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Licenciatura em Direito
Universidade Pedagógica
Beira
2018
Alberto Quininde Júnior
Agostinho Lourinho Augusto
Dias Augusto Chipura
João Bassa
Felisberto Hilário Fernando
Rose Da Dilenia Bove
Celsa Fátima A. D. Mulandeza
Universidade Pedagógica
Beira
2018
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Resumo
O presente trabalho tem como o escrúpulo abordar sobre a ratificação feira pelo Estado
Moçambicano a respeito da Convenção de Estocolmo 56/2004 de 31 de Dezembro sobre
Poluentes Orgânicos e Persistentes. Visto que os mesmos possuem substancias toxicas, sendo
capazes a resistentes a degradação e a propagação através de ar, da agua e das espécies
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Introdução
O presente trabalho de Direito Internacional do Ambiente, de carácter meramente
investigativo, tem como o escrúpulo abordar de uma forma aprofundada em correlação aos
Poluentes Orgânicos, Pressupondo as preocupações com as ações e os consequentes impactos
da actividade humana ao meio ambiente pode ser considerado recente. Os discursos sobre o
tema aconteceram nas últimas décadas devido a gravidade da situação, com a produção
urbano industrial que tem provocado a poluição ambiental das águas, do solo e do ar.
Tornando assim necessário fazer um estudo a respeito com vista a minimizar alguns danos
futuramente.
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Objectivos Gerais:
Compreender o estudo de poluentes orgânicos e a resolução erguida pela Republica de
Moçambique
Objectivos Específicos:
Analisar o impacto dos poluentes orgânicos
Avaliar a ratificação feita pelo Estado Moçambicano
extrema relevância para o ordenamento jurídico moçambicano, uma vez que torna mais eficaz
o sistema normativo e propõem a utilização de processos e substancias químicas afirmativas
ambientalmente sustentáveis.
Assim e com vista a fortalecer a cooperação internacional sobre poluentes Orgânicos e
Persistentes e ao abrigo do disposto na alínea f) do nº 1 do artigo 153 da Constituição da
Republica e do Conselho de Ministros determina.
Único é ratificada a Convenção de Estocolmo sobre poluentes orgânicos e Persistente adotada
em 23 de Maio de 2001 em Estocolmo Suécia, cujo texto em inglês e respetiva tradução em
língua portuguesa seguem em anexos a presente Resolução e dela são parte integrante
Aprovada pelo Conselho de Ministros ao 15 de Novembro de 2004.
Publique-se
A primeira-Ministra Luísa Dias Diogo
Reafirmando que os Estados têm, conforme consignado na Carta das Nações Unidas e nos
princípios do direito internacional, o direito soberano à exploração dos seus próprios recursos,
de acordo com as suas políticas de ambiente e desenvolvimento, e a responsabilidade de
assegurar que as actividades realizadas sob a sua jurisdição ou controlo não causem danos ao
ambiente de outros Estados ou a áreas fora da jurisdição nacional;
Tendo em conta as circunstâncias e as necessidades específicas dos países em
desenvolvimento, em particular dos menos desenvolvidos, e dos países com economias em
transição, e especialmente a necessidade de reforçar as suas capacidades nacionais de gestão
de substâncias químicas, nomeadamente através da transferência de tecnologia, do
fornecimento de ajuda financeira e assistência técnica e da promoção da cooperação entre as
Partes; Tomando plenamente em consideração o Programa de Acção para o Desenvolvimento
Sustentável dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, adoptado nos Barbados em
6 de Maio de 1994
a) Uma substância química inscrita no anexo A ou no pesticidas ou novas substâncias químicas industriais
anexo B seja importada apenas com adoptará medidas de regulamentação
vista a: destinadas a prevenir a produção e utilização de novos
i) Eliminação de uma forma que respeite o ambiente, pesticidas ou de novas substâncias
como previsto no n.º 1, alínea d), do químicas industriais que, tendo em consideração os
artigo 6.º; ou critérios do n.º 1 do anexo D,
ii) Utilização ou finalidade autorizada à respectiva apresentem as características de poluentes orgânicos
Parte em virtude do anexo A ou do anexo persistentes.
