos, as suas
tardar um ano após a data de entrada recomendações serão adoptadas, em último recurso,
em vigor da presente Convenção. Subsequentemente, por uma maioria de dois terços dos
as reuniões ordinárias da Conferência membros presentes e votantes.
das Partes terão lugar a intervalos regulares a decidir 7 - Na sua terceira reunião, a Conferência das Partes
pela Conferência. avaliará a necessidade de manutenção
3 - As reuniões extraordinárias da Conferência das do procedimento previsto no n.º 2, alínea b), do artigo
Partes terão lugar sempre que a 3.º, nomeadamente no que respeita à
Conferência o considere necessário ou mediante sua eficácia.
pedido escrito de uma Parte, desde que este 8 - As Nações Unidas, as suas agências especializadas
pedido seja apoiado por pelo menos um terço das e a Agência Internacional de Energia
Partes. Atómica assim como os Estados que não sejam Partes
4 - A Conferência das Partes, na sua primeira reunião, da presente Convenção podem estar
delibera e adopta, por consenso, o representados nas reuniões da Conferência das Partes
seu regulamento interno e o seu regulamento na qualidade de observadores.
financeiro, que serão também aplicáveis aos Qualquer órgão ou agência, nacional ou internacional,
seus órgãos subsidiários, assim como as disposições governamental ou não governamental,
financeiras que regulam o com competência nas matérias abrangidas pela
funcionamento do Secretariado. presente Convenção, e que tenha informado
5 - A Conferência das Partes assegurará a contínua o Secretariado do seu desejo de estar representado
revisão e avaliação da aplicação da numa reunião da Conferência das Partes
presente Convenção. Desempenhará as funções que como observador, pode ser admitido, excepto se um
lhe são atribuídas pela presente terço das Partes apresentar objecções.
Convenção e, para este fim: A admissão e a participação de observadores estarão
a) Cria, de acordo com as disposições do n.º 6, os sujeitas ao regulamento interno
órgãos subsidiários que considere adoptado pela Conferência das Partes.
necessários para a aplicação da Convenção; Artigo 20.º
b) Coopera, quando apropriado, com as organizações Secretariado
internacionais e os organismos 1 - É pela presente estabelecido o Secretariado.
intergovernamentais e não governamentais 2 - As funções do Secretariado serão:
competentes; a) Organizar as reuniões da Conferência das Partes e
c) Examina periodicamente as informações colocadas dos seus órgãos subsidiários e
à disposição das Partes, em aplicação fornecer-lhes os serviços por estes requisitados;
do artigo 15.º, incluindo a análise da eficácia do n.º 2, b) Prestar assistência às Partes, em particular às Partes
alínea b), subalínea iii), do artigo 3.º; constituídas por países em
e desenvolvimento e por países com economias em
d) Considera e adopta todas as medidas adicionais transição, a seu pedido, na implementação
necessárias à realização dos objectivos da da presente Convenção;
Convenção. c) Assegurar a necessária coordenação com os
6 - A Conferência das Partes estabelecerá, na sua secretariados de outros órgãos internacionais
primeira reunião, um órgão subsidiário a relevantes;
designar-se Comité de Revisão dos Poluentes d) Preparar e colocar à disposição das Partes relatórios
Orgânicos Persistentes, para desempenho das periódicos baseados na informação
funções que lhe sejam confiadas em virtude da recebida de acordo com o artigo 15.º e outra
Convenção. A este respeito: informação disponível;
a) Os membros do Comité de Revisão dos Poluentes e) Estabelecer, sob a supervisão da Conferência das
Orgânicos Persistentes serão nomeados Partes, as disposições administrativas e
pela Conferência das Partes. O Comité será composto contratuais que possam ser necessárias para o
por especialistas em avaliação ou cumprimento efectivo das suas funções; e
19

f) Desempenhar as restantes funções de secretariado 3 - Aplica-se o seguinte procedimento à proposta,