B; b) Uma substância química inscrita no anexo A que 4 - Cada Parte que aplique um ou mais esquemas de
beneficie de uma derrogação específica regulamentação e avaliação a novos
relativa à sua produção ou utilização, ou uma pesticidas ou novas substâncias químicas industriais
substância química inscrita no anexo B que deve, ao proceder a uma avaliação dos
beneficie de uma derrogação específica relativa à sua pesticidas ou das substâncias químicas industriais
produção, utilização ou finalidade actualmente em utilização, ter em
aceitável, apenas seja exportada, tendo em conta todas consideração nestes esquemas, se apropriado, os
as disposições pertinentes dos critérios indicados no n.º 1 do anexo D.
instrumentos internacionais em vigor sobre a prévia 5 - Salvo disposição em contrário da presente
informação e consentimento: Convenção, os n.os 1 e 2 não se aplicam às
i) Com vista a uma eliminação que respeite o quantidades de uma substância química destinadas a
ambiente como previsto no n.º 1, alínea d), do utilização em investigação laboratorial
artigo 6.º; ou como padrões de referência.
ii) Para uma Parte autorizada a utilizar essa substância 6 - Qualquer Parte que beneficie de uma derrogação
química nos termos previstos no específica ao abrigo do anexo A, ou de
anexo A ou no anexo B; ou uma derrogação específica ou de uma finalidade
iii) Para um Estado que não seja Parte da presente aceitável, ao abrigo do anexo B, deverá
Convenção que tenha fornecido um adoptar as medidas adequadas para garantir que
certificado anual à Parte exportadora. Este certificado qualquer produção ou utilização ao abrigo
deve especificar a utilização prevista dessa derrogação ou finalidade seja utilizada de uma
da substância química e incluir uma declaração em forma que previna ou minimize a
como o Estado de importação se exposição humana e a libertação para o ambiente. No
compromete, em relação a essa substância química, a: caso de utilizações a título de
a) Proteger a saúde humana e o ambiente adoptando as derrogações ou de finalidades aceitáveis que
medidas necessárias para minimizar envolvam, em condições de utilização normais,
ou prevenir libertações; libertações deliberadas no ambiente, estas libertações
b) Respeitar as disposições do n.º 1 do artigo 6.º; e serão reduzidas ao mínimo
c) Respeitar, quando apropriado, as disposições do n.º indispensável, tendo em consideração eventuais
2 da Parte II do anexo B.
normas e linhas de orientação aplicáveis
O certificado incluirá também toda a documentação de
apoio apropriada, nomeadamente
legislação, instrumentos regulamentares ou linhas de artigo 4
orientação administrativas ou políticas. Registo de derrogações específicas
A Parte exportadora enviará a certificação ao 1 - É pela presente criado o registo para fins de
Secretariado 60 dias após a sua recepção; identificação das Partes que beneficiam de
c) Uma substância química inscrita no anexo A, derrogações específicas previstas no anexo A ou no
relativamente à qual uma Parte já não anexo B. Este registo não identificará as
beneficie de derrogações específicas relativas à Partes que recorrem às disposições do anexo A ou do
produção e utilização, não seja exportada anexo B, de que todas as Partes se
por essa Parte, excepto com vista à sua eliminação em possam prevalecer. O registo será mantido pelo
respeito pelo ambiente, tal como Secretariado e disponibilizado ao público.
previsto no n.º 1, alínea d), do artigo 6.º; d) Para os 2 - O registo incluirá:
fins da presente alínea, o termo «Estado que não seja a) Uma lista dos tipos de derrogações específicas
Parte da presente previstas no anexo A e no anexo B;
Convenção» inclui, relativamente a uma determinada b) Uma lista das Partes que beneficiem de uma
substância química, qualquer Estado derrogação específica prevista no anexo A ou
ou organização regional de integração económica que no anexo B; e
não tenha consentido ser vinculado às c) Uma lista das datas de termo de cada derrogação
disposições da presente Convenção em relação a essa específica registada.
substância química. 3 - Ao tornar-se Parte qualquer Estado pode, por meio
3 - Cada Parte que aplique um ou mais esquemas de de uma notificação escrita dirigida ao
regulamentação e avaliação a novos
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Secretariado, registar um ou mais tipos de derrogações substâncias químicas inscritas no anexo C e a facilitar
específicas previstas no anexo A ou a implementação das alíneas b) a e).