previstas na presente Convenção e adopção e entrada em vigor de anexos
todas as outras funções que lhe sejam confiadas pela adicionais à presente Convenção:
Conferência das Partes. a) Os anexos adicionais devem ser propostos e
3 - As funções do Secretariado da presente Convenção adoptados de acordo com o procedimento
devem ser levadas a cabo pelo estabelecido nos n.os 1, 2 e 3 do artigo 21.º;
director executivo do Programa das Nações Unidas b) Qualquer Parte que se encontre impossibilitada de
para o Ambiente, excepto se a aceitar um anexo adicional notificará,
Conferência das Partes decidir, por uma maioria de por escrito, o depositário, no prazo de um ano após a
três quartos das Partes presentes e data da comunicação do depositário
votantes, confiar as funções do Secretariado a uma ou relativa à adopção do anexo adicional. Este informará,
várias outras organizações sem demora, todas as Partes sobre as
internacionais. notificações recebidas. Uma Parte pode, a qualquer
Artigo 21.º momento, retirar uma notificação
Emendas à Convenção anterior de não aceitação relativa a um anexo
1 - Todas as Partes podem propor emendas à presente adicional, e, nesse caso, o anexo entrará em
Convenção. vigor para essa Parte sob reserva da alínea c); e
2 - As emendas à presente Convenção serão adoptadas c) Decorrido um ano após a data da comunicação pelo
numa reunião da Conferência das depositário da adopção de um anexo
Partes. O texto de qualquer emenda proposta será adicional, o anexo entrará em vigor para todas as
comunicado pelo Secretariado às Partes Partes que não tenham enviado uma
pelo menos seis meses antes da reunião em que a notificação nos termos previstos na alínea b).
emenda seja proposta para adopção. O 4 - A proposta, a adopção e a entrada em vigor das
Secretariado comunicará ainda as emendas propostas emendas aos anexos A, B ou C serão
aos signatários da presente sujeitas a procedimento idêntico ao da proposta,
Convenção e, para informação, ao depositário. adopção e entrada em vigor de anexos
3 - As Partes envidarão todos os esforços para adicionais à presente Convenção, salvo que uma
alcançar um acordo consensual sobre emenda aos anexos A, B ou C não entrará
qualquer emenda proposta à presente Convenção. Se, em vigor relativamente a uma Parte que tenha
apesar destes esforços, não for apresentado uma declaração referente a uma
possível chegar a um consenso, a emenda será emenda a esses anexos nos termos previstos no n.º 4
adoptada, em último recurso, por uma do artigo 25.º, caso em que essa
maioria de três quartos dos votos das Partes presentes emenda entrará em vigor para essa Parte no 90.º dia
e votantes. após a data de depósito, junto do
4 - O depositário comunicará a emenda a todas as depositário, do instrumento de ratificação, aceitação,
Partes, para ratificação, aceitação ou aprovação ou adesão relativa a essa
aprovação. emenda.
5 - A ratificação, aceitação ou aprovação de uma 5 - Aplicar-se-ão os seguintes procedimentos à
emenda será notificada por escrito ao proposta, adopção e entrada em vigor de
depositário. Uma emenda adoptada nos termos do n.º qualquer emenda aos anexos D, E ou F:
3 entrará em vigor, para as Partes a) As emendas serão propostas nos termos do
que a tenham aceite, no 90.º dia após a data do procedimento estabelecido nos n.os 1 e 2 do
depósito dos instrumentos de ratificação, artigo 21.º;
aceitação ou aprovação por pelo menos três quartos b) As decisões relativas a uma emenda aos anexos D,
das Partes. Subsequentemente, as E ou F serão adoptadas pelas Partes
emendas entrarão em vigor para qualquer outra Parte por consenso;
no 90.º dia após a data em que a c) Uma decisão de emenda dos anexos D, E ou F será
mesma tenha depositado o seu instrumento de imediatamente comunicada às Partes
ratificação, aceitação ou aprovação da pelo depositário. A emenda entrará em vigor na data
emenda. especificada na decisão.
Artigo 22.º 6 - Se um anexo adicional ou uma emenda a um anexo
Adopção e emendas aos anexos estiver relacionado com uma emenda
1 - Os anexos da presente Convenção farão Parte à presente Convenção, o anexo adicional ou a emenda
integrante da mesma e, excepto se só entrará em vigor após a entrada
expressamente previsto, a referência à presente em vigor do anexo adicional ou da emenda à
Convenção constitui, em simultâneo, Convenção.
referência aos seus anexos. Artigo 23.º
2 - Qualquer anexo adicional restringir-se-á a matérias Direito de voto
processuais, científicas, técnicas ou 1 - Cada Parte da presente Convenção tem direito a
administrativas. um voto, salvo ressalva das disposições
20

do n.º 2. ou adesão no que respeita a essas emendas.