no anexo B. O plano de acção incluirá os seguintes elementos:
4 - A não ser que a Parte indique uma data anterior no i) Uma avaliação das libertações actuais e projectadas,
registo, ou que seja concedida uma incluindo o desenvolvimento e
prorrogação ao abrigo do n.º 7, todos os registos de manutenção de inventários de fontes e estimativas de
derrogações específicas terminam cinco libertações, tendo em consideração as
anos após a data de entrada em vigor da presente categorias de fontes identificadas no anexo C;
Convenção relativamente a uma ii) Uma avaliação da eficácia da legislação e políticas
determinada substância química. da Parte em relação à gestão destas
5 - Na sua primeira reunião, a Conferência das Partes libertações;
decidirá sobre o processo de iii) Estratégias para o cumprimento das obrigações
reavaliação das inscrições no registo. estabelecidas na presente disposição,
6 - Antes da reavaliação de uma inscrição no registo, a tendo em consideração as avaliações previstas nas
Parte interessada enviará ao subalíneas i) e ii);
Secretariado um relatório que justifique a sua iv) Medidas destinadas à promoção da educação e
necessidade de manter o registo dessa formação em relação a estas estratégias e
derrogação. O Secretariado distribuirá esse relatório a sensibilização para as mesmas;
todas as Partes. A reavaliação de uma v) Uma revisão quinquenal destas estratégias e do seu
derrogação será efectuada com base em todas as sucesso quanto ao cumprimento das
informações disponíveis, após o que a obrigações estabelecidas na presente disposição. Estas
Conferência das Partes pode apresentar à Parte revisões devem ser incluídas nos
interessada todas as recomendações que relatórios apresentados ao abrigo do artigo 15.º;
considere apropriadas. vi) Um calendário para a implementação do plano de
7 - A Conferência das Partes pode, a pedido da Parte acção, incluindo as estratégias e
interessada, decidir prorrogar uma medidas aqui identificadas;
derrogação específica por um período máximo de
cinco anos. Ao tomar esta decisão, a Artigo 5.º
Conferência das Partes tomará devidamente em Medidas para reduzir ou eliminar libertações de
consideração as circunstâncias especiais das produções não deliberadas
Partes constituídas por países em desenvolvimento e Cada Parte adoptará, no mínimo, as seguintes medidas
por países com economias em para reduzir as libertações totais de
transição. cada uma das substâncias químicas inscritas no anexo
8 - Uma Parte pode retirar, a qualquer momento, uma C originárias de fontes
inscrição do registo referente a uma antropogénicas, com o objectivo da sua continuada
derrogação específica através de uma notificação minimização e, quando possível, da sua
escrita dirigida ao Secretariado. A retirada efectiva eliminação:
produz efeitos na data indicada na notificação. a) Desenvolvimento de um plano de acção ou, quando
9 - Quando já nenhuma Parte estiver registada para apropriado, de um plano de acção
um determinado tipo de derrogação regional ou sub-regional no prazo de dois anos após a
específica, não será aceite qualquer novo registo para entrada em vigor da presente
essa derrogação. Artigo 5.º Convenção e sua implementação subsequente como
Medidas para reduzir ou eliminar libertações de Parte do seu plano de implementação
produções não deliberadas especificado no artigo 7.º, destinado a identificar,
Cada Parte adoptará, no mínimo, as seguintes medidas caracterizar e tratar a libertação de
para reduzir as libertações totais de substâncias químicas inscritas no anexo C e a facilitar
cada uma das substâncias químicas inscritas no anexo a implementação das alíneas b) a e).
C originárias de fontes O plano de acção incluirá os seguintes elementos:
antropogénicas, com o objectivo da sua continuada i) Uma avaliação das libertações actuais e projectadas,
minimização e, quando possível, da sua incluindo o desenvolvimento e
efectiva eliminação: manutenção de inventários de fontes e estimativas de
a) Desenvolvimento de um plano de acção ou, quando libertações, tendo em consideração as
apropriado, de um plano de acção categorias de fontes identificadas no anexo C;
regional ou sub-regional no prazo de dois anos após a ii) Uma avaliação da eficácia da legislação e políticas
entrada em vigor da presente da Parte em relação à gestão destas
Convenção e sua implementação subsequente como libertações;
Parte do seu plano de implementação iii) Estratégias para o cumprimento das obrigações
especificado no artigo 7.º, destinado a identificar, estabelecidas na presente disposição,
caracterizar e tratar a libertação de tendo em consideração as avaliações previstas nas
subalíneas i) e ii);
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iv) Medidas destinadas à promoção da educação e ii) Para novas fontes, nas categorias de fontes inscritas
formação em relação a estas estratégias e na Parte III do anexo C, em relação
sensibilização para as mesmas; às quais uma Parte não o tenha feito ao abrigo da
v) Uma revisão quinquenal destas estratégias e do seu alínea d).
sucesso quanto ao cumprimento das Ao aplicar as melhores técnicas disponíveis e as
obrigações estabelecidas na presente disposição. Estas melhores práticas ambientais, as Partes
revisões devem ser incluídas nos tomarão em consideração as orientações gerais sobre
relatórios apresentados ao abrigo do artigo 15.º; medidas de prevenção e de redução
vi) Um calendário para a implementação do plano de de libertações do anexo C e as linhas de orientação
acção, incluindo as estratégias e sobre as melhores técnicas disponíveis e
medidas aqui identificadas; as melhores práticas ambientais a adoptar por decisão
b) Promoção da aplicação de medidas disponíveis, da Conferência das Partes;
exequíveis e práticas que possam f) Para os fins da presente disposição e do anexo C:
alcançar, de forma rápida, um nível realista e i) Por «melhores técnicas disponíveis» entende-se o
significativo de redução das libertações ou de estádio mais eficaz e avançado no
eliminação das fontes; desenvolvimento das actividades e dos seus métodos
c) Promoção do desenvolvimento e, quando de operação que demonstrem a
apropriado, exigência da utilização de materiais, adequação prática de técnicas específicas destinadas a
produtos e processos modificados ou alternativos, a proporcionar, em princípio, a base
fim de prevenir a formação e libertação para limitação das libertações, a fim de prevenir e,
das substâncias químicas inscritas no anexo C, tendo quando tal não seja possível, reduzir, de
em conta as orientações gerais sobre forma geral, a libertação das substâncias químicas
medidas de prevenção e de redução de libertações inscritas na Parte I do anexo C e o seu
constantes do anexo C e as linhas de impacte no ambiente no seu conjunto, neste contexto;
orientação a serem adoptadas por decisão da ii) «Técnicas» incluem as tecnologias utilizadas e a
Conferência das Partes; forma como a instalação é concebida,
d) Promoção e, de acordo com o calendário de construída, mantida, explorada e desmantelada;
implementação do seu plano de acção, iii) Por técnicas «disponíveis» entende-se as técnicas
exigência da utilização das melhores técnicas que são acessíveis ao operador e
disponíveis para novas fontes dentro de cada desenvolvidas a uma escala que permita a sua
categoria de fontes que a Parte tenha identificado implementação no sector industrial
como merecedoras desse tratamento no pertinente, sob condições económicas e técnicas
âmbito do seu plano de acção, com uma atenção viáveis, tendo em consideração os seus
inicial especial para as categorias de fontes custos e vantagens;
identificadas na Parte II do anexo C. Em qualquer iv) Por «melhores» entende-se as técnicas mais
caso, o requisito de utilização das eficazes para se alcançar um nível geral
melhores técnicas disponíveis para novas fontes nas elevado de protecção do ambiente no seu conjunto;
categorias inscritas na Parte II do v) Por «melhores técnicas ambientais» entende-se a
referido anexo será introduzido logo que possível e, o aplicação da combinação mais
mais tardar, quatro anos após a apropriada de estratégias e medidas de controlo
entrada em vigor, para essa Parte, da presente ambiental; e
Convenção. Relativamente às categorias vi) Por «nova fonte» entende-se qualquer fonte cuja
identificadas, as Partes promoverão a utilização das construção ou alteração substancial
melhores práticas ambientais. Ao tenha sido iniciada pelo menos um ano após a data de:
aplicarem as melhores práticas disponíveis e as a) Entrada em vigor da presente Convenção para essa
melhores práticas ambientais, as Partes Parte; ou
devem ter em consideração as orientações gerais sobre b) Entrada em vigor, para essa Parte, das emendas ao
medidas de prevenção e de redução anexo C quando a nova fonte se
de libertações contidas no referido anexo, bem como encontre sujeita às disposições da presente Convenção
as linhas de orientação sobre as apenas em virtude dessa emenda;
melhores técnicas disponíveis e as melhores práticas g) Uma Parte pode utilizar os valores limite de
ambientais a adoptar por decisão da libertação, ou os padrões de desempenho,
Conferência das Partes; para cumprimento das suas obrigações em relação às
e) Promoção, de acordo com o seu plano de acção, da melhores técnicas disponíveis ao
utilização das melhores técnicas abrigo da presente disposição.
disponíveis e das melhores práticas ambientais: Artigo 6.º
i) Para as fontes existentes, nas categorias de fontes Medidas para reduzir ou eliminar libertações de
inscritas na Parte II do anexo C, e nas material armazenado e de resíduos
categorias de fontes como as constantes da Parte III do 1 - Cada Parte compromete-se a assegurar que o
referido anexo; e material armazenado constituído por, ou
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contendo, substâncias químicas inscritas no anexo A iv) Não sejam objecto de movimentos
ou no anexo B e resíduos, incluindo transfronteiriços sem que sejam tidas em
produtos e artigos reduzidos ao estado de resíduos, consideração as regras, normas e linhas de orientação
constituídos, contendo ou estando internacionais relevantes;
contaminados por substâncias químicas inscritas nos e) De esforços no sentido do desenvolvimento de
anexos A, B ou C seja gerido de forma estratégias apropriadas com vista à
que proteja a saúde humana e o ambiente, através: identificação de locais contaminados por substâncias
a) Do desenvolvimento de estratégias apropriadas para químicas inscritas nos anexos A, B ou
identificar: C. Caso seja empreendida a descontaminação destes
i) O material armazenado constituído por, ou locais, esta será efectuada de uma
contendo, substâncias químicas inscritas no forma que respeite o ambiente.