2 - Uma organização regional de integração Artigo 26.º
económica dispõe, para o exercício do seu Entrada em vigor
direito de voto em matérias da sua competência, de 1 - A presente Convenção entrará em vigor no 90.º dia
um número de votos igual ao número após a data em que tenha sido
dos seus Estados membros que sejam Partes da depositado o 50.º instrumento de ratificação,
presente Convenção. Esta organização não aceitação, aprovação ou adesão.
exercerá o seu direito de voto se qualquer dos seus 2 - Relativamente a cada Estado ou organização
Estados membros exercer esse direito, e regional de integração económica que
vice-versa. ratifique, aceite ou aprove a presente Convenção ou a
Artigo 24.º ela adira após o depósito do 50.º
Assinatura instrumento de ratificação, aceitação, aprovação ou
A presente Convenção estará aberta para assinatura adesão, a presente Convenção entrará
por todos os Estados e organizações em vigor no 90.º dia após a data em que esse Estado
regionais de integração económica em Estocolmo em ou essa organização regional de
23 de Maio de 2001 e na sede da integração económica tenha depositado o seu
Nações Unidas, em Nova Iorque, de 24 de Maio de instrumento de ratificação, aceitação,
2001 a 22 de Maio de 2002. aprovação ou adesão.
Artigo 25.º 3 - Para os fins do disposto nos n.os 1 e 2 supra,
Ratificação, aceitação, aprovação ou adesão qualquer instrumento depositado por uma
1 - A Convenção será submetida a ratificação, organização regional de integração económica não
aceitação ou aprovação pelos Estados e pelas será considerado adicional aos
organizações regionais de integração económica. A instrumentos depositados pelos Estados membros
Convenção estará aberta à adesão pelos dessa organização.
Estados e organizações regionais de integração Artigo 27.º
económica a partir da data de encerramento Reservas
do período de assinatura. Os instrumentos de Não podem ser estabelecidas reservas à presente
ratificação, aceitação, aprovação ou adesão Convenção.
serão depositados junto do depositário. Artigo 28.º
2 - Qualquer organização regional de integração Denúncia
económica que se torne Parte da presente 1 - Decorridos três anos desde a data de entrada em
Convenção sem que nenhum dos seus Estados vigor da presente Convenção para uma
membros seja Parte encontra-se sujeita a Parte, esta poderá denunciar, em qualquer altura, a
todas as obrigações previstas na presente Convenção. Convenção mediante notificação escrita
No caso destas organizações, se um dirigida ao depositário.
ou mais dos seus Estados for Parte da presente 2 - Tal denúncia produzirá efeitos um ano após a
Convenção, a organização e os seus Estados recepção, pelo depositário, da notificação
membros decidirão sobre as respectivas de denúncia, ou em data posterior especificada na
responsabilidades no que respeita ao cumprimento respectiva notificação de denúncia.
das suas obrigações ao abrigo da Convenção. Nestes Artigo 29.º
casos, a organização e os seus Estados
membros não estão autorizados a exercer
simultaneamente os direitos que decorrem da
Convenção. Depositário
3 - No seu instrumento de ratificação, aceitação, O Secretário-Geral das Nações Unidas será o
aprovação ou adesão, uma organização depositário da presente Convenção
regional de integração económica declarará o âmbito .artigo 30
das suas competências em matérias Textos autênticos
regidas pela Convenção. Estas organizações O original da presente Convenção, cujos textos em árabe,
informarão ainda o depositário, que por sua vez chinês, inglês, francês, russo e
espanhol são igualmente autênticos, será depositado junto do
informará as Partes, de todas as alterações pertinentes
Secretário-Geral das Nações
ao âmbito das suas competências. Unidas.
4 - No seu instrumento de ratificação, aceitação, Em virtude do que os abaixo assinados, devidamente
aprovação ou adesão, qualquer Parte pode autorizados para o efeito, apuseram as
declarar que, no que lhe diz respeito, todas as emendas suas assinaturas na presente Convenção.
aos anexos A, B ou C apenas Feito em Estocolmo, em 22 de Maio de 2001.
entrarão em vigor após o depósito do seu instrumento
de ratificação, aceitação, aprovação
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utilização, como intermediário em sistema fechado