anexo A ou no anexo B; e 2 - A Conferência das Partes cooperará de forma
ii) Os produtos e artigos em utilização e resíduos estreita com os órgãos competentes da
constituídos, contendo ou estando Convenção, de Basileia, sobre o Controlo dos
contaminados por substâncias químicas inscritas nos Movimentos Transfronteiriços de Resíduos
anexos A, B ou C; Perigosos e Sua Eliminação com vista a,
b) Da identificação, na medida do possível, do nomeadamente:
material armazenado constituído por, ou a) Estabelecer os níveis de destruição e transformação
contendo, substâncias químicas inscritas no anexo A irreversível necessários para
ou no anexo B com base nas estratégias assegurar que estes não apresentem características dos
referidas na alínea a); poluentes orgânicos persistentes
c) Da gestão do material armazenado, conforme enumerados no n.º 1 do anexo D;
apropriado, de uma forma segura, eficiente b) Determinar quais os métodos que consideram
e que respeite o ambiente. O material armazenado de constituírem formas de eliminação que
substâncias químicas inscritas no respeitam o ambiente, conforme supramencionado;
anexo A ou no anexo B que já não beneficiem de c) Desenvolver trabalhos destinados a estabelecer,
autorização de utilização ao abrigo de conforme apropriado, os níveis de
derrogação específica prevista no anexo A ou de concentração das substâncias químicas inscritas nos
derrogação específica ou finalidade aceitável anexos A, B e C com vista a definir o
previstas no anexo B, com excepção do material baixo teor de poluentes orgânicos persistentes referido
armazenado cuja exportação é permitida na subalínea ii) da alínea d) do n.º 1.
nos termos previstos no n.º 2 do artigo 3.º, deve ser Artigo 7.º
considerado um resíduo e gerido Planos de implementação
conforme estabelecido na alínea d); 1 - Cada Parte compromete-se a:
d) Da adopção de medidas adequadas para assegurar a) Elaborar e esforçar-se por executar um plano de
que esses resíduos, incluindo os implementação das suas obrigações ao
produtos e artigos reduzidos ao estado de resíduos: abrigo da presente Convenção;
i) Sejam manipulados, recolhidos, transportados e b) Transmitir o seu plano de implementação à
armazenados de uma forma que respeite Conferência das Partes até dois anos após a
o ambiente; data de entrada em vigor da presente Convenção para
ii) Sejam eliminados de forma que o seu teor de essa Parte; e
poluentes orgânicos persistentes seja c) Rever e actualizar, conforme apropriado, o seu
destruído ou irreversivelmente transformado, a ponto plano de implementação, periodicamente e
de não apresentarem características de acordo com as modalidades a especificar em
de poluentes orgânicos persistentes, ou destruídos de decisão da Conferência das Partes.
outra forma que respeite o ambiente, 2 - As Partes devem, quando apropriado, cooperar
quando a destruição ou transformação irreversível não directamente ou através de organizações
seja a opção ambientalmente globais, regionais ou sub-regionais e consultar os
preferível ou o teor de poluentes orgânicos interessados a nível nacional, incluindo
persistentes seja baixo, tendo em consideração grupos de mulheres e grupos envolvidos na saúde
as regras, normas e linhas de orientação infantil, por forma a facilitar o
internacionais, incluindo as que possam vir a ser desenvolvimento, execução e actualização dos planos
desenvolvidas nos termos do n.º 2, e os regimes de implementação.
regionais e mundiais de gestão de resíduos 3 - As Partes esforçar-se-ão, quando apropriado, por
perigosos relevantes; utilizar e, se necessário, criar os meios
iii) Não possam ser sujeitos a operações de eliminação para a integração dos planos nacionais de
susceptíveis de conduzirem à implementação relativos aos poluentes orgânicos
recuperação, reciclagem, regeneração, reutilização persistentes nas suas estratégias de desenvolvimento
directa ou utilizações alternativas dos sustentável.
poluentes orgânicos persistentes; e Artigo 8.º
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Inscrição de substâncias químicas nos anexos A, B técnicos e, tendo em consideração estes comentários,
eC completar o perfil de risco.
1 - Uma Parte pode apresentar ao Secretariado uma 7 - Se, com base no perfil de risco estabelecido de
proposta de inscrição de uma acordo com o anexo E, o Comité decidir:
substância química nos anexos A, B e ou C. Esta a) Que a substância química é susceptível de, devido à
proposta deve conter a informação sua propagação a longa distância no
especificada no anexo D. Uma Parte pode ser assistida ambiente, ter efeitos nocivos na saúde humana e ou no
por outras Partes e ou pelo ambiente que justifiquem a adopção
Secretariado na elaboração da sua proposta. de medidas a nível mundial, a proposta deverá ter
2 - O Secretariado verificará se a proposta contém a seguimento. A falta de certeza científica
informação especificada no anexo D. Se absoluta não impedirá que seja dado seguimento à
o Secretariado considerar que a proposta contém estas proposta. O Comité solicitará, através do
informações, deverá transmiti-la ao Secretariado, a todas as Partes e aos observadores que
Comité de Revisão dos Poluentes Orgânicos forneçam as informações relativas
Persistentes. aos elementos enunciadas no anexo F. O Comité
3 - O Comité examinará a proposta e aplicará os preparará então uma avaliação da gestão
critérios de selecção previstos no anexo D dos riscos que inclua uma análise de eventuais
de uma forma transparente e flexível, tomando em medidas de controlo da substância química,
consideração toda a informação de acordo com o referido anexo;
fornecida, de forma integrada e equilibrada. b) Que a proposta não deve ter seguimento, colocará,
4 - Caso o Comité decida que: através do Secretariado, o perfil de
a) A proposta satisfaz os critérios de selecção, deverá risco à disposição de todas as Partes e dos
então, através do Secretariado, observadores e rejeitará a proposta.
colocar a proposta e a avaliação do Comité à 8 - Relativamente a qualquer proposta rejeitada nos
disposição de todas as Partes e dos termos da alínea b) do n.º 7, uma Parte
observadores e convidá-los a apresentarem a pode solicitar à Conferência das Partes que examine a
informação especificada no anexo E; ou possibilidade de encarregar o Comité
b) A proposta não satisfaz os critérios de selecção, de recolher informações suplementares da Parte que
deverá, através do Secretariado, informar apresentou a proposta e de outras
todas as Partes e os observadores e colocar a proposta Partes durante um período não superior um ano. Após
e a avaliação do Comité à disposição esse período, e com base nas
de todas as Partes, sendo a proposta rejeitada. informações recebidas, o Comité reanalisará a
5 - Qualquer Parte pode voltar a submeter ao Comité proposta, ao abrigo do n.º 6, com uma
uma proposta que este tenha prioridade a decidir pela Conferência das Partes. Se,
rejeitado, nos termos do n.º 4. A representação pode na sequência deste procedimento, o
incluir eventuais preocupações da Comité voltar a rejeitar a proposta, a Parte pode
Parte, bem como os fundamentos para uma avaliação contestar a decisão do Comité e a
complementar pelo Comité. Se, após Conferência das Partes analisará o assunto na sessão
este procedimento, o Comité voltar a rejeitar a seguinte. A Conferência das Partes
proposta, a Parte pode contestar a decisão do pode decidir, com base no perfil de risco preparado
Comité e a Conferência das Partes examinará esta nos termos estabelecidos no anexo E, e
questão na reunião seguinte. A tendo em consideração a avaliação do Comité e
Conferência das Partes pode decidir, com base nos qualquer informação adicional fornecida por
critérios de selecção do anexo D e tendo uma Parte ou por um observador, que deve ser dado
em consideração a avaliação do Comité e qualquer seguimento à proposta. Se a
informação adicional fornecida pela Parte Conferência das Partes decidir que deve ser dado
ou por um observador, que deve ser dado seguimento seguimento à proposta, o Comité
à proposta. preparará então a avaliação da gestão dos riscos.
6 - Caso o Comité decida que os critérios de selecção 9 - O Comité recomendará, com base no perfil de
se encontram preenchidos ou a riscos referido no n.º 6 e na avaliação da
Conferência das Partes decida que deve ser dado gestão dos riscos referida na alínea a) do n.º 7 ou no
seguimento à proposta, o Comité deverá n.º 8, que uma substância química seja
proceder a uma revisão complementar da proposta, tida em consideração pela Conferência das Partes para
tendo em consideração toda a inscrição nos anexos A, B e ou C. A
informação adicional relevante recebida, e deverá Conferência das Partes, tendo em consideração as
preparar um projecto de perfil de risco de recomendações do Comité, incluindo
acordo com o estabelecido no anexo E. O Comité qualquer incerteza científica, decidirá, por precaução,
deverá, através do Secretariado, colocar o inscrever ou não uma substância
projecto à disposição de todas as Partes e dos química, e especificar as medidas de controlo
observadores, reunir os seus comentários associadas, nos anexos A, B e ou C.