num local determinado, de quantidades
ANEXO B de uma substância química inscrita no presente
Restrições anexo que seja quimicamente transformada
PARTE I no fabrico de outras substâncias químicas que,
(ver lista no documento original) tendo em consideração os critérios definidos
Notas
i) Excepto disposição em contrário da presente no n.º 1 do anexo D, não apresentem as
Convenção, quantidades de uma substância características de um poluente orgânico
química que surjam como contaminantes vestigiais persistente. Esta notificação incluirá informação
não deliberados em produtos e artigos sobre a produção total e a utilização desta
não serão consideradas como inscritas no presente substância química ou uma estimativa plausível
anexo. desta informação e informações sobre o
ii) Esta nota não será considerada como processo em sistema fechado num local
constituindo uma derrogação específica ou uma determinado, incluindo a quantidade de poluentes
finalidade aceitável relativamente à produção ou orgânicos persistentes utilizados como matéria-
utilização para os fins do n.º 2 do artigo 3.º prima não transformados e presentes no
As quantidades de uma substância química produto final, de forma não deliberada, sob a forma
presentes sob a forma de componentes de de contaminantes vestigiais. Este
artigos manufacturados ou já em utilização antes da procedimento é aplicável, salvo disposição em
data de entrada em vigor da obrigação contrário do presente anexo. O Secretariado
pertinente respeitante a essa substância não serão colocará estas notificações à disposição da
consideradas como inscritas no presente Conferência das Partes e do público. Esta
anexo, desde que uma Parte tenha notificado o produção ou utilização não será considerada como
Secretariado que um tipo particular de artigo uma derrogação específica relativa à
continua em utilização nessa Parte. O Secretariado produção ou utilização. Esta produção ou utilização
colocará estas notificações à disposição cessará após um período de 10 anos,
do público. excepto se a Parte interessada submeter uma nova
iii) A presente nota não será considerada como notificação ao Secretariado, caso em que
constituindo uma derrogação específica este período será prorrogado por mais 10 anos
relativa à produção e utilização para os fins do n.º 2 excepto se a Conferência das Partes decidir
do artigo 3.º Dado que não se espera de outra forma, após uma análise da produção e
que quantidades apreciáveis da substância química utilização. O procedimento de notificação
atinjam o ser humano ou o ambiente pode ser repetido.
durante a produção e utilização de um intermediário iv) Qualquer Parte pode prevalecer-se de todas as
em sistema fechado num local derrogações específicas previstas no
determinado, uma Parte pode autorizar, mediante presente anexo desde que as tenha registado, no que
notificação ao Secretariado, a produção e lhe respeita, nos termos do artigo 4.

Conclusão

Portanto é desta forma que culminamos com o nosso trabalho cujo tema trata da resolução
56/2004 de 31 de dezembro, na qual o Estado Moçambicano ratifica este acordo, no âmbito
internacional com vista a permitir com que Moçambique tome algumas providências
cautelares com vista a minimizar os danos provenientes dos Poluentes Orgânicos.

Desta mesma forma podemos ainda especular sob nossas palavras que os poluentes orgânicos
tem causado vários problemas nas comunidades, devido ao mau uso do homem. Tornando
relevante que o Estado tome algumas medidas salvaguardaras com o ambiente para que o
mesmo não esteja desgastado, mas também nos remete salientar que não basta as medidas pré-
estabelecidas pelo Estado, alem disso deve se levar em consideração a mera participação de
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cada individuo para combater um mal necessário perante a comunidade e ao nosso pelo
ambiente.

Referencia Bibliográfica

Decreto nº 56/2004 de 31 de Dezembro

Convenção sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, adaptada em Estocolmo em 22 de Maio


de 2001.

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