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investigação científica e técnica, em particular nos para reforço das capacidades e para a transferência de
países em desenvolvimento e nos países tecnologia, a fim de auxiliar
com economias em transição, e de promoção do as Partes constituídas por países em desenvolvimento
acesso e da troca de dados e análises; e por países com economias em
c) Ter em conta as preocupações e necessidades, em transição no cumprimento das suas obrigações ao
especial no campo dos recursos abrigo da presente Convenção. A
técnicos e financeiros, dos países em desenvolvimento Conferência das Partes dará orientações suplementares
e dos países com economias em sobre esta matéria.
transição, e cooperar na melhoria das suas capacidades 5 - As Partes tomarão, no contexto do presente artigo,
de participação nas actividades plenamente em consideração as
referidas nas alíneas a) e b); necessidades específicas e situações especiais dos
d) Empreender trabalhos de investigação que visem países menos desenvolvidos e dos
atenuar os efeitos dos poluentes pequenos Estados insulares em desenvolvimento nas
orgânicos persistentes na saúde reprodutiva; suas acções relativas à assistência
e) Colocar os resultados das suas actividades de técnica.
investigação, desenvolvimento e Artigo 13.º
monitorização referidas no presente artigo à Recursos e mecanismos financeiros
disposição do público, em tempo útil e 1 - Cada Parte compromete-se a fornecer, de acordo
regularmente; e com as suas capacidades, incentivos e
f) Encorajar e ou empreender actividades de apoio de ordem financeira às actividades nacionais
cooperação relativas ao armazenamento e destinadas a alcançar os objectivos da
manutenção das informações resultantes da presente Convenção de acordo com os seus planos,
investigação, desenvolvimento e monitorização. prioridades e programas nacionais.
Artigo 12.º 2 - As Partes constituídas por países desenvolvidos
Assistência técnica fornecerão recursos financeiros novos e
1 - As Partes reconhecem que o fornecimento de suplementares a fim de permitir que as Partes
assistência técnica atempada e adequada, constituídas por países em desenvolvimento e
em resposta aos pedidos das Partes constituídas por por países com economias em transição possam
países em desenvolvimento e por países assumir a totalidade do aumento dos custos
com economias em transição, é essencial para o das medidas de implementação para cumprimento das
sucesso da implementação da presente suas obrigações ao abrigo da
Convenção. presente Convenção, como acordado entre a Parte
2 - As Partes cooperarão no fornecimento de beneficiária e uma entidade participante
assistência técnica atempada e adequada às no mecanismo descrito no n.º 6. Estes recursos
Partes constituídas por países em desenvolvimento e financeiros poderão ser fornecidos por outras
por países com economias em Partes, a título voluntário e na medida das suas
transição, a fim de os assistirem, tendo em conta as capacidades. Devem igualmente ser
suas necessidades particulares, no incentivadas contribuições de outras fontes. A
desenvolvimento e reforço das suas capacidades para implementação destes compromissos terá em
fins de cumprimento das suas consideração a necessidade de um financiamento
obrigações ao abrigo da presente Convenção. adequado, previsível e em tempo útil e a
3 - A este respeito, a assistência técnica a ser importância da partilha dos encargos entre as Partes
providenciada pelas Partes constituídas por contribuintes.
países em desenvolvimento, e outras Partes de acordo 3 - As Partes constituídas por países desenvolvidos e
com as suas capacidades, deverá outras Partes, de acordo com as suas
incluir, conforme apropriado e mutuamente acordado, capacidades e planos, prioridades e programas
o fornecimento de assistência técnica nacionais, podem também proporcionar às
para o reforço das suas capacidades relativas ao Partes constituídas por países em desenvolvimento e
cumprimento das suas obrigações ao abrigo por países com economias em transição
da presente Convenção. A Conferência das Partes dará a obtenção de recursos financeiros para os auxiliar na
orientações suplementares sobre esta implementação da presente
matéria. Convenção através de outras fontes e vias bilaterais,
4 - As Partes estabelecerão, conforme apropriado, multilaterais e regionais.
disposições destinadas ao fornecimento de 4 - A medida em que as Partes constituídas por países
assistência técnica e à promoção da transferência de em desenvolvimento implementarão
tecnologias para as Partes constituídas efectivamente os seus compromissos ao abrigo da
por países em desenvolvimento e por países com presente Convenção dependerá da
economias em transição, com vista à efectiva implementação dos compromissos assumidos
aplicação da presente Convenção. Estas disposições pelos países desenvolvidos, ao abrigo
incluirão centros regionais e subregionais
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adicionais relativos à comissão de conciliação serão gestão de substâncias químicas, designados pelos
incluídos num anexo a adoptar pela governos. Os membros do Comité serão
Conferência das Partes o mais tardar na sua segunda nomeados com base numa repartição geográfica
reunião. equitativa;
Artigo 19.º b) A Conferência das Partes decidirá sobre o mandato,
Conferência das Partes organização e funcionamento do
1 - É pela presente estabelecida a Conferência das Comité; e
Partes. c) O Comité fará todos os esforços para adoptar as
2 - A primeira reunião da Conferência das Partes será suas recomendações por consenso. Se
convocada pelo director executivo do todos os esforços para a obtenção de um consenso se
Programa das Nações Unidas para o Ambiente o mais revelarem infrutíferos, as suas
tardar um ano após a data de entrada recomendações serão adoptadas, em último recurso,
em vigor da presente Convenção. Subsequentemente, por uma maioria de dois terços dos
as reuniões ordinárias da Conferência membros presentes e votantes.
das Partes terão lugar a intervalos regulares a decidir 7 - Na sua terceira reunião, a Conferência das Partes
pela Conferência. avaliará a necessidade de manutenção
3 - As reuniões extraordinárias da Conferência das do procedimento previsto no n.º 2, alínea b), do artigo
Partes terão lugar sempre que a 3.º, nomeadamente no que respeita à
Conferência o considere necessário ou mediante sua eficácia.
pedido escrito de uma Parte, desde que este 8 - As Nações Unidas, as suas agências especializadas
pedido seja apoiado por pelo menos um terço das e a Agência Internacional de Energia
Partes. Atómica assim como os Estados que não sejam Partes
4 - A Conferência das Partes, na sua primeira reunião, da presente Convenção podem estar
delibera e adopta, por consenso, o representados nas reuniões da Conferência das Partes
seu regulamento interno e o seu regulamento na qualidade de observadores.
financeiro, que serão também aplicáveis aos Qualquer órgão ou agência, nacional ou internacional,
seus órgãos subsidiários, assim como as disposições governamental ou não governamental,
financeiras que regulam o com competência nas matérias abrangidas pela
funcionamento do Secretariado. presente Convenção, e que tenha informado
5 - A Conferência das Partes assegurará a contínua o Secretariado do seu desejo de estar representado
revisão e avaliação da aplicação da numa reunião da Conferência das Partes
presente Convenção. Desempenhará as funções que como observador, pode ser admitido, excepto se um
lhe são atribuídas pela presente terço das Partes apresentar objecções.
Convenção e, para este fim: A admissão e a participação de observadores estarão
a) Cria, de acordo com as disposições do n.º 6, os sujeitas ao regulamento interno
órgãos subsidiários que considere adoptado pela Conferência das Partes.
necessários para a aplicação da Convenção; Artigo 20.º
b) Coopera, quando apropriado, com as organizações Secretariado
internacionais e os organismos 1 - É pela presente estabelecido o Secretariado.
intergovernamentais e não governamentais 2 - As funções do Secretariado serão:
competentes; a) Organizar as reuniões da Conferência das Partes e
c) Examina periodicamente as informações colocadas dos seus órgãos subsidiários e
à disposição das Partes, em aplicação fornecer-lhes os serviços por estes requisitados;
do artigo 15.º, incluindo a análise da eficácia do n.º 2, b) Prestar assistência às Partes, em particular às Partes
alínea b), subalínea iii), do artigo 3.º; constituídas por países em
e desenvolvimento e por países com economias em
d) Considera e adopta todas as medidas adicionais transição, a seu pedido, na implementação
necessárias à realização dos objectivos da da presente Convenção;
Convenção. c) Assegurar a necessária coordenação com os
6 - A Conferência das Partes estabelecerá, na sua secretariados de outros órgãos internacionais
primeira reunião, um órgão subsidiário a relevantes;
designar-se Comité de Revisão dos Poluentes d) Preparar e colocar à disposição das Partes relatórios
Orgânicos Persistentes, para desempenho das periódicos baseados na informação
funções que lhe sejam confiadas em virtude da recebida de acordo com o artigo 15.º e outra
Convenção. A este respeito: informação disponível;
a) Os membros do Comité de Revisão dos Poluentes e) Estabelecer, sob a supervisão da Conferência das
Orgânicos Persistentes serão nomeados Partes, as disposições administrativas e
pela Conferência das Partes. O Comité será composto contratuais que possam ser necessárias para o
por especialistas em avaliação ou cumprimento efectivo das suas funções; e
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Conclusão
Portanto é desta forma que culminamos com o nosso trabalho cujo tema trata da resolução
56/2004 de 31 de dezembro, na qual o Estado Moçambicano ratifica este acordo, no âmbito
internacional com vista a permitir com que Moçambique tome algumas providências
cautelares com vista a minimizar os danos provenientes dos Poluentes Orgânicos.
Desta mesma forma podemos ainda especular sob nossas palavras que os poluentes orgânicos
tem causado vários problemas nas comunidades, devido ao mau uso do homem. Tornando
relevante que o Estado tome algumas medidas salvaguardaras com o ambiente para que o
mesmo não esteja desgastado, mas também nos remete salientar que não basta as medidas pré-
estabelecidas pelo Estado, alem disso deve se levar em consideração a mera participação de
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cada individuo para combater um mal necessário perante a comunidade e ao nosso pelo
ambiente.
Referencia Bibliográfica